ALEX FERNANDEZ ELIOMAR TRINDADE JAQUELINE FAGUNDES MÁRCIA LIGUORI SATISFAÇÃO DOS PACIENTES DE CLÍNICA GERAL DO HOSPITAL SANTA HELENA . Salvador 2004 2 ALEX FERNANDEZ ELIOMAR TRINDADE JAQUELINE FAGUNDES MÁRCIA LIGUORI SATISFAÇÃO DOS PACIENTES DE CLÍNICA GERAL DO HOSPITAL SANTA HELENA. Projeto apresentado no curso de Especialização em Administração de Serviços na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Orientador: Prof. Robinson Tenório Salvador 2004 3 SUMÁRIO 1 INTROD UÇ ÃO __________________________________________________4 1.1 OBJ ET O ____________________________________________________4 1.2 OBJ ETI VO __________________________________________________4 2.1.1 Objetivos específicos _____________________________________4 1.3 JUS TIF ICA TI VA _____________________________________________5 2 REFERENCIAL TE ÓR ICO _______________________________________7 2.2 MET OD OL OG IA ____________________________________________ 15 2.2.1 Abordagem ____________________________________________ 15 2.2.2 Local _________________________________________________ 16 2.2.3 População/Amostra _____________________________________ 16 2.2.4 Instrumento de coleta ____________________________________ 19 2.2.5 Procedimentos de coleta _________________________________23 2.2.6 Tratamentos dos dados___________________________________ 23 2.3 AD MINI ST RAÇÃO DA PESQU IS A ___________________________ 23 2.3.1 Pessoal________________________________________________ 24 2.3.2 Cronograma ___________________________________________ 24 2.4 PRI NCI PAI S RES ULTA DO S_________________________________25 2.4.1 Perfil dos entrevistados __________________________________25 2.4.2 Livre associação ________________________________________ 32 2.4.3 Fator que motivou a escolha do Hospital Santa Helena ________ 33 2.4.4 Grau de satisfação dos entrevistados _______________________ 34 2.4.5 Indicação do Hospital Santa Helena________________________ 49 2.4.6 Avaliações genéricas quanto a utilização do hospital __________ 51 2.4.7 Críticas, comentários e sugestões __________________________ 55 3 CONCLUSÃO __________________________________________________ 56 REF ERÊNCIAS __________________________________________________ 58 4 1 INTRODUÇÃO 1. 1 OBJETO O nosso objeto de estudo é o grau de satisfação relacionados a atributos não técnicos dos pacientes de clínica geral do Hospital Santa Helena, no período de novembro de 2003 a janeiro de 2004. 1. 2 OBJETIVO Nosso objetivo geral é analisar o grau de satisfação dos pacientes de clínica geral do Hospital Santa Helena a partir de atributos não técnicos, no período de novembro de 2003 a janeiro de 2004. 2.1.1 Objetivos específicos Temos como objetivos específicos deste estudo verificar quais as variáveis não-técnicas da consulta médica que são relevantes para se conseguir a satisfação do cliente e como os pacientes avaliam seu grau de satisfação diante dessas variáveis. Consideramos como questões de pesquisa a serem investigadas: • a facilidade de contato (sucesso na ligação, disponibilidade de horários para marcação de consultas), • o acesso (localização, estacionamento), 5 • tempo de espera • as instalações (limpeza, conforto, silêncio), • o atendimento da equipe de apoio e médica (cordialidade, atenção, empatia, conhecimento, agilidade), • os equipamentos (variedade, qualidade, tecnologia). 1. 3 JUSTIFICATIVA Manter os clientes satisfeitos deve ser uma das metas de qualquer empresa prestadora de serviços. Está consagrado que clientes satisfeitos fidelizam mais, promovem positivamente a instituição e até aceitam mais facilmente reajustes de preços e pequenos erros. Por essas considerações, pesquisas de opinião e as mais diversas ferramentas de marketing vêm sendo utilizadas a fim de adequar o serviço ao foco do cliente. A pesquisa de satisfação do cliente salienta a qualidade percebida após a experimentação de um dado serviço. A qualidade esperada ou expectativa é função das necessidades do indivíduo, de como a empresa se comunica com o mercado, da sua imagem e das experiências vivenciadas pelo cliente e pelos que o cercam, seja com a mesma empresa ou não. Já a qualidade experimentada envolve uma avaliação subjetivamente realizada pela pessoa, da excelência de uma oferta. É um processo de organização, interpretação e derivação de significado de estímulos por meio dos sensos e influenciado pelos processos usados na prestação de serviços em si e pelos parâmetros psicográficos dos clientes. Grönros (citado por Urdan, 2001, p.45) descreve um modelo onde a qualidade percebida resulta da comparação entre a qualidade esperada e a experimentada. A satisfação está inversamente relacionada à expectativa e diretamente relacionada à percepção. Quando se trata de cuidados à saúde, tem-se um panorama de alta empregabilidade e elevada movimentação de recursos, deterioração do sistema público grande dependência das organiza- 6 ções privadas do setor – como as de medicina de grupo e seguros – achatamento das remunerações dos profissionais, incremento da concorrência e pacientes com níveis crescentes de exigência, aliados à contingência dos princípios da ética, onde se criam aspectos particulares ao uso do marketing para a promoção de serviços e produtos. Acresce-se o fato que, a despeito de as organizações de saúde terem muito em comum com as de outros ramos, três singularidades as marcam: a) falta de clareza na conexão entre entradas e saídas, em função do tempo necessário para os resultados manifestarem-se; b) os hospitais operam com duas linhas de autoridade distintas: o pessoal administrativo e o médico ao invés da pirâmide de autoridade única das demais organizações; c) os pacientes têm dificuldade em avaliar aspectos técnicos. A prestação de serviços de saúde abrange dois domínios: o técnico e o interpessoal. O técnico diz respeito à aplicação da Medicina, frente a um problema pessoal de saúde, pelos profissionais especializados. O segundo compreende as interações psicológicas entre o cliente e as pessoas envolvidas no seu atendimento – somadas às propriedades do ambiente onde o cuidado é proporcionado, como a sala de espera ser ou não agradável, climatização, sonorização, etc – e questões outras relacionadas ao contexto da consulta (facilidade de marcação, acesso ao hospital, tempo na sala de espera, etc). Um domínio não é eficaz sem o outro. Sobre o domínio técnico, os pacientes pouco conhecem, sendo incapazes de avalia-lo criticamente. No entanto, não têm dificuldade em avaliar a qualidade interpessoal do atendimento, sendo, dessa forma, o principal item norteador de sua satisfação. Considerando a importância das variáveis não-técnicas, muitas escolas de Medicina dos Estados Unidos mudaram seus currículos, a fim de realçar as qualidades humanísticas do trabalho médico. Porém, ainda faltam instrumentos para mensurar a qualidade percebida e a satisfação dos pacientes, tornando difícil a orientação das equipes de saúde quanto aos atributos necessários à melhoria dos serviços, sob a ótica dos clientes. Com esse trabalho, pretendemos avaliar a satisfação de pacientes consultados, considerando as variáveis não-técnicas. Buscamos desenvolvê-lo num ambiente ambulatorial, já que é no consultório que a classe médica desenvolve a maior parte do seu trabalho, sendo nesse espaço que a interação médico-paciente costuma ser duradoura. 