AU TO RA L TO EI DI R PE LA LE I DE AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Elias Gomes da Conceição ORIENTADORA Prof:Ms. Fabiane Muniz da Silva DO CU M EN TO PR OT EG ID O A EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO E GLOBALIZADO Rio de Janeiro 2011 2 AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO E GLOBALIZADO Apresentação de monografia a AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção da Graduação de pedagogia. ALUNO: Elias Gomes da Conceição 3 AGRADECIMENTO Agradeço a todos os meus familiares que me apoiaram nessa jornada longa de estudo, no qual eu tive que abrir mão dos meus finais de semanas para aqui está e tiveram ampla compreensão, não posso esquecer dos professores do curso de graduação em Pedagogia a Distância, em especial a Professora Ana Cristina que nos momentos mais difíceis soube me dar a atenção e a orientação necessária para prosseguir nos estudos. A todos que me sinceramente, muito obrigado. apoiaram, 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho monográfico, primeiramente, aos meus pais e a minha esposa, Adriana, por sempre acreditarem em mim e em meus estudos e depois aos meus colegas de Faculdade que muito nos unimos para confecção de trabalho em grupo, no desenvolvimento dos exercícios e na perfeição de cada projeto interdisciplinar exigidos por todas as disciplinas para que e todos chegassem ao final deste curso. 5 RESUMO O objetivo deste trabalho foi a analise das constantes evoluções científicotecnológicas especialmente com a utilização cada vez mais ampla da informática nos processos de produção, as mudanças de paradigma na nova ordem mundial, fez com que a educação exercer um papel fundamental para implantação da mudança de comportamentos, valores e critérios. Com isso, o ensino no Brasil, por meio esforço muito grande do governo reformulou os novos conteúdos a fim de acompanhar essas transformações cada vez mais velozes, já que é o único caminho para o desenvolvimento econômico, político e social da nova era contemporânea. Além disso, atualmente o homem deve agir local com a consciência global, interligado e conectado ele busca novos conhecimentos aos quais serão primordiais para manter-se atuante e competitivo no cenário mundial. A globalização por sua vez influenciou de forma decisiva na mudança do perfil do trabalhador, uma vez que se tornou muito mais rápido mais intensamente acelerado a obtenção da informação, com a revolução nas comunicações, desta forma, homem foi obrigado a ter um aprendizado contínuo. Aqueles que querem manter-se inserido na dinâmica global terão que se atualizar a cada dia, e é por isso que o prolongamento nos estudos acadêmico e crucial para um bom desenvolvimento na carreira. Os avanços desse processo da nova ordem mundial fizeram com que a educação no século XXI seguisse novos rumos, através desafios para a escola do novo milênio. Dessa forma, há necessidade de qualificações ampliadas, que ultrapassam os limites do posto específico de trabalho em direção não só a multifuncionalidade, mas a multiqualificação, compreendida como um conjunto de competências e habilidades, saberes e conhecimentos, portanto, o profissional da nova era deve ser polivalente e apto a trabalhar em qualquer área no qual for submetido. 6 METODOLOGIA Neste trabalho de Pesquisa, utilizou-se dos procedimentos metodológicos básicas de cunho qualitativo, com estudo analítico e crítico dos métodos de investigação com técnicas descritivas e o instrumento utilizado para a realização da pesquisa foi à bibliográfica, onde o principal destaque descritivo gira em torno das teorias embasadas em trabalhos de autores contemporâneos, tais como, Lopes, (2002) que afirma que a educação é direita de todos, seja ela para criança, jovens e adultos, Ney (2011) que dentro de um pensamento e crítico, o declara que perfil do novo profissional deve ser polivalente e esse profissional deve procurar sempre uma formação continuada, a fim de manter-se sempre atualizada e Perreira (2000), afirma também que aqueles que não buscarem novas formas de organização e flexibilização, devido a exigência da nova ordem global, poderão correr o risco de ficar desempregado, visto que as mudanças são cíclico e estrutural e consequentemente a exclusão do mercado de trabalho formal. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I, EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO 10 CAPÍTULO II, A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA SALA DE AULA 19 CAPÍTULO III, A EDUCAÇÃO NO SÉCULO VINTE E UM E OS NOVOS RUMOS 28 CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA 39 8 INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho foi o aprofundamento dos conhecimentos da educação no mundo cada vez mais dinamizado, já que com a constante evolução dos meios tecnológicos, nos obrigam a constantes adaptações e evoluções no mundo cibernético. Para se manter ativo no mercado atual todos devem está muito bem preparado e não mais adestrado como no passado, assim, a política de formação será contínua, o trabalho em equipe será sempre valorizado, mas também o profissional que se destacar terá o seu valor individualizado. Além disso, essa nova Ordem Mundial vem influenciando muito na sala de aula, já que o mundo gira em torno desses avanços técnico-científico que apresentam à informática, a robótica, as telecomunicações e a biotecnologia como base da sustentação da economia contemporânea e por isso exige-se um maior comprometimento de cada um no processo de decisão do nosso futuro. Esse trabalho de pesquisa também buscou analisar atual situação da educação brasileira nessa nova Ordem, aonde a educação a cada dia vem obtendo um valor muito significativo, visto que devido as constantes mudanças nas tecnologias o indivíduo é obrigado a atualizar-se constantemente para não ficar aquém das novidades do mercado de trabalho e as suas mudanças cada vez mais veloz. Em contrapartida, mostrar os avanços tecnológicos, frutos de uma globalização que dia a dia sofre constantes transformações, sendo necessário administra o seu próprio currículo, visto que nenhuma competência permanece adquirida por simples inércia. Por sua vez, as escolas e os cursos buscam o aprimoramento intelectual e profissional frente essas novidades digitais, os educadores procuram prepara-se através de cursos de extensão e aperfeiçoamento, pois só assim terão condições de integrar e atuar com os recursos de diferentes mídias, a fim de ministrar esses conteúdos, conseqüentemente, obter os conhecimentos sobre o funcionamento dos programas básico já existente no mercado, dessa forma, tornando a educação 9 muito mais atrativa, seja ela a mão de obra docente especializada, seja de máquinas para pôr em prática a ideologia contemporânea centrada na “digitalização” e cultura de cada aluno. Finalizando, verificamos a educação do novo século diante de todas essas mudanças teve que se moldar aos novos programas, supostamente baseados de acordo com exigência do mercado global, uma vez que a educação atual e as perspectivas da aprendizagem no século vinte um nos obrigam a está em constantes evoluções, para garantir a atualização, a competência e a habilidade profissional muito exigida no mundo contemporâneo. 10 CAPÍTULO I EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO Neste capítulo abordamos os múltiplos desafios do futuro, já que a educação surge como um triunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais da contextualização social, da responsabilidade social, da educação permanente e atualizada, irá contribuir para diminuir a pobreza e consequentemente a exclusão social. “Se acompanharmos o processo, veremos que o próprio conceito de alfabetização mudou muito nos últimos anos. No Brasil aumenta o descompasso na exigência da alfabetização. Antes eram consideradas alfabetizadas aquelas pessoas que sabiam ler e escrever o básico. Os analfabetos dos novos tempos serão aqueles incapazes de ler um manual de instruções”. (CARMO, 1997. P.50.) 