Módulo 2 Avaliação, Conceitualização, Estrutura das sessões, Técnicas e instrumentos utilizados em TCC Rita Amorim 9 8363-3210 1 Módulo 2 4. Avaliação e Conceitualização cognitiva 5. Processo da TCC Infantil 6. Confidencialidades e limites – Contrato 7. Intervenções - Estrutura das sessões 7.1 Psicoeducação 7.2 Treinamento no reconhecimento das emoções; 7.3 Identificação e monitoramento dos pensamentos automáticos; 7.4 Reconhecer a relação existente entre pensamento, a emoção e a conduta; 7.5 Reestruturação cognitiva; 7.6 Modelagem; 7.7 Estratégias para o controle de impulsos; 7.8 Uso de biblioterapia, contos e narrativas terapêuticas; 2 8. Revisão de tarefa de casa 9. Estabelecimento de agenda 10. Conteúdo da sessão 11. Diálogos socráticos 12. Tarefa de casa 13. Feedback 14. Outras Técnicas e Instrumentos 14.1 Técnicas Cognitivas e Comportamentais Comumente usadas 15. Aplicações criativas da TCC infantil 16. Métodos de auto instrução e reestruturação cognitiva 17. Atividades práticas - Estudo de Caso 3 Intervenções da TCC com adultos: Psicoeducação Implementação de registros organizados de pensamentos; Técnicas de questionamento guiado inspirados no debate socrático; Realização de “tarefas de casa” estruturadas Estabelece-se uma importante diferença com a TC com crianças Definida por A.Beck e Cols (1979) como “empirismo colaborativo” 4 Adulto: tem capacidade de diferenciar entre pensamento racional e irracional – lógico e ilógico. Crianças pequenas: não costumam ser capazes de diferenciar entre pensamento lógico e ilógico, nem mesmo indicando-lhes os erros. Tem dificuldade também em diferenciar as emoções dos pensamentos e de classificá-los Disfuncional Mal-adaptativo 5 Aspectos que interferem no Benefício das psicoterapias verbais (TC): Limitações relacionadas à escassa motivação para realizar o tratamento; Desenvolvimento intelectual; Capacidade de comunicação apresentada pelas crianças; É importante reconhecer em que estágio de desenvolvimento (J.Piaget) em nível de pensamento as crianças que se encontram. 6 4. Avaliação e Conceitualização Cognitiva 7 Muitos pacientes não apresentam um transtorno mental, como depressão, ansiedade, TDAH, etc...... Transtornos Mentais e Comportamentais x Problemas Comportamentais 8 Transtornos Mentais: São condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou do comportamento associadas a angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global. Para serem categorizadas como transtornos, é preciso que essas anormalidades sejam persistentes ou recorrentes e que resultem em certa deterioração ou perturbação do funcionamento pessoal, em uma ou mais esferas da vida. (OMS-ONU) 9 Problemas de comportamento Consistem em padrões de comportamento tão difíceis que ameaçam as relações normais entre a criança e quem a rodeia. Podem ser causados pelo ambiente que rodeia a criança, pela sua saúde, pela sua personalidade inata ou pelo seu desenvolvimento. Os problemas de comportamento têm tendência a piorar à medida que o tempo passa e um tratamento precoce pode contribuir para evitar a sua progressão. Um contato mais positivo e agradável entre os pais e a criança pode aumentar a auto-estima de todos. 10 Avaliar: É tomar conhecimento da criança e do funcionamento familiar em vários domínios e a partir de diversas fontes. 11 2 degraus no processo: 1º) Precisa ter uma visão geral, descritiva, identificando os problemas e o funcionamento geral da criança (identificação do sintomas); 2º) Investigar o papel dos fatores cognitivos na etiologia das perturbações emocionais e comportamentais da criança. 12 Instrumentos de avaliação: A maioria deles usam medidas de auto-relato objetivo e listagens. Fornecem dados sob a presença de sintomas, sua frequência, intensidade e duração. Testes: As informações colhidas nos testes devem ser integradas com o relato verbal do paciente e com as impressões clínicas do terapeuta 13 Testes/Escalas K-Sads – Entrevista diagnóstica estruturada Inventário de Depressão para crianças (CDI; Kovacs, 1992 - (BDI-II - Beck, 1996); Inventário de Stress de Marilda Lipp (ESI-ESA); Inventário de Ansiedade de Beck (BAI; Beck, 1990); Escala Scared para pais e professores; CDI Escala de ansiedade Multidimensional para Crianças ( MASC) Checklist do Comportamento da Criança; CBCL – Child Behavior Checklist EACI – Escala de autoconceito infantil DSM IV 14 Escalas /Testes Neuropsicológicos: Análise Intelectual TDAH Habilidades Sociais: Dificuldade de aprendizagem: Columbia (3-9a) D2 Inventário de Prolec (7-10a) Matrizes de Ravem(5- Resistência a distração habilidades sociais TDE (7-11a) 11a) Memória operacional para adolescentes Escala de Wisc III – Wisc IV (6- Velocidade de Processa- Inventário de habi- dislexia para 16,9a) mento lidades sociais para pré-escolares Teste Wisconsin (6-80a) Snap IV DFH – Escala Sisto (não Escala de quantificação verbal) (5-10a) do TDAH - 6-17a crianças – Dell Prette (professores) 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Conceitualizar: É formular um caso, elaborar um modelo, uma representação esquemática do problema do paciente e suas consequências diretas e indiretas. Facilita a tarefa do terapeuta de adaptar técnicas que se ajustem às circunstâncias de uma criança, bem como orienta seu ritmo, sua implementação e fornece orientação e especifica um caminho para o progresso clínico. 