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A RTIGO O RIGINAL
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS
NA UNIDADE DE QUEIMADOS: HOSPITAL REGIONAL
DA ASA NORTE, BRASÍLIA, 1992-1997
JEFFERSON LESSA SOARES DE MACEDO1,2 , SIMONE CORRÊA ROSA1
RESUMO
OBJETIVO
studar as características epidemiológicas de pacientes internados com queimaduras, para elaborar possíveis estratégias
de prevenção.
E
MATERIAL E MÉTODOS
Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de 1 379
pacientes internados na Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte, Brasília, Distrito Federal, no período de 1992 a
1997.
RESULTADOS
A chama aberta foi a causa da queimadura em 63% dos pacientes e o escaldamento em 31%. A residência do paciente foi o
local mais freqüente dos acidentes. Dos 1 379 pacientes estudados, 49,2% apresentavam menos de 10 anos de idade. A taxa de
mortalidade foi de 6,2%, a média do tempo de internação de 19
dias e a média da superfície corporal queimada de 21%. As mais
freqüentes complicações foram a infecção da área queimada
(12,8%) e as infecções pulmonares (7,7%). Os pacientes que apresentaram, significativamente, os maiores índices de mortalidade
foram: as vítimas de auto-extermínio, os de idade superior a 60
anos, os com superfície corporal queimada maior ou igual a 30%,
os pacientes com lesão por inalação e as vítimas de queimaduras
por chama aberta.
CONCLUSÃO
As informações levantadas permitem melhor elaborar campanhas de prevenção, assim como medidas governamentais, buscando uma redução dos acidentes com queimaduras.
PALAVRAS-CHAVE
Queimaduras; Epidemiologia; Unidade de Queimados.
1
2
Cirurgiões Plásticos, Serviço de Cirurgia Plástica, Hospital Regional da Asa Norte,
Brasília, Distrito Federal.
Endereço: SQS 102, Bloco H, Ap. 106, 70330-080, Brasília, Distrito Federal. Fone: (61)
226-0569. Fax: (61) 224-7704.
Brasília Med 2000; 37(3/4): 87-92
87
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JEFFERSON L. S. MACEDO E SIMONE CORRÊA ROSA
INTRODUÇÃO
As queimaduras e suas seqüelas modificam permanentemente a
auto-estima e estigmatizam o indivíduo perante a sociedade. As vítimas representam ainda um pesado
ônus social e econômico, tanto durante sua recuperação como ao longo de suas vidas.
Considerando que esses pacientes portarão seqüelas psicológicas,
estéticas ou funcionais pelo resto de
suas vidas, a prevenção desses acidentes é fundamental. Não existem
estudos nacionais que apontem o
número real de vítimas de queimaduras em todo o território brasileiro. Em 1992, nos Estados Unidos,
esse número alcançou um milhão e
250 mil queimados. Embora a maioria das queimaduras fossem de
reduzida extensão, 51 mil pacientes necessitaram internação em
centros de tratamento de queimados, e 5 500 desses pacientes morreram2,7.
O objetivo deste trabalho é relatar os resultados da análise das
características epidemiológicas dos
pacientes internados na Unidade de
Queimados, Hospital Regional da
Asa Norte (Fundação Hospitalar do
Distrito Federal), visando ao desenvolvimento de programas de prevenção de queimaduras e determinação
de fatores de risco de morte.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo abrangeu 1 379 pacientes, que foram tratados, em regime de internação hospitalar, na Unidade de Queimados do Hospital
Regional da Asa Norte, em Brasília
(Distrito Federal), no período de janeiro de 1992 a dezembro de 1997.
Os dados foram colhidos dos prontuários e resumos de alta, preenchidos pela equipe médica da Unida-
de. As variáveis analisadas foram:
idade, sexo, procedência, agente
etiológico, região corporal atingida,
profundidade da queimadura, área
da superfície corporal queimada,
tempo de internação, complicações
e taxa de mortalidade. Não foram
incluídos, no trabalho, os pacientes
atendidos no serviço de emergência do hospital que foram tratados
em nível ambulatorial.