7 2 REFERENCIAL TEÓRICO As questões acerca da satisfação do consumidor surgem do próprio conceito de Marketing, que busca incessantemente a adequação entre o que é oferecido pela empresa e o que os consumidores necessitam ou desejam. Nesta direção, vários projetos têm sido desenvolvidos desde o início do século XX até hoje, desvendando as razões de condicionamento da satisfação ou insatisfação dos consumidores frente a uma oferta determinada. Mais que isso: existe uma preocupação em descobrir se existe condicionamento para a satisfação; Transportando esse conhecimento para a realidade mercadológica, significa dizer que as diferentes, e às vezes, excludentes formas de abordagem da satisfação do consumidor são todas importantes, desde que observadas as suas maneiras próprias de entender as diversas facetas da totalidade. Em meio a todas as discussões e linhas de pesquisa sobre a satisfação do consumidor, os autores convergem em pontos básicos de estruturação do pensamento. Essa leitura contemporânea dos pilares da satisfação pode ser descrita da seguinte forma: a satisfação é uma avaliação (um julgamento); efetuada a posteriori; relativa a determinada transação (CHAUVEL, 1999) Outros autores como Singh e Pandya (1991); Woodruffe (1997), Wensley (1998) (citado por CHAUVEL, 1999) e Kotler (2001), focaram seus esforços de pesquisa de satisfação do consumidor, formando uma outra corrente de pensamento. Eles procuraram compreender a satisfação através do enfoque da insatisfação e seus mecanismos. A resposta, segundo Chauvel (1999) está no engano dos autores em compreender o fator satisfação como fenômeno individual. Sabe-se, atualmente, que a satisfação do consumidor é resultado da interação entre o coeficiente de satisfação individual e o social, tendo este último importante peso na satisfação dos indivíduos. Outra questão é a discussão de Semenik (1995) sobre pesquisa de mercado, em que o autor coloca que nenhuma pesquisa é capaz de responder às expectativas dos administradores sobre qual direção seguir. O risco na tomada de decisão, é inerente ao processo empresarial e, portanto, as pesquisas de mercado devem ser utili- 8 zadas pelas empresas como um instrumento de aproximação da realidade, tornando o processo decisório mais fácil e acertivo. Portanto, a questão da satisfação do consumidor se apresenta como elemento central de preocupação do Marketing, uma vez que é o que dá a medida das relações de troca no mercado. É através da busca da satisfação que um processo de compra se iniciará e é, também, através do seu alcance positivo que outras compras ou relacionamentos poderão ocorrer. O estudo da metodologia de pesquisa de satisfação se inicia com a compreensão do fenômeno satisfação do consumidor. Várias teorias tentam explicar a origem e os elementos que a compõem. As discussões deste tema variam-se com base nas abordagens propostas por autores, na tentativa de conceituar satisfação e insatisfação dos clientes. Oliver e De Sarbo (1991) destacam como as principais teorias: (1) Equity Theory. Esta teoria relaciona-se ao princípio de que as saídas dos processos de transação são proporcionais às entradas de cada uma das partes; (2) Attribution Theory. Esta teoria pressupõe que a saída do processo de transação será avaliada em termos de sucesso ou de fracasso, e as causas desta saída estão relacionadas a fatores internos, tais como as habilidades percebidas de compra ou de esforços, a fatores externos, como, por exemplo, a dificuldade relacionada ao processo de compra, ou a outros fatores, como a influência da equipe de vendas neste processo; (3)Performance Theory. De acordo com esta teoria, a satisfação do cliente está fortemente associada com a performance percebida do produto ou do serviço adquirido; (4) Expectancy Disconfirmation Theory. É, talvez, a forma de mensuração de satisfação de clientes mais utilizada. Ela parte do princípio de que os clientes criam um nível de expectativa em relação a produtos e serviços, e que a desconfirmação (positiva ou negativa) gera satisfação (desconfirmação positiva) ou insatisfação (desconfirmação negativa) (citado por CUNHA et al 1999, p. 2). 9 Em uma análise histórica, encontram-se as expressões da teoria Econômica, da teoria Behaviorista e da teoria Cognitivista, conceituando, cada uma em sua abrangência, o que é e como se desenvolve a satisfação do consumidor. Os economistas partem da premissa de que todo processo de compra envolve uma escolha entre alternativas e que ela se efetuará segundo “a percepção do maior valor de utilidade do produto/serviço por parte do consumidor” (CHAUVEL, 1999, p. 3). A satisfação, neste contexto, é sinônimo de utilidade: usamos as palavras satisfação e utilidade para definir aquilo que os consumidores querem maximizar. As duas palavras estão relacionadas de tal maneira, que podemos falar em utilidade como a medida da satisfação das necessidades e desejos". Bennett e Kassarjian (citado por CHAUVEL, 1999, p. 6). Nesta perspectiva, a satisfação provém de um processo essencialmente racional, em que se equacionam, da melhor forma possível, as duas variáveis explicitadas: renda disponível e o preço de bens e serviços a serem adquiridos. “O consumidor busca maximizar sua satisfação total a partir de um certo nível de renda e de um determinado leque de preços de produtos” (Robertson, citado por CHAUVEL, 1999, p. 8). São várias as críticas a esse modelo, encontradas nos clássicos da literatura sobre comportamento do consumidor. Em geral, as críticas rodeiam o mesmo ponto: a simplicidade do pensamento econômico que se estrutura sob os aspectos renda e preço (KOTLER, 2001). O modelo é acusado de tentar estruturar a forma como o consumidor deveria se comportar se fosse racional e movido exclusivamente por fatores econômicos, ao invés de buscar saber como de fato ele se comporta (CHAUVEL, 1999). A partir de 1950, a psicologia procurou entender a forma de estruturação do comportamento do consumidor, levantando suas variáveis e formas de correlação. Através da escola do Behaviorismo, a qual deu origem ao nome desta teoria, construíram-se os primeiros modelos de comportamento do consumidor. Segundo esta escola, o ser humano é uma “página em branco”, preenchida, ao longo do seu desenvolvimento, pela interação com o ambiente. Este “preenchimento” se dá através dos estímulos oferecidos, que geram determinadas respostas, que serão reforçadas ou eliminadas segundo o interesse dos agentes envolvidos (unidade social). Desta forma, a aprendizagem, elemento de base nos modelos de satisfação do consumidor, se 10 define como: mudança do comportamento resultante do treino ou da experiência. É o dueto entre estímulo e resposta (aprendizagem) que dá a estes cientistas a possibilidade de mensuração e construção de modelos de comportamento dos consumidores (GIUSTA, 1985, p 9). A teoria behaviorista substitui o homem racional da teoria econômica pelo entendimento do sujeito como: uma tábua rasa, uma cera mole, cujas impressões do mundo, fornecidas pelos órgãos do sentido, são associadas umas às outras, dando lugar ao conhecimento. O conhecimento é, portanto, uma cadeia de idéias atomisticamente formada a partir do registro dos fatos e se reduz a uma simples cópia do real” (GIUSTA, 1985, p 6). É extraída qualquer possibilidade do sujeito de construir seu próprio entendimento das coisas. Acredita-se poder manipular o comportamento deste sujeito-consumidor da maneira como as empresas ou cientistas desejarem. A abordagem Cognitivista compreende que a satisfação não é elemento resultante da obtenção de um reforço. É o resultado da comparação entre aspectos internos e pré-existentes com os elementos resultantes da transação: A satisfação se refere ao grau de congruência entre as consequências reais da compra e do consumo de uma marca e aquilo que era esperado pelo comprador no momento da compra. Se o resultado real for julgado como pelo menos igual ao esperado, o comprador ficará satisfeito. Se, por outro lado, o resultado real for julgado como inferior ao esperado, o comprador se sentirá insatisfeito e sua atitude será menos favorável (Howard e Sheth, citado por CHAUVEL, 1999, p. 11). Esta abordagem de satisfação é a que serviu de base para a construção das concepções mais modernas: “satisfação é o resultado do confronto de uma referência interna (intangível) com os benefícios/prejuízos propiciados por determinadas transações” (BEBER, 1999, p. 15). O conceito de da satisfação mais aceito entre os teóricos, atualmente, pode ser descrito da seguinte forma: (1) a satisfação é uma avaliação, ou seja, provém de um julgamento; (2) é efetuada após a experimentação ou aquisição do produto ou serviço de uma empresa; (3) é relativa a determinada transação, podendo variar dependendo das experiências específicas do consumidor com a organização. 