25 A conceitualização cognitiva fornece ao terapeuta um tipo de hipótese sobre: O modo como o paciente chegou a desenvolver o seu transtorno psicológico que envolve os aprendizados e as experiências iniciais que contribuem para seus problemas atuais; Os fatores que contribuíram para que os seus problemas não tenham sido resolvidos; Crenças e pensamentos sobre si mesmo e os demais No caso da criança não apresentar um transtorno, mas sim um problema, a conceitualização cognitiva substitui a devolutiva diagnóstica 26 Sem a compreensão cognitiva do cliente, todo o tratamento se resumirá à aplicação de várias técnicas cognitivas e comportamentais, que não resultarão em um trabalho eficaz. Toda vez que o clínico perceber que o cliente diminuiu sua adesão ao tratamento, a conceitualização cognitiva deverá ser retomada para que a díade compreenda o problema que se impõe e o que pode ser feito em relação a isso. Na conceitualização cognitiva, dificuldades e experiências do cliente são combinadas com a teoria e a pesquisa da TCC, permitindo chegar a uma compreensão original e única daquele cliente. 27 Informações relevantes à inferência: Marcos desenvolvimentais a respeito de: Auto-regulação (comer, beber, ir ao banheiro....) Responsividade a mudanças na rotina e adequação à escola Funcionamento escolar (desempenho, frequência, histórico disciplinar, suspensões, expulsões....) Funcionamento social (quem são os amigos, como são conquistados, quanto tempo duram as amizades, namoros, relações sexuais, vai a festas?????) 28 Variáveis cognitivas e comportamentais: Pensamentos automáticos Pressupostos subjacentes Crenças e Esquemas Distorções cognitivas Antecedentes comportamentais Respostas comportamentais Estímulos antecedentes (“estressores”) – Ex: divórcio dos pais, críticas de professores, provocações de colegas, ordens de pais. 29 Funcionamento familiar (histórico psiquiátrico dos pais e irmãos, técnicas disciplinares empregadas, violência doméstica, quem chefia a família e quem é o coadjuvante) Condições médicas e uso de substâncias (drogas ilícitas, álcool, laxantes, medicamentos) Dados etno-culturais (crenças culturais a respeito do problema apresentado e do tratamento, experiências com preconceito, discriminação, opressão e marginalização) 30 Consequências (estímulos que comportamentais acompanham ou um reforçadores comportamento, determinando se este é fortalecido ou enfraquecido) Reforço positivo (acrescenta alguma coisa prazerosa para aumentar a taxa de comportamento) Reforço negativo (Remover alguma coisa desagradável para aumentar a taxa de comportamento) Punição (diminuiu a taxa de comportamento) Ex: Pai que aos acessos de raiva do filho, nega recompensas ou o ignora) 31 Usar os dados para formular uma visão do self: “Eu sou ...... O mundo é ........ O ambiente é ......... As pessoas são ..........” “Eu sou ........ em um mundo ...........onde as outras pessoas são ...........” 32 33 34 Elaborado o diagnóstico/conceitualização é recomendável comunicá-lo à criança e aos pais Com a criança, com especial cuidado, explicando-lhe que juntos trabalharão para combater as dificuldades. Utiliza-se linguagem acessível associada às técnicas lúdicas adaptadas à sua idade e necessidades. Ao mesmo tempo, motivando-a a pensar juntos em estratégias para “vencer” as dificuldades, visto que pode ser divertido e gratificante. Aos pais, utiliza-se linguagem clara e objetiva 35 Eixo I: Eixo II: Eixo III: Eixo IV: Eixo V: Descreve transtor Transtornos de Personalidade Descreve as Trata dos Constitui-se por nos clínicos Retardamento Mental condições problemas uma escala de propriamente Grupo A - indivíduos com médicas psicossociais e avaliação global ditos, por ex: traços estranhos ou bizarros (Clínicas( em ambientais, de (por ex, Transtorno de geral, por ex: associados com funcionamen- Transtorno de Personalidade Esquizóide; o transtorno to, que recebe Pânico sem Grupo B, indivíduos com traços Otite média mental em uma Agorafobia, dramáticos e instáveis, por ex: questão, por ex: numeração, por recorrente. Transtorno de Personalidade ex: Transtorno Boderline; Ameaça de Depressivo, Grupo C - os inseguros e perda de ansiosos no grupo C, por ex: emprego. Dependência do Transtorno de Personalidade Álcool, etc. Dependente. APGAR = 10 36 37 Obstáculos esperados A formulação ajuda a ver a estrada à frente e a prever obstáculos, assim é possível moldar o plano de tratamento de modo a negociar impasses terapêuticos. Ex: Se uma criança é perfeccionista, espera-se que ela procrastine ou evite fazer a tarefa de casa por medo de fracassar. Caso os pais sejam inconsistentes em seus cuidados e venham à terapia muito irregular, isso poderá ser um aviso antecipado para preparar um plano para lidar com tais dificuldades. 38 Plano de Tratamento Antecipado Varia de uma criança para outra (considerar características e as circunstâncias de cada uma); Ex: uma criança muito ansiosa provavelmente se beneficiará de um treinamento de relaxamento; enquanto que uma criança depressiva não se beneficiará 39 5. Processo da TCC 40 Psicoterapia cognitiva prática voltada à modificação das estruturas dos pensamentos. “Pensar sobre seus problemas” crianças precisam de sofisticada capacidade de abstração para utilizarem estratégias metacognitivas. O propósito geral da TCC aumentar a autoconsciência, facilitar o auto-entendimento e melhorar o autocontrole pelo desenvolvimento de habilidades cognitivas e comportamentais mais apropriadas. 