Chung JM, et al • Ocorrência de infecções da corrente sanguínea na UTI neonatal... artículo original/artigo original Ocorrência de infecções da corrente sanguínea na UTI neonatal de hospital universitário de referência Bloodstream infections occurrence in Neonatal Intensive Care Unit from a reference university hospital Julia Mei Chung1 Ana Lúcia Lyrio de Oliveira2 Olcinei Alves de Oliveira3 Fernando Aguilar Lopes4 Marilene Rodrigues Chang5 Acadêmica do 6º ano do Curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, Brasil. 2 Médica, Doutora em Medicina TropicalFIOCRUZ, Presidente da Comissão de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, Brasil. 3 Enfermeiro, Mestre em Saúde ColetivaUFMS, Enfermeiro da Comissão de In fecção Hospitalar do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, Brasil. 4 Bioquímico, Microbiologista da Comissão de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, Brasil. 5 Bioquímica, Doutora em Biologia Parasitária-FIOCRUZ, Professora de Microbiologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande/MS, Campo Grande, MS, Brasil. 1 Rev Panam Infectol 2010;12(2):7-11. Conflicto de intereses: ninguno Recibido en 20/10/2009. Aceptado para publicación en 26/2/2010. Resumo A infecção adquirida em ambientes hospitalares é uma das principais causas de morbimortalidade no nível terciário, tornando-se mais grave à medida que atinge recém-nascidos. Objetivo: Analisar os fatores associados, o tratamento e o perfil de sensibilidade dos antimicrobianos em pacientes com infecção nosocomial hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Material e métodos: Foi realizado estudo retrospectivo revisando prontuários dos casos de infecção nosocomial de corrente sanguínea do ano de 2007. Resultados: Entre 39 pacientes encontrados com infecção nosocomial da corrente sanguínea, a taxa de mortalidade foi de 31,6%. Estafilococo coagulase negativo foi o agente etiológico que prevaleceu em 58,6% das culturas. Houve maior resistência a Penicilina (78,1%) e Oxacilina (65,6%), não encontrando resistência a Vancomicina. Conclusão: Houve grande associação com prematuridade, baixo peso, uso de cateteres venosos, ventilação mecânica e nutrição parenteral. O Staphylococcus spp foi o agente etiológico mais frequente, como encontrado em outros trabalhos. Palavras-chave: Infecção hospitalar, UTI neonatal, antimicrobianos. Abstract Hospital-acquired infection is one important cause of morbimortality at terciary level of assistance and increases life risk as it affects newborns. Objective: To analyze risk factors associated, treatment and antibiotics bacteriological spectrum in patients affected by nosocomial infections hospitalized at Intensive Neonatal Therapy Unity. Material and methods: A retrospective study was concluded by revising medical charts from patients affected with bloodstream nosocomial infection (BNI) at 2007. Results: Of all patients (39) with BNI, the mortality rate was 31,6%. Negative-coagulase staphylococci were the most frequently etiological agent found (58,6%). Penicillin-resistance (78,1%) and Oxacillin-resistance (65,6%) were common in this study, however Vancomicin-resistance was not found. Conclusion: There was great association with prematurity, low birth weight, central vascular catheter, mechanical ventilation, parenteral nutrition. As in many other studies, Staphylococcus spp were the most frequent etiological agent. Key words: Hospital acquired-infections, nosocomial infections, neonatal intensive care, antimicrobial. 7 Rev Panam Infectol 2010;12(2):7-11. Introdução A infecção nosocomial (IN) é um dos maiores problemas enfrentados no nível terciário(1) e, no Brasil, tem maior incidência em hospitais de ensino ou universitários em comparação aos outros hospitais, fato este que ocorre devido à maior gravidade de doenças, realização de procedimentos mais complicados, longos períodos de internação hospitalar e contato dos pacientes com diversos profissionais da saúde, incluindo estudantes.(2) Isto se torna mais grave à medida que acomete pacientes mais frágeis, como aqueles presentes na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).(3-7) A literatura demonstra uma prevalência variando de 2,7 a 23,8 casos por 100 pacientes e taxas de incidência que variam de 3,6 a 11,4 casos por 1.000 pacientes-dia em UTIN.