UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADE CATARATAS
FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a
promoverem as transformações futuras”
AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DE DEJETOS DA
SUÍNOCULTURA EM UMA PROPRIEDADE EM DOIS
VIZINHOS - PR
HENRIQUE ALVES RODRIGUES JUNIOR
Foz do Iguaçu - PR
2010
i
HENRIQUE ALVES RODRIGUES JUNIOR
AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DE DEJETOS DA
SUÍNOCULTURA EM UMA PROPRIEDADE EM DOIS
VIZINHOS - PR
Trabalho
Final
de
Graduação
apresentado a banca examinadora da
faculdade Dinâmica de Cataratas - UDC
- com requisito parcial para obtenção
de grau de Engenheiro Ambiental.
Profª. Orientadora: Ms. Ângela Prestes
Marcondes.
Foz do Iguaçu - PR
2010
ii
TERMO DE APROVAÇÃO
UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS
AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DE DEJETOS DA SUÍNOCULTURA EM UMA
PROPRIEDADE EM DOIS VIZINHOS - PR
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
BACHAREL EM ENGENHARIA AMBIENTAL
___________________________________________
Aluno: HENRIQUE ALVES RODRIGUES JUNIOR
____________________________________________
Orientadora: Ms. Ângela Prestes Marcondes
____________________________________________
Nota Final
Banca Examinadora:
_______________________________________
Profº. MS. Daniel Alberto Salinas Casanova
________________________________________
Profº. MS. Fernando Henrique Borba
Foz do Iguaçu, 30 de novembro de 2010.
iii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Henrique e Elza cujo me educaram e
incentivaram ao longo dos meus estudos e a minha avó Maria Tereza pela sua força
e seu amor incondicional.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente que em todos os momentos da minha vida me
proporcionou ótimas oportunidades.
Aos meus pais Henrique e Elza, que estiveram sempre ao meu lado, e incentivaram
na busca do melhor sempre.
A minha avó Maria Tereza que participou dos meus últimos períodos, pela sua força
e inspiração.
Ao professor Éderson Luis Laurindo que me disponibilizou o estagio para que eu
pudesse fazer meu trabalho.
A minha orientadora Ângela Prestes Marcondes que me auxiliou desempenho deste
trabalho, com paciência e dedicação.
A minha namorada Mariana Rainho que sempre esteve ao meu lado, me
incentivando e dando força.
Aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado, pelo incentivo e troca de
experiências ao longo do curso.
Aos meus professores que estiveram me auxiliando e disponibilizando tempo,
dedicação e proporcionaram amizade no decorrer do curso.
v
JUNIOR, Henrique Alves Rodrigues. Avaliação da Disposição de Dejetos da
Suínocultura em uma Propriedade em Dois Vizinhos - Paraná, 2010, 81 ps. Trabalho
de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Ambiental) - Faculdade
Dinâmica de Cataratas.
RESUMO
Com o crescimento da suínocultura, ocorre o acúmulo progressivo de dejetos no
solo. Tais dejetos migram até os mananciais de água tanto superficiais como
subsuperficiais das propriedades rurais, gerando preocupações em torno dos
possíveis riscos de contaminação para a saúde do homem, do solo e da água.
Assim, são necessárias mudanças e o estabelecimento de parâmetros de qualidade
e conservação ambiental que garantam a manutenção da vida no planeta e a
atividade produtiva em questão. Este trabalho teve como objetivo avaliação da
disposição de dejetos da suínocultura em uma propriedade em Dois Vizinhos - PR.
Foram realizadas pesquisas bibliográficas e avaliações dos danos gerados,
levantamentos técnicos na área e observações no campo do uso do solo, da água,
das plantas e das ações antrópicas, relacionando-os com os impactos. Não foram
observados impactos consideráveis na água e nas vegetações. Para o solo, em
vários pontos da coleta, constatou alteração nos parâmetros de normalidade, com
porcentagem de óleos e graxas, zinco e cobre. Conclui-se que para enfrentar tais
desafios, torna-se fundamental a utilização de uma visão de gestão ambiental da
atividade, não limitada aos aspectos de manejo dos resíduos, mas que busque uma
integração de ações e que priorize as medidas de caráter preventivo.
Palavras-Chave: análise do solo, análise da água, dejetos, meio ambiente.
vi
JUNIOR, Henrique Alves Rodrigues. Evaluation of swine waste Disposal in a
property in two neighbors-Paraná, 2010, 81 ps. Work completion of course
(Bachelor's degree in environmental engineering)-College dynamic waterfalls.
ABSTRACT
With the growth of pig production, occurs progressive buildup of waste in the soil.
Such waste migrate up manantiales water surface as both subsuperficiais of rural
properties, generating concerns surrounding the possible contamination risks to
human health, soil and water. Thus, changes are needed and the establishment of
quality parameters and environmental conservation which ensure the maintenance of
life on the planet and productive activity in question. This work was aimed at
evaluating the swine waste disposal in a property in two neighbors-PR. bibliographic
searches were conducted and damage assessments generated, technical surveys in
the area and observations in the field of use of soil, water, plants and human actions
in relation to impacts. Were not observed considerable impacts on water and in the
vegetation. Soil, at various points of collection, noted change in parameters of
normality, with percentage of oils and greases, zinc and copper. It is concluded that
to face these challenges, it becomes crucial to the use of an environmental
management vision of activity, not limited to aspects of waste management, but that
seeks an integration of actions and that prioritize the measures of a preventive
nature.
Keywords: soil analysis, analysis of water, waste, environment.
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: A produção média diária de esterco por animal e fase..................
16
Tabela 2: Composição química média dos dejetos de suínos........................
17
Tabela 3: Parâmetros CONAMA 357/05 ........................................................
34
Tabela 4: Metais pesados aceitos pela CETESB ...........................................
35
Tabela 5: Elemento em Zn e Cu .....................................................................
36
Tabela 6: In DIRAM 105.006...........................................................................
49
Tabela 7: Análises da água ponto 1................................................................
50
Tabela 8: Parâmetros CONAMA 357/05.........................................................
50
Tabela 9: Análises da água ponto 2................................................................
51
Tabela 10: Parâmetros CONAMA 357/05.......................................................
51
Tabela 11: Análises da água ponto 3..............................................................
52
Tabela 12: Parâmetros CONAMA 357/05.......................................................
52
Tabela 13: Análises da água ponto 4..............................................................
53
Tabela 14: Parâmetros CONAMA 357/05.......................................................
53
Tabela 15 : Análises do solo ponto 1.............................................................
55
Tabela 16: Análises do solo ponto 2. ............................................................
56
Tabela 17: Análises do solo ponto 3 .............................................................
57
Tabela 18: Análises do solo ponto 4. ............................................................
58
Tabela 19: Análises do solo ponto 5. ............................................................
59
Tabela 20: Análises do solo ponto 6. ............................................................
60
Tabela 21: Análises do solo ponto 7. ............................................................
61
Tabela 22: Análises do solo ponto 8. ............................................................
62
Tabela 23: Análises do solo ponto 9. ............................................................
63
Tabela 24: Análises do solo ponto 10. ..........................................................
64
Tabela 25: Análises do solo ponto 11. ..........................................................
65
Tabela 26: Análises do solo ponto 12 ...........................................................
66
viii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Vista área da propriedade.............................................................
39
FIGURA 2 - Pontos de coleta de água na propriedade....................................
41
FIGURA 3 - Pontos da coleta do solo na propriedade....................................
42
FIGURA 4 - Cultura existente na propriedade atualmente...............................
43
FIGURA 5 - Degradação da pastagem. ...........................................................
44
FIGURA 6 - Dejetos dispostos ao solo.............................................................
44
FIGURA 7 - Córrego que corta a propriedade..................................................
45
FIGURA 8 - Cano exposto de forma irregular para a disposição dos dejetos
causando contaminação do solo......................................................................
46
FIGURA 9 - Depósito de dejeto no solo...........................................................
46
FIGURA 10 - Depósito de dejeto ao fundo da propriedade..............................
47
FIGURA 11 - Edificações para suinocultura.....................................................
47
FIGURA 12 - Reservatório de dejetos..............................................................
48
ix
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................
VI
ABSTRACT.........................................................................................................
VII
LISTA DE TABELAS..........................................................................................
VIII
LISTA DE FIGURAS...........................................................................................
IX
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................
11
2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................
13
2.1 A SUINOCULTURA.....................................................................................
13
2.2 OS TIPOS DE SUÍNOCULTURAS...............................................................
14
2.2.1 Volume produzido...................................................................................
15
2.2.2 Composição do dejeto............................................................................
16
2.2.3 Programa de manejo do dejeto..............................................................
18
2.2.4 Armazenamento dos dejetos...................................................................
19
2.2.5 Tratamento do dejeto..............................................................................
19
2.2.6 Distribuição do dejeto..............................................................................
20
2.2.7 Utilização do dejeto.................................................................................
21
2.2.8 Sistema de tratamento para dejetos.......................................................
22
2.3 IMPACTOS AMBIENTAIS GERADO PELA SUÍNOCULTURA....................
23
2.4 ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DA POLUIÇÃO ...............................
25
2.4.1 Biodigestor...............................................................................................
26
2.4.2 Compostagem..........................................................................................
27
2.4.3 Utilização na piscicultura .......................................................................
27
2.4.4 Diminuição dos gastos com água..........................................................
28
2.4.5 Dieta do animal ........................................................................................
29
2.4.6 Valorização agronômica ........................................................................
29
2.4.7 Nutrição de suínos...................................................................................
30
2.4.8 Uso como fertilizante..............................................................................
31
2.4.9 Redução da carga poluente....................................................................
32
2.5 ASPECTOS AMBIENTAIS ...........................................................................
32
2.5.1 Qualidade da água .................................................................................
33
2.5.2 Qualidade solo..........................................................................................
35
x
2.6 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NA SUINOCULTURA .....................................
37
3 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................
39
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..............................................
39
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................
40
3.2.1 Análise da água........................................................................................
41
3.2.2 Análise do solo.........................................................................................
42
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................
43
4. 1 DIGANÓSTICO DA PROPRIEDADE...........................................................
43
4. 2 IMPACTOS CAUSADOS PELOS DEJETOS DA SUINOCULTURA...........
43
4.2.1 Cobertura vegetal.....................................................................................
43
4.2.2 Animais ....................................................................................................
44
4.2.3 Efluentes líquidos.....................................................................................
45
4.2.4 Dejetos de suínos....................................................................................
45
4.2.5 Edificações dos dejetos.........................................................................
47
4.2.6 Análise de risco........................................................................................
49
4.2.7 Análise da água........................................................................................
50
4.2.8 Análise do solo.........................................................................................
54
4.3 DANOS E SOLUÇÕES..................................................................................
66
4.3.1 Cobertura vegetal.....................................................................................
67
4.3.2 Solo contaminado.....................................................................................
67
4.3.3 Água contaminada....................................................................................
69
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................
70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................
71
ANEXOS .............................................................................................................
76
ANEXOS 1 ..........................................................................................................
77
ANEXOS 2..........................................................................................................
79
ANEXOS 3...........................................................................................................
81
11
1 INTRODUÇÃO
Muitas vezes, o homem urbanizado age de maneira contrária aos
princípios da ética e em desarmonia com o meio ambiente. Com a influência do
homem os impactos ambientais aumentaram, principalmente pós revolução
industrial, com o crescimento da população.
As atividades relacionadas à suinocultura ocupam lugar de destaque na
matriz produtiva do agronegócio brasileiro, destacando-se como uma atividade de
importância no âmbito econômico e social. Entretanto, gera grandes quantidades de
dejetos
que,
de
alguma
forma,
necessitam
ser
tratados
e
destinados
adequadamente. Esta atividade está crescendo em quase todos os países e
mudando a estrutura da alimentação da população.
O Brasil tem sido apontado como um país de grande potencial para o
crescimento da atividade suinocultura pela sua vasta extensão territorial. Muitos
países europeus estão tendo que reduzir o seu plantel em razão de problemas
ambientais, enquanto que o Brasil não possui tal restrição, em função de sua baixa
densidade de animais por unidade de área (4,1 suínos/km² ) (PALHARES, 2005).
O crescimento da produção suinocultura proporcionou ao Brasil um
aumento na posição no cenário internacional, devido à melhoria nos índices de
produtividade dos suínos. Desta forma, constata-se que a intensificação da
produção provocou fortes pressões sobre os recursos naturais, gerando impactos
ambientais altamente negativos à biodiversidade planetária.
Quase a metade do rebanho de suinocultura brasileiro concentra-se na
Região Sul do Brasil, devido ao clima favorecedor. Já no estado do Paraná hoje, a
crise sem precedentes prejudicou as exportações brasileiras (THOMAS, 2002).
Hoje após muito tempo a crise que atingiu a suinocultura paranaense com
a suspensão das exportações de carne no Paraná, devido à notícia de febre aftosa,
o setor mostra sinais de recuperação do mercado externo e atualmente a carne
suína tem grandes volumes em vendas.
A atividade tem se desenvolvido sem uma adequada avaliação dos
aspectos ambientais no setor de produção, com impactos da microbacias onde
estava inserida, sendo este um dos principais fatores responsável pelos atuais
12
problemas ambientais. Tal situação precisa ser revertida para que se possa
assegurar um efetivo desenvolvimento sustentável do trabalho com suínos.
Pelo licenciamento ambiental uma normativa reduziria o potencial poluidor
dessa atividade, diminuindo seu impacto. Assim, a lei não pode ser excluída do
processo de adequação ambiental da suinocultura.
Dessa forma este trabalho teve como objetivo avaliar a disposição de
dejetos de suínos em uma propriedade rural no município de Dois Vizinhos - PR,
bem como realizar um levantamento da área atingida pela suinocultura.
Foram realizadas avaliações dos danos gerados, levantamentos técnicos
na área e observações no campo do uso do solo, da água, das plantas e das ações
antrópicas, relacionando-os com os impactos.
Espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para a Legislação
Ambiental quanto ao uso e manejo dos desejos de suínos e estimular à assistência
técnica e produtores a utilizá-lo como fertilizante, reduzindo os custos de produção
da atividade suinocultura.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A SUINOCULTURA
Com base, em Seganfredo (2007), no período de1995 à 2002, a
produção mundial de carne suína cresceu 18,68% (de 78,88 milhões de toneladas
para 93,62 milhões de toneladas). O ritmo de crescimento foi de apenas 0,64% ao
ano nos países desenvolvidos, enquanto nos países em desenvolvimento foi de
3,7% ao ano.
O terceiro país que mais comprou carne suína brasileira nos oito primeiros
meses do ano foi à Ucrânia em seguida a Angola (PORKWORLD, 2010).
