Preparatório de Avaliadores SBA/ONA 1/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA MÓDULO 4. REDAÇÃO DE COMENTÁRIOS . Apresentação Caro Aluno, Neste módulo apresentaremos algumas orientações de como redigir comentários relativos à avaliação das organizações de saúde, durante a visita do processo de avaliação para Diagnóstico Organizacional e para Certificação, abordando: Fundamentos Pág. 04 Relatórios do SBA/ONA Pág. 31 Acompanhem-me. E sempre que surgir alguma dúvida: Fale conosco, que tentaremos auxiliá-lo. Exponha-a aos colegas nos fóruns, pois poderão estar também com as mesmas dificuldades. Equipe Tutorial ONA Educare 2/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Responsabilidades Coordenação ONA Educare Ione Fuhrmeister Roessleri Desenvolvimento do Projeto Pedagógico Comissão Técnica ONA Autoria: Ione Fuhrmeister Roessler o Ione Fuhrmeister Roessler Gestão de Ambiente: o Ione Fuhrmeister Roessler o Renata Gomes Wotterii o Rossano Diniziii Jaqueline Knabach Gonçalvesiv Maria Carolina de Toledo Sivieri Morenov Péricles Góes da Cruzvi Execução do Projeto Pedagógico: Equipe Tutorial o Ione Fuhrmeister Roessler o Renata Gomes Wotter o Rossano Diniz 3/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA MÓDULO 4. REDAÇÃO DE COMENTÁRIOS 4.1. FUNDAMENTOS Introdução Olá, Neste capitulo abordaremos algumas orientações básicas sobre como construir um relatório e realizar os comentários: Comunicação Raciocínio Lógico e o Método Fatores que influenciam um relatório. Alguns conceitos básicos Abreviações e Siglas A Equipe Tutorial ONA Educare está sempre a sua disposição para o esclarecimento de dúvidas e auxiliá-lo em qualquer dificuldade quanto ao curso. Participe de sua comunidade virtual enriquecendo-a com seu conhecimento e sua experiência. 4/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Comunicação Comunicação: O Dicionário Houaiss, em sua versão eletrônica 3.0 (junho 2009) a define como: “processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por intermédio de recursos físicos (fala, audição, visão etc.) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais etc.” Desta forma, subentende-se que para haver adequada comunicação, o emissor e o receptor devem ter a mesma compreensão e idêntico significado em relação aos recursos utilizados para a transmissão da informação. 5/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Forma da Comunicação Para que haja adequada descrição de uma estrutura, de um processo, ou simplesmente a transmissão de uma idéia, deve-se atender a alguns quesitos: Contexto: é o tema da mensagem, devendo ser tratado objetivamente. Características da linguagem científica (HAMMES, 19911, pág. 12): “Informativa e técnica; Firmada em dados concretos; Objetiva, clara, concisa; Argumentativa, sintetizadora, concluidora: Impessoal;... Marcada por frases simples e curtas.” Raciocínio lógico; Estrutura ordenada; Diferenciação entre fato (realidade) e indício (tendência, suposição) 1 HAMMES, Walney Joelmir - Org. Aprendendo a Pensar para Melhor Redigir – Um Manual de Português Instrumental. Pelotas: UCPEL; EDUCAT, 1991. 6/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Raciocínio Lógico Para desenvolver um raciocínio lógico é necessário conhecer seu instrumento básico, a linguagem, tanto do ponto de vista genérico do idioma, como da área específica motivo do exercício da razão, da atividade mental que fundamenta o encadeamento racional de um processo argumentativo. Considerando argumento como a prova que serve para afirmar ou negar um fato. É essencial igualmente: definir corretamente o assunto; treinar a observação objetiva, ou seja, imparcial, isenta de interesses; organizar e coordenar as avaliações, os juízos. Como resumiu Boileauvii: “Antes de escrever, aprendei a pensar”. Segundo C. Lahr2 (1950, apud HAMMES, 1991, op.cit): “Para haver a certeza de chegar à verdade, é preciso simultaneamente raciocinar com precisão a partir de dados exatos; por outros termos, é preciso que o espírito se não contradiga a si mesmo, e não contradiga os objetos, afirmando-nos de uma maneira diversa do que são na realidade”. Os fatos valem por si só se forem evidentes, caso contrário, devem ser investigados com método. 2 LAHR, C. Manual de Filosofia. 5a Edição. Porto (Portugal): Apostolada da Imprensa, 1950. Apud HAMMES, 1991, op.cit, pág17. 7/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Método Método é definido por Houaiss (op.cit.): Processo organizado, lógico e sistemático de pesquisa, instrução, investigação, apresentação etc. Conjunto sistemático de regras e procedimentos que, se respeitados em uma investigação cognitiva, conduzem-na à verdade. René Descartesviii, em seu “Discurso do Método3” afirma: “Não aceitar nada como verdadeiro, enquanto não se o conheça evidentemente como tal. É a evidência tomada como critério, isto é, como caráter definitivo da verdade”. “Dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias forem para resolvê-las. É a regra da análise.” “Ordenar os pensamentos de tal forma a começar pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, aos conhecimentos dos mais complexos. É a regra da síntese.” “Fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais que se fique certo de que nada foi omitido. É a condição comum e a garantia da análise e da síntese O método da pesquisa deve abordar “o que é”, “o como é feito”, “quem faz”, “o quanto”, “o onde”, observando os fatos, colhendo os dados, analisando-os e confrontando-os com parâmetros pré-definidos. 3 DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Abril, 1979, pág. 37-8. Apud HAMMES, 1991, op.cit., página 18. 