Orquestra
Sinfónica Juvenil
MÚSICA 8 E 9 DE JUNHO
21h30 · Grande Auditório · Duração 2h00 com intervalo (dia 8) 1h05 (dia 9)
8 DE JUNHO
Hymnen mit Orchester, de Karlheinz Stockhausen
Direcção Pedro Amaral Projecção de som Bryan Wolf Comentadora Gabriela Canavilhas
Estreia em Portugal
9 DE JUNHO
Sinfonia (2004/2005), de Christopher Bochmann
Direcção Christopher Bochmann Comentador Alexandre Delgado
Estreia mundial
Hymnen/Hinos (1966-67)
Música Electrónica e Concreta
(Este texto foi escrito em Novembro de 1967 para o
programa da estreia de Hymnen, que se realizou no
dia 30 de Novembro de 1967 num concerto da série
Musik der Zeit organizado pela WDR no auditório da
Escola Secundária “Apostel” em Colónia. Foi aumentado em 1969 para a primeira edição em disco (DGG) e
levemente alterado em 1995 para a edição em CD).
Durante vários anos, planeei escrever uma
obra grande para electrónica, vozes e instrumentos, utilizando os hinos nacionais de
todos os países. Em 1966, iniciei a sua realização no Estúdio de Música Electrónica da
WDR. Em Novembro de 1967, tinha completado Quatro Regiões com uma duração total de 114 minutos. Cada Região tem certos
hinos nacionais como centros, com os quais
os hinos de muitos outros países – nomeadamente, os seus inícios característicos
– estão relacionados.
A Primeira Região tem dois centros: a
Internacional e a Marselhesa. De uma
confusão internacional de transmissores de
ondas curtas, surge uma forma rigorosa e
direccionada. A duração é de 27 minutos e
38 segundos, conforme a partitura.
A Primeira Região transforma-se gradualmente na Segunda. A Ponte é uma
mancha de som que sobe a partir de um
som distorcido, grave ao princípio, da
Marselhesa, e daí voa por cima da Região
até a sua conclusão. Mantém-se assim
durante muito tempo (com uma peça intermediária de 29.7 segundos) e – depois
de atravessar nove pilares de som (com os
quais a Segunda Região começa) – desce
abruptamente, transformando-se em sons
reconhecíveis como gritos humanos. Daí
transforma-se em grasnadas de pássaros,
e a seguir no “boo-at” “boo-at” de patos
de pântano, e ainda em apupos humanos, tornando-se finalmente uma obscura
reminiscência da Marselhesa, oito vezes
mais lento em andamento.
A Segunda Região tem quatro centros:
o hino nacional da República Federal da
Alemanha, um grupo de hinos africanos
misturados e alternados com o início do hino
russo, e um centro subjectivo que, ao fim da
transição contínua entre o hino alemão e os
africanos, repentinamente rompe o tempo.
À guisa de uma reflexão sobre outro “hino”
alemão do passado, este revela todo o processo composicional: a gravação original de
um momento de trabalho em estúdio, no
presente, o passado e o passado perfeito
tornam-se simultâneos (a última frase falada é “Wir könnten noch eine Dimension
tiefer gehn...” / “Poderíamos aprofundar mais uma dimensão...”). Incluindo a
peça intermediária de 29.7 segundos, esta
Região tem uma duração de 30 minutos e
4.7 segundos, conforme a partitura.
A Terceira Região tem três centros.
Começa com a continuação (lenta e sem
mistura) do hino russo – o único que é composto inteiramente com sons electrónicos,
com a maior expansão harmónica e rítmica
que tinha escrito até 1966. O hino americano segue como segundo centro; este é o
mais colorido por comparação com todos
os outros hinos, com colagens rápidas e
misturas pluralistas. O som de ondas curtas
corre através do oceano em poucos segundos e acaba no centro grandioso do hino da
Espanha. A Terceira Região dura 23 minutos
e 40 segundos, conforme a partitura.
A Quarta Região tem um centro duplo: o
hino da Suíça e um hino do reino utópico de
Hymunion em Harmondie sob Pluramon.
Esta Região é a mais comprida e a mais sugestiva, criando a partir do acorde final do
hino suíço um ostinato no grave de pulsações calmas. Por cima, concentram-se blocos, extensões e trajectórias gigantescas,
em cujos abismos são entoados e ecoados
nomes. A Quarta Região dura 31 minutos e
45.3 segundos, conforme a partitura.
A obra foi composta de modo a que cenários diferentes ou guiões para filmes,
óperas, bailados, etc. poderiam ser criados
para a música.
(No texto de 1967, seguia-se um suplemento que retirei
em 1991, substituindo-o com o seguinte suplemento).
(Texto suplementar que escrevi a 18 de Março de 1991
para a partitura de estudo de Hymnen).
Em 1967, para a estreia mundial, escrevi o
seguinte no prefácio da partitura de estudo
da minha obra Hymnen, Música Electrónica
e Concreta:
“A ordem de secções características e a duração total são variáveis. Dependendo das
necessidades dramáticas, regiões poderão
ser alongadas, acrescentadas ou omitidas.”