Foram obedecidos os seguintes
critérios para internação:
- porcentagem de área queimada acima de 30%, em adultos, e
acima de 10%, em crianças;
- queimaduras profundas em
áreas que exigem cuidados especiais: mãos, pés, genitália e face;
- traumas associados, tais como:
lesão por inalação, barotrauma e
fraturas;
- queimaduras elétricas e químicas;
- doenças preexistentes, que podem exigir cuidados: insuficiência
renal, diabetes, cardiopatia isquêmica e outras.
Os pacientes deram entrada no
hospital pelo serviço de emergência, onde foram iniciadas medidas
de reposição volêmica, profilaxia
antitetânica e analgesia. Em crianças, foi realizada a estimativa da
superfície corporal queimada pela
“Regra dos Noves” de Wallace,
modificada, conforme a proporção
corporal. A reposição volêmica, nas
primeiras 24 horas pós-queimadura, foi feita com soluções cristalóides, conforme a fórmula de
Parkland (4 ml x kg x superfície
corporal queimada), e com os
colóides administrados nas 24 horas seguintes.
Tomadas as medidas de emergência, os pacientes foram trans-
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feridos para a Unidade de Queimados. O tratamento da ferida consistiu de limpeza com água corrente e p.v.p.i. a 10% em solução
degermante, no momento da admissão, aplicando-se em seguida curativo oclusivo, com técnica rigorosa
de assepsia e com o emprego de
antibiótico tópico (sulfadiazina de
prata a 1%). O diagnóstico de lesão por inalação foi feito pela história de queimadura em ambiente
fechado, pelos sinais clínicos na face
(fuligem, vibrissas queimadas,
hiperemia na boca e rouquidão),
pelas alterações respiratórias e pela
gasometria arterial (baixa de O2 e
elevação de CO2).
A análise estatística foi feita por
meio do teste qui-quadrado, adotando-se um nível de significância de
5%.
RESULTADOS
Dos 1 379 pacientes estudados,
860 (62,4%) eram do sexo masculino (Tabela 1). As crianças foram
as vítimas mais freqüentes: a faixa
etária de 0 a 10 anos representou a
metade dos casos. A idade média
dos pacientes foi de 20 anos (15 dias
a 89 anos). O local mais comum dos
acidentes foi a própria casa do paciente. A maioria residia no Distrito Federal, enquanto 37,4% eram
procedentes de outros estados (Tabela 2). Não houve uma predominância marcante em uma região
específica do corpo atingida pela
queimadura (Tabela 3).
A taxa de mortalidade desse
grupo estudado foi de 6,2% (86 óbitos). Os pacientes vítimas de queimaduras provocadas por chama
aberta mostraram uma taxa de
mortalidade significativamente aumentada (Tabela 4). A chama aberta incluiu os casos de queimaduras
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM UNIDADE DE QUEIMADOS
Tabela 1 - Características de 1 379 vítimas de queimaduras atendidas
no Hospital Regional da Asa Norte (Distrito Federal), segundo
sexo e idade, no período de 1992 a 1997
Características
Pacientes
n
%
Óbitos
(n)
Taxa de
mortalidade
(%)
Sexo*
Masculino
Feminino
Total
860
519
1379
62,4
37,6
100,0
52
34
86
6,0
6,6
6,2
Faixa etária (anos)**
0 a 10
11 a 20
21 a 30
31 a 40
41 a 50
51 a 60
61 a 90
Total
679
179
196
158
80
42
45
1379
49,2
13,0
14,2
11,4
5,8
3,0
3,4
100,0
17
10
11
10
10
8
20
86
2,5
5,6
5,6
6,3
12,5
19,0
44,4
6,2
Quando relacionamos o agente
etiológico com a faixa etária, o
escaldamento é sete vezes mais freqüente na faixa etária de 0 a 10
anos do que em outras faixas etárias
(86,6 contra 12,4%; p<0,001).