8/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Fatores que Influenciam um Relatório Grion (20054) chama a atenção que o redator de um relatório deve: Ter visão crítica, bom senso, conhecer a linguagem técnica. Atender as normas implicadas no objeto do relatório. Realizar uma pesquisa (avaliação) cuidadosa e detalhada. Observar se todos os aspectos relevantes foram abordados. Lembrar que as evidências que torna os fatos confiáveis podem ser fortes ou fracas. Estabelecer diferenças entre um fato (realidade) e uma opinião (percepção de alguém sobre a realidade). Além de: “Concluído o trabalho, devemos nos certificar de que todas as informações possíveis foram anotadas e, principalmente, ter certeza de sua credibilidade.” (GRION, 2005, pág.40, op. cit.) “Devemos observar se há fluência, organicidade, sequência lógica, justificativa para tudo o que se escreveu e se o texto vai atingir tudo aquilo que pretendemos atingir.” (GRION, 2005, pág.47, op. cit.) 4 GRION, Laurinda. Como se comunicar por escrito com eficácia: o passo a passo da boa redação de relatórios e outros textos. São Paulo: Madras, 2005. 9/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Fatores que Favorecem a Produção de um Relatório Vários autores, tais como Kaspary (20025, 20076), Beltrão (20117), Grion (2005, op.cit.), afirmam que os principais fatores que tornam um texto legível, principalmente de cunho técnico, são: Frases8: As frases devem ser curtas, evitando-se colisões9, cacófatos10, pleonasmos11 e preciosismos12. Parágrafos: Os parágrafos devem conter apenas orações13 sobre o mesmo tema. Se mudar o assunto, usa-se novo parágrafo. 5 KASPARY, Adalberto J. Correspondência Empresarial. 6ª Edição. Porto Alegre: Edita, 2002. 6 KASPARY, Adalberto J. Redação Oficial. 18ª Edição. Porto Alegre: Edita, 2007. BELTRÃO, Odacir; BELTRÃO, Mariúsa. Correspondência – Linguagem & Comunicação. 24ª Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2011. 8 Frase: construção que encerra um sentido completo, suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação, podendo ser formada por uma ou mais palavras, com ou sem verbo, ou por uma ou mais orações. A oração pode ser sinônimo de frase ou período (simples) quando encerra um pensamento completo, sendo limitada por um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou reticências. O período denomina a frase constituída por uma ou mais orações, formando um conjunto com sentido completo, sendo classificado em simples ou composto. 9 Colisão: aliteração de efeito acústico desagradável – uso sucessivo de consoantes ou sílabas iguais. 10 Cacófato: som feio, desagradável, impróprio ou com sentido equívoco, produzido pela união dos sons de duas ou mais palavras vizinhas; palavra ou expressão obscena, ridícula ou fora de contexto, formada pela sílaba final de uma palavra e pela inicial da seguinte. 11 Pleonasmo: redundância de termos no âmbito das palavras, circunlóquio, superfluidade. 12 Preciosismo: preocupação mais com a originalidade da forma do que sobre que se versa, utilizando-se muitas palavras incomuns, perífrases, circunlóquios e metáforas. 13 Oração: As orações preferentemente devem ter sujeito e predicado (verbo). 7 10/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Continuando os Fatores que Favorecem a Produção de um Relatório Linguagem: Simples, natural e concernente ao tema em pauta; Evitar as figuras de estilo (de retórica, ou de linguagem), pois o relatório é um texto técnico. Precisão: Usar os termos corretos para cada situação, evitando a ambiguidade; O relatório deve conter todos os elementos de informação necessários expressos com exatidão, ou seja, deve ser escrito utilizando-se palavras precisas e abordar o conjunto de dados indispensáveis. Objetividade: Especificidade, representação fiel do objeto, da estrutura, do processo. Clareza: Exposição/descrição de fatos, evitando a emissão de conclusões localizadas, parciais; A clareza da redação é consequente sobretudo da compreensão, da percepção e do entendimento do assunto em questão. Concisão: Um relatório não deve ser longo, mas deve conter todos os detalhes primordiais (não confundir concisão com brevidade) descritos de forma econômica e eficaz. 11/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Ainda os Fatores que Favorecem a Produção de um Relatório Coesão: Cada assunto deve ser abordado por completo, evitando-se avanços ou retrocessos para completar ideias. Cada oração deve vincular-se à seguinte, e cada parágrafo deve ser a continuidade natural do anterior, interligando as informações de forma coerente e imprimindo uniformidade ao texto. Boa apresentação: Sem rasuras, organizado, com uma estrutura lógica, sequencial. Responsabilidade: O redator do relatório é responsável pela fidedignidade de seu conteúdo, e sua leitura deve ter tal qualidade de expressão e técnica, que permita apenas a interpretação desejada. Lembrar que em qualquer meio de comunicação existem três interpretações: 1. O que o autor quer dizer; 2. O que realmente diz; 3. O que o receptor entende. Deve-se assegurar que um (1) e três (3) sejam idênticos. 12/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relembrando as Classes das Palavras14 Substantivo: palavras com que se denominam os seres, animados ou inanimados, concretos ou abstratos, os estados, as qualidades, as ações. Adjetivo: serve para caracterizar os substantivos com uma qualidade, modo de ser, aspecto, estado. Pronome: representa um substantivo, ou o acompanham determinando-lhe a extensão do significado. Verbo: fornece a noção de ação, processo ou estado, e, do ponto de vista sintático, exerce a função de núcleo do predicado das sentenças. Artigo: se antepõe aos substantivos, para indicar-lhes o gênero e o número. Numeral: indica quantidade, ordem, multiplicidade e fracionamento, sendo chamados respectivamente de cardinais, ordinais, multiplicativos ou coletivos, e fracionários. Advérbio: se junta a verbos para exprimir circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal; a adjetivos para intensificar uma qualidade; ou a outro advérbio. Preposição: palavra invariável que relaciona dois termos de uma oração, de tal modo que o sentido do primeiro é explicado ou completado pelo segundo. Conjunção: liga orações ou termos das orações. Interjeição: expressa sentimentos ou emoções súbitas. 14 CUNHA, Celso. Minigramática de Português Contemporâneo. 