(8) Os pacientes da UTIN possuem um sistema de defesa imaturo,(3,4,9-14) com deficiência de barreira física (pele imatura) propiciando infecção por bactérias colonizadoras,(4,14) deficiência da produção de fatores de imunidade humoral e celulares, além de déficit no funcionamento de células T, fagócitos e complemento.(9) Neste ambiente, a incidência das IN aumenta quanto maior a prematuridade e/ou menor peso tiver o recém-nascido.(4-7,12) Outros fatores de risco incluem longos períodos de internação,(6) ventilação mecânica,(15,16) nutrição parenteral(16) e a exposição a procedimentos invasivos,(3,10,11,14,15) como o uso de cateter venoso central (CVC).(12,16) O seu contato direto e prolongado com a corrente sanguínea pode levar a bacteremia e sepse, sendo um meio de comunicação da corrente sanguínea com o meio exterior.(12,17,18) As infecções nosocomiais da corrente sanguínea (INCS) são as mais prevalentes na UTIN.(16,19) Os patógenos mais frequentemente encontrados nas hemoculturas são os estafilococos, destacando-se a importância do Staphylococcus epidermidis (ECN).(6,16) A descrição dos casos de infecção nosocomial torna-se essencial tendo em vista a extrema suscetibilidade dos pacientes de uma UTIN, o que possibilitará minimizar os fatores de risco associados a essa situação de alta morbidade e mortalidade aos recém-nascidos.(20,21) Com esta finalidade, analisamos as características epidemiológicas dos pacientes que adquiriram infecção hospitalar de corrente sanguínea, admitidos na UTIN no período de janeiro a dezembro de 2007 e o perfil bacteriológico do mesmo serviço em um hospital universitário de referência. Materiais e métodos O Hospital Universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (HU/UFMS) é um hospital terciário de ensino e está localizado na cidade de Campo 8 Grande, no Centro-Oeste do Brasil. A UTIN, que é um serviço de referência no Estado, possui 8 leitos, tem uma relação de 1:2 técnico de enfermagem/paciente e 1 enfermeiro responsável pelo setor. Realizamos um estudo retrospectivo observacional descritivo revisando 39 prontuários de casos confirmados de infecção nosocomial de corrente sanguínea, admitidos na UTIN no período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2007, os quais estavam notificados no banco de dados da CCIH e a busca foi feita na seção de Arquivo Médico. Selecionamos os casos de infecção da corrente sanguínea de acordo com a clínica apresentada pelos recém-nascidos, evidência de leucocitose e/ou desvio à esquerda no hemograma e ausência de dados sugestivos ou comprobatórios de algum foco de infecção específico. Não havia diferenciação entre hemocultura e cultura de ponta de cateteres nos prontuários. Foi insignificante a quantidade de prontuários em que constavam culturas urinárias dos recém-nascidos, sendo portanto omitidas deste estudo. Os dados coletados foram idade materna, infecção do trato urinário (ITU) na gestação, consultas no pré-natal, parto, sexo, idade gestacional, peso ao nascimento, rotura prematura de membranas, escores de Apgar, comorbidades, tempo de internação, procedimentos invasivos (cateter umbilical, dissecção venosa, cateter central de implantação periférica), agentes identificados na hemocultura e seus respectivos espectros de resistência e sensibilidade a medicamentos antimicrobianos. Resultados No período de janeiro a dezembro de 2007 foram realizadas 150 internações na UTIN do HU/MS, havendo 39 pacientes registrados no banco de dados da CCIH e 46 casos de infecção hospitalar. A incidência total de INCS foi de 26%. A taxa de mortalidade entre estes pacientes foi de 31,6% (n=12). Na amostra analisada não houve diferença de incidência estatisticamente significativa entre o sexo feminino e o masculino (43,6 e 56,4% respectivamente). O mesmo ocorre com relação ao parto (59% de cesárea e 41% de parto normal). A média encontrada de idade gestacional (IG) foi de 33,4 semanas (DP=3,9). A IG e suas respectivas médias de Apgar no primeiro e quinto minutos podem ser observadas na tabela 1. A maioria dos pacientes encontrava-se com peso entre 600 e 1.500 g (53,8%). Não houve casos com peso menor que 600 g. A média foi de 1.935,8 com DP=771,9 g. Com base nos dados que estavam disponíveis, apenas 19,2% das mães realizaram um mínimo de Chung JM, et al • Ocorrência de infecções da corrente sanguínea