www.oimparcial.com.br/urbano URBANO + KIT SEGURANÇA ALIMENTAR A Prefeitura de São Luís recebeu um kit de equipamentos de apoio à modernização das Unidades de Distribuição da Agricultura Familiar. Evento contou com a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campelo. São Luís, quinta-feira, 10 de dezembro de 2015 URBANO 2 Editor: SAMARTONY MARTINS Email: [email protected] PREVENÇÃO Hospitais preparam rotina para atender casos de microcefalia Rede de orientação do Ministério da Saúde sobre a doença começará pelo Hospital Materno Infantil de Imperatriz, e pelo Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís, com equipe multidisciplinar composta por vários proissionais GLADYS ALVES FIQUE SABENDO M esmo com a queda de 38 para 32 casos de microcefalia no Maranhão por conta do novo cenário onde o Ministério da Saúde alterou a medida do perímetro cefálico de recém-nascidos de 33cm para 32cm, os maranhenses continuam em alerta ao mosquito Aedes aegypti. A maioria tem buscado informações sobre as doenças, zika vírus e a microcefalia. Dos 38 casos anteriormente diagnosticados de bebês com microcefalia, seis foram descartados. Quatro foram de São Luís e dois de Imperatriz. Assim, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou os 32 casos de bebês com microcefalia em 21 municípios. O órgão informou ainda que está criando, com orientação do Ministério da Saúde, uma rede assistencial para colocar à disposição das crianças com microcefalia. Será um serviço de estimulação precoce, com equipe multidisciplinar composta por neuropediatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros, para tratar e minimizar as sequelas que a microcefalia traz. Nós já recebemos pacientes com microcefalias, porém, a maioria das mães não tiveram zika vírus. Muitos casos estão relacionados com outras causa, como, por exemplo, a rubéola congênita Claudio Araújo, diretor do Juvêncio Matos Ações de controle da doença Hospital Dr. Juvêncio Mattos será uma das unidades de referência para tratamento de casos de microcefalia Inicialmente, serão implantadas nos dois maiores hospitais estaduais de referência do estado: o Hospital Materno Infantil de Imperatriz, para atender à demanda das regiões Central e Tocantina, e o Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís. As secretarias municipais de Saúde já começaram a ser avisadas que esses dois hospitais iniciarão o atendimento de alta complexidade, por conterem corpo clínico com neuropediatra e demais especialistas necessários. Nesse momento, já estão atendendo aos casos. Unidades especializadas de saúde sob gestão do município de São Luís e gestão Federal (HU) também possuem equipes multidisciplinares, que contam com neuropediatras. De acordo como o diretor do Hospital Juvêncio Matos, Claúdio Araújo, que também é pediatra, a partir do momento que o zika vírus foi relacionado à microcefalia, houve um aumento de 5% no atendimento de crianças com microcefalia e também de grávidas que temerosas buscam por informações. O médico explicou à reportagem de O Imparcial que, quando a criança é diagnosticada com a microcefalia, necessariamente ela não fica internada no hospital. Mas tem que Zika vírus Os casos de zika vírus podem ser atendidos em qualquer Hospital de Urgência e Emergência ou Unidade de Pronto Atendimento, seja na rede estadual, municipal ou federal. Normalmente, na rede estadual de saúde, os pacientes são atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A SES informou que, dos casos conirmados, nove mães tiveram zika vírus durante a gestação, e os demais estão sob investigação. Um óbito ocorreu em São José de Ribamar. No Maranhão, de janeiro a novembro de 2015, foram registrados 7.237 casos de dengue, com 10 óbitos por complicação da doença. Nesse mesmo período, foram registrados extraoicialmente 2.887 casos do zika vírus, porém, somente seis conirmados com sorologia. Já da febre chikungunya, ocorreram 26 casos, todos na capital São Luís e sem registro de óbito. ser assistida por um pediatra e por uma equipe de multiprofissionais, tais como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional Como medidas para o Plano de Enfretamento ao Aedes aegypti em 2016, a Secretaria Estadual de Saúde disponibilizará 20 novos veículos para aplicação de inseticida Ultra Baixo Volume (UBV), tradicionalmente conhecido como ‘Fumacê’, e seis seminovos doados pelo Ministério da Saúde para o controle da dengue, chikungunya e zika vírus, totalizando 50 veículos. A carga instalada de UBV é suiciente para o controle de 19.600 casas por semana. Com a ampliação do contingente, o alcance será de 140 mil casas. Para o controle larvário, a SES disponibilizou para as regiões de saúde 720Kg de larvicida pyriproxyfen (1g – 500 litros) para o tratamento de todos os depósitos que armazenam água infestada ou não. Dentre as ações acordadas para fortalecer as estruturas de limpeza urbana e pontos estratégicos, estão: Mobilização de limpeza urbana no recolhimento resíduo doméstico e principalmente no recolhimento dos resíduos dos terrenos baldios; Blitz Urbana (intervenção no cumprimento da lei de muros e calçadas no que se refere aos terrenos baldios); Ação de iscalização sobre os pontos estratégicos (borracharia, ferro velho, cemitérios), casas fechadas envolvendo as vigilâncias: sanitária e ambiental; Recolhimento de pneus com destino para o Ecoponto, localizado na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp). Plano de Enfrentamento 2.887 número extra oficial de zika vírus no Maranhão em 2015 e fonoaudiólogo. “Nós já recebemos pacientes com microcefalia, porém, a maioria das mães não tiveram zika vírus. Muitos casos estão relacionados com outras causas, como, por exemplo, a rubéola congênita”, disse. Claudio Araújo descreveu que no hospital há o Follow-up, atendimento ambulatorial de acompanhamento aos pacientes que precisam ser internados, dependendo da gravidade do caso. O médico ressaltou que a microcefalia não é uma doença que oferece risco de morte, mas que as crianças terão deficiências neurológicas e motoras as quais deverão ter acompanhamento com médicos e uma equipe de multiprofissionais. O plano de enfrentamento é uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, que envolve 19 órgãos e entidades. Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o Ministério da Saúde declarou, no mês passado, Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país. Até o último dia 5 de dezembro, 1.761 crianças nasceram com suspeita deste problema grave, que prejudica o desenvolvimento das crianças. Desde então, o governo federal está mobilizado para estudar e controlar a situação. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensiicar as ações de combate ao mosquito. Mobilização Nacional O combate ao mosquito Aedes aegypti é fundamental para o controle do surto de microcefalia que está ocorrendo no país. Para a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, será instalada a Sala Nacional de Coordenação Interagências, que funcionará no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), no Ministério da Integração Nacional. Também serão instaladas salas estaduais, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública (PM e Bombeiros), Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas. No Maranhão, além da sala de coordenação estratégica, está sendo construída uma rede assistencial às crianças, para tratamento e acompanhamento. O objetivo é reforçar a orientação à população sobre o combate ao mosquito nas residências.