2ª Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. Leia mais em: http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/. 13/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relembrando os Componentes da Oração – Unidades Sintáticas15 Essenciais: Sujeito: função basicamente desempenhada por substantivos, mas também por pronomes substantivos, numerais e quaisquer palavras substantivadas. É o termo que estabelece concordância com o verbo. Predicado: é o conjunto de enunciados que em uma dada oração contém a informação nova para o ouvinte. Nas orações com sujeito, é aquilo que se declara a respeito deste. Integrantes: Complementos verbais: objeto direto e indireto. Integram o sentido dos verbos transitivos, com eles formando unidades significativas. Complemento nominal: integra o sentido de um nome, ligando-se a ele por intermédio de uma preposição. Acessórios: Ajunto adverbial: é o termo da oração que indica uma circunstância do processo verbal, ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais exercer o papel de adjunto adverbial. Adjunto adnominal: é o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. São os adjetivos e as locuções adjetivas, mas também, os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos. Aposto: permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a idéia contida num termo que exerça qualquer função sintática. 15 Leia mais em: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/frase-periodo-e-oracao; http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/termos-essenciais-daoracao; http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/termos-integrantes-da-oracao; http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/termos-acessorios-daoracao-e-vocativo. 14/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Pronome Demonstrativo Kaspary (2002, op.cit., pág. 86-8) recomenda: Pessoa Gramatical Pronome Pessoal Pronome Demonstrativo Advérbio de Lugar Falante (primeira) Eu / Nós Este / Esta / Isto Aqui Ouvinte (segunda) Tu / Vós / Você / Vocês Esse / Essa / Isso Aí Assunto (terceira) Ele(a) / Eles(as) Aquele / Aquela / Aquilo Lá Também: Neste / Nesta / Nisto; Nesse / Nessa / Nisso; Naquele / Naquela / Naquilo. Em relação ao espaço: Próximo ao Falante: Este / Esta / Isto, ou Neste / Nesta / Nisto. Próximo ao ouvinte: Esse / Essa / Isso, ou Nesse / Nessa / Nisso. Próximo à pessoa/objeto/assunto em quem se fala: Aquele / Aquela / Aquilo, ou Naquele / Naquela / Naquilo. (Obs.: na correspondência, indica o que está longe do remetente e do destinatário.) Em relação ao tempo: Tempo atual: Este / Esta, ou Neste / Nesta / Nisto. Tempo próximo, geralmente o passado: Esse / Essa, ou Nesse / Nessa / Nisso. Tempo distante, geralmente o passado: Naquele / Naquela. 15/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Ainda o Pronome Demonstrativo Kaspary (2002, op.cit. págs. 86-8) recomenda: Em relação às ideias de um contexto: O que já foi mencionado, como sinônimo de “citado”, “referido” etc.: Esse / Essa / Isso, ou Nesse / Nessa / Nisso. O que será mencionado, como sinônimo de “seguinte”: Este / Esta / Isto, ou Neste / Nesta / Nisto. A mais de um tema/objeto ou pessoa já mencionados: O referido primeiro: Aquele / Aquela / Aquilo, ou Naquele / Naquela / Naquilo. O referido por último: Este / Esta / Isto, ou Neste / Nesta / Nisto. Três referências: o Primeira: Aquele / Aquela / Aquilo, ou Naquele / Naquela / Naquilo. o Intermediária: Esse / Essa / Isso, ou Nesse / Nessa / Nisso. o Última: Este / Esta / Isto, ou Neste / Nesta / Nisto. 16/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Algarismos e Numerais Grafia de numerais cardinais e ordinais (KASPARY, 2002, op.cit.): Classes Dentro de cada classe, cada número expresso como numeral cardinal deve ser antecedido da conjunção “e”. Ex.: 156 – cento e cinqüenta e seis. Entre as classes, utiliza-se a vírgula. Ex.: 2.875.000 – dois milhões, oitocentos e setenta e cinco mil. Alguns autores informam não ser necessária a vírgula entre o milhar e a centena. E quando os dois últimos, ou os dois primeiros algarismos da última classe são 0 (zero). Ex.: 3.008 – três mil e oito; 5.000.400 – cinco milhões e quatrocentos; 7.008.006 – sete milhões, oito mil e seis. Para evitar fraude em documentos: escrever “hum” ao invés de “um”; o “três” deverá sempre ser acentuado para não ser transformado em “treze”; e colocar o zero antes dos algarismos unitários, p.ex., 03.02.2012. Algarismos Arábicos Algarismos Romanos Numerais Cardinais Numerais Ordinais 1 I Um Primeiro (primo) 5 V Cinco Quinto 10 X Dez Décimo 50 L Cinquenta Quinquagésimo 100 C Cem Centésimo 1000 M Mil Milésimo 17/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Ainda os Algarismos e Numerais A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no capítulo Regras e Recomendações de Redação, do Guia para Elaboração e Apresentação de Normas Técnicas (1970), recomenda: Os números muito grandes devem ser escritos em algarismos, para facilitar a leitura, seguidos dos numerais ordinais, para evitar adulteração, assim como os números fracionados. Ex.: R$ 234,00 (duzentos e trinta e quatro reais). Os números pequenos e os descritos com uma ou duas palavras, devem ser escritos por inteiro. Ex.: Oitenta mil pessoas compareceram ao evento, apenas cinco por cento não pagantes. As prescrições numéricas devem ser grafadas em algarismos. Ex.: A temperatura corporal está em 37 oC. Não se inicia uma frase com datas ou algarismos. Ex.: 87 pessoas participaram... - Participaram 87 (oitenta e sete) pessoas...; 75% da população alvo... – Setenta e cinco por cento da... Quando o numeral está posposto ao substantivo, utiliza-se o cardinal. Ex.: João Paulo II... (segundo); Página 42... Quando o numeral está anteposto ao substantivo, utiliza-se o ordinal. Ex.: Primeiro ano...; Sétimo colocado... Nas datas, geralmente o primeiro dia do mês é escrito em ordinal, os demais em cardinal. Ex.: primeiro de janeiro, quatro de fevereiro. 