O POVO FALA
Fim das sacolas plásticas
Não é de hoje que o fim das sacolas plásticas nos supermercados é tema de
discussão. De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC, o
uso de sacolas descartáveis traz diversos impactos ambientais. Além de ocupar
espaço nos aterros, sua produção utiliza grande volume de água e energia, gerando
resíduos industriais. Derivada do petróleo, sua degradação no ambiente demora, no
mínimo, 100 anos. Estima-se que 10% de todo o lixo gerado no país seja composto
dessas
sacolas. Ainda assim, seu uso nos supermercados existe desde a década de 80 e
está totalmente inserido no cotidiano da população.
Desde o dia 25 de janeiro, os supermercados de São Paulo não oferecem mais
sacolas plásticas gratuitas. Leia mais.
Ao que tudo indica, a capital paulista foi apenas a pioneira a adotar a medida, que
deve se estender por todo o país nos próximos meses. E você, está preparado (a)
para a mudança?
”Eu sou a favor de sacolas feitas com material que não agrida o meio ambiente. Até
já existe. Mas esse é um assunto polêmico porque as pessoas serão contra ou a
favor dependendo de suas necessidades pessoais. Veja meu caso: moro num 3º
andar sem elevador. Subir com as compras em sacolas é bem mais fácil do que em
caixas. Fora isso, uso os sacos dos supermercados para embalar
lanches, levar sapatos para o conserto, e ainda economizo, deixando de comprar os
sacos de lixo, sempre caros.” Maria Helena de Carvalho, Acom.
“Sou a favor da medida, pois preserva o meio ambiente e nós temos que pensar no
futuro. Claro que, a princípio, o povo reclama, principalmente o brasileiro, que
estranha tudo que é novidade, mas, com o tempo todos se acostumam.” Ataíde
Andrade de Souza – GIE
“Vai ser difícil, porque hoje as pessoas não andam preparadas. Eu, por exemplo,
muitas vezes estou a pé, na rua, ou até mesmo quando saio do trabalho, e preciso
ir ao supermercado. Sem sacola não tem como levar.
Se é para preservar a natureza, acho legal, consequentemente isso reflete
positivamente para mim, mas acho que
somos muito dependentes da sacola. Eu uso demais para colocar o lixo da pia, por
exemplo. Confesso que estou fazendo um estoque de sacolinhas em casa.” Ana
Paula Milhomen, GAC.
Veja algumas alternativas para substituir as sacolas plásticas:
1. O uso de caixas de papelão é uma boa solução na hora de fazer grandes
compras nos supermercados. Separar os itens e colocá-los em caixas facilita o
transporte até o carro.
2. Também é possível usar o próprio carrinho de compras, mas, essa alternativa
não é recomendada no transporte de produtos frágeis;
3. As sacolas feitas de tecido, popularmente conhecidas como `ecobags`, são
retornáveis e podem ser utilizadas em compras pequenas. Existem alternativas
cada vez mais compactas, que, dobradas, cabem na bolsa ou na mochila;
4. As sacolas de feira ou mesmo os carrinhos também se encaixam em alternativas
sustentáveis. Quase sempre são feitas de tecido ou de um plástico mais resistente
e também servem no momento de transportar compras pequenas;
5. Nas feiras livres, a nova lei não se aplica, portanto as frutas e verduras poderão
continuar sendo embaladas em plásticos.
6. Uma alternativa para suprir a falta das sacolas plásticas em casa (para os
lixinhos, por exemplo) são os tradicionais sacos plásticos para colocar verduras,
frutas e legumes que continuam a ser disponibilizados.
Nos próximos 60 dias, os supermercados de São Paulo terão de disponibilizar
alternativas gratuitas para os consumidores que não tiverem como carregar os
produtos comprados nas lojas.Também deverão vender sacolas retornáveis pelos
próximos seis meses por até R$ 0,59, com as seguintes medidas: fundo retangular
de 5cm X 40cm e altura de 40cm. As medidas fazem parte de um TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta) firmado nesta sexta-feira entre a Apas (Associação
Paulista de Supermercados), o Ministério Público do Estado de São Paulo e o
Procon-SP e visam dar mais tempo para o consumidor se adequar aos novos
procedimentos de compra sem a sacolinha plástica. Segundo o acordo, nesses 60
dias os supermercados não poderão mais vender as sacolinhas biodegradáveis a
um custo de R$ 0,19.
Fonte: economia.uol.com.br
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