Biologia
Fascículo 11
André Eterovic
Índice
Ecologia II
Sucessão ecológica ............................................................................................................................1
Impactos ambientais ..........................................................................................................................4
Biomas ..............................................................................................................................................6
Exercícios ...........................................................................................................................................9
Gabarito ..........................................................................................................................................12
Ecologia II
Sucessão ecológica
É o processo de substituição gradual e ordenada de uma comunidade por outra ao longo
do tempo até atingir uma comunidade estável (comunidade clímax).
Tipos de sucessão ecológica
a. Sucessão Primária: Ocorre em um ambiente nunca habitado, pois as condições são muito
desfavoráveis ao estabelecimento da maioria dos seres vivos. Ex.: dunas de areia, rocha nua.
b. Sucessão Secundária: Ocorre em um ambiente já habitado anteriormente, mas em que, por
algum motivo, todos ou alguns seres vivos foram eliminados. Ex.: floresta destruída.
Estágios da sucessão ecológica
Os primeiros organismos a se instalarem em um ambiente são chamados pioneiros.
Estes são capazes de sobreviver em condições adversas, como intenso calor e luz, pouca água e solo
geralmente inconsistente.
Ao longo do tempo, as espécies pioneiras vão tornando o ambiente propício para o
estabelecimento de outras espécies porque: a) a decomposição das espécies pioneiras vai tornando o
solo mais rico em matéria orgânica; b) quanto mais matéria orgânica no solo, maior a retenção de
água; c) solo com mais água e matéria orgânica se torna mais compacto para estabelecimento de
plantas maiores; d) a sombra da vegetação reduz as variações bruscas de temperatura. Cada
comunidade que se estabelece ao longo do tempo é denominada série (ou sere).
A última série de uma sucessão é chamada de comunidade clímax, que é uma
comunidade estável e auto-sustentável para aquele tipo de ambiente. Não é necessariamente uma
floresta. Pode ser um cerrado, caatinga, manguezal, etc., dependendo das condições climáticas e de
altitude daquele local.
Um detalhe importante é que a sucessão ecológica das plantas é acompanhada pela
sucessão ecológica dos animais, pois cada espécie de planta está associada a um grupo de animais
(herbívoros, polinizadores, dispersores de sementes, etc.)
Sucessão em uma rocha nua: exemplo de sucessão primária
Os organismos pioneiros são os líquens que produzem ácidos para degradar a superfície
da rocha. Esta decomposição, somada à morte dos líquens ao longo do tempo, permite o
aparecimento de outros “vegetais” (musgos, algas). Estes, por sua vez, facilitam o aparecimento de
plantas maiores, até que seja atingida a comunidade clímax.
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rocha exposta
bactérias, fungos
líquens, musgos
rocha
gramíneas e arbustos
mata e floresta
solo
Sucessão em uma floresta destruída: exemplo de uma sucessão
secundária
Um trecho de floresta é destruído e o local é abandonado por certo tempo. Em primeiro
lugar, o terreno é ocupado por capim e outras ervas pioneiras, pois só as sementes destas plantas
conseguem germinar neste solo quente e pobre em nutrientes. Com a sombra causada por estas
plantas, os arbustos já conseguem sobreviver. Depois de muitos anos, a sombra dos arbustos começa
a prejudicar as ervas e o ambiente fica propício para a germinação de árvores. O capim e outras ervas
pioneiras acabam desaparecendo, enquanto as árvores acabam por dominar os arbustos. Agora a
floresta formada é a comunidade clímax.
Equilíbrio ecológico
Ao longo da sucessão ecológica, as condições ambientais para o estabelecimento e
sobrevivência dos seres vivos vão se tornando cada vez melhores. Assim, a biodiversidade (variedade
de seres vivos) e número de seres vivos vão aumentando ao longo das séries. Conseqüentemente,
aumenta o número de relações simbióticas. Uma comunidade clímax pode demorar até milhares de
anos para ser estabelecida. Qualquer alteração feita pelo homem nessa comunidade certamente
alterará o equilíbrio conquistado ao longo de toda a sucessão ecológica.
Ciclos Biogeoquímicos
Após a morte dos organismos, a matéria que os compõe é degradada pelos
decompositores e os elementos químicos retornam ao ambiente onde serão reaproveitados por outros
seres vivos. Fica claro, portanto, que os elementos químicos circulam entre os organismos e o
ambiente, ao contrário da energia que tem um só sentido na cadeia alimentar.
