Pontíficia Universidade Católica de São Paulo PUC SP DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E OS DIREITOS DOS RIBEIRINHOS: O PROGRAMA BOLSA FLORESTA NO AMAZONAS JOSELENE GOMES DE SOUZA INTRODUÇAO Este trabalho apresenta um estudo sobre o Programa Estadual Bolsa Floresta, criado em 2007 e direcionado as populações tradicionais moradoras das Reservas de Desenvolvimento Sustentável - RDS, no Amazonas, no intuito de reduzir o desmatamento em unidades de conservação a partir do pagamento por serviços ambientais prestados pelas populações “tradicionais”. Nessa direção, o estudo objetiva refletir sobre as implicações do Programa Bolsa Floresta no que tange a garantia da sustentabilidade ambiental, econômica e modo de vida das famílias moradoras da RDS, buscando entender a relação homem x natureza dos moradores após a implantação do programa na comunidade. Esta pesquisa, tema da dissertação de mestrado se encontra em andamento no Programa de Pós Graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP. CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim, as famílias devidamente incluídas neste Programa contam com o benefício de R$ 50,00 por mês e um limite de solo para desenvolver suas atividades agrícolas de subsistência. Vale destacar que este programa é um mix do Eco-taxa existente na Costa Rica, Família guarda bosque da Colômbia e o Programa Bolsa Família. Sendo assim, o PBF torna-se objeto de reflexão crítica e análise deste estudo. Pois é relevante conhecê-lo para compreender suas bases fundantes, bem como a organização sócio-política dos sujeitos beneficiados, buscando verificar as contribuições do Programa para a vida das famílias incluídas, considerando na análise os parâmetros da ideologia neoliberal que preconizam o mínimo de intervenção do Estado no jogo das forças no mercado. Portanto, é importante conhecer o real significado dessa Política, compreender o que está por trás dessa proteção delineada pelo Estado, analisar como ela está sendo feita, quem faz o monitoramento das ações desenvolvidas pelo Estado e Município. PALAVRAS-CHAVE:Amazônia e Programa Bolsa Floresta. DESENVOLVIMENTO Em 2003, no Amazonas, foi criado o Programa Zona Franca Verde, (terceiro ciclo desenvolvido na região), pela Lei Estadual sobre Mudanças Climáticas, Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (Lei n° 3.135/2007), que de acordo com discurso oficial foi instituído como proposta para desenvolver a economia do Estado, tendo em vista, proporcionar emprego e renda aliado à conservação da biodiversidade da região, seguindo assim, o modelo de programas internacionais e recebendo incentivo nacional e internacional. E na sequência, tem início o Programa Bolsa Floresta que é direcionado aos ribeirinhos moradores das Reservas de Desenvolvimentos Sustentáveis - RDS Am. Ele objetiva trabalhar com as populações tradicionais para diminuir os altos índices de degradação ambiental, estimular a participação social, o uso sustentável dos recursos naturais, gerar trabalho e renda, compensando-as por serviços ambientais historicamente prestado a região. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FERREIRA, Márcio Alexandre Moreira. O Desenvolvimento do Capitalismo em Manaus. Manaus: Edições: Governo do Estado do Amazonas / Secretaria de Estado da Cultura / Editora da Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, 2003. LEFF, Enrique. Discurso Sustentável – São Paulo : Cortez, 2010. SILVA, Maria das Graças e. Questão Ambiental e desenvolvimento Sustentável: um desafio ético – político ao serviço social – São Paulo: Cortez, 2010. SACHS, Ignacy. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. Traduzido por Eneida Araújo. São Paulo: Vértice, [1986]. 203p. SCHERER, Elenise. Vulnerabilidade social na cidade de Manaus: o avesso do progresso. In: SCHERER, Elenise. (org). Questão Social na Amazônia. Manaus: Edua, 2009.