na UTI neonatal... Tabela 1. Idade gestacional e suas correspondentes médias de Apgar 1’ e 5’ nos casos de INCS/NHU/UFMS, 2007 Idade gestacional (semanas) < 24 > 24 e < 28 > 28 e < 34 > 34 e < 37 > 37 Total N % Apgar 1 Apgar 5 0 2 22 7 8 39 0 5,1 56,4 17,9 20,5 100 8,00 6,11 5,50 6,85 - 9,00 7,84 6,75 8,28 S. coagulose Negativo S. aureus Pseudomonas Acinetobacter Candida Contaminada spp. ssp. spp. sem cresc. Gráfico 2. Agentes etiológicos encontrados nos casos de infecção nosocomial de corrente sanguínea na UTI neonatal/NHU/UFMS, 2007. Tabela 2. Uso de antimicrobianos no tratamento de INCS/ NHU/UFMS, 2007 Gráfico 1. Frequência de consultas no pré-natal conforme idade materna no NHU/UFMS, 2007. 8 consultas no pré-natal. A idade materna também é um fator de grande importância que interfere na assiduidade das consultas do pré-natal e isso pode ser observado no gráfico 1. A associação com bolsa rota e infecção urinária no momento do parto ocorreu em 7 (25% de n=28). Os sinais e sintomas apresentados em ordem decrescente de frequência foram distensão abdominal, moteado de pele, variações de temperatura, bradicardia, hipotensão, apneia e choque séptico. Houve maior associação de nutrição parenteral a INCS em relação à ventilação mecânica (VM) (84,6 e 69,2%). Entretanto, a VM esteve associada a presença de outros agentes infecciosos além do ECN (Staphylococcus aureus, Pseudomonas spp, Candida spp, Acinetobacter spp). Entre os dispositivos de uso venoso central, o cateter umbilical apresentou maior frequência na amostra estudada (53,8%), seguida pela dissecção venosa jugular, cateter de implantação periférica e dissecção venosa axilar com 48,7%, 38,4% e 20,5%; sendo também observada uma média de dias de uso de 4,3 (DP=4,8), 9,0 (DP=11,7), 7,4 (DP=11,4) e 3,8 (DP=8,6), respectivamente. Antimicrobianos Ampicilina Gentamicina Vancomicina Cefotaxima Fluconazol Amicacina Meropenem Anfotericina B Ceftazidima Teicoplanina Metronidazol Cefepima Tazocina Ciprofloxacino Linezolida Ceftriaxona Tobramicina Oxacilina Cloranfenicol N 39 37 36 35 26 20 18 13 13 9 8 6 5 3 3 2 2 2 1 % 100 94,8 92,3 89,7 66,6 51,2 46,1 33,3 33,3 23,0 20,5 15,3 12,8 7,6 7,6 5,1 5,1 5,1 2,5 O ECN foi o agente etiológico mais frequente na amostra estudada, sendo encontrado em 58,6% das 46 infecções estudadas. Entre os outros responsáveis por INCS foram encontrados Staphylococcus aureus em 4,3% (n=2). Pseudomonas spp, Acinetobacter spp, Candida spp, cada um representando 2,1% dos casos (n=1). Houve 14 (30,4%) hemoculturas sem crescimento ou contaminadas (gráfico 2). Nas tabelas 2, 3 e 4 estão presentes respectivamente a relação do uso de antimicrobianos e a incidência de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos. 9 Rev Panam Infectol 2010;12(2):7-11. Tabela 3. Perfil de resistência de bactérias Gram-positivas na UTIN do NHU/UFMS, 2007 Antimicrobiano Penicilina Oxacilina Eritromicina SMZ+TMP Gentamicina Clindamicina Tetraciclina Ciprofloxacino Cloranfenicol Cefoxitina N 25 21 20 19 19 14 11 11 10 4 % 78,1 65,6 62,5 59,3 59,3 43,7 34,3 34,3 31,2 12,5 Tabela 4. Perfil de sensibilidade das bactérias Grampositivas na UTIN do NHU/UFMS, 2007 Antimicrobiano Vancomicina Cloranfenicol Clindamicina Tetraciclina Teicoplanina Eritromicina Ciprofloxacino SMZ+TMP Oxacilina Gentamicina Amicacina Cefazolina Penicilina Cefoxitina N 27 18 15 11 9 8 6 6 6 4 3 2 1 1 % 84,3 56,2 46,8 34,3 28,1 25 18,7 18,7 18,7 12,5 9,3 6,2 3,1 3,1 Discussão A literatura relata taxas de incidência para infecção hospitalar de corrente sanguínea (INCS) em UTIN que variam de 10 a 30%.(19) Neste estudo foi encontrada uma taxa de mortalidade semelhante à de Arnoni et al. (36,9%).(19) Vários estudos demonstram que a incidência de IN é inversamente proporcional ao peso.(3,9) Observamos que a associação de INCS com peso menor que 2.500 g foi significativa em nossa amostra (p=0,002). Em concordância com outros autores, encontramos a associação de maior peso com aumento da taxa de sobreviventes.