41 Crenças/Esquemas infantis são mais facilmente tratados do que de adultos? ou NÃO???? Sim // NÃO POR QUE? POR QUE? 42 Teoricamente SIM O estilo pessimista é determinado por volta dos 9 anos, embora os efeitos patológicos possam surgir mais tarde. Mas, É importante adequar a linguagem da psicoterapia às crianças – metáforas simples e compreensíveis da vida da criança (histórias capazes de simbolizar a conflitiva da criança e o modo de intervenção nos pensamentos). 43 Processo da TCC Infantil 44 Envolvimento dos pais : Componente básico na TCC com crianças. Os problemas relacionados entre pais-filhos têm um impacto na apresentação e manutenção do sofrimento afetivo e na atuação comportamental da criança. 45 Terapeuta deve atentar para aspectos comportamentais e cognitivos dos pais avaliando: suas habilidades de comunicação, capacidade seu de solucionar problemas e negociar, autocontrole do próprio comportamento agressivo, suas crenças e expectativas quanto ao próprio comportamento e quanto ao comportamento do filho, a compreensão do problema e forma de manejo das situações como questões de reforçamento e punição 46 Papel dos pais: Facilitadores (ambiente terapêutico e doméstico encorajar e permitir novas tarefas) Co-terapeutas (estimular – monitorar – revisar novas habilidades) Clientes (aprender novas habilidades gestão comportamental, novas formas de lidar com os próprios problemas (controle da ansiedade) 47 6 - Confidencialidades e limites A relação terapeuta-paciente na TCC é um “trabalho de equipe”. Duas pessoas que confiam entre si interagem colaborativamente 48 Contrato terapêutico O contrato terapêutico é um conjunto de regras que visam proteger o espaço de consulta (setting) nos seus mais diversos aspectos, tais como: direitos e deveres dos pacientes, pais e do psicoterapeuta. O processo de psicoterapia é um compromisso entre duas pessoas (terapeuta e paciente), que compreende a existência de uma aliança de trabalho, com base numa nova relação que se vai estabelecer e que é regida por algumas normas que compreendem os seguintes pontos: 49 Com a criança: Deixar claro que a sessão é um espaço que a criança pode usar como quiser (em alguns casos se a criança se tornar agressiva, explicar que ela é livre para fazer o que quiser desde que não se machuque, não machuque o psicólogo e não destrua a sala). Crianças pequenas - é importante que fique um adulto espe- rando do lado de fora, o que tranquiliza a criança, Comentar que conversou com os responsáveis dela e que eles estão de acordo em iniciar um processo psicoterápico, perguntar o que ela (a criança) pensa sobre isso e se sabe o que é psicoterapia. 50 Aspectos pertinentes ao contrato com a criança Duração da sessão Sistema de pontos Sistema de trocas – positiva e negativa Faltas Automonitoramento Compromisso Custo da semana da Resposta Interrupção do tratamento 51 Com Pais Explicar o que é psicoterapia infantil: uma técnica que utiliza brinquedos, desenhos e estórias para ajudar a criança a compreender o que sente, seus medos, suas raivas, suas emoções, seu comportamento e inclusive suas fantasias. A criança é o paciente e seu horário de atendimento deve sempre ser respeitado. O que é dito em sessão de atendimento também é sigiloso Número Atrasos de sessões, e tempo de cada sessão e reposição. 52 7. INTERVENÇÕES - ESTRUTURA DAS SESSÕES 53 É um modelo geral para conduzir a psicoterapia cognitiva, em que os componentes são as “coisas que você faz” na sessão. Quando aplicada com flexibilidade cria-se uma abordagem clínica individual. 54 Nos fornece orientação, foco e substância na terapia. Ajuda crianças e terapeutas a enfatizar os problemas que as crianças trazem Estabelece A um fluxo organizado de informações estrutura aumenta a confiança que a criança tem no terapeuta, promove a construção de rapport e facilita o relacionamento terapêutico e os processos de mudança específicos. Dá à criança uma sensação de previsibilidade pode sentir-se mais segura no tratamento 55 “... A estrutura da sessão tem uma função de “contenção” para as crianças, fornecendo- lhes um formato organizado para a expressão e a modulação de seus pensamentos e de seus sentimentos angustiantes.” (Friedberg e McClure) 56 57 Tratamento – Intervenções fundamentais 1. Psicoeducação 2. Treinamento no reconhecimento das emoções; 3. Identificação e monitoramento dos pensamentos automáticos; 4. Reconhecer a relação existente entre pensamento, a emoção e a conduta; 5. Reestruturação cognitiva; 6. Modelagem; 7. Estratégias para o controle de impulsos; 8. Uso de biblioterapia, contos e narrativas terapêuticas; 58 59 60 7.1 PSICOEDUCAÇÃO Ensinar conceitos e orientar de maneira gradual às crianças e familiares. Educar quanto ao modelo de tratamento da TCC, principalmente mostrando a ligação entre os 3 modos: como pensamos, sentimos e fazemos. Educar quanto ao transtorno: Causas, frequência na população e características da sintomatologia; Educar quanto ao tratamento: Alternativas disponíveis, critérios para a escolha do tratamento, aspecto básico, técnicas cientificas e duração estimada. 