Secretaria de Estado da
Educação do Paraná
Departamento de Educação Básica
Equipe de Geografia
DIRETRIZ CURRICULAR
ORIENTADORA DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
PARA A REDE ESTADUAL
GEOGRAFIA
Parecer CEE/CEB nº 130/10
Histórico
As ideias geográficas foram inseridas
no currículo escolar brasileiro no século
XIX e apareciam de forma indireta nas
escolas de primeiras letras.
O Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro,
teve sua estrutura curricular definida pelo
artigo 3º do decreto de 02 de dezembro
de 1837, que previa para o Ensino Médio,
conteúdos contemplados princípios de
Geografia.
Essa primeira inserção dos conteúdos
geográficos tinha como objetivo enfatizar
a descrição do território, sua dimensão e
suas belezas naturais.
Essa forma de abordagem do conhecimento em
Geografia perdurou até os anos de 1950-1960,
caracterizando-se, na escola, por um ensino de
compêndio e pela ênfase na memorização de
fatos e informações que refletiam a valorização
dos conteúdos em si, sem levar,
necessariamente, a compreensão do espaço.
Assim, o foco do ensino de Geografia estava
na descrição do espaço, na formação e
fortalecimento do nacionalismo, para a
consolidação do Estado Nacional brasileiro,
principalmente nos períodos de governos
autoritários. Esse modo de ensinar ficou
conhecido como Geografia Tradicional e,
permaneceu, como prevalente, durante
grande parte do século XX, pelo menos até
o final da década de 1970 e início dos anos
de 1980.
Geografia no Paraná:
• Década de 1980 – Currículo Básico do
Paraná.
• Década de 1990 – Parâmetros
Curriculares.
• De 2003 – 2008 – Construção coletiva
das DCEs.
As diretrizes se destacam como um
documento
norteador,
em
uma
perspectiva de contribuição a prática
pedagógica do professor ancorado num
suporte teórico-crítico.
As Diretrizes Curriculares são …
• um repensar da prática pedagógica,
• possibilidades em problematizar os
conteúdos,
• reconhecer os impasses e
contradições,
• compreender e ensinar o espaço
geográfico no atual período histórico.
“Cabe à Geografia preparar os
alunos para uma leitura crítica
da produção social do espaço,
negando a “naturalidade” dos
fenômenos que imprimem
passividade aos indivíduos”
(CASSETI, 2002)
Orientando o pensamento geográfico e o
trabalho do professor:
• Onde?
• Como é este lugar?
• Por que este lugar é assim?
• Por que as coisas estão dispostas desta
maneira no espaço geográfico?
• Quais as consequências deste ordenamento
espacial?
• Por que e como esses ordenamentos se
distinguem de outros?
OBJETO DE ESTUDO
Espaço Geográfico:
entendido como o espaço produzido e
apropriado pela sociedade, composto
pela inter-relação dos objetos –
naturais, culturais e técnicos – e as
ações – relações sociais, culturais,
políticas e econômicas (SANTOS, 1996).
DIMENSÃO CULTURAL
E DEMOGRÁFICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO
SOCIOAMBIENTAL DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO
ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA
DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
Conteúdos Estruturantes
(...) saberes – conhecimentos de grande
amplitude, conceitos ou práticas – que
identificam e organizam os diferentes
campos de estudo das disciplinas
escolares, sendo fundamentais para a
compreensão do objeto de estudo das
áreas do conhecimento (DCE, 2006).
DIMENSÃO ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
Sua abordagem enfatiza a apropriação do
meio natural pela sociedade, por meio das
relações sociais e de trabalho, para a
construção de objetos técnicos.
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
Engloba os interesses relativos aos
territórios e às relações de poder,
econômicas e sociais que os envolvem.
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
Esse conteúdo estruturante permite a
análise do Espaço Geográfico sob a
ótica das relações culturais, bem como
da
constituição,
distribuição
e
mobilidade demográfica.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
Permite abordagem da interdependência das
relações
entre
sociedade,
elementos
naturais, aspectos econômicos, sociais e
culturais.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Paisagem
Região
Território
Lugar
Sociedade
Natureza
Geografia
Categorias de análise:
Sociedade
Espaço
Natureza
Tempo
Geografia
Escalas de análise:
Local - município
Regional
Nacional
Global
AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) determina que a avaliação
do processo de ensino-aprendizagem seja
formativa,
diagnóstica
e
processual.