O Brasil, com uma produção 2,79 milhões de toneladas de carne suína no
ano de 2003, 3,02% do total da carne suína produzida no mundo, ficou na quarta
posição entre os maiores países produtores mundiais, colocando-se atrás da China
(44,7 milhões de toneladas), União Européia (20,8 milhões de toneladas e Estados
Unidos (8,76 milhões de toneladas) (SEGANFREDO, 2007).
Segundo Machado (2001) e Roppa (2002) são muitas as vantagens que o
Brasil possui para ocupar tal espaço na produção de suínos. Destacam-se a
qualidade da matéria-prima, o baixo custo de produção, a ausência de algumas
doenças importantes existentes em rebanhos de outros países e a existência de
menores problemas ambientais para a expansão da atividade, quando comparada a
determinados países europeus.
A suinocultura brasileira, a exemplo de outras cadeias produtivas do
agronegócio, cresceu significativamente, nos últimos 14 anos. Esse crescimento é
notado quando se analisa os vários indicadores econômicos e sociais, como volume
de exportações, participação no mercado mundial, número de empregos diretos e
indiretos, entre outros. A criação de porcos do passado evoluiu também na técnica e
no modelo de coordenação das atividades entre fornecedores de insumos,
produtores rurais, agroindústrias, atacado, varejo e consumidores. Passou a ser uma
cadeia de produção de suínos, explorando a atividade de forma econômica e
competitiva (GONÇALVES, 2006).
14
Uma vantagem comparativa significativa para o Brasil na ampliação da
sua participação no mercado internacional está na disponibilidade de terras
agriculturáveis a serem exploradas e na capacidade de produção de grãos que o
país apresenta. De uma área total de 845,94 milhões de hectares, o Brasil utiliza
atualmente apenas 263,58 milhões de hectares para atividades agrícolas, ou seja,
menos de 32% da área total (PALHARES, 2005).
O Brasil, segundo classificação realizada pelo Instituto Brasileiro (IBGE),
possui 137 mesorregiões geográficas. No entanto, considerando-se apenas as 20
mesorregiões que concentram o maior plantel de suínos. Observa-se que as três
primeiras localizam-se na Região Sul do País: Oeste Catarinense, Noroeste RioGrandense, Oeste Paranaense. Por sua vez, considerando-se a relação número de
cabeças de suínos pelo número de hectares de lavouras temporárias, percebe-se
que as microrregiões Norte Maranhense, Oeste Catarinense, Norte Piauiense, Zona
da Mata e Sul Catarinense, são aquelas que apresentam maior densidade de suínos
por unidade de área (SEGANFREDO, 2007).
Dessa forma o ponto de vista ambiental apresenta-se mais preocupante
em algumas microrregiões, como é o caso de Concórdia e Joaçaba, ambas na
mesorregião Oeste Catarinense, onde a produção está mais concentrada. Além
disso, percebe-se uma elevada concentração na região de Ponte Nova, em Minas
Gerais, na região de Tubarão, na mesorregião Sul Catarinense, na Baixada
Maranhense, MA e na microrregião de Caxias do Sul, RS (SILVA, 2010).
2.2 TIPOS DE SUINOCULTURAS
No atual quadro social brasileiro, onde a desnutrição atinge 25% da
população que vive em estado de miséria, o suíno não pode ser um competidor
direto do homem na disputa de alimentos; com a limitação do uso de energia fóssil,
por ser ela finita, limitada e cara, o processo criatório, ou o sistema de criação, não
pode ser energicamente de alto custo (SEGANFREDO, 2007).
De acordo com Oliveira (2004) existem dois tipos de suinoculturas:
- Sistema industrial;
- Sistema fundiária.
15
O sistema industrial de produção, onde os suínos são criados de forma
confinada, (e o sistema produtivo moderno que aponta para um modelo de
confinamento em unidades restritas com aumento de escala de produção, porém,
maiores se tornam os riscos ambientais, em função do excedente de dejetos em
relação às áreas aptas para agricultura existentes nas propriedades suinicola.).
O sistema fundiário, quais cuidados são em cerqueiras, pelo simples
suinocultor, (este, porém com sistema simples de produção de suínos, que também
sem os devidos cuidados causa impactos a propriedade).
É importante ressaltar que, na região sul 90% da suinocultura é feita em
pequenas propriedades. Para limitar o problema na área ambiental, há leis
ambientais estaduais e federais que determinam um número máximo de animais por
área fixa, tendo em vista os dejetos produzidos pelos suínos, degradador ambiental
(PALHARES, 2004).
Na concepção de Seganfredo (2007), porte médio dos terminadores deve
ter algum ajuste à maior nos próximos anos. A tendência é que deva ocorrer uma
queda no número de produtos no Estado principalmente em virtude de questões
ambientais, em função da produção dos dejetos.
Na visão dos suinocultores, o aumento do nível de exigência da produção,
a produtividade e na qualificação que tem que ser cada vez melhor, investindo cada
vez mais e, em contrapartida, a remuneração que o produtor recebe não é
equivalente às exigências de produção. Estas concentrações de empresas e fusões
causam mais dificuldades para os suinocultores (ROPPA, 2003).
2.2.1 Volume produzido
Como no sistema industrial de produção os suínos são criados de forma
confinada, os impactos resultam da escala da atividade, da tecnologia e do sistema
de manejo adotado e, mais significativamente, da concentração de atividades que
ocorre num determinado agroecossistema (PALHARES, 2004).
De acordo com Oliveira (1993), os riscos apresentam na produção média
diária de esterco (kg), esterco + urina (kg) e dejetos líquidos (L) por animal por fase,
estão apresentada na Tabela 1.
16
Tabela 1 - A produção média diária de esterco por animal e fase.
Categoria de Suínos
Esterco (kg/L)
Estorço + urina
Dejetos líquidos
25 - 100 kg
2,30 kg/L
4,90
7,00
Porcas em Gestação
3,60 kg/L
11,00
16,00
Porcas em Lactação
6,40 kg/L
18,00
27,00
Machos
3,00 kg/L
6,00
9,00
Leitão desmamado
0,35 kg/L
0,95
1,40
Média
2,35 kg/L
5,80
8,60
Fonte: OLIVEIRA (2004).
Para abtenção da estimativa do volume médio de dejetos produzido em
um sistema de produção de suínos, pode-se usar valores de referências, como: a
demanda da água para limpeza varia de 2L/dia a 6L/dia para animais em fase final
de criação e porcas no rebanho e as mangueiras utilizadas para lavagem das baias
geralmente gastam em média 160 kg/L. (PERDOMO et al, 2003).
Como afirma Soares (2003), a estimativa do volume de dejetos produzidos
pelos suínos, deves-elevar em consideração o numero de animais presentes nas
diferentes fases da criação, sendo que, o volume total produzido e somatório dos
volumes médios diários produzidos pelos animais em função da fase em produção.
De acordo com Palhares (2004) de uma forma geral, estima-se que um
suíno (na faixa de 16 a 100 kg de peso vivo) produz de 8,5 a 4,9% de seu peso
corporal em urina + fezes diariamente. O manejo, o tipo de bebedouro e o sistema
de higienização adotado (freqüência e volume de água utilizada), bem como, o
número e categoria de animais também influenciam o volume de dejetos.
2.2.2 Composição do dejeto
Segundo Seganfredo, (2007), a pressão de poluição de cada propriedade
é caracterizada de acordo com: o tipo de granja - Unidade de produção de leitões
(de ciclo completo ou de terminação) e existência de outras atividades (aves, gado
de leite, gado de corte).
17
A composição biológica dos dejetos é a repartição média das diferentes
formas do nitrogênio entre as fases líquidas e sólida do esterco é a seguinte: na fase
líquida o N amoniacal representa entre 75 à 85% e o orgânico entre 10 à 5% na
fração sólida o orgânico representa de15 à 10%. Para o fósforo, a repartição média
é a seguinte: na fase sólida, o fósforo inorgânico ocupa de 75 à 80% para a fase
líquida o fósforo inorgânico ocupa 10% e o fósforo orgânico 3% (OLIVEIRA, 2003).
De acordo com Silva (1996), um suíno com 90 kg de peso vivo produz
diariamente 0,279 kg de DBO (demanda bioquímica de oxigênio). Estendendo-se o
cálculo para uma granja com 500 (500 x 0,279) animais na fase de terminação
teremos 139,5 kg produzidos por dia, na granja. A composição química média dos
dejetos dos suínos, está indicada na Tabela 2.
Tabela 2 - Composição química média dos dejetos de suínos
Variável
Mínimo (mg/L)
Máximo (mg/L
DQO
11.530
38.448
25.542
Sólidos totais
12.697
49.432
22.399
Sólidos voláteis
8.429
39.024
16.388
Sólidos Fixos
4.268
10.408
6.010
220
850
428
1.660
3.710
2.374
Fósforo total
320
1.180
577
Potássio total
260
1.140
535
Sólidos Sedimentáveis
Nitrogênio total
Média (mg/L)
Fonte: SILVA (1996).
Os microminerais da dieta podem se constituir em agentes poluidores se
excretados nas fezes em grandes quantidades.
Os microminerais geralmente
suplementados nas dietas são: o ferro, cobre, manganês, zinco, selênio e iodo, na
forma de óxido, em dietas de leitões desmamados, também atua como promotor de
crescimento, aumentando o ganho de peso, o consumo de ração e reduzindo a
incidência da diarréia pós desmame (PALHARES, 2004).
De acordo com Soares (2003), fontes quelatadas de cobre e zinco, em
níveis menores, normalmente utilizados quando se suplementa com fontes
tradicionais (sulfato e óxido), promoveram redução na excreção de 33 % e 8 %,
18
respectivamente para o cobre e o zinco, sem prejuízo para o desempenho dos
animais.
O emprego da técnica de restrição alimentar em suínos em terminação
reduz o volume de fezes produzido, bem como a excreção diária de fósforo,
nitrogênio e outros minerais, porque há redução no consumo de ração e aumento
na eficiência alimentar. Uma parte dos nutrientes dietéticos acaba sendo excretada
pelos suínos. Cabe ao nutricionista lançar mão de diversas técnicas para minimizar
o desperdício de insumos, aumentando a rentabilidade dos sistemas de produção e
melhorando o ambiente (OLIVEIRA, 2004).
2.2.3 Programa de manejo do dejeto
A atividade da produção de suínos, em algumas áreas dos Países, tem
acarretado problemas de manejo dos resíduos dessa produção, com conseqüências
que podem vir a ser problema de saúde pública para essas regiões. O esterco
produzido, por exemplo, é uma solução para recuperar terras exauridas, mas erros
no manejo desse resíduo tornam-se causa de criação de insetos, que atuam como
vetores de doenças, além de causarem incômodo ao produtor, aos animais e às
propriedades vizinhas. Portanto para a realização de um bom manejo dos dejetos é
necessário planejamento e programas que direcionam corretamente o manejo, para
que o mesmo não terá conseqüências mais desastrosa ao meio ambiente
(SEGANFREDO, 2007).
O tratamento dos dejetos é considerado como uma opção para a destinação
do excedente de dejetos, após verificada as alternativas disponíveis (aplicação e
exportação), considerando-se os aspectos de segurança, sanidade, respeito
ambiental e custos. O tratamento de efluentes em geral envolve processos que
exigem um certo grau de conhecimento técnico e custos relativamente altos, tanto
para sua implantação como para a manutenção e operação do sistema.
SEGRANFREDO, 2004).
Com manejo correto, a produção animal pode contribuir positivamente
aos recursos naturais, melhorando a qualidade do solo, incremento na diversidade
19
de plantas e animais e a substituição de recursos não renováveis escassos, como
os combustíveis fósseis (PALHARES, 2004).
2.2.4 Armazenamento dos dejetos
A maior parte do dejeto suíno é armazenado em esterqueiras ou lagoas,
para que não traga risco de poluição às fontes d’água. Este sistema pode-se ser
usado por qualquer produtor de suínos, dependendo da quantidade de criação
(OLIVEIRA, 2004).
Para PALHARES (2004), a maior parte do dejeto suíno produzido no País
é armazenado em esterqueiras é distribuído diretamente nas lavouras. Entretanto,
esse manejo tem se mostrado inadequado, em vista da degradação ambiental
observada nas regiões de grande concentração da atividade suinocultura.
2.2.5 Tratamento do dejeto
As principais técnicas utilizadas no tratamento de dejetos animais podem
ser classificadas como físicas e biológicas.
Na degradação biológica, bactérias
realizam a decomposição da matéria orgânica, desdobrando substâncias orgânicas
complexas como carboidratos, proteínas e gorduras em substâncias orgânicas
simples (MACHADO, 2001).
Vários sistemas têm sido descritos para o tratamento de dejetos suínos e
a eficiência destes na redução do potencial poluente amplamente discutida.
Embora os indicadores físico-químicos sejam freqüentemente discutidos, os
indicadores microbiológicos têm ficado em discussões. Recentemente, em
conseqüência da saturação do solo à recepção de efluentes e ao aumento dos
casos de doenças de transmissão hídrica, especialmente nos países em
desenvolvimento, a sobrevivência e/ou eliminação de microrganismos nos sistemas
de tratamento e no ambiente têm sido estudados (SEGANFREDO, 2007).
20
De acordo com CONAMA (2006) as alternativas existentes para o manejo de
dejetos, o seu tratamento em muitos casos apresenta-se como única alternativa para
viabilizar ambientalmente atividade como:
- Esterqueira;
- Bioesterqueira;
- Separador de sólidos (peneiras);
- Decantador de palhetas;
- Biodigestores;
- Sistema de lagoas em série UFSC/Embrapa;
- Lagoas de alta taxa e aerada;
- Compostagem;
- Sistema de camas.
Essa prática, em geral, não é muito bem aceita pelos produtores,
sofrendo resistência para sua aplicação. Os motivos para isso se devem,
primeiramente, ao fato de os dejetos de suínos sempre terem sido vistos como um
fertilizante do solo, tendo-se a percepção, muitas vezes errônea, de que o seu
tratamento é desnecessário. Em segundo lugar, pela necessidade da aplicação de
recursos financeiros, nem sempre desejáveis pelo responsável pela atividade, haja
vista que na maioria dos casos dos investimentos não são convertidos em renda
direta (PALHARES, 2004).
Atualmente, existe um consenso de que os problemas ambientais
decorrentes da suinocultura não podem ser solucionados por meio de medidas
pontuais, mas sim contemplados de forma global, considerando o sistema de forma
integrada. Portando, os sistemas de tratamentos devem ser considerados como
mais um elo dentro da cadeia produtiva que poderá ajudar na busca pela
sustentabilidade da suinocultura (PALHARES, 2004).
2.2.6 Distribuição do dejeto
Segundo
Seganfredo (2004), os dados oficiais disponíveis
vêm
demonstrando que as áreas aptas para a distribuição de dejetos nas propriedades
suinocultura do Sul do Brasil não comportam a totalidade dos dejetos nelas
21
produzidos, o que leva à conclusão de que as quantidades de nutrientes aplicados
nas lavouras estejam acima da capacidade de absorção das plantas, provocando o
acumulo progressivo destes no solo e, conseqüentemente, o seu escorrimento
superficial e a sua lixiviação e percolação que colocam em risco os mananciais de
água tanto superficiais como subsuperficiais.
Há distribuição dos dejetos suínos, na forma líquida, pelo seu depósito em
esterqueiras para posterior transporte para as áreas de lavoura. Nesse processo,
os dejetos geram metano, amônia e outros gases que provocam cheiros
desagradáveis, e contribuem para o efeito estufa. Outros riscos são ocasionados
pela presença de elevados níveis de nutrientes (fósforo, nitrogênio, cobre e zinco)
nos recursos naturais, em conseqüência da adição de dejetos no solo. Situação
essa que pode provocar uma série de problemas de saúde humana e ao
ecossistema (PALHARES, 2004).
2.2.7 Utilização do dejeto
Uma das alternativas de reciclagem dos dejetos suínos é a utilização
como fertilizante do solo, em função do seu conteúdo de nutrientes (VIEIRA, 2001).
Entretanto, o uso excessivo e/ou prolongado poderá resultar em
desequilíbrios químicos, físicos e biológicos do solo, seletividade de espécies
vegetais, alterações na diversidade e funcionalidade dos microrganismos do solo e
distúrbios na saúde de animais. Para a redução desses impactos negativos, o uso
dos dejetos deverá estar condicionado ao emprego de sistemas de fermentação
capazes de reduzir os riscos sanitários a um plano de manejo de nutrientes
compatível com o tipo de solo e de planta (PALHARES, 2004).
Além dessas medidas, são indispensáveis as práticas agronômicas
conservacionistas, destacando-se aquelas voltadas para a manutenção da
qualidade do solo e das águas superficiais e subsuperficiais.
Na concepção de Soares (2003), paralelamente a essas medidas, faz-se
necessária a busca de outras alternativas de reciclagem que não dependam do uso
como fertilizante do solo, pois enquanto o número de animais por empreendimento
22
aumenta
continuamente,
as
áreas
agrícolas
aptas
por
empreendimento
permanecem as mesmas.
A poluição ambiental causada pelos dejetos suínos tem pressionado os
diferentes setores dessa atividade e os governos municipais, estaduais e federal a
buscarem soluções que permitam a continuidade da mesma, sem causar danos
incompatíveis com o objetivo de conservar a qualidade ambiental (SEGANFREDO,
2007).
Esses relatos confirmam o potencial de uso dos dejetos suínos como
fertilizante, da mesma forma como também foi verificado na Europa e nos EUA.
Entretanto, a produtividade das plantas, especialmente quando avaliada em
experimentos de curto prazo, como é o caso para a maioria dos relatos referidos,
não se constitui num indicador suficiente para se avaliar as perspectivas de
sustentabilidade
de
sistemas
agrícolas
adubados
com
dejetos
animais
(SEGANFREDO, 2007).
2.2.8 Sistema de tratamento para dejetos
Segundo Medri (1997), o tratamento de dejetos através de lagoa de
estabilização é uma das alternativas consideradas econômica e eficiente.
Demonstram vantagens quanto à eficácia na remoção de matéria orgânica, dos
sólidos, dos nutrientes e de coliformes fecais, além da facilidade de implantação e
manutenção.
Por
outro
lado,
uma
de
suas
grandes
dificuldades
é
o
dimensionamento dessa lagoa para o tratamento desses resíduos e uma área para
sua instalação.
As alternativas existentes para o manejo de dejetos, o seu tratamento em
muitos casos apresenta-se como única alternativa para viabilizar ambientalmente a
atividade é a prática, em geral, não é muito bem aceita pelos produtores, sofrendo
resistência para sua aplicação terem sido vistos como um fertilizante do solo, tendose a percepção, muitas vezes errônea, de que o seu tratamento é desnecessário.
Em segundo lugar, pela necessidade da aplicação de recursos financeiros, nem
sempre desejável pelo responsável pela atividade, haja vista que na maioria dos
23
casos dos investimentos não são convertidos em renda direta (SEGRANFREDO,
2007).
2.3 IMPACTOS AMBIENTAIS GERADO PELA SUÍNOCULTURA
O risco ambiental do manejo dos dejetos é cumulativo. O ambiente possui
uma capacidade/suporte natural que pode absorver um certo nível de poluentes
orgânicos e inorgânicos. Se esse nível for excedido poderá resultar a deterioração
da qualidade das águas e das plantas e em distúrbios químicos, físicos e biológicos
do solo (GIROTTO e STULP, 1989).
Um dos indicadores que pode ser utilizado para se avaliar a pressão
ambiental da atividade suinocultura é aquele que estabelece uma relação entre o
total de nutrientes gerados por uma determinada unidade de produção e área
agrícola disponível para reciclagem dos nutrientes (VIEIRA, 2001).
Em diversos países europeus, de acordo com Cheida (2004) devido aos
impactos ambientais, por possuírem visão do passado, tiveram que tomar atitudes
drásticas como diminuir rebanhos e até proibir a produção de suínos em
determinadas regiões a fim de protegê-las e não torná-las inviáveis ambientalmente.
Conforme citado por Thomas (2002) apud Seganfredo (2007), a
degradação do solo constitui problemas em todos os lugares, principalmente na
Ásia e na África.
Estudos norte-americanos concluíram que a produção animal responde
por 20% da poluição difusa no País. A forma de maior magnitude em que esse tipo
de poluição pode ser relacionado à suinocultura, está no uso dos dejetos como
fertilizante, (GIROTTO, apud SEGANFREDO, 2007).
Entre os impactos negativos do excesso de dejetos percebíveis em curto
prazo
destacam-se
menos
opções
para
a
diversificação
das
atividades
agropecuárias, pela restrição de uso causada pelos excessos e desequilíbrios de
nutrientes (CHEIDA, 2004).
De acordo com Perdomo (2000), dependendo do tipo de planta, as
conseqüências da sobrecarga de dejetos suínos no solo, poderão variar desde a
pouca influência até a queda de produtividade e inviabilização do cultivo de algumas
24
espécies cujo limite de tolerância aos excessos de minerais no solo seja
ultrapassado.
Já para Roppa (2003) o caso dos gases produzidos na degradação de
dejetos, aqueles que apresentam interesse na saúde humana são: amônia,
monóxido de carbono, sulfito de hidrogênio e metano. A maior fonte desses gases é
o esterco que fica depositado abaixo do piso. Os efeitos da amônia incluem irritação
dos olhos, pele, membrana mucosa e estimulação do trato respiratório.
Segundo Seganfredo (2004), um estudo realizado com produtores de
suínos revelou que os trabalhadores que utilizam máscara para prevenir doenças
possuem menor prevalência de problemas crônicos respiratórios.
Esses
trabalhadores possuem melhor funcionamento dos pulmões, em relação aqueles
que não utilizam proteção. No entanto, se os trabalhadores iniciam a utilização da
máscara após o inicio dos sintomas, não se verificam melhoras significativas no
funcionamento pulmonar.
Os componentes dos resíduos como estercos, urina e restos de tecido
armazenam
uma
série
de
microrganismos
patogênicos
que
podem
ser
potencialmente transmitidos aos humanos. Esses resíduos contêm bactérias, vírus
e protozoários capazes de causar doenças nos humanos, mesmo na ausência de
sintomas da doença no suíno (SEGANFREDO, 2007).
No Mato Grosso do Sul, um inquérito epidemiológico demonstrou que
58,82% das propriedades suinicolas apresentaram-se positivas à leptospirose
(Soares, 2003) nessa situação, o manejo inadequado dos dejetos constitui-se em
risco potencial à população humana.
Desta forma são vistos fatores negativos da suinocultura, como a
degradação do meio ambiente, onde os criadores de suínos de pequeno e médio
porte, não tem instrução para o manejo correto dos dejetos dos suínos, derivando a
ausência de técnica e governamental, como também a falta de equipamentos para
adequar corretamente os dejetos, dessa forma correm livre ao solo e levados por
enxurradas da chuva para os rios e cursos d’água naturais, contaminado as águas e
os solos (CHEIDA, 2004).
O estudo preliminar dos impactos ambientais é uma forma de estruturar e
organizar através do levantamento de dados os possíveis impactos, contribuindo
para as etapas seguintes, ou seja a seleção das questões relevantes, os estudos de
25
base, a análise dos impactos e a identificação de medidas de gestão ambiental
(SÁNCHEZ, 2006).
A preservação ambiental apresenta limitações similares àquela verificada
nos países mais avançados, do ponto de vista econômico e cultural. Contudo, a
fragilidade de nossas instituições e a carência de projetos efetivos e de longo prazo
aumentam as preocupações e as ameaças sobre esta importante cadeia produtiva
que é a suinocultura (LOWE, 1997).
Como no sistema industrial de produção os suínos são criados de forma
confinada, os impactos resultam da escala da atividade, da tecnologia e do sistema
de manejo adotado e, mais significativamente, da concentração de atividades que
ocorre num determinado agroecossistema (PALHARES, 2004).
As estratégias para uma gestão eficiente do ambiente incluem as
atividades a montante e a jusante do sistema considerado, entre as quais
destacam-se o consumo de matérias-primas, a produção de resíduos (sólidos,
líquidos e gasosos) e a modificação do ambiente natural e outras perturbações
(ruído, temperatura, odores, etc.) (SEGRANFREDO, 2004).
2.4 ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DA POLUIÇÃO
De acordo com Seganfredo (2007) estratégias é um conjunto de
procedimentos desenvolvidos com o intuito de permitir a previsão, a análise e as
possíveis mitigações dos efeitos ambientais de projetos, planos, políticas de
desenvolvimento que impliquem alteração da qualidade ambiental. Em outras
palavras, a avaliação de impacto ambiental trata-se de uma descrição detalhada
dos impactos negativos e positivos de uma medida, ou de diversas ações possíveis;
exige uma comparação de benefícios e custos econômicos, sociais e ambientais.
Os dejetos suinocultura em sua origem podem ser considerados uma
fonte pontual de poluição, todavia, quando são espalhados em grandes áreas,
podem resultar em uma forma difusa de poluição. Para fins de manejo, o fato é que
existem locais claramente identificados como fontes pontuais de poluição,
permitindo um nível de regulação que não seria possível em sistemas de agricultura
abertos (CHEIDA, 1999).
26
O modelo e a operacionalidade dos bebedouros influenciam as perdas de
água, um bom bebedouro, em termos de concepção e instalação, proporciona
economia de água por animal produzido. Os resultados de um estudo com dois tipos
de bebedouros (concha e chupeta) fabricados por tradicionais Indústrias de Santa
Catarina, mostraram excelentes resultados para o baixo custo operacional
(PERDOMO e DALLA COSTA, 2000).
Na concepção de Machado (2001) entre os processos biológicos de
tratamento, cabe destaque para a utilização de lagoas naturais pela sua eficiência,
facilidade de operação e baixos custos, embora apresente como desvantagem a
exigência de grandes áreas e a combinação de sistemas de separação de fases
com processos biológicos de tratamento, pode valorizar o uso dos dejetos, facilitar o
manejo e reduzir os custos de armazenagem, tratamento e transporte. Um pré
tratamento, com uso de separadores de fase (decantadores ou peneiras), além de
valorizar os dejetos do ponto de vista de adubação orgânica (aumenta a
concentração de nutrientes por volume), reduz os custos de tratamento,
armazenamento e distribuição.
2.4.1 Biodigestor
A suinocultura também poderá integrar-se com a atividade de produção de
bioenergia por meio da degradação anaeróbia dos resíduos, ocorrida no interior de
biodigestores e/ou reatores.
Atualmente, o governo federal, por intermédio do
Ministério de Minas e Energia, disponibiliza programas de produção de energia via
biomassa (OLIVEIRA, 2004).
Segundo Paula Souza (2003), essa é uma tendência mundial e que irá
facilitar a utilização dessa tecnologia pelos suinocultores. Mas independente dos
programas existentes ou que virão, o produtor estará gerando energia em sua
própria propriedade, podendo suprir, total ou parcialmente, suas demandas
energéticas, o que em termos de equilíbrio ambiental e econômico é interessante.
De maneira geral, pode-se dizer que tanto o biodigestor como a
plataforma de compostagem propiciam a melhoria no manejo dos dejetos e a
agregação de valor a este pela produção de fertilizante exportável (plataforma) e
27
energia (biodigestor). No entanto, é importante ressaltar que o efluente do
biodigestor ainda apresenta alto poder impactante, portanto deverá receber atenção
quanto ao seu destino (em caso de aplicação no solo, seguir as recomendações
agronômicas) (PALHARES, 2004).
2.4.2 Compostagem
Oliveira (2004), compostagem é o processamento de acelerado em
decorrência
da
adequação
das
características
favoráveis
à
degradação
microbiológica da matéria orgânica e tem como principais vantagens a redução de
odores e dos custos de implantação e ainda a possibilidade de comercialização do
produto final como fertilizante orgânico, como também para o tratamento dos
dejetos de suínos.
De acordo com Rynk (1992), compostagem é uma alternativa para o
manejo de carcaças e restos de parição que permite a reutilização dessa matéria
orgânica como adubo. A decomposição dos resíduos é realizada por bactéria e
fungos, em presença da umidade, aeração e fonte de carbono em proporções
adequadas, sendo que o maior problema que podem ocorrer na compostagem é a
presença de moscas e mau cheiro.
2.4.3 Utilização na piscicultura
Em relação à piscicultura, os dejetos de suínos constituem-se uma fonte
de alimentação natural, pois os nutrientes presentes nestes irão possibilitar o
desenvolvimento de algas e outros organismos que fazem parte da cadeia alimentar
de todos os peixes cultivados comercialmente (OLIVEIRA, 2003).
Destaca-se que os mesmos princípios seguidos no uso dos resíduos
como adubos devem ser seguidos pelo sistema de consorciação, para que este não
cause principalmente, impactos nos recursos hídricos superficiais, em virtude de
descarga de efluentes do sistema, e a morte dos peixes (SEGANFREDO, 2007).
28
Para disposição na piscicultura, onde os dejetos dos animais e parte da
ração, destacada como sobras, ou seja, não aproveitada pelos animais, são
dispostos em açudes de peixes. No entanto conforme a área de produção torna-se
uma prática inviável devido à necessidade de uma área superficial de água muito
grande, em torno de 100 m² para cada animal (VIEIRA, 2001).
2.4.4 Diminuição dos gastos com água
A limpeza dos dejetos nos canais internos ou externos é realizada com
água, muitas vezes potável, o que acaba gerando grande desperdício. A
incorporação
de
água
aos
dejetos
reduz
a
qualidade,
inviabilizando
economicamente o seu uso como fertilizante orgânico, além de aumentar a
estrutura necessária para o armazenamento e os custos de transporte e utilização
(OLIVEIRA, 2004).
O escoamento e a limpeza dos dejetos presentes nas baias, na maioria
das vezes, são realizados com auxilio de água e utilização de equipamentos de alta
vazão e baixa pressão (VIEIRA, 2001).
Os dejetos são despejados das baias através de aberturas irregulares nas
paredes laterais das edificações, trazendo as seguintes conseqüências: grande
desperdício de água, incorporação de água aos dejetos reduzindo a qualidade e
inviabilizando economicamente seu uso como fertilizante orgânico; escorrimento de
dejetos pelas paredes e superfícies, proliferação de vetores nocivos à saúde
humana e animal e proliferação de odores (SEGANFREDO, 2007).
Para Strauch (1991), o desperdício pela lavagem de baias pode ser
reduzido com as práticas de raspagem mecânica dos dejetos e, quando necessária
a lavação, por meio de lava-jatos de alta pressão. Em todos os casos o risco final é
que tanto as águas superficiais como profundas poderão ser poluídas, diretamente,
por descargas ou vazamento para dentro dos sistemas aquáticos, ou como
resultado de drenagem das áreas agrícolas.
29
2.4.5 Dieta do animal
Para Seganfredo (2004) várias diretrizes demonstram que a suinocultura é
analisada como um todo e, como exemplo, cita-se a exigência de um manejo
nutricional, pois é sabido que este irá refletir diretamente no manejo dos dejetos. O
foco não deve ser o dejeto, mas, sim, o sistema produtivo, que apresenta como
passivo a geração de um resíduo com alto potencial poluente.
Os microminerais geralmente suplementados nas dietas são o ferro,
cobre, manganês, zinco, selênio e iodo. Em virtude do baixo custo, esses minerais
têm sido largamente utilizados em dietas de suínos, muitas vezes sem critérios com
embasamento cientifico. A utilização de altos níveis de Cu nas dietas pode ser
motivo de preocupação, pois altas quantidades serão excretadas nas fezes,
diminuindo a ação bacteriana em lagoas de decantação e aumentando o odor dos
dejetos (SEGRANFREDO, 2007).
2.4.6 Valorização agronômica
Segundo IN DIRAN 105.006 anexo 6 trata-se de uma forma adequada de
disposição final dos dejetos de suínos, desde que passem por um processo de
estabilização.
Para a redução desses impactos negativos, o uso dos dejetos deverá
estar condicionado ao emprego de sistemas de fermentação capazes de reduzir os
riscos sanitários a um plano de manejo de nutrientes compatível com o tipo de solo
e de planta. O uso excessivo de dejetos poderá resultar em desequilíbrios químicos,
físicos e biológicos do solo, seletividade de espécies vegetais, alterações na
diversidade e funcionalidade dos microrganismos do solo e distúrbios na saúde de
animais (SEGANFREDO, 2004).
De acordo com Thomas (2002), as medidas, são indispensáveis as
práticas agronômicas conservacionistas, destacando-se aquelas voltadas para a
manutenção da qualidade do solo e das águas superficiais e subsuperficiais.
30
A poluição ambiental causada pelos dejetos suínos tem pressionado os
diferentes setores dessa atividade e os governos municipais, estaduais e federal a
buscarem soluções que permitam a continuidade da mesma, sem causar danos
incompatíveis com o objetivo de conservar a qualidade ambiental (SEGANFREDO,
2007).
De acordo com a concepção de Stilborn (1998), o aproveitamento dos
resíduos nas formas citadas, ou dos subprodutos dos tratamentos como os lodos,
biofertilizantes e compostos, é algo que já se mostrou viável pelas ciências
agronômicas, mas é passível de alguns ajustes para ser viável ambientalmente.
2.4.7 Nutrição de suínos
Para Seganfredo (2007), toda tecnologia que melhora a eficiência
alimentar dos animais deve ser valorizada também como um fator para a redução da
quantidade e do poder poluente dos dejetos produzidos.
É importante ressaltar que sistemas de produção não convencionais
podem necessitar de uma visão diferente sobre melhoria de eficiência alimentar
como fator para controlar a descarga de minerais pelos dejetos. No caso de um
sistema de produção de suínos sobre cama, dependendo da viabilidade econômica
e ambiental, pode-se utilizar ingredientes com teor mais alto em fibra como é o caso
de forragens e resíduos do processamento de grãos (LOWE, 1997).
Embora a eficiência alimentar seja reduzida em um sistema como esse, a
reciclagem de nutrientes no sistema como um todo é favorecida, melhorando a
sustentabilidade (SEGANFREDO, 2007).
Antibióticos podem ser utilizados em doses subterapêuticas nas rações
para prevenir ou reduzir a incidência de microorganismos no trato gastrintestinal
melhorando a taxa de crescimento e a eficiência alimentar (SOARES, 2003).
Dessa forma, o uso de antibióticos como promotores de crescimento é um
fator que reduz o potencial poluente dos dejetos animais, observado o suficiente
tempo de armazenagem e/ou adequado tratamento dos dejetos (SEGANFREDO,
2007).
31
As enzimas digestivas promovem a hidrólise dos componentes dos
alimentos tornando os nutrientes mais disponíveis para a absorção. Contudo, em
muitas circunstâncias, as enzimas são produzidas pelos suínos em quantidades
insuficientes ou mesmo nem são produzidas, dificultando a digestão dos alimentos.
Assim, a utilização de enzimas exógenas nas rações pode ser uma ferramenta
eficiente para reduzir o poder poluente dos dejetos produzidos pelos animais dentro
do enfoque de fator melhorador da eficiência de utilização dos alimentos pelos
animais (SEGANFREDO, 2007).
O farelo de soja é a principal fonte de aminoácidos das dietas de suínos e
aves.
Entretanto, esse alimento, como a grande maioria das leguminosas, tem
também cerca de 6% de oligossacarídeos como constituintes, os quais reduzem a
digestibilidade. O uso da a-galactosidase pode amenizar esse problema, sendo
uma das enzimas que demonstraram uma grande ação sobre a redução da
excreção de nitrogênio nas excretas de frangos de corte (SOARES, 2003).
Fontes quelatadas de cobre e zinco, em níveis menores aqueles
normalmente utilizados quando se suplementa com fontes tradicionais (sulfato e
óxido), promove em uma redução na excreção de 33 % e 8 %, respectivamente
para o cobre e o zinco, sem prejuízo para o desempenho dos animais (PALHARES,
2004).
2.4.8 Uso como fertilizante
Segundo Oliveira (2003), a ciência já validou que a melhor forma de
utilizar os dejetos suínos como adubo é que esse manejo se dê baseado em
referenciais agronômicos, entendendo-se aí o balanço de nutrientes.
Os dejetos de suínos podem ser usados na fertilização das lavouras,
trazendo ganhos econômicos ao produtor rural, sem comprometer a qualidade do
solo e do meio ambiente. Para isso, é fundamental a elaboração de um plano
técnico de manejo e adubação, considerando a composição química dos dejetos, a
área a ser utilizada, a fertilidade e tipo de solo e as exigências da cultura a ser
implantada. Através da determinação da densidade dos dejetos, é possível estimar a
32
sua composição em nutrientes e calcular a dose adequada a ser aplicada para uma
determinada cultura (OLIVEIRA, 2003).
2.4.9 Redução da carga poluente
A transformação dos insumos administrados aos animais, por mais
eficiente que seja o sistema produtivo, gera resíduos ou subprodutos com um
elevado potencial poluidor, devendo ser corretamente manejada para que não
provoque impactos negativos (LOWE, 1997).
Constituindo-se uma das principais alternativas de manejo ambiental a
utilização dos dejetos como fertilizante agrícola, justifica-se a importância da
atividade estar integrada com outras culturas e criações de forma que haja uma
sinergia entre as diversas atividades de uma determinada propriedade rural.
(PALHARES, 2004).
2.5 ASPECTOS AMBIENTAIS
Para
Seganfredo
(2007),
quantidade
grande
de
animais
e
conseqüentemente de dejetos numa mesma área pode causar poluição do solo, ar
e água. Os principais efeitos são provocados pelas emissões de minerais presentes
nesses dejetos. As emissões provêm dos dejetos existentes nas instalações, em
depósitos de armazenamento e aplicados no solo.
A construção de barreiras de contenção através de árvores plantadas ao
redor da granja, para evitar o mal odor gerado pelos dejetos suínos, assim como, a
limpeza das baias no mínimo duas vezes na semana, são meditas simples que
causam um grande diferencial devido a geração de odores nas granjas (KRUEGER
e TAYLOR 1995).
A preservação ambiental apresenta limitações similares àquela verificada
nos países mais avançados, do ponto de vista econômico e cultural. Contudo, a
fragilidade de nossas instituições e a carência de projetos efetivos e de longo prazo
33
aumentam as preocupações e as ameaças sobre esta importante cadeia produtiva
que é a suinocultura, (LOWE, 1997).
2.5.1 Qualidade da água
Uma bacia hidrográfica abrange, muitas vezes, áreas de vários municípios
ou mesmo de diversos Estados. Cabe a cada município adequar suas ações de
disciplinamento e controle do uso ocupação do solo às diretrizes definidas pelos
Comitês de Bacia (MOTA, 1999).
A água é um recurso natural renovável, de modo que o aumento na sua
utilização, tanto no seu componente quantitativo quanto qualitativo, não está
diretamente associado a um aumento apreciável no custo de oferta. No entanto, o
gerenciamento dos recursos da água depende fortemente de certos custos fixos,
resultantes de investimentos em projetos, obras e ações imprescindíveis para
garantir a oferta desse recurso de forma sustentável, além, é claro, dos custos de
operação e manutenção do próprio sistema hídrico (CARRERA, 2002).
As técnicas laboratoriais para a detecção de coliformes são rápidas e
econômicas. Somente com a realização de análises e exames em laboratório e com
a execução de ensaios em instalações de bancada ou em instalações piloto com
escoamento contínuo algumas tecnologias podem ser consideradas inicialmente e
outras descartadas.
O teor de óleos e graxas (TOG) é um importante parâmetro a ser
analisado, uma vez que, quando este se encontra em quantidades elevadas pode
ocasionar problemas nas estações de tratamentos de efluentes. Altos teores de
TOG dificultam o tratamento biológico devido a formação de um filme na camada
superficial impossibilitando a aeração (PESSOA, 1995).
A conservação da bacia hidrográfica, com a conseqüente proteção dos
mananciais, é sem dúvida o melhor método para assegurar a qualidade da água
destinada ao consumo humano. Para impedir os riscos de poluição e contaminação,
pelo ser humano ou por animais, devem ser evitados lançamentos de despejos
líquidos que contêm organismos patogênicos e disciplinar o desenvolvimento de
atividades agrícolas que exigem emprego de agroquímicos que contêm elementos
34
tóxicos ou de fertilizantes que possuem nutrientes, os quais são carreados para os
cursos de água por escoamento superficial ou sub-superficial, causando
florescimentos algais e outros inconvenientes para a operação de sistemas de
tratamento (DI BERNARDO e DANTAS, 2005).
A Tabela 3 apresenta a quantidade de metais que podem ser aplicadas no
solo, conforme legislação de diversos países e do Brasil.
Tabela 3: Parâmetros CONAMA 357/05
Parâmetros
Unidade
CONAMA 357/05
pH
mg L-1
entre 5 a 9
DBO
mg L-1
até 5 mg L-1
DQO
mg L-1
até 300 mg L-1
Óleos e graxas
mg L-1
até 20 mg L-1
Sólidos totais
mg L-1
Sólidos totais fixos
mg L-1
Sólidos totais voláteis
mg L-1
Sólidos sedimentáveis
mg L-1
até 1 mg L-1
FONTE: CONAMA, (2005).
Segundo APHA (1992), quantidade elevadas de óleos e graxas presente
em efluentes de tratamento primário pode interferir no tratamento biológico,
promovendo a formação de um filme sobre a superfície líquida, impedindo a entrada
de luz e dificultando a aeração.
Para Pessoa (1995), no tratamento das águas residuárias, os óleos e
graxas costumam ser resistentes à digestão anaeróbica, causando acúmulo de
espumas nos digestores, provocando odores desagradáveis, e, quando em
quantidade elevada, impossibilita a utilização do lodo como fertilizante, como
também a concentrações de os óleos e graxas alta, interfere no funcionamento dos
dispositivos de tratamento.
Oliveira (2004) confirma que os componentes nitratos, quando liberados
na água subterrânea, causam danos na saúde humana e, quando liberados na água
de superfície, eutroficação e perdas na biodiversidade.
A pequena solubilidade dos óleos e graxas constitui um fator negativo no
que se refere à sua degradação em unidades de tratamento de despejos por
35
processos biológicos e, causam problemas no tratamento d’água quando presentes
em mananciais utilizados para abastecimento público. A presença de material graxo
nos corpos hídricos, além de acarretar problemas de origem estética, diminui a área
de contato entre a superfície da água e o ar atmosférico, impedindo, dessa maneira,
a transferência do oxigênio da atmosfera para a água (CETESB, 2001).
2.5.2 Qualidade do solo
A Tabela 4 apresenta a quantidade de metais pesados que podem ser
aplicadas no solo, conforme legislação de diversos países e do Brasil.
Tabela 4: Metais pesados aceitos pela CETESB
2
1
Metal
4
Taxa anual
CONAMA
Total
120 mg L
300 mg L
30 mg L
150 mg L
1,5 mg L
2,0 mg L
137 mg L
445 mg L
154 mg L
74 mg L
41 mg L
4 mg L
1,2 mg L
Total
Total
3
CEE
USEPA
-1
Cu
Zn
Cr
Ni
Pb
Cd
Hg
75 mg L
140 mg L
150 mg L
21 mg L
15 mg L
1,9 mg L
0,8 mg L
kg ha
1500
2800
3000
420
300
39
17
FONTE: Preconizados pela USEPA (1993) e adotados pela CETESB (2001), com base na matéria
seca; 2 - Comunidade Econômica Européia (CEC, 1986); 3 - CONAMA (2006); 4 - Carga máxima do
metal que poderia ser aplicada em uma mesma área.
Os teores de cobre e zinco são provenientes do alimento dos grãos de
milho. Tem um papel essencial para a síntese da hemoglobina e também para a
síntese e ativação de muitas enzimas necessárias para o metabolismo dos suínos. É
importante em relação à ação antibacterial para os suínos. A concentração de zinco
na água, tem aparência leitosa e produz um sabor metálico ou adstringente quando
aquecida. Esses complexos orgânicos de Cu têm grande importância na
disponibilidade para as plantas como na mobilidade do elemento no perfil do solo
(SEGANFREDO, 2004).
Estes elementos poderão ocasionar alterações na funcionalidade e na
diversidade biológica do solo, onde os mesmos são amplamente utilizados nas
36
rações dos animais e mesmo em quantidade relativa pequena esses metais podem
alterar a diversidade e a funcionalidade da microbiota do solo argissolo vermelho
escuro eutrófico, localizado nas regiões suinícolas do sul do Brasil (MARCATO,
1997).
Segundo Seganfredo (2004), os metais cobre e zinco em valores altos,
estes elementos causam riscos em grande parte das culturas comerciais. Para os
solos do cerrado, solos argilosos e solos arenosos os riscos se agravam em virtude
de quantidades usadas, conforme apresenta a Tabela 5.
Tabela 5: Elemento em Zn e Cu
ELEMENTO
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(Mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
A estabilidade de complexos orgânicos é fortemente influenciada pela
variação de pH. Em geral, em baixos valores de pH, a maioria dos metais encontrase na forma iônica, porém com o aumento no pH há a tendência de se formarem
complexos com HÁ. O aumento do pH pode diminuir a presença de Cu e Zn, na
solução do solo e nos pontos de troca catiônica. O processos microbiológicos podem
influenciar o pH do solo e, concentração de CO podendo imobilizar ou mobilizar os
2
metais pesados no solo (JONDREVILLE et al., 2003).
De acordo com Marcato (1997), nem todos os processos são igualmente
importantes para todos os elementos, sendo que todos estes processos são
afetados pelo pH do solo e por processos biológicos. O aumento do pH pode
diminuir a presença de Cu e Zn, na solução do solo e nos pontos de troca catiônica,
na aplicação aplicaram de biossólidos ao solo e verifica que, com o aumento do pH
do solo, ocorre a redistribuição do Cu e do Zn da fração trocável para fração ligada à
matéria orgânica do solo ou óxidos, menos disponíveis para as plantas.
Óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou
animal. São substâncias que geralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres,
entre outros. São raramente encontradas em águas naturais, normalmente oriundas
37
de despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos, efluentes de oficinas
mecânicas, postos de gasolina, estradas e vias públicas (CETESB, 2001).
De acordo com Silva e Sá Mendonça (2007) os óleos e graxas em seu
processo de decomposição reduzem o oxigênio dissolvido elevando a DBO 5,20 e a
DQO, causando alteração no ecossistema aquático. Na legislação brasileira não
existe limite estabelecido para esse parâmetro. A recomendação é de que os óleos e
as graxas sejam virtualmente ausentes para as classes 1, 2 e 3.
2.6 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NA SUINOCULTURA
Legislações ambientais relacionadas à suinocultura na visão mundial em
primeiro ponto em comum entre a maioria dos países e que demonstra a dificuldade
em aplicar as leis à atividade suinícola é o quanto essas legislações são recentes.
Os países que possuem as legislações, aqui documentadas, mais antigas são a
Malásia e a Holanda.
Em ambos os países estas foram iniciadas em 1984
(SEGANFREDO, 2007).
Outra legislação que apresenta relação direta com a suinocultura é a Lei
nº 9.433/97, que estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos (BRASIL,
1997). Esta baseia-se nos seguintes fundamentos, em seu Artigo 1º: a água é um
bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o
consumo humano e a dessedentação de animais.
A Resolução 357/05 do CONAMA (BRASIL, 2005) estabelece que, para
ser utilizada uma água com a finalidade de dessedentação animal, suas
características físicas, químicas e microbiológicas devem estar condizentes com o
que estabelece a Resolução para uma água de classe 3.
A partir da promulgação da referida resolução, ficou instituído qual a
qualidade que uma água deverá ter para ser utilizada no consumo animal. Portanto,
essa legislação deverá ser um referencial a ser utilizado antes da implantação da
suinocultura. Em um aspecto particular das legislações mundiais, é fundamental que
se faça uma comparação com a legislação brasileira, pois as diretrizes estipuladas
ao redor do mundo diferem em muito das nacionais. (LOWE, 1997).
38
Dessa forma segundo Master (2010), existem três tipos de licenças
necessárias para o funcionamento de um empreendimento:
Licença Prévia (LP) - Tem por objetivo atestar a viabilidade de localização do
empreendimento.Concedida na fase do planejamento, avalia a localização, atesta a
viabilidade ambiental e onde são estabelecidos pelo órgão ambiental as
condicionantes e requisitos básicos que obrigatoriamente deverão ser atendidos
pelo empreendedor nas próximas fases de sua implantação.
Licença de Instalação (LI) - Tem por objetivo dar direito ao empreendedor de
implantar seu empreendimento conforme as especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, inclusive as medidas de controle ambiental
determinadas para a implantação.
Licença de Operação (LO) - Tem por objetivo autorizar o início das atividades do
empreendimento após a verificação do fiel cumprimento das exigências feitas nas
licenças anteriores bem com, as medidas de controle ambiental e condicionantes
para a operação.
A normativa do IAP DIRAN 105.006 atualizada 23/10/2009 considerar os
conceitos apresentados na IN 100.001 – Diretrizes do IAP para Licenciamento e
Autorização Florestal, na IN 100.002 – Diretrizes para Licenciamento Ambiental de
Atividades Poluidoras, Degradadoras e/ou Modificadoras do Meio Ambiente.
39
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada numa propriedade rural, na cidade de Dois
Vizinhos - PR. A área está localizada sob as coordenadas: latitude 25º 45’15.39S e
longitude 53º8’.21”O, como mostra Figura 1.
FIGURA 1 - Demonstrativo da vista área da propriedade.
FONTE: Google Earth (2010).
O clima que caracteriza a região, segundo Pereira (2008), é subtropical e
úmido mesotérmico (Cfa). Em altitudes elevadas também ocorrem ocasionalmente
precipitações com verões quentes e geadas pouco freqüentes, com tendência de
concentração nos meses de verão, sem estação seca definida. A média das
temperaturas dos meses mais quentes é superior à 22°C, e dos meses mais frios é
inferior a 18°C, com umidade relativa do ar de 65% e densidade pluviométrica de
2100 mm por ano.
Foram analisados dados referentes à vegetação, solo, recursos hídricos,
atividades agrícolas e pecuárias, no período 13 de agosto a 15 de setembro de
2010, com vistorias na área e o mapeamento dos pontos onde foram realizadas a
sondagens de acordo com as normas da ABNT – (NBR 6484:1997).
40
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com Minayo (2007), teoria e metodologia caminham juntas e
vinculadas, sendo “conjunto de técnicas” que constitui o instrumental necessário
para aplicação da teoria é tratado como elemento fundamental para a coerência
metódica da investigação.
A realização dos procedimentos proporcionou situação de contatos
formais e informais, provocando o atendimento dos objetivos do trabalho, onde foi
coletadas 8 amostras em 4 pontos de água do córrego em frascos esterilizados,
para a determinação de Cobre, Zinco, Ph, óleos e Graxas DQO e DBO e sólidos
sedimentáveis.
A coleta do solo foi realizada através do sistema de trado, por diagnósticos
e Parâmetros de Normalidade, como:
COBRE: Método: Espectrofotométrico - Standard Methols for
Método: the Examination of Water and Wastewater - 21th Edition, 2005.
DBO: Potenciométrico (Oxigênio dissolvido) - Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
DQO:
Metodo:
Espectrofotométrico
-
Standard
Methods
for
the
Examination of Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
OLEOS E GRAXAS: Metodo: Gravimétrico - 5220D Standard Methods for
the Examination of Water and Wastewater 21th Edition, 2005. 5-38.
pH: Metodo: Potenciométrico - Standard Methods for the Examination of
Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS: Método: Cone de Inhoff. Teste de 1 hora Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
ZINCO: Metodo: Espectrofotométrico - Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
Foram coletadas 40 amostras de solo na propriedade em 12 pontos, onde
foram enviadas para o laboratório para a determinação de cobre, zinco, pH, óleos e
graxas, com os Parâmetros de Normalidade, como:
COBRE: Método; Fotométrico
OLEOS e GRAXAS: Método: Gravimétrico
41
pH: Metodo: Potenciométrico. Standard Methods for the Examination of
Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
ZINCO: Método: Absorção atômica
Tratou-se de um estudo qualitativo de pesquisa. De acordo Boaventura
(2004), a pesquisa qualitativa pressupõe Interpretação e compreensão pautados na
observação participante e descrição densa, valorizando a idéia, delimitação e
formulação do problema conforme resultados desta pesquisa. Pesquisa qualitativa é
fonte direta de dados no ambiente natural, constituindo-se o pesquisador no
instrumento principal; é uma pesquisa descritiva, em que os investigadores,
interessando-se mais pelo processo do que pelos resultados, examinam os dados
de maneira indutiva e privilegiam o significado.
3.2.1 Análise da água
Portanto foi realizada a pesquisa sob coleta da água de um córrego que
corta a propriedade, para as devidas análises, coletando-se 8 amostras em 4 pontos
do córrego, como mostra a Figura 3. Amostras foram enviadas para o laboratório
para a determinação de cobre, zinco, pH, DQO e DBO e sólidos sedimentáveis,
conforme apresenta os pontos de coletas na Figura 2.
FIGURA 2 - Pontos de coleta de água na propriedade.
FONTE: Google Earth (2010).
42
3.2.2 Análise do solo
Foi realizada a caracterização química do solo da área, coletando-se 40
amostras de solo em 12 pontos conforme demonstra a Figura 2, nas profundidades
0-20, 20-40, 40-60, 60-100 cm para determinação de cobre, zinco, pH e óleos e
graxas, conforme apresenta os pontos de coletas do solo na Figura 3.
FIGURA 3 - Pontos de coleta de solo na propriedade.
FONTE: Google Earth (2010).
De acordo com o princípio de perfuração e cravação dinâmica do
amostrador-padrão, cada metro, resulta na determinação do tipo de solo e de um
índice de resistência, bem como da observação do nível do lençol freático. Após sua
ordenação pela profundidade, as amostras devem ser examinadas individualmente,
devendo ser agrupadas as mesmas consecutivas com características semelhantes.
(PALHARES, 2004).
As coletas das amostras foram obtidas através de sondagem a trado
conforme a NBR 9603/86, NBR 6502 e NBR 7250, e Instrução Normativa para
Execução de Sondagem a Trado 04/94.
Utilizou-se trado motorizado com sonda e forma de espiral com espessura
de 1 polegada e a distância entre as espirras de 1 polegada. A sondagem iniciou-se
às 10 horas da manhã do 02/09/2010 e o termino às 16 horas. O acondicionamento
das amostras foi em fracos esterilizados para evitar a contaminação e logo após
identificadas e lacradas. O transporte e envio para o laboratório foi feito através de
uma transportadora às 18 horas do mesmo dia.
43
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 DIGANÓSTICO DA PROPRIEDADE
A propriedade encontra-se degradada pelas atividades da suinocultura e
pelas ações antrópicas. Os dejetos foram manejados incorretamente, depositados
no solo, alcançando os recursos hídricos. A Figura 4 apresenta atividade atual no
local.
FIGURA 4 - Cultura existente na propriedade atualmente.
4. 2 IMPACTOS CAUSADOS PELOS DEJETOS DA SUINOCULTURA
4.2.1 Cobertura vegetal
Com a avaliação da área, foi diagnóstica a ausência de cobertura vegetal
adequada, provocando a degradação do local, erosão e compactação do solo,
conforme apresenta a Figura 5.
44
FIGURA 5 - Degradação da pastagem.
4.2.2 Animais
Animais soltos nas pastagens convivem com os dejetos acumulados no
local, como apresenta a Figura 6. Tais dejetos foram expostos a céu aberto, e a
vegetação se desenvolveu sobre os mesmos.
FIGURA 6 - Dejetos dispostos no solo.
45
4.2.3 Efluentes líquidos
A nascente na área recebeu grande carga de dejetos em época de muitas
chuvas, resultando na contaminação dos rios da região, conforme apresenta a
figura 7.
FIGURA 7 - Córrego que corta a propriedade.
Nas águas do córrego puderam ser observadas as alterações causadas
pelo manejo incorreto, contribuindo para a degradação ambiental do local bem como
dos outros que recebem esta água. O problema da adição de dejetos aos recursos
hídricos é o rápido aumento populacional das bactérias e extração do oxigênio
dissolvido na água para o seu crescimento. Se o corpo d’água contem oxigênio
dissolvido (OD), os organismos envolvidos na decomposição da matéria orgânica
são as bactérias aeróbias ou facultativas, sendo o CO2 e a H2O os subprodutos finais
da digestão aeróbia. Quando se adiciona uma grande quantidade de dejetos num
corpo d’água, teoricamente, a população de bactérias pode dobrar a cada divisão
simultânea, ou seja, uma bactéria com tempo de multiplicação de 30 minutos pode
gerar uma população de 16 777 216 novas bactérias em apenas 12 horas de vida
(KRUEGER et al.1995).
4.2.4 Dejetos de suínos
O armazenamento e tratamento dos dejetos dos suínos eram feitos em
esterqueiras. Porém, com a água da chuva, partes dos dejetos alcançavam o
córrego próximo causando contaminação, conforme apresenta as figuras 8 e 9.
46
Os dejetos quando dispostos sobre o meio ambiente de forma irregular
podem causar danos ambientais na atmosfera, recursos hídricos e solo (PERDOMO,
2001).
FIGURA 8 - Cano exposto de forma irregular para a disposição dos dejetos.
FIGURA 9 - Depósito de dejeto no solo.
Segundo Embrapa (1999), pelas características do solo raso tendo o
horizonte A diretamente assentado sobre o substrato rochoso a que favorece uma
circulação das águas subterrânea muito rápida, o substrato presente na área se
apresenta bastante fraturado a que favorece a circulação dos contaminantes
direcionando-os rapidamente para os corpos hídricos presentes próximos as
esterqueiras.
A figura 10 apresenta o depósito de dejetos no solo, sem o tratamento
adequado.
47
FIGURA 10 - Depósito de dejeto ao fundo da propriedade.
4.2.5 Edificações
Na propriedade as edificações se encontram em estado precário, sem
condições ideais para armazenar e tratar os dejetos. Tais edificações não atendiam
toda capacitação de produção da atividade, conforme apresenta Figura 11.
FIGURA 11 - Edificações para suinocultura.
As edificações devem ser projetadas visando o maior aproveitamento dos
recursos naturais bem como ventilação e ao mesmo tempo que atenda a legislação,
quanto às distâncias da fontes de água, dos rios, das estradas e das divisas. O local
escolhido devem ser drenado, elevado, bem ventilado e com declividade para
48
facilitar o escoamento das águas fluviais e a retirada dos resíduos líquidos
(OLIVEIRA, 2004).
A Figura 12 apresenta a área utilizada como um reservatório para receber
os dejetos, que, no entanto ficavam expostos no solo com abertura 1m²
aproximadamente. Tal aspecto expõe a contaminação no solo e no ar da região.
FIGURA 12 - Reservatório de dejetos.
49
4.2.6 Análise de risco
Segundo o sistema de classificação de risco ambiental das terras para uso
agronômico de dejetos de suínos (do IN DIRAM 105.006 anexo 5) o grau de risco
ambiental se encontra na classe IV,
conforme apresenta a Tabela 6 In DIRAM
105.006.
Tabela 06: In DIRAM 105.006.
CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS [SUBCLASSES]
PR- PROFUNDIDADE
TE- TEXTURA
DR- DRENAGEM
PE- PEDREGOSIDADE
HI- HIDROMORFISMO
RE- RELEVO
RI- RISCO DE
INUNDAÇÃO
GRÁU DE RISCO
AMBIENTAL
[UNIDADE]
CLASSE DE RISCO AMBIENTAL DAS
TERRAS
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
0-NULO
1-LIGEIRO
2-MODERADO
3-FORTE
4-MUITO FORTE
I
II
III
IV
V
x
X
X
X
X
X
X
A classe IV caracteriza terras de alto risco ambiental. Apresentam pelo
menos um aspecto ambiental com grau de risco forte, ou um conjunto de 3 ou mais
aspectos com risco ambiental moderado.
50
Somente podem ser utilizadas em casos especiais, com culturas
permanentes, pastagem ou reflorestamento, mediante projeto técnico especifico.
4.2.7 Análise de água
Os resultados obtidos para análise da água coletada encontram-se nas
Tabelas 7, 8 e 9 conforme as análises. Nenhum ponto de coleta apresentou
contaminação cobre zinco, óleos graxas e sólidos sedimentares, portanto não é
necessária a descontaminação da água.
Pontos de coleta 01 - PS 01
O (Ponto de Sondagem - PS 01) apresentou os resultados na Tabela 7.
Coordenadas geográficas de localização.
S= 25°45'15.34"S
W= 53° 8'8.81"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 7 : Análises de água no ponto 1
RESULTADO DAS ANÁLISES
Ponto 1
Cobre
MG.L-1
DBO
mgL-1
0,10
4,1
DQO Óleos e
pH
MG.L-1 Graxas MG.L-1
MG.L-1
5,4
5,000
6,20
Tabela 8: Parâmetros CONAMA 357/05
Parâmetros
Unidade
pH
mg L-1
DBO
mg L-1
DQO
mg L-1
Óleos e graxas
mg L-1
Sólidos sedimentáveis
mg L-1
Parâmetros
Cobre dissolvido
Zinco total
Sólidos
sedimentáveis
MG.L-1
Zinco
MG.L-1
<0,100
<0,01
CONAMA 357/05
entre 5 a 9
até 5 mg L-1
até 300 mg L-1
até 20 mg L-1
até 1 mg L-1
Valor Maximo
1,0 mg/L Cu
5,0 mg/L Zn
Fonte: CONAMA nº 397, de 3 de abril de 2008 Publicada no DOU nº 66, de 7 de abril de 2008.
51
De acordo com os parâmetros do Conama 357/05 e Conama 397/08, o
ponto 1 não apresentou resultados de contaminação para cobre, zinco, óleos graxas
e sólidos sedimentares.
Pontos de coleta 02 - PS 02
O Ponto de Sondagem - PS 02 apresentou os resultados na Tabela 9.
S= 25°45'11.95"S
Coordenadas geográficas de localização:
W= 53° 8'5.00"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 9 : Análises da água ponto 2.
Ponto
RESULTADO DAS ANÁLISES
de 2
água
Ponto 2
Cobre
MG.L-1
DB
DQO
O MG.Lmg
1
L-1
Óleos e
Graxas
MG.L-1
pH
MG.L-1
Sólidos
sedimentáveis
MG.L-1
Zinco
MG.L-1
0,10
2,0 4,0
5,000
6,27
0,100
0,01
Tabela 10: Parâmetros CONAMA 357/05.
Parâmetros
pH
DBO
DQO
Óleos e graxas
Sólidos totais
Sólidos totais fixos
Sólidos totais voláteis
Sólidos sedimentáveis
Parâmetros
Cobre dissolvido
Zinco total
Unidade
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
CONAMA 357/05
entre 5 a 9
até 5 mg L-1
até 300 mg L-1
até 20 mg L-1
até 1 mg L-1
Valor Maximo
1,0 mg/L Cu
5,0 mg/L Zn
Fonte: RESOLUÇÃO CONAMA nº 397, de 3 de abril de 2008 Publicada no DOU nº 66, de 7 de abril
de 2008.
52
De acordo com os parâmetros do Conama 357/05 e Conama 397/08 o
ponto 02 não apresentou resultados de contaminação para cobre, zinco, óleos
graxas e sólidos sedimentares.
Pontos de coleta 03 - PS 03
O Ponto de Sondagem – OS 03 apresentou os resultados na Tabela 11.
Coordenadas geográficas de localização:
S= 25°45'14.15"S
W= 53° 8'0.69"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 11 : Análises da água ponto 3.
Ponto de
RESULTADO DAS ANÁLISES
3
Água
Ponto 3
Cobre
MG.L-1
DBO
mgL-1
0,10
2,0
DQO
MG.L-1
4,4
Óleos e
Graxas
MG.L-1
pH
MG.L-1
Sólidos
sedimentáveis
MG.L-1
Zinco
MG.L-1
5,000
6,30
<0,100
<0,10
Tabela 12: Parâmetros CONAMA 357/05
Parâmetros
Ph
DBO
DQO
Óleos e graxas
Sólidos totais
Sólidos totais fixos
Sólidos totais voláteis
Sólidos sedimentáveis
Parâmetros
Cobre dissolvido
Zinco total
Unidade
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
CONAMA 357/05
entre 5 a 9
até 5 mg L-1
até 300 mg L-1
até 20 mg L-1
até 1 mg L-1
Valor Maximo
1,0 mg/L Cu
5,0 mg/L Zn
Fonte: CONAMA nº 397, de 3 de abril de 2008 Publicada no DOU nº 66, de 7 de abril de 2008.
53
De acordo com os parâmetros do Conama 357/05 e Conama 397/08, o
ponto 03 não apresentou dados de contaminação para cobre, zinco, óleos graxas e
sólidos sedimentares.
Pontos de coleta 04 - PS 04
O Ponto de Sondagem - PS 04 apresentou os resultados na Tabela 13.
Coordenadas geográficas de localização:
S= 25°45'15.08"S
W= 53° 7'56.85"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 13 : Análises da água ponto 4.
Ponto de 4
RESULTADO DAS ANÁLISES
ÁGUA
Cobre DBO
DQO
MG.L mgL-1 MG.L-1
1
Ponto 4
0,10
2,00 <4,10
Óleos e
Graxas
MG.L-1
pH
MG.L-1
Sólidos
sedimentáveis
MG.L-1
Zinco
MG.L-1
5,000
6,11
<0,100
<0,01
Tabela 14: Parâmetros CONAMA 357/05
Parâmetros
pH
DBO
DQO
Óleos e graxas
Sólidos totais
Sólidos totais fixos
Sólidos totais voláteis
Sólidos sedimentáveis
Parâmetros
Cobre dissolvido
Zinco total
Unidade
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
CONAMA 357/05
entre 5 a 9
até 5 mg L-1
até 300 mg L-1
até 20 mg L-1
até 1 mg L-1
Valor Maximo
1,0 mg/L Cu
5,0 mg/L Zn
Fonte: RESOLUÇÃO CONAMA nº 397, de 3 de abril de 2008 Publicada no DOU nº 66, de 7 de abril
de 2008.
De acordo com os parâmetros do Conama 357/05 e Conama 397/08, o
ponto 04 não resultou em contaminação para cobre, zinco, óleos, graxas e sólidos
54
sedimentares.
Portanto
não
consta
dados
para
preocupação
para
a
descontaminação da água. Tais dados resultaram em parâmetros adequados para
água, não sendo necessária a descontaminação.
4.2.8 Análise do solo
A área é formada por um solo argiloso residual bastante raso, com o
Horizonte B pouco desenvolvido estando em alguns lugares o Horizonte A
diretamente sobre a camada rochosa. Esses solos com pequena expressão dos
processos pedogenéticos apresentam em alguns pontos do terreno a presença de
matações com tamanhos variados espalhados pela superfície. Esse solo é
classificado através do Sistema Brasileiro de Classificação Pedológica da (Embrapa
1999 ) como Neossolo (EMBRAPA, 1999).
Os resultados obtidos para o solo encontram-se nas tabelas 15, 16, 17,
18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26.
O Ponto de Sondagem 01
O Ponto de Sondagem 01 apresenta os resultados na Tabela 15.
Coordenadas geográficas de localização:
S= 25°45'16.18"S
W= 53° 8'0.63"O
Datum WGS= WGS 84
55
Tabela 15 : Análises do solo ponto 1.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
0 - 20 cm
Óleos e
Graxas
pH
CETESB
Zn mgL -1
* S
* T
* I
113,25
ausente 6,50
645,3
CU
36
113
190
20 - 40 cm
95,3
ausente 6,93
243,5
AN
140
430
720
40 - 60 cm
97,2
ausente 7,38
146,7
60 -100 cm
84,4
ausente 7,05
127,4
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
Zn
2500
Cu
1000
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
* Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
* Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
* Valor de intervenção (I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Portanto, conforme referência da norma CETESB (1999) o elemento
cobre, na profundidade de 0 - 20 cm indicou valor de Intervenção (*I), riscos a saúde
humana e para o ambiente, com necessidade de intervenção imediata. De 20 – 100
cm apresentou valor de Alerta (*T), indicando alterações nas propriedades do solo,
sendo necessária a investigação. Já para zinco, nas profundidades de 0 – 20 cm
apresentou valor de intervenção (*I) que indica riscos a saúde humana e para o
ambiente, com necessidade de intervenção imediata e na profundidade 20 – 60 cm,
apresentou valor de alerta (*T), que indica alterações nas propriedades do solo
também sendo necessária a investigação.
56
Pontos de sondagem 02- PS 02
O Ponto de Sondagem 02 apresenta os resultados na Tabela 16.
Coordenadas geográficas de localização:
S= 25°45'16.64"S
W= 53° 8'0.55"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 16: Análises do solo ponto 2
Profundidade
da
Sondagem
RESULTADO DAS ANÁLISES
Cu mg/Kg
0 - 20 cm
20 - 40 cm
91,2
84,3
Óleos e
Graxas
pH
Zn mgL -1
ausente 5,01
ausente 4,76
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
103,3
36,5
* S
CU
AN
* T
36
140
* I
113
430
190
720
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
Zn
2500
Cu
1000
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
* Não houve maior profundidade da sondagem devido à presença de pedras no solo.
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Conforme a referência CETESB (1999) os dados indicaram valor de alerta
(T) para cobre nas profundidades de 0 - 40 cm confirmando alterações nas
propriedades do solo, sendo necessária a investigação
57
Pontos de sondagem 03 - PS 03
O Ponto de Sondagem - PS 03 apresenta os resultados na Tabela 17.
Coordenadas geográficas de localização:
S= 25°45'16.75"S
W= 53° 8'0.05"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 17: Análises do solo ponto 3.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
0 - 20 cm
20 - 40 cm
71,5
86,1
Óleos e
Graxas
pH
Zn mgL -1
ausente 5,07
ausente 4,82
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
22,05
23,97
* S
CU
AN
* T
36
140
* I
113
430
190
720
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
Zn
2500
Cu
1000
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
* Não houve maior profundidade da sondagem devido à presença de pedras no solo.
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Portanto, conforme a referência da norma CETESB (1999), o ponto 3
apresenta valor de alerta (*T) para o elemento cobre nas profundidades de 0 - 40
cm, indicando alterações nas propriedades do solo.
58
Pontos de sondagem 04 - PS 04
O Ponto de Sondagem - PS 04 apresenta os resultados na Tabela 18.
Coordenadas geográficas de localização:
S= 25°45'16.68"S
W= 53° 7'59.80"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 18: Análises do solo ponto 4.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
84,0
17,2
91,1
78,5
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
6,05
5,27
5,39
4,84
24,2
18,4
18,2
30,4
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Portanto, conforme a referência CETESB (1999) para cobre, o valor de
alerta (*T) indica alterações nas propriedades do solo, sendo necessário
investigação nas profundidades de 0 - 20 cm, 40 - 60 cm e 60 - 100 cm no ponto de
sondagem número 4.
59
Pontos de sondagem 05 - PS 05
O Ponto de Sondagem - PS 05 apresenta os resultados na Tabela 19.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'16.59"S
W= 53° 7'59.69"O
Datum WGS= WGS 84
Tabela 19: Análises do solo ponto 5.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
88,4
81,8
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
5,92
5,04
29,4
19,5
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
* OBS: Não houve maior profundidade da sondagem devido a presença de pedras no solo .
Portanto, conforme a referência CETESB (1999) para cobre, os valores de
alerta (T) indicam alterações nas propriedades do solo, sendo necessária
investigação nas profundidades de 0 - 40 cm, no ponto de sondagem número 5.
Pontos de sondagem 06 - PS 06
O Ponto de Sondagem - PS 06 apresenta os resultados na Tabela 20.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'16.17"S
W= 53° 7'59.88"O
60
Datum WGS= WGS 84
Tabela 20: Análises do solo ponto 6.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
84,2
81,0
79,3
85,4
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
5,67
5,43
6,01
4,92
19,0
28,9
23,8
28,3
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
* T
36
140
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Portanto,
conforme
referência
CETESB
(1999)
para
cobre,
as
profundidades de 0 - 100 cm indicam valor de alerta (*T) com alterações nas
propriedades do solo, sendo necessária a investigação.
Pontos de sondagem 07 - PS 07
O Ponto de Sondagem - PS 07 apresenta os resultados na Tabela 21.
Coordenadas geográficas de localização.
S= 25°45'15.39"S
W= 53° 7'59.67"O
61
Datum WGS= WGS 84
Tabela 21: Análises do solo ponto 7.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
93,96
90,8
90,6
85,9
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
5,74
5,95
6,02
6,24
282,7
254,8
48,3
68,1
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Portanto conforme a referencia da norma CETESB (1999) para cobre
apresentou valor de alerta (*T) nas profundidades de 0 - 100 cm que indica
alteração nas propriedades do solo, sendo necessária a investigação e já para
zinco também apresentou valor de alerta (*T) nas profundidades 0 - 40 cm que
indica alteração nas propriedades do solo, sendo necessária a investigação.
Pontos de sondagem 08 - PS 08
O Ponto de Sondagem - PS 8 apresenta os resultados na Tabela 22.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'16.21"S
W= 53° 8'0.05"O
62
Datum WGS= WGS 84
Tabela 22: Análises do solo ponto 8.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
83,4
99,0
84,1
112,9
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
5,38
6,78
6,89
6,62
10,7
349,6
293,0
400,4
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
* T
36
140
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Portanto conforme a referência da norma CETESB (1999) para cobre, o
valor de alerta (*T) nas profundidades de 0 -100 cm indicando alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária a investigação. Para o elemento zinco
também apresentou valor de alerta (*T) nas profundidades 20 -100 cm, indicando
alteração nas propriedades do solo, sendo necessária a investigação.
Pontos de sondagem 09 - PS 09
O Ponto de Sondagem - PS 9 apresenta os resultados na Tabela 23.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'16.56"S
W= 53° 8'1.15"O
63
Datum WGS= WGS 84
Tabela 23: Análises do solo ponto 9.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
76,9
80,7
65,3
73,6
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
* 4,84 %
ausente
pH
Zn mgL -1
4,62
4,75
6,39
6,20
16,2
10,7
11,6
7,43
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Conforme a referência da norma CETESB (1999) para cobre, apresentou
valor de Alerta (*T) nas profundidades de 0 - 100 cm indica ou
alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária a investigação e também na profundidade
40 – 60 constatou-se alterações de 4,84% de óleos e graxas a contaminação, por
qual é oriundo de uma fossa negra que esta próxima do ponto, sendo com a mesma
profundidade, justificando os dados.
Pontos de sondagem 10 - PS 10
O Ponto de Sondagem - PS 10 apresenta os resultados na Tabela 24.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'16.45"S
W= 53° 8'1.52"O
64
Datum WGS= WGS 84
Tabela 24: Análises do solo ponto 10.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
75,3
88,3
74,8
92,3
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
4,44
5,14
5,17
6,02
26,7
43,5
34,8
191,2
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Conforme a referência da norma CETESB (1999) para cobre apresentou
valor de Alerta (*T) nas profundidades de 0 - 100 cm indicando alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária a investigação. Para zinco também
apresentou valor de alerta (*T) apenas na profundidade 60 - 100 cm, que indicando
alteração na propriedade do solo, sendo necessária a investigação
Pontos de sondagem 11 - PS 11
O Ponto de Sondagem - PS 11 apresenta os resultados na Tabela 25.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'14.49"S
W= 53° 8'3.30"O
Datum WGS= WGS 84
65
Tabela 25: Análises do solo ponto 11.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
275,2
317,97
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
5,64
5,84
87,1
57,2
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
* Não houve maior profundidade da sondagem devido a presença de pedras no solo.
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Conforme a referência da norma CETESB (1999) o cobre apresentou
valor de intervenção (*I) nas profundidades de 0 - 40 cm que indica riscos a saúde
humana e para o ambiente com a necessidade de intervenção imediata.
Pontos de sondagem 12 - PS 12
O Ponto de Sondagem - PS 12 apresenta os resultados na Tabela 26.
Coordenadas geográficas de localização
S= 25°45'14.19"S
W= 53° 8'3.65"O
Datum WGS= WGS 84
66
Tabela 26: Análises do solo ponto 12.
Profundidade
da
RESULTADO DAS ANÁLISES
Sondagem
Cu mg/Kg
SOLO 0 - 20 cm
SOLO 20 - 40 cm
SOLO 40 – 60 cm
SOLO 60 -100 cm
117,7
152,5
146,8
117,7
Óleos e
Graxas
ausente
ausente
ausente
ausente
pH
Zn mgL -1
5,34
5,26
5,08
5,34
354,2
237,4
276,4
354,2
IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009)
CETESB
* S
CU
AN
36
140
* T
* I
113
430
Zn
TEOR LIMITE NO DEJETO
(mg de Mat. Seca)
2500
Cu
1000
190
720
FONTE: IN 100.001 - Diretrizes do IAP (2009).
Fonte: CETESB, (1999).
Onde:
- Valor de referência (*S): nível permitido do elemento no solo;
- Valor de alerta (*T): valor médio dos dois primeiros que indica alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária investigação.
- Valor de intervenção (*I): indica riscos á saúde humana e para o ambiente há
necessidade de intervenção;
Conforme a referência da norma CETESB (1999) para cobre, apresentou
valor de Intervenção (*I) nas profundidades 0 - 60 cm que indica riscos a saúde
humana e para o ambiente há necessidade de intervenção indicando alteração nas
propriedades do solo, sendo necessária a investigação. Para zinco apresentou valor
de alerta (*T) nas respectivas profundidades, sendo também sendo necessária a
investigação.
4.3 DANOS E SOLUÇÕES
De acordo com as avaliações e descrições do local, foi possível encontrar
alternativas para os problemas, como objetivo de minimizar os danos e impactos
sofridos pela atividade.
67
4.3.1 Cobertura vegetal
Os pontos de sondagens servirão para determinar o nível de
contaminação no solo o qual deverá ser utilizada como parâmetro para um processo
de fitorremediaçao.
O plantio de novas espécies de gramíneas reduziria o impacto gerado,
melhorando a infiltração de água e diminuindo a erosão, bem como a regeneração
com espécies florestais.
A fitorremediação pode ser definida como, o uso de vegetação in situ para
o tratamento de solos contaminados, as plantas podem remediar. Em muitos casos
a fitorremediação é considerada como um passo de polimento final, para
encerramento de locais após terem sido aplicadas outras tecnologias de remediação
(BLAYA, 2000).
4.3.2 Solo contaminado
Conforme a análise no ponto 9 da coleta (40-60 cm) do solo, constatou-se
a presença de 4,84% de óleos e graxas, oriundos de uma fossa negra localizada
próxima do ponto, na mesma profundidade. A biorremediação o uso do produto
enzilimp para a limpeza do local contaminado.
A ação dos microorganismos na dispersão das moléculas de matéria
orgânica com as enzimas produzidas moléculas se dividem em substâncias
especificas: ácidos graxos, Triglicérides, Proteínas, Carboidratos, celulose, etc.
As várias substâncias são degradadas em compostos simples e começam
a ser absorvidas por osmose pelos microrganismos.
O uso de microrganismos e a biotecnologia o que há de mais avançado e
ecologicamente correto. O princípio ativo de Enzilimp é uma seleção concentrada de
microrganismos benéficos que, inoculados nos dejetos, geram um processo de
exclusão competitiva, eliminando bactérias indesejáveis, produtoras de grandes
quantidades de gás sulfídrico e amônia, provenientes da decomposição do esterco e
restos de alimentos. Acelerando o ciclo do nitrogênio, promove a rápida
68
transformação desses elementos em compostos inócuos, reduzindo em cerca de
80% a presença de coliformes fecais e amoníaco, com redução importante do mau
cheiro, pela restauração da sanidade ambiental (MILLENNIUN, 2010).
Os tratamentos biológicos, à base de microrganismos, recebem o nome de
biorremediação - o remédio vivo, que se auto-reproduz para agir, sempre, com a
intensidade necessária à degradação do volume de matéria orgânica existente.
Devolvendo à natureza um efluente limpo, a biorremediação preserva a qualidade de
cursos d’água, solos e, até mesmo, lençóis freáticos. (MILLENNIUN, 2010).
Já para os pontos que apresentaram valores acima da norma para metais
pesados como cobre e zinco, a fitorremediação, seria a mais indicado através de
Fitoextração – absorção dos contaminantes através das raízes das das plantas e
posterior armazenamento no sistema radicular (raiz principal e laterais) ou caulinar
(caule, folha e flores). Nota-se que essa absorção é favorecida quando há
associação entre as raízes e fungos (micorrizas).
De acordo com Coutinho e Barbosa (2006), a fitorremediação é um
conjunto de técnicas que utiliza as plantas para recuperar solos e águas
contaminadas com poluentes orgânicos ou inorgânicos, segundo as leis naturais.
Estas técnicas possuem hoje um lugar de destaque devido à crescente necessidade
de despoluir ambientes contaminados, bem como ao seu baixo custo e impacto
ambiental, comparado com outras técnicas despoluidoras.
Para Anselmo e Jones (2005), além de se mostrarem como excelentes
indicadores de certos metais, tinham a capacidade de os extrair do solo, através dos
seu sistema radicular (fixa a planta ao solo, absorve água, sais minerais e nutrientes
e armazena alimentos de reserva) e de acumular esses metais nos seus tecidos,
sem sofrerem lesões. A razão principal para esta absorção está na necessidade que
as plantas têm de absorver certos metais como o cobre, zinco, etc.
A fitorremediação oferece numerosos benefícios no tratamento do solo,
subsolo e águas: apresenta um baixo custo; é capaz de descontaminar grandes
áreas e ao mesmo tempo, embelezar o ambiente; a biomassa produzida pode ser
utilizada como fertilizante, ração animal, produção de energia, pasta de papel, etc.;
as plantas são mais fáceis de controlar do que os microrganismos; as propriedades
físicas e biológicas são mantidas ou melhoradas; os compostos orgânicos podem
ser degradados em C2O e H2O, não há necessidade de remoção vegetal após
tratamento (DINARDI, 2003).
69
Para Coutinho e Barbosa (2006), são poucas as desvantagens da
fitorremediação. A tecnologia está ainda em desenvolvimento; os metais do solo
devem estar a uma distância inferior a 5m da superfície; o clima pode restringir o
crescimento das plantas; o tempo de descontaminação pode ser longo
4.3.3 Água contaminada
Conforme resultados das análises, não existe contaminante na água da
propriedade, o que não desconsidera as técnicas de proteção das nascentes e
mananciais.
70
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As análises da área verificaram a degradação ambiental do solo da
propriedade pesquisada. De acordo com as normas da CETESB , pois a IAP não foi
considerada muito branda, onde constou-se valores de Intervenção (I), no ponto 1
na profundidade 0 – 20 cm e no ponto 11 nas profundidades 0 – 40 cm e no ponto
12 nas profundidades 0 – 60 cm indicando riscos a saúde humana e para o
ambiente, sendo necessária a intervenção imediata através de fitorremediação.
A investigação nos demais pontos apresentaram valores de alerta (T)
acima do permitido pela para metais pesados no solo de acordo com as normas
CETESB, no ponto 9 na (profundidade 40 – 60 cm) constatou-se alterações em
4,84% de óleos e graxas, oriundos de uma fossa na mesma profundidade, sendo a
descontaminação realizada por biorremediação através do produto enzilimp.
Diante ao contexto este trabalho poderá servir como base para futuros
trabalhos de TCC em biorremediação e fitorremediação.
Dessa forma é de suma importância que as atividades de suinocultura se
adéquam para a recuperação e o destino correto dos dejetos minimizando os
impactos
Foi possível detectar os danos causados na área de estudo e elaborar
alternativas para prevenção e recuperação do local, como manejo correto do solo,
recuperação da vegetação e gestão ambiental.
71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANSELMO, A. L. F., JONES, C. M., (2005) Fitorremediação de Solos Contaminados – O
Estado da Arte, ENEGEP – XXV Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Porto Alegre,
Brasil. [consultado em 11 de Maio de 2008 no endereço:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep1005_0558.pdf]
ABNT - Associação Brasileira de Normas. Técnicas solo - sondagens de simples
reconhecimento com SPT - método de ensaio. NBR 6484 - Soil - Standard
penetration test - SPT - Soil sampling and classification - Test method Descriptors:
Soil. Penetration test. Rio de Janeiro: Origem Projeto NBR 6484:1997
ABNT - Associação Brasileira de Normas. Técnicas solo – sondagens a trado –
método de ensaio. NBR conforme a NBR 9603/86, NBR 6502 e NBR 7250, e
Instrução Normativa para Execução de Sondagem a Trado 04/94.
APHA, AWWA E WEF (1992) - American Public Health Association. Standard
Methods for the Examinacion of Water And Wasterwater. 18th ed, Washigton, D.C
BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da Pesquisa: monografia, dissertação,
São Paulo: Atlas, 2004.
BLAYA, S.N. e Garcia, G.N. (2000) Química Agrícola. El suelo y los elementos
químicos essenciales para la vida vegetal. Ediciones Mundi-Prensa, Madrid,
Espanha. 488 p.
BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução n. 357, de 18 de março
de 2005. Dispõe sobre uma nova classificação para as águas doces. 2005.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei Ambiente. Lei n. 9.433, de 08 de janeiro
de 1997. Dispõe sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos. 1997
CARRERA, Fernandes José - Economia dos Recursos Hídricos - Salvador: Ed.
Edufba, 2002.
CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Aplicação de Iodos de
sistema de tratamento biológico em áreas agrícolas: critério para projeto e
operação: manual técnico. São Paulo: 1999, 4230 pgs.
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Variáveis da qualidade
das águas. São Paulo: 2001.
CONAMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento
de efluentes e dá outras providências. Resolução nº. 357, de 17 de março de
2005.
72
CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução no
375/2006 e 397/08 de 29/8/2006. http://www.mma.gov.br/port/conama/ legiano/. 29
Set. 2006.
COOPER, M. Influência das condições físico-hídricas nas transformações
estruturais entre horizontes B latossólico e b textural sobre diabásio. Piracicaba,
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", 1999. 130 pgs.
COUTINHO, H. D., BARBOSA, A: R: (2006) Fitorremediação: Considerações Gerais e
Características de Utilização, Silva Lusitana 15 (l): 103-117, 2007, EFN, Lisboa, Portugal
[consultado
em
11
de
Maio
de
2008
no
endereço:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/slu/v15n1/v15n1a08.pdf]
CHEIDA, L. E., Manual de Gestão Ambiental na Suinocultura. PNM I - Gestão
Integrada de Ativos Ambientais – Paraná. Curitiba. 2004.
DECRETO Nº 8.468, de 8 de setembro de 1976. Regulamento da Lei N. 997, de 31
de maio de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do
meio ambiente: Legislação Estadual
DINARDI, A. L., FORMAGI, V. M., CONEGLIAN, C. M. R., BRITO, N. N., SOBRINHO, G. D.,
TONSO, T., PELEGRINI, R., (2003) Fitorremediação, III Fórum de Estudos Contábeis, Centro
Superior de Educação Tecnológica (CESET) – UNICAMP, Curso de Tecnologias em
Saneamento Ambiental – Laboratório de pesquisas Ambientais (LAPA), Faculdades Integradas
Claretianas, Rio Claro, São Paulo, Brasil. [consultado em 10 de Maio de 2008 no endereço:
DI BERNARDO e DANTAS, Ângela Di Bernardo - Métodos e Técnicas de
Tratamento de Água, 2ª ed. São Paulo: Ed. Rima, 2005. Vol. 1 e 2.
DOURMAD, J.Y Comment concilier production porcin et protection de
l’environnement. Matrîse des pollutions de l’eau: réduction à la source par une
meilleure alimentation des porcs. Cemagref, ed. Paris, 1999. p. 84 pgs.
EMBRAPA, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema
brasileiro de classificação de solos. Brasília, Embrapa produção de informação,
1999. 212 pgs.
FAO WORLD - Reference base for soil resources. Rome, Food and Agriculture
Organization of the United Nations, 1998. 109p. (World Soil Resource Report, 84),
Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100...script... Revista Brasileira de
Ciência do Solo -Print version ISSN 0100-0683. 84 pgs.
FLÁVIO, L. Suinocultura em Crise no Paraná. Disponível emwww.paranaonline.com.br/editoria/policia/news/360460/ acesso dia: 15/09/2010, às 22:30.
GIROTTO, A. F., STULP, J. V. O biodigestor como alternativa energética para a
pequena propriedade rural. Revista de Economia e Sociologia Rural, v.27, n.1,
p.21-37, jan./mar. 1989.
73
GONÇALVES, R. G.; PALMEIRA, E. M. Suinocultura brasileira. Revista acadêmica
de
economia.
Dez.
2006.
Disponível
em:http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/06/rgg.pdf> Acessado em:15/09/2010.
GUERRA, A. J. T., e CUNHA, Sandra Baptista da, Geomorfologia: uma
atualização de bases/conceitos, 7ª ed. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2007.472 ps.
HENRY, Y.; DOURMAD, J.Y. Protein nutrition and nitrogen pollution. Feed Mix.
maio, 25-28,1992.
IAP. Considerar os conceitos apresentados na IN 100.001 – Diretrizes do IAP
para Licenciamento e Autorização Florestal, na IN 100.002 – Diretrizes para
Licenciamento Ambiental de Atividades Poluidoras, Degradadoras e/ou
Modificadoras do Meio Ambiente (2009)
IBGE.Instituto
Brasileiro
de
Geografia
http://www.sidra.ibge.gov.br. Acesso em 2005.
Estatística.
Disponível
em:
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2003.
Efetivo
de
suínos
por
região.
Disponível
em:http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/brasil.
Acesso em: 20 out. 2005.
JONDREVILLE, C.; REVY, P. S.; DOURMAD, J. Y. Dietary means to better control
the environmental impact of copper and zinc by pigs from weaning to slaughter.
Livestock Production Science, v. 84, n. 2, p. 147-156, 2003.
KRUEGER, T.; TAYLOR, G.; FERRIER, M. Efluent at work. Australian Pig Housing.
Series. Calala Lane, 1995, 211 pgs.
LOWE, P. Morlizing The Environment. Countryside chnge, ferming and
pollution. Londres University Londo Press, 1997.
MACHADO, P. A. L. Direito Ambiental Brasileiro. 9ª ed. São Paulo: Malheiros,
2001. 232 pgs.
MARCATO, S. M. Efeito da restrição alimentar sobre a excreção dos minerais
nos dejetos produzidos pelos suínos, Universidade Federal de pelotas, Pelotas:
1997. 64 pgs.
MASTER
AMBIENTAL,
Licenciamento
2010.
Disponível
www.masterambiental.com.br/.../Licenciamento-Ambiental.aspx.
Acesso
26/09/2010.
em:
em:
MEDRI, W., Modelagem e otimização de sistema de lagoas de estabilização
para tratamento de dejetos suínos. Universidade Federal de Santa Catarina. Dez.
1997. Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/teses98/medri/>. Acessado em: 18 jun.
2009.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa
qualitativa em saúde.- 10. ed. -São Paulo: Hucitec, 2007.
74
MILLENNIUN. Tecnologia Ambiental- Tabela enzilimp, [email protected],
2010. acessado dia 30/102010 às 21:18.
MOTA, Suetônio, Urbanização e Meio Ambiente - Rio de Janeiro: ABES, 1999.
OLIVEIRA, P. A. V. de, Tecnologia para manejo de resíduos na produção de
suínos: manual de boas práticas. Concórdia: Embrapa suínos e Aves, 2004. 109
pgs.
OLIVEIRA, P. A. V. Manual de manejo e utilização dos dejetos de suínos.
EMBRAPA-CNPSA. 2003. Documentos, 27, 1993. 188 p. disponível em:
Sobestianskyhttp://www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/8
Acesso
em:
26/09/2010.
PALHARES, J. C. P. Considerações técnicas para a viabilização ambiental de
uma granja de suínos. Concórdia: EMBRAPA suínos e Aves, 2004.364 pgs.
PALHARES, J.C. P. Análise ambiental para a produção de suínos no sul do
Brasil. In: Seminário Internacional de aves e suínos, 4., 2005 Florianópolis. Anais.
Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2005.
PAULA SOUZA,M.L. , FOWLER,R.B. E BLEY JR, C.J., Sistema de classificação
de risco ambiental das terras para uso agronômico de dejetos de suínos 2003,
ANEXO 5
PEREIRA, B. D.; MAIA, J. C. de S. and Camilot, Rosalina. Eficiência técnica na
suinocultura: efeitos dos gastos com meio ambiente e da renúncia fiscal. Rev.
41.bras. eng. Agrícola e ambiental, Abr 2008, vol.12, no.2, p.200-204. ISSN 14154366.Disponível
em:
ttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141543662008000200013&l
.ng=en&nrm=iso>. Acessado em: 15/09/2010.
PERDOMO, C.C; DALLA COSTA, Relatório final de Avaliação de bebedouros Convênio E & P. Concórdia (SC): EMBRAPA Suínos e Aves, 2000. 6 pgs.
PESSOA, j. E. P. &, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos. 3ª ed, Rio de
Janeiro: ABES, 1995.
PORKWORLD.
Portal
da
Suinocultura
Brasileira.
Disponível
em:
http://porkworld.com.br/noticias/post/summit-porkexpo-2010-debate-carne-suinavalorizada-e-saudavel acesso dia: 15/09/2010, às 22:30.
RYNK, R. On-farm composting handbook. Ithaca, VY: US, Northeart Regional
Agricultural Service - Cooperative Extension, 1992, 186 pgs.
ROPPA, L. A. A Globalização e as Perspectivas da Produção de Suínos no
Continente Sul-america: disponível em: http://www.acsurs.com.br/resumo.html:
acesso 23/12/2003.
75
STANDARD, Methols for Método: the Examination of Water and Wastewater 21th Edition, 2005.
STILBORN, H. Nutrition influences animal waste output. Feedstuffs. May, 4. 1998.
20-47 pgs.
SÁNCHEZ, L. E., Avaliação de Impacto Ambiental - Conceitos e Métodos.Oficina
de Textos. São Paulo – SP. 2006 p. 495 pgs.
SEGANFREDO, Milton Antonio; Gestão Ambiental na Suinocultura, Editora
Embrapa, Brasília, DF, 2007. 302 pgs.
SEGANFREDO, M. A.; GIRROTO, A.F. Custo de armazenamento e transporte
dejetos suínos usados como fertilizante do solo. Embrapa. Concórdia: Suínos e
aves, 2004. 307 pgs.
SILVA,
P.
(1996).
Manejo
dos
dejetos
suínos.
disponível
em:www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=publicacoes&cod.
Acesso
em:
26/09/2010.
SILVA, I. R.; SÁ MENDONÇA, E. Matéria orgânica do solo. In: NOVAIS, R. F.et al.,
(Eds) Fertilidade do Solo. Viçosa, MG. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo,
2007. n. 1, 275/ 374 pgs.
SOARES, I. J . O uso de Dejetos de suínos como Fertilizantes do Solo e o seu
Impacto Ambiental no Município de Jaborá - SC. 2003 70 pgs.
SOMBROEK, W.G. & SIDERIUS, W. Nitosolos, a quest for significant
diagnóstico criteria. In: ANNUAL Report. Wageningen, International Soil Museum,
1981. 102 pgs.
STRAUCH, de. Survival of pathogenic micro-organisms and parasites in excreta,
manure and swage sldge. Veterinary Science and Technology, v10 n3, 1991.
813/846 pgs.
THOMAS, V. A Qualidade do Crescimento, São Paulo: UNESP, 2002.
VIEIRA, V., Minimização da geração de dejetos através de praticas preventivas
na suinocultura. Mato Grosso, 2001. Disponível em:
<http://scholar.google.com.br/scholar?q=disposi%C3%A7ao+de+dejetos+no+solo&hl
=pt-BR&lr=&start=0&sa=N>. Acessado em: 15/09/2010.
76
ANEXOS
77
ANEXO 1
No Decreto CETESB:
Art. 5º - Compete à Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento
Básico e de Defesa do Meio Ambiente - CETESB, na qualidade de órgão delegado
do Governo do Estado de São Paulo, a aplicação da Lei nº 997, de 31 de maio de
1976, deste Regulamento e das normas dele decorrentes.
VIII - fiscalizar as emissões de poluentes feitas por entidades públicas e
particulares;
IX - efetuar inspeções em estabelecimentos, instalações e sistemas que
causem ou possam causar a emissão de poluentes;
Decreto nº 8.468/1976, aprova o Regulamento da Lei nº 997, de 31 de
maio de 1976, que no inciso 2º diz;
Art. 2° - Fica proibido o lançamento ou a liberação de poluentes nas
águas, no ar ou no solo.
Art. 3º - Considera-se poluente toda e qualquer forma de matéria ou
energia lançada ou liberada nas águas, no ar ou no solo:
I - com intensidade, em quantidade e de concentração, em desacordo com
os padrões de emissão estabelecidos neste Regulamento e normas dele
decorrentes;
II - com características e condições de lançamento ou liberação, em
desacordo com os padrões de condicionamento e projeto estabelecidos nas
mesmas prescrições;
III - por fontes de poluição com características de localização e utilização
em desacordo com os referidos padrões de condicionamento e projeto;
IV- com intensidade, em quantidade e de concentração ou com
características que, direta ou indiretamente, tornem ou possam tornar ultrapassáveis
os padrões de qualidade do meio ambiente estabelecidos neste Regulamento e
normas dele decorrentes.
Na disposição do Decreto nº 8.468/76. no titulo IV
Da Poluição do Solo
78
Art. 51 - Não é permitido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar
Ou acumular no solo resíduos, em qualquer estado da matéria, desde que
poluentes, na forma estabelecida no artigo 3º deste Regulamento.
Art. 52 - 0 solo somente poderá ser utilizado para destino final de resíduos
de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma adequada,
estabelecida em projetos específicos de transporte e destino final, ficando vedada a
simples descarga ou depósito, seja em propriedade pública ou particular.
Art. 56 - 0 tratamento, quando for o caso, o transporte e a disposição de
resíduos de qualquer natureza, de estabelecimentos industriais, comerciais e de
prestação de serviços, quando não forem de responsabilidade do Município, deverão
ser feitos pela própria fonte de poluição.
79
ANEXO 2
Para aplicação dos dejetos no solo, para fins agrícolas, devem ser
observados, no mínimo, os seguintes aspectos:
Disponibilidade de área para aplicação: O interessado deve possuir
área agrícola disponível e com aptidão para disposição dos dejetos no solo. Para a
aplicação de dejetos
em áreas de terceiros, a mesma deverá ser avaliada e
classificada como de Risco Ambiental I, II, III ou IV e deverá ser apresentado termo
de compromisso entre as partes, com firma reconhecida em cartório.
Área de aplicação: A escolha da área para disposição dos dejetos de
suínos deve considerar os aspectos ambientais das terras, sua classe de risco
ambiental e as características físico-químicas do solo. a definição de áreas aptas
deverá seguir os critérios estabelecidos no sistema de classificação de risco
ambiental das terras para uso agronômico de dejetos de suínos((PAULA
SOUZA,M.L. , FOWLER,R.B. E BLEY JR, C.J., 2003, ANEXO 5). Estas áreas
deverão adotar obrigatoriamente técnicas ou práticas de uso manejo e conservação
do solo compatíveis com a sua Classificação de Risco;
Época de aplicação: O dejeto deve ser aplicado em período
compatível com o uso e manejo do solo e da cultura.
Fora de aplicação: A aplicação pode ser em sulcos, linhas de plantio
ou em cobertura total. Os dejetos devem ser dispostos no solo de forma que não
causem contaminação dos cursos de água e do lençol freático pelo escorrimento
superficial e/ou percolação da água.
CULTURAS RECOMENDADAS
Grandes
Culturas,
principalmente
aquelas
cujos
produtos
são
consumidos após a industrialização ou alimentos não consumidos “in natura”, tais
como: milho, feijão, soja, sorgo, canola, trigo, aveia, cevada, forrageiras para
adubação verde.
Reflorestamento: na implantação
Produção de Grama: incorporado ao solo
Fruticultura
80
Pastagens: o dejeto poderá ser utilizado em pastagem, desde que seja
determinado um período de carência mínima de 30 dias para utilização da área para
pastejo.
MONITORAMENTO
O monitoramento deve ser realizado 1(uma) vez por ano, através de
análise de fertilidade do solo(rotina) antes da aplicação do resíduo.
Os parâmetros, cobre total e zinco total devem ser analisados a cada 2
(dois) anos.
A profundidade de amostragem deve variar com método de preparo de
solo:
plantio convencional – 0 a 20 cm de profundidade
plantio sem revolvimento ou pastagem– 0 a 5 e 5 a 20 cm de
profundidade são recomendadas com objetivo de verificar o
acúmulo de nutrientes em superfície, passíveis de escorrimento
superficial.
No caso de suspeita de acúmulo de nitrato em profundidade, deve-se
analisar os teores de nitrato e amônio em profundidade com amostragem nas
profundidades de 0-20 e 20-60 cm
81
ANEXO 3
Segundo a instrução normativa do IAP DIRAN 105.006 atualizada
23/10/2009 considerar os conceitos apresentados na IN 100.001 – Diretrizes do IAP
para Licenciamento e Autorização Florestal, na IN 100.002 – Diretrizes para
Licenciamento
Ambiental
de
Atividades
Poluidoras,
Degradadoras
e/ou
Modificadoras do Meio Ambiente.
APLICAÇÃO: Os conceitos, critérios e procedimentos discriminados
nesta IN devem ser adotados pelos Escritórios Regionais - ESREGs, pela Diretoria
de Controle de Recursos Ambientais - DIRAM, pela Diretoria de Estudos e Padrões
Ambientais - DEPAM e/ou unidades conveniadas, segundo os respectivos níveis de
competência estabelecidos para o licenciamento ambiental de Empreendimentos de
Suinocultura com aproveitamento econômico no Estado do Paraná.
Esta IN não se aplica em casos de criação ao ar livre e criação
confinada inferior a 10 animais (terminação) e 3 matrizes (UPL e CC), desde que
não esteja causando qualquer forma de poluição.
FUNDAMENTO
LEGAL:
Considerar
os
fundamentos
legais
apresentados na IN 100.001, na IN 100.002 e ainda:
LEGISLAÇÃO FEDERAL: Instrução Normativa Nº 8, de 25 de março
de 2004 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
- LEGISLAÇÃO ESTADUAL:
Lei Complementar nº 4/75 e Decreto no 3.641/77 que dispõe sobre o
Código Sanitário do Estado;
Decreto nº 6.120/85 que dispõe sobre a preservação do solo agrícola
no Estado do Paraná;
Lei nº 11.504/96 e Decreto no 2.792/96 que dispõe sobre a Defesa
Sanitária Animal no Estado e dá outras providências.
Download

UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADE CATARATAS