Bem viver! Gestantes precisam se prevenir A relação entre o surto de microcefalia no Nordeste e o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi confirmada em novembro pelo Ministério da Saúde. A constatação tem como base o resultado de exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas em um bebê nascido no Ceará. Em amostras de sangue e tecidos do bebê, que nasceu com microcefalia e outras más-formações, foi identificada a presençado vírus. Anteriormente, já havia sido encontrado material genético viral no líquido amniótico de grávidas de fetos com microcefalia. Havia ainda a coincidência temporal e geográfica entre o aparecimento do zika e a disparada de casos da anomalia em recém-nascidos (739 suspeitas em 2015, ante a média anual de 156 entre 2010 e 2014). Segundo o governo federal, a análise inicial indica que o risco para a gestante está associado aos primeiros três meses de gravidez. Destaca, no entanto, que ainda são necessárias investigações para confirmar o período de maior vulnerabilidade para a gestante e esclarecer outras questões, como a transmissão do vírus, sua atuação no organismo e a infecção do feto. A microcefalia é uma má-formação congênita que faz com que a cabeça de um recém-nascido meça menos de 33 centímetros, o que significa que o cérebro não se desenvolveu corretamente. Diversos fatores podem causar a doença, como substâncias químicas que a mãe ingere durante a gestação ou infecções por bactérias e vírus. As causas mais comuns são a toxoplasmose e a rubéola, mas o vírus zika foi confirmado como a causa do surto da síndrome no Nordeste. A microcefalia só pode ser diagnosticada após o nascimento. No pré-natal, ecografias são capazes de apontar uma alta probabilidade para a má-formação. E como o cérebro não se desenvolve, há um risco alto de a anomalia resultar em quadros de retardo mental ou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Não existe tratamento, mas é possível minimizar as sequelas com acompanhamento pediátrico e neurológico. Idosos e crianças estão em risco? Na quinta-feira, Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz desmentiram boatos que ligavam o vírus zika com o comprometimento nervoso em crianças menores de 7 anos ou em idosos. – Pode acontecer uma complicação neurológica em várias doenças causadas por vírus ou bactérias, mas não há uma preferência por crianças, ou por adultos ou por idosos, e em geral esses sintomas são reversíveis – disse o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. EDMAR MELO/JC IMAGEM, Estadão Conteúdo O mosquito z Típico de regiões urbanas de clima tropical e subtropical (com presença de calor e chuvas) z Tem 0,5 cm de comprimento. A coloração é preta com riscos brancos no dorso, pernas e cabeça z O ser humano não consegue ouvir seu ruído z A fêmea se alimenta de sangue animal, principalmente humano z No momento que está retirando o sangue, a fêmea contaminada transmite o vírus para o ser humano. Na picada, ela aplica uma substância anestésica, fazendo com que não haja dor z As fêmeas picam no começo da manhã ou no final da tarde. Geralmente, os alvos são pés, tornozelos e pernas, já que voam a, no máximo, um metro do solo z A fêmea deposita seus ovos em locais com água parada, limpa ou pouco poluída Prevenção z Não deixe objetos com água parada dentro de casa ou no quintal z Mantenha cobertas as caixas d’água z Limpe as calhas z Se você tiver vasos com plantas áquáticas, troque a água e lave o vaso por dentro, com água e escova, pelo menos uma vez por semana 10 – Santa Maria, sábado e domingo, 12 e 13 de dezembro de 2015 MIX