AÇÕES INTERDISCIPLINARES NO ATENDIMENTO A PACIENTES COM DEFEITOS CONGÊNITOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM ALAGOAS 1 Autores 1 1 Luna Lira Bergamini , Amora Sarmento Santana , Anne Karoline Cavalcante Temóteo Gutierrez , 1 1 1 Genival Viana de Oliveira Júnior , Gisele de Melo Brito , Larissa Clara Vieira Goes , Nívea Ribeiro Xavier 1 1 1 1 Pesconi , Reginaldo José Petroli , Susane Vasconcelos Zanotti , Isabella Lopes Monlleó 1 Instituição UFAL - Universidade Federal de Alagoas (Av Lourival Melo Mota, S/N - Maceió - AL) Resumo OBJETIVOS Descrever ações de ensino, pesquisa e extensão na atenção integral a pessoas com defeitos congênitos por meio da articulação entre técnicos, docentes e estudantes das áreas de genética médica e psicologia no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-UFAL). MÉTODOS As ações foram realizadas como parte do programa de Bolsas de Desenvolvimento Acadêmico e Institucional da Próreitoria Estudantil da UFAL. Entre outubro/2014 e março/2015, participaram 5 estudantes de medicina, 02 estudantes de psicologia, um psicólogo do HUPAA, dois docentes de genética médica e um de psicologia. Foram incluídos pacientes/famílias com defeitos congênitos (DC) oriundos de demanda espontânea do SUS ao Serviço de Genética Clínica e de pesquisas na área de Fendas Orofaciais (FOF) e Distúrbios da Diferenciação do Sexo (DDS). Foi realizado atendimento médico e psicológico, além de discussão dos casos com vistas ao planejamento e pactuação da abordagem. Protocolos padronizados foram utilizados para a coleta de dados médicos, sendo as informações tabuladas e analisadas segundo método quantitativo. O acolhimento e o atendimento clínico individual, seguidos de transcrição foram os métodos utilizados para o registro das queixas e dificuldades dos pacientes. Os resultados foram submetidos à análise qualitativa RESULTADOS As ações interdisciplinares compreenderam: (1) pactuação de condutas em casos difíceis; (2) elaboração de cartilha educativa sobre FOF e sobre DDS para pais; elaboração de manual e realização de curso para 43 profissionais sobre cuidados de saúde e alimentação da criança com FOF em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde e Secretarias Municipais de Saúde de Maceió, Arapiraca (Agreste) e Santana do Ipanema (Sertão) e (3) Atendimento integrado realizado com 115 pacientes/famílias. Os atendimentos compreenderam 27 (24%) casos de FOF, 12 (10%) de DDS e 76 (66%) pacientes com outros DC, com predomínio da faixa etária pediátrica. Dentre as queixas e dificuldades mais frequentes verbalizadas pelas mães nos atendimentos psicológicos, destacam-se: baixa expectativa quanto à cura; sentimento de culpa; vergonha; dificuldade em conciliar o trabalho e o tratamento do filho; atraso no desenvolvimento do filho e “hiperatividade”. CONCLUSÃO A coleta sistematizada de dados e o estímulo à tomada de decisões pactuadas e respaldadas em evidências científicas foram substrato para promover integração entre ensino, pesquisa e extensão no ambiente universitário. A interface genética-psicologia tem efetivado a atenção de pacientes com defeitos congênitos e familiares nas dimensões biológica, psicológica e sociocultural. Para os participantes, estudantes, técnicos e docentes, esta experiência estimulou o trabalho em equipe e proporcionou um campo de interlocução entre saberes específicos, tendo em vista a abordagem integral à saúde das pessoas. Palavras-chaves: integração ensino-serviço, genética, psicologia, SUS Agência de Fomento: FAPEAL (6003000707/2013 e 6003000714/2013)