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UM ESTUDO FEITO À LUZ DA PALAVRA DE DEUS
O
SANTUÁRIO
Por estarem peregrinando pelo deserto era
necessário que os israelitas tivessem uma
construção simples, que pudesse ser erguida e
desmontada com rapidez e ocupasse pouco
espaço. Assim, todo o
Santuário tinha de ser
portátil de modo a ser
transportado com grande
facilidade (Números 4).
Esta a razão porque
havia cortinas, colunas,
argolas ou anéis, barras,
encaixes, etc..
O Santuário era feito de 48 tábuas, com 5
metros de comprimento e cerca de 70 cm de
largura. Eram chapeadas a ouro e colocadas em
bases de prata, formando assim as três paredes,
ao sul, norte e ocidente (Êxodo 26:15-30).
Havia 20 dessas tábuas de cada
lado, norte e sul, e 6 tábuas no
lado oeste, fortalecidas com duas
tábuas especiais, a formarem
canto, o que dava cerca de cinco
metros de largura por quinze
metros de comprimento. Cada
tábua tinha duas couceiras para se
ajustarem entre si.
Cada uma das tábuas tinha um apoio individual
em duas bases de prata na areia, que as mantinha
unidas na posição vertical e unidas no topo com
argolas de ouro. Além disso, havia 15 barras
forradas a ouro, 5 nos lados e 5 nos fundos, as
quais passavam pelas argolas que se destinavam
a manter as tábuas na sua devida posição.
As paredes, interiormente, eram
chapeadas a ouro e reflectiam em
todas as direcções a luz das sete
lâmpadas do Candelabro de ouro.
Exteriormente eram cobertas
com as Cobertas de pelos de
cabras, que desciam até ao chão,
impedindo assim a sua vista da
parte de fora.
As Tábuas eram feitas de madeira de acácia
(que era uma madeira muito difícil de trabalhar,
cheia de nós e muito imperfeita), cobertas de ouro
puro.
Cada Tábua tinha encaixes macho/fêmea que as
uniam umas às outras e quatro argolas por onde
passavam os varais que a todas unia. Era fixa no
solo em duas bases feitas de prata.
Simbolismo:
As tábuas simbolizam o
ser humano cheio de
defeitos, que precisa ser
aplainado, para depois
receber a cobertura de
ouro, que é a implantação
do carácter de Cristo.
Verificamos que cada tábua permanecia de pé.
A missão do crente é permanecer de pé. Satanás
tenta derrubar-nos para que haja um colapso na
Casa de Deus. Além de permanecerem em pé, elas
estavam juntas umas às outras pelas barras
transversais. Isto nos lembra que a força da
estrutura do Santuário estava na união.
Embora as tábuas fossem, ao princípio,
diferentes umas das outras, depois de
alisadas, no Santuário eram todas iguais.
Aos olhos de Deus não há uns melhores
que outros. Deus não faz acepção de
pessoas (Colossenses 3:11; Romanos 2:11). Como as
tábuas se mantinham em pé e unidas,
assentes em bases revestidas a prata,
assim o crente está firmado naquele que é
o verdadeiro fundamento,
Jesus, o resgate da
redenção.
(II Coríntios 3:10-11).
O
Santuário
estava
situado à entrada do
Tabernáculo. Era o lugar
de reunião de Deus com
o seu povo, o local em
que se podia buscar a
Deus porque ali habitava
o Senhor (Êxodo 29:42-43)
Anteriormente à construção do Tabernáculo,
o povo, para adorar a Deus, acercava-se do Monte,
mas não se atrevia a tocá-lo nem o subia, pois
quem o fizesse morreria (Êxodo 19:17). Agora, com o
Tabernáculo, Deus habitava no meio deles.
O Santuário (cujo sentido é habitação) era uma
grande Tenda construída especialmente para
assinalar a presença de Deus no meio do Seu
povo e para servir de lugar de Culto que lhe
deveria ser prestado.
Era uma espécie de templo
portátil, que iria servir para que
o povo de Israel durante a
peregrinação no deserto, e
durante muito tempo ainda,
já na terra de Canaã, prestasse
Culto a Deus.
O Santuário tinha uma forma
rectangular, com o comprimento
de 15 metros por 5 de largura e
5 de altura.
No seu interior,
duas terças
partes
(10 metros por 5)
eram ocupadas
pelo Lugar
Santo
e a terceira
(5 metros por 5)
pelo Lugar
Santíssimo.
O VÉU (ÊXODO 26:31-33)
O Véu era a única coisa que separava o Lugar
Santo do Santíssimo. Era de grande espessura, o
que originava o escurecimento do Lugar mais
Santo, não permitindo deste modo que o
Sacerdote olhasse para dentro do Santíssimo e
morresse (Levítico 16:2; Hebreus 9:6-7).
Este Véu era feito de
tecido semelhante ao
reposteiro da Porta do
Átrio, de linho muito
retorcido, nas cores
escarlate, azul, púrpura
(Êxodo 26:31). Na marcha, ou
peregrinação, servia como cobertura da
Arca da Aliança (Números 4:5).