18/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relembrando a Pontuação16 Os sinais de pontuação, colocados logo após a palavra (exceto o travessão), dividem-se em dois grupos: Que marcam pausas: Vírgula: marca uma pausa de pequena duração. Ponto: assinala a pausa máxima, indicando o final de uma oração declarativa. Ponto e vírgula: sinal intermediário entre o ponto e a vírgula, seu uso depende do contexto. Que marcam a melodia, a entoação: Dois-pontos: emprega-se para anunciar citação, enumeração explicativa, ou esclarecimento. Ponto de Interrogação: usado no fim de qualquer interrogação direta. Ponto de Exclamação: usado ao final de enunciado de entoação exclamativa. Reticências: marcam a interrupção da frase (da idéia), para passar a explicações acessórias, por hesitação, para deixar o leitor suprir o restante, e outras. Aspas: usados antes e depois de citações, e para sobressair termos acentuando-lhe o valor. Parênteses: para intercalar num texto, qualquer indicação acessória. Colchetes: variedade de parênteses, de uso restrito. Travessão: para isolar em um texto, palavras ou frases, colocando-se um espaço entre estas e o sinal. 16 Leia mais em: http://www.brasilescola.com/redacao/pontuacao.htm. 19/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Digitação Qualitativa Kaspary (2002, op.cit.) e outros autores, chamam a atenção para alguns detalhes de registro que contribuem para a qualidade do documento: Grafia de Datas Números cardinais quando designam um ano não devem conter ponto ou espaço entre o milhar e a centena. Podem ser registrados apenas com os dois últimos dígitos. Escrever o primeiro dia do mês assim: 1º (e não apenas 1). Objetivando evitar rasuras (ou fraudes) emprega-se o zero antes do dia ou do mês de um só algarismo. Para separar os grupos numéricos de uma data (dia, mês e ano) preferir o ponto ou hífen, que fornecem maior clareza gráfica que a diagonal (/). Grafia de Horas Hora completa: 8 horas ou 8h (sem espaço entre os elementos e sem ponto depois do símbolo). Hora quebrada: 8h30min (sem espaço entre os elementos e sem ponto depois do símbolo). Períodos: De 8h a 12h, ou das 8h às 11h. Períodos de dias De segunda a sexta-feira, ou da segunda à sexta-feira. 20/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Translineação Translineação é a mudança de linha, ficando parte da palavra no final da superior e parte no início da inferior. No português é a fonética que determina a separação de sílabas, por ex.: ad-mi-nis-tra-ção. Kaspary (2002, op.cit.) orienta que: Vogais isoladasix Não se deixa uma vogal isolada no início ou no final da linha. Ex.: ...pesso- / a...; ...i- / dentificar.... Palavras obscenas ou ridículas Não se deixa, no início ou no final da linha quando ocorrer a partição silábica, formar-se palavra estranha ao contexto, ridícula, ou mesmo, obscena. Ex.: ...presi- / dente...; ...que o diretor for- / mula... Compostos hifenizados Na translineação de palavras com hífen a norma faculta por clareza gráfica, quando a partição silábica coincidir com o final do primeiro elemento, repetir o traço-de-união na linha seguinte. Ex.: matéria- / -prima. Translineação de importâncias Se os algarismos representativos de uma importância não couberem em uma mesma linha, devem-se escrevê-los 2 todos na linha seguinte. Ex.: R$.... / 15.789,00; área de ... / 5.450 m . Translineação de siglas Podem ser translineadas em qualquer parte se forem simples e com mais de três letras, ou separando os elementos se forem compostas. Ex.: ...as normas da ... / ONA...; Anvi- / sa. 21/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Destaques Kaspary (2002, op.cit.) orienta mais alguns detalhes para tornar o relatório um documento padronizado e correto: Sublinha Os espaços entre as palavras e os sinais de pontuação não são sublinhados, exceto o hífen, quando não está sendo empregado na separação das palavras quando de sua translineação. Destaques As palavras e expressões podem ser destacadas sublinhando-as, ou colocando-as entre aspas, em negrito, em itálico, em maiúsculas, ou ainda aumentando o espaçamento entre os caracteres. Porém deve-se evitar a conjunção de mais de um tipo de destaque, pelo risco de perder o efeito e tornar o texto antiestético. Deve-se evitar destacar “inteiramente em caracteres maiúsculos o vocativo, o nome do destinatário, as fórmulas de cortesia (atenciosamente, etc.) e o nome, o cargo ou a função de quem assina o documento”. As palavras ou expressões estrangeiras devem ser escritas em itálico ou entre aspas. Traço para Assinatura É dispensável em qualquer documento, apesar da prática corrente. Observação: quando duas pessoas responsáveis por determinado documento o assinam, cabe a esquerda ao superior hierárquico (corresponsável) e a direita ao responsável direto pelo documento. (BELTRÃO, 2011, op.cit.) 22/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Abreviações Ponto Abreviativo ao final da frase O Formulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras, XVII – Sinais de Pontuação – 53. Ponto Final especifica que quando uma frase termina por abreviatura, a pontuação desta tem dupla função, pois incorpora a de ponto final. (KASPARY, 2001 e 2007, op.cit.) Abreviatura O Dicionário Eletrônico Houaiss (2009, op.cit.) informa que Abreviação e Abreviatura são definidas como: “Representação escrita de uma palavra grafando-se algumas de suas sílabas ou letras. Redução do corpo fônico de uma palavra, resultando em outra que passa a funcionar como sinônimo da palavra primitiva (p.ex., microcomputador/micro, videocassete/vídeo etc.) “Redução de uma locução a uma sigla (p.ex.: Organização das Nações Unidas – ONU)”. Toda a palavra ou locução a ser abreviada em um texto deverá primeiramente ser apresentada por extenso seguida de sua abreviatura, para depois ser usada apenas esta última (como no exemplo acima da ONU). Esta prática não é necessária quando se trata de abreviações comuns, tais como: apartamento – ap. ou apto. As abreviações admitem flexão de gênero, número