Segunda Fase 28 de Maio a 1 de Junho de 2012 Águas de São Pedro, SP Noke Vana é como os Katukina do Acre (família linguística Pano) referem-se à própria língua. Traduzido ao pé da letra, significa “nossa língua”, “nossa fala”. Revestindo-se em 2012 deste nome, a segunda edição da Olimpíada Brasileira de Linguística quer instigar os estudantes de todo o país à redescoberta de seus próprios falares, de todos os sotaques ou dialetos, todos os gostos e aptidões. Ver sua própria língua com outros olhos, ver as outras tantas línguas, perceber como são diversas e, em um sentido mais profundo, uma só. Assim, conhecendo a diversidade das culturas e a unidade da cognição, podemos estabelecer uma língua comum. A nossa língua. Nesta segunda fase da segunda edição, pretendemos consolidar a linguagem que começamos a estabelecer no ano anterior – que podemos chamar de cultura da linguística olímpica. Para isso, preparamos um cardápio variado de fenômenos e abordagens linguísticas, oferecidos em dois modos: as palestras, em que novas ideias sao injetadas em uma dose alta, de forma a apontar uma direção diferente para o pensamento, e as provas, em que padrões belos e inesperados surgem da busca e do desafio a si mesmo. Tudo isso num ambiente frutífero, em que estudantes de todo o Brasil se encontram, compartilhando experiências e expectativas, convivendo e fazendo amigos nas refeições, jogos, caminhadas a esmo e outras situações que escorregam pelas bordas do cronograma oficial mas que, escondidas, guardam o núcleo mais efetivo do encontro: a comunidade que terá sido gerada. Bem vindos! Programa seg 28 ter 29 qua 30 qui 31s ex 01 café café café café Palestras e Cursos Prova 2 Palestras e Cursos Palestra almoço almoço almoço Prova 1 livre Competição de Equipes Abertura e Integração livre Palestras e Cursos livre 19 jantar jantar jantar jantar 20 relatos da última IOL cinema 08 09 10 11 12 chegadas Premiação e Encerramento almoço 13 14 15 16 17 18 21 22 23 Última Noite livre observação do céu partidas Palestras e Oficinas ter 29 qua 30 qui 31 sex 01 09:00 A Língua Alemã e o Anel dos Nibelungos Mateus Yuri Passos (IEL-Unicamp) 10:30 Lojban: uma língua não-natural I Felipe Assis 16:00 Gramática Gerativo-Transformacional Antônio Giraldes (FE-USP) 17:30 Roda Epistemológica - 09:00 Toki Pona: A Vida em 120 Palavras Bruno L’Astorina 10:30 Lojban: uma língua não-natural II Felipe Assis 09:00 Focus Construction e a Língua Húngara Adam Singerman (Harvard) Sobre os Palestrantes Adam Roth Singerman formou-se em linguística e línguas da América Latina, pela Universidade de Harvard em 2009. Foi professor de inglês na Universidade de Lisboa e de português em Harvard. Atualmente, coordena os projetos de desenvolvimento institucional do Instituto de Lideranças do Rio, no Rio de Janeiro. Fala inglês, português, espanhol, húngaro e tz’utujil. Antônio Roberto Giraldes formou-se em Letras (com habilitação em Português em Linguística) na Universidade de São Paulo (USP), mesma instituição em que fez seu Mestrado em Educação e agora é doutorando. Atua há 19 como professor, incluindo escolas públicas, privadas e cursinhos pré-vestibulares. Atualmente é professor no Colégio/Curso Etapa, onde leciona Linguística, Língua e Literatura Portuguesas. No momento, dedica-se ao francês, grego e sânscrito. Bruno L’Astorina estudou Matemática Aplicada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalha há oito anos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizando cursos, escolas, selecionando e treinando as equipes em olimpíadas internacionais. Foi um dos idealizadores da OBL, líder da equipe brasileira na IOL 2011 e atualmente integra o Comitê de Problemas da IOL. Seus interesses de pesquisa envolvem história das ideias, epistemologia, filosofia da linguagem e tipografia. Gosta de línguas germânicas e eslavas, mandarim e toki pona. Felipe Gonçalves Assis estuda engenharia elétrica na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), onde também faz mestrado em matemática. Trabalha na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e é frequentador da Competição Internacional de Matemática (IMC). Foi um dos idealizadores da OBL e líder da equipe brasileira na IOL 2011. É entusiasta de lojban, topologia e piano. Mateus Yuri Passos formou-se em Estudos Literários na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em Jornalismo pela PUC-Campinas. Especializou-se em Jornalismo Científico pela Unicamp e em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Educação e Jornalismo Literário (ABJL) – áreas nas quais ainda atua. Fez mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e hoje é doutorando em Teoria e História Literária na Unicamp. Sua pesquisa envolve música (especialmente a ópera wagneriana e o Regietheater), linguística, literatura e narrativa sequencial (quadrinhos). Victória Flório estudou física e astronomia na Universidade de São Paulo (USP). Especializou-se em Jornalismo Científico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde também iniciou seu doutorado em História da Ciência. Atualmente, é professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e trabalha com divulgação científica. Foi uma das idealizadoras da OBL. Seus interesses de pesquisa são história dos conceitos, ensino e divulgação de ciência. Gosta de alemão, islandês, esperanto, pintura, sotaques e neologismos