Respeitando o prenúncio da lei, cada escola da
rede estadual de ensino, ao construir seu
Projeto Político Pedagógico, deve explicitar
detalhadamente a concepção de avaliação que
orientará a prática dos professores.
Sendo assim, as Diretrizes propõem que
a avaliação deve tanto acompanhar a
aprendizagem dos alunos quanto nortear o
trabalho do professor.
PLANEJAMENTO
E
ARTICULAÇÕES
P
L
A
N
E
J
A
M
E
N
T
O
Projeto Político
Pedagógico
• Marco situacional
• Marco Conceitual
• Marco Operacional
Proposta
Pedagógica
ou Projeto
Pedagógico
Proposta Curricular
• O quê?
• O como?
• O por quê?
• O para quê?
Plano de
Trabalho
Docente
• Parte da proposta
pedagógica.
• Organiza o ensinoaprendizagem em sala
de aula.
Plano de Ação
da Escola
• Organiza e articula as
ações necessárias ao
funcionamento do ponto
de vista da gestão
escolar.
P
L
A
N
E
J
A
M
E
N
T
O
Proposta
Curricular
Proposta
Pedagógica
Curricular/
Planejamento
•
•
•
•
O
O
O
O
quê?
como?
por quê?
para quê?
PPC/PLANEJAMENTO
O que? : Conteúdos por Ano/Série
O como? : Metodologias
O por quê?/ O para quê? : Justificativa
(concepção teórica de Ciência e da
disciplina, DCE, PPP); Objetivos
Avaliação (DCE, PPP)
P
L
A
N
E
J
A
M
E
N
T
O
Plano de
Trabalho
Docente
• Parte da
proposta
pedagógica.
• Organiza o
ensinoaprendizagem em
sala de aula.
PLANO DE TRABALHO
DOCENTE
Professor
Ocorre na sala de aula
Passagem
Do sonho à realidade
Da teoria à prática
Da prática à teoria
É na sala de aula que se dá o processo de
socialização do conhecimento.
Elementos do
Plano de Trabalho Docente
•
•
Conteúdos (O que?)
Justificativa ou Objetivos (O por quê/ O
para quê?)
•
Encaminhamento Metodológico (O
como?)
•
•
Recursos Didáticos (com o que?)
Critérios e Instrumentos de Avaliação
(O que / Através do que?)
•
Referências
Critérios de avaliação
Os critérios de avaliação devem ser elaborados
pelo professor, considerando os conteúdos
específicos.
Os conteúdos específicos são estabelecidos
pelo professor, a partir dos conteúdos
estruturantes e básicos.
Expectativas de Aprendizagem:
NÃO FAZEM PARTE DO PTD.
- Tem por objetivo de acompanhar a
aprendizagem dos alunos e nortear o trabalho do
professor;
-partem dos conteúdos básicos já existentes
nas DCEs;
- apontam o que é de fundamental em cada
conteúdo básico presente nas DCEs;
- são mais amplas que os critérios de avaliação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“A geografia existe desde sempre, e nós a
fazemos diariamente. Devemos romper então
com aquela visão de que a geografia é algo
que só veremos em aulas de geografia”
(KAERCHER, 2003, p. 11). Assim, a geografia
pode ser percebida em ações e fenômenos
presentes no cotidiano da escola e do aluno,
colaborando para a construção de uma
sociedade mais crítica e indignada com a
miséria humana.
Que na escola os alunos possam ter na
geografia um instrumento para realizar uma
leitura do mundo e na construção de uma
sociedade mais crítica e indignada com a miséria
humana (KAERCHER, 2003).
Referências
CASTILLO, R. A. Usos do território brasileiro e
tecnologias da informação: integração eletrônica e
conhecimento digital. In: KATUTA, A. M. SILVA,W.
R.(orgs.). O Brasil frente aos arranjos espaciais do
Século XXI. Londrina: Humanidades, 2007. (p. 81-101).
PARANÁ. O que são critérios de avaliação? Curitiba:
SEED, 2008. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conte
udo.php?conteudo=33. Acesso em: 23 fev. 2010.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e
tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
KAERCHER, N. A. A geografia é o nosso dia-a-dia. In:
CASTRIGIOVANNI, A. C. [et. al.] Geografia em sala de
aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: editora da
UFRGS/AGB – Seção Porto Alegre, 2003, p. 11-21.
RUA, J. [et.al.]. Para ensinar geografia. Rio de
Janeiro: Access, 2005.
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Anexo 01 - Educadores