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Ensino de Língua Portuguesa – Morfologia, Semântica e Sintaxe
MORFOLOGIA, SEMÂNTICA E SINTAXE
GUIA DE ESTUDO 5
PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
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SUMÁRIO
1 MORFOLOGIA .............................................................................................. 03
1.1 Conceitos e definições ................................................................................ 05
1.2 Estrutura e formação das palavras ............................................................. 08
1.3 Categorias morfológicas ............................................................................. 11
1.4 Classes de palavras.................................................................................... 15
1.5 Análise morfológica..................................................................................... 20
2 SEMÂNTICA ................................................................................................. 21
2.1 Sinonímia .................................................................................................... 22
2.2 Antonímia.................................................................................................... 23
2.3 Homonímia ................................................................................................. 23
2.4 Paronímia ................................................................................................... 23
2.5 Polissemia .................................................................................................. 23
2.6 Denotação e conotação .............................................................................. 24
2.7 Semiótica .................................................................................................... 24
3 SINTAXE ....................................................................................................... 27
3.1 Funções sintáticas ...................................................................................... 29
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .......................................... 31
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1 MORFOLOGIA
Tecendo os fios iniciais de uma teia
Dentro da linguística encontramos a Morfologia que tem por objeto de estudo
a estrutura, a formação e classificação das palavras.
Morfologia deriva da palavra morfema que está definido em Ferreira (2004)
como “o elemento que confere o aspecto gramatical ao semantema, relacionando-o
na oração e delimitando sua função e seu significado”.
Semantema, por sua vez, é o elemento que encerra o significado de uma
palavra. Exemplo: agrad-, no caso de agradar, agradável, agradecido, agrado,
agradavelmente. É definido também como o “radical” da palavra, a raiz, a parte
imutável da palavra (VILARINHO, 2009).
Logo, o termo que encerra uma palavra ou sucede o seu radical é o
responsável por nos informar a respeito de gênero, número, tempo, modo, pessoa e
classe gramatical (VILARINHO, 2009), ou seja, os morfemas são responsáveis por
nos informar o gênero, o número, o tempo e modo de um verbo e a classe
gramatical de uma palavra.
Partindo dessas informações, podemos inferir que Morfologia é a parte da
gramática da língua que estuda os morfemas.
Como se observa, o interessante da morfologia é que ela estuda cada palavra
isoladamente e não dentro de uma frase, por exemplo.
A morfologia está agrupada em dez classes, as quais são chamadas classes
de palavras ou classes gramaticais. Elas são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral,
pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Temos a morfologia derivacional e flexional, sendo a primeira um conjunto de
princípios que regem a formação de novas palavras numa língua e a segunda, o
conjunto das mudanças na forma das palavras, na dependência de suas funções
gramaticais. Enfim, a morfologia derivacional estuda os princípios e a morfologia
flexional estuda as variações (FERREIRA, 2004).
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Em relação a morfologia flexional, alguns autores como Anderson (1992 apud
Deus, 2009) acenam que “flexão é precisamente o campo em que os sistemas de
regras sintáticas e morfológicas interagem”, constatando, dessa maneira, que a
flexão não é um fenômeno estritamente morfológico, mas sim algo ligado à
concordância, portanto, à Sintaxe, ou seja, um mecanismo morfossintático e não
mais apenas uma característica interna da palavra, como querem as gramáticas
tradicionais, evidenciando-se, dessa maneira, a interface existente entre a
Morfologia e a Sintaxe.
Para Cunha (2008, p.1) o estudo da morfologia derivacional nas gramáticas
brasileiras apresenta inúmeros problemas, dentre eles: o peso da tradição dando
ênfase à contribuição greco-latina ao idioma. São apresentadas listas de prefixos,
radicais e sufixos, com seus significados, sem a preocupação de se saber se o
falante nativo reconhece aqueles elementos como formadores de palavras no
português atual, ou mesmo se reconhece seus significados nas palavras em que
aparecem.
Outro problema derivado do primeiro seria a mistura de sincronia e diacronia.
Elementos mórficos altamente produtivos na língua atual, assim como outros
improdutivos, mas que são reconhecidos pelos falantes, convivem com outros que
somente um estudo diacrônico poderia detectar (CUNHA, 2008, p. 2).
Nesse sentido, cabe ao professor de Língua Portuguesa conhecer e distinguir
regras para mediar o conhecimento do aluno e permitir-lhe criar, não somente
reproduzir as regras, ou seja, é fazer o aluno entender que muitas palavras, embora
possíveis na língua, a partir de uma regra de formação de palavras, não se formam
por um conjunto de restrições e bloqueios.
Enfim, dentre as aplicabilidades da morfologia podemos apontar que uma
melhor preparação do professor e um maior interesse de sua parte pelo estudo
ajudam sobremaneira na melhoria do ensino. Ensino esse que leve o aluno a não ter
medo de expor suas ideias e conclusões ao invés de levá-lo a memorizações
desnecessárias.
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1.1 Conceitos e definições
Numa linguagem bem simples pode-se dizer que a Morfologia tem por objeto
ou objetivo de estudo, as palavras dentro da nossa Língua, as quais são agrupadas
em classes gramaticais ou classes de palavras. Em outras palavras, “é o estudo da
estrutura e dos processos de flexão e formação dos vocábulos, bem como a
classificação dos mesmos” (ALMEIDA, 1983, p. 80).
A palavra morfologia vem do grego Morphê=figura + logias=estudo), que trata
das palavras:
a) quanto à sua estrutura e formação;
b) Quanto às suas flexões;
c) Quanto à sua classificação (ALMEIDA, 1983, p. 80).
Conhecer os elementos que formam as palavras leva o sujeito a compreender
melhor o significado de cada uma delas. E uma vez que grande parte das palavras
comporta uma divisão em unidades menores, temos os seguintes elementos
mórficos:

Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos.

Afixos
(prefixos,
sufixos),
desinência,
vogal
temática:
elementos
modificadores da significação dos primeiros.

Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
Especificamente dentro de Língua Portuguesa, Morfologia é a parte da
gramática que estuda as classes e as formas das palavras, os seus paradigmas de
flexão e os processos de formação de novos vocábulos e dentro da linguística é uma
disciplina que descreve e analisa a estrutura interna das palavras, bem como os
processos de formação e variação de palavras. Ainda dentro da Linguística, no nível
de análise morfológica são encontradas duas unidades formais: a palavra e o
morfema.
Segundo Rosa (2000, p. 15) o termo forma pode ser tomado, num sentido
amplo, como sinônimo de plano de expressão, em oposição a plano de conteúdo.
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Nesse caso, a forma compreende dois níveis de realização: os sons, destituídos de
significados, mas que se combinam e formam unidades com significado; e as
palavras, as quais, por sua vez, têm regras próprias de combinação para a
composição de unidades maiores.
Na Língua Portuguesa as palavras são classificadas de acordo com o papel
que exercem dentro da frase. São dez as classes de palavras em português, e cada
uma delas tem função específica na frase. Qualquer vocábulo em língua portuguesa
vai ter de estar inserido em uma dessas dez classes de palavras, que são:
substantivo, artigo, adjetivo, verbo, advérbio, pronome, numeral, conjunção,
preposição, interjeição.
Segundo Ilari e Basso (2006, p. 108) o estudo das classes de palavras nos dá
a constatação de que há em toda língua, conjuntos numerosos de palavras que
possuem as mesmas propriedades morfológicas e sintáticas e, portanto, podem ser
descritas da mesma maneira. Nesse sentido, os gramáticos que tratam das classes
de palavras, propõem uma exposição em dois momentos: primeiro, ele caracteriza a
classe por sua morfologia (dizendo que os substantivos são simples, compostos,
primitivos ou derivados e que variam em gênero, número e grau) depois ele fala de
funções sintáticas (dizendo, por exemplo, que a principal função do substantivo é
constituir o núcleo do sujeito, do objeto e de outros sintagmas nominais).
Com relação à formação de palavras, a morfologia pode ser flexional ou
derivacional. Enquanto a primeira diz respeito a flexão de gênero e número a
segunda estuda os processos de formação de palavras que se baseiam na
aplicação de prefixos e sufixos às raízes previamente disponíveis na língua (ILARI E
BASSO, 2006, p. 103).
Geralmente os objetivos de aulas de Língua Portuguesa no tocante à
gramática passam pelo desenvolvimento de certas competências como:

Identificar os processos fonológicos e morfológicos associados à flexão em
gênero das formas nominais do Português;

Aplicar corretamente as regras ao fazer análise derivacional de formas
verbais;