61 Psicoeducação - 4 elementos Ambiente/ Situações Pensamentos Comportamentos Emoções/ Sentimentos Reações corporais 62 Psicoeducação - Pensamento automático disfuncional 63 Psicoeducação – Comportamento e prejuízos futuros 64 PSICOEDUCAÇÃO Pode ser utilizado livros, histórias, anedotas, metáforas, uso de fantoches ou bonecos, brincar de professor e aluno e outros.... porém com linguagem clara, didática e específica. 65 7.2 - Treinamento no reconhecimento/Registro do humor ou do sintoma: Serve para: a. Fornecer ao terapeuta preliminares sobre emoções e sintomas atuais da criança e lhe dá uma chance de verificar sua “temperatura psicológica”; b. Forçar a criança a refletir sobre seu próprio estado de humor e sobre seu comportamento, fazendo a identificar sentimentos e classificá-los em uma escala 66 1) Nas mudanças de humor, as perguntas clássicas são: “O que está passando pela sua cabeça nesse momento? “O que passou voando aí pela sua cabeça”? “O que é que você disse agora para si mesmo”? 67 Identificando sentimentos Instrumentos: Mapa de rostos: é pedido que ela desenhe rostos feliz, triste, irritado e preocupado – e escolha o mais parecido com ela naquele momento. Sentimento Feliz Sentimento Triste Sentimento Raiva Sentimento Medo.... Irritado Preocupado etc... (Mapa de rostos de sentimentos em branco. De Friedberg e Mc Lure (2002) 68 Escala de classificação – pontos ou porcentagem Desenhos - pintura em lousa, papel Argila Termômetro Diário de sentimentos Lendo livros Régua de sentimentos Bússola dos sentimento Mímicas Revistas Produção de cartazes Relato da história do paciente (escrito ou falado) incluindo P-S-C Criar poema ou letra de música (relato) Diários 69 Qual é o sentimento expresso pelo desenho do rosto dos dois personagens? É ressentimento ou raiva que está simbolizado nos traços do Cebolinha? O Louco demonstra dúvidas por quais motivos? Quais seriam os sentimentos contrários aos que estão simbolizados nos rostos deles? O que significa ter raiva? E estar indignado? Demonstrar perplexidade? - Aparentar dúvida? Revelar inocência através dos traços e expressões de nosso rosto? 70 Uso do Farol de Sentimentos Verde = Baixa intensidade emocional Amarelo (Alerta) = Média intensidade emocional Vermelho (perigo) = Alta intensidade emocional 71 72 73 74 75 76 7.3 Identificação e monitoramento dos pensamentos automáticos Registro diário de pensamentos (RPD): Permite que as pessoas relatem seus problemas ou situações problemáticas – pensamento e sentimentos perturbadores – respostas alternativas e o resultado emocional. Jardim de Flor de Pensamento – Desenho de plantas e flores que as crianças desenham e pintam que representam os sentimento os talos indicam os sentimentos - o solo significa o evento precipitante para os sentimentos As flores – indicam pensamentos Balões de pensamentos 77 Pensamento/comportamento mal adaptativo 78 79 80 7.4 - Reestruturação cognitiva Identificar pensamentos disfuncionais (mal adaptativos), fazer seu autoquestionamentos, promovendo alternativas mais flexíveis e adaptativas. Com pré adolescentes, nos registros de pensamentos, incluir ilustrações pertencentes a sua história Com crianças menores, pode-se utilizar marionetes, caracterizado autoverbalizações positivas frente a situações estressantes, historinhas com balões com textos psicoeducacionais e vazios para que o paciente os preencha, role-play onde a criança caracteriza o personagem ou a situação temida, etc... 81 7.4 - Reestruturação cognitiva Ex...... Criança de 12 anos chega a consulta com ataques de pânico. Oferece-lhe vinhetas onde um homenzinho apresentava sinais externos de ansiedade (suor, face de medo, tontura, tremor). Pede-se a ele que preencha os balões de pensamento vazio com autoverbalizações disfuncionais no momento do ataque e trabalha-se em terapia possíveis pensamentos alternativos, para que tente inseri-los no balão quando o ataque se repetir. 82 RECONSTRUÇÃO COGNITIVA 83 84 Reconstrução cognitiva 85 A B Hora de fazer a lição de casa Ah... Não vou conseguir fazer esta lição. C Durmo e não faço a lição (GANHOS / PREJUÍZOS) Na escola, vou ganhar NS Resposta adaptativa Vou estudar para ficar esperta Ficar de castigo É muito difícil e não consigo. É Chata Sinto raiva de ter que estudar.... Odeio estudar Vou ficar burra porque não estudei Ficando burra, moro na rua Eu vou pegar e fazer minha lição de casa Eu vou dar uma chance para mim Eu não vou tirar NS E fico Feliz 86 RPD – Registro de Pensamentos Disfuncionais Data Situação O que sentiu? Avalie o quanto você acreditava neste sentiment o de 0 a 10 Quais mudanças sentiu no seu corpo? 