11 Alguns estudos a respeito de pesquisas de satisfação do consumidor se desenvolveram nas bases do conceito de qualidade percebida. Isso se deve ao fato da crença no íntimo relacionamento entre os conceitos destes dois fenômenos: “Ambos os conceitos - Satisfação e Qualidade Percebida – têm sua origem no paradigma da desconformidade” (MARCHETTI et al, 2001, p. 57). A satisfação está relacionada com a qualidade percebida, porém é um conceito distinto. A relação entre qualidade e satisfação ainda não foi totalmente esclarecida, sendo necessários mais estudos para explicar se a satisfação é antecedente ou conseqüente da qualidade. A satisfação é uma resposta afetiva e de natureza experiencial, ou ainda, a resposta de preenchimento do consumidor. É o julgamento de uma característica do produto/serviço que proveu ou está provendo um nível prazeroso de preenchimento associado ao consumo, relativo à falta ou excesso de preenchimento. Para Fornell (1992, p. 63), a qualidade percebida é um antecedente da satisfação do consumidor com a transação específica. A satisfação possui também outras variáveis formadoras: “avaliação do valor percebido, equidade da transação, resposta afetiva ao processo de consumo, entre outras”. Além desta conceituação, Bitner e Humberto (citado por MIGUEL, 1999) expõem duas outras concepções de satisfação: a satisfação no nível de encontro de serviço e a satisfação geral com o serviço. A primeira compreende a resposta ou julgamento do consumidor a respeito de um serviço específico de um fornecedor específico. A segunda remete à visualização geral de todos os componentes do serviço e do fornecedor e o índice de satisfação correspondente. Nesta perspectiva, consideramse experiências anteriores do consumidor com a empresa, além daquela referente à transação na qual se retirou a percepção da satisfação geral do consumidor. A conclusão que se pode chegar frente à discussão dos autores sobre os elementos incluídos no quadro de referência da satisfação do consumidor é que a satisfação provém de um processo comparativo entre o antes e o depois e sua avaliação se dá após a finalização do processo de compra. Ela é também uma resposta a uma determinada transação, caracterizando-se como transitória e específica (FONSECA et al, 1998). Assim, considera-se a satisfação como um 12 estado psicológico e não como uma predisposição relativamente estável e durável. A satisfação é, portanto, “um estado psicológico posterior à compra e relativo” (FONSECA et al, 1998, p. 18). Independente da linha de desenvolvimento teórico utilizada pelos autores, estas três características são comuns e importantes no estudo da satisfação dos consumidores: estado psicológico, posterior à compra e relativo. O comportamento do consumidor, ou os mecanismos utilizados por eles no processamento de uma insatisfação, é outro ponto importante no estudo da satisfação do consumidor e das pesquisas neste campo. A compreensão, implícita ou explícita destes elementos provê a empresa de variáveis para o desenvolvimento de sua competitividade. A maioria das pesquisas de satisfação dos consumidores se baseia nestas informações. Existem duas teorias desenvolvidas pela psicologia e utilizadas no Marketing para explicar esse fenômeno: Atribuição e Dissonância Cognitiva. A teoria da Atribuição descreve o processo pelo qual o indivíduo identifica as causas da insatisfação, atribuindo-as a si próprio ou a agentes externos e responsabilizando estes últimos em maior ou menor grau de acordo com três categorias: a fonte do problema (“locus”) interna ou externa; a estabilidade (trata-se de um problema estrutural ou um acidente) e o controle (o problema foi causado intencionalmente ou não) (MULLER et al, 1998, p. 9). Diversos estudos comprovam a influência da Atribuição no comportamento pós-compra dos consumidores. A teoria da Dissonância Cognitiva se baseia na observação de que uma pessoa que atua contra sua própria atitude pode, posteriormente, modificar cognições ou comportamentos de modo a adaptá-los ao comportamento incongruente. Neste caso, os consumidores buscarão divulgar as ocorrências de compra em que houve acerto, em detrimento das erradas, devido ao desconforto causado pela dissonância. Assim, mesmo um desnível moderado entre expectativas e resultados os levará à satisfação. Este comportamento é favorável às empresas, uma vez que a Zona de Tolerância a Erro (KOTLER, 2001) deste segmento de consumidores apresenta-se maior que em comparação com as de outros segmentos. “Existe, em volta do grau neutro de desconfirmação, uma zona que tolera desníveis positivos ou negativos, e que conduz às avaliações mais favoráveis por parte dos consumidores” (citado por CHAUVEL, 1999, p. 21). 13 Como visto, existem várias formas de se compreender o fenômeno satisfação. Cada uma delas engloba princípios e elementos diferentes, gerando, por conseqüência, índices diversos de satisfação do consumidor. Cabe à empresa o julgamento da abordagem de satisfação mais adequada para basear a análise do comportamento do consumidor, considerando-se as forças de atratividade de seu mercado de atuação e seus planos estratégicos. Essa decisão impacta na missão, fortalezas, fraquezas e sistema de competitividade da empresa. Independente destas informações, a organização que se propõe a alcançar um grau superior de satisfação de seus consumidores deve se preocupar com os precedentes da satisfação e as estratégias que serão utilizadas para administrá-los de forma a maximizar os resultados da satisfação do consumidor para a empresa. Os aspectos mais importantes de uma pesquisa de satisfação do consumidor, e que normalmente não são observados, são: (1) Sempre fazer pesquisa exploratória antes de redigir o questionário; (2) Certifique-se que você tem uma amostra probabilística; (3) Minimize as tendências de não-resposta. Faça pesquisa pelo telefone, se possível; (4) Use terceiros qualificados para administrar a pesquisa; (5) Use perguntas sobre cada transação, em vez de usar perguntas cumulativas; (6) Minimize o número de perguntas abertas; (7) Utilize uma escala de desconfirmação de três pontos, se possível; (8) Redija a escala de tal forma que o uso do topo da escala seja minimizado; (9) Não use, em separado, perguntas sobre expectativa ou sobre importância; (10) Estruture o questionário em torno dos processos da empresa (RUST, 1994, p. 56). Para Rust (1994), é grande o número de pesquisas de baixa qualidade, produzindo resultados inexeqüíveis. Ele acredita que isso ocorre devido à crença de que qualquer pessoa é capaz de desenvolver um projeto de pesquisa nesta área, tendo pouco ou nenhum treinamento. Infeliz- 14 mente (ou felizmente) isso não é possível, podendo-se atestar esta afirmação através do alto índice de pesquisas metodologicamente erradas e com resultados enganosos. Rust (1994), apresenta um método sistemático de elaboração e redação de uma pesquisa de satisfação do consumidor. Existem vários outros métodos para este tipo de pesquisa, porém o autor afirma ser este o único que já foi testado, readaptado e utilizados por milhares de empresas de pesquisa de mercado e por várias das maiores empresas do mundo. Assim, o processo de pesquisa começa com a obtenção do engajamento da alta administração, em seguida a determinação dos objetivos da pesquisa, depois a fase da pesquisa exploratória seguida pela identificação dos processos-chave da empresa. As fases seguintes são: planejamento da amostragem e da coleta de dados; elaborar o questionário; analisar; sintetizar; usar os relatórios para melhorar os processos; planejar o momento da próxima pesquisa. Segundo Urdan (2001. p.47), faltam, no Brasil, instrumental para a mensuração da qualidade experimentada pelo paciente; tendo analisado propriedades desse contexto, no tocante aos serviços médicos de consultório. Na literatura, diferencia-se satisfação como uma resposta imediata ao consumo e qualidade como um sinal duradouro da excelência de um serviço, existindo antes e após o seu consumo. Há controvérsias sobre a relação entre os dois ítens, já que Oliver (citado por Urdan, 2001, p.48) considera que a qualidade antecede a satisfação, enquanto Bolton e Drew (citado por Urdan, 2001, p.48) sustentam uma ordem inversa. Há que considerar que um inquérito que tenha como tema a satisfação do paciente é por demais impreciso para servir de indicador de qualidade, visto traduzir a reação subjetiva, por vezes de um episódio único e isolado, mas pode prever o comportamento do cliente e sua atitude frente ao serviço, podendo contribuir para corrigir as deficiências apontadas, conforme Kloetzel (1998). Evidencia-se que a relação médico-paciente reclama uma mudança de foco, passando de uma base simplesmente transacional para um relacionamento marcado por um maior envolvimento e compartilhamento bilateral de informações, adotando uma filosofia orientada para o cliente. Alguns aspectos se relacionam ao estabelecimento de contextos mais favoráveis a uma interação médico-cliente, de acordo com E.J. Filho (1998): 1)atender com hora marcada e com o 15 menor tempo possível de espera; 2)oferecer espaço para atendimento confortável e que preserve a privacidade; 3)tratar o paciente pelo nome; 4)olhar para o paciente enquanto conversa com ele; 5)tentar ouvir mais do que falar. Boltanski (citado por Filho, p.8), em uma pesquisa sobre consultas na periferia de Paris, constatou que das palavras pronunciadas durante tais eventos, cerca de 83% eram ditas pelo médico e apenas 3% correspondiam a respostas do responsável pelo paciente, sugerindo uma relação bastante hierarquizada e não-propiciadora ao diálogo. Considera-se que tal pesquisa ocorreu em um país onde a qualidade dos serviços médicos e a satisfação dos pacientes é, supostamente, superior à do Brasil. Há uma estreita correlação entre satisfação e adesão. Além dos benefícios de maior lucratividade à empresa, no ambiente da prestação de assistência à saúde, significa o cumprimento do tratamento com possível impacto positivo sobre a morbimortalidade. É evidente que tanto elementos tangíveis como a localização, o acesso fácil, área de estacionamento de veículos adequada e ambientação cenário, quanto intangíveis como a agilidade e precisão das informações, empatia, continência e respeito com as diferenças, além dos caracteres da personalidade do cliente influem no seu grau de satisfação. Ainda há, na área de saúde, ao contrário do que acontece na mídia de outros serviços, uma visão de indiferença ou mesmo desconfiança à satisfação expressa pelo usuário. 