Conhecer e distinguir as classes de palavras e suas propriedades;
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
Realizar de forma correta, a análise da estrutura morfológica das palavras do
Português (BRASIL, 1998).
Como se observa, tanto o estudo das classes quanto o conhecimento da
formação das palavras tem sido útil para compreender melhor a língua falada,
entretanto, o que se espera é que hajam relações e não que o estudo aconteça de
forma mecânica e decorativa como ainda acontece em muitas escolas de ensino
regular.
Nesse contexto, o profissional que escolhe o curso de especialização em
Língua Portuguesa, muito provavelmente atua na área de educação e tanto por isso
precisa conhecer profundamente as divisões da gramática como morfologia,
semântica e sintaxe, dentre outras, não para aplicá-la na sala de aula de acordo com
a gramática tradicional, mas para ter embasamento ao mediar o conhecimento do
seu aluno e ajudá-lo a desenvolver as competências elencadas acima, tornando o
processo ensino-aprendizagem além de efetivo, agradável.
Falamos inicialmente sobre a morfologia derivacional e flexional. Esse é outro
ponto importante dentro da morfologia e diz respeito ao processo de formação da
palavra, que pode acontecer por derivação ou composição.
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada
derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva, sendo vários os tipos de
derivação. Já a composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da
junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: justaposição e aglutinação
(SOPORTUGUES, 2009).
O conhecimento dos radicais gregos e latinos também é de indiscutível
importância para a exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras.
Enquanto de um lado se considera importante conhecer a estrutura das
palavras, por outro, segundo Rocha (1999), as gramáticas tradicionais brasileiras
sofrem com o peso da tradição, dando ênfase à contribuição greco-latina ao idioma.
Essa questão leva a refletir sobre o imobilismo advindo das gramáticas
tradicionais, que muitas vezes é observado nos níveis de ensino, fundamental e
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médio, quando observa-se claramente que não há esforço da escola e dos
professores em atualizar e parar de repetir para o aluno esse “conhecimento”.
Nesse ponto é preciso concordar com Basílio (1987) quando este infere que a
principal função dos processos de formação de palavra é a função semântica, ou
seja, as palavras são criadas para expressar significados que, de outra forma, só
poderiam ser expressos por meio de um conjunto de elementos.
As explicações anteriores deixam bem claro a importância do estudo da
estrutura da palavra visando sua função semântica, e sendo o professor, um
mediador em todo processo de construção do conhecimento do aluno, dominando o
conteúdo e tendo estímulos para ensinar seus alunos, o sucesso no processo
ensino-aprendizagem tende a acontecer de maneira prazerosa.
Enfim, um ensino que leve o aluno a não ter medo de expor suas ideias e
suas conclusões ao invés de levá-lo a memorizações desnecessárias é o que deve
buscar cada professor em sua área de especialização.
Assim, acredita-se que compondo a grade de um curso de Língua
Portuguesa, esta disciplina é de grande relevância ao profissional que esteja
cursando a especialização.
1.2 Estrutura e formação das palavras
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim,
compreendemos melhor o significado de cada uma delas.
As palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome
de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a palavra “gatinhas”:
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São
eles:
gat - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o
significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo
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a - indica que a palavra é feminina
s - indica que a palavra se encontra no plural
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores,
tais como: mar, sol, lua, etc.
Vamos voltar ao elementos mórficos:
1. Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos.
2. Afixos
(prefixos,
sufixos),
desinência,
vogal
temática:
elementos
modificadores da significação dos primeiros.
3. Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou
eufônicos.
A raiz é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação
das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral,
comum às palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo:
Raiz = noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar
dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade,
inocente, inocentar, inócuo, etc.
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo:
at-o
at-or
at-ivo
aç-ão
ac-ionar
O radical é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o
aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos
secundários (quando houver) da palavra.
Por Exemplo:
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cert-o
cert-eza
in-cert-eza
Os afixos são os elementos secundários (geralmente sem vida autônoma)
que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que
o acréscimo do morfema “-mente”, por exemplo, cria uma nova palavra a partir de
“certo”: certamente, advérbio de modo.
De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a-“ e “-ar” à forma
“cert-” cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar
mudança
de
classe
gramatical
na
palavra
a
que
são
anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com “a-”, os afixos
recebem o nome de prefixos. Quando, como “-ar”, surgem depois do radical, os
afixos são chamados de sufixos.
As desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das
palavras. Existem dois tipos:
Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e
de número (singular e plural) dos nomes.
Exemplos:
alun-o
aluno-s
alun-a
aluna-s
Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de
números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em
palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal
de gênero. Já em pires, lápis, ônibus, não temos desinência nominal de número.
Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e
tempo dos verbos.
A desinência “-o”, presente em “am-o”, é uma desinência número-pessoal,
pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; “-va”, de “ama-va”, é
desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do
indicativo, na 1ª conjugação.
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Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber
as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: A E I.
1.3 Categorias morfológicas
Não é fácil definir categorias morfológicas, dada a heterogeneidade do
conjunto tradicionalmente levantado pelos linguistas. O melhor em se tratando
dessas categorias é fazer uma definição extensiva. Em português, nos interessam
as categorias tratadas por soluções baseadas em flexão. Assim sendo,
consideramos as categorias de número, gênero, pessoa, caso, tempo, modo e
aspecto. Poderíamos agregar à lista a categoria de definição, ligada ao uso dos
artigos, mas em português esta categoria é um caso limítrofe que precisa de
abordagem à parte (MANOSSO, 2010).
De forma simplificada, consideramos categoria morfológica a solução
baseada em flexão, usada na língua para agregar traços específicos ao significado
da palavra. Esses traços se distribuem de forma complementar, ou seja, quando um
está presente, fica implícita a ausência do outro e todas as ocorrências possuem um
dos traços possíveis.
Nosso sistema de flexão em número comporta singular e plural. Línguas
como o grego apresentam singular, dual e plural. A categoria número tem função
semântica, pois indica singularidade ou pluralidade do significado do termo
flexionado. Também apresenta função sintática, pois as frases em português
seguem regras de concordância em que alguns termos da frase devem concordar
entre si em número.
Os gêneros são o masculino e o feminino. Não é possível atribuir
característica semântica de sexo para alguns substantivos como garfo, colher, prato,
mas
em
português
mesmo
