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PRIMEIRO FILME DIRIGIDO POR UM CEGO COMEÇA
A SER GRAVADO EM BRASÍLIA
“Uma vela para Deus e outra para Beto” é a primeira experiência do gênero no Brasil, e provoca surpresa no
público e no meio audiovisual
A produtora brasiliense de cinema Konim – Cinema, Vídeo e Comunicação iniciou em 19 de julho
as gravações do curta-metragem “Uma Vela para Deus e Outra para Beto”, dirigido por João Júlio Antunes,
deficiente visual que há 14 anos perdeu a visão devido a uma rara doença chamada retinose pigmentar.
Antes de ingressar no cinema, onde faz sua estréia com o roteiro de seu amigo José Luiz Mazzaro,
João Júlio, também conhecido como JJ, foi ator e diretor de teatro, e chegou a dirigir uma peça em que todo o
elenco também era cego.
O envolvimento de JJ em ações de inclusão social começa quando ele vai estudar Braille, continua
com sua participação na criação do Estatuto do Deficiente (produzido pelo Senado Federal em 2000) e segue
com o projeto Cinema para Cegos, promovido pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal, que possibilitou
aos deficientes visuais acompanhar os filmes do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2009 por meio
de audiodescrição. Este processo na narração e descrição das imagens do filme, para que cegos possam
“ouvir” o que os videntes veem, e assim participar do processo final da cadeia audiovisual, que é a exibição.
A realização de Uma vela para Deus e outra para Beto é a finalização de um primeiro ciclo de
inserção de JJ no audiovisual, e pretende ser um marco tanto na história do cinema brasileiro como na
realidade da inclusão social no país.
“Quero fazer um filme que qualquer um possa assistir, quer a pessoa seja cega ou vidente”, afirma JJ.
“Para isso, os DVD’s do filme terão audiodescrição, capa impressa em Braille, Libras e legendas em diversos
idiomas. Nenhum plano apresentará os personagens conversando de costas, para que os surdos possam
fazer leitura labial. Tudo está sendo pensando com a ideia de realizarmos um filme inclusivo, até mesmo no
elenco. Por isso chamamos a Carla [Maia, apresentadora do SporTV e tetraplégica], pois fazer cinema é algo
possível para todos”, conclui o diretor.
SOBRE O DIRETOR
João Júlio ficou órfão de pai aos nove anos, e aos 22 abandonou seu maior sonho, a carreira de ator,
para atender ao pedido de sua mãe, que em seu leito de morte pediu-lhe que abandonasse a carreira
artística: “Meu filho, o teatro não traz camisa pra ninguém”. Mesmo longe dos palcos e trabalhando como
garçom, JJ criava e recriava personagens, divertindo os clientes do estabelecimento em que trabalhava.
O processo da perda de visão iniciou em 1996, e em 2000, já completamente cego, JJ participa da
criação do Estatuto do Deficiente.
Munido das lembranças de um outrora mundo visível, JJ constrói e imagina um filme na cabeça. Com
uma bengala na mão.
SOBRE A PRODUTORA – KONIM
O filme é uma realização da produtora de cinema e vídeo Konim, sediada em Brasília (DF), com mais
de 14 anos de experiência no mercado audiovisual. A Konim tem se especializado em realizações
audiovisuais para Cinema, TV e transmissões via Internet. Atuante na área da ciência, educação, cultura e
meio ambiente, tem realizado projetos sociais independentes para o Terceiro Setor, contribuindo assim para
uma
sociedade
mais
justa,
através
de
investimentos
com
responsabilidade
social.
SERVIÇO
Filme: “Uma vela para Deus e outra para Beto”
Direção: João Júlio Antunes
Roteiro: José Luiz Mazzaro
Direção Executiva: Cláudio Luíz de Oliveira / Neuza Meller
Produção: Eduardo Paranhos
Realização: Konim Cinema Vídeo Comunicação
Patrocínio: Petrobras
CONTATOS
Assessoria de Imprensa:
Neuza Meller e Lígia Benevides
Konim:
(61) 3201-3535
(61) 8416-2309;
(61) 8208-0501
www.konim.com.br/filme
[email protected]
AGRADECIMENTO ESPECIAL
- Silvestre Gorgulho – Secretário de Cultura do DF
- José Samuel Magalhães - Gerente Setorial da Regional Norte, Centro-Oeste e Minas Gerais da Comunicação
Institucional da Petrobras
- Dolores Tomé – Diretora de Inclusão Cultural da Secretaria de Cultura do DF.
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