Manifestação Incomum de Feocromocitoma:Uma Causa Curável de Hipertensão Arterial Sistêmica GUSTAVO LOURENÇO DE SOUSA CREPALDI¹; GABRIELLA VELOSO SANTANA²; BRUNA ELISA ARSEGO²; JÔNATAS GALINDO DE CAMPOS² ; HUDSON SILVA ANDRADE³. ¹Discente do Departamento de Medicina na Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC-GO. ²Discentes de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). ³Discente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) . INTRODUÇÃO Feocromocitomas são tumores raros nas células cromafins do eixo adrenomedular, caracterizados pela autonomia na produção de catecolaminas. Sua incidência é sutilmente maior em mulheres e em torno de 0,1% nos hipertensos diastólicos, e cerca de 98% dos tumores apresentam-se na região abdominal, de preferência do lado direito. OBJETIVOS O objetivo deste é relatar a manifestação incomum de um caso clínico de Feocromocitoma. DELINEAMENTO E MÉTODOS Foi feito um estudo observacional descritivo associado à revisão de artigos científicos de bases de dados. RESULTADOS/DESCRIÇÃO DO CASO Paciente B.O., masculino, 57 anos, procedente de Serra-ES. Hipertenso não controlado em uso de Captopril e sob avaliação para screening de carcinoma de próstata. Em dezembro de 2013 uma TC demonstrou uma massa heterogênea com 11,8x10,5cm em adrenal esquerda.A dosagem de cortisol urinário deu 24mcg/24h e de Metanefrinas totais de 945mcg/24h, hemograma sem alterações. Paciente foi submetido à adrenalectomia videolaparoscópica em janeiro de 2014. O exame anatomopatológico demonstrou área de necrose de 5cm de diâmetro e tumoração amarelada na superfície de corte. O estadiamento revelou T1NxMx. A imunofluorescência exibiu uma neoplasia ricamente vascularizada com expressão de cromogranima A e sinaptofisina, pelas células principais, e de proteína S100 nas células sustentaculares, confirmando a suspeita para Feocromocitoma. Em julho de 2014 o paciente estava normotenso, sem sinais de recidiva e com metanefrinas de 97,7mcg/24h. CONCLUSÕES No caso apresentado trata-se de um tumor com manifestação divergindo do habitual. O paciente não apresentava a tríade clássica de cefaleia, sudorese e palpitação do feocromocitoma, apenas hipertensão não controlada. Em raros casos são assintomáticos, sendo descobertos acidentalmentes por exame de imagem. O diagnóstico diferencial nas hipertensões primárias devem ser feitos precocemente, pois um tratamento cirúrgico pode, na maioria dos casos, levar a cura definitiva, evitando assim a possibilidade de malignização e/ou metástases. BIBLIOGRAFIAS FAICAL, S.; SHIOTA, D. Feocromocitoma: atualização diagnóstica e terapêutica. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 1997, vol.43, n.3, pp. 237-244. ISSN 1806-9282. http://dx.doi.org/10.1590/S010442301997000300012. Bastos Filho, Francisco Rego Relato de Caso: Feocromocitoma / Francisco Rego Bastos Filho. – Salvador, 2012. 28 f. Email para correspondência:[email protected]