substantivos
assexuados
estão
associados
convencionalmente a um gênero para garantir o funcionamento das regras de
concordância sintática (MANOSSO, 2010).
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Em português, há dois sistemas de flexão de grau: o diminutivo-normalaumentativo, típico dos substantivos e adjetivos e o sistema normal-superlativo,
usado com adjetivos (CEGALLA, 2008).
A categoria de pessoa é usada para discriminar as pessoas do discurso. Elas
são três no português: primeira (quem fala), segunda (a quem se fala) e terceira (de
quem se fala) (CEGALLA, 2008).
A categoria morfológica de tempo também é típica dos verbos. Em nosso
sistema verbal temos basicamente três tempos: futuro, passado e presente
(CEGALLA, 2008).
A categoria de modo está presente no sistema verbal do português. O verbo
pode ser flexionado em três modos diferentes: imperativo, indicativo e subjuntivo.
Simplificadamente, o modo indicativo é empregado para indicar ações de
consumação certa, o subjuntivo para expressar ações hipotéticas ou o desejo de
que determinada ação venha a se consumar e o imperativo é usado para incitar à
ação (CEGALLA, 2008).
Não existe só uma categoria de aspecto em português, mas três, que
agrupamos em uma só por se manifestarem em apenas algumas flexões do sistema
verbal.
O aspecto de afirmação está presente nas flexões verbais do modo
imperativo. Este tempo verbal pode ter aspecto afirmativo, quando se incita
positivamente à ação ou negativo, quando se incita à não consumar a ação.
O aspecto de consumação ocorre nas flexões verbais do futuro do modo
indicativo. Este aspecto pode ser confirmado, caso a ação seja considerada como
certa no futuro ou então, cancelado, quando a ação é dada como não passível de
consumação futura.
O aspecto de duração está presente nos tempos verbais do modo indicativo
passado. Temos o aspecto pontual que indica ações consumadas em um momento
específico. O aspecto durativo indica ações que se estendem para aquém e além de
uma determinada marca temporal no passado. O aspecto imperfeito indica ações
continuadas no passado. Por fim, o aspecto anterior indica ação consumada num
passado anterior a uma marca temporal do passado (MANOSSO, 2010).
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No quadro abaixo encontramos de forma resumida, as possibilidade de flexão
de cada categoria morfológica do português.
Categoria
Número
Gênero
Grau
Caso
Pessoa
Tempo
Modo
Aspecto de
afirmação
Aspecto de
consumação
Aspecto de duração
Definição
Flexões
Plural e singular
Feminino e masculino
Aumentativo, diminutivo, normal, e
superlativo
Oblíquo e reto
Primeira, segunda e terceira
Futuro, passado e presente
Imperativo, indicativo e subjuntivo
Negativo e positivo
Cancelado e confirmado
Anterior, durativo e pontual
Definido e indefinido
1.4
Classes de
palavras
Na língua portuguesa, há dez classes de palavras, classificação que acontece
de acordo com as funções exercidas nas orações. As seis primeiras são variáveis,
ou seja, flexionam-se em gênero, número, etc. e as quatro últimas são invariáveis
(CEGALLA, 2008).
1 Substantivo
É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações,
ações, estados e seres em geral. Quanto a sua formação, o substantivo pode ser
primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples (alface) ou composto (guardachuva). Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio
(Curitiba), concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). Os substantivos concretos
designam seres de existência real ou que a imaginação apresenta como tal: alma,
fada, santo. Já os substantivos abstratos designam qualidade, sentimento, ação e
estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga. Os substantivos próprios são sempre
concretos e devem ser grafados com iniciais maiúsculas. Certos substantivos
próprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivação imprópria. Os
substantivos abstratos têm existência independente e podem ser reais ou não,
materiais ou não. Quando esses substantivos abstratos são de qualidade tornam-se
concretos no plural (riqueza X riquezas).
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Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos,
conforme o sentido em que se empregam (a redação das leis requer clareza / na
redação do aluno, assinalei vários erros).
Já no tocante ao gênero (masculino X feminino) os substantivos podem ser:
biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o
feminino. (rato, rata ou conde X condessa).
uniformes: quando apresentam uma única forma para ambos os gêneros.
Nesse caso, eles estão divididos em:
-epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea) albatroz, badejo, besouro, codorniz;
-comum de dois gêneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a
distinção dos sexos por palavras determinantes - aborígine, camarada, herege,
manequim, mártir, médium, silvícola;
-sobrecomuns - apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas
de ambos os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo.
2 Artigo
É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando
qualidades e características deste. Mantém com o substantivo que determina
relação de concordância de gênero e número.
Temos adjetivos pátrios quando indicam a nacionalidade ou a origem
geográfica, normalmente são formados pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo
de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou compostos,
referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos
assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do último elemento (francoítalo-brasileiro).
Temos também as locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e
substantivo e com significado equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo /
andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).
3 Numeral
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Quanto
à
variação
dos
adjetivos,
eles
apresentam
as
seguintes
características:
-O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X honesto[a]). Quanto ao gênero,
não se diz que um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem terminação
masculina ou feminina.
-No tocante a número, os adjetivos simples formam o plural segundo os
mesmos princípios dos substantivos simples, em função de sua terminação
(agradável X agradáveis). Já os substantivos utilizados como adjetivos ficam
invariáveis (blusas cinza).
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas formas: comparativo e
superlativo.
-O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais
seres, duas ou mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: tão alto
quanto (como / quão); de superioridade: mais alto (do) que (analítico) / maior (do)
que (sintético) e de inferioridade: menos alto (do) que.
-O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso. O
superlativo pode ser classificado como absoluto, quando a qualidade não se refere à
de outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio de intensidade) ou
sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo)
O superlativo pode ser também relativo, qualidade relacionada, favorável ou
desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode ser de superioridade analítico (o
mais alto de/dentre), de superioridade sintético (o maior de/dentre) ou de
inferioridade (o menos alto de/dentre).
4 Pronome
É palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha
um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
Eles representam os nomes dos seres ou os determinam, indicando a pessoa
do discurso (CEGALLA, 2008).
A diferença entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuída
a qualquer tipo de pronome, podendo variar em função do contexto frasal. Assim, o
pronome substantivo é aquele que substitui um substantivo, representando-o. (Ele
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prestou socorro). Já o pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo,
determinando-o. (Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são sempre
substantivos.
Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa apresenta três pessoas:

