ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Planejamento e Gestão O desenvolvimento do turismo impõe uma permanente articulação entre os diversos setores, públicos e privados, relacionados à atividade, no sentido de compartilhar e agilizar soluções, eliminar entraves burocráticos e facilitar a participação de todos os envolvidos no processo de crescimento do setor. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Regionalização do Turismo Define as regiões turísticas como estratégicas na organização do turismo para fins de planejamento e gestão. A oferta turística regional adquire maior significância e identidade pela qualidade e pela originalidade capaz de agregar valor ao produto turístico. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Regionalização do Turismo O Macroprograma de Regionalização do Turismo propõe a estruturação, o ordenamento e a diversificação da oferta turística no País e se constitui no referencial da base territorial do Plano Nacional de Turismo. É um modelo de gestão de política pública descentralizada, coordenada e integrada, com base nos princípios de flexibilidade, articulação, mobilização, cooperação intersetorial e interinstitucional e na sinergia de decisões como estratégia orientadora dos demais macroprogramas, programas e ações do PNT. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Regionalização do Turismo Tomando por base as metas previstas no Plano Nacional do Turismo: “Estruturar os 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional”, o programa mapeou 200 regiões turísticas no Brasil, envolvendo 3.819 municípios, e se tornou um dos principais elementos da execução da política do turismo e referência para importantes ações do Ministério. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA REGIÕES TURÍSTICAS – SANTA CATARINA Caminho dos Príncipes Costa Verde e Mar Grande Florianópolis Encantos do Sul Serra Catarinense Vale Europeu Vale do Contestado Grande Oeste Caminho dos Cânions ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA REGIÃO TURÍSTICA – VALE EUROPEU ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA REGIÃO TURÍSTICA – VALE EUROPEU 48 Municípios Alfredo Wagner e Leoberto Leal – Grande Florianópolis Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Canelinha, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Major Gercino, Nova Trento, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio, São João Batista e Timbó ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA REGIÃO TURÍSTICA – VALE EUROPEU 28 Municípios – Alto Vale do Itajaí Agrolândia, Agronômica, Aurora, Atalanta, Braço do Trombudo, Chapadão do Lageado, Dona Emma, Ibirama, Imbuia, Ituporanga, Laurentino, Lontras, José Boiteux, Mirim Doce, Petrolândia, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Presidente Nereu, Rio do Campo, Rio do Sul, Rio do Oeste, Salete, Santa Terezinha, Taió, Trombudo Central, Vidal Ramos, Vitor Meireles e Witmarsum ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA ALTO VALE DO ITAJAÍ ÁREA (km2): (IBGE, 2002) 7.514,007 km2 POPULAÇÃO (IBGE, 2008) 242.450 hab. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Regionalização do Turismo Programa de Estruturação dos Segmentos Turísticos Norteado por duas linhas estratégicas: segmentação da oferta e da demanda turística e estruturação de roteiros turísticos. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Regionalização do Turismo Programa de Estruturação dos Segmentos Turísticos Este Programa contribui, entre outros, para promover a ampliação e diversificação do consumo do produto turístico brasileiro, incentivando o aumento da taxa de permanência e do gasto médio do turista nacional e internacional. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Regionalização do Turismo Programa de Estruturação dos Segmentos Turísticos Os principais segmentos de oferta: Ecoturismo - Turismo de Aventura - Turismo Cultural Turismo de Esportes - Turismo de Estudos e Intercâmbio - Turismo Náutico - Turismo de Negócios e Eventos Turismo de Pesca - Turismo Rural - Turismo de Saúde Turismo Social - Turismo de Sol e Praia ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA O que é um roteiro turístico? ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Itinerário caracterizado por um ou mais elementos que lhe conferem identidade, definido e estruturado para fins de planejamento, gestão, promoção e comercialização turística das localidades que formam o roteiro. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA • O que se entende por roteirização turística? ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA É o processo que visa propor, aos diversos atores envolvidos com o turismo, orientações para a constituição dos roteiros turísticos. Essas orientações vão auxiliar na integração e organização de atrativos, equipamentos, serviços turísticos e infra-estrutura de apoio do turismo, resultando na consolidação dos produtos de uma determinada região. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA ATRATIVOS TURÍSTICOS É todo o lugar, objeto ou acontecimento de interesse turístico que motiva o deslocamento de grupos humanos para conhecê-los. Naturais Histórico-Culturais Manifestações e Usos Tradicionais e Populares Realizações Técnicas e Científicas Contemporâneas Acontecimentos Programados ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS Montanhas, Picos/Cumes, Serras, Montes/Morros/Colinas, Planaltos e Planícies, Vales, Rochedos, Ilhas, Hidrografia, Rios, Lagos/Lagoas/Represas, Quedas d´água, Fontes Hidrominerais ou Hidrotermais, Parques, Reservas de Fauna e Flora, Grutas/Cavernas, Furnas, Áreas de Caça e Pesca. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA ATRATIVOS TURÍSTICOS HISTÓRICO-CULTURAIS Monumentos (Arquitetura Civil, Arquitetura Religiosa/Funerária, Arquitetura Industrial/Agrícola, Arquitetura Militar, Ruínas, Escuturas, Pinturas), Sítios (Históricos e Científicos), Instituições Culturais de Estudo, Pesquisa e Lazer (Bibliotecas, Arquivos, Institutos Históricos e Geográficos). ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA ATRATIVOS TURÍSTICOS MANIFESTAÇÕES E USOS TRADICIONAIS E POPULARES Festas, Comemorações e Atividades (Religiosas, Populares e Folclóricas, Cívicas), Gastronomia Típica, Artesanato, Feiras e Mercados. REALIZAÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS CONTEMPORÂNEAS Exploração de Minérios, Exploração Agrícola e/ou Pastoril (Fazendas-Modelo e Estações Experimentais), Exploração Industrial, Obras de Arte e Técnica, Centros Científicos Técnicos (Zoológicos/Aquários/Viveiros, Jardins Botânicos e Hortas, Planetário). ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA ATRATIVOS TURÍSTICOS ACONTECIMENTOS PROGRAMADOS Congressos e Convenções (Conferências, Encontros, Jornadas, Reuniões, Seminários, Simpósios, Fóruns de Debates, Painéis, Mesas-Redondas), Feiras e Exposições, Realizações Diversas (Desportivas, Artísticas/Culturais, Sociais/Assistenciais, Gastronômicas/Produtos, Festas EtnoCulturais-Religiosas, Feiras de Antiguidades e Mercados de Achados). ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS Representam o conjunto de edificações, de instalações e serviços indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística. Compreendem os Meios de Hospedagem, Serviços de Alimentação, de Entretenimento, de Agenciamento, de Informações e outros. Serviços Turísticos abrangem os Meios de Hospedagem, Agências de Viagens, Centros de Informações Turísticas, Sistemas de Animação, Guias e outros. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA INFRA-ESTRUTURA DE APOIO AO TURISMO É o conjunto de obras e instalações da estrutura física de base que cria as condições para o desenvolvimento de núcleos receptores de turismo: serviços urbanos e outros. Informações Básicas do Município Sistema de Transportes Sistema de Comunicações ou Telecomunicações Sistema de Segurança Equipamento Médico-Hospitalar ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA A Roteirização Turística é um passo fundamental, pelo papel que pode exercer na busca pelo desenvolvimento socioeconômico dos municípios e da região. Sua correta implementação pode contribuir para o aumento do fluxo de turistas para um determinado destino, assim como para aumentar seu tempo de permanência e os gastos que realizam. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA A Roteirização Turística apresenta-se como possibilidade de que, em médio prazo, tenhamos uma melhor distribuição da renda, a partir da criação e da ampliação de postos de trabalho, em decorrência do crescimento organizado e planejado do fluxo turístico de um destino, o que representa um maior volume de recursos financeiros chegando aos municípios e à região. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA A roteirização confere realidade turística aos atrativos que estão dispersos através de sua integração e organização. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Um dos objetivos do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil é a diversificação da oferta turística. O que significa diversificação da oferta turística? ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Diversificar significa tornar diverso, diferente, variado, fazer variar. A oferta turística é composta pelos produtos, serviços e equipamentos turísticos, além das atividades complementares relacionadas ao turismo, que serão objeto do processo de roteirização de um destino. A roteirização é fundamental para atingir esse objetivo, por meio da oferta e da aceitação de produtos diferenciados nos mercados nacional e internacional. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA A roteirização auxilia o processo de identificação, elaboração e consolidação de novos roteiros turísticos e, além disso, tem como função apontar a necessidade de aumento dos investimentos em projetos já existentes, seja na melhoria da estrutura atual, seja na qualificação dos serviços turísticos oferecidos. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Como tem caráter participativo, a roteirização deve estimular a integração e o compromisso de todos os protagonistas desse processo, não deixando de desempenhar seu papel de: instrumento de inclusão social, resgate e preservação dos valores culturais e ambientais existentes. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA A roteirização deve ter como foco a construção de parcerias, que podem se dar nos níveis municipal, regional, estadual, nacional e internacional, de modo a buscar o aumento das oportunidades de negócios nos destinos turísticos. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA OBJETIVOS GERAIS • estruturar, ordenar, qualificar e ampliar a oferta de roteiros turísticos de forma integrada e organizada. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA OBJETIVOS ESPECÍFICOS • fortalecer a identidade regional; • incentivar o empreendedorismo; • estimular a criação de novos negócios e a expansão dos que já existem; • ampliar e qualificar serviços e equipamentos turísticos; • facilitar o acesso das pequenas e microempresas do mercado turístico regional, estadual, nacional e internacional; • consolidar e agregar valor aos produtos turísticos; • identificar e apoiar a organização de segmentos turísticos; • promover o desenvolvimento regional. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA RESULTADOS ESPERADOS • fortalecimento da identidade regional; • aumento da visitação, da permanência e do gasto médio do turista; • desfrute de experiências genuínas por parte dos turistas; • atuação de pequenas e microempresas no mercado turístico; • criação e ampliação de postos de trabalho; • aumento de geração de renda e melhoria na sua distribuição; ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA • favorecimento da inclusão social e redução das desigualdades regionais e sociais; • inclusão de municípios nas regiões e roteiros turísticos; • consolidação de uma estratégia de desenvolvimento regional; • consolidação de roteiros turísticos mais competitivos; • ampliação e diversificação da oferta turística, consolidando os objetivos do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA A elaboração dos Roteiros Turísticos deve ter como base a oferta turística efetiva ou a demanda turística efetiva ou potencial. Sua operacionalização deve ser feita por meio da promoção e da comercialização. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Oferta Turística Efetiva: a oferta de produtos e serviços efetivamente existente numa região. Demanda Turística Efetiva: quantidade de bens e serviços efetivamente consumida pelos turistas. Demanda Turística Potencial: a quantidade de bens e serviços que pode vir a ser consumidos em face de um determinado nível de oferta e levando-se em consideração a existência de fatores facilitadores. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Para iniciar o processo de roteirização, antes de tudo é necessário que se conheça a situação atual da região turística, e, em especial, a situação dos municípios com potencial para integrar roteiros turísticos. A ação de levantar a situação atual da região tem por objetivo conhecer a realidade local e de seu mercado turístico. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA SEGMENTAÇÃO DO TURISMO A segmentação é entendida como uma forma de organizar o turismo para fins de planejamento e gestão e, principalmente, para fins de mercado. Podem ser estabelecidos a partir de elementos de identidade da oferta em um determinado território ou pelas características e variáveis da demanda. O motivo da viagem é o principal meio disponível para segmentar o mercado. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA SEGMENTAÇÃO DO TURISMO Os produtos e roteiros turísticos, de modo geral, são definidos em função da oferta e da demanda, de modo a caracterizar segmentos turísticos específicos. Para que um produto tenha qualidade e durabilidade, é essencial que ele seja estruturado levando em consideração os princípios da sustentabilidade ambiental, sociocultural e econômica. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA TURISMO SUSTENTÁVEL É o desenvolvimento racional do turismo sem deteriorar o meio ambiente, utilizando os recursos no presente e não compromentendo as necessidades de atender às gerações futuras. É necessário que haja um equilíbrio entre a preservação dos recursos e sua utilização, promovendo a conservação ambiental, seja natural ou sociocultural. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Na promoção e comercialização de um roteiro, a preocupação do poder público com as metas de ampliação e diversificação da oferta turística deve ser buscada em parceria com as Instâncias de Governança Regionais e do setor privado, visando ao desenvolvimento turístico do país. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA Estruturação do Roteiro para transformá-lo em Produto • acessibilidade, distâncias e tempo de permanência em cada atrativo; • qualificação da mão-de-obra empregada; • oferta de equipamentos de hospedagem; • oferta de equipamentos de alimentação e lazer; • oferta de serviços de apoio, como transporte, guias etc.; • acolhimento e hospitalidade comunitária. ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA REFERÊNCIAS BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1998. MINISTÉRIO DO TURISMO. Programa de Regionalização do Turismo – Módulo Operacional 7 – Roteirização Turística. Brasília, 2007. OLIVEIRA, Antônio Pereira. Turismo e desenvolvimento: planejamento e organização. 5. ed. Rev. e Amp. São Paulo: Atlas, 2005. PETROCCHI, Mario. Gestão de Pólos Turísticos. São Paulo: Futura, 2001.