1.1- Os desafios da educação no Brasil Segundo Lopes (2006), o que temos visto na educação brasileira é um esforço muito grande do governo em diplomar crianças, jovens e adultos para cumprir com as metas de educação traçadas no ano 2000 pelas Nações Unidas no encontro “Educação para todos”, ou seja, reduzir em pela metade o número de analfabetos até o ano de 2015 Fontes das Nações Unidas (2000). Realizando uma análise da educação nacional, podemos dizer que realmente escolhemos seguir o caminho de diplomar a qualquer preço, ou seja, não importa se nossas crianças, jovens ou adultas estão aprendendo a ler, escrever, interpretar textos e resolver as operações, Estamos falando de níveis básicos de educação que ainda não conseguimos atingir e a partir disto, podemos afirmar que a educação brasileira deveria estar preocupada com as exigências do futuro, garantindo que as crianças de hoje estivessem preparadas e atualizadas quanto às novas tecnologias, como; 11 o uso da informática, e para a comunicação globalizada, através da internet, por exemplo, desenvolvendo inclusive habilidades em outros idiomas, que será imprescindível para a abertura de novos negócios no mundo globalizado. Além disso, o Brasil deveria se preocupar com a qualidade da educação do seu povo, na medida em que ela é o único caminho para o desenvolvimento, essa habilidade educacional o torna competitivo em um mundo onde as transformações são constantes e acontecem em um piscar de olhos. Na perspectiva da construção do saber, da ideia estanque de conteúdo aprendido, evoluiu-se para a noção de capacidade para inovação. Em decorrência, a educação dos novos tempos vem em buscar de paradigmas capazes de preparar cidadão com alta qualificação, íntimos de tecnologia nascente. Aprender a lição passou a ser pensar, criar, imaginar e, não, memorizar apenas. O país fixou as metas de aprendizagem, deixando explícitas as maneiras de atingi-las e introduzindo conteúdos voltados para o desenvolvimento de competências. 1.2- A educação atual no contexto social Segundo Lopes (2002), muito usada pela escola tradicional, para valorizar este aluno altamente especializado na apreensão irrefletida de conteúdos sempre foi o vestibular. No dia em que os vestibulares mudarem suas exigências, a escola muda também, mas tal mudança já está acontecendo os atuais PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais, norteadores dos conteúdos programáticos nas escolas) dar um exemplo de contextualização social, inspirados numa LDB (Lei de Diretrizes e Bases, espécie de Constituição da educação brasileira) que propõe de acordo Carneiro( 2002, p.32), no art.2º “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, pois autonomia da escola e respeito pelas diferenças, inflam novos ares para dentro das escolas. 12 Falam em contextualizar o conhecimento, em articular as diversas matérias, ressaltando pontos significativos comuns a elas, em transformar alunos em cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, mais aptos a negociar na sociedade os conflitos de suas próprias vidas, etc. E é óbvio que se a base normativa que orienta o funcionamento das escolas está abordando tais questões desse jeito, os vestibulares tendem a adaptar-se a ele. Como se não bastassem às profundas mudanças que já verificamos em alguns dos principais vestibulares do país, outro fato indiscutível que aponta para esta tendência é o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), espécie de "provão do ensino médio". Apesar de ser algo que pretende avaliar conhecimento, a forma como o ENEM faz isso pouco tem a ver com o esquema clássico de avaliação. Nele, a simples repetição de fórmulas e datas decoradas deu lugar à aplicação do raciocínio em problemas da vida real. Segundo Lopes (2002), boa parte dos vestibulares (principalmente nas universidades públicas) já aceita a nota do aluno no ENEM como uma das formas de avaliá-lo. Vivemos um tempo em que a importância desse conhecimento calcificado e morto, de velhos códigos e fórmulas para resolução de problemas desatualizados, vêm tornando-se cada vez menor. Hoje em dia, conhecimento é mesmo coisa dinâmica. O que se aprendeu na escola no ano passado pode até mesmo não valer mais esse ano. É por isso que as empresas de hoje estão até mesmo dispostas a ensinar algo, via treinamento, aos funcionários que não tiverem, no ato da contratação, todo conhecimento exigido pela função. Elas sabem que, pela própria mobilidade e atualização constantes desse conhecimento, terão que fazer isso ainda muitas vezes, mesmo depois que esse funcionário tiver anos de casa, se quiser mantê-lo atualizado e sempre apto ao trabalho. E isso faz cair por terra outra de nossas "desculpas" para exaltar sem crítica o aluno "nota 10" de nossas escolas: a preparação para o mercado de trabalho. Que empresa cujo setor de seleção goze da plenitude de sua saúde 13 mental iria contratar uma pessoa como a descrita acima? O mercado de trabalho também mudou, até em função de uma nova realidade econômica mundial. 1.3- A importância da educação contemporânea De acordo com Schumacher (1983, p.67), adaptado à nova ordem estará o país que, aberto à competitividade global, realize gigantescos investimentos em educação, já que a maior riqueza nacional passou a ser a mão-de-obra qualificada. Segundo Schumacher (1983, p.69), tudo leva a crer que no século XXI, a principal atividade “industrial” será o turismo. Com a redução das jornadas de trabalho na maior parte do mundo industrializado ou “ex-industrializado” e a idade avançada de seus habitantes, até pelo menos durante o período de reposição da população, o que as pessoas farão com o seu tempo disponível? Vão fazer mais viagens e irão as buscas de mais entretenimento. A arte também, nesse processo de mudanças, passará a ter um papel mais importante do que teve até agora, uma vez que o tipo de profissional exigido no século XXI será o homem “global com atuação local”. De acordo com Drucker (1995, p.156), Esse homem “global” terá por obrigação estudar durante toda a vida para manter-ser atualizado e membro da sociedade do conhecimento. Aprendendo a aprender Educação básica significa tradicionalmente, por exemplo, a capacidade de efetuar multiplicações ou algum conhecimento da história da sua cultura e de outros povos, mas a sociedade do conhecimento necessita também do conhecimento de processos - algo que as escolas raramente tentaram ensinar. Na sociedade do conhecimento, as pessoas precisam aprender como aprender. Na verdade, na sociedade do conhecimento as matérias podem ser menos importantes que a capacidade dos estudantes para continuar 14 aprendendo e que a sua motivação para fazê-lo, a sociedade pós-capitalista exige aprendizado vitalício. para isso, precisamos de disciplina, mas o aprendizado vitalício exige também que ele seja motivador e atraente, que traga em si uma satisfação. Quanto às mudanças na educação, além do novo enfoque exigido, sobretudo em ciências sociais, do ponto de vista da pedagogia global, será preciso trabalhar mais com a informalidade, o empreendedorismo, que por sua vez, só pode ser alcançada através da pedagogia da alegria e da positividade, cujos principais representantes são Georges Snyders (Alunos felizes) e Francisco Gomes de Matos (Pedagogia da positividade). Assim, a missão profunda da educação não é de apresentar-nos o novo conteúdo, mas algo já experimentado e sabido que, no entanto, permanecia inacessível: precisamente o que se expressa com a palavra lembrar. 1.4- A economia brasileira e a responsabilidade social De acordo com Sene (2002, p.462), a economia brasileira, nos últimos, sugere que as empresas passaram a ter cada vez mais responsabilidade social e que não vem se prendendo apenas às questões do mercado, o qual defende que tenha o capital especulativo taxado. Segundo Sene (2002), citou o ministro da Educação, Cristovam Buarque, como uma das grandes aquisições do governo Lula, e chegou a falar da sua esperança na atual administração brasileira logo após a sua palestra no Fórum Mundial Social, onde a ser chegou convidado pelo Instituto Ethos, que reúne empresas com comprometimento social, como a empresa Natura que está envolvida na preservação do meio ambiente a fim de conscientizar os seus profissionais através da formação educacional, que pode haver o desenvolvimento sim, contudo não destruindo o nosso meio ambiente provendo sempre a visão do desenvolvimento sustentável. Existem muitas formas para que as empresas entrem nesta participação social. 15 É possível fazer a empresas crescer com mais responsabilidade, pensando no mercado, no consumidor, mas também no futuro da sociedade que poderá passar a ser consumidora também. Este tipo de atitude pode tornar a sociedade ainda mais forte, mais preparada para o futuro. As de que maneira, neste mundo globalizado, estas empresas podem e devem ter responsabilidade social. A experiência que o brasileiro tem é de trocar ideias e colocar em prática alternativa para a melhor produção, mas sempre com a visão voltada para a responsabilidade com o futuro. Empresa como a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), também existe uma preocupação não só com o mercado, mas também com saídas que melhorem a questão ambiental e social, (SENE, 2002.p, 463). Esse tipo de globalização, voltada apenas para este pensamento, é muito destrutiva. Nos últimos trinta anos, observamos a buscar saídas para tentar transformar a educação em realidade completa temas como a democracia, o desenvolvimento humano, as igualdades econômicas e raciais e o desenvolvimento sustentável, vêm tomando importância nos bancos acadêmicos, a função do colegiado, atual, é formar o educando mais consciente do seu papel na sociedade. Existem muitos caminhos para enfrentar esta onda de poder absoluto do mercado. Este mercado educacional que se envolve com a responsabilidade social e com a preocupação da população vindoura precisa está comprometido com os ideais do crescimento nacional. Nos nossos dias, a educação é uma das chaves do mundo. E educação não é um gasto, mas um investimento. Cristovam ex-ministro procurou a saída para um avanço na educação, porém não foi bem entendido nos suas ideias. O México também está fazendo um trabalho interessante, apostando na internet e na televisão pública como meio de educação. A TV pode ser transformada em um meio fundamental para a educação. Quer dizer, que a TV não seja apenas um meio reprodutor dos filmes de violência produzidos em Hollywood. 16 Segundo Sene (2002), caso esse padrão de consumo fosse estendido aos dois terços da humanidade que atualmente vivem em condições de pobreza ou miséria, a demanda por matérias-primas e energia e a produção de lixo levaria as graves agressões ao meio ambiente de forma assustadora. É por isso que a grande questão que se coloca hoje em dia é à busca de modelos de desenvolvimento que não cause tantos impactos ao meio que vivemos que seja ecologicamente sustentável e que promova melhor distribuição da riqueza não só no Brasil, mas como no resto do mundo. Para isso, como já foi discutido, seria necessário um novo modelo de sociedade consciente da sua responsabilidade social. 1.5- Ser agente do sistema de formação continuada De acordo com Perrenoud (2000. p,169), nos novos tempos, administrar sua própria formação contínua é uma coisa, administrar o sistema de formação contínua é outra, este último esteve durante muito tempo na dependência das administrações escolares ou de centros de formação independentes, principalmente, a universidade. A profissionalização do ofício de professor recruta parceiros entre os poderes organizadores da escola, dos centos independentes de formações e das associações profissionais de professores. Para que tal parceria se desenvolva, importa que o debate tenha início nos locais de formação contínua, por meio de um diálogo entre profissionais, formadores e responsáveis por formação, antes de constituir o objeto de negociações “na cúpula”. Nesse último nível, podem ser negociados não só recursos, períodos de formação, estatutos, mas também as orientações, as prioridades de conteúdo e os procedimentos deveriam depender de uma elaboração de uma elaboração cooperativa, de uma discussão compartilhada sobre a formação dos nossos jovens. Além disso, hoje, ela ainda não está muito desenvolvida. Seria importante que cada vez mais professores e sentissem 17 responsáveis pela Política de Formação Continuada e interviessem individual ou coletivamente nos processos de decisão. Para Perrenoud (2000, p. 20), segundo as propostas curriculares pautadas em tal visão não poderiam se limitar a ensinar conhecimentos inúteis à ação. A Política de Formação Continuada nos leva a construção de competências nas escolas, uma vez que reavaliação da quantidade e da qualidade dos saberes transmitidos só seria considerada válida aqueles que pudessem ser mobilizados em determinadas situações. Os currículos por competências, na visão de Perrenoud (1999, p.76), devem construir uma relação com o saber menos pautada em uma hierarquia baseada no saber erudito descontextualizado, visto que os conhecimentos sempre se ancoram , em última análise, na ação, e atualmente esse conhecimento é o elemento principal para manter-se atuante e inserido no mercado de trabalho. Assim, aprender a analisar, a explicitar bem, tomar consciência do que se faz e participar de grupo como elemento integrante da equipe das práticas constitui uma forma de manter-se sempre atualizado, a análise leva a constatação de que há coisa que não se sabe fazer e que não se pode aprender a fazer simplesmente refletindo sobre elas e são nesse momento que o educando busca através da formação contínua um aperfeiçoamento dos seus conhecimentos a fim de acompanha as mudanças do nosso dia-a-dia. Portanto, não somos obrigados a carregar a cruz da primeira formação profissional que adquirimos no início de nossas carreiras, um mundo é dinâmico a atualização é constante a gênese de um projeto de formação não pode, então se apoiar em hábitos de trabalho conjuntamente já construído, é preciso conscientizar-se de que devemos sempre fazer um balanço pessoal e profissional e dos processos de validação de conhecimentos experiências, visto que amplia gradualmente o nosso campo de informação nos tornando cada vez mais competente e capaz de desenvolver novas habilidades. De acordo com Pereira (2000, p. 117), a formação, deve ser baseada na ética profissional e na liberdade do deve pensamento, também deve proporcionar atividades capazes de manter 18 um ambiente favorável à construção do conhecimento a cada dia, objetivado o desenvolvimento profissional dos educando e do seu futuro que está por vim, dessa forma, obter uma postura crítica que valorize a experiência e as constantes transformações do mundo tecnológico. De acordo com Ney (2011, p. 45-46), o perfil profissional do trabalhador do século vinte e um deve está voltado para qualificação de técnico de apoio escolar olhando o atributo exigido pelo mercado, tais como controle emocional, coragem, poder de decisão, trabalhar em equipe e iniciativa, são algumas das características daqueles que querem permanecer atuantes no mercado, não importa se ele é um simples minerador (operário) terá que possuir todas estas competências e habilidades. Salvo melhor juízo, a competitividade das empresas, a produtividade dos ramos em que o trabalhador estiver inserido, as mudanças tecnológicas, a informatização ou a necessidades de se trabalhar com equipamentos sofisticados exigirão um novo perfil profissional. Assim, as profissões estão vivendo num mundo de mutações sem precedentes na história do mundo do emprego, quem não possuir escolaridade, fatalmente será excluído. Além disso, os aumentos da produção e da produtividade estão limitados à capacidade diária de produzir e na melhoria dos métodos do trabalho. Como estes, já não têm grande margem para o crescimento, existe a necessidade de mudança dos processos produtivos e de gestão na busca dos aumentos citados. É por isso que a Gestão da Qualidade Total (GQT) e o empreendedorismo surgem como imprescindíveis na sociedade moderna até os anos noventa. O trabalhador tem mudar a conscientização e a sensibilização é necessária para que o homem se torne um trabalhador que produza com qualidade e produtividade cada vez melhor, vestindo a camisa, ou seja, comprometido com o sucesso da empresa. Segundo Ney,(2011, p. 48), qualquer proposta para o um programa educacional deve ser levar em contas as perspectivas do mercado de trabalho em que está inserido o profissional, o homem aos poucos deverá se moldar de acordo com a realidade global. 19 CAPÍTULO II A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA SALA DE AULA Neste capítulo abordamos os efeitos dessa nova ordem mundial sobre a educação, as novidades tecnológicas aparecem para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, como exemplo, a informática com seus aplicativos insere na educação uma nova forma de aprender e por fim as características dessa evolução no ambiente acadêmico e o perfil profissional do novo século fazem parte dessas mudanças. “Em um mundo que se torna cada vez mais competitivo, não há argumentos que façam os empresários se sentirem seduzidos por mão-de-obra não qualificada. Formação inclusive a criação de brechas na legislação trabalhista ou mesmo usarão artifícios ilegais para driblar seus compromissos trabalhistas. Não haverá sindicato que assegurar o emprego para quem não conseguir aprender continuamente e acompanhar a evolução das tecnologias”. (CARMO, 1997. p.50.) 2.1- A consequência da globalização no mundo atual De acordo com Lauand (1996, p. 39), o atual processo globalizante tornou-se muito mais rápido, mais intensamente acelerado, com a revolução nas comunicações “Aldeia Global” e mesmo com o maior avanço dos meios de transportes em geral às barreiras foram quebradas tornando-se mais abrangente, não só comércio, produto e capitais, mas também serviços, arte, educação etc. Não sem razão, esse processo tem causado muito mais apreensão do que entusiasmo. Agora a globalização, que para muitos se confunde com uma nova era, a do conhecimento, porém é um processo que vem se arrastando à séculos acompanhando a educação à que a aprendizagem é vista como o maior recurso 20 que o homem pode dispor para enfrentar a nova estruturação do mundo. A curiosidade do saber tem levado a continuação dos constantes progressos, desde a pré-história até a presente data e sendo motivo para o crescimento econômico, político e social. Segundo Schumacher (1983, p. 234), por outro lado, nota-se claramente um declínio do emprego industrial e a multiplicação das ocupações em serviços diferenciados: comunicação, saúde, turismo, lazer e informação, requerem um maior tempo nas escolas e universidades a fim de se adaptarem as novas exigências do mercado de trabalho. É por isso que atualmente o prolongamento nos estudos acadêmico e crucial para um bom desenvolvimento na carreira. Segundo Schumacher (1983), os avanços tecnológicos, frutos de uma globalização que avança dia-a-dia, sendo necessário à escola buscar atualizar-se frente essas novidades digitais, sejam com mão-de-obra docente especializada, seja de máquinas para pôr em prática a ideologia contemporânea centrada na “digitalização” e cultura de cada aluno. De acordo com Ney (2011, p.99), as transformações econômicas dos anos 80 levaram a centralização das competências no mercado de trabalho em virtude dos modos de produção. A inadequação relação entre os programas de formação e as práticas empresariais em virtude da valorização dos conhecimentos acadêmicos gera as necessidades de mudanças em busca de qualidade e produtividade. Além disso, os diversos segmentos da sociedade vivem momentos de constantes preocupações, para acompanhar a acirrada disputa inovadora e miscigenada do mercado, seja ela empresarial, seja ela política, seja ela educacional, etc., e, para isso, faz-se necessário à coexistência de profissionais aptos à desenvoltura das exigências mercadológicas. Segundo Filho (2004, p.15), a nova ordem mundial obriga no campo da educação e aos professores a possuírem um perfil que se encaixe as mutações, logo, poderíamos dizer “um professor capaz de dar respostas diferentes; que saiba fazer transposições didáticas dos conhecimentos 21 universais, transformando-os em conhecimentos significativos, é nesse momento que a educação continuada aparece como elemento fundamental na era tecnológica. No entanto, apesar da febre neoliberal da informática, internet, mecanismos virtuais, etc., contudo muitas instituições superiores de ensino, não dão ao futuro profissional no campo acadêmico um repertório diversificado de recursos e metodologias, o que o faz buscar em suas especializações particulares, porém, não podemos ter esse problema como desculpa. É importante municiarmos com orientações e didáticas novas, até porque não se ensina o que não se sabe e, na maioria das vezes, o aluno que hoje chega à escola, seja ela estadual, municipal ou particular vem”. com uma gama de conhecimentos tecnológicos até mais avançado que o professor”. Outro recurso que influência essa na educação dos novos tempos, Segundo Filho (2004), é difundida nas salas de aula foi o uso da televisão (TV) para fins educacionais, como a implantação de projetos como o Projeto Avançar, Pro Formação, o Tele-curso do Segundo Grau vídeo e a aula a Educação a Distância que ajudam os jovens na educação continuada e outros, que exigem a existência de um professor que seja polivalente, que neste último caso, não somos muito de acordo, por acreditarmos na ineficiência docente, pois como um professor formado especificamente em matemática que terá conhecimento suficiente para passar um conteúdo de história, geografia, etc., oposto às teorias de sua área de formação; prova efêmera de nossa argumentação constatamos num projeto de pesquisa. A televisão pode até ajudar o professor, como uma ferramenta ilustrar lições, etc., mas jamais substituí-lo ou guiar o pensamento abstrato, pois raciocínio não é entretenimento e sim, trabalho mental e o que se tem feito nos projetos citados acima é o endeusamento da TV senão, ligá-la para que os alunos assistam ao assunto, o professor pergunta o que entenderam, talvez escute as argumentações sem se quer depois fazer um fechamento do que foi assistido e argumentado em sala (FILHO, 2004). 