1ª pessoa - aquele que fala, emissor;

2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor;

3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos,
indefinidos, relativos e interrogativos.
5 Verbos
É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo,
seja ação, estado ou fenômeno da natureza.
Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática,
podem-se criar três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com
esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:

regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação;

irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que
pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências
(ouvir - ouço/ouve, estar - estou/estão);
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam
profundas irregularidades. São classificados como anômalos em todas as
gramáticas os verbos ser e ir.

defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo
(falir - no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os
defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou
ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou
possibilidade de confusão com outros verbos;
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
abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais
frequente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver;
já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei
aceitado ≠ é/está aceito);

auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação.
Presentes nos tempos compostos e locuções verbais;
certos verbos possuem pronomes pessoais átonos que se tornam partes
integrantes deles. Nesses casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se,
apiedar-se, queixar-se etc.);
Temos também as formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e
formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical - nós cantaríamos).
6 Artigo
Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de
concordância. Assim, qualquer expressão ou frase fica substantivada se for
determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em certos
casos, serve para assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus).
Os artigos podem ser classificado em:

definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da
mesma espécie;

indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma
espécie;
Podem aparecer combinados com preposições (numa, do, à, entre outros).
7 Numeral
Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou
fração. Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro),
multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionário (meio, metade, terço). Além desses,
ainda há os numerais coletivos (dúzia, par).
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo.
Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já
se estiverem substituindo um substantivo e designando seres, terão valor
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substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro
desta vez. (valor substantivo)].
8 Advérbios
É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio
advérbio (intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma
circunstância que determina sua classificação:

lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures;

tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda;

modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo mente;

negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente;

dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente;

intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão;

afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto
(classificação variável) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas
ou indiretas, são classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde
todos dormirão / quando se realizou o concurso).
9 Preposição
É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de
subordinação entre o termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes
(objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-se
em:

essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;

acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de
preposição): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto,
salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc.
(Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio
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aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu
durante a viagem).
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto
preposições acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre
ti/Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução
adverbial) + preposição - abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado
de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, a par
de, devido a.
Observa-se que a última palavra da locução prepositiva é sempre uma
preposição, enquanto a última palavra de uma locução adverbial nunca é
preposição.
10 Interjeição
São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de
acordo com o contexto emocional. Podem expressar:

alegria - ah!, oh!, oba!

advertência - cuidado!, atenção

afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!

alívio - ufa!, arre!

animação - coragem!, avante!, eia!

aplauso - bravo!, bis!, mais um!

chamamento - alô!, olá!, psit!

desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui!

espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!

impaciência - hum!, hem!

silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!,
ora bolas!, cruz credo! (PCI, 2010).
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1.5 Análise morfológica
A análise morfológica consiste em dar a classe das palavras, sua
classificação, fazer o levantamento dos diversos acidentes gramaticais (gênero,
número, grau, pessoa, etc.) e identificar-lhes o processo de formação e os
elementos mórficos que as constituem.
Em palavras mais simples, é o estudo de cada uma das palavras de uma
frase, visando a sua classe, ou seja, independentemente da análise da frase.
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2 SEMÂNTICA
Para discorrermos sobre a importância e aplicabilidade prática da semântica
no curso de especialização em Língua Portuguesa, tomaremos como base os
fundamentos da Gramática Gerativa transformacional, que é um tipo particular de
gramática ge(ne)rativa.
Essa noção de gramática foi introduzida na linguística na década de 1950, por
Noam Chomsky, renovando completamente a investigação nessa área do
conhecimento. Seu objetivo é exatamente transformar.
Segundo
Schutz
(2003)
a
teoria
linguística
gerativo-transformacional
revolucionou conceitos e trouxe um elemento novo: o de que a linguagem humana é
criativa, e de que a capacidade (competence) de um falante nativo (native speaker)
com bom grau de instrução, através da qual ele consegue produzir um número
ilimitado de frases, é que determina a “gramaticalidade” ou a “aceitabilidade” da
língua.
Voltando um pouco no tempo, é preciso definir a gramática tradicional,
normativa ou ainda, prescritiva, como uma tentativa de estabelecer um ordenamento
lógico em um determinado idioma e definir normas que vão determinar o que é
apropriado no uso desse idioma. Daí surge a noção de certo e errado. Aquilo que
não estiver de acordo com as normas, com as regras gramaticais, é classificado
como errado. Esta teoria predominou desde meados do século XVIII até o início
deste século, e ainda hoje é encontrada no currículo de muitas escolas.
No quadro da gramática gerativa, semântica é um meio de representação do
sentido dos enunciados. A teoria semântica deve explicar as regras gerais que
condicionam a interpretação semântica dos enunciados do mesmo modo que a
teoria fonológica deve explicar as regras fonológicas universais, das quais as línguas
não utilizam senão, um subconjunto (DUBOIS, 1973, p. 528).
Simplificadamente, a semântica estuda o sentido e a aplicação das palavras
em um determinado contexto. Por exemplo: a palavra manga pode ter vários
significados, de uma fruta a uma parte de uma roupa.
A semântica estuda as relações entre o signo e a coisa significada, sem
qualquer referência aos falantes e a sintaxe, as relações formais entre os signos,
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com independência das pessoas que falam e as relações com as coisas significadas
(CUNHA, 2008).
Os estudos semânticos podem ser descritivos ou sincrônicos, quando se
referem à significação das formas linguísticas e às relações significativas que
mantêm entre si num determinado espaço de tempo, e históricos ou diacrônicos,
quando se referem às significações no decorrer do tempo (ou seja, as
transformações de sentido de uma forma ou às mudanças que se verificam entre as
relações significativas que mantêm entre si).
Para estudar, usar e falar de semântica, o estudioso, no caso o professor,
deve dominar alguns conceitos que levam à semântica, como por exemplo:
conotação, denotação, homonímia, lexema, metassemia, onomasiologia, dentre
outros.
É necessário esclarecer que nem sempre o termo semântica tem no mundo
científico contemporâneo o mesmo significado. Nas novas investigações lógicas
aparece uma ciência chamada de Semiótica, que é a teoria dos signos, e nessa
ciência, altamente formalizada, distinguem-se três ramos:
1. Pragmática – Todo estudo que considera os indivíduos como falantes.
2. Semântica – Estuda as relações entre o signo e a coisa significada, sem
qualquer referência aos falantes.
3. Sintaxe – Relações formais entre os signos, com independência das
pessoas que falam e as relações com as coisas significadas. Adiante
falaremos da semiótica.
As relações de sentido dentro da semântica lexical nos levam a algumas
definições muito importantes:
2.1 Sinonímia
Os sinônimos são palavras de sentido igual ou aproximado.
2.2 Antonímia
São palavras de significação oposta.
2.3 Homonímia
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Os homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a
mesma grafia, mas sentido diferente. O mais impressionante nos homônimos,
segundo Cegalla (2008) é o seu aspecto gráfico e fonético, por isso serem divididos
em:

Homógrafos heterofônicos – iguais na escrita e diferentes no timbre ou na
intensidade das vogais.
Ex: rego (substantivo) e rego (verbo)
para (verbo parar) e para (preposição)

Homófonos heterográficos – iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Ex: acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir)
paço (palácio) e passo (andar)