em geral. Sobre o Local Águas de São Pedro é uma cidade pequena e pacata (em extensão, é o menor município paulista e o segundo menor do Brasil), mas conhecida pelas suas águas minerais, sulfurosas e outras. Em torno das águas, surgiu uma excelente estrutura hoteleira e de lazer, possuindo hoje o segundo melhor IDH entre os municípios brasileiros. O Avenida Charme Hotel foi fundado na década de 1940, no centro de Águas de São Pedro. Além das boas acomodações, sua infra-estrutura para lazer e eventos faz com que seja uma excelente opção para encontros, congressos ou mesmo viagens turísticas. Mais informações em www.avenidacharmehotel.com.br Sobre a IOL A Olimpíada Internacional de Linguística foi organizada pela primeira vez em 2003, na Bulgária, com seis países participantes. Suas antecessoras são um pouco mais antigas: as primeiras olimpíadas de linguística em Moscou datam de 1965; na Bulgária, em 1982; em São Petersburgo, em 1996. Desde sua primeira edição, a IOL possui provas individuais e em grupo versando sobre diversas línguas, preferencialmente as mais obscuras. A primeira edição contou com questões sobre Álgebra Transcedental (de Jacob Linzbach), Árabe Egípcio, Adigue, Francês e as Línguas Tocarianas. Como acontece em outras olimpíadas de conhecimento, a IOL fomentou o surgimento de diversas olimpíadas nacionais, como a polonesa Olimpiada Lingwistyki Matematycznej, a UKLO (United Kingdom Linguistics Olympiad) e a OzCLO (Australian Computational Linguistics Olympiad). A OBL é o mais recente membro da família. A sigla, IOL, foi deliberadamente escolhida para não corresponder ao nome em nenhuma língua. Em 2011, a olimpíada ocorreu na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, nos EUA. As questões da prova versaram sobre ortografia em Feroês, morfologia em Menomini, sintaxe em Vai, semântica em Nahuatl e estrutura dos códigos de barras da família EAN-13. A prova de equipes explorou a estrutura métrica e as regras de composição de poesia em sânscrito. 2011 foi também a primeira participação do Brasil, com os times Itararé (André Amaral de Sousa, Rafael Kazuhiro Miyazaki, Pedro Neves Lopes, Nicolas Seoane Miquelin) e Suassuna (Ivan Tadeu Antunes Filho, Marvin Ariel Dias Santos, Rafael Levy Teixeira). Em 2012, a IOL acontecerá na Universidade de Liubliana, na capital da Eslovênia, entre 30 de Julho e 3 de Agosto. Será nossa segunda participação. Que estejamos bem representados por lá e que isso fortaleça ainda mais nossa cultura olímpica. Como resolver uma questão de linguística – algumas dicas 1 · Estude teorias linguísticas e estude também o máximo de línguas que puder. É verdade que a maioria das questões envolve apenas raciocínio e identificação de padrões, mas identificar padrões fica muito mais fácil se você tem ideias sobre o que procurar. 2 · Confie nos compositores da prova: todo problema pode ser resolvido apenas com os dados fornecidos e aproximadamente no tempo fornecido. 3 · Faça muitas tabelas, diagramas, grafos, etc. Reorganizar as informações exige mais esforço da sua mão mas facilita muito para o seu cérebro. 4 · Multiplique suas abordagens sempre que possível. Às vezes, é importante ter conhecimento de mundo e imaginar-se imerso em outra cultura; em outras, ajuda imaginar como um computador lidaria com o problema; para alguns casos, uma abordagem puramente matemática ou gramatical é a melhor saída. 5 · Quando tiver uma hipótese, confie nela por um instante; teste-a em todo o problema. No pior dos casos, você descobrirá que ela está errada e poderá testar outra hipótese do início. No melhor, você terá avançado mais um passo. 6 · Tenha clareza sobre quais são suas hipóteses e quais já foram refutadas. Dê preferência às mais simples, mas não tenha medo de gastar muito tempo com hipóteses duvidosas; o caminho até a solução é, na maioria das vezes, tortuoso e cheio de buracos. 7 · Divirta-se! Não há nada mais mortífero para a solução de um problema do que o tédio ou o sentimento de obrigação. Anotações Comissão Organizadora Dra. Darcilia Marindir Pinto Simões (SELEPROT/LABSEM/UERJ | Rio de Janeiro, RJ) Dra. Eliane Gonçalves (PUC-SP | São Paulo, SP) Dra. Lisângela Daniele Peruzzo (CELP/FFLCH/USP | São Paulo, SP) Victória Flório Pires de Andrade (DF-CAC/UFG | Catalão, GO) Bruno L’Astorina (PC-IOL | São Paulo, SP) Felipe Gonçalves Assis (UFCG | Campina Grande, PB) Comitê Acadêmico Antônio Giraldes (Colégio Etapa | São Paulo, SP) Cintia Hanashiro (Colégio Andersen | Registro, SP) Clarice Assalim (Colégio Harmonia, Faculdade Santo André | Santo André, SP) Cleuber Nascimento (Sistema Elite | Rio de Janeiro, RJ) Luis Rogério da Silva (Colégio Objetivo, UNIP, Comphaus | São Paulo, SP) Nadia Lucia Nardi (SENAI Concórdia | Concórdia, SC) Roberto Lota (Sistema Elite, UFRRJ | Rio de Janeiro, RJ) Robson Carapeto (Escola Alemã Corcovado | Rio de Janeiro, RJ) Rosane Reis (Sistema Elite, Grupo Redigir | Rio de Janeiro, RJ) Segunda Fase – Organizadores Bruno L’Astorina Felipe Gonçalves Assis Victória Flório Branding e Design Gráfico Charles L’Astorina Luisa Pires Patrocínio Fundação Carlos Chagas Apoio Olimpíada Paulista de Matemática Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica Torneio Juvenil de Robótica Editora da USP Contatos sites.google.com/site/olimpiadalinguistica Twitter: @olimpiadakyta Facebook / Orkut: Olimpiada de Linguistica patrocínio: apoio: