2 Política Panorama político O Estado do Maranhão - São Luís, 5 de fevereiro de 2013 - terça-feira Ilimar Franco Cenário ideal N a cabeça do ex-presidente Lula, a eleição de 2014 está resolvida: o governador Eduardo Campos (PE-PSB) será vice da presidente Dilma e o vice, Michel Temer (PMDB), concorrerá a governador de São Paulo. Lula tem dito a amigos que a polarização PT-PSDB se esgotou e que é hora de seu partido entregar a cabeça de chapa no maior estado do país. Só falta combinar com todos os envolvidos. Tudo dominado Com as presidências da Câmara e do Senado, além da vicepresidência da República, o PMDB avalia que chegou no auge. Um peemedebista da cúpula contou que o poder é tanto que o partido tem cacife para decidir tudo, a partir de agora. Desde as votações no Congresso, passando pelos palanques nos estados, até a eleição presidencial. O PMDB segue firme e forte com a presidente Dilma, mas com condição "de ir para onde quiser". Inclusive, brincou o peemedebista, para vice de Eduardo Campos (PSB-PE). No PMDB, é consenso que Renan Calheiros (AL), Henrique Alves (RN) e Michel Temer (SP) são políticos experientes e, portanto, de espírito independente. “Pior do que este Parlamento, só um Parlamento fechado” Miro Teixeira, após as eleições na Câmara e no Senado Deputado federal (PDT-RJ) Autonomia de voo O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), transformará a Corregedoria em órgão autônomo. Ela integrava a 2ª Vice-Presidência e, na semana passada, foi para a 3ª Secretaria. Cabe à Corregedoria investigar denúncias contra deputados. Batendo cabeça Givaldo Barbosa/16-09-2011 A luta política maranhense desembarcou na Esplanada. O ministro Gastão Vieira (Turismo), na foto, e o presidente da Embratur, Flavio Dino, estão se desentendendo. Pesquisa de preços da hotelaria anunciada pela autarquia não era de conhecimento do ministro. E, no dia em que Vieira fez reunião com o setor, Dino não foi. Boca de urna A candidata a presidente da Câmara Rose de Freitas (PMDBES) conseguiu a proeza de ter mais cabos eleitorais espalhados pelo plenário do que votos: eram 82 voluntários fazendo boca de urna. Ela acabou recebendo 47 votos. Sempre elas A votação do Orçamento, marcada para a noite de hoje, está ameaçada. Deputados da base aliada avisaram ao Planalto que, sem o empenho das emendas individuais, prometidas no fim do ano, haverá obstrução. O governo prometeu R$ 5 milhões, em média, mas muito menos do que isso foi cumprido. A que ponto O deputado Vilson Covatti (PP-RS) espalhou "cola" falsa de cédulas com seu nome para uma vaga na Mesa da Câmara. Mas o candidato oficial do partido era Simão Sessim (RJ). Deputados vão acioná-lo na Comissão de Ética do PP. Segurança para quê? Em vistoria dos Bombeiros no prédio da Polícia Federal, em Brasília, foi sugerida instalação de escadas de incêndio pelas laterias, onde são as salas das chefias. Mas os diretores vetaram a obra para não perderem espaço em seus gabinetes. zzz O TITULAR desta coluna, Ilimar Franco, está de férias até o dia 18, período no qual esta será de responsabilidade de Simone Iglesias. Com Simone Iglesias, sucursais e correspondentes [email protected] Henrique Alves (PMDB/RN) é eleito novo presidente da Câmara dos Deputados Peemedebista alcançou 271 votos, quase o dobro do segundo colocado; eleição consolida o acordo das bancadas do PT e do PMDB pelo rodízio no comando da Casa B RASÍLIA - O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é o novo presidente da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito por 271 votos e derrotou os deputados Chico Alencar (Psol-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES), que tiveram 11, 165 e 47 votos, respectivamente. Foram 3 votos brancos. No total, votaram 497 deputados. A eleição de Henrique Eduardo Alves sela o acordo feito no início de 2011 entre PT e PMDB, segundo o qual os dois partidos fariam um rodízio na Presidência da Câmara, cabendo ao PMDB o segundo biênio. Com a eleição do peemedebista, o partido volta ao comando da Câmara depois de dois anos (o último presidente da Câmara do PMDB foi Michel Temer, hoje vice-presidente da República). O PMDB também acumula a presidência do Senado, com Renan Calheiros. O novo presidente da Câmara afirmou que pretende garantir que a Casa seja um fórum de debates para os problemas nacionais. Ele acredita que, no primeiro semestre deste ano, o Legislativo voltará a discutir temas de interesse da população. Henrique Eduardo Alves disse também que vai priorizar um novo pacto federativo e a votação do Fundo de Participação dos Estados. "A discussão imediata de um novo pacto federativo. Isso as bancadas todas reclamaram e o país reclama. Eu acho que a questão do Fundo de Participação dos Municípios (FPE) - que foi uma omissão nossa não termos votado no prazo acordado e nós vamos corrigir agora", explicou. Alves lembrou ainda que ter sido eleito em primeiro turno com 271 votos significa uma grande responsabilidade dada a ele pelos deputados. Em relação à votação do Orçamento, o novo presidente lembrou que o compromisso é do Congresso Nacional, então cabe ao presidente do Senado convocar o Plenário para a votação. Atuação - Henrique Eduardo Alves é o parlamentar com o maior número de mandatos consecutivos na Casa - 11 - e está a um mandato de atingir o recorde do ex-deputado Manoel Novaes (BA), que participou de 12 legislaturas não consecutivas entre 1933 e 1982. Alves foi líder da bancada do PMDB desde 2007. Alves chegou à Câmara quando tinha 22 anos. Foi lançado na política por seu pai, o ex-deputado, ex-ministro e ex-governador do Ag. Brasil Henrique Alves discursa aos colegas após eleição que lhe garantiu assumir o comando da Câmara Ag.Câmara Dilma elogia Congresso em mensagem Presidentes do Senado e da Câmara passam a tropa em revista Mais Novo vice-presidente da Câmara, o deputado André Vargas (PT-PR), defendeu que cabe à Casa a última palavra sobre a perda do mandato dos três deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão. Para Vargas, “fora isso, é cassação sumária”. O petista disse que, após o fim dos recursos, a Câmara vai ter que se manifestar sobre a situação dos deputados. Rio Grande do Norte Aluízio Alves, falecido em 2006. Já foi presidente das comissões de Comunicação; de Constituição e Justiça e Cidadania; de Legislação Participativa; e de Trabalho, Admi- nistração e Serviço Público. O parlamentar é um dos autores do projeto que originou a minirreforma eleitoral (Lei nº 12.034/09) e da proposta que estabeleceu novos critérios para a distribuição do fundo partidário (Lei nº 11.459/07). Ao longo dos seus 11 mandatos, o deputado fez mais de mil intervenções em Plenário (discursos, apartes, apresentação de relatórios e de projetos, encaminhamentos de votações, etc.) e apresentou 672 propostas, entre projetos de lei (PLs), propostas de emenda à Constituição (PECs), requerimentos, etc. Além de ser responsável pelo comando da Câmara e pela articulação entre o Legislativo e os demais poderes, o presidente da Casa pode ocupar a Presidência da República no afastamento do presidente e do vice. BRASÍLIA - Na mensagem enviada ontem aos deputados e senadores, a presidente Dilma Rousseff (PT) classificou a própria política econômica como "ousada" e definiu como "imprescindível" o papel do Congresso, num momento em que as ações do governo são criticadas por não terem garantido um crescimento da economia maior em 2012. "Com políticas ousadas e ações anticíclicas, preservamos nossa economia e o emprego dos brasileiros", diz a mensagem da presidente, entregue pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Apesar de admitir a frustração diante do "pibinho" do ano passado, a presidente ressaltou indicadores como criação de posto de trabalho inflação, investimentos estrangeiros e reservas internacionais para mostrar que as ações do governo funcionaram para preservar emprego e renda da população. "Se o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou aquém do esperado, fechamos o ano com indicadores que nos afastam e diferenciam substancialmente do cenário vivenciado por muitos países, inclusive os mais desenvolvidos", diz a mensagem.