22 2.2- Globalização: características e efeitos sobre a educação As transformações gerais da sociedade atual apontam a inevitabilidade de compreender o país no contexto da globalização, da revolução tecnológica e da ideologia do livre mercado. É importante salientar que não as concebemos (globalização e neoliberalismo) como fatos isolados; pelo contrário, entendemos que estão profundamente ligados uns aos outros. A exposição está dividida em dois momentos no intuito de facilitar a leitura e a compreensão do texto, (neoliberal). A globalização é uma tendência internacional do capitalismo que, juntamente com o projeto neoliberal, impõe aos países periféricos a economia de mercado global sem restrições, a competição ilimitada e a minimização do Estado na área econômica e social, de acordo com (LIBÂNEO e OLIVEIRA, 1998 p.606). O capitalismo, para manter sua hegemonia, reorganiza suas formas de produção e consumo e elimina fronteiras comerciais para integrar mundialmente a economia. Trata-se de mudanças no sentido de fortalecer o capitalismo, o que é dizer: fortalecer as nações ricas e colocar os países mais pobres na dependência, como consumidores. Essas alterações nos rumos do capitalismo se dão, no entanto, no momento em que o cenário mundial em todos os aspectos é bastante diversificado. A onda da globalização e da Revolução Tecnológica encontra os países (centrais ou periféricos, desenvolvidos ou subdesenvolvidos) em diferentes realidades e desafios, dentre os quais o de implementar políticas econômicas e sociais que atendam aos interesses hegemônicos, industriais e comerciais de conglomerados financeiros e de países ou regiões ricas, tais como a América do Norte, Japão e União Europeia. (LIBÂNEO e OLIVEIRA, 1998, p. 599-600). Com o aumento da distância entre os países pobres e os países ricos, aumentou também a dependência daqueles em relação a estes. Esta dependência significa não só uma debilidade econômica, mas, principalmente, política. Dita as 23 regras quem tem maior poder econômico e este significa, cada vez mais, poder político. Nesse quadro, as políticas educacionais são projetadas e implantadas segundo as exigências da produção e do mercado, com o predomínio dos interesses dos países ricos, isto é, daqueles que dominam a economia. O exemplo mais nítido disso na educação são as políticas dos órgãos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. O discurso destes remete para a qualidade total na educação, onde os investimentos e benefícios são projetados e calculados da mesma forma como se procede em uma empresa. De acordo com Libâneo e Oliveira (1998, p.598-599), neste sentido, o mercado exige pessoas polivalentes, flexíveis, ágeis, com visão do todo, conhecimentos técnicos e um relativo domínio na área de informática, que falem, leiam e escrevam em vários idiomas, que possuam habilidades múltiplas, e assim por diante. Quem não estiver capacitado de acordo com as exigências do mercado é excluído do processo produtivo e isso significa desemprego, miséria, fome, doença e, em suas últimas consequências mais extrema, a morte. Neste sentido, prosseguem a importância que adquirem, nessa nova realidade mundial, a ciência e a inovação tecnológica têm levado os estudiosos a denominarem a sociedade de hoje, sociedade do conhecimento, sociedade técnica informacional ou sociedade tecnológica. Isso significa que o conhecimento, o saber e a ciência adquirem um papel muito mais destacado que anteriormente. Segundo Libâneo e Oliveira (1998), hoje em dia as pessoas aprendem em qualquer lugar, na fábrica, na televisão, na rua, nos centros de informação, nos vídeos, no computador e, cada vez mais, vão se ampliando os espaços de aprendizagem. Segundo Libâneo e Oliveira (1998), nesta sociedade marcada pela revolução tecnológico-científica, curiosamente, a centralidade do processo produtivo está no conhecimento e, portanto, também na educação. Essa centralidade se dá porque educação e conhecimento passam a ser do ponto de vista do capitalismo globalizado, força motriz e eixos da transformação produtiva e do desenvolvimento econômico, a educação passa a ser também comercializada 24 de acordo com o interesse de cada gestor social. São, portanto, bens econômicos necessários à transformação da produção, ao aumento do potencial científico e tecnológico e ao aumento do lucro e do poder de competição num mercado concorrencial que se quer livre e globalizado pelos defensores do neoliberalismo; torna-se educação&conhecimento clara, e portanto, a conexão estabelecida desenvolvimento&desempenho entre econômico. A educação é, portanto, um problema econômico na visão neoliberal, já que é o elemento central desse novo padrão de desenvolvimento. De acordo com Libâneo e Oliveira (1998 p.602), no Brasil, as políticas sociais, econômicas e educacionais continuam se delineando de acordo com as propostas do mercado mundial. “É preciso fazer os ajustes necessários para que o país se desenvolva em sintonia com as outras nações!”, este é o tom dos discursos do governo. Segundo Libâneo e Oliveira (1998), modernização na educação (assim como na indústria), diversificação, produtividade, eficácia e competência, são as palavras de ordem. De certo modo, esta mentalidade tende a se cristalizar, o que representa um grande perigo para o campo educacional: ao se regular segundo a lógica da competição, não estaria a escola esvaziando seu sentido, ou contradizendo seu papel? A educação é oferecida, Segundo Libâneo e Oliveira (1998), atualmente, como uma mercadoria e a escola tornaram-se, na verdade, mais uma empresa à qual se paga pela obtenção de um serviço. Podemos perceber isto, nitidamente, se observarmos alguns aspectos interessantes que os aspectos por eles apontados demonstram a transformação da escola em mais um negócio que se rege pela lógica do mercado: adoção de mecanismos de flexibilização e diversificação dos sistemas de ensino nas escolas; atenção à eficiência, à qualidade, ao desempenho e às necessidades básicas de aprendizagem; avaliação constante dos resultados&desempenho obtidos pelos alunos que comprovam a atuação eficaz e de qualidade do trabalho desenvolvida na escola; o estabelecimento de rankings dos sistemas de ensino e das escolas públicas ou 25 privadas que são classificadas ou desclassificadas; criação de condições para que se possa aumentar a competição entre as escolas e encorajar os pais a participarem da vida escolar e fazer escolha entre escolas; ênfase na gestão e na organização escolar mediante a adoção de programas gerenciais de qualidade total; valorização de algumas disciplinas: matemática e ciências naturais, devido à competitividade tecnológica mundial que tende a privilegiar tais disciplinas; estabelecimento de formas “inovadoras” de treinamento de professores como, por exemplo, educação à distância; descentralização administrativa e do financiamento, bem como do repasse de recursos em conformidade com a avaliação do desempenho; valorização da iniciativa privada e do estabelecimento de parcerias com o empresariado; o repasse de funções do Estado para a comunidade (pais) e para as empresas, Libâneo e Oliveira (1998, p. 604), como se percebe, há uma ambiguidade ou ambivalência nos aspectos apontados. Se, de um lado, trazem o desafio de manter uma educação atualizada e de qualidade, de outro, podem contribuir para a segregação e exclusão social, pois, afinal de contas, trata-se de um produto e nem todos conseguem arcar com os seus custos. Dando continuidade à nossa reflexão, no item que segue procuraremos caracterizar a política neoliberal bem como as devidas implicações para a educação no contexto brasileiro, organizações como o SENAI e o SENAC, procuram formar jovens para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, reafirmando a comercialização da educação nos países emergentes. 2.3- O perfil profissional do novo século De acordo com Ney (2011, p. 38), o perfil profissional será constituído por competências e habilidades, devendo o currículo dos cursos de formação profissional ser estruturado em módulos com certificações parciais nos casos de haverem formações terminais para o trabalho. Esta estrutura curricular facilitará até a certificação profissional e o aproveitamento de conhecimentos. 