18 Geral Anápolis, de 13 a 19 de março de 2015 Inconsolável Mãe, três meses após morte de filho: ‘não posso ficar sem resposta’ Caso ocorrido em 28 de novembro de 2014, durante retiro de escola de filosofia com sede em Anápolis, continua sem resposta. Elza Maria Parreira Lopes Tonetto, mãe de Paulo Gabriel Lopes Tonetto, cobra respostas adequadas da polícia Felipe Homsi U m rapaz novo, com apenas 24 anos, cursando o 5º período do curso de História, professor de Filosofia em uma escola reconhecida nacionalmente, com unidade em Anápolis. O futuro esperava muito de Paulo Gabriel Lopes Tonetto, morto, segundo a mãe, Elza Maria Parreira Lopes Tonetto, no dia 28 de novembro de 2014, durante um retiro realizado no distrito de Girassol - Cocalzinho de Goiás. Ele foi encontrado, conforme o relato de Elza, aproximadamente às 17 horas, com sinais de tiro na mão e olho direitos. Apesar de a mãe acreditar que o filho tenha morrido na hora do ocorrido e que a escola de filosofia tenha atrasado a dar informações para a família sobre o estado da vítima, a certidão de óbito aponta que ‘o falecimento ocorreu entre Ousadia O Pedro estava indo para o trabalho, isto por volta de sete e meia da noite, em plena Avenida Brasil, esquina com a Avenida Goiás. Nisto, surgiram dois elementos mal-encarados, um deles com uma faca na mão. Deram voz de assalto ali mesmo, com todo o movimento de pessoas e veículos. O Pedro, diante da situação, entregou tudo: dinheiro; carteira, celular e mais alguns objetos de uso pessoal. Os bandidos saíram correndo, mas, a vítima viu que eles entraram no canal do Ribeirão Antas. Aí, ficou fácil. Chamaram a polícia e o Elismar estava lá. Seu comparsa havia fugido com o celular. O assaltante foi reconhecido pelo Pedro e por mais uma vítima que havia sido assaltada da mesma forma. Cadeia para o Elismar. O valentão O Erivaldo é vizinho da Adriana. Eles moram na Vila São Joaquim. A o dia 29/11/2014, às 17 horas, e o dia 30/11/2014, às 23h00’. “Eu não sei o que eles (escola) estão escondendo. Alguma coisa deve ter acontecido”, declara. Esta indagação sobre o que, realmente, ocorreu tem levado a mãe de Paulo Gabriel Lopes Tonetto a empreender uma busca por respostas, o que inclui a mobilização de veículos de comunicação locais, anúncios em jornais e auxílio da família na busca. “Eu só faço isso”, declara em prantos. “Eu só faço isso da minha vida. Eu passo o dia pensando, passo a noite sonhando”, continua seu relato sobre a busca de uma solução para a morte do filho. O caso foi registrado no Centro Integrado de Operações de Segurança de Águas Lindas de Goiás, às 03h46 do dia 29 de novembro de 2014. Causa estranhamento a ela o fato de a família, por meio do seu filho mais velho, Sylvio Tonetto Netto, ter sido Adriana é mãe da Jéssica. E, o Erivaldo deu de chamar a moça de “quenga”. A Adriana não gostou e foi tirar satisfação com ele. Mas, o Erivaldo respondeu: “Quem tem suas quengas que cuide delas, se não, eu...”. A Adriana achou que foi um insulto, uma injúria e uma difamação contra ela e a filha. Resolveu, então, buscar o caminho correto e registrou um boletim de ocorrência contra o Erivaldo. Agora, o problema dele é com a polícia. Trio assaltante Willian, Jônatas e David moram na região da Jaiara. Como não encontraram nada melhor para fazer, resolveram sair assaltando. E, a primeira vítima escolhida foi o Seu Juraci, dono de uma pequena mercearia. Os três bandidos entraram no estabelecimento já com uma faca na mão. Não foi difícil levar todo o dinheiro. E, todo