A tentativa de auto-extermínio,
como causa de queimadura, estava
presente em 7% dos casos; a embriaguez em 5% e a convulsão em
3%.
* p = 0,70; ** p < 0,001
Tabela 2 - Procedência de 1 379 vítimas de queimaduras atendidas no
Hospital Regional da Asa Norte (Distrito Federal), no período
de 1992 a 1997
Unidades da Federação
Distrito Federal
Goiás
Minas Gerais
Bahia
Outras
Total
Pacientes
n
%
863
375
84
42
15
1379
62,6
27,2
6,1
3,0
1,1
100,0
Tronco
Membros superiores
Membros inferiores
Cabeça e pescoço
Genitália
Pacientes
n
%
979
894
673
524
109
71,0
64,8
48,8
38,0
7,9
A taxa de mortalidade dos pacientes internados com queimaduras
por tentativa de auto-extermínio foi
significativamente maior do que a
apresentada pelos outros pacientes,
assim como a daqueles que apresentavam lesão por inalação, superfície corporal queimada maior ou
igual a 30% e idade superior a 60
anos (Tabela 4).
A média da superfície corporal
queimada dos pacientes internados
foi de 21%, levando a um tempo
médio de internação hospitalar de
19 dias.
Tabela 3 - Região corporal atingida nas vítimas de queimaduras atendidas no Hospital Regional da Asa Norte (Distrito Federal), no
período de 1992 a 1997
Região corporal
por inflamáveis, explosão de gás de
cozinha e fogueira. Dentre os inflamáveis, destacou-se o álcool,
presente em 31% de todos os acidentes.
As complicações mais freqüentes foram a infecção da área queimada, seguida por complicações
pulmonares e cardiovasculares (Tabela 5). Nas infecções das feridas,
as bactérias mais freqüentes foram
Staphylococcus aureus, Pseudomonas sp e Klebsiela sp.
DISCUSSÃO
Os avanços no tratamento de
queimados têm reduzido as taxas de
mortalidade e melhorado a respectiva qualidade de vida. Esses avan-
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JEFFERSON L. S. MACEDO E SIMONE CORRÊA ROSA
Tabela 4 - Distribuição de 1 379 vítimas de queimaduras atendidas no
Hospital Regional da Asa Norte (Distrito Federal), quanto ao
agente etiológico, superfície corporal queimada, tentativa de autoextermínio e inalação de fumaça, no período de 1992 a 1997
Variáveis
Pacientes
n
%
Taxa de
Óbitos
mortalidade
(n)
(%)
Agente etiológico
Chama aberta
Escaldamento
Eletricidade
Químicos
Total
877
420
59
23
1379
63,0
31,0
4,3
1,7
100,0
75
8
2
1
86
8,6
1,9
3,4
4,3
6,2
Superfície corporal
queimada (%)
Menos que 30
30 ou mais
Total
1023
356
1379
74,2
25,8
100,0
20
66
86
1,9
18,5
6,2
Tentativa de
auto-extermínio
Sim
Não
Total
96
1283
1379
7,0
93,0
100,0
16
70
86
16,7
5,5
6,2
Inalação de fumaça
Sim
Não
Total
40
1339
1379
2,9
97,1
100,0
21
65
86
52,5
4,7
6,2
* p < 0,001
Tabela 5 - Complicações em 1 379 vítimas de queimaduras atendidas no
Hospital Regional da Asa Norte (Distrito Federal), no período
de 1992 a 1997
Complicações
Infecção da ferida
Pulmonares
Cardiovasculares
Hematológicas
Hidroeletrolíticas
Renais
Gastrointestinais
Psiquiátricas
Neurológicas
Inexistentes
Total
90 Brasília Med 2000; 37(3/4): 87-92
Pacientes
n
%
176
106
60
53
53
47
20
14
13
837
1379
12,8
7,7
4,4
3,8
3,8
3,4
1,5
1,0
0,9
60,7
100,0
ços ocorreram, principalmente, no
tratamento do estado de choque no
queimado, propiciando uma ressuscitação hemodinâmica adequada,
controle de infecções e adequado
apoio multidisciplinar.
