1 O PRECONCEITO NO CONTEXTO EDUCACIONAL Maurimar Melo Santos Costa Machado Graduanda do Curso Normal Superior e Pós-Graduação do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais / Unileste-MG Maria das Dores Reis Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais / UnilesteMG; Bolsista do PIC- Programa de Iniciação Científica /Unileste-MG José de Sousa Miguel Lopes Doutor em História e Filosofia da Educação pela PUC/SP; Professor do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais / Unileste-MG RESUMO Neste trabalho procuramos, a partir de numerosos estudos já realizados sobre a discriminação e o racismo presentes na sociedade brasileira, analisar o modo como a escola e, em particular os professores, acabam, em grande medida, reproduzindo os processos discriminatórios e racistas presentes na sociedade. Assim, procuramos investigar como os professores atuantes no Ensino Fundamental, se posicionam ante questões como: racismo, preconceitos, projetos de interculturação, formação de professores e teorias pedagógicas. Nesta pesquisa foi feito um levantamento bibliográfico de autores que melhor fundamentaram nossa análise como: Cristina Gomes Machado, Helio Silva Junior, Luiz Alberto Oliveira Gonçalves, Maria Tereza Gonzaga Soares e Tadeu Tomas Silva, entre outros. O trabalho culminou com a análise de entrevistas realizada junto a professores atuantes no Ensino Fundamental. Com a análise dos dados obtidos, pôde-se perceber que a maioria dos professores revela um posicionamento intercultural de retraimento aos assuntos abordados. Palavras-chave: interculturalismo, discriminação, educação, combate ao racismo, formação de professores. ABSTRACT In this work we look for, to leave of numerous studies already carried through on the discrimination and racism gifts in the Brazilian society, to analyze the way as the school and, in particular teachers, finish, in great measured, reproducing the discriminatory and racists processes presents in the society. Thus, we look for to investigate as the operating teachers in Basic Level, if they locate to questions as: racism, preconceptions, interculturation projects, pedagogical formation of teachers and theories. In this research one was made bibliographical survey of authors who had better based our analysis as: Cristina Gomes Axe, Helio Silva Junior, Alberto Luiz Oliveira Gonçalves, Maria Tereza Gonzaga Soares and Tadeu Tomas Hiss, among others. The work culminated with the analysis of interviews carried through together the teachers operating in Basic Level. With the analysis of the gotten data, it could to perceive that the majority of the teachers discloses a intercultural positioning of retraction to the boarded subjects. Key-words: interculturalism, discrimination, education, combat to racism, teacher formation 2 INTRODUÇÃO São vários os estudos que se têm debruçado sobre o problema da discriminação e o preconceito no contexto escolar brasileiro bem como das medidas tendentes a erradicá-las. No entanto, ainda são raros os estudos que se concentram na formação intercultural dos professores que atuam em nossas escolas. Esta formação deve estar embasada no reconhecimento das identidades culturais e dos processos de integração interétnica no Brasil e de suas complexidades, sociais e culturais. Considerando a inadequação na formação dos educadores, na escolha dos livros didáticos e a forma como têm sido trabalhados os conteúdos escolares, pouco se tem progredido para a erradicação da prática preconceituosa no ambiente escolar. Mas existe por parte dos próprios educadores, uma preocupação com a incidência de ações não interculturais dentro da escola, tomando-se necessário e importante, investigar profundamente o processo de formação intercultural dos professores do Ensino Fundamental e como se dá sua formação e ação no processo de educar, porque, como afirma Lopes (2003, p. 173). “A interculturalidade tem como objetivo compreender a expressão de uma cultura através dos homens, seus hábitos”. Assim, percebem a necessidade da formação interculturalmente dos professores, para que se esclareçam respectivamente os alunos, pois é através do ensino e da postura social do professor, que as crianças terão sua formação social e intercultural desenvolvida e formada, para assim, criarmos uma sociedade mais justa e democrática. Nessa perspectiva, procuramos desenvolver um trabalho de pesquisa no sentido de observarmos quais as formas de preconceito presentes em algumas escolas do Ensino Fundamental em Timóteo e Ipatinga e como o “corpo” escolar tem lidado com estes problemas. Estudos bibliográficos referentes à discriminação e a preconceito dentro da escola, subsidiaram