GESTÃO, MARKETING E FISCALIDADE A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Objectivos do curso Programa do curso Questionários e exercícios Glossário e Bibliografia Ficha técnica Orientações para a utilização da apresentação ☑ No menu horizontal, os ícones, uma vez seleccionados permitem aceder a informações gerais sobre o curso/módulo, e estarão sempre disponíveis para consulta. ☑ No menu vertical encontram-se os itens principais do curso/módulo, sendo que a ordem dos temas sugerem um percurso formativo, que pode ou não ser seguido. O formando pode seleccionar o assunto que mais lhe interessa ou que pretenda rever, não sendo obrigado a passar por todos os assuntos. ☑ O formando sabe, a todo o momento, o local onde se encontra na apresentação, não podendo, porém, ver assinalados os assuntos que já consultou. ☑ Como metodologia de aprendizagem, sugere-se, em primeiro lugar a consulta dos objectivos e do programa do curso, seguidos então da consulta dos conteúdos propriamente ditos. O Glossário e a Bibliografia propostos são para consulta. Barra de Menus Principais (Temas principais do módulo) 02/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Objectivos da sessão de aprendizagem 1ª Parte • Explicar os fundamentos da Administração Científica • Descrever outras doutrinas de organização de empresas • Identificar as características das várias revoluções industriais • Compreender o papel da informação nas TIC´s Objectivos da sessão de aprendizagem 2ª Parte • Dominar o alcance de conceitos específicos por áreas da gestão • Conhecer e aplicar técnicas próprias de cada área de gestão 03/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Programa da sessão de aprendizagem • Os antecedentes históricos da Administração • As novas revoluções (tecnológica e digital) e o impacto na Gestão • A Gestão global e sectorial • Caracterização da Gestão: - de Recursos Humanos - de Stocks - Patrimonial e Financeira 04/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Actividades a Realizar 1 - Consulta dos conteúdos do módulo, alojados plataforma na 2 – Participação na sessão síncrona 3 – Resposta a um Questionário de avaliação sumativa, sobre os conteúdos do módulo. 05/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Ford T, o primeiro automóvel Construído em série. Como veremos à frente, a Revolução Industrial alterou o sistema de relações existentes, despoletando um novo tipo de produção - A produção em série. Novos desafios se colocaram às empresas: ➣ aumento de dimensão ➣ alargamento do mercado ➣ maior concorrência Estes desafios influenciaram, não só a própria produção, mas também a organização. A Revolução Industrial acarretou também fortes movimentos sociais, como resposta à forte exploração da mão de obra e da desumanização do trabalho. 06/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 É neste contexto que surgem as teorias sobre a organização do trabalho Ênfase Teoria Principais aspectos Administração Científica Frederic Taylor (EUA 1903) -racionalização do trabalho - salários estimulantes - estrutura funcional Administração Científica Henry Ford (EUA 1913) -- especialização - produção em massa - salários elevados -- ausência de hierarquia Organização Administrativa Henry Fayol (Europa 1916) -organização formal -funções administrativas Relações Humanas Elton Mayo e Lenon (1932) -organização informal - motivação, liderança, comunicação e dinâmica de grupos Nas tarefas Na estrutura Nas pessoas 07/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 A Organização Científica do Trabalho Racionalização do trabalho – os instrumentos básicos utilizados eram a análise do trabalho e o estudo de tempo e movimentos, através do qual se subdividiam todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Os movimentos inúteis eram eliminados, recompunham-se os movimentos simplificados, para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. Assim padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução. Um operário executa a tarefa total Vários operários executam, em paralelo partes da tarefa os operários executam em série as partes da tarefa total 08/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Outras características da Administração Científica do trabalho Com a Doutrina de Taylor implantou-se o conceito de «homo economicus». Foi idealizado um sistema de incentivos salariais e de prémios de produção, tentando conciliar os