26 Segundo Ney (2011), competência profissional, muito exigida nos dias atuais, é a capacidade de conhecimentos e habilidades necessária para o desempenho eficiente por sua vez eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. Assim sendo, a competência profissional de um Perfil Profissional poderá conter a noção de competência vinculada às necessidades do capital e servirá de base para o trabalhador manter a sua garantia no emprego (empregabilidade) adquirindo continuamente novas competências e habilidades, dessa forma, esta noção leva o trabalhador a definir sua rota profissional e com isto a própria Profissionalidade. A qualificação é questionada, pois as atribuições da ocupação passam a não existir de acordo com a visão estática regulamentada na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO). De acordo com Ney (2011, p. 39), as competências são dinâmicas, o trabalhador e multifuncional e não pode ficar limitado estaticamente como no mundo das qualificações e descrito na CBO, ele sempre terá que aprender e desenvolver novas competências para se atualizar e fará o máximo para manter seu emprego, (sem questionar se determinada atribuição é de sua incumbência). A qualificação, como atualmente existe, define as funções técnicas estabelecendo direitos e deveres, só permitindo a certificação de modo formal. O mundo do trabalho atual não permitirá este tipo de trabalhador, já que este terá que ser polivalente, ou seja, flexível para atender as obrigações do mercado de trabalho e com mobilidade funcional. Portanto trata-se de uma visão dinâmica diferente da estática das qualificações, onde o Diploma prevalece. Segundo Ney (2011, p. 56), observa-se os novos critérios de remuneração e dos planos de carreiras deverão sofrer profundas mudanças, tendo a passar da coletividade para a individualidade, como é o exemplo do jogador de futebol, recebe de acordo com o seu talento mesmo jogando no mesmo time. Atualmente, já existem as primeiras empresas desenvolvendo planos de carreira por competência e individualizado. A competitividade e a disputa de espaço podem levar a deterioração do ambiente de trabalho, tendo em vista que cada um, 27 individualmente, irá procurar seu itinerário e fará tudo para se destacar. Entretanto, aqui surge outro aspecto provocado pela competência: o trabalho em equipe, neste momento, terá que ser entendido que ele existirá pela necessidade de serviço, do mesmo modo que a visão crítica ou o pensar antes de agir refere-se apenas a questões de execução do trabalho. De acordo co Pereira (2000, p.15), o avanço desse processo transcende os fenômenos econômicos, invalidando as dimensões política, sócias e culturais, trazendo, como consequências, mudanças no tamanho e nas atribuições do Estado, a desregulamentação das economias nacionais, a reestruturação do mercado de trabalho, as suas novas formas de organização e flexibilização, assim, devido a exigência da nova ordem global, ocorrerá o desemprego cíclico e estrutural e a exclusão de contingentes de trabalhadores do mercado formal. A forte segmentação dos trabalhadores ocorre num quadro de desmobilização de movimentos reivindicatórios e de dificuldades de organização e o enfraquecimento dos sindicatos. 28 CAPÍ TULO III A EDUCAÇÃO NO SÉCULO VINTE E UM E OS NOVOS RUMOS Neste capítulo abordamos os novos caminhos para educação como ela pode ser indispensável à humanidade na sua construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social, além disso, comentamos sobre a educação atualizada buscando a independência sócia e cultural, assim, alcançando o ideal do novo milênio. O final de século XX, como é de constatação geral, caracteriza-se pela transformação radical na relação entre o capital e o trabalho que se vai distanciando do tradicional conceito de emprego permanente. Por outro lado, o desenvolvimento científico-tecnológico, especialmente com a utilização cada vez mais ampla da informática nos processo de produção, as mudanças de paradigma na economia mundial, o processo de globalização, nos obriga a uma atualização constante, seja ela na reação do multiculturalismo e do interculturalismo, ou seja, na crescente interdependência nas relações entre pessoas, grupo e nações, geram profundas transformações sociais. Mudaram comportamentos, valores e critérios, criando novas necessidades no próprio cotidiano das pessoas, seja elas que se referem às questões econômica, política e social, trilhando novos caminhos para a educação atual. (PEREIRA, 2000, p.11) 3.1- A Educação ou a utopia necessária De acordo com Souza (1998, p.11), no final do século vinte observamos que pela agitação e pela violência, conflitos internos, terrorismos, crises imobiliárias que abalou a economia mundial e progressos econômicos e científicos — estes, aliás, desigualmente repartidos, no alvorecer de um novo milênio, cuja aproximação nos deixa indecisa entre a angústia e a esperança, impõe-se que todos os responsáveis prestem atenção às finalidades e aos meios da educação. 29 A Comissão das Nações Unidas consideram as políticas educativas um processo permanente de enriquecimento dos conhecimentos, do saber-fazer, e talvez em primeiro lugar, como uma via privilegiada de construção da própria pessoa, das relações entre indivíduos, grupos e nações. Além do mais, ultrapassar o obstáculo da extraordinária diversidade de situações mundo, conseguirem análises válidas para todos, e obter conclusões igualmente aceitáveis por todos, tornou-se para a Comissão uma tarefa, sem dúvida, impossível. Segundo Souza (1998), pode-se, pois, falar de desilusões do progresso, no plano econômico e social, o aumento do desemprego e dos fenômenos de exclusão social, nos países pobres e a predominância econômica dos países ricos, atestam essa grande disparidade. A persistência das desigualdades de desenvolvimento no mundo confirma-o. É certo que a humanidade está mais consciente dos perigos que ameaçam o ambiente natural, mas não conseguiu, ainda, os meios para solucionar esse problema, apesar das numerosas reuniões e fóruns internacionais, apesar das sérias advertências surgidas na sequência de fenômenos naturais ou de acidentes tecnológicos. Torna-se insustentável considerar o crescimento econômico a todo o custo, como a verdadeira via de conciliação entre progresso material e equidade, respeito pela condição humana e pelo capital natural que temos obrigação de transmitir, em bom estado, às gerações vindouras. Será que já extraímos todas as consequências destes fatos, tanto no que diz respeito a finalidades, vias e meios de desenvolvimento sustentável, como em relação a novas formas de cooperação internacional? Com certeza que não! Será este, pois, um dos grandes desafios intelectuais e políticos do próximo século? Tal constatação, porém, não deve levar os países em desenvolvimento a negligenciar os motores clássicos de crescimento, em particular, o indispensável ingresso no universo da ciência e da tecnologia, com o que isto implica em matéria de adaptação de culturas e de modernização de mentalidades. 30 De acordo com Souza (1998, p.14), para tal, há que encarar, para melhor as ultrapassar, as principais tensões que, não sendo novas, constituem o cerne da problemática do século XXI. A tensão entre o global e o local: tornar-se, pouco a pouco, o cidadão do mundo sem perder as suas raízes e participando, ativamente, na vida do seu país e das comunidades de base. A tensão entre o universal e o singular: a mundialização da cultura vai-se realizando progressiva, mas ainda parcialmente. É, de fato, inevitável com as promessas dos quais o menor não é o esquecimento do caráter único de cada pessoa, de sua vocação para escolher o seu destino e realizar todas as suas potencialidades, mantendo a riqueza das suas tradições e da sua própria cultura ameaçada, se não tivermos cuidado, pelas evoluções em curso. A tradição e modernidade têm origem na mesma problemática: adaptar-se sem se negar a si mesmo, construir a sua autonomia em dialética com a liberdade e a evolução do outro, dominar o progresso científico. É com este espírito que se deve prestar particular atenção ao desafio das novas tecnologias da informação. Segundo (SOUZA, 1998, p. 19). De acordo com Fernandes (2009, p.51), no âmbito desse estudo, consideramos que a cultura da escola seriada se expressa no habitus dos agentes envolvidos no processo, no caso os docentes, os alunos e também as famílias. Sendo uma disposição incorporada e estruturada para uma ação no presente e, portanto, constituindo a vivência de uma lógica seriada, com tempo e espaço estruturados de forma linear, bem como a sequenciação de seus conteúdos e sua concepção de avaliação. Porém, com o avanço das tecnologias da informação, conjugado ao avanço, dos estudos pedagógicos, com a predominância dos princípios construtivistas para a aprendizagem dos indivíduos, marca a inovarão do ensino do novo milênio, já que se faz sentir que a escolarização tal qual está organizada não contempla mais 31 os espaços e o tempo da sociedade, contextualizando a educação contemporânea. (FERNANDES, 2009). 