e grau. Ex.: Doutor – Dr., Doutora – Dra.; Professor – Prof., Professores – Profs.; Digno – D, Digníssimo – DD. Os símbolos das unidades de medidas não admitem pontos abreviativos ou serem seguidos de “s” quando no plural. Ex.: 8h; 16 km; 7 Kg; 20 m2. (KASPARY, 2001 e 2007, op.cit.) 23/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Siglas Siglas é a redução de um intitulativo complexo a suas: Letras iniciais, sem formar palavra. Ex.: IAC – Instituição Acreditadora Credenciada; Letras iniciais, formando palavra (acrógrafo). Ex.: ONA – Organização Nacional de Acreditação; Sílabas iniciais, formando quase palavras. Ex.: Benelux – Bélgica – Nederland – Luxemburgo. Partes iniciais, formando quase palavras. Ex.: COPOM – Comitê de Política Monetária. (HOUAISS, 2009) Características: Não é necessário usar ponto abreviativo. São escritas em maiúsculas, mesmo aquelas com mais de três letras, quando estas são lidas uma a uma: HCPA – Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Podem ser escritas apenas com a primeira letra em maiúscula, quando formam quase palavras, apesar de ser obrigatória a utilização do registro oficial da sigla. Ex.: Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em geral seguem o princípio da eufonia (produção de sons agradáveis) ou para diferenciar de outra já existente. Ex.: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A sigla pode ser colocada no plural apenas acrescentando um “s”. Ex.: IAC e IACs. Não é utilizado o apóstrofo, pois este sinal significa posse em inglês. Ex. está incorreto grafar IAC’s. 24/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Resumindo Abreviações e Siglas Beltrão (2011, op.cit., págs. 39-40) resume: Abreviaturas Siglas Possuem ponto abreviativo. Não possuem ponto abreviativo. Indicam redução da palavra. Indicam redução da palavra, nome, etc. Referem-se a nomes próprios e comuns. Referem-se somente a nomes próprios. São flexionadas em gênero e número. São flexionadas somente em número. Não se considera a sonoridade. Considera-se a sonoridade. Formam-se pelas letras inicial, inicial+final, inicial+intermediárias+final. Formam-se pelas letras iniciais (reais) ou parte (por extensão) dos nomes próprios. Palavras com cinco letras,quando a abreviatura for até a terceira letra, não são abreviadas. Palavras com até cinco letras devem ser grafadas todas em maiúsculas. Mantêm-se a acentuação gráfica e o hífen. Ex.: símb., séc. fac-sím. Mantêm-se a acentuação gráfica. Ex. Petrobrás. Não há limite de letras. Não há limite de letras. Respeita-se o registro jurídico. Ex.: UNISINOS. 25/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatórios Relatórios são documentos que outras pessoas lerão, por isso eles sempre devem ser precisos, bem escritos e ter conclusão clara. Veja algumas dicas de como redigir comentários para os relatórios de avaliação. Conduta Esperada: Use linguagem concisa, precisa, atendendo a ortografia e a gramática da língua portuguesa. Coloque as palavras estrangeiras entre aspas ou em itálico. Seja coerente. Obtenha o máximo de informação a priori (ex.: “o quê”, “como”) e então descreva as declarações ou as situações/realidades observadas no processo de visita. Enfatize os fatos e dados mais importantes e torne interessante cada informação. Numere os parágrafos para facilitar a busca de informações. Inclua os comentários na subseção correta (“onde”). Os comentários de ponto forte devem expressar o “o quê” e o “como” determinada evidência atende ao requisito. Sempre que possível, os comentários de “não conformidade” devem indicar uma direção à organização avaliada, sem tornar o comentário prescritivo ou referenciando apenas informações dos requisitos de avaliação. 26/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Redação de Comentários Especial atenção deve ser dada à acurácia do comentário redigido sobre a realidade observada num processo de avaliação. Relembrando alguns conceitos: Evidência - Evidências são informações comprovadas com base em fatos e/ou dados obtidos através da observação, documentação, medição ou outros meios. São as evidências que estabelecem a conformidade com os requisitos definidos no instrumento de avaliação específico. Consenso - Consenso é o processo construtivo de negociação compartilhando a tomada de decisão entre os integrantes da equipe de avaliadores. Todo o processo de avaliação para a acreditação é baseado no consenso. Observação - Observação consiste em fato isolado que não afeta a integridade do princípio do padrão, mas que deve ser tratada para que não evolua para uma não conformidade. Não Conformidade - A Não Conformidade consiste em não atender ao princípio do padrão, comprometendo assim a coerência e o funcionamento do sistema, constatada durante a avaliação. Inferênciax - É o processo pelo qual concluímos algo por meio de um raciocínio sobre determinados dados, é uma dedução, indução, implicação, consequência ou ilação. Desta forma, não traduz necessariamente a realidade observada, pois construída a partir de juízos anteriores. Deve-se estar continuadamente atento ao descrever as evidências para que estas traduzam a verdade observada ou medida, evitando-se conclusões distanciadas da realidade. 27/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Redação de Comentários Algumas dicas do que deve ser evitado ao redigir comentários para os relatórios de avaliação: Parágrafos longos e sem pausas (sem pontuação correta). Uso de pronomes “eu” ou “nós”. Emissão de opiniões pessoais. Desvio do assunto. Elaborar conclusões a partir de dados insuficientes. Apresentar o relatório sem checar as fontes de informação. Repetir locuções (Ex.: “não há evidência”) ou palavras em uma mesma frase (Ex.: “A organização demonstra possuir organização dos procedimentos, processos e técnicas...”). Referência desnecessária à organização de saúde, empresa, instituição,... Prescrição ou sugestão de melhorias. Emissão de pareceres mistos, do tipo que usa as palavras: mas, contudo, embora, todavia, porém... Realizar julgamento de valor do tipo excelente, ótimo, ruim, fraco. Emitir comentários incompatíveis entre ponto forte e não conformidade. Usar o verbo no infinitivo, pois caracterizaria o comentário como prescritivo. 