Aqui retiro essa opção. Na altura da estreia
mundial, já tinha iniciado a realização de
mais partes de Hymnen e a obra completa
era para ter uma duração bastante maior.
Porém, não continuei a trabalhar nestas
partes e deixarei a obra Hymnen com quatro regiões, tal como foi publicada. Ordem
e duração de Hymnen acabam por ser determinadas e devem assim ficar.
(Texto suplementar escrito em Agosto de 1968).
Hinos nacionais constituem a música mais
conhecida imaginável. Todos conhecem o
hino do seu próprio país e possivelmente de
mais uns tantos, pelo menos os seus inícios.
Quando uma música conhecida é integrada
numa composição musical nova e desconhecida, torna-se especialmente clara a maneira como foi integrada: não-transformada,
mais ou menos transformada, transposta,
modulada, etc. Quanto mais evidente é o
Objecto mais atentos ficamos ao Processo.
Naturalmente, hinos nacionais são mais do
que hinos nacionais apenas: estão carregados de tempo, de história – do passado, do
presente e do futuro. Eles sublinham a subjectividade de povos num momento em que
a uniformidade é frequentemente confundida com a universalidade. É importante também salientar a diferença entre a subjectividade e a interacção entre objectos musicais
subjectivos, por um lado, e isolamento individual e separação, por outro. A composição
Hymnen não é uma colagem.
Interrelacionamentos multidimensionais
foram compostos entre vários hinos, e também entre estes e outras formas sonoras novas e abstractas, para as quais não existem
nomes. Numerosos processos composicionais de intermodulação foram empregues
em Hymnen. Por exemplo, o ritmo de um
hino é modulado com a harmonia de outro;
este resultado passa a ser modulado com o
envelope dinâmico de um terceiro; por sua
vez, este resultado é modulado com a constelação tímbrica e o contorno melódico de
sons electrónicos; finalmente, a um evento
destes é dado um movimento espacial específico. Por vezes, partes de hinos, em estado cru e praticamente sem modulação, são
introduzidas num contexto de sons electrónicos; por vezes, há modulações que nos levam ao ponto da quase-irreconhecibilidade.
Há muitos graus intermédios, muitos níveis
de discernibilidade.
Para além dos hinos nacionais, há outros
objectos pré-existentes que foram utilizados: trechos de fala, sons de multidões,
diálogos gravados, eventos vindos de sintonizadores de ondas curtas, gravações de
eventos públicos e manifestações, o baptizado de um navio, uma loja chinesa, uma
recepção de Estado e por aí fora.
As dimensões largas de tempo, dinâmica, harmonia, timbre, movimento espacial,
duração total e abertura da composição
surgiram durante a composição, derivados
da universalidade do material e das proporções e falta de limites que eu próprio senti perante este projecto – a unificação e a
integração de fenómenos novos e antigos,
aparentemente não relacionados.
A combinação de tantos hinos nacionais
numa única polifonia musical, temporal e
espacial, permite sentir – como visão musical – a unidade de povos e nações numa
família humana harmoniosa.
Karlheinz Stockhausen
Orquestra Obra de Stockhausen
1 VIOLINOS Francisco Moser, Carla Santos, Daniel
Bolito, Clara Gomes, Alexandra Bochmann, Hugo
Miguel Bastos, Tiago Cabrita, Joana Mafalda
Gonçalves, Alba Troya, João Carlos Barata
Sinfonia (2004/5)
OS
2OS VIOLINOS Ana S. Freitas, Rui Cristão, Bruno Gomes,
Ana Filipa Maia, Pedro Miguel Alves, João Isidoro
Andrade, Margarida Gentil, Jorge Ervilha
VIOLAS Cátia Santandreu, Ana Sanches, José M.
Delgado, Maria José Viana, Maria Gonçalves, Carlos
Lourenço
VIOLONCELOS Maria Isabel Vaz, Sandra Martins,
Bernardo Rodrigo, Filipa Gonçalves, Rogério
Medeiros, Juliana Radke
CONTRABAIXOS Ricardo Tapadinhas, Nelson
Fernandes, Pedro Sousa, Sílvia Esteves
FLAUTAS João Duarte, Liliana Nunes
OBOÉS Sérgio Xavier, António Campos
CLARINETES Sérgio Jerónimo, Pedro Parreira
FAGOTES Ricardo Santos, Ricardo Lopes Santos
TROMPAS Rui Claro, Cláudio Xavier, Pedro Oliveira,
Judite Casas Novas
TROMPETES Sérgio Pereira, Alexandre Andrade
TROMBONES Joaquim Salgueiro, Rodrigo Lage
TUBA Gil Gonçalves
A Sinfonia de Christopher Bochmann é um
dos raros contributos para o repertório verdadeiramente sinfónico (isto é, não apenas
orquestra) da música portuguesa das últimas décadas.