(9,22) Os casos de INCS ocorreram principalmente em prematuros com peso adequado para a idade gestacional. Podemos observar que a média de consultas no pré-natal é maior quando a idade materna encontra-se acima de 27 anos. Entretanto, a maior média encontrada (6,5 consultas) ainda está aquém do esperado para um pré-natal adequado, estando abaixo do preconizado pela OMS (MS). A associação entre INCS e escores de Apgar 1 na 10 faixa de 4 a 7 foi significativa (p=0,000), e está mais relacionada ao fato de que os recém-nascidos em nossa amostra eram prematuros e por isso apresentavam dificuldade respiratória ao nascer. A realização de procedimentos invasivos, tais como o uso de cateteres venosos, constitui-se em um importante fator de risco para INCS,(3,17-19,23) e apesar de não ter sido possível demonstrá-lo como fator de risco no presente estudo, constatamos uma grande associação com INCS, principalmente a dissecção venosa (seja jugular ou axilar) e em seguida o uso de cateter umbilical. Há relatos de risco aumentado de 6 vezes de aquisição de INCS em dissecções venosas do que com PICC.(22) Observamos também uma grande associação com nutrição parenteral e ventilação mecânica. Entre as manifestações clínicas analisadas, foram mais frequentes a distensão abdominal e o moteado de pele. O choque séptico foi a manifestação menos frequente na amostra estudada. Houve predomínio de ECN conforme os relatos da literatura (gráfico 2).(1,22,24) Foi encontrada uma frequência de INCS por ECN maior do que a relatada por Richards et al. nos EUA (37,8%).(5) As bactérias Gram-positivas (Staphylococcus spp) constituíram 90,6% de todos os agentes encontrados nas hemoculturas. Sendo que entre os outros agentes presentes, as bactérias Gram-negativas (Pseudomonas spp e Acinetobacter spp) prevaleceram sobre os fungos (Candida spp). Dentre todas as hemoculturas realizadas, 30,4% obtiveram um resultado negativo (contaminadas ou s/ crescimento), o que é devido tanto a deficiências estruturais de materiais e de tecnologias como também por causa do pequeno volume requerido nos frascos de hemocultura pediátricos (3 ml). Foi demonstrado que ao se utilizar estes frascos para pacientes adultos, a taxa de detecção de INCS caiu de 92 para 69%.(12) Portanto, baseamos o diagnóstico de INCS no quadro clínico apresentado pelo paciente associado à ausência de qualquer outro foco infeccioso. As maiores resistências a antimicrobianos foram encontradas contra Penicilina, Oxacilina e Eritromicina, não sendo observada nenhuma resistência contra Vancomicina. Considerando-se somente as bactérias Gram-positivas, 72,4% eram resistentes à Oxacilina e 37,9% a Ciprofloxacino. Sabe-se que o uso extensivo de cefalosporinas de 3ª geração, prática comum em UTIN, pode levar à seleção de bactérias produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL), que são beta-lactamases que hidrolisam cefalosporinas de amplo espectro.(20) Em nosso estudo, encontramos o uso de Cefotaxima em 89,7% dos pacientes e nenhum caso de ESBL. Surgem cada vez mais patógenos resistentes aos an- Chung JM, et al • Ocorrência de infecções da corrente sanguínea na UTI neonatal... tibióticos comumente usados na UTIN, em parte devido à transmissão via mãos dos cuidadores, contato do paciente com equipamentos ou outros objetos contaminados e ao uso indiscriminado de antibióticos.(7) Este problema é alarmante nos países em desenvolvimento, visto a falta de normas de controle de uso dos antibióticos.(20) As informações obtidas com relação às INCS servem para facilitar o rápido reconhecimento desta afecção na rotina diária e orientam possíveis melhorias a serem realizadas no serviço avaliado. O presente estudo demonstra que avaliações frequentes do perfil dos agentes infecciosos e suas respectivas sensibilidade e resistência aos antibióticos se fazem necessárias para guiar um serviço de terapia intensiva neonatal, principalmente pela importância de instituir medidas profiláticas e terapêuticas adequadas a esta afecção tão frequente e que ainda apresenta taxas de mortalidade desanimadoras. Referências 1. Chang MR, Carvalho NCP, Oliveira ALL, Moncada PMF, Moraes BA, Asensi MD. Surveillance of pediatric infections in a Teaching Hospital in Mato Grosso do Sul, Brazil. The Brazilian Journal of Infectious diseases 2003;7(2):149-160. 2. Menezes EA, Sá KM, Cunha FR, Ângelo MRF, Oliveira IRN, Salviano MNC. Frequency and susceptibility percentile of bacteria isolated in patients assisted in the Intensive Care Unit of the General Hospital of Fortaleza, J Bras Patol Med Lab 2007;43(3):149-155. 3. Contreras-Cuellar GA, Leal-Castro AL, Prieto R, CarvajalHennida AL. 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