Projeto SSEDAS - Economia Social e Solidária Termos de Referência Investigador/a: Identificação de Boas Práticas em Economia Social e Solidária – Portugal Contexto :: Projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária” O Projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária” tem como objetivo global contribuir para uma resposta coerente e abrangente aos desafios universais da erradicação da pobreza e do desenvolvimento sustentável, garantindo uma vida digna para todos até 2030. Como objetivo específico, o projeto contribuirá para: aumentar as competências das Redes de Desenvolvimento de Economia Social e Solidária (ESS) em 46 territórios/regiões através do papel que a ESS pode desempenhar na luta global contra a pobreza e promoção de um modo de vida sustentável. No âmbito do projeto ”SSEDAS – Economia Social e Solidária” está prevista a identificação de boas práticas em 9 países em desenvolvimento e 46 territórios/regiões na União Europeia (A1.1), que associem a Cooperação para o Desenvolvimento e a Economia Social e Solidária. Os presentes Termos de Referência (TDR) têm por objetivo recolher manifestações de interesse por parte de peritos/investigadores para a realização desta atividade em Portugal, em particular na região da Grande Lisboa e Alentejo, em articulação com o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF). Equipa a ser constituída: 1 investigador, 1 perito local, 1 realizador. Perfil O investigador(a) contratado(a) pelo Instituto Marquês de Valle Flôr deverá ter: Experiência profissional e/ou académica na área de Economia Social e Solidária; Experiência comprovada de participação em projetos de investigação em Educação para o Desenvolvimento; Formação académica a nível universitário na área das Ciências Sociais; Conhecimento e experiência em organizações relevantes que trabalhem na área da Cooperação e Desenvolvimento; Financiado por: O Projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária é cofinanciado pela União Europeia. Os conteúdos deste documento são da exclusiva responsabilidade dos parceiros e não podem, em caso algum, ser considerados como expressão das posições dos financiadores. 1 Projeto SSEDAS - Economia Social e Solidária Competência redatorial comprovada; Domínio comprovado da língua inglesa, falada e escrita; Disponibilidade para deslocações internas (Grande Lisboa e Alentejo). Condições gerais de colaboração A remuneração prevista para a investigação é de 4.800,00€ (quatro mil e oitocentos euros, valor bruto), pagos em condições a acordar com o investigador(a) selecionado(a). Neste valor estão incluídas todas as despesas inerentes à realização desta atividade (em particular as deslocações na região da Grande Lisboa e Alentejo, comunicações, redação do relatório em Língua Portuguesa e Inglesa). A versão final do relatório deverá estar terminada em Setembro de 2015 (validada pelo Steering Committee e Peer Review conforme mencionado na metodologia proposta). Metodologia proposta Investigação:: O investigador, sob orientação do perito local, efetua e regista entrevistas estruturadas (encontros presenciais, por telefone, Skype ou email) a cerca de 5 stakeholders nacionais relevantes, no âmbito da Cooperação para o Desenvolvimento e Economia Social e Solidária (1 representante ou entidade governamental na área da Cooperação para o Desenvolvimento, 1 representante ou entidade não-governamental na área da Cooperação para o Desenvolvimento, 1 representante ou entidade da área de Economia Social e Solidária, 1 representante dos sindicatos e/ou movimentos sociais e 1 representante das Autoridades Locais). As entrevistas deverão, ser complementadas com fotografias e se possível com uma pequena reportagem vídeo. O investigador, apoiado pelo perito local, identifica e caracteriza boas práticas de ESS no território da Grande Lisboa e do Alentejo, de acordo com os resultados das entrevistas. O perito local, apoiado pelas organizações parceiras do projeto, envia para o SSEDAS Steering Committee a seleção das boas práticas para aprovação final. O investigador organiza uma “visita de campo” às zonas geográficas abrangida pelas 2 boas práticas selecionadas pelo SSEDAS Steering Commitee e documenta essa visita com fotografias. O investigador elabora e regista as entrevistas estruturadas (encontros presenciais, por telefone, Skype ou email) a cerca de 5 stakeholders abrangidos por cada boa prática selecionada (1 Financiado por: O Projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária é cofinanciado pela União Europeia. Os conteúdos deste documento são da exclusiva responsabilidade dos parceiros e não podem, em caso algum, ser considerados como expressão das posições dos financiadores. 