A obra abrange um leque alargado de
“personagens musicais” que, no seu conjunto, definem um mundo musical próprio.
Composta entre Setembro de 2004 e
Janeiro de 2005, a Sinfonia de Christopher
Bochmann, encomendada pela Orquestra
Sinfónica Juvenil com fundos do Instituto
das Artes, é dedicada a Vítor Mota, director administrativo da Orquestra Sinfónica
Juvenil, e a Pedro Amaral, compositor. Tendo
sido terminada em 2005, também representa uma homenagem ao sinfonista português
Luís de Freitas Branco, de cuja morte se assinala o quinquagésimo aniversário, este ano.
A obra é dividida em duas partes, das
quais a primeira tem três andamentos. O
primeiro andamento é de cariz essencialmente melódico: uma melodia larga apresenta-se sete vezes, cada vez mais concentrada ritmicamente e cada vez menos
clara em termos de alturas. A dimensão e a
largura do gesto definem o tamanho da obra
como um todo. O segundo andamento é um
Scherzo, mas não é um Scherzo clássico no
sentido de ser mais “leve” que os outros
andamentos: é uma música insistentemente rápida que obriga a um esforço elevado
da parte do ouvinte, deixando-o exausto no
fim. O terceiro é um andamento mais “leve”,
um momento de repouso depois da tensão
do segundo. Trata-se de um momento de
paródia que brinca com elementos musicais
provenientes de outras linguagens musicais
(espectralismo) e de outras épocas (Bach).
É o andamento mais curto da Sinfonia.
A segunda parte da obra comporta um
andamento único, o maior dos quatro,
e representa o verdadeiro momento de
desenvolvimento musical e integração de
todos os elementos diferentes apresentados ao longo da primeira parte. No início,
a melodia do primeiro andamento ouve-se
transformada na flauta, acompanhada pelos
tímpanos. Este material alterna-se com uma
música mais enérgica e homofónica. Depois
de um certo desenvolvimento da matéria,
desemboca-se num cânone a três vozes,
que integra a segunda parte da melodia do
primeiro andamento com a melodia de coral do terceiro em forma de Cantus Firmus.
Depois de um momento de homofonia (chorale atonal) a música faz ainda referência ao
material do segundo andamento. A segunda
parte acaba com o corne inglês que nos dá
uma versão da melodia do primeiro andamento, integrada, agora, num outro cânone
e com a sobreposição da melodia da flauta
– melodia com a qual se tinha iniciado o andamento – duplicada noutros instrumentos
de sopro, no registo sobreagudo.
A organização da obra em duas partes
(de três e um andamentos, respectivamente) tem a ver com os seus diversos caracteres de perfil e desenvolvimento. Deste
modo, apesar de a relação formal com a
sinfonia clássica/romântica ser evidente
(quatro andamentos…) há também um
equilíbrio bipartido como se vê na 2ª e 3ª
Sinfonias de Lutoslawski, por exemplo.
Sinfonia (2004/5), que em certa medida resume a obra imensa de Christopher
Bochmann, abrange a maioria das técnicas
utilizadas pelo compositor ao longo dos
últimos anos, integrando-as num contexto
de grande liberdade e flexibilidade. Assim,
pode considerar-se que a obra é paradigmática do estilo e do pensamento do compositor – tal como, em Webern e Berio, as respectivas sinfonias. Inclusive, pode dizer-se
que, em termos de pensamento, há pontos
de encontro com Schostakovitch, Sibelius
ou Peter Maxwell Davies, embora seja evidente que, em relação a esses exemplos,
pouco ou nada existe de semelhante em termos puramente estilísticos.
Orquestra Obra de C. Bochmann
1OS VIOLINOS Francisco Moser, Rui Cristão, Tiago
Cabrita, Hugo Miguel Bastos, João Isidoro Andrade,
Joana Mafalda Gonçalves, Pedro Miguel Alves, Carla
Santos, André Marques
2OS VIOLINOS Ana S. Freitas, Clara Gomes, Ana Filipa
Maia, Bruno Gomes, Alba Troya, Alexandra Bochmann,
João Carlos Barata, Margarida Gentil, Marina Couto,
M. Manuel Meruje, Ana Raquel Menez
VIOLAS Cátia Santandreu, Ana Sanches, Maria José Viana,
Maria Gonçalves, Francisco Pampulha, Carlos Lourenço
VIOLONCELOS Maria Isabel Vaz, Sandra Martins, Filipa
Gonçalves, Elizabeth Bochmann, Juliana Radke,
Martina Stroher
CONTRABAIXOS Ricardo Tapadinhas, Nelson
Fernandes, Pedro Sousa, Inês Sanches, Sílvia Esteves
FLAUTAS João Duarte, Liliana Nunes, Cláudia Coelho
OBOÉS Sérgio Xavier, António Campos
CLARINETES Sérgio Jerónimo, Pedro Parreira,
Susana Valente
FAGOTES Ricardo Santos, Ricardo Lopes Santos
SAXOFONE Alexandre Geirinhas
TROMPAS Ricardo Alves, Cláudio Xavier, Rui Claro,
Pedro Ribeiro
TROMPETES Sérgio Pereira, Alexandre Andrade,
Nicolau Jesus
TROMBONES Joaquim Salgueiro, Rodrigo Lage,
Francisco Couto
TUBA Gil Gonçalves
HARPA Isabel Dias
PERCUSSÃO Vasco Chamusca
ORQUESTRA SINFÓNICA JUVENIL
Fundada em 1973, a Orquestra Sinfónica Juvenil assume-se, hoje, como uma instituição fundamental no
nosso panorama músico-pedagógico. Nestes 32 anos
de existência, a O.S.J. viu passar pelos seus quadros
muitos dos actuais instrumentistas das nossas orquestras, estendeu a sua acção em favor da cultura
musical a todo o país, incentivou e deu a conhecer ao
público muitos jovens solistas.