2. 2 METODOLOGIA 2.2.1 Abordagem A pesquisa que realizaremos é classificada quanto: • ao ambiente como pesquisa de campo; • ao escopo da pesquisa em termos de amplitude e profundidade como estudo de caso • à dimensão no tempo como ocasional; 16 • à natureza das variáveis como uma pesquisa quantitativa; • à forma utilizada para coleta de dados como formulários autopreenchidos. 2.2.2 Local O local escolhido para realização da pesquisa foi a sede de Camaçari do Hospital Santa Helena. Apesar deste hospital possuir cinco sedes, escolhemos apenas a de Camaçari por se tratar da maior e com fluxo de pacientes mais elevado. Trata-se de uma instituição privada de assistência à saúde, com atenção voltada à prática de Medicina do Trabalho, realizando exames admissionais, períodicos e demissionais de funcionários de cerca de 600 empresas conveniadas ao hospital e atuantes no Pólo Petroquímico de Camaçari, e realiza também assistência formal atendendo em todas as especialidades médicas para pacientes credenciados a planos de saúde e particulares. Tal instituição tem-se mostrado aberta a inovações administrativas, com um corpo clínico e funcional atuantes e tolerantes a avaliações. 2.2.3 População/Amostra Para determinação do universo da nossa pesquisa, realizamos um levantamento da quantidade de atendimentos no Hospital Santa Helena, por especialidade, nos últimos 06 meses. Diante desse levantamento prévio, escolhemos a especialidade de clínica geral que se justifica por três motivos: primeiro, é a especialidade que apresenta maior volume de atendimentos; segundo, a clientela é composta por indivíduos de diferentes perfis (homens, mulheres, velhos, crianças) e terceiro, o cliente quase sempre é também o paciente. Baseado na média da quantidade de atendimentos de clínica geral neste período, partimos inicialmente de um universo formado por 1146 pacientes para o cálculo da amostra. QUANTIDADE DE ATENDIMENTOS POR ESPECIALIDADE 17 NO HOSPITAL SANTA HELENA Em 2003 ESPECIALIDADE FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO ANGIOLOGIA 52 54 54 74 50 80 CARDIOLOGIA 110 105 95 174 94 162 CIRUR.GERAL 21 19 16 13 15 14 CIRUR.PEDIATRICA 18 10 8 7 4 13 9 18 18 8 13 19 1.059 1.441 1.403 1.315 1.256 1.550 0 15 83 0 0 1 269 535 430 389 393 346 ENDOCRINOLOGIA 53 59 46 79 46 81 GASTRO 91 119 110 114 81 116 GINECOLOGIA 466 573 548 564 356 562 MASTOLOGIA 26 18 21 28 17 0 NEUROLOGIA 111 26 92 86 80 88 NUTRICIONISTA 8 6 6 5 1 4 OFTALMOLOGIA 372 301 309 253 279 472 ORTOPEDIA 257 286 243 210 208 253 OTORRINO 206 202 194 205 148 277 PEDIATRIA 403 606 574 586 408 590 PNEUMOLOGIA 20 13 17 24 8 33 PROCTOLOGIA 26 25 34 35 26 39 REUMATOLOGIA 46 39 44 35 46 0 136 123 118 138 101 191 CIRUR.PLASTICA CLINICA DERMATOLOGIA EMERGENCIA UROLOGIA Tomando como base a fórmula n = p. q. σ2. N _ e2 (N-1) + p. q. σ2 18 onde, p = proporção de ocorrência da variável em estudos na população q = proporção de não-ocorrência da variável em estudos na população N = universo σ2 = desvio padrão e2 = erro máximo permitido n= 0,5. 0,5. 0,952 . 1146 _ 0,62 (1146-1) + 0,5. 0,5. 0,952 n=_ 1.1146 _ 0,0036 (1145) + 1 n= 1146 5,122 n= 223,7 Adotando um nível de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 6%, tínhamos uma amostra formada por 224 elementos. Entretanto, devido a alguns problemas operacionais, iniciamos o a coleta de dados apenas no mês de novembro. Desta forma, verificamos que o número de atendimentos de clínica geral a partir deste período é bem inferior a média por nós anteriormente calculada. Recalculamos a nossa amostra com base na média de atendimentos dos meses de novembro e dezembro, chegando a um novo número: 165 casos. Excluímos do nosso estudo os pacientes categorizados como de Medicina do Trabalho, haja vista não poderem gozar da escolha de instituição aonde gostariam de ser atendidos, já que 19 vão ao Hospital Santa Helena devido ao convênio do mesmo com as empresas em que trabalham. Tais pacientes são saudáveis, na sua maioria, e desejam ir embora o mais rapidamente do hospital, pois almejam apenas galgar ou manter seus empregos. 2.2.4 Instrumento de coleta O instrumento de coleta foi elaborado tomando como base as questões de pesquisa apresentadas anteriormente. O questionário é dividido em 7 partes: a primeira utiliza o método de livre associação muito praticado nos estudo de psicologia. Para alcançar o resultado esperado, esta deve ser a primeira pergunta a ser feita ao entrevistado para que ele ainda não tenha refletido sobre o assunto e a resposta seja a mais espontânea possível. Através da livre associação é possível verificar a imagem formada pelo objeto de estudo. A pergunta que Quando você pensa no Hospital Santa Helena, qual a primeira coisa que vem a sua mente? A segunda parte do questionário buscava identificar quais os fatores que mais motivavam os entrevistados a escolher os serviços do Hospital Santa Helena. O que levou você a escolher o Hospital Santa Helena? 1. Localização / Facilidade de acesso 2. Educação no atendimento 3. Conhecimento técnico no atendimento 4. Aceitação do convênio 5. A reputação do hospital 6. Outro ___________________________________________________________ 20 A terceira seção do questionário é a mais importante. Ela consiste a avaliação do grau de satisfação dos entrevistados no que diz respeito a uma série de atributos não técnicos considerados como os mais relevantes para entender o objeto de estudo desse trabalho. É a partir deste Não sei Satisfeitíssimo Muito satisfeito Satisfeito Pouco satisfeito SATISFAÇÃO Nada satisfeito ponto do questionário que todas as análises serão realizadas. 1. Estacionamento 2. Agilidade no atendimento das recepcionistas 3. O intervalo entre o dia da marcação e o da consulta 4. Atenção das recepcionistas no atendimento 5. Conforto das instalações (móveis, temperatura, silêncio) 6. Atendimento telefônico 7. Limpeza do hospital 8. Acesso / localização 9. Cordialidade/ educação no atendimento das recepcionistas 10. Sinalização interna (placas de indicação) 11. Tempo gasto na sala de espera 12. Atenção do médico no atendimento 13. Cordialidade/ educação no atendimento dos médicos A quarta etapa do questionário tem como finalidade verificar se o entrevistado indicaria o Hospital Santa Helena para alguém próximo a ele e qual o motivo para esta indicação ou não. Você indicaria o Hospital Santa Helena a um amigo ou parente? 1. Sim Por que? ______________________________________________________ 2. Não Por que? ______________________________________________________ 21 A quinta parte corresponde ao levantamento do perfil do entrevistado. Esta pode ser dividida em dois grupos: um que faz referência às características dos mesmos como renda, idade, cidade que reside etc. e uma segunda que investiga o hábito de uso dos serviços do Hospital Santa Helena. PF1. Nome: ___________________________________________________________ PF2. Telefone: ________________________________________________________ PF3. Bairro que mora: ________________________________________________ PF4. Cidade 1. Camaçari 2. Candeias 3. Dias d’ávila PF5. Sexo: 1. Masculino 2. Feminino PF6. Idade: 4. Salvador 5. Simões Filho 6. Outros ______________ PF7. Grau de instrução do chefe da família: 1. Ensino Fundamental incompleto 2. Ensino Fundamental completo 3. Ensino Médio incompleto 4. Ensino Médio completo 5. Superior incompleto 6. Superior completo 7. Pós-graduação/ Mestrado / Doutorado PF8. Posição do entrevistado na família: 1. 2. 3. 4. 5. Chefe Cônjuge Filho/a Outro grau de parentesco com o chefe Agregado PF9. Tem convênio de saúde? 