28/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Conclusão Bem, Procurando ser o mais breve possível, revisamos alguns conceitos que mais frequentemente são citados pelos autores relacionados aos estudos da composição de relatórios e correspondências, como passíveis de incorreções, e algumas orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Lembre-se que escrever com simplicidade, clareza, objetividade, fluência, traduzindo fielmente a realidade, caracteriza a pedra angular da construção de relatórios. A utilização do raciocínio lógico, do método e dos termos técnicos adequados a cada circunstância analisada, torna o relatório mais preciso e menos sujeito a interpretações incorretas. Especial cuidado deve ser dado ao uso dos adjetivos que podem facilmente expressar uma opinião pessoal ou um julgamento de valor. Caro Aluno, Participe do fórum deste módulo, realizando os exercícios de construção propostos. Comente os exemplos postados por seus colegas virtuais. Fale conosco sempre que necessário. Equipe Tutorial ONA Educare. 29/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Convite Olá Pessoal, Após esta breve revisão sobre os Fundamentos estruturais da composição dos relatórios, continuaremos o estudo do segundo capítulo revisando: Relatórios SBA/ONA. Mas antes, desligue-se, descanse um pouco. 30/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA MÓDULO 4. REDAÇÃO DE COMENTÁRIOS 4.2. RELATÓRIOS SBA/ONA Introdução Olá, Neste capitulo abordaremos algumas orientações básicas sobre como construir um relatório e realizar os comentários: Relatório de Diagnóstico Organizacional - DO. Emissão e distribuição do Relatório de DO. Relatório do Processo de Avaliação para Certificação Emissão e distribuição do Relatório Processo de Avaliação para Certificação E não esqueça: Colabore com sua comunidade virtual. Participe dos fóruns. Realize os exercícios propostos. Equipe Tutorial ONA Educare 31/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação – Diagnóstico Organizacional O Relatório de Diagnóstico Organizacional deve refletir fielmente o conteúdo da avaliação de diagnóstico organizacional, deve ser datado e assinado pelos avaliadores. Além disto, deve conter os seguintes itens: Resumo do plano de visita (áreas avaliadas, responsável pela área, data e horário da visita). Identificação dos membros da equipe de avaliadores, período da avaliação de diagnóstico organizacional e identificação da organização avaliada. Identificação dos documentos de referência segundo os quais a avaliação foi conduzida (normas do processo de acreditação e instrumento de avaliação utilizado, legislação, etc.). Pontos fortes. Não conformidades. Observações. Os comentários devem permitir identificar os aspectos que resultaram na qualificação do avaliado. Os pontos fortes, não conformidades e observações compõem os registros de maior importância no processo de diagnóstico organizacional, pois: comporão o relatório de diagnóstico organizacional. servirão de base para a elaboração de planos de melhoria pela organização de saúde. É vedada a apresentação na atividade de Diagnóstico Organizacional dos níveis de Acreditação atendidos pelo avaliado, resultado do processo de avaliação (enquadramento nos níveis). 32/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação – Diagnóstico Organizacional Páginas iniciais do Formulário do Relatório de Diagnóstico Organizacional: 33/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação – Diagnóstico Organizacional Páginas intermediárias do Formulário do Relatório de Diagnóstico Organizacional: 34/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação – Diagnóstico Organizacional Páginas finais do Formulário do Relatório de Diagnóstico Organizacional: 35/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação – Diagnóstico Organizacional Relembrando a distribuição do Relatório de Diagnóstico Organizacional: O Relatório de Diagnóstico Organizacional deve ser enviado à Instituição Acreditadora pelo avaliador líder. A Instituição Acreditadora é responsável pelo fornecimento de uma cópia deste relatório à alta administração da organização avaliada. Qualquer distribuição adicional deve ser acordada com a organização avaliada. Os Relatórios de Diagnóstico Organizacional, contendo informações confidenciais ou exclusivas, devem ser sigilosos e resguardados adequadamente pela Instituição Acreditadora. O Relatório de Diagnóstico Organizacional deve ser emitido num prazo máximo de 15 dias úteis, a contar da data do último dia de visita. Caso a emissão não possa ocorrer dentro do período previsto, o avaliador líder deve comunicar os motivos do atraso à Instituição Acreditadora e ao avaliado e determinar uma nova data de emissão. Relembrando a emissão da Declaração de Diagnóstico Organizacional: A Declaração de Diagnóstico Organizacional é emitida pela Organização Nacional de Acreditação. Após o envio da documentação do Diagnóstico Organizacional pela Instituição Acreditadora à ONA, esta terá 30 dias para encaminhar a Declaração de Diagnóstico Organizacional à IAC (será utilizada como referência para controle do tempo de recurso, a data de postagem da documentação mais 02 dias). Atenção: A Declaração de Diagnóstico Organizacional somente será emitida quando da inexistência de pendências por qualquer uma das partes, sejam estas de ordem administrativa, técnica ou financeira. 