Em permanente renovação, o seu repertório é
bastante vasto – foram preparadas mais de 500 obras
abrangendo os séculos XVIII, XIX e XX. Conta nos seus
quadros 90 elementos das diversas escolas de música
da área de Lisboa.
No Verão de 1990, a convite da UNESCO, participou num estágio de aperfeiçoamento orquestral em
Hortos (Grécia), integrando nos seus quadros jovens
músicos de diversas nacionalidades. Em Julho de
2002, a Camerata da Orquestra Sinfónica Juvenil
representou Portugal no Festival Internacional de
Jovens de Tianjin, China.
A OSJ mantém acordos de colaboração com congéneres na Alemanha, Luxemburgo, Espanha e China, com
as quais estabelece intercâmbio de jovens músicos.
Nos períodos de férias de Verão, realiza estágios
de aperfeiçoamento orquestral, habitualmente nas
Regiões Autónomas da Madeira e Açores. Colabora
regularmente com diversos Coros na apresentação de
repertório coral-sinfónico.
Para além dos Maestros-Titulares (Alberto Nunes
de 1973–83) e Christopher Bochmann (desde 1984) foi
dirigida por Francisco d’Orey, Jorge Matta, António
Saiote, Roberto Perez, Georges Adjinikos, José
Palau, Andrew Swinerton, Vasco Azevedo e Julius
Michalsky.
A Orquestra Sinfónica Juvenil desenvolve as
suas actividades com o apoio, fundamentalmente,
do Ministério da Cultura, Instituto Português da
Juventude e Radiodifusão Portuguesa.
PEDRO AMARAL
Nascido em Lisboa em 1972, Pedro Amaral estudou
com Fernando Lopes-Graça e Christopher Bochmann,
tendo concluído o curso de composição na Escola
Superior de Música de Lisboa, em 1994.
No mesmo ano instala-se em Paris, ingressando
no Conservatório Nacional Superior (CNSM), onde
estuda sob a orientação de Emmanuel Nunes. Conclui
o curso em 1998, com a obtenção do Primeiro Prémio
por unanimidade do júri. Segue depois o curso anual
de informática musical no IRCAM, compondo, nos estúdios daquele instituto, Transmutations para piano
e electrónica em tempo real, estreada em Paris, em
Setembro de 1999. Desde então, Pedro Amaral trabalha com regularidade no IRCAM, tendo ali realizado
diversas obras, nomeadamente como Compositeur en
Recherche (2003/2004).
Paralelamente, desenvolveu trabalhos teóricos
que conduziram à defesa de uma tese de mestrado
sobre Gruppen, de Stockhausen (1997/98), seguida de
uma tese de doutoramento, centrada na problemática
da forma musical e assentando numa ampla análise
dos mecanismos de forma aberta numa outra obra de
Stockhausen, Momente – tese que defendeu em Paris,
em Janeiro de 2003, com as mais altas classificações
universitárias.
Pedro Amaral obteve bolsas da Fundação Calouste
Guklbenkian, da Fundação para a Ciência e Tecnologia
e do Deutsche Bank.
Estudou ainda direcção de orquestra com Emilio
Pomárico e Peter Eötvös. A convite deste último, foi
compositor residente na Herrenhaus Edenkoben
(Alemanha) em 2001, tendo ali apresentado diversos
concertos com obras suas, sob a sua direcção, promovidos e difundidos pela Südwestrundfunk e pela
Hessischer Rundfunk.
Recebeu encomendas da Fundação Calouste
Gulbenkian, do Festival Internacional de Música de
Macau, do Festival de Witten, da Cidade de Matosinhos,
do Porto 2001/Festival Musica Viva, do GRAME, entre
outras.
As suas obras têm sido dirigidas por maestros
como Mark Foster, Muhai Tang, Lucas Pfaff, Renato
Rivolta, Johannes Kalitzke, Franck Ollu, Michael Zilm,
entre outros, tendo sido interpretadas em Portugal,
Espanha, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos,
Japão...