3.2- Pensar ensinar e construir o nosso destino comum Segundo Fernandes (2009), um paradigma comporta-se com um conjunto de ideias que facilitam a comunicação entre os membros de uma comunidade científica. Assim, diversos estudos apontam a necessidade de mudanças e atualização nos conteúdos curriculares e no projeto político pedagógico da educação, pois somente dessa forma conseguiremos alcançar um destino comum, com isso perguntas como: o que, porque, como e quando ensinar, a quem ensinar e quando avaliar faz parte da nova proposta pedagogia que vai integrar a sociedade com a comunidade escolar. Podemos analisar que alguns estudos têm se detido mais na esfera da seleção de conteúdos, em sua funcionalidade, foram origem, seja, o que e por que ensinar. De acordo com Perrenoud (2000.p, 83), saber cooperar é desse modo, uma competência que ultrapassa o trabalho de equipe, pode se definir uma equipe como o grupo reunido em torno de um projeto comum, cuja realização passa por diversas formas de acordo e de cooperação. Os projetos são tão diversos quanto as situações e as ações possíveis no ofício. É evidente que a oposição não é absoluta, uma equipe reunida para levar adiante um empreendimento definido pode, ao seu final envolver-se em novas aventuras e criar uma rede permanente de cooperação; ao contrário, uma equipe criada sobre a vontade de trabalhar em conjunto pode envolver-se em empreendimentos comuns que tornam, às vezes, sua principal razão de existir faz com que o trabalho torna-se muito mais comprometedor e consequentemente produtivo. Segundo Perrenoud (2000), em um projeto de tipo divisão de força e de ideias, oferecem muito mais segurança, melhorando a qualidade do projeto final, mas isso não representa perder a autonomia conquistada ao longo do tempo, o 32 trabalho em comum não significa que um deve se submeter às ordens e a hierarquização do outro e sim ambos alcançarem um objetivo igualitário e certo equilíbrio entre desejos de uns e de outros. Na construção de um destino comum, todos os membros são coletivamente responsáveis por seu funcionamento, o respeito ao horário e à pauta do dia, a preocupação em chegar em decisões claras, a lembrança das opções feitas, a divisão das tarefas, o planejamento dos próximos encontros, a avaliação e a regulação do funcionamento que significa que cada um exerce permanentemente uma parte da função de comando e de condução. Essa é nova visão da educação não só no Brasil, mas em todo canto do mundo. Para Perrenoud (2000), a era contemporânea um sentimento de vertigem, divididos que estão entre esta mundialização cujas manifestações eles observam e, por vezes, suportam a sua busca das raízes, das referências, de fazer parte. A educação deve encarar este problema, pois, na perspectiva do parto doloroso de uma sociedade mundial, ela se situa no coração do desenvolvimento tanto da pessoa humana como das comunidades. Cabe-lhe a missão de fazer com que todos, sem exceção, façam frutificar os seus talentos e potencialidades criativas, o que implica, por parte de cada um, a capacidade de se responsabilizar pela realização do seu projeto pessoal. Esta finalidade ultrapassa qualquer outra. A sua realização, longa e difícil, será uma contribuição essencial para a busca de um mundo mais habitável e mais justo. Num momento em que a dúvida quanto às possibilidades oferecidas pela educação se apodera de alguns espíritos, a comissão faz questão de sublinhar bem este ponto. É certo que há muitos outros problemas a resolver, chegaremos lá, mas este relatório surge numa altura em que a humanidade, perante tantas desgraças causadas pela guerra, pela criminalidade e pelo subdesenvolvimento, hesita entre a fuga para frente e a resignação. Vamos propor-lhe outra saída tudo nos leva, pois, a dar novo valor à dimensão ética e cultural da educação e, deste modo, a dar efetivamente a cada um, os meios de compreender o outro, na sua especificidade, e de compreender o mundo na sua marcha caótica para certa unidade, todavia é preciso começar por 33 se conhecer a si próprio, numa espécie de viagem interior guiada pelo conhecimento, pela meditação e pelo exercício da autocrítica. Esta mensagem deve orientar qualquer reflexão sobre educação, em conexão com o desenvolvimento e o aprofundamento da cooperação da sociedade. 3.3- A Educação e novos conceitos de produção Para Pereira (2000, p.16), os novos conceitos que surgem em face à reestruturação produtiva das empresas traduzida em inovações tecnológicas, organizacionais e gerenciais, tornaram-se fundamentais para responder a mercados altamente concorrências e à acumulação capitalista no mundo globalizado. Tendo em vista a inovação constante dos produtos e a sua variabilidade, a melhoria da qualidade do aumento da competitividade, são adotadas novas estratégias – os “novos conceitos de produção” kern e Shumann(1992) -, que se baseiam no uso intensivo de nova tecnologia e novas forma de implica uma modalidade de organização da produção e do trabalho e uma lógica de utilização da força e de trabalho em relação ao anterior modelo taylorista/fordista. Segundo Pereira (2000), outras mudanças organizacionais são introduzidas, a maior parte delas oriunda do chamado “ modelo japonês “ ou toyotista: Just-intime Kanban, além de as possibilidades técnicas da automação flexível tornar viável uma produção em pequena escala de produtos variados, adequados a demandas extremamente diferenciadas do mercado consumidor, exigindo do profissional uma mão-de-obra qualificada e comprometido com as atividades da empresa. O conteúdo e a qualidade do trabalho humano modificaram-se diante do modelo de especialização flexível, para Piore e Sabel (1984) e dos novos conceitos de produção, no qual a divisão técnica do trabalho se tornou menos evidenciada, com a integração tanto do trabalho direto e indireto quanto da 34 integração entre a produção, manutenção e o controle de qualidade; os grupos de trabalho substituiriam a produção individualizada e as tarefas do posto de trabalho foram eclipsadas pelas funções polivalentes, transmudadas em ilha de produção mini-célular de produção ou grupos semi-autônomos. O desenvolvimento do conteúdo informativo das atividades profissionais, a difusão das ferramentas de tratamento da informação e a sua inserção em uma rede informação e de comunicação tendem a fazer desaparecer as fronteiras tradicionais entre os empregos da administração e os de outros setores (produção, armazenagem, distribuição), favorecendo a mobilidade entre os empregos, até então separados em categorias isoladas, não só na produção industrial, como no setor de serviços. O trabalhador torna-se mais abstrato intelectualizado, mais autônomo, coletivo e complexo. Cada vez mais as funções diretas estão sendo incorporadas pelos sistemas técnicos, e o simbólico se interpõe entre o objeto e o trabalhador. O próprio objeto de trabalho torna-se imaterial: informações, signos, linguagens simbólicas. De acordo com (PEREIRA, 2000, p.17). Os sistemas técnicos desenvolvem, simultaneamente, possibilidades e exclusões. Com o avanço tecnológico, as tarefas tornaram-se indeterminadas, pelas possibilidades usos múltiplos dos próprios sistemas, e a tomada de decisões passa a depender da captação de uma multiplicidade de informações obtidas através das redes informatizadas, (DELUIZ, 1996, p.78). O trabalho repetitivo, prescrito, é substituído por um trabalho de arbitragem, em que é preciso diagnosticar, prevenir, antecipar, decidir e interferir em relação a uma dada situação concreta de trabalho, cuja natureza se reveste se da imprevisibilidade das situações nas quais o trabalhador, ou o coletivo de trabalhadores tem de fazer escolhas e opções o tempo todo, ampliando-se as operações cognitivas envolvidas nas atividades e o envolvimento da subjetividade do trabalhador, (DELUIZ, 1996, p.123). 