1.Não 2.Sim Qual? ____________________ PF10. Juntando os salários das pessoas que moram em sua casa, você acha que dá uma faixa: 1. Até R$240.00 2. Entre R$ 241.00 e R$ 480.00 3. Entre R$ 481.00 e R$ 720.00 4. Entre R$721.00 e R$960.00 22 5. Mais de R$961.00 PF11. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Tempo que freqüenta o Hospital Santa Helena: Até 2 anos Mais de 2 a 5 anos Mais de 5 a 10 anos Mais de 10 a 15 anos Mais de 15 a 20 anos Acima de 20 anos PF12. Nos últimos doze meses, quantas vezes utilizou os serviços do Hospital Santa Helena 1._______________ (número de vezes) 2. Não sabe/não respondeu A sexta parte do instrumento tenta captar de forma bem genérica se o entrevistado tem noção do tempo que ficou esperando pela consulta e como se sente em relação ao atendimento que acabou de receber. PF13. Quanto tempo esperou pelo atendimento no Hospital Santa Helena 1. 2. 3. 4. Até meia hora Mais de meia até 1 hora Entre 1 e 2 horas Mais de 2 horas PF14. Ficou satisfeito com o atendimento do hospital 1.Sim 2.Não 3.Não Sabe A sétima e última seção do questionário é um espaço destinado para que o entrevistado possa fazer alguma crítica, comentário ou sugestão ao Hospital Santa Helena que não pode ser expressa ao longo da entrevista, mas que ele considera relevante. 23 Espaço para críticas, comentários e sugestões 2.2.5 Procedimentos de coleta Avaliamos um índice dependente de alto grau de subjetividade (satisfação) de consumidores, geralmente involuntários e emocionalmente abalados ou psiquicamente desconfortáveis (pacientes), a partir de aplicação de questionários no contexto de uma consulta médica. A abordagem dos entrevistados foi realizada na sala de espera para consulta. Aplicamos o questionário em dois momentos: antes e depois das consultas visando analisar também elementos referentes ao espaço interno do consultório – limpeza, equipamentos etc. A maioria das perguntas foi feita no momento anterior, ficando apenas as questões referentes ao ambiente interno da sala de atendimentos para ser feita posteriormente. O trabalho de campo foi efetuado pelos pesquisadores, após o consentimento da administração hospitalar e dos profissionais de saúde envolvidos. Os dados serão coletados durante os meses de novembro de 2003 a janeiro de 2004. 2.2.6 Tratamentos dos dados Paralelamente à coleta dos dados foi feita a codificação, digitação e tabulação dos dados. Utilizamos a tabulação eletrônica através do Statistical Package for Social Sciences - SPSS. 2. 3 ADMINISTRAÇÃO DA PESQUISA 24 2.3.1 Pessoal O pessoal envolvido na pesquisa é formado pelos integrantes da equipe e por alguns funcionários do Hospital Santa Helena que eventualmente ajudaram na coleta dos questionários. A pesquisa foi realizada com financiamento próprio, sob orientação técnica do Professor Doutor Robinson Tenório – UFBa. 2.3.2 Cronograma O cronograma da pesquisa está apresentado na tabela abaixo. ATIVIDADE Elaboração do questionário e material para pré-teste Amostra para pré-teste Realização do pré-teste Avaliação do pré-teste Reformulação do questionário Impressão do questionário Treinamento para aplicação do questionário Aplicação do questionário Set Out Nov Dez Jan Fev 25 Verificação do questionário Codificação Digitação Tabulação Análise dos resultados Elaboração do relatório preliminar Elaboração do relatório final 2. 4 PRINCIPAIS RESULTADOS Apresentaremos a segiur os resultados da análise das 165 entrevistas realizadas com os pacientes de clínica geral do Hospital Santa Helena. 2.4.1 Perfil dos entrevistados 26 2.4.1.1 Características pessoais As características pessoais que foram questionadas para identificar o perfil dos entrevistados são: sexo, idade, grau de instrução, nível de renda, posicionamento na família e a cidade que reside. Sexo dos entrevistados Como podemos verificar, mais da metade dos entrevistado é do sexo feminino. Estabelecemos como 16 anos o limite mínimo para a idade dos entrevistados, pois não nos interessava abordar pacientes acompanhados por responsáveis, visto que, a escolha do hospital poderia não ter sido efetuada pelo mesmo, mas por quem o acompanhava. 27 Quanto à amostra, verificamos que cerca de 50% dos entrevistados pertenciam a faixa entre 25 e 40 anos, enquanto que a outra metade distribuía-se igualmente nas outras faixas. Idade 25-40 anos 47,9% 16-24 anos 26,1% 41-59 anos 26,1% No que diz respeito ao grau de instrução,18,1% dos entrevistados possuem até o ensino fundamental , a grande maioria, 64,3%, possuem o ensino médio, enquanto 14,6% apresentam nível superior e uma pequena percentagem tem pós-graduação. 28 Grau de instrução 4,8 Ensino fundamental incompleto 13,3 Ensino fundamental completo 15,2 Ensino médio incompleto 49,1 Ensino médio completo 8,5 Superior incompleto 6,1 Superior completo 0,6 Pós-graduação/ mestrado/ do... 0 10 20 30 40 50 60 No tocante à renda familiar, podemos verificar que 76,9% dos entrevistados possuem até quatro salários-mínimos. Nível de renda Entre R$ 481.00 e R$ 720.00 28,5% Entre R$721.00 e R$960.00 21,8% Entre R$ 241.00 e R$ 480.00 22,4% Até R$240.00 4,2% Não respondeu 1,2% Mais de R$961.00 21,8% Quanto ao posicionamento na família, 77% se definem como chefe ou cônjuge. Cruzando-se este dado com o sexo dos entrevistados, verificamos que dos denominados como chefe, 71,2% 29 são masculinos, enquanto dos definidos como cônjuge 95,1% são femininos, evidenciando-se uma estrutura paternalista. Posicionamento na família Chefe 40,0% Agregado 3,0% Filho (a) 18,2% Não respondeu 0,6% Cônjuge 37,0% Outro grau de parentesco com o chefe 1,2% Posição do entrevistado na família * Sexo Crosstabulation Sexo Masculino Posição do entrevistado na família Não respondeu Chefe Feminino 100,0% Total 100,0% 71,2% 28,8% 100,0% Cônjuge 4,9% 95,1% 100,0% Filho (a) 40,0% 60,0% 100,0% 100,0% 100,0% 40,0% 60,0% 100,0% 39,4% 60,6% 100,0% Outro grau de parentesco com o chefe Agregado Total A grande maioria dos pesquisados residem em Camaçari, 64,8%, seguindo-se pelos domiciliados nas demais cidades, como se observa abaixo: 30 Cidade que reside 64,8 Camaçari 12,7 Dias Dávila 7,9 Candeias 5,5 Salvador 5,5 Simões Filho 2,4 Lauro de Freitas Mata de São João 0,6 Alagoinhas 0,6 0 10 20 30 40 50 60 Quanto à filiação a planos de saúde, uma quantidade muito maior, 70 81,89%, a possuíam. Se- gue-se a tabela com as instituições contratadas pelos entrevistados. Tem plano de saúde? Sim 81,8% Não 18,2% 31 Qual plano de saúde? Percent Valid Bradesco 9,1 Coopus 9,1 Mediservice 8,5 Norclínicas 7,9 Previna 6,1 Não respondeu 5,5 Nordeste 5,5 Medial 4,8 Unimed 4,8 Prevmed 2,4 AGF 2,4 Camed 2,4 Promédica 1,8 Petrobrás 1,8 Santa Helena 1,8 Atlanta 1,2 Paratodos 1,2 Saúde Candeias ,6 Coelba ,6 Unibanco Saúde ,6 Amil ,6 Vilaça S100 ,6 Dinamis ,6 Conseil ,6 Cassi ,6 Descard ,6 MCE ,6 Produman Total Missing System Total 2.4.1.2 ,6 83,0 17,0 100,0 Habitos de uso do Hospital Santa Helena Nesta seção buscamos verificar o hábito de uso do Hospital Santa Helena por parte dos entrevistados. Questionamos o tempo de freqüência do hospital e a quantidade de vezes que o mesmo foi ao hospital nos últimos doze meses. 32 Pouco mais da metade dos entrevistados (57,6%) freqüentam o Hospital Santa Helena a menos de 2 anos. Tempo que frequenta o Hospital Santa Helena % Até 2 anos 57,6 Mais de 2 a 5 anos 26,1 Mais de 5 a 10 anos 12,7 Mais de 10 a 15 anos 1,2 Mais de 15 a 20 anos ,6 Não respondeu 1,8 100,0a Total a. N = 165 Quanto à freqüência de utilização nos últimos doze meses, 73,6% dos pesquisados usaram poucas vezes os serviços do Hospital Santa Helena, sendo 40% apenas uma vez e 23,6% duas vezes. Vezes que utilizou o HSH nos últimos 12 meses Percent 1 vez 40,0 2 vezes 23,6 3 vezes 7,9 4 vezes 4,2 5 vezes 2,4 6 vezes ,6 10 vezes 3,6 12 vezes 1,2 15 vezes ,6 30 vezes ,6 Não sabe/ Não respondeu Total 15,2 100,0 2.4.2 Livre associação O primeiro questionamento feito aos entrevistados diz respeito a livre associação. Perguntamos qual a primeira coisa que vinha a sua mente sobre o Hospital Santa Helena. Neste sentido, buscávamos identificar a que aspectos a imagem da instituição estava atrelada. 