Como compositor ou maestro, colabora ou
colaborou com numerosas formações, entre as
quais Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica
Portuguesa, Ensemble Intercontemporain, Ensemble
Ebrouitez-vous! (Rennes), Ensemble Alternance
(Paris), Quatuor Parisii (Paris), Ensemble Recherche
(Freiburg), Ensemble Aventure (Freiburg), musikFabrik, Piano Possibile (Munique), Art Respirant (Tóquio),
Remix Ensemble, Grupo de Música Contemporânea de
Lisboa, Coro Voces Coelestes, Orquestra Sinfónica
Juvenil, London Sinfonietta…
De entre os concertos programados para este ano,
destacam-se a apresentação de Organa, na Ópera de
Tóquio, sob a direcção do compositor (Março); a estreia pelo Ensemble Intercontemporain da sua obra
mais recente, Densités (clarinete, trompete, piano,
violino e violoncelo), no Festival de Witten (Abril); a
estreia, em Roma e Nápoles, de Script, para percussão
e electrónica em tempo real (em colaboração com o
IRCAM, onde a obra será novamente apresentada em
Abril de 2006); bem como a estreia de uma nova obra
sinfónica pela Orquestra Gulbenkian (Setembro).
Agraciado pela Académie de France à Rome, Pedro
Amaral é actualmente compositor residente na Villa
Medici.
KARLHEINZ STOCKHAUSEN
Karlheinz Stockhausen, compositor, nasceu a 22 de
Agosto de 1928 em Mödrath, perto de Colónia.
Até agora (2004) escreveu 316 obras e publicou 10
volumes de “Texte zur Musik” (Textos sobre a Música)
compreendendo esboços e explicações das suas próprias obras (Stockhausen-Verlag). As suas primeiras
36 partituras foram editadas pela editora Universal em
Viena e, desde a sua formação em 1975, a StockhausenVerlag (51515 Kürten, Facs. 0049-2268-1813) tem editado a totalidade das suas obras. Em 1991, a Stockhausen-Verlag iniciou a edição de CD’s na Stockhausen
Complete Edition, a qual editou 125 CD’s até hoje. A
totalidade das partituras, dos livros, dos videos e dos
CD’s pode ser adquirida directamente na editora.
Desde 1998, os Cursos Stockhausen Kürten para
compositores, intérpretes, musicólogos e ouvintes
realizam-se anualmente. Em 1977, Stockhausen iniciou
a composição da obra músico-cénica Licht (Luz), Os
Dias Da Semana. Até hoje (2004) cinco dos dias foram
encenados: Donnerstag aus Licht (Quinta-feira de Luz)
em 1981, Samstag aus Licht (Sábado de Luz) em 1984,
Montag aus Licht (Segunda-feira de Luz) em 1988 (todos no La Scala, Milão), Dienstag aus Licht (Terça-feira
de Luz) em 1993 e Freitag aus Licht (Sexta-feira de Luz)
em 1996 (ambos na ópera de Leipzig).
As estreias mundiais das quatro cenas individuais
de Mittwoch aus Licht (Quarta-feira de Luz) – Parlamento
do mundo, Finalistas orquestrais, Quarteto de cordas em
helicóptero e Michaelion - realizaram-se entre 1996 e
1998, mas a ópera não foi ainda encenada por inteiro,
como um todo. A estreia mundial da primeira parte
de Sonntag aus Licht (Domingo de Luz) – Luzes-Águas
(Saudação de Domingo) para soprano, tenor, orquestra
e som sintetizador - foi dirigida por Stockhausen em
Outubro de 1999 no Festival Donaueschingen Musiktag.
A estreia mundial da segunda cena – Engelprozessionen
(Procissões de Anjos) para coro a capela – interpretada pelo Grande Coro da Rádio da Holanda, realizou-se
em 9 de Novembro de 2002 em Amesterdão. A estreia
mundial da quinta cena – Hoch-Zeiten (Casamentos)
para cinco grupos corais e cinco grupos orquestrais
– realizou-se com o coro e orquestra sinfónica da WDR,
em 2 de Fevereiro de 2003, em Las Palmas; e a estreia
mundial da quarta cena – Düfte-Zeichen (PerfumesSignos) para sete vozes, voz de rapaz e sintetizador
– realizou-se em 29 de Agosto de 2003 no Festival
Salzburger Festspiele. Licht-Blider (Luz-Imagens) foi a
última cena a ser composta e foi completada a 31 de
Dezembro de 2002, em Kürten. Foi encomendada pelo
estúdio C.C.M.I.X. de Paris e pela ZKM de Karlsruhe, tendo sido estreada a 16 de Outubro de 2004 no Festival de
Donaueschingen, Alemanha.
Licht (Luz) com os seus sete dias da semana
compreende aproximadamente 29 horas de música: Quinta-feira, 240 minutos; Sábado, 185 minutos;
Segunda-feira, 278 minutos; Terça-feira, 156 minutos;
Sexta-feira, 290 minutos; Quarta-feira, 267 minutos;
Domingo, 298 minutos.