a coleta de dados e sua posterior análise, contribuindo de maneira sucinta na compreensão sobre a temática, que é complexa e polêmica no campo educacional e social. UMA REFLEXÃO INICIAL SOBRE O INTERCULTURALISMO Nunca antes na História da Humanidade, tantos seres humanos estiveram deslocados dos seus lugares de residência como na época atual. Isso se deve a várias causas: guerras, cataclismos naturais, perseguições políticas, busca de melhores empregos, etc. Culturas até então distantes, estão agora colocadas face a face. Isto exige cada vez mais saber lidar com as diferenças. Como se sabe, a estimulação dos conjuntos bélicos, a crescente amplificação da violência humana e do terrorismo, além da crise que assola as instituições sociais e jurídicas, tanto no “campo” nacional quanto internacional, demonstram o quanto necessário se faz o debate sobre a educação intercultural. Esta é a razão pela qual julgamos de fundamental importância apresentar uma proposta de trabalho que possa estabelecer, sob diferentes perspectivas, um diálogo entre a Educação e a História, a Antropologia, a Filosofia, e outros campos do saber. Ela se orientaria para um aprofundamento e compreensão do significado do intercultural, de modo a começar a desenhar os traços básicos para a construção de uma educação intercultural. Silva et al (2003, p. 39), coloca a educação, vista como um processo de transformação social, preocupada com o desenvolvimento da consciência crítica dos componentes da comunidade escolar/geral, para que sejam capazes de realizar uma leitura crítica da estrutura social em que estão inseridos. E, por último, coloca-se a educação anti-racista, que pode ser assim resumida: uma ideologia radical apoiada em uma análise de classes 3 de inspiração marxista, posta a serviço de uma transformação social baseada na liberdade, na libertação dos grupos oprimidos e na eliminação das discriminações para a promoção da ação política. Fleuri (2003, p. 54) mostra que somos uma sociedade multiética constituída historicamente a partir de uma imensa diversidade de culturas. Reconhecer nossa diversidade étnica implica saber que os fatores constitutivos de nossas identidades sociais não se caracterizam por uma estabilidade e uma fixidez naturais. As identidades culturais sofrem contínuos deslocamentos ou descontinuidades. Assim, o interculturalismo, parte de um conceito de cultura mais dinâmico, que permite o intercâmbio e o diálogo entre os grupos culturais e seu mútuo enriquecimento. Ao considerar a diversidade cultural como positiva, entendendo-a como um problema, mas como uma expressão da riqueza da espécie humana, na perspectiva Intercultural não aumentar as diferenças, mas apenas se buscam elementos que possam unir os distintos grupos e que possibilitarão a comunicação e o entendimento intercultural. EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E A ESCOLA Para Fleuri (2003. p. 70) a recuperação das culturas no processo educacional coletivo ou pessoal, possibilitarão a interação entre diferentes modos de “ser humano”. Apresentam também a necessidade de se ampliar à visão sobre Educação intercultural, que não se restringe a uma escola em que convivem sujeitos de diferentes etnias. Sabemos que nas escolas, convivem simultaneamente diversas culturas de acordo com: gerações, gênero; classe, a etnia, pertença regional, capacidades físicas e mentais, entre outras. Esta compreensão nos remete a uma perspectiva relacional com o outro. A complementaridade entre mim e o outro constrói uma perspectiva inter-relacional de grande interesse no campo antropológico. Com efeito, o processo de relação em espelho fundamenta a metodologia intercultural. A perspectiva interrelacionista redefine a diferença com uma relação dinâmica não hierarquizada entre duas entidades, dois termos que se atribuem mutuamente um sentido. Dessa forma, o espaço educativo move-se por múltiplas conexões entre padrões culturais diversificados que coordenam uma sucessão complexa de tramas de significados. Essas tramas são estabelecidas nas relações entre sujeitos com seus padrões culturais específicos e diferentes, são a substância principal da educação intercultural. Neste momento, para uma maior compreensão do que é interculturalismo nas instituições escolares devemos abordar um outro “ponto” que predomina neste espaço: a cultura escolar. Para Candau (2003, p. 64), existe uma ruptura entre a cultura escolar, com seus parâmetros de homogeneização, normatização, rotinização e didatização, e a cultura da escola, com suas múltiplas vertentes de cultura vivida, intercambiada, na qual atuam as culturas sociais de referências dos “atores” do espaço escolar, que vivenciam diferentes universos culturais. Conclui que a cultura escolar ignora essa realidade plural e apresenta um caráter monocultural. Assim, é dentro do complexo universo escolar que a perspectiva intercultural da educação pode contribuir para a constituição de mediações críticas e articuladoras no processo educacional e na própria formação de educadores (as). 