O ciclos biogeoquímicos (ou ciclos dos elementos químicos) representam os
caminhos percorridos pelos elementos químicos no ecossistema. Os principais estão representados a
seguir:
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Ciclo da água
neve
H2O atmosfera
transpiração
e respiração
respiração
chuva
evaporação
do solo
oceano
águas subterrâneas
Ciclo do carbono
Ciclo do oxigênio
O2 atmosférico
CO2 atmosférico
combustão
gás carbônico
da atmosfera
difusão
luz
plâncton
carvão
morte e
excreção
gás e
petróleo
combustíveis e fósseis
animais
fixação em óxidos
morte
algas
do mar
3
Ciclo do nitrogênio
N2 atmosférico
bactérias
fixadoras de
nitrogênio
bactérias
desnitrificantes
proteínas
vegetais
animais
nitrato
no solo e
na água
composto
nitrogenados
bactérias
nitrificantes
(NO2 NO3)
bactérias
nitrosificantes
decomposição
amônia
Impactos ambientais
Poluição e Poluente
Poluição é a presença de determinadas substâncias estranhas (ou excesso de substâncias
não estranhas) em um ambiente que prejudicam a vida dos seres que aí vivem. Poluente é a
substância que causa a poluição. Quase todos os poluentes são produtos de atividade humana, como
agricultura (inseticidas), construção (partículas em suspensão), transporte (monóxido de carbono),
indústria (dióxido de enxofre) e resíduos biológicos (fezes e urina).
A seguir, algumas conseqüências da poluição para o meio ambiente:
Inversão Térmica
Normalmente as camadas inferiores do ar (onde ficam acumulados os poluentes) são
mais quentes que as camadas superiores. Como o ar quente é menos denso ele sobe “carregando” os
poluentes consigo e o ar frio desce (o vento também ajuda a dissipar os poluente do ar). Porém, no
inverno, geralmente aparece uma camada de ar quente entre as camadas de ar frio, impedindo a
dispersão dos poluentes que ficam “aprisionados” na superfície. Este fenômeno, muito comum em
grandes cidades, é conhecido como inversão térmica.
4
Efeito Estufa
Efeito estufa é o aumento gradual da temperatura da Terra devido à alta concentração na
atmosfera de CO2 (pela queima de combustíveis na indústria) e CH4 (pela decomposição de matéria
orgânica). A radiação solar que atravessa a atmosfera e chega ao solo normalmente é reirradiada na
forma de raios infravermelhos. Porém, as camadas de CO2 e de CH4 absorvem estes raios e os
devolvem para a superfície da Terra, o que aumenta sua temperatura.
Alguns cientistas estimam que dentro de 50 anos a temperatura da Terra aumentará
4º C, o que provocaria o degelo nas regiões polares e, conseqüentemente, a elevação do nível do mar,
com a inundação de cidades litorâneas; tempestades nas regiões tropicais; clima mais seco e quente
em regiões antes mais frias, provocando morte de muitos animais e plantas adaptados àqueles
ambientes frios. No entanto, outros cientistas afirmam que até o momento não existem dados que
provem efetivamente que o efeito estufa esteja realmente ocorrendo.
Diminuição da camada de ozônio (O3)
Na atmosfera existe uma camada de gás ozônio que tem como função proteger a Terra
da radiação ultravioleta, nociva aos seres vivos. Funciona, portanto, como um “filtro solar”. Porém,
nos últimos 10 anos foram observados dois buracos nesta camada, um em cada pólo do planeta , o
que já tem provocado câncer de pele em algumas pessoas, cegueira em peixes e morte de algas.
Uma das causas dessa diminuição da camada de ozônio pode ser a grande quantidade
de gas CFC liberado na atmosfera, impedindo a formação de ozônio. Este gas CFC é usado na
indústria de eletrônicos, sistemas de refrigeração e eliminado em aerossóis (“sprays”).
Poluentes nas águas
Eutroficação da água: Isto ocorre devido ao aumento da quantidade de esgotos em
rios, lagos e mares. A maior quantidade de matéria orgânica na água causa o aumento de bactérias
aeróbicas, que se alimentam desta matéria orgânica usando o oxigênio da água. Isso causa a morte de
peixes, plantas e outros seres vivos.
Marés vermelhas: Ocorre quando a eutroficação da água causa grande proliferação de
dinoflagelados, que também usam o oxigênio da água, além de eliminarem substâncias tóxicas,
matando principalmente peixes. O nome “maré vermelha” é dado pela cor avermelhada que a água
adquire devido à presença destes dinoflagelados.