35 O trabalhador polivalente deve ser muito mais “generalista” do que especialista. Para desenvolver as novas funções, há exigências de competências de longo prazo que somente podem ser constituídas sobre uma ampla base de educação geral, ou seja, ter conhecimento de tudo um pouco. De fato, algumas das modificações do processo de produção e da organização do trabalho não teriam sido possível, nos países desenvolvidos, sem os efeitos produzidos pelos grandes sistemas de educação de massa. As novas estratégias organizacionais, por outro lado, são também baseadas em umas novas atitudes em direção à força de trabalho. Hoje a administração considerada o trabalhador uma pessoa dotada de um amplo leque de habilidades e de uma grande capacidade de crescimento, alguém que é mais eficiente quanto seu pleno potencial está envolvido. As pessoas tornam-se importantes para a organização (PEREIRA, 2000). A preocupação com o desenvolvimento do homem e, portanto, o valor da Educação nesse contexto, em todos os níveis, tendo sido ressaltado por esses novos conceitos no sistema de trabalho, fundamentados na redefinição e numa combinação não ortodoxa de filosofia do produto, indústria tecnológica, projeto de trabalho e política de pessoal. Muitas empresas estão adotando esses conceitos e alterando as suas estratégias de gestão do trabalho; não há duvida de que esse número está crescendo e, apesar de restrições, assimetrias e contradições envolvidas, as novas concepções de sistemas de trabalho na produção estão em pauta. (PEREIRA, 1994). Os desenvolvimentos dos produtos requerem, além de equipamentos, de sistemas de informação, de serviços técnicos e de acesso à tecnologia de ponta internacional, profissional de alto nível. A requalificação esses trabalhadores, seja pela criação de novas áreas de trabalho, seja pelas introduções constantes de inovações tecnológicas, torna-se elemento vital. 36 Surge um ambiente com outras necessidades em termos de qualificações da força de trabalho. Hirata (1994), no texto “Da polarização das qualificações ao modelo da competência” expresso bem esses novos requisitos e tendências da qualificação dos trabalhadores e um seriam reformulação nos conteúdos para atender essa cobrança do mercado cada vez mais exigente, além disso, em virtude da emergência de um novo paradigma produtivo ao anterior, assim, o repetitivo não é criativo. Se esse sistema de produção em massa de bens padronizados exigia uma massa de trabalhadores semiqualificados, disciplinados e disposto a cumprir rigorosamente as tarefas prescritas segundo normas codificadas para determinado posto de trabalho, o novo conceito de produção passa a necessitar umas qualificações ampliadas, que ultrapassa os limites do posto específico de trabalho em direção não só a multifuncionalidade, mas a multiqualificação. Não se trata mais, por conseguinte, de uma qualificação formal/ qualificação prescrita, mas da qualificação real do trabalhador, compreendida como um conjunto de competências e habilidades, saberes e conhecimentos, que provêm de várias instâncias, tais como da formação geral (conhecimento científico), da formação profissional (conhecimento técnico) e da experiência de trabalho e social. A qualificação real do trabalhador é muito mais difícil de ser observada e constituem-se mais do que o somatório do “saber-ser e do saber-fazer”. O conjunto de competências amplia-se para além da dimensão cognitiva das competências intelectuais e técnicas, ou seja, a capacidade de reconhecer a e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho, transferir e generalizar o conhecimento, para as competências organizacionais metódicas capacidades de gestão de seu trabalho. Nos nossos dias a competência técnica refere-se ao conhecimento do processo do trabalho e não apenas tecnologia, também implica em habilidades e na profissão no qual exerce o trabalhador. 37 CONCLUSÃO Percebemos, portanto, que a globalização tem uma grande influência na educação dos brasileiros, pois com nova revolução tecnológica, o conhecimento ocupa um lugar de significância em nossa sociedade, a educação evoluiu muito, desde a década de trinta pra cá, com a primeira LDB, reformas foram feitas a fim de aperfeiçoar o nosso sistema de ensino até nos dias atuais as competências, habilidades e atitudes são ferramentas fundamentais para o currículo do novo milênio. Com a globalização apareceu o perfil do novo profissional, o empreendedor, que significa um elemento com qualificação polivalente, e detentor de algumas características tais como: controle, iniciativa, otimista, entusiasmado, comprometido com a missão da empresa, por isso, a atualização deve ser constante, o domínio da informática e a habilidade com essas ferramentas virtuais requerem um maior preparo cognitivo devido à complexidade no ambiente informacional. Por outro lado, o domino de outro idioma será o passaporte para o sucesso individual, tendo em vista que a globalização transcende barreiras geográficas, os comércios de mercadoria cada vez mais ativos com os blocos econômicos exigem uma interação entre países, aumentando as relações pessoais. Além disso, o contexto educacional requer a integração de todas as disciplinas, a interdisciplinaridade, obriga a flexibilização da formação que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino de pesquisa, nos movimentos sociais e nas manifestações culturais, também nos prepara para sermos um cidadão crítico e atuante participando da vida social, econômica e política do país. O campo educacional do novo milênio terá que está preocupado em orientar o educando para a importância da responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável, qualquer proposta para um programa educacional deve levar em conta as biodiversidades encontradas no ambiente que vivemos as perspectivas para o futuro é que os 38 profissionais inseridos no mercado de trabalho terão que está comprometido com os ideais do crescimento nacional e a preservação do nosso meio ambiente. Dado exposto fica claro que a formação dos nossos jovens para um futuro próximo deverá ser continuada, seja ela presencial ou a distância a atualização do saber vai ser uma constante e contextualizada com a realidade de cada indivíduo e todos deveremos aprender à saber, adquirir conhecimento, aprender a saberfazer, desenvolvendo as habilidades e competências, aprender a saber-ser, comportamento, regrado de valores, ética e atitudes, perante a sociedade e por fim, aprender a aprender, permanentemente, na busca dos seus próprios caminhos para manter atuante de forma garantir a sua constituição como cidadão e consequentemente garantir a sua empregabilidade. 39 BIBLIOGAFIA CONSULTADA CARMO, Paulo Sérgio, do. Tecnologia e trabalho em debate. São Paulo Moderna. 1997. CARNEIRO, Moaci Alves LDB fácil, leitura crítico- compreensiva artigo a artigo Editora Vozes 2002. DELUIZ, Neise. Rumo da Educação Profissional frente às mudanças no mundo do trabalho. 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