28/05 Estava Raiva Doming ajudando 10 o a Tia a Meu coração cuidar começou a dos bater rápido bebês e o Felipe passou perto de mim xingando minha mãe O que passou na sua cabeça? (Pensam ento automáti co (ruim) disfuncio nal) O que você fez (Compor tamento) Evidências que confirmam seu pensamento? Evidências Como será E agora, o que não seu novo que confirmam comportamen sentirá? seu to Avalie o pensamen quanto to passará a acreditar no seu novo sentiment o de 0 10 Me deu vontade de quebrar a cara dele, Ele é muito chato Fui na cozinha, peguei a faca e apontei para ele e disse que eu ia furar o olho dele Ele xingou minha mãe de viciada e ficou dando risada da minha cara “não encontrou” Se ele xingar novamente vou matar ele. Odeio ele. Ele sempre xinga minha mãe e ele sabe que eu não gosto, mas ele sempre quer 87 88 RPD-sistema-verdadeiro ou falso – Medo de dormir Quando aparece? O que sinto? O que fiz? Pensamentos Ruins O que senti No meu corpo? Às vezes, quando Medo Tentei dormir, Vai aparecer Tremores; Apaga a luz do quarto Nota - 7 mas Monstros; Dor chorando O bicho papão vai me barriga; até minha mãe pegar Coração vir Posso não acordar; bateu fiquei de forte Verdadeiro ou falso para o pensamento: Vai aparecer monstros É verdadeiro Vejo uma sombra escura perto da janela (Evidências que Meu amigo me disse que a noite tem vários bichinhos no quarto dele apóiam o pensamento) Minha mãe diz que criança que responde o bicho papão vem a noite visitar É falso? (Evidências que não apóiam o pensamento) Quando vou para o quarto da minha mãe, o monstro não vai até lá. Sempre acordo igual todos os dias A sombra fica sempre parada no mesmo lugar Meu pai disse que pode ser que a sombra é reflexo da luz da rua Quando meu primo ou algum amigo meu dorme em casa, não vejo nada. RPD-sistema-verdadeiro ou falso – Brincar em casa O que aconteceu? O que O que fiz? senti? Pensamentos O que senti Ruins No meu corpo? Eu tinha lição para Raiva Fiz pirraça Minha mãe não Gosta Vontade de fazer, mas Eu queria Nota 10 Chorei, de mim, Chorar, gritar gritei Eu só quero brincar e espernear brincar – Minha Mãe não deixou porque Eu tinha que ir no Jiu-Jitsu de manhã Verdadeiro ou falso para o pensamento É verdadeiro É falso? Ela sempre faz isso comigo, ela é muito chata Eu nunca posso fazer o que quero A lição era para o dia seguinte No planejamento, eu poderia brincar a noite, mas ela já tinha dito que tinha uma aula extra do Jiu-Jitsu, então eu tinha que deixar a lição pronta. Se eu tivesse feito a lição antes, nem teria que falar para ela que eu queria brincar, era só ir para o quarto. Minha mãe sempre fala que me ama. Registro de Pensamento de Borboleta (De Friedber e McClure-2002) Evento Esqueci de fazer minhas tarefas e minha mãe brigou comigo Sentimento Triste – 8 Pensamento de Lagarta Ela me odeia porque acha que sou preguiçoso e mimado Este pensamento de Lagarta pode se transformar em um pensamento de Borboleta? Pensamento de Borboleta Sim Esqueci de fazer minhas tarefas. Preciso melhorar e me lembrar. Ela está desapontada comigo, mas ainda me ama. 91 92 93 RPD – Registro de Pensamentos Disfuncionais Da ta Situa ção Em um encontro no parque com a Mônica O que O que O que você fez sentiu? passou na (Comportament Avalie o sua cabeça? o) quanto (Pensament você o acredita- automático va neste (ruim) sentime disfuncionto de 0 nal) a 10 Quais mudanças sentiu no seu corpo? Medo 10 Meu coração começou a bater rápido Ela vai me bater Ela vai me acertar um “direto” na cara Comecei a chorar Evidência Evidências Como será seu s que que não novo confirma confirmam comportament m seu seu o pensapensament mento? o Aprontei com ela Escrevi no muro da rua que ela é dentuça e bobona Ela estava com uma flor na mão, sorridente e querendo conversar comigo Não chorarei mais antes da nossa conversa, e vou deixar ela primeiro falar o que quer, assim não preciso me “entregar” Ou Não vou mais ficar escrevendo nos muros coisas feias sobre ela , assim ela não me bate E agora, o que sentirá? Avalie o quanto passará a acredita r no seu novo sentimento de 0 10 Ficarei somente com um pouco de medo 5 94 DIÁRIO - “ENCONTRE O TRUQUE SUJO” Data Situação Segunda Fazendo a liçao de feira casa Sentimento Raiva Pensamento Odeio ter que fazer este monte de lição. Não serve para nada. Truque Sujo Fico pensando no passeio a praia, leio gibi, ouço música e depois falo para minha mãe que já terminei 95 7.5 – Reconhecer a relação existente entre pensamento, a emoção e o comportamento A criança deve ser psicoeducada e treinada no reconhecimento dos nexos entre os fatores mais importantes que mantêm os transtornos ou problemas comportamentais. Ex..... 96 A criança que a noite pensa que algo pode ocorrer com os seus pais quando saem de casa, é provável que fique ansiosa e não consiga dormir (transtorno de ansiedade) A criança que pensa que seus colegas querem tirar sarro dele, é possível que fique bravo com eles e finalmente os agrida (dificuldades no controle da raiva) Poderá ser utilizado historinhas e esquemas ilustrados, mediante os quais pode aprender e depois, deduzir a interrelação entre os fatos, o que pensou e interpretou com relação às situações problemáticas e as correspondentes consequências afetivas e de conduta. 97 1 2 3 98 7.6 Modelagem Movimentos a partir do adulto em que a criança observa passo a passo em como adquirir para si um determina- do comportamento. Aprender com a experiência do comportamento do outro. Envolve também a recompensa de pequenos passos iniciais em direção a um objetivo. Ex: Crianças desatentas não conseguem manter um contato visual com o adulto enquanto recebem uma ordem: adulto deve dar a ordem de forma clara e objetiva e fazer todos os movimentos para que a criança possa aprender. 