Homófonos homográficos – iguais na escrita e na pronúncia.
Ex: somem (verbo somar) e somem (verbo sumir)
Cedo (verbo) e cedo (advérbio)
2.4 Parônimia
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia.
Ex: coro e couro; cesta e sesta; osso e ouço; infligir e infrigir
2.5 Polissemia
Acontece quando uma palavra pode ter mais de uma significação. A esse fato
linguístico dá-se o nome de polissemia.
2.6 Denotação e conotação
Certas palavras tem o grande poder de evocar uma extraordinária carga
semântica, ou seja, são capazes de sugerir muito mais do que o objeto designado.
O sentido denotativo quer dizer exatamente aquilo que a palavra é. Ou seja,
quando falamos a palavra ouro estamos falando de um metal, precioso, brilhante, de
cor amarela. É o seu sentido real, próprio.
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Quando falamos em sentido conotativo queremos dizer que há várias ideias
associadas, evocações que irradiam da palavra. Nesse sentido ouro quer dizer,
prazer, conforto, glória, luxo, ostentação (CEGALLA, 2008).
2.7 Semiótica
A semiótica provém da raiz grega „semeion‟, que denota signo. Assim, desta
mesma fonte, temos „semeiotiké‟, „a arte dos sinais‟. Esta esfera do conhecimento
existe há um longo tempo, e revela as formas como o indivíduo dá significado a tudo
que o cerca. Ela é, portanto, a ciência que estuda os signos e todas as linguagens e
acontecimentos culturais como se fossem fenômenos produtores de significado,
neste sentido define a semiose (SANTANA, 2008).
A Linguística era um dos campos da Semiologia, hoje em dia, essas ciências
trabalham lado a lado.
Segundo alguns autores, a semiótica nunca foi considerada parte da
linguística. De fato, ela se desenvolveu quase exclusivamente graças ao trabalho de
não-linguistas, particularmente na França, onde é frequentemente considerada uma
disciplina importante. No mundo de língua inglesa, contudo, não desfruta de
praticamente nenhum reconhecimento institucional (SANTANA, 2008).
Embora a língua seja considerada o caso paradigmático do sistema de
signos, grande parte da pesquisa semiótica se concentrou na análise de domínios
tão variados como os mitos, a fotografia, o cinema, a publicidade ou os meios de
comunicação. A influência do conceito linguístico central de estruturalismo, que é
mais uma contribuição de Saussure, levou os semioticistas a tentar interpretações
estruturalistas, num amplo leque de fenômenos. Objetos de estudo, como um filme
ou uma estrutura de mitos, são encarados como textos que transmitem significados,
sendo esses significados tomados como derivações da interação ordenada de
elementos portadores de sentido, os signos, encaixados num sistema estruturado,
de maneira parcialmente análoga aos elementos portadores de significado numa
língua (SANTANA, 2008).
Quando deliberadamente enfatiza a natureza social dos sistemas de signos, a
semiótica tende a ser altamente crítica e abstrata. Nos últimos anos, porém, os
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semioticistas se voltam cada vez mais para o estudo da cultura popular, sendo hoje
em dia comum o tratamento semiótico das novelas de televisão e da música popular.
Ela lida com os conceitos, as ideias, estuda como estes mecanismos de
significação se processam natural e culturalmente. Ao contrário da linguística, a
semiótica não reduz suas pesquisas ao campo verbal, expandindo-o para qualquer
sistema de signos – Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Moda, Gestos,
Religião, entre outros.
O conhecimento tem um duplo aspecto. Seu ponto de vista semiótico referese ao significante, enquanto o epistemológico está conectado ao sentido dos
objetos. A origem da semiótica remonta à Grécia Antiga, assim sendo ela é
contemporânea do nascimento da filosofia. Porém, mais recentemente é que se
expressaram os mestres conhecidos como pais desta disciplina. Em princípios do
século XX vieram à luz as pesquisas de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, é
então que este campo do saber ganha sua independência e se torna uma ciência.
O trabalho de Peirce tem uma forte tonalidade filosófica. Saussure aborda
mais a Linguística. Um jamais conheceu o trabalho do outro. Nenhum dos dois
publicou suas teorias de forma completa em vida. Atualmente existe um grande
esforço para formalizar, completar e desenvolver essas teorias (SANTANA, 2008).
A Semiótica de Peirce não é considerada um ramo do conhecimento aplicado,
mas sim um saber abstrato e formal, generalizado. Segundo este autor, as pessoas
exprimem o contexto à sua volta através de uma tríade, qual seja, Primeiridade,
Segundidade e Terceiridade, alicerces de sua teoria. Levando em conta tudo que
se oferece ao nosso conhecimento, exigindo de nós a constatação de sua
existência, e tentando distinguir o pensamento do ato de pensar racional, ele chegou
à conclusão de que toda experiência é percebida pela consciência aos poucos, em
três etapas. São elas: qualidade, relação – posteriormente substituída por Reação –
e representação, trocada depois por Mediação.
Peirce preferiu, porém, por critérios científicos, usar os termos acima citados,
Primeiridade, Segundidade e Terceiridade. A primeira qualidade percebida pela
consciência é uma sensação não visível, tênue. É tudo que imprime graça e um
colorido delicado ao nosso consciente, aquilo que é presente, imediato, o
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entendimento superficial de algo. O segundo atributo é a percepção dos eventos
exteriores, da matéria, da realidade concreta, na qual estamos constantemente em
interação. É a compreensão mais profunda dos significados.
A terceiridade refere-se ao estrato inteligível da experiência, aos significados
