ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS 01. Município: Uberlândia 02. Distrito: Sede 03. Designação: Escola Estadual Uberlândia (popularmente conhecida por “Museu”) 04. Endereço: Praça Adolfo Fonseca, no. 141 – Bairro Fundinho/Centro 05. Propriedade: Pública 06. Responsável: Yolanda de Leva Bernardes 07. Histórico: A história da Escola Estadual de Uberlândia teve início em 1912, com a instalação do Ginásio de Uberabinha, instituição particular sob a direção de Antônio Luiz da Silveira, funcionando em condições precárias e em local inadequado. Algumas pessoas de grande influência na cidade tais como Arlindo Teixeira, Tito Teixeira, José Nonato Ribeiro, Antônio Rezende, Custódio Pereira, Carmo Gifoni e Clarimundo Carneiro uniram-se para criar a Sociedade Progresso de Uberabinha, com objetivo de construir um prédio novo para a escola. A obra foi realizada pelo construtor Hermenegildo Ribas, entre 1818 e 1921; não há confirmação se a autoria do projeto é sua. O colégio funcionou até 1929 em regime particular; nessa data o prédio foi doado ao Estado de Minas Gerais, sem ônus para o governo, para a instalação do Ginásio Mineiro de Uberabinha, criado pelo decreto estadual no. 8.958, em 03 de janeiro de 1929. Oferecia internato para 120 alunos além dos externos. A instalação se deu em 30 de março de 1930. Ainda em 1930, durante a Revolução Constitucionalista, o prédio foi transformado em quartel general das Forças Revolucionárias do Triângulo Mineiro. Seu primeiro diretor foi Mário Guimarães Porto, seguido por Luiz da Rocha e Silva, Aniceto Maccheroni e João Siqueira, Osvaldo Vieira Gonçalves (Prof.Vadico), Saint-Clair Netto, Celso Correa dos Santos, Glaúcia Santos Monteiro, Sâmia Mameri Ferreira, Arlete Lopes Buiatti, Dilma de Paula Sagatto e Yolanda de Leva Bernardes. 08. Descrição: A E. E. de Uberlândia pode ser considerada o melhor exemplar da arquitetura institucional eclética, com forte presença de estilemas neoclássicos, ainda existente na cidade. Está implantada em terreno de esquina da Praça Adolfo Fonseca com a Rua Teixeira Santana; com sua fachada principal voltada para a praça. Possui dois pavimentos, com porão alto. Sua fachada é marcada pela presença da porta central com verga de arco pleno encimada por duas janelas no nível do segundo pavimento, também com verga em arco-pleno, que se abrem para um pequeno balcão. De cada lado das aberturas centrais, há seis janelas, de vergas de arco abatido, distribuídas em dois panos marcados por pilastras adoçadas. 09. Documentação Fotográfica: A fachada é arrematada por ático contínuo, com acrotérios correspondentes aos cunhais e às pilastras adoçadas; no centro, apresenta-se um frontão de perfil recortado, tendo na parte superior a Estrela da República e, abaixo, o ano de inauguração do prédio (1921). Sua planta organiza-se em um volume horizontal que constitui a fachada frontal e três pavilhões iguais, dispostos paralelamente, que se articulam em posição ortogonal ao volume frontal, formando um “E” deitado. Sua construção emprega estrutura autoportante de tijolos maciços, alicerces de pedra 10. Uso Atual: ( ( ( ) Residencial ) Comercial ) Industrial 11. Situação de Ocupação: ( X ) Própria ( ) Cedida ( ) Outros ( ) Serviço ( X ) Institucional ( ) Outros 12. Proteção Legal Existente ( ) Alugada ( ) Comodato 13.Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento ( ) Municipal ( ) Federal ( ) Estadual ( X ) Nenhuma ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual ( X ) Tombamento Municipal ( ) Entorno de Bem Tombado ( )Documentação Histórica ( ) Inventário ( X ) Tombamento Integral ( ) Tombamento Parcial ( ) Fachadas ( ) Volumetria ( ) Restrições de Uso e Ocupação 14. Análise do Entorno - Situação e Ambiência: A Praça Adolfo Fonseca, onde se encontra implantada a Escola, foi urbanizada em 1950; antes constituía-se em um espaço vazio, apenas delimitado pelas ruas. Apresenta-se bem cuidada, com vegetação e bancos bem conservados. As vias que a delimitam apresentam tráfego intenso; são asfaltadas e em bom estado de conservação; tem largura para dois carros, com estacionamento nas laterais. Os passeios têm 1,20 m. de largura, com boa pavimentação. Encontra-se em uma área que sofre grande pressão de verticalização; nos terrenos da lateral direita da escola, foram construídos dois grandes condomínios verticais, que também estão presentes nas ruas adjacentes. O entorno próximo tem sofrido a substituição do uso residencial unifamiliar por serviços e comércios. Em um dos quarteirões da Praça, verifica-se a instalação de um grande supermercado; em outro, um tradicional bar e restaurante; há também escola de línguas e comércio em antigas casas adaptadas para novos usos. 15. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( X ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo 16. Análise do Estado de Conservação: O estado de conservação geral do edifício é bom, sem problemas estruturais graves. A instalação elétrica feita para adequação da escola ao uso de novos equipamentos é toda com condutores aparentes, mas necessita de uma reavaliação para maior segurança. As portas e esquadrias não funcionam bem e encontram-se sem fechaduras ou maçanetas. A pintura encontra-se desgastada. 17.Fatores de Degradação: Falta de manutenção e desgaste natural do uso. 18.Medidas de Conservação: Manutenção periódica. 19. Intervenções: Em 1942, na administração do Prof. Osvaldo Vieira Gonçalves, foram construídos um galpão com palco e um campo de basquete iluminado para uso noturno, calçou-se os pátios, pintura e reparos gerais no prédio foram feitos. Em 1973, o edifício passou por uma reforma geral, dentro do programa CARPE, do Estado de Minas Gerais, quando o assoalho de madeira foi retirado e substituído por cerâmica; a escada de acesso do primeiro ao segundo pavimento, de madeira, foi substituída por outra, de concreto. Em 1980 a escola encontrava-se em condições precárias e, durante a direção de Dilma de Paula Sagatto (1980/1996) foram feitas várias intervenções: pintura geral, colocação de guarda-corpo de metal na escada interna, a portaria também recebeu grades de proteção, o patamar de acesso à porta lateral esquerda do prédio foi fechado com alvenaria para instalação de uma copiadora, alteração nos usos de salas, colocação de grades nas janelas da fachada frontal do primeiro pavimento. Em 1992 o prédio foi novamente pintado. No terreno dos fundos, foram construídos vários anexos ao longo dos anos: cozinha, depósito, casa do zelador, marcenaria, uma quadra poliesportiva coberta com estrutura metálica (1974) e salas para laboratórios (1981). A fachada conserva todos os elementos decorativos originais. 20. Referências Bibliográficas: MOTTA, Guilherme Augusto S., REIS, Andréa C. dos. (2000). Dossiê de Tombamento da E. E. de Uberlândia. Uberlândia: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia. Designação: Escola Estadual Uberlândia (popularmente conhecida por “Museu”) (Trabalho de alunos da disciplina Técnicas Retrospectivas). 21. Informações Complementares: O inventário deste imóvel foi realizado em 2001; em 2002 a ficha foi adequada ao novo modelo do IEPHA/MG, adotada pela Secretaria Municipal de Cultura, sendo acrescidos de avaliação. Levantamento métrico-arquitetônico s/esc. 22. Atualização de Informações: 23. Ficha Técnica: Fotografias: Leonardo Finotti Data: março/2001 Elaboração: Andréa Cunha e Guilherme Motta Data: março/2001 Revisão: Marília M. B. T. Vale. Data: agosto/2002