o dinheiro, não passava de R$ 50,00. O avisada do que ocorreu apenas às 00h20, aproximadamente seis horas depois que o fato ocorreu. Sem respostas A falta de respostas, tanto por parte da escola de filosofia, quanto das autoridades competentes, gera a angústia na mãe: “Eu não tenho mais o que fazer. Acabou minha vida. Eu só tenho que descobrir o que aconteceu com meu filho. Só isso. Eu prefiro descobrir o que aconteceu com ele. Eu estava preparando um menino para a vida, não preparando para a morte. O certo seria eu ir primeiro. Existem mortes piores do que a dele? Sim, existem. Mas a dele foi a mais estranha, porque o menino estava em uma escola, ele dava aula também”. “A escola não fala no assunto, ninguém que é de lá pode falar no assunto”, aborda sobre a atitude da instituição de ensino quan- Juraci, refeito do susto, ligou para um amigo e, este amigo, ainda viu o trio seguindo pela avenida. De pronto, ligou para o 190 e os policiais chegaram bem na hora. Não deu nem para correr. Os três se acomodaram, como deu, no compartimento traseiro da viatura e foram bater um papo com o delegado. Olha a faca! Cinco e meia da tarde e os moradores do Jardim Promissão se assustaram ao ver a Karoline correndo e, seu tio, o Robson, correndo atrás dela com uma faca na mão. “Vou tem matar, vou te picar, vou abrir seu bucho”, gritava o enfurecido Robson. Uma amiga da Karoline entrou no meio para apaziguar e o Robson disse: “Fica na sua, se não, sobra pra você também...”. Em segundos a PM chegou e levou todo mundo para a delegacia. Lá, a Karoline disse que seu tio vive provocando-a e que, não aguentando mais, resolveu revidar. Mas, na hora H, não quis representar criminalmente contra ele. Disse que ia deixar pra lá. Vá entender esse pessoal... do questionada sobre o fato. Para pagar o custo da campanha que ela realiza, Elza deixa de pagar algumas contas pessoais e utiliza recursos próprios. “Eu quero saber o que aconteceu”, continua. Detalhes Paulo Gabriel Lopes Tonetto, de acordo com a mãe, frequentava de 15 em 15 dias uma fazenda no Distrito de Girassol - Cocalzinho de Goiás, para atividades da escola de filosofia na qual ele trabalhava. Na data do ocorrido, era realizado no local um encontro mundial de damas. A mãe afirma, citando relatos de pessoas que estavam no local, que o rapaz estava em uma espécie de mirante com guarita, fazendo a guarda do retiro. “Meu filho não era guarda, ele não tinha porte de arma. Ele nem tinha idade para ser um guarda”, diz, abordando que a arma foi disponibilizada pela escola. Dupla assaltante José Almiro tem um pequeno lanche na região do Jardim Arco Verde. Esta semana, ele já estava fechando, quando chegaram dois elementos e perguntaram se ainda dava tempo de comerem alguma coisa. O José, com a maior boa vontade, disse: “Gente fina, eu já estou indo pra casa, mas vejo que vocês estão com fome, então vou atendê-los”. Os dois “clientes” disseram: “Pois, é, chefia... mas a gente mudou de ideia. Queremos é o dinheiro que o amigo ajuntou o dia todo hoje. E, é bom entregar na boa, se, não, a sua esposa vai ficar viúva daqui a pouco”. Isto, cada qual com um revólver na mão. Assim sendo, levaram R$ 210,00 em grana viva, mais a Parati vermelha do José. Velório? Tô fora... Tinha acabado de escurecer e o Mateus seguia perto do Sanatório Espirita. Ouviu o barulho de uma moto, mas nem ligou. A moto parou perto dele e um sujeito que estava na garupa desceu gritando: “Perdeu, perdeu... Passa tudo o que tem aí, se não, Quanto a este fato, ela