interesses da empresa em baixar os custos de produção, com o interesse dos operários em obter salários mais elevados. Prémio de produção Remuneração Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 100% 110% Peças produzidas e nível de eficiência 09/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 A estreita visão da natureza humana – o homem económico – Não se limitava a ver o homem como um empregado por dinheiro. Pior ainda, via no operário da época, um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado de vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado continuamente através do trabalho previamente racionalizado e do tempo padrão. A Supervisão Funcional Segundo esta teoria organizacional os subordinados estavam dependentes de vários supervisores. Supervisor de produção Supervisor de manutenção Supervisor de qualidade 10/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Viatura construída nas Fábricas da Ford A doutrina de Ford pode resumir-se a três pontos principais: • a produção em massa através da especialização operária • salários elevados • ausência de Hierarquia e de organização A condição chave da produção em massa foi a simplicidade, a partir da qual conseguiu acelerar a produção, por meio de um trabalho ritmado, coordenado e económico. Foi pioneiro na utilização de incentivos não salariais para os seus empregados. Na área de mercado implantou a assistência técnica, o sistema de concessionários e uma uma inteligente política de preços. 11/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 O Fayolismo Henry Fayol era a favor de uma estrutura linear, reunindo dentro do mesmo órgão hierárquico pessoas com o mesmo tipo de trabalho. Dentro de uma empresa considerava importante a existência das seguintes funções: ➣ Técnica – produção de bens e serviços ➣ Comercial – compra, venda e troca ➣ Financeira – procura e gestão de capitais ➣ Segurança – protecção de bens e segurança das pessoas ➣ Contabilística – inventários, registos custos e estatísticas 12/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo e Lenon Como reacção às teorias anteriores surge uma teoria que vai colocar o ênfase nas pessoas. Esta teoria baseou-se na Experiência de Hawthorne: Objectivo: estudar a relação entre as condições de iluminação e a eficiência do trabalhador Método. Constituição de grupos de trabalhadores que executavam tarefas com luz de intensidade variável e um grupo de controlo com intensidade constante. Resultados: O resultado não foi o esperado devido a factores psicológicos, pois desenvolveu-se a coesão de grupo, a liderança e objectivos comuns. 13/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo e Lenon Características principais da teoria: ➣ A empresa passa a ser vista como uma organização de grupos sociais informais Regras Grupo sanções ➣ As acções e as atitudes são desenvolvidas pelos contactos entre pessoas e grupos Cnghecer a pessoa e os seus interesses Para Chegar aos objectivos a organização 14/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 As novas revoluções – tecnológica e digital – e o impacto na gestão Torna-se relevante no enquadramento do tema, efectuar uma breve retrospectiva da “evolução das eras recentes que o mundo ocidental percorreu, desde o período de transição da era agrária para a era industrial, ou seja, da revolução industrial (a primeira grande mudança na forma como as pessoas trabalhavam e viviam) até à era pós-informação ou do “ser digital”. In “Comércio Electrónico – Conceitos e Aplicações” de Rui Jesus Pode consultar sobre o tema ou sobre o comércio electrónico em geral o site: http://www.spi.pt/documents/books/ecommerce/ceca/cap_apresentacao.htm 15/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 ERA INDUSTRIAL A era industrial trouxe o conceito da produção em massa, com as economias de escala derivadas da fabricação usando métodos uniformes e repetitivos. A centralização das fábricas em zonas industriais acarretou a necessidade de transportar ao longo de grandes distâncias enormes quantidades de material, quer matéria-prima quer produto acabado ou, genericamente, “átomos” (cf. NEGROPONTE, 1996 ). Era, por isso, acentuada a dependência que existia do espaço e do tempo. 