As primeiras composições de “Música de pontos” como Kreuzspiel (Jogos Cruzados) de 1951 ou
Spiel (Jogo) para orquestra de 1952 e Kontra-Punkte
(Contra-Pontos) de 1952/53 deram a Stockhausen
renome internacional. Desde então, as suas obras
têm suscitado extrema oposição da parte de alguns
e admiração da parte de outros.
As correntes fundamentais da música, desde 1950,
são indelevelmente imprimidas nas suas composições.
A música serial, a música de pontos, a música
electrónica, a música de nova percussão, a música
variável, a nova música para piano, a música espacial,
a música estatística, a música aleatória, a música electrónica em tempo real, novas sínteses de Música e Fala,
do Teatro Musical, da música ritual, a música cénica, a
composição de grupo, a composição-processo polifónica, a composição de momentos, a composição-fórmula até a presente composição-multi-fórmula, a integração de objectos pré-existentes (hinos, folclores,
eventos de ondas curtas, cenas sonoras, etc.) numa
World Music ou música universal; a síntese de músicas
europeias, africanas, latino-americanas e asiáticas
numa Telemusic, etc., a música octofónica vertical.
Desde o princípio até hoje, toda a sua obra pode
ser classificada de “espiritual”. Isto torna-se cada
vez mais evidente não apenas nas composições com
textos espirituais, mas também noutras obras através
da música de parciais, a música intuitiva, a música-mantra, chegando à música cósmica em Stimmung
(Afinação) Aus den sieben Tagen (Dos sete dias) Mantra,
Sternklang (Som das estrelas) Inori, Atmen gibt das
Leben (A respiração dá vida) Sirius, Licht (Luz).
Num auditório esférico concebido pelo compositor, a
maioria das obras compostas por Stockhausen até 1970
foram executadas na feira mundial Expo 70 em Osaka,
Japão: eram cinco horas e meia por dia durante 183 dias,
com vinte instrumentistas e cantores, assim alcançando
um público de mais de um milhão de ouvintes.
Stockhausen é o exemplo perfeito do compositor
que colaborou em quase todas as estreias mundiais
e em numerosas execuções exemplares da sua música em todo o mundo – como maestro, executante,
director musical ou projeccionista do som. Para além
de numerosos professorados convidados na Suíça,
nos Estados Unidos, na Finlândia, na Holanda e na
Dinamarca, foi contratado como professor de composição do Conservatório Estatal de Colónia em 1971.
Em 1996 foi-lhe conferido um Doutoramento honoris
causa pela Universidade Livre de Berlim, e em 2004
foi lhe dado outro Doutoramento honoris causa pela
Queen’s Universidade de Belfast.
É membro de doze Academias de Artes e Ciências
internacionais e foi nomeado Cidadão Honorário de
Kürten em 1988. Commandeur dans l’Ordre des Arts
et des Lettres, recebeu muitos prémios de gravação
e, entre outros, a Medalha Alemã de Mérito, 1ª classe,
o Prémio Siemens da Música, a Medalha Picasso da
UNESCO, a Ordem de Mérito do Estado de NordrheinWestfalia, sete prémios da Sociedade Alemã de
Editoras de Música pelas suas edições de partituras,
o Prémio Bach de Hamburgo, o Prémio da Cultura de
Colónia e, em 2001, o Prémio Polar da Música com a
inscrição ”Karlheinz Stockhausen ganhou o Prémio
Polar da Música de 2001 pela sua carreira de compositor, que tem sido caracterizada pela integridade
impecável e pela criatividade incansável, e por ter
estado na vanguarda do desenvolvimento musical
durante cinquenta anos”.
BRYAN WOLF
Nasceu em 1960, em Michigan, EUA. Aí iniciou os seus
estudos em órgão e composição. A partir de 1987 estudou composição com Milko Kelemen na Stuttgarter
Musikhochschule.
Enquanto compositor e engenheiro de som apresenta-se regularmente em concertos na Europa,
América do Norte e África do Sul. Os seus trabalhos
incluem composições para agrupamentos diversos,
instrumentos e banda magnética, assim como obras
vocais e numerosas peças para banda magnética.
Foram-lhe atribuídos prémios pelo Estado de
Baden-Wurttemberg e pelo estúdio experimental da
Fundação Heinrich-Strobel da SudWestRundfunks
Freiburg. As suas obras têm sido apresentadas por
destacadas orquestras e solistas mundiais, bem como
em Festivais internacionais É regularmente convidado pela Staatsoper Stuttgart.
A sua primeira colaboração com Karlheinz
Stockhausen teve lugar no ano de 1989. Desde 1998 é
o Klangregieassistent pessoal de Stockhausen. Além
de numerosas apresentações de Mantra para dois pianistas de Stockhausen com o duo Grau/Schumacher,
participou em muitos outras obras do compositor na
qualidade de engenheiro de som, tais como Hymnen
3. Region mit orchester, com o agrupamento Wien
Modern e Orquestra Sinfónica da Rádio da Holanda
sob a direcção de Peter Eötvös; Michaels Reise para
trompete e orquestra, com Musikfabrik NRW sob a direcção de Johannes Kalitzke, além de uma primeira
audição de Michaels Jugend em Berlim, em 2002.