O Véu assentava sobre quatro Colunas
de madeira de acácia revestida a ouro e
assentes em bases de prata, ficando
pendurado através de colchetes de ouro
(Êxodo 26:32).
Só o Sumo Sacerdote podia passar para além
do Véu, uma vez por ano, com as suas Vestes
próprias. Os Sacerdotes eram separados, assim,
da actividade do Sumo Sacerdote, porque a
Glória de Deus estava escondida atrás do Véu
(Levítico 16:2; Hebreus 9:6-7).
Assim, os Sacerdotes, oficiando durante o
ano, estavam impedidos de, acidentalmente,
olharem para dentro do Santíssimo e morrerem.
Simbolismo:
O Véu ocultava a presença
de Deus aos homens. Na hora
em que Jesus expirou, às três
horas da tarde (Mateus 27:46), o
Véu se rasgou de cima para
baixo (Mateus 27:50-52), pelo
poder de Deus e não dos homens.
Não somente foi rasgado de alto
a baixo, mas foi completamente
rasgado até ao chão. Isto
significa que o caminho a Deus
é obra total de Deus, e que não
é possível o homem ser salvador
de si mesmo (Efésios 2:8).
Jesus, ao morrer, abriu um novo caminho ao Pai
(Marcos 15:37-38). Se o Sumo Sacerdote só podia entrar
uma vez por ano, agora, para os crentes, não há
restrições. Podemos entrar com ousadia pelo
sangue de Jesus (Efésios 1:7). Diante de Jesus somos
todos exactamente iguais (Gálatas 3:16),
resgatados todos com o mesmo
sangue, e servidos pelo mesmo
serviço. Somos todos pedras
Preciosas para Ele.
Os anjos bordados, neste
Véu, representam as hostes
celestiais rodeando o trono de
Deus (Apocalipse 5:11-12).
O LUGAR SANTO
Logo após se abrir a Cortina da
Tenda, o Sacerdote encontrava à sua
esquerda o Candelabro, à sua direita
a Mesa dos Pães da Proposição, e lá à
frente, bem junto ao Véu que dividia o
Santo do Santíssimo, o Altar de
Incenso
O Lugar Santo era a parte
maior do Santuário. Media 10
metros de comprimento por 5
de largura e 5 de altura.
Era neste lugar que se fazia
a maior parte de todo o ritual e
a vida religiosa se manifestava
diariamente.
Era o lugar onde habitavam
os Sacerdotes
O SANTÍSSIMO
ÊXODO 40:3
Após a Cortina (Véu), ficava
o Santo dos Santos. O único
móvel era a Arca da Aliança
e seu Propiciatório (Tampa).
O seu tamanho tinha,
aproximadamente, 5 m de
comprimento por outro
tanto de largura e altura.
Nele não havia nenhuma luz
natural como o sol,
e nenhuma luz artificial,
mas a própria luz da Glória
de Deus, que o iluminava.
O Lugar Santíssimo estava separado do Lugar
Santo por 5 Colunas, iguais às da Entrada (Êxodo
26:31-33; 36:35-36), das quais pendia um Véu, e ninguém,
excepto o Sumo Sacerdote, estava autorizado a
passar para além dele. Só o podia fazer uma vez
por ano, no Dia da Expiação (Levítico 16; Hebreus 9:3, 24),
quando levava o sangue do animal sacrificado e o
aspergia sobre o Propiciatório.
Simbolismo
Hoje há um
sacerdócio operante
na terra, não mais
restrito a um grupo
de pessoas, mas é um
“ofício” geral da
Igreja. A Igreja é o
Sacerdócio Real, a
nação santa, como
nos fala a Bíblia
(I Pedro 2:9).
O Santíssimo simbolizava os Céus, o lugar onde
se encontra o maior e mais perfeito Santo dos
Santos (Hebreus 9:11-14; 10:19-20).
Deus queria ensinar que Ele é Santo, Puro e
Todo Poderoso, e que o pecador, por si mesmo,
não pode chegar à Sua presença, sem pedir
perdão. Assim, como morria qualquer um que
entrasse no Lugar mais Santo, assim morre o
pecador que tenta chegar a Deus sem antes ter
lavado os seus pecados no sangue de Jesus.
No Lugar Santíssimo tudo pára: o tempo, nossa
vida, nossos anseios e, finalmente, podemos
desfrutar da presença do Pai e d’Ele receber
aquilo que está em seu coração.
Simbolismo:
O Tabernáculo, no seu todo, simboliza “Deus Connosco”.
Deus habitando no meio de um povo reunido e glorificado.
Este simbolismo tem sido cumprido de três maneiras:
1. Em Jesus Cristo. Na Pessoa de Seu Filho, Deus viveu
entre os homens e foi companheiro deles. Notemos o
significado do nome de Jesus: Emanuel - Deus connosco
(Mateus 1:23; João 1:14).
