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Nivaldo Ferreira – Substituindo
as sacolas plásticas
Publicado por: Via C omercial em Niv aldo Ferreira
Nivaldo é Mestre em Administração
Pública, Professor, Líder Comunitário e
Servidor Público Estadual
22 de janeiro de 2014
Nos últimos anos têm
se intensificado as
discussões sobre a
necessidade de
buscarmos realizar,
em todo o mundo,
ações de preservação
e controle ambiental,
com especial destaque
para a redução do
descarte na natureza
de materiais criados e
gerados pelo ser
humano.
Uma das medidas adotadas em várias partes do mundo, inclusive em
diversas cidades brasileiras, para atender a essa necessidade é a
criação de projetos voltados para a redução da utilização de plástico,
dentre os quais muitos têm como foco a redução do uso das sacolas
plásticas, que têm sido associadas à prática do consumismo, tão
comum nos nossos dias.
Isso ocorre porque as sacolas plásticas estão diretamente ligadas ao
transporte das centenas de milhares de compras que são realizadas
todos os dias, estimuladas pelos apelos promocionais que invadem
nossas casas através dos vários meios de comunicação de massa. Ou
seja: essa discussão vai além da simples “troca” das sacolas plásticas
por outros modos de transportar nossas compras dos estabelecimentos
comerciais para nossas casas e deve evoluir para um amplo debate
sobre o “consumo consciente”, levando a reflexões sobre os modos de
produção, a sustentabilidade ambiental e as consequências do
consumismo para a saúde das pessoas e até mesmo para o efetivo
desenvolvimento da nossa sociedade.
Levando a discussão para o campo da prática, é importante registrar a
criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil, instituída
através da lei federal 12305, de 2010 após vinte e um (21) anos de
discussões no Congresso Nacional, que prevê uma forte articulação
institucional envolvendo todos os entes federados (União, Estados e
Municípios), o setor produtivo e a sociedade civil na busca de soluções
para os graves problemas causados pelos resíduos, que vêm
comprometendo a qualidade de vida dos brasileiros.
Como parte das discussões sobre a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, o Ministério do Meio Ambiente criou a campanha “Saco é um
Saco”, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados
(Abras), visando à redução do uso de sacolas plásticas pelos
consumidores – entre os materiais criados para a campanha “Saco é
um Saco” está uma cartilha, que foi gerada em três versões, voltadas
para públicos específicos (gestores públicos municipais; instituições
públicas e privadas; e consumidores), cuja versão eletrônica está
disponível no sítio eletrônico do Ministério do Meio Ambiente
(www.mma.gov.br).
CONSUMO CONSCIENTE
Transcrevo abaixo algumas informações da cartilha, em sua versão
voltada para os consumidores, para o conhecimento e a reflexão dos
nossos leitores:
* O Ministério do Meio Ambiente define consumo consciente como
“uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a
sustentabilidade da vida no planeta”;
* Essa ideia é complementada pelo Instituto Akatu, afirmando que
“consumir de forma consciente é levar em consideração os impactos
ambientais e sociais da produção, uso e descarte de produtos e
serviços”;
* O consumo consciente de sacolas plásticas implica na adoção de
hábitos com menor impacto no meio ambiente e significa: recusar
sacolas plásticas sempre que possível, passando a adotar alternativas
como sacolas retornáveis, caixa de papelão ou cestas para transportar
as compras; reutilizar as sacolas que pegamos, como envase de lixo
úmido ou seco, separadamente;
* A sacola seca, contendo embalagens também secas, tem grande
chance de ser reciclada com os demais materiais recicláveis;
* O consumo consciente implica mudança de hábitos, observar o
impacto de nossas ações no meio ambiente e optar por alternativas
ambientalmente amigáveis.
AS SACOLAS PLÁSTICAS NO MEIO AMBIENTE
Veja abaixo alguns motivos para reduzir o consumo de sacolas
plásticas:
* Uma sacola plástica sozinha causa pouco estrago, mas o consumo
excessivo estimulado pela gratuidade e disponibilidade tem grande
impacto ambiental – no mundo são distribuídas de 500 bilhões a 1
trilhão de sacolas plásticas por ano – no Brasil, estima-se o uso de 41
milhões de sacolas plásticas por dia, 1,25 bilhão por mês, e 15 bilhões
por ano;
* Muitas sacolas, depois de descartadas, acabam em rios, lagos e
oceanos, onde são confundidas com alimento e ingeridas por animais,
como tartarugas e aves marinhas, causando a morte de mais de 100
mil por ano, em todo o mundo;
* Quando descartadas de maneira incorreta, as sacolas plásticas
poluem cidades e entopem bueiros, agravando situações de desastres
como alagamentos e enchentes;
* Para a confecção de sacolas plásticas são utilizados recursos
naturais não renováveis como petróleo e gás natural, além de água e
energia, e liberados efluentes (líquidos) e gases tóxicos, alguns dos
quais acentuam o efeito estufa;
* As sacolas podem levar de 100 a 400 anos para se degradarem e
tornam os lixões e aterros impermeáveis, dificultando a biodegradação
de resíduos orgânicos, com consequente acúmulo de gás metano em
bolsões – quando a montanha de lixo é revolvida esses bolsões são
rompidos e o metano (gás 21 vezes mais danoso que o gás carbônico)
acaba liberado na atmosfera.
Quem quiser pode mandar comentários, opiniões e sugestões
pelo e-mail [email protected]
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(Nivaldo Ferreira \226 Subst...\341sticas | Via Comercial)