Resíduos industriais e agrícolas: São poluentes tóxicos, como detergente, amônia,
ácido sulfúrico, fertilizantes sintéticos e agrotóxicos que são lançados nos rios, causando a morte de
muitos organismos e impedindo a utilização de sua água.
Mercúrio: Metal lançado nos rios pelos garimpeiros para a separação do ouro. Causa a
morte de muitos organismos e pode envenenar peixes que, se consumidos pelo homem, causam
sérios danos ao seu sistema nervoso.
Inseticidas
Apesar de ser um dos inseticidas mais usados na lavoura, o DDT é muito tóxico e tem a
capacidade de se concentrar nos organismos, passando de um nível trófico para outro. Como cada
organismo de um nível trófico superior come geralmente vários indivíduos do nível trófico inferior, o
DDT tende a ser mais concentrado nos níveis superiores. Atualmente, têm-se procurado alternativas,
como a proibição do uso de produtos tóxicos, uso de inseticidas naturais e uso de controle biológico
(em que uma determinada espécie de predador pode ser usada para combater uma praga).
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Queimadas
Empregadas na limpeza de terrenos (para plantio, pastagem ou moradia), no combate à
vegetação invasora ou pragas (ex.: carrapato) ou ainda para facilitar o corte de árvores, com a retirada
de ervas e arbustos. Têm como consequências: 1. redução da cobertura vegetal e, portanto, de
populações autótrofas; 2. exposição do solo, facilitando erosão e lixiviação, levando a seu
empobrecimento; 3. exportação de nutrientes com a fumaça; 4. extermínio de detritívoros e
microorganismos do solo; 5. redução da macrofauna; 6. liberação de gases de enxofre e nitrogênio,
além do dióxido de carbono, que contribuiriam para a chuva ácida; 7. reversão a estágios iniciais da
sucessão ecológica.
Mudanças climáticas globais
a. ENSO (El Niño-Southern Oscillation)
Corrente marítima quente que, geralmente, se desenvolve a partir da costa do Equador,
em períodos que variam de 2 a 10 anos. Tal evento implica na redução da produtividade primária na
costa oeste da América do Sul (e, conseqüentemente, na pesca), onde ocorre uma elevação do nível
do mar que se estende para os pólos. Secas na Austrália e na Califórnia estão relacionadas ao
fenômeno.
b. Meteorito e extinções no fim do Cretáceo
A presença de irídio em sedimentos datados de 65 milhões de anos é uma evidência de
que pode ter havido a queda de um meteorito de 10 km de diâmetro no Golfo do México. A idade
desses depósitos coincide com o período de extinção de grandes grupos de organismos da Terra, entre
eles, os dinossauros. O impacto teria: 1. escurecido a atmosfera, limitando a fotossíntese; 2.
provocado queimadas gigantescas; 3. originado óxido nitroso e, portanto, intensa chuva ácida ou
4. intenso efeito estufa.
Biomas
São comunidades em clímax sucessional, com aspecto homogêneo e submetidas a
condições climáticas similares em toda sua extensão. O estado de clímax depende da latitude, altitude,
temperaturas médias e extremas, relevo, chuvas e solo.
Principais biomas terrestres
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a. Tundra
Ocorre no Circulo Ártico. A camada superficial do solo descongela nos três meses do
verão, faltando água para a vegetação (líquens e musgos) no restante do ano. Animais residentes têm
adaptações para o frio e espécies migratórias aparecem no período mais quente.
b. Taiga
Florestas de coníferas do hemisfério norte, ao sul da tundra, sob intensa exploração de
madeira. Estação quente mais longa e amena. Animais e vegetais podem apresentar dormência no
inverno.
c. Florestas temperadas
Na América do Norte e Europa, apresentam quatro estações definidas, com
consequências diretas sobre flora (perda de folhas sazonal) e fauna (hibernação, pelagens de verão e
inverno).
d. Florestas tropicais
Ocorrem entre trópicos, em regiões de clima quente e altos índices pluviométricos na
América do Sul e Central, África, Ásia e Austrália. Vegetação distribuída em estratos (herbáceo,
arbustivo e arbóreo), abrigando grande diversidade de espécies animais e de interações entre si e com
a flora.
e. Chaparral
Formações arbustivas do Sul da Europa, Norte da África, Califórnia e Chile, regiões de
clima mediterrâneo (inverno úmido e verão seco).
f. Campos
Formações abertas (predomínio do estrato herbáceo) de regiões temperadas (estepe russa
e pradaria norte-americana) e tropicais (savana africana e cerrado brasileiro). Chuvas concentradas
numa estação, com risco de queimadas no período seco.
g. Desertos
Localizados em regiões quentes (Saara, Austrália) ou frias (Gobi), mas com umidade do ar
irrisória e chuvas raras. Plantas e animais com adaptações à falta d’água.