16/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 ERA PÓS-INDUSTRIAL OU DA INFORMAÇÃO Mais recentemente, as tecnologias da informação e comunicação começaram a provocar uma nova revolução, também de âmbito e impacto globais, mas baseada na própria expressão do conhecimento humano: a informação (ou bits* , em contraposição aos átomos). O progresso tecnológico veio permitir armazenar, processar, apresentar e comunicar informação em qualquer dos seus formatos, oral, escrito ou visual, e sem limitações de distância, tempo ou volume. Segundo Tapscott (1996) , transitou-se da era industrial baseada no aço, no automóvel e nas estradas para a era digital marcada pelo silício, pelos computadores e pelas redes. Na base desta evolução está também o progresso verificado nos meios de comunicação, que se tornaram, ao mesmo tempo, maiores e mais pequenos. Maiores porque se ampliou a sua capacidade de difusão. Mais pequenos porque se especializou a sua oferta. *bits – unidade binária de informação que assume um de dois estados – 0 ou 1 (ligado ou desligado) – A partir desta base pode-se representar qualquer informação. 17/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 ERA PÓS-INFORMAÇÃO Mas como diz Negroponte (1996, p. 173), a transição da era industrial para a pós-industrial tem sido tão discutida e durante tanto tempo, que talvez não nos tenhamos apercebido da nova era pós-informação que se avizinha. Esta consagra os bits como suporte privilegiado, mas tudo é feito por medida e a informação extremamente personalizada, dirigida sobretudo a um público de uma só pessoa. É o que Negroponte chama “o ser digital”. 18/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 19/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 As Novas revoluções e o impacto na gestão A anteceder o ciclo vertiginoso de inovações que caracterizou o séc. XX, e que continua imparável neste início de séc. XXI, ficam para trás acontecimentos marcantes em todas as áreas do conhecimento. Numa outra óptica da abordada anteriormente, apresentam-se as diversas eras como uma sequência de revoluções de índole industrial. O Ciclo das Revoluções Industriais A Primeira revolução Industrial leva-nos ao séc. XVIII. Desde essa época até aos primórdios do séc. XXI, sucedem-se as descobertas de novas formas de energia e de novos materiais, desenvolvem-se novas tecnologias, e avança-se nas formas de organização industrial. 20/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 O Ciclo das revoluções Industriais Tecnologias Áreas de actividade Formas de Organização Expansão: 1790-1814 * Primeira Revolução Industrial Máq. Vapor, tear Madeira e ferro Alimentação, Vestuário, portos e canais Transportes ferroviários e construção Expansão: 1896 – 1919 Aço, electrónica, motor de combustão interna, mecânica, química mineral * Recessão. 1815 - 1847 Inglaterra * Recessão: 1875 – 1895 Concentração de fábricas. Mercado nacional Inglaterra, França, Europa do Noroeste, Estados Unidos Terceira Revolução industrial Infra-estruturas urbanas e rodoviárias, equipamento agrícola e mineiro * Artesanato e emp. Individuais, Mercado local e regional Expansão: 1848 – 1874 * Segunda Revolução Industrial Carvão, fundição, caminhos de ferro, materiais de construção Nações dominantes * Soc. Anónimas, cartéis, monopólios. Mercado internacional Recessão: 1920 – 1939 Estado Unidos, Alemanha 21/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Tecnologias Áreas de actividade Expansão: 1940 – 1967 Petróleo, pequena motor eléctrico, avião, química orgânica. Matérias plásticas, rádio, televisão * Formas de Organização Quarta Revolução Industrial Transporte automóvel, electrodomésticos, serviços sociais, armamento atómico, aeronáutico e elec´rónico Nações dominantes * Multinacionais, Taylorismo e trabalho em cadeia, distibuição em massa Recessão: 1968 - ? Estados unidos, Europa ocidental, Japaão Quinta Revolução Industrial Micro electrónica, informática, robótica, e automatização, electricidade nuclear, biotecnologia, química fina. Novos materiais Lazer, saúde, ecologia, comunicações e cultura, defesa espacial Empresas de serviços, outsourcing, consórcios e joint ventures … Estados Unidos, Japão, Europa Ocidental, NPI´s (Novos Países Industrializados) 22/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 A inovação tecnológica é um dado adquirido, de contornos e efeitos ainda não consolidados. As tecnologias fundamentais da quinta Revolução industrial são substancialmente diferentes de todas as anteriores – a electrónica, a informática, a robótica, a automatização, as telecomunicações, a biotecnologia,…, e o seu