. Implantação de Vinhedos de Origem Européia na Região de Braço do Norte (ART 170 Pesquisa) Ciências A grárias Lucas Vendramini, Gilmar Pezzopane Plá e Juliano Frederico da Rosa Cesconeto ( Art. 170 Pesquisa) Curso de Agronomia – Campus Tubarão. Introdução Resultados A produção de vinhos no Brasil se desenvolveu a partir do século XIX, quando os imigrantes italianos iniciaram a fabricação da bebida principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Desde aquela época, a maior parte das variedades de uvas cultivadas no Brasil foram as americanas e híbridas, chamadas de comuns. Somente a partir da década de 70, com o investimento de grandes empresas estrangeiras na produção de uvas e vinhos no Rio Grande do Sul, houve um significativo aumento da área cultivada com uvas viníferas, destinadas à elaboração de bebidas finas. Mesmo assim, atualmente a porcentagem de vinhos finos fabricados no Brasil em relação ao total do que é produzido é de cerca de 10%. Hoje, a adaptação de cultivares viníferas em determinadas regiões do país está sendo avaliada por instituições de pesquisa e desenvolvimento agrícola com o objetivo de incrementar a qualidade dos produtos. A cultura da videira (Vitis spp) e seu principal produto, o vinho, sempre estiveram intimamente ligados à história e costumes da região de Urussanga município localizado na região sul-catarinense. A região de Urussanga compreende vários municípios (Urussanga, Pedras Grandes, Criciúma, Siderópolis, Treviso, Cocal do Sul, etc) que têm em comum a colonização, predominantemente, italiana. Urussanga tornou-se, no início da colonização, em núcleo receptor dos imigrantes que se dirigiam para esta região em busca de melhores condições de vida. Adaptação de espécies européias nas condições edafoclimáticas da região sul de Santa Catarina, em especial na região de Braço do Norte, certamente passam pelo estudo das necessidades nutricionais, técnicas e de manejo adequadas à estas variedades utilizadas para a produção de vinhos de alta qualidade, que se forem utilizadas corretamente, a região sul de Santa Catarina responderá de forma positiva a produção destas uvas. # Adaptação das variedades viníferas européias Observando o desenvolvimento das plantas, em especial o diâmetro dos ramos oriundos da poda de formação concluímos preliminarmente que as variedade viniferas “brancas”, em relação as tintas, apresentaram um melhor resultado # Resistência a doenças e pragas Em função das principais doenças e pragas que atacaram o vinhedo neste primeiro ano de formação, que no caso foram o “míldio”e a “vaquinha” respectivamente, pudemos observar que não existe diferenças de ataque deste em função das variedades serem tintas ou brancas. # Melhor porta-enxerto Em relação aos porta-enxertos utilizados no vinhedo (S O 4, Pausen 1103 e Kobber 201), observou-se um melhor desenvolvimento/adaptação de plantas em relação ao Pausen 1103. A Objetivo Verificar a adaptação das variedades viníferas européias na região de Braço do Norte, no que diz respeito as variedades que melhor resistem a doenças pragas, bem como na seleção dos porta-enxertos que melhor se adaptem as condições edafoclimáticas da região em estudo. Metodologia 1- Escolha da área onde será implantada o vinhedo 2-Preparação do terreno a partir de lavração e gradagem. 3-Adubação conforme recomendação de análise de solo. 4-Embebição em água das mudas de videira. 5-Implantação de mudas de videira com espaçamento de 2,8 metros entre linhas e 1 metro entre as plantas. 6-Acompanhamento do desenvolvimento das plantas bem como o aparecimento de pragas e doenças nas videiras. Bibliografia Dal Molin, f. Vitivinicultura moderna. Castelfranco-Veneo Itália. 1999. 1ª Edicione, 84 pg. Dazzan, El Silvoz. Pubicazione sevola enologia di conegliano. Veneto, Itália. 2005. Conclusões - A adaptação das variedades viníferas brancas e tintas na área experimental da Unisul em Braço Norte, preliminarmente pode ser considerada como razoável, uma vez que ocorreu um pequeno número de mortes de plantas . - Em relação as doenças, como o período de meados de janeiro a março de 2008 foi extremamente chuvoso e com altas temperaturas, a incidência de “míldio” foi bastante significativa, contribuído para um mau aspecto morfológico de certas variedades viníferas estudadas. - O porta-enxerto que melhor resultado apresentou em relação ao crescimento e adaptação das plantas no vinhedo foi o Pausen 1103. Portanto os estudos em relação ao vinhedo experimental deverão continuar, principalmente enfocando/conhecendo mais características, sintomas e formas de controle da doença denominada de “míldio”.