33 Como podemos verificar, a partir da tabela abaixo, a imagem do Hospital Santa Helena evoca principalmente atributos referentes a bom atendimento (40,0%). Apenas 13,8% das respostas fazem menção a atributos negativos. Os principais elementos negativos fazem referência a quantidade de atendimentos causando barulho, confusão e muito movimento. Livre associação Hospital Santa Helena? Percent Bom atendimento 40,0 Não sabe/ não lembra nada 9,1 Não respondeu 7,9 Referência de qualidade 7,3 Localização/ acessibilidade 6,1 Referência à área de atuação 6,1 Instalações 4,8 Barulho/ ruído/ confusão 4,2 Movimentado/ preza pela quantidade 3,6 Cansaço 2,4 Agilidade no atendimento 1,8 Convênio 1,8 Precisa melhorar atendimento 1,8 Outras evocações negativas 1,8 Outras evocações positivas Total 1,2 100,0 2.4.3 Fator que motivou a escolha do Hospital Santa Helena O principal fator que levou os entrevistados a escolherem o Hospital Santa Helena foi a aceitação dos convênios (40,1%), seguido da localização/ acesso (27,8%). A boa reputação do hospital, assim como o conhecimento técnico da equipe apesar de serem elementos muito importantes na escolha de serviços de saúde não são prioritariamente citados. Outros motivos também foram evocados conforme a tabela a seguir. 34 Col % O que levou a escolher o HSH? Aceitação do convênio 40,1 Localização/ facilidade de acesso 27,8 A reputação do hospital 11,8 Conhecimento técnico da equipe 9,6 Educação no atendimento 8,0 Amizade com donos 2,1 Agilidade no atendimento ,5 2.4.4 Grau de satisfação dos entrevistados Nesta seção apresentaremos a avaliação da satisfação dos entrevistados quanto aos seguintes aspectos: • O intervalo entre o dia da marcação e o da consulta • Tempo gasto na sala de espera • Atenção do médico no atendimento • Cordialidade/ educação no atendimento dos médicos • Atenção das recepcionistas no atendimento • Cordialidade/ educação no atendimento das recepcionistas • Agilidade no atendimento das recepcionistas • Atendimento telefônico • Acesso / localização • Estacionamento • Limpeza do hospital • Sinalização interna (placas de indicação) • Conforto das instalações (móveis, temperatura, silêncio) 35 A escala adotada para medir a satisfação dos pacientes foi composta por cinco pontos: nada satisfeito, pouco satisfeito, satisfeito, muito satisfeito e satisfeitíssimo. Atribuímos a cada ponto destes um valor de 1 a 5, respectivamente. A partir daí, podemos auferir médias em relação a cada grau de satisfação. 2.4.4.1 Aspectos de tempo Relacionados ao tempo, encontram-se os seguintes atributos: intervalo entre a marcação e a consulta e o tempo gasto na sala de espera. Grau de satisfação: intervalo entre dia de marcação e consulta 1,8% Nada satisfeito 24,2% Pouco satisfeito Satisfeito 59,4% 3,6% Muito satisfeito 1,8% Satisfeitíssimo 9,1% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 70 Mais da metade dos entrevistados mostram-se satisfeitos com o tempo determinado entre o dia da marcação e o da consulta, havendo maior tendência para a insatisfação. Dentre as 150 observações relacionadas a este item, a média estimada foi de 2,8 e o desvio padrão de 0,65. 36 Grau de satisfação: tempo gasto na sala de espera 15,8% Nada satisfeito Pouco satisfeito 29,7% Satisfeito 48,5% Muito satisfeito 1,8% Satisfeitíssimo 1,8% Não sabe/ Não respondeu 2,4% 0 10 20 30 40 50 60 Quanto ao tempo gasto na sala de espera, existem dois grandes grupos: um dos pacientes que não estão satisfeitos (45,5%) e outro formado por pessoas que estão apenas satisfeitas. O número de ocorrência acima do nível de satisfação é muito baixo. Ou seja, este é um ponto que merece uma atenção especial da administração do Hospital Santa Helena. A média correspondente às 161 respostas desta pergunta é equivalente a 2,4 e o desvio padrão de 0,85. Tempo de espera pelo atendimento no Hospital Santa Helena * Grau de satisfação: tempo gasto na sala de espera Grau de satisfação: tempo gasto na sala de espera Nada satisfeito Tempo de espera pelo atendimento no Hospital Santa Helena Até meia hora Mais de meia hora até 1 hora Entre 1 e 2 horas Mais de 2 horas Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito 66,7% Satisfeitís simo 16,3% 53,8% 38,5% 49,0% 32,5% 19,2% 22,4% 12,5% a. N = 165 50,0% 38,2% 25,0% 37,0% 19,2% 12,2% 1,3% 25,0% ,6% 15,8% 29,7% 48,5% 1,8% 1,8% 2,4% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 33,3% 17,0% 7,3% Não respondeu Total Linha Total Col. Total 23,1% 33,3% 66,7% Não sabe/ Não respondeu 100,0%a 37 Analisando o cruzamento entre o grau de satisfação do tempo de espera com o tempo que a pessoa mencionou ter aguardado atendimento, verificamos que quanto maior o tempo de espera, maior o nível de insatisfação relacionado a este aspecto. 2.4.4.2 Atendimento humano Foram avaliados aspectos ligados ao atendimento dos médicos, do pessoal da recepção e da central telefônica. Os aspectos ligados ao atendimento médico foram os que obtiveram as maiores médias de satisfação dos entrevistados. Os dois quesitos relacionados a esta categoria que serão apresentados a seguir apresentaram média 3,5. No que diz respeito à atenção do médico, metade dos entrevistados mostram-se satisfeitos e 41,8% tendem para satisfação. Grau de satisfação: atenção do médico no atendimento 1,2% Nada satisfeito Pouco satisfeito 4,8% Satisfeito 50,9% 29,1% Muito satisfeito 12,7% Satisfeitíssimo 1,2% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 Quanto à cordialidade e educação do médico, acima de 50% mostram-se satisfeitos, havendo forte tendência ao sentimento de satisfação. 38 Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico 1,2% Nada satisfeito Pouco satisfeito 2,4% Satisfeito 54,5% 27,9% Muito satisfeito 13,3% Satisfeitíssimo 0,6% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 A partir de cruzamentos dos dados, verificamos que os médicos são bem avaliados por ambos os sexos e por todas as faixas etárias. Percebemos uma maior exigência a parir do crescimento da renda familiar. Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico * Sexo Sexo Masculino Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo a. N = 165 Total 1,5% 1,0% 1,2% 4,6% 1,0% 2,4% 53,8% 55,0% 54,5% 30,8% 26,0% 27,9% 9,2% 16,0% 13,3% 1,0% ,6% 39,4% 60,6% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Feminino a 39 Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico * Idade Idade 16-24 anos 25-40 anos 41-59 anos Grau de satisfação: Nada satisfeito cordialidade/ educação no Pouco satisfeito atendimento do médico Satisfeito 1,3% Total 2,3% 1,2% 2,3% 3,8% 51,2% 54,4% 58,1% 54,5% 27,9% 27,8% 27,9% 27,9% 16,3% 12,7% 11,6% 13,3% 26,1% 47,9% 26,1% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu 2,4% 2,3% Total Linha Total Col. ,6% a. N = 165 Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico * Renda familiar Renda familiar Entre R$ Entre R$ Entre Até 241.00 e 481.00 e R$721.00 e Mais de Não R$240.00 R$ 480.00 R$ 720.00 R$960.00 R$961.00 respondeu Grau de satisfação:Nada satisfeito cordialidade/ educação no Pouco satisfeito atendimento do médico Satisfeito Muito satisfeito 2,8% 2,8% 1,2% 2,1% 5,6% 2,8% 2,4% 57,1% 54,1% 53,2% 55,6% 52,8% 42,9% 35,1% 27,7% 22,2% 25,0% 27,9% 8,1% 17,0% 13,9% 16,7% 13,3% Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Total 100,0% 2,7% 54,5% ,6% 4,2% 22,4% 28,5% 21,8% 21,8% 1,2% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% a. N = 165 Em relação às recepcionistas, o nível de satisfação é mais baixo que o dos médicos em todos os itens. Pouco mais da metade dos entrevistados estão satisfeitos em relação à atenção dispensada por esses profissionais, porém há um razoável nível de insatisfação que deve ser levada em consideração por parte da administração do hospital. Entre os 163 que responderam este item, a média da satisfação ficou em 2,9 com desvio-padrão de 0,87. a 40 Grau de satisfação: atenção das recepcionistas no atendimento 5,5% Nada satisfeito 20,0% Pouco satisfeito Satisfeito 55,2% 13,3% Muito satisfeito 4,8% Satisfeitíssimo 1,2% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 No tocante à satisfação quanto à cordialidade/atenção das recepcionistas, evidencia-se uma avaliação semelhante ao item anterior, visto que a média neste quesito é igual a 3,0 e desviopadrão de 0,86 com 164 respondentes. Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento das recepcionista 3,6% Nada satisfeito 17,6% Pouco satisfeito Satisfeito 59,4% 11,5% Muito satisfeito 7,3% Satisfeitíssimo 0,6% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 70 No que diz respeito à satisfação quanto à agilidade no atendimento das recepcionistas, vê-se que cerca de dois terços dos pacientes revelam-se satisfeitos, enquanto 23,7% enunciam al- 41 gum grau de insatisfação. Um total 164 elementos responderam a esta questão, estimando uma média de 2,8 e um desvio-padrão de 0,66. Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionista 6,1% Nada satisfeito Pouco satisfeito 17,6% Satisfeito 66,7% 6,1% Muito satisfeito 3,0% Satisfeitíssimo 0,6% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 70 80 O nível de satisfação quanto a agilidade das recepcionistas diminui quando comparamos os clientes que tem plano de saúde com aqueles que não o possuem. O mesmo podemos verificar quando analisamos a renda familiar. Quanto maior a renda, menor o grau de satisfação quanto a este item. Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas * Tem plano de saúde? Tem plano de saúde? Não Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Sim 10,0% 5,2% 6,1% 23,3% 16,3% 17,6% 60,0% 68,1% 66,7% 6,7% 5,9% 6,1% 3,7% 3,0% Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. a. N = 165 Total ,7% ,6% 18,2% 81,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a 42 Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas * Renda familiar Renda familiar Entre R$ 481.00 e R$ 720.00 Entre R$721.00 e R$960.00 6,4% 11,1% 8,3% 6,1% 18,9% 19,1% 19,4% 16,7% 17,6% 85,7% 73,0% 63,8% 63,9% 61,1% 14,3% 5,4% 8,5% 2,8% 5,6% 6,1% 2,8% 8,3% 3,0% Até R$240.00 Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas Entre R$ 241.00 e R$ 480.00 Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo 2,7% Não sabe/ Não respondeu Mais de R$961.00 Não respondeu Total 100,0% 66,7% 2,1% Total Linha Total Col. ,6% 4,2% 22,4% 28,5% 21,8% 21,8% 1,2% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% a a. N = 165 Existe uma relação inversa entre o tempo que o paciente relata ter aguardado na sala de espera e a avaliação que o mesmo faz do atendimento das recepcionistas. Quanto maior o tempo gasto, menor o grau de satisfação dos pacientes com relação a agilidade, a cordialidade/ educação e a atenção no atendimento do pessoal da recepção Tempo de espera pelo atendimento no HSH * Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas Nada satisfeito Tempo de Até meia hora espera pelo atendimento Mais de meia no Hospital hora até 1 hora Santa Helena Entre 1 e 2 horas Mais de 2 horas Satisfeito 31,0% 40,0% 60,0% 60,0% 30,0% 41,4% 38,2% 20,0% 40,0% 40,0% 10,3% 18,2% 10,0% 30,0% 17,2% 3,6% Não respondeu Total Linha Total Col. a. N = 165 Não sabe/ Muito Satisfeitís Não satisfeito simo respondeu Pouco satisfeito 100,0% Total 38,2% 37,0% 17,0% 7,3% 10,0% ,6% 6,1% 17,6% 66,7% 6,1% 3,0% ,6% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a 43 Tempo de espera pelo atendimento no HSH * Grau de satisf: cordialidade/ educação no atend das recepcionistas Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento das recepcionistas Nada satisfeito Tempo de espera pelo atendimento no Hospital Santa Helena Até meia hora Mais de meia hora até 1 hora Entre 1 e 2 horas Mais de 2 horas Pouco satisfeito Satisfeito Satisfeitís simo Não sabe/ Não respondeu Total 20,7% 39,8% 42,1% 75,0% 16,7% 48,3% 37,8% 31,6% 25,0% 50,0% 24,1% 15,3% 15,8% 17,0% 33,3% 6,9% 7,1% 5,3% 7,3% 5,3% ,6% Não respondeu Total Linha Total Col. Muito satisfeito 100,0% 38,2% 37,0% 3,6% 17,6% 59,4% 11,5% 7,3% ,6% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Tempo de espera pelo atendimento no HSH * Grau de satisfação: atenção das recepcionistas no atendimento Grau de satisfação: atenção das recepcionistas no atendimento Tempo de Até meia hora espera pelo atendimento Mais de meia no Hospital hora até 1 hora Santa Helena Entre 1 e 2 horas Mais de 2 horas Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitís simo Não sabe/ Não respondeu 18,2% 42,9% 50,0% 50,0% 100,0% 11,1% 54,5% 34,1% 31,8% 50,0% 55,6% 21,2% 14,3% 13,6% 22,2% 6,1% 8,8% Nada satisfeito Pouco satisfeito 11,1% Não respondeu Total Linha Total Col. Total 38,2% 37,0% 17,0% 7,3% 4,5% ,6% 5,5% 20,0% 55,2% 13,3% 4,8% 1,2% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% a. N = 165 Em relação à análise do grau de satisfação quanto ao atendimento telefônico do hospital, a maioria dos entrevistados (61,8%) mostra-se satisfeito. Notamos que pouco mais de 10% dos a 44 pesquisados não responderam a esse item, por não utilizá-lo para a marcação da consulta. Houve um total de 147 respostas, com uma média de 2,9 e um desvio-padrão de 0,71. Grau de satisfação: atendimento telefônico 2.4.4.3 Atributos físicos Nesta seção, a satisfação é avaliada em relação a itens que compõem a estrutura física do hospital. Dos pacientes analisados, 64,8% consideram o Hospital Santa Helena satisfatoriamente localizado e acessível Uma percentagem importante mostra-se muito satisfeita (15,2%) e 9,1% consideram-se satisfeitíssimos com esse item. Houve 165 respostas, com uma média de 3,2 e um desvio padrão de 0,81. 45 Grau de satisfação: acesso/ localização do hospital 2,4% Nada satisfeito 8,5% Pouco satisfeito Satisfeito 64,8% 15,2% Muito satisfeito 9,1% Satisfeitíssimo 0 10 20 30 40 50 60 70 Na análise do grau de satisfação em relação ao estacionamento, 73 indivíduos não foram capazes de expressar a sua opinião em relação a esse item, por não tê-lo utilizado (44,2%). Dos 92 respondentes, obserevamos um alto índice de insatisfação quanto a este aspecto. A média foi de 2,3 com um desvio padrão de 0,76. Grau de satisfação: estacionamento 8,5% Nada satisfeito Pouco satisfeito 23,6% Satisfeito 21,8% 1,8% Muito satisfeito Satisfeitíssimo 44,2% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 Analisando o grau de satisfação a partir do nível de renda dos entrevistados, verificamos que 71,4% dos respondentes com renda até um salário mínimo não responderam esta questão. Quanto maior a renda, maior o número de respostas. 46 Grau de satisfação: estacionamento * Renda familiar Renda familiar Entre R$ Entre R$ Entre 241.00 e 481.00 e R$721.00 e Mais de R$ 480.00 R$ 720.00 R$960.00 R$961.00 Até R$240.00 Grau de Nada satisfeito satisfação: estacionamento Pouco satisfeito Satisfeito 6,4% 2,8% 13,9% 8,1% 14,9% 38,9% 41,7% 23,6% 21,6% 19,1% 22,2% 25,0% 21,8% 2,7% 2,1% 2,8% 71,4% 56,8% 57,4% 33,3% 19,4% 50,0% 44,2% 4,2% 22,4% 28,5% 21,8% 21,8% 1,2% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 28,6% Total Linha Total Col. 50,0% Na análise da satisfação quanto à limpeza do hospital, a grande maioria dos estudados mostrase satisfeita com esse item (91,5%). Foram 161 respondentes, com uma média de 3,4 e um desvio padrão de 0,75. Grau de satisfação: limpeza do hospital Nada satisfeito 6,1% Pouco satisfeito Satisfeito 60,6% 20,6% Muito satisfeito 10,3% Satisfeitíssimo 2,4% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 8,5% 1,8% a. N = 165 70 Este item é bem avaliado por pacientes em todas as idades, conforme podemos verificar na tabela abaixo. Total 10,8% Muito satisfeito Não sabe/ Não respondeu Não respondeu 100,0%a 47 Grau de satisfação: limpeza do hospital * Idade Idade Grau de satisfação: limpeza do hospital 16-24 anos 25-40 anos 41-59 anos 4,7% 6,3% 7,0% 6,1% 67,4% 62,0% 51,2% 60,6% 18,6% 24,1% 16,3% 20,6% 7,0% 6,3% 20,9% 10,3% 2,3% 1,3% 4,7% 2,4% Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Total 26,1% 47,9% 26,1% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Quanto à sinalização interna do hospital, mais da metade dos estudados mostram-se satisfeitos (64,8%), enquanto 29,1% estão insatisfeitos com esse aspecto. Ocorreram 151 respostas, com uma média de 2,8 e um desvio padrão de 0,84. Grau de satisfação: sinalização interna do hospital 6,1% Nada satisfeito 23,0% Pouco satisfeito Satisfeito 53,9% 6,7% Muito satisfeito 4,2% Satisfeitíssimo 6,1% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 O estudo da satisfação em relação ao conforto das instalações evidenciou uma grande maioria de indivíduos satisfeitos. Apenas 12,7% dos entrevistados mostram-se insatisfeitos. Ocorreram 161 respostas, com uma média de 3,0 e um desvio padrão de 0,80. Os jovens foram os que se mostraram mais críticos em relação ao conforto das instalações. 48 Grau de satisfação: conforto das instalações 3,6% Nada satisfeito 9,1% Pouco satisfeito Satisfeito 71,5% 4,8% Muito satisfeito 8,5% Satisfeitíssimo 2,4% Não sabe/ Não respondeu 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Grau de satisfação: conforto das instalações * Idade Idade 16-24 anos Grau de satisfação: conforto das instalações Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. 25-40 anos 41-59 anos Total 2,3% 6,3% 3,6% 20,9% 5,1% 4,7% 9,1% 60,5% 73,4% 79,1% 71,5% 4,7% 3,8% 7,0% 4,8% 9,3% 7,6% 9,3% 8,5% 2,3% 3,8% 2,4% 26,1% 47,9% 26,1% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Evidenciamos que as pessoas que demoraram menos tempo para serem atendidas avaliaram melhor o conforto das instalações. 