2. No Crente, individualmente. Nosso corpo é o santuário
(Tabernáculo) do Espírito Santo (I Coríntios 6:19). Pelo Espírito
Santo Deus habita no coração de cada crente verdadeiro
(João 14:23).
3. Na Igreja, colectivamente. O Senhor é o nosso Deus e
nós o Seu povo (Mateus 18:20). Os crentes reunidos formam o
Templo de Deus (II Coríntios 6:16).
AS COBERTAS
Êxodo 26:1-14
A Cobertura do Tabernáculo
Era constituída por 4 Cobertas,
lindamente tecidas em linho
branco e fazenda azul, roxa e
vermelha, com figuras de
querubins tecidas ou bordadas.
Estas Cobertas esticavam-se no alto e caíam
até ao chão, de cada lado da construção.
Vamos ver estas Cobertas em detalhe,
seguindo a ordem do interior para o exterior.
A BELA COBERTURA
ÊXODO 26:1-6
Esta Coberta era interior e era vista somente
pelos Sacerdotes “no interior do Véu”
(Hebreus 6:19).
Era o forro do Tabernáculo.
Muito bela, combinava com
as paredes revestidas a ouro.
Era feita de linho branco torcido
e de três cores: azul, púrpura e
escarlate.
Era constituída por 10 cobertas, divididas em dois grupos
de 5 cada uma com 13 metros por 2 aproximadamente,
com figuras de querubins, bordados a ouro, que pendiam
das paredes até cerca de 1 metro do chão. Eram presas
por 50 laços de cor azul, unidos por 50 colchetes de ouro.
.
Simbolismo:
Esta Coberta lembra-nos a pureza de Cristo e a
beleza da sua santidade (Salmo 29:2; 96:9).
O linho fino fala das riquezas reais, do Rei dos
reis, com os remidos a contemplarem sua
glória e beleza (Apocalipse 1:5-6).
Os anjos bordados representam as hostes
celestiais, rodeando o trono de Deus.
(Apocalipse 7:9, 13-15).
COBERTA DE PELOS DE CABRA BRANCA
Êxodo 26:7-13
TAMBÉM CONHECIDA COMO
TENDA SOBRE O TABERNÁCULO
Esta Coberta era constituída por 11 cobertas,
unidas uma à outra, em dois conjuntos de
cortinas. Tecidas de pelo de cabra, medindo
cada uma, 14 metros de comprimento por 2 de
largura, eram unidas por 50 ganchos de cobre.
Formavam dois grupos de 5 cortinas cada,
ficando a sexta dobrada diante da Tenda.
Simbolismo:
As cabras eram sacrificadas para que Deus perdoasse
os pecados de Israel. Simbolizam “Aquele que não
conheceu pecado, e fez pecado por nós; para que
nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Coríntios 5:21).
Purificado pelo sangue de Jesus, o crente vê seus
“pecados afastados para longe, para não mais serem
lembrados”
(Hebreus 10:17).
COBERTA DE PELES DE CARNEIRO,
TINGIDAS DE VERMELHO
Êxodo 26:14
Esta Coberta ficava logo abaixo
da de peles de animais marinhos.
Ficava logo a descoberto assim
que a de cima era retirada. (Génesis 22:13)
As peles estavam unidas de modo a formarem
uma única coberta grande.
Esta Coberta media 14 metros, pelo menos, por
20 metros.
Simbolismo:
Isaías profetizou do Messias uns 750 anos antes da
crucificação: “Ele foi oprimido, mas não abriu a sua
boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e,
como ovelha muda perante os seus tosquiadores,
ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7).
O vermelho tipifica o sangue de Jesus derramado no
Calvário e aponta para Ele como “o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
COBERTA DE PELES DE ANIMAIS
MARINHOS (TEXUGOS?)
ÊXODO 26:14
Esta, era a mais exterior de todas as Cobertas.
Estava colocada sobre a de peles de carneiro,
para proteger contra a intempéries.
Estava sempre exposta ao sol, era batida pelo
vento, pela chuva e pelas areias do deserto.
Era algo rústico e sem beleza ou atractivo algum.
Simbolismo:
Esta Coberta lembra-nos o Senhor, o Salvador
desprezado aos olhos dos que O observavam (Marcos
15:29). Tal como a Coberta, não tinha qualquer beleza.
Isaías diz de Jesus: “Não tinha parecer nem formosura;
e, olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos, para
que O desejássemos. Era desprezado... E não fizemos
dele caso algum” (Isaías 53:2-3).
As Cobertas eram
esticadas até ao chão
de modo a impedir que
alguém olhasse para
dentro do Santuário
NO PRÓXIMO ESTUDO
ESTUDAREMOS
O
CANDELABRO
(CASTIÇAL)
TEMOS
A CERTEZA
QUE VAI
GOSTAR
E QUE
NÃO VAI
FALTAR
CONVIDE
OS
SEUS
AMIGOS
PARA
ESTAREM
PRESENTES
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