afirma que “a escola muda a opinião”, ora declarando que no local havia armas, ora afirmando que não. Ela não tem dúvidas: a arma, supostamente uma espingarda Valmet número 16.777 Urava M49, calibre 22, “é da escola”. “Ele não era guarda, ele era um estudioso”, acrescenta ao lamento. Paulo Gabriel foi levado ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília. A causa da morte, que consta na Certidão de Óbito, lavrada em 1º de Dezembro, indica ‘traumatismo cranioencefálico, ação de instrumento perfuro contundente, disparo de arma de fogo’. As informações sobre a arma foram repassadas pela sobrinha de Elza, a advogada Karla Andrade Costa Lacombe, que registrou o boletim de ocorrência. “Ninguém me dá atenção. Não me dá atenção porque a escola é forte. Eu não sei o que eles es- tão escondendo. Alguma coisa deve ter acontecido”, repete. Ela tem suas próprias conclusões sobre o fato: “Eles falaram que foi um acidente dele com ele mesmo. Só que é mentira, porque se não teria pólvora no corpo do meu filho”. Elza entende que “não pode ter sido um acidente” e diz que aguarda exame de balística, que “está demorando demais”. Seu relato continua, com o sentimento da mãe que busca respostas: “Era um menino bom”. Ela ainda declara que sua procura por informações continuará. “Eu não vou parar não”, aborda. Muito mudou na sua maneira de ver a vida, desde que perdeu seu filho. “Todas as noites eu rezo pelas mães de todo mundo, pelos filhos”, relata. E diz, ainda, surpresa e chocada com a situação, como tem sido duro sentir na pele ter perdido seu rapaz: “Hoje, aconteceu com meu filho”. amanhã o pessoal vai estar no seu velório...”. O Mateus, todo trêmulo e vendo um revólver bem pertinho de sua testa, não contou história. Entregou celular, documentos e R$ 22,00 em dinheiro vivo. Os bandidos sumiram na escuridão. O Mateus respirou aliviado. E, disse: “Que velório que nada. Eu ainda quero viver muito. Dinheiro eu ganho outro...”. delegacia. Mas, nem a Vanilda, nem o Cláudio, queriam ir. O PM disse: “Gente, eu não vou gastar meu tempo e a gasolina do governo para vir aqui e voltar sem resolver a questão. Acho que vocês vão ter que ir...”. E, não é que eles foram? Apertados no cubículo da viatura, mas foram. Tempo quente A PM foi chamada para averiguar uma denúncia de perturbação do sossego público no Residencial “Dom Felipe”. Em lá chegando, de fato, o som parecia um trio elétrico. “De quem é esta caminhonete?”, indagou o PM. “É minha”, disse a Vanilda. “A senhora poderia fazer o favor de abaixar o som?” retrucou o policial. Nisto, chegou o Cláudio e foi logo dizendo: “Fui eu quem ligou pra vocês. Eu quero representar contra ela”. Aí, o caldo engrossou, o tempo esquentou e o pau comeu. Nunca, na história daquele bairro, se ouvira tanto palavrão, tanto xingamento como naquela noite. Os policiais resolveram levar todo mundo para a Briga feia O Roni e o Romildo andam às turras. Tanto é assim que estão demandando uma causa na Justiça. Esta semana, os dois estavam aguardando para uma audiência, quando o Roni começou a fotografar o carro do Romildo que estava na porta do Juizado Especial. “Para com isso, sujeito...” esbravejou o Ronildo. “Num paro, ocê num manda ni mim...” respondeu o Roni. Em um segundo os dois já estavam rolando no chão. Quando a PM conseguiu separar os brigões, ambos já estavam arranhados, sujos e trocando ameaças. “Isso num vai ficar assim...”, disse o Roni. “Num vai mesmo...” respondeu o Romildo. É esperar para ver... (Colaborou Richardson de Bastos)