99 Pode-se incluir técnicas da aprendizagem social: desde o treinamento em assertividade e habilidades sociais, dramatizações (role playing) para resolver situações interpessoais estressantes, até a modelagem de técnicas de enfrentamento comportamental. A criança poderá brincar de ser um boneco de pano durante um treinamento em respiração diafragmática, caracterizar interações com bonecos ou marionetes, personagens de contos etc.... 100 7.7 – Estratégias para controle de impulsos Orientações ao exercícios de funções executivas pouco desenvolvidas: parar e pensar antes de agir em situações de conflito, resolver problemas buscando alternativas, etc. Utilizar brincadeiras (ex. stop, semáforo) e desafios que apontam a despertar o interesse e a motivação da criança para enfrentar o problema. 101 Ex.... Gabriel, 10 anos, irrita-se frente à colocação de limites pela mãe, grita, quebra coisas e briga e bate nos irmãos. No ponto em que ele mesmo deseja resolver estas situações de outra forma, confeccionamos juntos um cartão com um “semáforo para os pensamentos”. Ele o leva consigo a todos os lugares e o tirará nos momentos em que estiver bravo; tomará um tempo para ver a luz vermelha e esperará um pouco. Depois pensará possíveis formas de resolver as coisas ao olhar a luz amarela. Quando ele decidir estar preparado para concentrar-se na luz verde, realizará a ação decidida. 102 7.8 - Uso de biblioterapia Meu primeiro Livro de Terapia – psicoeducação No mundo da lua – TDAH O que fazer quando: Você se preocupa demais - Dawn Huebner Você se irrita demais Não consegue dormir Respeito Pais é bom e faz bem Separados entre outros........... 103 Ex..... Lucas de 8 anos, sofre de ansiedade de separação. É difícil a ele participar de qualquer atividade independentemente dos seus pais, especialmente ir à escola. Foi acordado que o medo é um inimigo malvado e traiçoeiro, o qual devemos destruir e deve-se fazer um treinamento em “karatê mental contra o medo”. A medida que vai realizando progressivamente pequenas atividades longe da mãe e durante um maior período de tempo, vai ganhando uma faixa de outra cor. No momento em que pode participar sozinho de uma aula, e o medo ficou feitos traças, recebeu uma faixa preta e um diploma assinado pela “Associação de Karatecas Mentais”. 104 8. Revisão de tarefa de casa Verificar se a criança completou o compromisso da semana, seu conteúdo e a reação da criança à tarefa. Revisar a tarefa mostra a criança a importância das atribuições e seu papel no processo de tratamento no sentido de: Permite que a criança pratique habilidades importantes para diminuir sintomas e melhorar seu humor; Transmite o interesse da criança em seu sentimentos, seus pensamentos e suas reações em relação à tarefa. 105 Oferece mais oportunidades para a prática de habilidades; maior prática aumenta a aquisição de habilidades e de lembranças Tarefa de casa = tarefa de escola Outros títulos diferentes compromisso da semana, projetos semanais, exercícios de ajuda etc.... A revisão da tarefa de casa comunica a mensagem do terapeuta de qual atividade é central no tratamento e reforça o empenho do cliente (Beck). 106 9. Estabelecimento de agenda Prepara o terreno para o trabalho terapêutico e dá direção a ele. Requer a identificação de itens ou tópicos a serem tratados durante a sessão. Permite que as crianças tragam seus próprios problemas para a discussão. 107 Estabelecimento de agenda E como abordar??? “sobre o que exatamente vamos conversar hoje?’ “o que gostaria de colocar na lista para falar hoje?” “Nós já falamos sobre o porque seus pais o trouxeram aqui, mas estou interessado em ouvir as coisas que você tem vontade de conversar. “O que gostaria de mudar?” ; “Quais as coisas mais importantes sobre o que você quer falar?” 108 10. Conteúdo da sessão Crianças menos motivadas se envolvem menos nas atividades da sessão e têm dificuldade em prestar atenção. Criatividade e flexibilidade permitem que o terapeuta negocie efetivamente o conteúdo da sessão com a criança ou adolescente Deve utilizar uma linguagem adequada ao desenvolvimento e simples com frases curtas Habilidades e instruções precisam ser dadas individualmente e verificar o entendimento e a prática. 109 Conteúdo da sessão Uma forma de aumentar a responsividade das crianças é ser um terapeuta animado e envolvido, usando acessórios, histórias, desenhos coloridos e atividades manuais para aumentar a atratividade das tarefas terapêuticas. 110 P: Eu não quero conversar hoje. Tudo o que fazemos sempre é falar e preencher formulários! Isso é tão chato. Eu não vou fazer nada hoje! T: Eu planejei um joguinho para hoje. Eu até trouxe algo se por acaso você ganhar o jogo. P: Provavelmente é um truque chato? T: Eu não sei se vai ser chato para você, mas só há um jeito de descobrir. Você gostaria de aprender o jogo e tentar ganhar um prêmio? P: O que vamos fazer? T: Vê estas cartas? Elas estão em branco de um lado e tem perguntas do outro. Elas perguntam sobre coisas de que você gosta e não gosta, seus sentimentos e outras coisas. Vamos espalhá-las pelo chão com as perguntas viradas para baixo para não podermos vê-las. P: Posso ajuda a espalhar? T: Agora você lança esta ficha e tenta acertar uma carta. Se ela parar sobre uma carta, pegue e leia a pergunta. Se você responder a pergunta, ganha uma ficha. Se você errar a carta e a ficha cair no chão, então é a minha vez. Pronta? 111 11. Diálogo Socrático Ajudam a orientar a descoberta das “verdades” das crianças, até então ocultas. 