36/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação para Certificação O Relatório de Avaliação deve refletir fielmente o conteúdo da avaliação, deve ser datado e assinado pelos avaliadores. Além disto, deve conter os seguintes itens: Resumo do plano de visita (áreas avaliadas, responsável pela área, data e horário da visita). Identificação dos membros da equipe de avaliadores, período da avaliação e identificação da organização avaliada. Identificação dos documentos de referência segundo os quais a avaliação foi conduzida (normas do processo de acreditação e instrumento de avaliação utilizado, legislação, etc.). Pontos fortes. Não conformidades. Observações. O resumo da avaliação – Grade de Nivelamento. O parecer da equipe de avaliadores sobre a extensão da conformidade da organização avaliada com a norma aplicável no processo de acreditação. O parecer final da Instituição Acreditadora (Comitê de Certificação). 37/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação para Certificação Os comentários devem permitir identificar os aspectos que resultaram na qualificação do avaliado. Os pontos fortes, não conformidades e observações compõem os registros de maior importância no processo de avaliação, pois: com base neles são estabelecidos os níveis atendidos pela unidade ou serviço. com base neles é elaborado o parecer final da equipe de avaliadores e, consequentemente, definido o resultado final da avaliação. comporão o relatório de avaliação. Os comentários das seções e subseções são importantes para que os avaliadores estabeleçam um juízo adequado, analisando-os e justificando-os em conjunto (pontos fortes, não conformidades, observações e nível atingido) de tal forma que fundamentam o resultado final, facilitando o adequado entendimento deste por parte da organização avaliada. Após a análise do relatório de avaliação, a Instituição Acreditadora fica responsável pelo parecer final do processo de avaliação. 38/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação para Certificação Páginas iniciais do Formulário do Relatório do Processo de Avaliação para Certificação: 39/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação para Certificação Páginas intermediárias do Formulário do Relatório do Processo de Avaliação para Certificação: 40/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação para Certificação Páginas finais do Formulário do Relatório do Processo de Avaliação para Certificação: 41/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Relatório do Processo de Avaliação para Certificação Relembrando a distribuição do Relatório de Diagnóstico Organizacional: O Relatório de Avaliação deve ser enviado à Instituição Acreditadora pelo avaliador líder. A Instituição Acreditadora é responsável pelo fornecimento de uma cópia deste relatório à alta administração da organização avaliada. Qualquer distribuição adicional deve ser acordada com a organização avaliada. Os Relatórios de Avaliação, contendo informações confidenciais ou exclusivas, devem ser sigilosos e resguardados adequadamente pela Instituição Acreditadora. O Relatório de Avaliação deve ser emitido num prazo máximo de 15 dias úteis, a contar da data do último dia de visita. Caso a emissão não possa ocorrer dentro do período previsto, o avaliador líder deve comunicar os motivos do atraso à Instituição Acreditadora e à organização avaliada e determinar uma nova data de emissão. Relembrando a emissão do Certificado de Acreditação: O certificado concedido pela Instituição Acreditadora à Organização Acreditada e emitido pela Organização Nacional de Acreditação. Após o envio da documentação estabelecida nesta norma pela Instituição Acreditadora, a ONA terá 30 dias para encaminhar o certificado de Acreditação à IAC (será utilizada como referência para controle do tempo de recurso, a data de postagem mais 02 dias). Atenção: O Certificado de Acreditação somente será emitido quando da inexistência de pendências por qualquer uma das partes, sejam estas de ordem administrativa, técnica ou financeira. 42/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Conclusão Chegamos ao final deste capítulo onde revisamos uma série de conceitos, considerando as regras gramaticais mínimas para registro das evidências nos relatórios de avaliação para Diagnóstico Organizacional, para Acreditação, Avaliação de Manutenção, relato de eventos sentinela e outros documentos necessários para as atividades previstas no SBA/ONA. Quando nos correspondemos pela internet, devemos lembrar seus preceitos básicos: Formato do textoxi. Modo de comunicaçãoxii. Convivência receptivaxiii. Expressão verbalxiv. Proibiçõesxv. Agora: Releia o texto, veja os vídeos e demais materiais indicados. Realize as tarefas propostas no AVA para este módulo. Fale conosco sempre que necessário Equipe Tutorial ONA Educare 43/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Convite Olá, Dando seguimento ao nosso estudo, acompanhe-me no quinto módulo do curso Preparatório de Avaliadores SBA/ONA, sobre: Avaliador e Ética do Processo de Avaliação. Mas antes: Caminhe, Espaireça, Descanse. 44/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA Notas: i Médica, Especialista em Medicina Interna, Medicina do Trabalho, Ensino Superior, Educação a Distância, Gestão Educacional; Mestre em Saúde e Comportamento; PósGraduanda em MBA em Auditoria em Saúde - Coordenação ONA Educare. ii Cientista da Computação. Pós-Graduanda em MBA Administração e Marketing - Tutoria ONA Educare. iii Pedagogo, Especialista em Gestão da Educação - Supervisão e Orientação Escolar e Aluno Especial no Mestrado em Educação Física da ESEF / UFPEL - Tutoria ONA Educare. iv Analista de Sistemas, Especialista em Gestão Empresarial - Consultoria ONA. v Médica, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Administração Hospitalar e Mestranda do curso de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva do Departamento de Medicina Social da FCM Santa Casa de São Paulo - Consultoria ONA. vi Médico, Especialista em Pediatria, Administração Hospitalar e em Gerência Hospitalar - Consultoria ONA. vii Nicolas Boileau-Despréaux (Paris: 01.11.1636 – 13.03.1711): preceptor, literato, crítico, poeta satírico, historiador e polemista religioso, mais conhecido simplesmente por Boileau, escrevia principalmente para a aristocracia. Após estudar Teologia e Direito e exercer a advocacia, em 1657 