Biomas aquáticos
Os organismos aquáticos podem ser divididos em três grupos de acordo com seu modo
de vida. Os bentos ocorrem junto ao fundo, fixos (ex.: algas, corais) ou com capacidade de
deslocamento (ex.: caranguejo). Nécton é o grupo formado por organismos que nadam ativamente
na massa líquida (ex.: peixes). O plâncton reúne seres não fotossintetizantes (zooplâncton) e seres
fotossintetizantes (fitoplâncton, principais produtores desse ambiente) que, por serem pequenos (ex.:
protozoários) ou não apresentarem estruturas de locomoção eficientes (ex.: medusa, algas
microscópicas), são levados pelas correntes. A fotossíntese ocorre nas camadas mais superficiais (zona
fótica), enquanto que áreas mais profundas e que não recebem luz (zona afótica) são abastecidas
pela matéria orgânica dos estratos superiores.
a. Águas continentais
Incluem ambientes lóticos, com água em movimento e baixa produtividade de plâncton
(corredeiras e rios de planalto) e lênticos, com menor deslocamento de água e maior atividade de
autótrofos (lagos e rios de planície).
b. Ambiente marinho
Recobrindo mais de ¾ da superfície do planeta, os oceanos apresentam entre si uma
continuidade geográfica que não tem correspondência com as condições fisico-químicas ou com as
comunidades de diferentes regiões. Diferenças na temperatura e salinidade levam à ocorrência de
fauna e flora particulares. Regiões costeiras apresentam maior produtividade e diversidade de espécies,
por receberem nutrientes do ambiente terrestre.
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Biomas brasileiros
a. Floresta amazônica (Hiléia)
Recobre a bacia do Rio Amazonas e afluentes (região Norte e Centro-oeste). Tem
pluviosidade superior a 1800 mm/ano e temperatura acima de 25oC. O dossel (conjunto de copas das
árvores mais altas) atinge 50 m. Um dos biomas de maior riqueza de espécies no planeta.
b. Floresta costeira (Mata Atlântica)
Estende-se ao longo do litoral (do RN ao RS), ocupando planícies e elevações que
bloqueiam as massas de ar oceânicas e provocam chuvas contínuas. O dossel supera 35 m, com
grande estratificação da vegetação e conseqüente diversidade de fauna e flora.
c. Floresta de araucárias
Distribuindo-se na Região Sul (clima subtropical, mais frio), assemelha-se à Mata Atlântica
em estrutura, mas com predomínio do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia).
d. Cerrado
No Planalto Central, essa denominação é empregada para formações abertas (campos) e
florestas densas (cerradão), incluindo paisagens onde os componentes herbáceo, arbustivo e arbóreo
se equilibram (cerrado propriamente dito). Matas ciliares (ou de galeria) acompanham o curso dos
rios. Tais fisionomias estão submetidas a altas temperaturas diurnas e chuvas concentradas no verão,
sobre um solo pobre em nutrientes. No inverno, há escassez de água e risco de queimadas, contra as
quais fauna e flora apresentam adaptações especiais. Atualmente, é a região agrícola de crescimento
mais significativo do país.
e. Caatinga
Vegetação predominantemente arbustiva do interior do Nordeste. Ocorre sobre solo rico
em nutrientes, mas com restrição de água no período de seca, quando a maioria das plantas perdem
as folhas. A alternância entre uma paisagem de aspecto árido e uma vegetação verde e florida é tipica
desse bioma.