Em Fevereiro de 2003 foi o segundo Klangregisseur
(com K. Stockhausen) na estreia absoluta em Las
Palmas, e na primeira audição na Alemanha de Hochzeiten (para coro e orquestra em duas salas em simultâneo). Sob a sua direcção, ocorreram outras importantes produções de obras electroacústicas de K.
Stockhausen – no Suntory Hall, em Tokyo, no Festival
de Estrasburgo e no Bridges—Festival de Cracóvia.
Desde 1992 é professor da cadeira de Audiodesign
und Klanggestaltung na Hochschule fur Gestaltung de
Pforzheim.
CHRISTOPHER BOCHMANN
Christopher Bochmann, nascido em 1950, filho de
pais violoncelistas, viveu nove anos na Turquia em
criança. Cantou no coro de St. George’s Chapel,
Castelo de Windsor, e depois continuou os estudos no
Radley College. Estudou particularmente com Nadia
Boulanger em Paris antes de entrar para New College,
Universidade de Oxford, onde trabalhou com David
Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson.
Foi em Oxford que adquiriu os graus de B.A.Hons.,
B.Mus., M.A. e D.Mus. Estudou também particularmente
com Richard Rodney Bennett em Londres.
Leccionou na Inglaterra e no Brasil, onde esteve ligado dois anos à Escola de Música de Brasília. Tem leccionado várias vezes no Curso Internacional de Verão
de Brasília. Desde 1980, vive e trabalha em Lisboa.
Foi professor do Instituto Gregoriano de Lisboa e
do Conservatório Nacional. Desde 1985, é professor
da Escola Superior de Música de Lisboa, da qual foi
Director durante seis anos e onde, há quinze anos, coordena o Curso de Composição. Em 2003, publicou o
livro Linguagem Harmónica do Tonalismo (JMP).
Desde 1984 é Maestro Titular da Orquestra
Sinfónica Juvenil com a qual já dirigiu mais de 400
concertos. Ao longo dos anos, tem estreado várias
obras suas com a orquestra e gravou um CD com as
suas obras em 1999.
Ganhou vários prémios de composição: entre outros o Prémio Lili Boulanger (duas vezes) e o Clements
Memorial Prize. Em 2004 foi-lhe atribuída a Medalha
de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.
O seu estilo musical tem passado por uma fase de
considerável complexidade com a utilização também
de várias técnicas aleatórias. Em anos mais recentes,
as suas obras simplificaram-se bastante, seguindo
assim um aspecto da tendência pós-modernista sem
recurso a neo-tonalidades. Na sua música vocal, interessa-se especialmente pela exploração de aspectos
tanto fonéticos como semânticos do texto. Toda a sua
música demonstra uma preocupação com a relatividade da maneira como ouvimos e apreciamos o som,
numa tentativa de utilizar processos composicionais
e técnicas estruturantes que, cada vez mais, se baseiam em critérios intrinsecamente musicais e audíveis. “Não escrevo música a partir de uma postura estética previamente definida; a minha postura estética
define-se pela música que escrevo.”
Christopher Bochmann tem uma ampla lista de
obras para quase todos os géneros, para além de numerosos arranjos e orquestrações. Obras principais:
PARA ORQUESTRA
Nimbus (1977); Aleafonia Concertante I,II,III (1984-86);
Em Homenagem (1984); Epitaph (1991); Metaphors
(1996); Monograph Expanded (1997) para piano e orq.;
Linus (2002); Lupercalia (2002); Symphony (2004/5).
PARA ORQUESTRA E VOZES
Accede ad ignem hunc (1970); The Round Horizon
(1982); Plaint (1987); Epistle (1991); Songs for Simeon
(1992); Miserere Mei (1994).
PARA CORO
Motets for Holy Week (1980-83); Gestures II (1982); Ego
Sum Resurrectio et Vita (1985); Motets for Christmas
(1987-9); Echoes (1991); Maria Matos Medley (1997);
Magnificat (1998); My monstrous mountain’d walke
(1999); Morning (2000); Leipziger Motetten (2002);
Laudate Domino (2004).
PARA ENSEMBLE
Snakes of Silver Throat (1976); Mobiles for Alexandra
(1985); Epigrams (1991); Song for Elizabeth (1992);
Sonnet (1993); Motet (1994); Metamorphoses (1995);
Musette (1995); Memorial to Jorge Luís Borges (1999);
Lacrimae (2001); Lament (2001); 7 Lessons (2003);
Leituras de Liberdade (2003).