Nas décadas de 40 e 50, a principal causa de morte em queimados era o choque hipovolêmico. Nas
décadas de 60 e 70, com as terapias de reposição volêmica, a principal causa de óbito em queimados
passou a ser a sepse, proveniente
da infecção da ferida. Atualmente,
com o desenvolvimento de agentes
antimicrobianos tópicos e sistêmicos, os avanços no suporte nutricional e o uso de técnicas cirúrgicas de excisão de tecidos desvitalizados e enxertias precoces da
área queimada, a principal causa de
morte em queimados mudou de infecção para lesão pulmonar, que geralmente é decorrente de lesão por
inalação7. Neste estudo, verificouse que a infecção da ferida continua sendo um importante problema
no tratamento das queimaduras e
pode ser ameaçadora à vida.
Observou-se predominância do
sexo masculino (62,4%) nos pacientes internados. A faixa etária de
maior prevalência foi a de 0 a 10
anos, na qual a principal causa foi
representada pelos acidentes domésticos com escaldamento, semelhante a outros estudos realizados
na Nigéria1, na Turquia5, no Brasil4
e em Israel6. Esses acidentes acontecem, geralmente, na cozinha, envolvendo líquidos ou comidas quentes, ou durante o banho, devido à
água superaquecida.
O fogo representou o principal
agente causal (63%), o que também
foi observado na Índia10 e em Israel7, talvez pela facilidade de aces-
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM UNIDADE DE QUEIMADOS
so da população em geral aos inflamáveis produzidos no Brasil, pois o
álcool estava envolvido em 31% dos
casos de pacientes com queimaduras, internados no Hospital Regional
da Asa Norte, em Brasília (Distrito
Federal). No Reino Unido, o uso de
gasolina para acender fogo está envolvido em 33% das internações13.
Em outros países, verificou-se a predominância do escaldamento, como
principal agente causal1,5.
Neste estudo, as queimaduras
elétricas e químicas, como na maioria das estatísticas consultadas1,4-6,
foram as menos freqüentes e com
menor área de superfície corporal
atingida, porém as de maior profundidade.
O tronco e os membros foram
as regiões do corpo mais atingidas,
como verificado por outros estudos1,4 . A maioria dos pacientes
atendidos na Unidade de Queimados é procedente do Distrito Federal (63%); os demais, em grande
número, são provenientes de outros
estados, principalmente do entorno
do Distrito Federal.
dos os casos de queimadura. Índices maiores têm sido verificados9,12. O período de internação
desses pacientes é uma excelente oportunidade de iniciar o tratamento do alcoolismo, que deve ser
continuado ambulatorialmente,
evitando assim novos acidentes
relacionados à ingestão de álcool.
O tempo médio de internação
hospitalar foi de 19 dias, abaixo do
verificado na Nigéria1 (24 dias) e
acima do verificado nos Estados
Unidos8 (13,9 dias) e na Índia10
(17,5 dias).
A taxa de mortalidade, neste
estudo, foi de 6,2%, abaixo da
verificada na Nigéria (7,7%)1, Índia (18,3%)10 e Turquia (34,4%)5.
As taxas de mortalidade estavam significativamente aumentadas
em pacientes acima de 60 anos, naqueles com superfície corporal queimada maior ou igual a 30%, nas vítimas de auto-extermínio, nas que
inalaram fumaça e nas vítimas de
queimaduras por chama aberta.