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f. Mata de cocais
Formação florestal do Nordeste (MA, PI, RN), dominada pela palmeira babaçu (Orbignya
martiana), importante produtora de óleo.
g. Pantanal
Localizado na depressão do Rio Paraguai, tem alagamento sazonal em virtude das chuvas
intensas nas elevações vizinhas e da pequena declividade da região. Terrenos ligeiramente altos e livres
das inundações apresentam formações florestais (capões), enquanto que as formações campestres
(utilizadas como pastagem para o gado) revestem as planícies. Matas ciliares acompanham os cursos
d’água. Após a cheia, a água retorna lentamente aos rios, originando lagoas (baías) que concentram
peixes e atraem grande diversidade de aves.
h. Campos gaúchos (Pampas)
Formações abertas (predomínio de herbáceas) muito homogêneas que ocorrem na região
Sul (clima subtropical).
i. Manguezal
Floresta de baixa diversidade arbórea situada ao longo de estuários (desembocadura de
rios) das regiões tropicais. Na interface terra-água salobra, é submetida ao alagamento diário pela
maré. Recebe matéria orgânica das áreas vizinhas, cuja decomposição enriquece o solo e a água com
nutrientes minerais. O plâncton, em grande abundância e diversidade, é a base da cadeia alimentar
local.
Exercícios
01. (FUVEST-SP) A figura a seguir é um esquema simplificado do ciclo do carbono na Natureza.
Nesse esquema:
a. I representa os seres vivos em geral e II somente os produtores.
b. I representa os consumidores e II os decompositores.
c. I representa os seres vivos em geral e II apenas os consumidores.
d. I representa os produtores e II os decompositores.
e. I representa os consumidores e II os seres vivos em geral.
02. (PUC-SP) No ciclo do nitrogênio abaixo esquematizado, as etapas de nitrificação, fixação e
desnitrificação estão, respectivamente, indicadas por:
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a. III, I e II.
b. I, II e III.
c. I, III e II.
d. II, III e I.
e. II, I e III.
03. (CESCEM) Os processos abaixo numerados fazem parte do ciclo do nitrogênio:
I. fixação do nitrogênio do ar.
II. devolução de nitrogênio para o ar.
III. transformação de compostos orgânicos nitrogenados em amônia.
IV. transformação de amônia em nitritos e nitratos.
As bactérias são capazes de realizar:
a. apenas os processos I e II.
b. apenas os processos III e IV.
c. apenas os processos I, II e III.
d. apenas os processos I, III e IV.
e. os processos I, II, III e IV.
04. (PUC-SP) Analise o quadro abaixo:
I
II
III
Seres que se agrupam de modo cooperativo
Seres da mesma espécie que formam uma
unidade anátomo-fisiológica
Troca mútua de favores, sem interdependência
abelhas
corais
paguro-anêmona
As relações entre os organismos analisados são:
a.
b.
c.
d.
e.
I
sociedade
colônia
sociedade
colônia
sociedade
II
colônia
sociedade
colônia
sociedade
colônia
III
comensalismo
mutualismo
cooperação
comensalismo
inquilinismo
05. (COMBIMED) Existe um vegetal, o cipó-chumbo, de cor amarelada, desprovido de clorofila, que se
desenvolve sobre outras plantas. A respeito desse vegetal, podemos dizer que:
a. é uma planta parasita, cujas raízes sugadoras retiram o líquido que circula nos vasos lenhosos.
b. é uma planta parasita, cujas raízes sugadoras retiram o líquido que circula nos vasos liberianos.
c. é uma planta epífita, como as orquídeas, que usa outras plantas como base de apoio.
d. é uma planta que não respira nem realiza a fotossíntese, porque utiliza para viver todos os
processos metabólicos da planta que está parasitando.
e. é um vegetal que, como os cogumelos, se alimenta das matérias orgânicas que encontra na casca
das plantas em que se apóia.
06. (UF-MG) Todas as afirmativas abaixo contêm um conceito correto de parasitismo, exceto:
a. Parasitismo é uma associação obrigatória em que há dependência metabólica do parasita com
relação ao hospedeiro.
b. Parasitas são geralmente menores que seus hospedeiros e dependem deles para seu
desenvolvimento e hábitat.
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c. A morte ou danificação do hospedeiro é desvantajosa para o parasita.
d. Espécies parasitas têm um potencial reprodutivo mais baixo que o do hospedeiro.
e. Certos parasitas requerem um ou mais hospedeiros adicionais para completar seu desenvolvimento.
07. (PUC-SP) Em uma determinada região tropical, rios e lagoas foram poluídos por agentes químicos que
provocaram morte à quase totalidade de peixes. Por outro lado, foi notório o aumento de certas
populações de larvas de mosquitos. Meses depois, constatou-se elevação na incidência de malária
entre os índios que habitavam a região.