papel é determinante na transformação estrutural do sistema económico. Características da Mudança (de um Mundo estável, sem alterações significativas a longo prazo, na perspectiva humana, a partir da Revolução Industrial, a sociedade transforma-se cada vez mais rapidamente) ☀ A Quantidade de Mudança, traduzida pelo ritmo elevado de ocorrência de inovação ☀ Reforço do papel da «componente imaterial» nos processos económicos. O conhecimento e a sua aplicação à indústria, são a chave das revoluções. A Informação, é o factor estratégico fundamental, potenciado pelo desenvolvimento das TIC´s (Tecnologias da Informação e da Comunicação) 23/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 A Revolução Tecnológica De acordo com a taxonomia da inovação de Freedman e Perez, 1998, assente nos trabalhos realizados no Science Policy Research Unit da Universidade de Sussex, podemse distinguir os seguintes níveis: 1 – Inovações incrementais: Quando há pequenas mudanças nos produtos ou nos processos, com melhoria da qualidade e aumento da produtividade. 2 – Inovações radicais: são resultado de investimentos em investigação e desenvolvimento (I&D), 3 – Mudanças de «sistema tecnológico»: quando ocorrem mudanças profundas nas tecnologias, que afectam vários ramos da economia, ou dão origem a sectores novos. Aparecem novos produtos, processos e estruturas organizacionais. 4 – Mudanças de paradigma técnico-económico: tipo de mudança técnica que afecta de forma global o funcionamento do sistema económico. A mudança no sistema tecnológico, provoca não só o aparecimento de novos produtos e processos, mas também alterações nos modos de organização económica e social e nos comportamentos dos agentes económicos A Revolução Tecnológica actualmente em curso tem como factor chave a informação 24/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 As consequências do processo de inovação tecnológica, que tem permitido o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação, fazem-se sentir a muitos e diferentes níveis: nas mudanças na gestão e nos modelos organizativos na nova combinação de produtos disponíveis e nas novas estruturas de investimento e de consumo, com alteração no comportamento dos consumidores nas tendências de localização das empresas na renovação dos papéis das pequenas e das grandes empresas nas alterações nos conteúdos funcionais dos empregos – aparecimento de novas formas de organização do trabalho, novas profissões, transformações nas profissões existentes. nas competências requeridas para fazer face aos novos desafios na necessidade de qualificação e actualização constante dos saberes 25/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Para se ficar com uma visão global, embora simplista do processo de inovação tecnológica que atravessou o séc. XX e continua pelo séc. XXI, pode consultar-se os documentos em Word que se encontram no menu “Recursos” com a s designações: Descobertas e inovações do séc. XX Electrónica - cronologia 26/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Os Limites da Revolução Tecnológica O desenvolvimento das TIC´s, têm exercido influências para além do imaginável, e os limites da sua aplicação são ainda insondáveis. Estende-se desde o teletrabalho ao e-learning, passando pela cultura digital, e avança pela democracia electrónica até ao impacto que pode ter na pressão e controlo sobre os governantes, podendo mesmo um dia avançar até ao sufrágio electrónico. Veja-se a este propósito o manifesto do primeiro forum mundial que se realizou a 16 de Março na cidade francesa de Issy-les-Moulineaux. sobre democracia electrónica 27/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Técnicas de Organização Empresaria. Plátano Editora, Técnicas de Organização Empresarial. Texto Editora Bibliografia Técnicas de Organização Empresarial. Porto Editora Organização e Administração de Empresas Plátano Editora e Texto Editora Introdução à teoria Geral da Administração – Idalberto Chiavenato – McGaw-Hill Site da SPI (Sociedade Portuguesa de Inocvação) 28/29 A Gestão – Áreas de Intervenção Gestão, Marketing e Fiscalidade Módulo 3 Esta apresentação foi concebida e compilada por Evenor Moreira, para utilização no âmbito do Curso de Formação em Gestão, Marketing e Fiscalidade, em b-Learning, do Projecto ReQual. A sua utilização, no todo ou em parte, não é permitida sem autorização prévia do Projecto e conhecimento do autor. 29/29