Dentre as complicações, destacou-se a infecção da ferida, que
ocorreu em 12,8% dos casos. O
diagnóstico presuntivo de infecção
da ferida foi estabelecido pelo estado clínico do paciente e a antibioticoterapia foi orientada pelo diagnóstico definitivo, propiciado pelos
resultados da cultura de material
retirado da ferida. Os principais
microorganismos isolados nas culturas foram os mesmos verificados
por outros estudos, ou seja, Staphylococcus aureus e Pseudomonas sp1,3,11.
A proporção de crianças com
menos de 10 anos, envolvidas em
queimaduras, foi elevada, sendo o
ambiente doméstico o principal local dos acidentes. Essas crianças
devem permanecer sob vigilância,
principalmente na cozinha e antes
do banho. Não podem circular livremente na cozinha; as bebidas e
comidas quentes devem ser servidas com todo cuidado. Todos os
fogões produzidos no Brasil já deveriam apresentar estruturas de
proteção para o usuário, que dificultariam o acesso das crianças.
A embriaguez estava correlacionada em cinco por cento de to-
Os inflamáveis, principalmente o álcool, não podem ser vendi-
dos livremente sem lacres de proteção e deveriam ter características químicas diferentes, quando indicados para o uso doméstico. As
queimaduras por chama aberta
constituem um risco significativo à
vida do paciente.
A queimadura é um problema
de saúde pública e esforços são
necessários para reduzir o grande número de vítimas, mediante
campanhas preventivas nacionais
mais efetivas e medidas políticas
para controle do uso de inflamáveis.
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Abstract
EPIDEMIOLOGICAL SURVEY OF PATIENTS ADMITTED TO THE BURNS UNIT OF
HOSPITAL REGIONAL DA ASA NORTE, BRASILIA, 1992-1997
JEFFERSON LESSA SOARES DE MACEDO, SIMONE CORRÊA ROSA
OBJECTIVE
To study the epidemiological
characteristics of burns, to identify
risk factors for mortality, and to
elaborate possible preventive
strategies.
MATERIAL AND METHODS
The outcomes of 1 379 patients admitted to the Burn Unit of
Hospital Regional da Asa Norte,
Brasilia, Federal District, were
analyzed retrospectively for the
period 1992 to 1997.
RESULTS
Flame was the cause of burns
in 63% of the cases and scalds in
31% of cases. The home was the
most common site of injury. Of the
patients, 49.2% were < 10 years
old. Mortality rate was 6.2%. The
mean hospital stay was 19 days.
The mean burn size was 21% of
body surface. The most frequent
complications were burn wound
infections (176 patients - 12.8%)
and pulmonary infections (106
patients - 7.7%). Patients with the
significantly highest risk of
mortality were victims of selfinflicted injury or flame burn, had
more than 60 years of age, had
burns affecting 30% or more of the
total body surface, and had
inhalation injury.
CONCLUSION
This study revealed the
epidemiological characteristics
and mortality risk factors of burn
patients who are attendbed in
Brasilia. These results will help
in the elaboration of campaigns
and government measures to
decrease burns.
KEY WORDS
Burns; Epidemiology; Burn
Units.
REVISTA BRASÍLIA MÉDICA
INFORMAÇÕES SOBRE TEMAS
DE INTERESSE MÉDICO
A MULHER E O FUMO
O uso de anticoncepcionais, associado ao cigarro, aumenta
em 10 vezes o risco de derrame cerebral e infarto.
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92 Brasília Med 2000; 37(3/4): 87-92
Grávidas fumantes aumentam o seu risco de
ter aborto espontâneo em 70%;
perder o bebê, próximo ou depois do parto, em 30%;
o bebê nascer prematuro em 40%;
ter um bebê com baixo peso em 200%.
Fonte: Ministério da Saúde/INCA. http://www.inca.org.br .
Guia para parar de fumar. Acessado em 4.5.2000.
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