Em relação ao fato acima descrito, foram aventadas três hipóteses:
I. Com a morte de seus predadores naturais, os mosquitos proliferaram naquele ambiente.
II. Os agentes químicos induziram o desenvolvimento de resistência em algumas linhagens de
mosquito.
III. O aumento das populações de mosquitos proporcionou um aumento na taxa de reprodução do
plasmódio.
Pode-se considerar:
a. I, II e III viáveis.
b. apenas I e III viáveis.
c. apenas II e III viáveis.
d. apenas I viável.
e. apenas II viável.
08. Em um determinado ambiente, existem corujas que se alimentam de ratos silvestres. Estes, por sua
vez, se alimentam de vegetação rasteira. O gráfico a seguir representa a variação do tamanho das três
populações, num intervalo de tempo.
Qual das alternativas abaixo pode explicar melhor as variações ocorridas no gráfico?
a. Os ratos silvestres abandonaram o ambiente porque o alimento era deficiente.
b. As corujas mataram todos os ratos silvestres, procuraram outro ambiente e a vegetação proliferou
livre.
c. A vegetação aumentou rapidamente e o ambiente não ficou propício aos ratos e corujas, que
abandonaram o lugar.
d. Uma peste dizimou os ratos silvestres e com o tempo as corujas procuraram outro ambiente.
e. Nenhuma das conclusões pode explicar as variações ocorridas.
09. Sobre o controle populacional foram feitas as seguintes afirmativas:
I. A resistência ambiental representa o elemento mais importante dentre os mecanismos intrínsecos
de controle da densidade populacional.
II. O índice de mortalidade pode ser aumentado se a competição intra-específica ultrapassar certos
limites de tolerância.
III. O predatismo é um fator extrínseco controlador da expansão demográfica.
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Assinale:
a. se apenas I estiver correta.
b. se apenas I e II estiverem corretas.
c. se apenas I e III estiverem corretas.
d. se apenas II e III estiverem corretas.
e. se todas estiverem corretas.
10. (C. Chagas) As médias anuais de temperatura e precipitação de três localidades brasileiras são:
Localidade
Temperatura
Precipitação
I
II
III
26,7ºC
27,8ºC
18,0ºC
1 750 mm
550 mm
1 060 mm
Estes dados permitem supor que as localidades I, II e III abriguem, respectivamente, comunidades de:
a. floresta, pampa e caatinga.
b. floresta, caatinga e pampa.
c. caatinga, floresta e pampa.
d. pampa, caatinga e floresta.
e. pampa, floresta e caatinga.
Gabarito
01. Alternativa a.
Todos os seres vivos convertem glicose em CO2 durante a respiração. A via contrária é
realizada apenas durante a atividade dos autótrofos.
02. Alternativa a.
Nitrificação é a conversão em nitrato de outros compostos nitrogenados, fixação é a
conversão de gás nitrogênio em sais disponíveis para as plantas e desnitrificação é a via oposta à da
fixação.
03. Alternativa e.
do solo.
Todas as transformações de compostos nitrogenados podem ser realizadas por bactérias
04. Alternativa c.
Numa sociedade ocorre divisão de tarefas entre indivíduos de mesma espécie. Na colônia
há continuidade física e interdependência metabólica de indivíduos de mesma espécie. A cooperação
resulta em benefícios para as duas espécies envolvidas.
05. Alternativa b.
O cipó-chumbo, obtém seiva elaborada (glicose) do floema (líber) de seus hospedeiros.
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06. Alternativa d.
O potencial reprodutivo elevado dessas espécies leva, inclusive, à forma particular da
pirâmide de números de parasitas.
07. Alternativa a.
O aparecimento de linhagens resistentes pode ocorrer num meio submetido ao uso
contínuo de poluentes. Considerar para o termo induzir o sentido de originar, assumindo que
mudanças no meio levam a mudanças direcionadas nos organismos, seria dar ao fenômeno uma
interpretação lamarquista.
08. Alternativas d e b.
O crescimento da vegetação C ocorreu em virtude da redução da população do
rato-herbívoro B. Esta pode ter sido provocada tanto por um aumento na predação pela coruja A
quanto pela ocorrência de uma peste.
09. Alternativas d.
A resistência ambiental é um mecanismo extrínseco de controle populacional que não
está diretamente relacionada à capacidade biológica de reprodução da espécie.
10. Alternativas b.
Floresta - temperatura e pluviosidade elevadas; caatinga - temperatura elevada,
pluviosidade baixa; pampas - temperatura baixa, pluviosidade moderada.
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