MÚSICA DE CÂMARA
4 Quartetos de Cordas (1972, 76, 87,2001); 3 Quintetos
de Sopro (1978, 79, 92); Quinteto de Metais (1983); De
Profundis (1970) para vno, vc, pf.; Petite Sérénade
(1973) para fl, vla, hpa. ; Complainte de la Lune en
Province (1974) para Tenor, guit. ; Dialogue I (1978) para
fl, perc.; Vespers (1978) para clar, pf.; Wind Trio (1980)
para ob, clar, fg.; Toccata (1980) para 2 pfs.; Dialogue
II (1981) para vc, pf.; Boreas (1988) para 4 clars.; Out
of the Deep (1988) para vla, vc, cb.; Gusts (1989) para
fl, clar.; Movements (1994) para 4teto de saxofones;
Music for two pianos (1998); …manhosamente… (2000)
para Sopr, pf.; Lied der Liebe (2002) para Sopr, vno, vc,
pf.; My Ladye Celia’s Songbooke (2004) para Baritone,
pf.; Canzona for the 80th birthday of Pierre Boulez
(2005) para Cl, Bn, Hn, Vn, Vla, Vc, Cb.
MÚSICA A SOLO
15 Essays para variados instrumentos (1980-2004); 2
Sonatas para piano (1971, 76); 2 Partitas para violino
(1972, 78); Sonata (1979) para vc.; Requiescat (1977)
para perc.; Elegy (1981) para fl.; Monograph (1994)
para pf.; Monograms I - V (1995-2000) para clar.; 18
Miniatures (2001) para pf.; Lied I (2002) para vno.;
Letter to Ricardo Tacuchian (2003) para pf.; Lampoons
(2003) para sax. tenor; Lied II (2004) para vc.; Lumen
(2004) para perc.
PRÓXIMO ESPECTÁCULO
TEATRO 17 E 18 DE JUNHO
21h30 · Anfiteatro de Ar Livre · Duração 1h15 (aprox.)
A Vida do Grande
D. Quixote
de António José da Silva (O Judeu)
pelo Teatro ao Largo
Foi em 1605 que Cervantes publicou o primeiro livro
de El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha,
fazendo assim, em 2005, quatro séculos da influência de
D. Quixote na cultura do mundo moderno.
A Vida do Grande D. Quixote de La Mancha e do Gordo
Sancho Pança, escrito em 1733 por António José da Silva,
conhecido por O Judeu, é um clássico do teatro português. Misturando a sátira, o burlesco, canções de ópera
cómicas, e voos de fantasia surrealista, é uma dramatização espirituosa da famosa história de Cervantes
acerca do iludido velho cavaleiro e o seu ignóbil escudeiro, enquanto erravam pelas terras de Espanha à
procura de proezas cavaleirescas para desempenhar.
Como diz o nosso herói: “Vou a castigar insolentes, a
endireitar tortos”.
Intencionado para ser representado ao ar livre
durante os meses de Verão de 2005, o espectáculo
explorará por completo a riqueza imaginativa da peça
original – os absurdos ‘feitos de cavalaria’, as ilusões
fantásticas, os encontros com animais selvagens,
deuses e vagabundos, e o comportamento bizarro do
seu escudeiro, Sancho Pança.
A nossa interpretação, mantendo-se fiel à original
em texto e em espírito, incluirá música ao vivo, canções,
danças e rotinas de comédia física.
Os portadores de bilhete para o espectáculo têm
acesso ao Parque de Estacionamento da Caixa
Geral de Depósitos.
Conselho de Administração
Presidente Manuel José Vaz
Vice-Presidente Miguel Lobo Antunes
Vogal Luís dos Santos Ferro
Assessores
Gil Mendo (Dança)
Francisco Frazão (Teatro)
Miguel Wandschneider (Arte Contemporânea)
Raquel Ribeiro dos Santos (Serviço Educativo)
Direcção Técnica
Eugénio Sena
Direcção de Cena e Luzes
Horácio Fernandes
Direcção de Produção
Margarida Mota
Audiovisuais
Américo Firmino
Paulo Abrantes
Produção e Secretariado
Patrícia Blazquez
Mariana Cardoso de Lemos
Iluminação de Cena
Fernando Ricardo (Chefe)
Nuno Alves
Exposições
António Sequeira Lopes (Produção e Montagem)
Paula Tavares dos Santos (Produção)
Susana Sameiro (Culturgest Porto)
Maquinaria de Cena
José Luís Pereira (Chefe)
Alcino Ferreira
Comunicação
Filipe Folhadela Moreira
Ana Fonseca (estagiária)
Publicações
Marta Cardoso
Patrícia Santos
Rosário Sousa Machado
Actividades Comerciais
Catarina Carmona
Serviços Administrativos e Financeiros
Cristina Ribeiro
Paulo Silva
Técnicos Auxiliares
Tiago Bernardo
Álvaro Coelho
Frente de Casa
Rute Moraes Bastos
Bilheteira
Manuela Fialho
Edgar Andrade
Joana Marto
Recepção
Teresa Figueiredo
Sofia Fernandes
Auxiliar Administrativo
Nuno Cunha
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Edifício Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa
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Orquestra Sinfónica Juvenil