49 Tempo de espera pelo atendimento no Hospital Santa Helena * Grau de satisfação: conforto das instalações Grau de satisfação: conforto das instalações Nada satisfeito Tempo de espera pelo atendimento no Hospital Santa Helena Até meia hora Mais de meia hora até 1 hora Entre 1 e 2 horas Mais de 2 horas Pouco satisfeito Satisfeito Satisfeitís simo Não sabe/ Não respondeu Total 33,3% 13,3% 39,0% 12,5% 64,3% 75,0% 38,2% 16,7% 53,3% 33,9% 75,0% 35,7% 25,0% 37,0% 33,3% 13,3% 19,5% 12,5% 16,7% 20,0% 6,8% 7,3% ,8% ,6% Não respondeu Total Linha Total Col. Muito satisfeito 17,0% 3,6% 9,1% 71,5% 4,8% 8,5% 2,4% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% a. N = 165 2.4.5 Indicação do Hospital Santa Helena Perguntamos aos entrevistados se eles indicariam ou não o Hospital Santa Helena para algum amigo ou parente próximo. Verificamos que mais de 80% dos indivíduos responderam positi- vamente a esta questão. Indicaria o Hospital Santa Helena a um amigo ou parente Sim 86,1% Não respondeu 1,2% Não 12,7% 100,0% 100,0%a 50 O motivo mais importante para que as pessoas indiquem o Hospital Santa Helena correspondem ao bom atendimento (38,8%), seguido de alguma referência quanto à qualidade no atendimento (15,2%), a qualidade da equipe técnica (7,9%) e outros itens como mostra a tabela abaixo:. Por que indicaria o Hospital Santa Helena Percent Bom atendimento 38,8 Referência de qualidade 15,2 Qualidade da equipe 7,9 Capacidade técnica da equipe 7,3 Outros motivos 4,2 Qualidade humana do atendimento 3,6 Localização/ acessibilidade 3,0 Agilidade no atendimento 1,8 Não tem outra opção 1,8 Não respondeu 1,2 Instalações/ estrutura ,6 Convênio ,6 Total Missing 86,1 System 13,9 Total 100,0 Em relação à não-indicação do Hospital Santa Helena para um amigo ou parente próximo, a maioria não especificou a razão, seguidos por atendimento ruim (4,2%), demora no atendimento (2,4%) e instalações ruins (0,6%). Por que não indicaria o Hospital Santa Helena Percent Valid Missing Total Outros motivos 4,8 Atendimento ruim 4,2 Demora no atendimento 2,4 Não respondeu ,6 Instalações ruins ,6 Total 12,7 System 87,3 100,0 51 2.4.6 Avaliações genéricas quanto a utilização do hospital No tocante ao tempo gasto na espera pelo atendimento, a maioria foi atendida dentro da primeira hora de espera (75,2%). Tempo de espera pelo atendimento no Hospital Santa Helena % Até meia hora 38,2 Mais de meia hora até 1 hora 37,0 Entre 1 e 2 horas 17,0 Mais de 2 horas 7,3 Não respondeu Total ,6 100,0a a. N = 165 O grau de satisfação visto de uma forma global é bastante elevado (87,9%). O cruzamento de informações evidenciou algumas situações que influem nesse grau de satisfação, conforme tabelas a seguir. Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena Sim 87,9% Não respondeu 1,8% Não 10,3% 52 Verificamos que quem não ficou satisfeito de maneira geral com o atendimento do Hospital Santa Helena apresentou uma avaliação negativa quanto à satisfação do tempo gasto na sala de espera, assim como os itens relacionados às recepcionistas - agilidade, atenção e cordialidade/ educação. Grau de satisfação: tempo gasto na sala de espera * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: tempo gasto na sala de espera Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Não Não sabe Total 12,4% 41,2% 33,3% 15,8% 27,6% 47,1% 33,3% 29,7% 53,8% 11,8% 48,5% 1,4% 33,3% 1,8% 2,1% 1,8% 2,8% 2,4% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: agilidade no atendimento das recepcionistas Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. a. N = 165 Não 2,8% 35,3% 12,4% 52,9% 74,5% 11,8% 6,2% Não sabe Total 6,1% 66,7% 17,6% 66,7% 33,3% 6,1% 3,4% 3,0% ,7% ,6% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a 53 Grau de satisfação: atenção das recepcionistas no atendimento * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: atenção das recepcionistas no atendimento Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Não Não sabe Total 2,1% 35,3% 17,2% 41,2% 33,3% 20,0% 59,3% 23,5% 33,3% 55,2% 33,3% 13,3% 14,5% 5,5% 5,5% 4,8% 1,4% 1,2% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento das recepcionistas * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento das recepcionistas Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Não Não sabe ,7% 29,4% 3,6% 15,9% 29,4% 33,3% 17,6% 62,8% 35,3% 33,3% 59,4% 11,7% 5,9% 33,3% 11,5% 8,3% 7,3% ,7% ,6% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Mesmo as pessoas que estavam insatisfeitas no geral apresentaram uma boa avaliação quanto ao atendimento médico, ao conforto das instalações e à limpeza. Total 54 Grau de satisfação: atenção do médico no atendimento * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: atenção do médico no atendimento Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Não Não sabe Total ,7% 5,9% 1,2% 3,4% 11,8% 33,3% 4,8% 50,3% 58,8% 33,3% 50,9% 30,3% 17,6% 33,3% 29,1% 13,8% 5,9% 12,7% 1,4% 1,2% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: cordialidade/ educação no atendimento do médico Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. a. N = 165 Não Não sabe Total ,7% 5,9% 1,2% ,7% 11,8% 33,3% 2,4% 54,5% 58,8% 33,3% 54,5% 29,0% 17,6% 33,3% 27,9% 14,5% 5,9% 13,3% ,7% ,6% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a 55 Grau de satisfação: conforto das instalações * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: conforto das instalações Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Não Não sabe Total 2,1% 17,6% 3,6% 7,6% 23,5% 9,1% 74,5% 41,2% 4,8% 5,9% 4,8% 8,3% 11,8% 8,5% 100,0% 2,8% 71,5% 2,4% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%a a. N = 165 Grau de satisfação: limpeza do hospital * Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Ficou satisfeito com o atendimento do Hospital Santa Helena? Sim Grau de satisfação: limpeza do hospital Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Satisfeitíssimo Não sabe/ Não respondeu Total Linha Total Col. Não Não sabe Total 6,2% 5,9% 6,1% 60,0% 58,8% 22,1% 11,8% 20,6% 9,0% 23,5% 10,3% 100,0% 2,8% 2,4% 87,9% 10,3% 1,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% a. N = 165 2.4.7 Críticas, comentários e sugestões Apenas 39 pessoas (23,6%) responderam esta questão. Dentre as respostas 8,5% são comentários positivos, 25,6% são sugestões (melhorar atendimento e dar mais atenção aos pacientes) e 65,9% são críticas. 60,6% a 56 Críticas, comentários e sugestões 21,3 Melhorar atendimento Atendimento moroso/ desorganizado 19,1 Instalações ruins 19,1 12,8 Qualificar mais a equipe 8,5 Avaliações positivas Atendimento telefônico ruim 6,4 Insuficiência de especialistas 6,4 4,3 Dar mais atenção aos pacientes 2,1 Poucos convênios 0 5 10 15 20 25 As críticas referentes às instalações dizem respeito ao fato do hospital não possuir elevador, sequer banheiros para deficientes, quantidade de bebedouros insuficientes, climatização inadequada e problemas relacionados ao estacionamento. 3 CONCLUSÃO Nos itens abordados, a maior parte dos pacientes mostraram-se .satisfeitos. No entanto, há um risco de interpretação desse índice, haja vista que considerar como “satisfeito” pode remeter à positividade, mas também, por se tratar de um nível intermediário, pode denotar indiferença por parte de quem respondeu, representando falta de encantamento e ausência de vantagem competitiva. Torna-se importante considerar a tendência dos dados registrados, se para o lado da satisfação ou da insatisfação. 57 Evidenciamos algumas limitações referentes ao estudo, já que não há uma densidade pronunciada de trabalhos voltados à área de saúde, que avaliem níveis de satisfação de clientes, assim como denota-se que avaliações humanas de satisfação são subjetivas, influenciadas pelo referencial particular do avaliador (valores, conhecimento, interesses...) e pelo seu estado de espírito no momento da avaliação. Por fim, consideramos que este estudo, apesar de todas estas limitações, poderá colaborar para futuras pesquisas dentro dessa área, para melhora no gerenciamento do Hospital Santa Helena assim como já contribuiu imensamente para nossa formação enquanto profissionais da área de administração de serviços. 58 REFERÊNCIAS ALBRECHT, Karl; BRADFORD, Laurence J. Serviços com qualidade: a vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1992. BEBER, Sedinei J. N. Estado Atual Sobre a Satisfação do Consumidor. In: CONGRESSO ANPAD, 22, 1999, Foz do Iguaçu. Anais ANPAD/ENANPAD. São Paulo, 1999, 1CD. BOLTANSKI, L. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Graal, 1979. CHAUVEL, Maria Agnes. A Satisfação do Consumidor no Pensamento de Marketing: revisão de literatura. In: CONGRESSO ANPAD, 22, 1999, Foz do Iguaçu. Anais ANPAD/ENANPAD. São Paulo, 1999, 1CD. CORRÊA, Valentino; SOARES, Fabrício. Serviços 5 estrelas: uma introdução à qualidade nos serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1994, 144p. 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