5 partes constitucionais devem ser observadas na prática clínica: (1) Evocar e identificar o pensamento automático; (2) Associar o pensamento automático ao sentimento e ao comportamento; (3) Encadear a sequência pensamento-sentimentocomportamento com uma resposta empática; (4) Obter a colaboração do cliente nos passos 1 a 3 e a concordância de ir em frente; (5) Testar a crença socraticamente. 112 DIÁLOGOS SOCRÁTICOS MAPA DE FLUXO PARA DIÁLOGOS SOCRÁTICOS Sim Evite perguntas que requeiram análise racional profunda; dê apoio e orientação; ajude a criança a enfrentar e modular o sofrimento Sim Construa um diálogo em torno de perguntas simples, concretas; inicialmente faça perguntas mais abertas, introduza gradualmente perguntas abertas mais abstratas, à medida que a criança tolere mais ambigüidade e frustração A criança está em sofrimento intenso? Não m A criança é incapaz de tolerar ambigüidade e frustração? Não m Incorpore qualquer linguagem, idioma ou convenção lingüística que pareçam adequadas; modifique o estilo de questionamento; incorpore metáforas e analogias culturalmente responsivas São necessárias modificações culturais para o diálogo? Sim Não m Utilize modelos auto-instrutivos e/ou métodos comportamentais até a criança poder beneficiar-se de diálogos mais profundos, utilize métodos recreativos, analogias e metáforas preferencialmente. A criança é psicologicamente imatura? Sim Não m A criança é altamente reativa a questionamentos e capaz de tornar-se defensiva e retraída ? Use questionamentos mais ritmado, aberto; apóie-se em metáforas e analogias e em humor, se indicado Sim 113 12. Tarefa de casa A tarefa de casa ocupa um lugar central em cada sessão e resulta do conteúdo da sessão. Crianças precisam ensaiar as novas habilidades fora da terapia. Crianças podem reagir negativamente frente a tarefa de casa deve ser habilmente planejadas para envolver as crianças. Deve ser combinada com a criança e sempre associada a queixa atual – tornando-se propriedade das crianças, aumenta o nível de responsabilidade e possibilidade de aderência; 114 •Tarefa de casa Explicar a ligação entre a tarefa de casa e os problemas da criança para que ela entenda claramente a associação é uma questão terapêutica fundamental; As tarefas de casa precisam ser dividas em passos graduais, que levem a um objetivo possível de ser realisticamente alcançado. Tarefas simples são mais preferidas; Se possível faça um ensaio em consultório. 115 A não realização da tarefa de casa: Oportuniza descobrir as motivações e razões que estão por trás do comportamento da criança. Tentar identificar o que atrapalhou a realização “O que aconteceu para você não fazer seu compromisso com a terapia?” É importante não punir tenta-se fazer com a criança 116 13. Evocando feedback - Componente final da sessão. Pergunta-se: Como foi a sessão de hoje? Que coisas você gostou e não gostou da sessão? O que foi útil, inútil ou aborrecido em relação à sessão e ao terapeuta? Dê uma nota de 0 a 10. Evocando feedback evita-se que as percepções errôneas, insatisfações ou distorções do cliente em relação ao tratamento, ao terapeuta ou ao relacionamento continue ocorrendo e impedindo progresso. 117 14. Outras Técnicas e Instrumentos 118 Técnicas e Atividades Diversas Acesso às Resolução de Problemas emoções do Acesso às cognições: Psicoeducação: (desenvolver pensamento produtivo): paciente: Baralho das Caixa de problemas Modelo dos 4 elementos Terapeuta e paciente Cartões de Enfrentamento Livros infantis com escolhem situações alternativas Folha de Criar balões de pensamentos linguagem clara no assunto: e em seguida, seleciona as cinco Monitoramento Ilustrações de revistas com – TCC e principais sintomas que lhe parece mais atraente. Semanal expressões que indicam algum – Como enfrentá-los no (Pode ser aplicada com A forma do tipo de pensamento a ser cotidiano; familiares) descoberto Locomotiva do medo Rede de relações Mudanças nos Brincadeira de professor e Caixa de Ferramentas aluno; A máscara do Herói O que estava pensando? Estátua! Semáfaro – vermelho – O que está passando pela sua Utilização de fantoches e cabeça? Ou bonecos. Emoções corpo Relógio de sentimentos Questionamentos: O que você disse para si mesmo? amarelo – verde Estrada e caminhos (vantagens e desvantagens) ou O que pipocou na sua cabeça? 119 Treinamento Reestruturação Cognitiva: de Dessensibiliza- Relaxamento ção Treinamento em Controle de contingências e Respiração: sistemática: habilidades sociais (Reforçar positivamente comporta mentos alvos) Monitoramento das emoções e RPD Respiração diafragmática, Role-play Modelação – Representa o relacionamento entre Desenhos Ensiná-lo a ser assertivo, comportamentos e conseqüências, o questionamento socrático, Biofeedback utilizando componentes tipo de recompensas que se pode flecha descendente desde o olhar, expressão alcançar a partir de certas respostas RPD – Verdadeiro ou facial, tom de voz, comportamentais: falso postura do corpo, Uso de pontuação Óculos quebrados conteúdo na Estabelecimento de O Explicador comunicação de idéias recompensas que pode empregar....... Custo da resposta retirar pontos diante de comportamentos indesejados 120 121 LISTA DE PROBLEMAS • Frases incompletas: O que eu neste momento desejaria era...; A maioria das pessoas que conheço...; Lamento que...; Sinto muita raiva quando...; O meu objetivo...; Tenho medo de...; Sinto orgulho em...; Uma boa coisa que me aconteceu esta semana foi que..." 122 14.1 