2 Projeto SSEDAS - Economia Social e Solidária responsável pela associação/entidade/movimento que apoia/detém/promove a boa prática, 1 colaborador/associado, 1 beneficiário/destinatário, 1 perito de uma rede, 1 representante de uma Autoridade Local). O investigador, apoiado pelo perito local, redige o Relatório de Boas Práticas, submete a tradução para Inglês, de acordo com o formato proposto. Peer review: 1 revisor do Steering Committee e 1 revisor das entidades parceiras irão avaliar as boas práticas e propor eventuais alterações, de forma a adequar aos objetivos finais do projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária”. O investigador, apoiado pelo perito local, irá consolidar a versão final das boas práticas e submetêlas para tradução em Inglês, de acordo com o formato proposto. Checklist dos princípios de Economia Social e Solidária:: A prática a ser descrita como boa prática de Economia Social e Solidária terá de corresponder aos seguintes princípios: Solidariedade:: representa a base social para a economia solidária. Evidencia a cooperação entre membros de uma iniciativa de economia solidária, entre estas iniciativas e a comunidade mais alargada. Propriedade coletiva:: assegura que os bens e recursos da iniciativa de economia solidária geram benefícios para todos os membros/participantes dessa iniciativa, para a comunidade e gerações futuras. Assegura que o controlo e poder são partilhados. Autogestão:: confere aos membros e dirigentes direitos sobre os processos de tomada de decisão. Este princípio assegura uma pessoa-um voto, dando ênfase à responsabilização. A educação ao longo da vida bem como a formação são elementos importantes para uma autogestão viável. Controlo de capital:: é uma prática crucial para assegurar benefícios para as iniciativas individuais, iniciativas mais alargadas de economia solidária e da comunidade. Requer o desenvolvimento de mecanismos, por forma a criar capital, a partir da base e a subordiná-lo ao controlo democrático, para que a visão, os valores e os princípios da economia solidária sejam inerentes às práticas de empréstimo de capital. Tais práticas irão também inspirar o comportamento dos recetores do empréstimo. Financiado por: O Projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária é cofinanciado pela União Europeia. Os conteúdos deste documento são da exclusiva responsabilidade dos parceiros e não podem, em caso algum, ser considerados como expressão das posições dos financiadores. 3 Projeto SSEDAS - Economia Social e Solidária Práticas ecocêntricas:: coloca enfase na relação não destrutiva com a natureza, através de inputs, processos de produção, prestação de serviços, consumo e outras práticas. Benefício comunitário:: encoraja uma sensibilização social mais alargada como parte integrante do modo de funcionamento da economia social. Este benefício comunitário deverá ser contabilizado através da existência de relatórios financeiros transparentes. Democracia participativa:: providencia um espaço institucional para o poder descentralizado dos cidadãos e dos atores de economia solidária, no âmbito do processo de economia solidária. Espaço para juntar e unir forças sociais que permitam uma efetiva coordenação e desenvolvimento da economia solidária. Valores partilhados das boas práticas de Economia Social e Solidária:: Os movimentos e redes de Economia Solidária enfatizam um conjunto de valores e princípios éticos. As Boas Práticas terão de respeitar os principais valores éticos de economia solidária como a partilha, honestidade, democracia, equidade, autossuficiência, aprendizagem, consciência ecológica, justiça social e abertura. 4 Processo de seleção Para se candidatar deverá enviar Curriculum Vitae e carta de motivação, para o email: [email protected], (mencionando no assunto “Ref: INV/SSEDAS/2015”) até 6 de julho de 2015. A seleção dos candidatos será efetuada, o mais tardar até 17 de julho, através uma avaliação de curriculum e carta de motivação e uma entrevista presencial. Contacto Instituto Marquês de Valle Flôr Rua de São Nicolau, 105 1100-548 Lisboa - Portugal Tel.: + 351 213 256 300 Fax: + 351 213 471 904 E-mail: [email protected] Financiado por: O Projeto “SSEDAS – Economia Social e Solidária é cofinanciado pela União Europeia. Os conteúdos deste documento são da exclusiva responsabilidade dos parceiros e não podem, em caso algum, ser considerados como expressão das posições dos financiadores.