4 Portanto, o papel do ensino consiste então em organizar, facilitar, e, sobretudo, em otimizar esta troca acordada. As diferenças não podem ser vistas como uma penalização, mas podem ao contrário, tornar-se um enriquecimento mútuo desde que se trabalhe com elas em vez de tentar erradica-las. Todas as sociedades serão doravante multiculturais, todas as culturas deverão ser iguais em dignidade e, em decorrência desse fato, a opção potencialmente mais rica em termos pedagógicos é aquela da fertilização recíproca. Contudo, não devemos nos esquecer de que as oposições e resistências a esta perspectiva, problemas que deverão ser eliminados, sempre foram numerosas e fortes (por vezes mesmo brutais) ao longo do tempo. A DISCRIMINAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: EDUCADOR A discriminação tem sido promovida e reforçada na educação escolar de diversas formas. As condições que muitos governos vêm dando à escola pública são alguns fatores que fazem com que o próprio educador acabe, sem perceber, reproduzindo e reforçando a discriminação e o preconceito, os quais acabem por gerar a violência, Lopes (2002b, p.10) Felizmente, são significativos os esforços realizados nas últimas duas décadas, em várias partes do mundo, visando construir um repertório de conhecimentos específicos ao ensino. Ora, levar á prática uma educação intercultural, implicará que o docente possua uma clara compreensão dos mecanismos políticos, sociais, culturais e educacionais que promovem, em maior ou menor escala em todo o planeta, toda a sorte de preconceitos e discriminações com base nas diferenças culturais. Esse professor deveria ser capaz de ajudar a promover reflexões que conduzissem a ações viradas para um diálogo frutuoso com o outro, o diferente. Um ponto importante a ser desenvolvido, é o da necessidade do professor questionar, conhecer e definir sua identidade social, como assim se afirmar como parte integrante de um grupo social. Tanto em suas bases teóricas quanto em suas conseqüências práticas, os conhecimentos dos professores, como os de quaisquer outros profissionais necessitam, por conseguinte, de uma formação contínua e continuada. Desse ponto de vista, a formação profissional ocupa, em princípio, uma boa parte da carreira e os conhecimentos profissionais partilham com os conhecimentos científicos e técnicos a propriedade de serem revisáveis, criticáveis e passíveis de aperfeiçoamento. RACISMO E LIVROS DIDÁTICOS Esta temática foi baseada principalmente em estudos bibliográficos e nas entrevistas feitas aos professores participantes do projeto de pesquisai em que este artigo se refere. È possível ver claramente expressões do racismo nos livros didáticos brasileiros e também observar que este tema tem se encontrado na pauta de discussões de diversas áreas de estudo e recortes disciplinares como: Educação, História e tantas outras. Evoca-se que o livro didático é um dos primeiros exemplos de desigualdade racial na educação. O discurso racista em livros didáticos brasileiros apresenta, em conjunto, tendências preconceituosas compartilhadas e 5 diversificadas, sobretudo os relacionados com os negros e com os índios. Além disso, os livros didáticos não se preocupam em trazer a diversidade cultural e o multiculturalismo como algo importante a passar aos alunos. Mesmo assim, os livros didáticos brasileiros são considerados não ”racistas”, se comparados aos livros dos EUA, não demonstrando de forma tão clara o preconceito e o racismo. Para Skidmore (1991) o brasileiro tem preconceito de ter preconceito. Mas Silva Jr, (2002) coloca ainda que no ativismo contemporâneo, durante e após o processo de abertura política, o movimento negro vem se interessando e denunciando o racismo no livro didático, visando, especialmente, a uma proposta mais ampla de alteração curricular. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através de uma entrevista realizada com professores que atuam no ensino fundamental nas cidades de Ipatinga e Timóteo, pudemos analisar que há uma unanimidade em afirmar que no Brasil está se discriminando mais em função da condição socioeconômica dos sujeitos que pela sua origem ou cor. Podemos assim dizer, que os preconceitos estão presentes em nossa cultura, estabelecendo uma atitude de diferenciação de um indivíduo para outro e que por estes (os preconceitos), estarem, enraizados na sociedade, torna-se difícil uma mudança "rápida" de atitudes. Eles causam também, um bloqueio moral no momento de se falar sobre esta questão. Segundo Gomes (2003, p.171), é no âmbito da cultura e da história que definimos as identidades sociais (...). Reconhecer-se numa delas, supõe, portanto, responder. afirmativamente a uma interpelação e estabelecer um sentido de pertencimento a um grupo social de referência. Portanto, pudemos perceber que existe uma falta de preparação intercultural dos professores entrevistados, ou mesmo, uma indecisão em se situarem num determinado grupo social ou definirem sua raça. Ocorreram dúvidas e constrangimentos ante o questionamento sobre raça (presença significativa da falta de uma identidade cultural firmada). Percebeu-se também que as escolas hoje têm crianças de diversas raças e cores, o que vem dificultar o trabalho qualitativo com a turma, pois os professores não se sentem capacitados para lidar com as diferenças existentes dentro dos muros da escola. Aqui, os professores colocaram com veemência, que sentem desejo em mudar atitude e valores, lutar por uma afirmação cultural e erradicação das atitudes racistas e preconceituosas, mas não tem capacitação para qual direção tomar. Podemos então, supor, que não tem ocorrido em nosso meio, um trabalho de conscientização, politização e criticidade cidadã, o que vem a impedir uma transformação da realidade na qual vivemos. Portanto, percebe-se, que a posse de bens materiais, o poder de consumo e a posição social, têm tanto mais se firmado na sociedade, quanto gerado discriminação em relação aos quem não possuem tais "privilégios". Além disso, foi possível observar que, mesmo sendo crime qualquer forma de racismo e preconceito, os órgãos responsáveis pela educação/escola no país, não têm realizado nenhum trabalho de impacto que venha erradicar de nosso meio este “mal”, que há tanto tempo está enraizado na sociedade mundial. Infelizmente, os 6 órgãos competentes para solucionar estes problemas, têm camuflado estas ações. Mesmo assim, a maioria dos entrevistados desta pesquisa, manifestou vontade de encontrar soluções para tais problemas e sugeriram alguns projetos. Entre outras, deram as seguintes sugestões: trabalhar o respeito pelo outro desde a préescola, pois não é a cor da pele que faz a diferença, mas sim o que você é capaz de produzir, pelo que não deveria haver desigualdade entre brancos e negro; promover o respeito mútuo; esforçar-se por compreender e saber conviver de forma mais harmoniosa com as diferenças; desencadear projetos no interior da escola que tratem destas questões; promover palestras e debates sobre o assunto; procurar manter sempre grupos de trabalho heterogêneos e, por último, a necessidade de capacitação regular dos educadores sobre esta problemática. Assim, foi possível perceber que começa a clarear a visão quanto ao valor das diferenças etno-racial, e que estas não são algo “ruim”, mas sim, algo que enriquece o valor sócio cultural de uma sociedade. A realização desta pesquisa veio propiciar uma interação entre a realidade da discriminação no contexto escolar e os estudos realizados sobre o tema central. Através de visitas e entrevistas, foi possível observar que as escolas não estão preparadas para o trabalho de uma educação intercultural, pois tanto professores quanto outros funcionários, não são capacitados profissionalmente para trabalhar a questão das diferenças existentes na escola. Conclui-se, portanto, que toda mudança implica uma escolha entre uma trajetória a seguir e outras a deixar para trás. A compreensão do contexto, dos processos e das conseqüências da mudança, por sua vez, ajudanos a clarificar e a questionar estas escolhas. As opções que fizermos dependerão, em última instância, da profundidade deste entendimento, mas também da criatividade das nossas estratégias, da coragem das nossas convicções e da orientação dos nossos valores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em preto e branco. 3.ed. São Paulo: Ática, 2001. 80p. CANDAU, Vera Maria (Coord.). Somos todos iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 176p. CARONE, Iracy et. al. Psicologia social do racismo: estudo sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002. 189p. FLEURI, Reinaldo Matias (Org.). Educação intercultural: mediações necessárias. Rio de Janeiro: DP& A. 2003. 156p. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 8.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. 212p. GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e Pesquisa. v. 29, n. 1, p. 167- 182, 2003. 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