dedica-se inteiramente à literatura. Publicou em 1669 – Discurso sobre a Sátira (entre 1666 e 1711, publica suas Sátiras, doze no total); em 1674 – A Arte Poética; em 1687 – Reflexões sobre Longino, e a sátira Contra as Mulheres. Em 1677 foi nomeado historiógrafo do rei Luís 14, junto com Racine. Em 1684 entrou para a Academia Francesa. viii René Descartes (1596-1650): em sua obra Discurso sobre o Método, publicada em 1637. Descartes, matemático e filósofo francês, acreditava que o conhecimento normalmente aceite era duvidoso dada a natureza subjetiva dos sentidos, e tentou reconstruir o conhecimento humano usando a máxima de sua autoria “cogito ergo sum” («penso, logo existo»). Considerava também que todo o universo material poderia ser explicado em termos físicos e matemáticos, e inventou a geometria analítica como uma forma de definir e manipular as formas geométricas usando expressões algébricas. As coordenadas cartesianas, a forma através da qual os pontos são representados neste sistema, têm o seu nome. Descartes também desenvolveu a ciência da óptica, e ajudou a modelar as teorias contemporâneas da astronomia e do comportamento animal. Descartes nasceu em La Haye (rebatizada Descartes em sua honra), a sul de Tours, e estudou em Poitiers. Integrou o exército do príncipe Maurício de Orange, e em 1619, enquanto viajava pela Europa, decidiu aplicar os métodos da matemática à metafísica e à ciência. Instalou-se nos Países Baixos em 1628, onde tinha mais possibilidades de se libertar da interferência da igreja católica. Em 1649 visitou a corte da rainha Cristina da Suécia, morrendo pouco depois em Estocolmo. Disponível em: http://www.eb2-miranda-douro.rcts.pt/mat/decartes.htm. Acessado em: 25.01.2007 45/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA ix Translineação de vogais isoladas: Não se separam Exemplos Separam-se Exemplos Vogais que formam ditongos mui-to ca-dei-ra he-rói-co As vogais que formam hiato e os ditongos consecutivos fe-é-ri-co ra-i-nha sai-am, ru-iu Os grupos ia, ie, io, oa, ua, ue, uo fú-ria sé-rie vá-rios té-nue As consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes ab-di-car ac-tu-a-ção ins-tru-tor Os grupos de consoantes consecutivas formados por b, c, d, f, g, p, t, vseguidos de l ou r (excepto o prefixo sub) a-bri-go pro-cla-mar em-pre-go pa-la-vró-rio a-dro Os pares de consoantes iguais (cç, rr,ss) e as letras dos dígrafos sc, sç, xc ac-cio-nar ter-ra mas-sa des-ça ex-ce-len-te Os grupos pn, mn, psquando iniciam sílaba pneu-mo-nia psí-qui-co mnemó-ni-ca Os dígrafos ch, lh, nh ba-cha-rel ma-lha-do ma-nhã Obs.: em palavras com hífen, quando este coincide no final da linha, é repetido na linha seguinte vice-/-almirante deita-/-te Os grupos gu e qu al-guém e-qua-dor Disponível em: http://www.mundovestibular.com.br/articles/5957/1/Translineacao/Paacutegina1.html. x Inferência: Designa-se por inferência a operação mental pela qual obtemos de uma ou mais proposições outra ou outras que nela(s) estava(m) já implicitamente contida(s). As inferências podem ser divididas em dois tipos: imediatas e mediatas. a) A inferência imediata consiste em extrair de uma só proposição outra proposição, à qual se atribui o valor de verdade ou falsidade. A inferência imediata pode ser obtida por oposição ou conversão. b) b) A inferência mediata consiste numa conclusão obtida a partir de duas ou mais proposições. Este tipo de inferência pode ser de três tipos: analógicas, indutivas e dedutivas. O termo inferência usa-se por vezes como sinônimo de raciocínio. Embora tal associação não seja incorreta, a verdade é que inferência possui um sentido mais abrangente que raciocínio. O termo raciocínio será reservado aplicado apenas a um tipo de inferências, as mediatas. xi Formato do texto: 46/44-M.4-Redação Comentários Preparatório de Avaliadores SBA/ONA 1. Procure manter o mesmo tipo de letra, reservando o "itálico" e o "negrito" para situações onde realmente forem necessários; 2. Prefira a opção "texto justificado", pois estarás colaborando para uma boa apresentação do seu tópico; 3. Lembre-se que escrever apenas em letras maiúsculas, será interpretado pelos demais como se estivesse com eles gritando. xii Modo de comunicação: 1. Procure sempre escrever de maneira objetiva e organizada; 2. Envie mensagens apenas quando tiver algo a dizer, seja para questionar o que ainda não o foi, seja para colaborar de forma clara e construtiva no debate; 3. Nos fóruns evite mensagens do tipo "concordo contigo", "é isso aí", "obrigado pela informação", pois não enriquecem a discussão. Use o e-mail particular para isso; 4. Leia o que já foi postado nos fóruns para depois manifestar-se, procurando criar um título objetivo, que resuma o conteúdo de sua mensagem. xiii Convivência receptiva: 1. Lembre-se que o ambiente virtual de aprendizado é comunitário, ou seja, de todos os participantes; 2. Procure manifestar-se de forma fundamentada, citando fontes sempre que pertinente; 3. Ao contrapor uma informação ou idéia exposta por colega, o faça de forma amável, definindo claramente os pontos de discordância e os justificando; 4. Corrigir a ortografia e a gramática abertamente não é polido, procure uma forma subliminar de fazê-lo. xiv Expressão verbal: 1. Escreva de forma correta quanto à ortografia e à gramática, respeitando a acentuação, a concordância, a pontuação, etc.; 2. Evite abreviações e siglas; 3. Se absolutamente necessário utilizar termos em outros idiomas, procure indicar sua tradução; 4. Ao empregar termos técnicos inclua sua definição. xv Proibições: 1. Usar o ambiente virtual de aprendizado e qualquer uma de suas ferramentas de comunicação para fins distintos do projeto educacional em foco; 2. Usar a lista de endereços dos colegas e participantes para fins não acadêmicos; 3. Enviar Spam ou qualquer outra forma de mensagem inconveniente; 4. Manifestações de teor racista, preconceituoso ou discriminatório, assim como atentar ao pudor, induzir à contravenção e/ou ao crime. 47/44-M.4-Redação Comentários