Técnicas cognitivas e Comportamentais Comumente usadas Treinamento de relaxamento - Utilizado no enfrentamento da raiva e ansiedade Relaxamento de Jacobson (Jacobson, 1938) Tensionar e relaxar alternadamente grupos musculares específicos (3” tensionados e 5” relaxados) Deve ser breve e incluir somente alguns grupos musculares (braços, ombros, pernas e face) Respiração diafragmática Respiração alternada 123 Dessensibilização sistemática (Wolpe, 1958) Utilizado para diminuir medos e ansiedade. Classificar os tipos de medo e desenvolver hierarquias de ansiedade, usando as informações do paciente, antes do treino em imaginação. Iniciar pelo item menos ansioso 124 Treino em habilidades Sociais Ajuda o paciente a encontrar uma maneira socialmente habilidosa, ou seja assertiva, de expressar-se diante de uma situação ansiogênica (desde o olhar, expressão facial, tom de voz, postura do corpo até conteúdos de idéias que pode empregar através de roleplay, materiais de psicoeducação, feedback...); 125 Gerenciamento de contingência - Reforçador: É o estabelecimento de um acordo relativo a recompensas e consequências a serem aplicadas em respostas ao comportamentos específicos. O acordo envolve incentivos (reforços) para intensificar a motivação e a estrutura na manutenção dos objetivos. O primeiro passo é estabelecer um objetivo específico e realista e dividí-lo em etapas ou período de tempo. 126 Ex: Fazer lição diariamente - C= a criança deve fazer diariamente a lição diariamente as 14h e revisada pela mãe ou pai após o jantar (1 ponto diário) Consequências (reforço) = total de 6 pontos até o sábado – no final da tarde de sábado toda a família vai assistir um filme que o filho escolher (recompensa). 127 Custo da resposta Exclui uma recompensa previamente recebida a um comportamento indesejável. A desobediência ou engajamento em comportamentos inaceitáveis, como mentira, agressão ou xingamentos, será punido com um custo de resposta. Deve-se tomar cuidado para que o custo da resposta não invalide o gerenciamento de contingências, pois pode desmotivar a criança. 128 Role Playing Facilita o treinamento das habilidades sociais e evoca pensamentos e sentimentos importantes. Deve-se saber com antecedência, coisas sobre os personagens a representar. 129 Resolução de problemas - COPER C = captar o problema - Identificar o problema em termos específicos e concretos O = escutar as opções e ensinar à criança gerar soluções alternativas P = prever as consequências - Avaliar cuidadosamente as opções e as conseqüências de curto e longo prazo. E = examinar os resultados e agir baseado nesta revisão - Terapeuta e criança planejam a implementação da melhor solução. R = auto-recompensa por seguir os passos e tentar uma ação produtiva 130 Avaliação de vantagens e desvantagens Estimula as crianças a examinar ambos os lados de uma questão e a agir de forma que atenda a seus melhores interesses. Passo 1. Definir a questão sobre a qual a criança que obter maior perspectiva (ex. fazer a lição de casa na frente da TV) Passo 2. Listar o máximo de vantagens e desvantagens que a criança possa pensar. Passo 3. Terapeuta e criança revisam as vantagens e desvantagens Passo 4. A criança deve chegar a uma conclusão após considerar as vantagens e desvantagens. 131 Fantoches (Estimula o diálogo socrático e procedimentos autoinstrutivos – podem ser comprados ou feitos durante a sessão com sacos de sandwich) Fantoches de meias Fantoches de cones 132 Jogos infantis populares Geralmente envolvem um componente de solução de problema. Como abordam pressões de desempenho, são emocionalmente estimulantes. São Utilizados como estímulos para identificar pensamentos e sentimentos, corrigir padrões de pensamentos mal- adaptativos e melhorar habilidades sociais. 133 Deixar ou não uma criança ganhar o jogo Dependerá do que está tentando ensinar à ela. Se a criança tem baixa tolerância à frustração e é uma má perdedora, precisa praticar tolerância de derrota. Se a criança é tímida e lhe falta auto-eficácia, uma discreta “distração” do terapeuta (sem que ela perceba) pode ajudar a encorajá-la a ganhar. O jogo deve refletir as contingência da vida: às vezes você ganha e às vezes perde: 134 Trapaça no jogo Permitir a trapaça significa ser conivente com seu comportamento desonesto é recomendado falar e modificar as crenças mal-adaptativas associadas à trapaça. E também: Limitar Não a trapaça punir ou ridicularizar Ajudar a identificar os pensamentos e os sentimentos que mediaram a trapaça Iniciar um processo de resolução de problemas 135 Descatastrofização : é útil para modular previsões aflitivas Crianças tendem a catastrofizar superestimar a magnitude e a probabilidade de perigos percebidos “ O que de pior poderia acontecer?” “ O que de melhor poderia acontecer?” “ Qual é a coisa mais provável que poderia acontecer?” Pode-se incluir a resolução de problemas: “Se a pior coisa que poderia acontecer é................. e pode acontecer realmente, como você lidaria com 136 isso?” Exposição básica Na exposição, a criança/adolescente encontra o estímulo aversivo, suporta a excitação afetiva, ensaia várias habilidades de enfrentamento e ganha autoconfiança genuína. As técnicas de exposição estão mais associadas aos tratamentos de ansiedade e de enfrentamento da raiva. 137 [email protected] 9 8363-3210 138