dos signos, à esfera da representação e da simbolização. Neste âmbito se realiza a
elaboração intelectual, a junção dos dois primeiros aspectos à sua vivência, ou seja,
ela confere à estruturação dos dois primeiros elementos em uma oração o contexto
pessoal necessário.
Peirce também identifica três tipos de signos: o ícone, elo afetivo entre o
signo e o objeto em si, como a pintura, a fotografia, etc.; o índice, a representação
de um legado cultural ou de uma vivência pessoal obtida ao longo da vida, o que
leva imediatamente à compreensão de um sinal, o qual se associa a esta
experiência ou conhecimento ancestral – exemplo: onde há fumaça (indício causal),
há fogo (conclusão a partir do sinal visualizado) –; e o símbolo, associação
arbitrária entre o signo e o objeto representado.
Outro autor importante, Ferdinad de Saussure, é conhecido como pai da
Semiose. Para ele, a mera realidade sígnica justifica a existência de um ramo do
conhecimento que estude os signos na sua relação com o contexto social.
Diferentemente de Peirce, ele não confunde o universo da simbolização e o da vida
real. Segundo Saussure, os signos, inerentes ao mundo da representação, são
constituídos por um significante, sua parte material, e pelo significado, sua esfera
conceitual, mental. Já o referente – que Peirce chama de objeto – está inserido na
esfera da realidade (SANTANA, 2008).
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3 SINTAXE
Em relação a sintaxe, por definição temos que ela, um ramo da linguística, é o
estudo dos processos de estruturação dos elementos nos sintagmas oracionais e as
relações de determinação que entre eles se estabelecem.
Numa linguagem mais simples, poder-se-ia dizer que a sintaxe é a forma
como uma pessoa transmite certa informação ou ainda como ela organiza e
relaciona as palavras em uma oração.
Para Ibanõs (2009) a Sintaxe é uma subteoria linguística que investiga as
propriedades da sentença em linguagem natural. Ela faz interface interna, em suas
relações intradisciplinares, com as outras subteorias linguísticas, a Fonologia
(Fonética), a Morfologia, a Lexicologia, a Semântica e a Pragmática. Os tópicos mais
investigados são exatamente os relevantes para que a investigação pura e ou
aplicada esteja numa relação adequada. Inferências como acarretamento,
hiponímia, pressuposição e implicaturas estão no centro dessas relações
intradisciplinares.
Estudar a sintaxe de uma língua significa identificar e compreender as
maneiras como as palavras se associam para formar estruturas maiores como
frases, orações, períodos e textos. Assim, analisar sintaticamente os enunciados da
língua é explicitar as estruturas sintáticas e as relações e funções dos seus termos
constituintes.
Os primeiros passos da tradição europeia no estudo da sintaxe foram dados
pelos antigos gregos, começando com Aristóteles, que foi o primeiro a dividir a frase
em sujeitos e predicados. Um segundo contributo fundamental deve-se a Frege que
critica a análise aristotélica, propondo uma divisão da frase em função e argumento.
Deste trabalho fundador, deriva toda a lógica formal contemporânea, bem como a
sintaxe formal. No século XIX a filologia dedicou-se sobretudo à investigação nas
áreas da fonologia e morfologia, não tendo reconhecido o contributo fundamental de
Frege, que só em meados do século XX foi verdadeiramente apreciado.
Historicamente, a preocupação com o sentido das palavras e sua relação com
o mundo remontam a Antiguidade. Os filósofos gregos já manifestavam uma certa
curiosidade com relação à motivação do sentido das palavras e travavam longas
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discussões nas quais alguns defendiam que a relação entre a palavra e seu
significado não era arbitrária, que tinha razão de ser, outros acreditavam que o
sentido dado a uma sequência sonora que configurava uma determinada palavra era
convencional e arbitrária, portanto.
Em se tratando do desenvolvimento de competências quando se vai estudar a
linguagem, Chomsky (1971) considera a sintaxe como um módulo nuclear voltada
para universalidade enquanto a semântica e a fonologia são periféricas e mais
abordadas quando se trata das características particulares de uma ou de outra
língua.
A semântica enquanto objeto de estudo, não é um tema fechado em si, mas,
pelo contrário, participa de estudo que, mesmo não tendo como foco base a
semântica, apresenta um componente semântico. É esse o caso dos estudos que
têm como fim a construção de gramáticas textuais.
Para a construção de um texto com sentido são necessários dentre outros
atributos, coerência e coesão. Coerência é dar sentido completo ao texto e sobre o
uso da coesão, pode-se dizer que é importante escolher o conectivo adequado para
expressar as relações semânticas, pois um mesmo conectivo pode expressar
relações semânticas diferentes, sendo necessário, portanto, saber reconhecê-las.
As explicações acima levam a inferir que é muito importante conhecer o
significado das palavras, não só para o falante bem como para o escritor, pois será
capaz de selecionar a palavra certa no momento de construir corretamente o seu
texto ou a sua mensagem (OURIVES, 2008).
Uma vez que a sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das
palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases
entre si, ao emitir uma mensagem verbal, o emissor deve procurar transmitir um
significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e
combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio
satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e
orações.
Estudar a sintaxe de uma língua significa identificar e compreender as
maneiras como as palavras se associam para formar estruturas maiores como
frases, orações, períodos e textos. Assim, analisar sintaticamente os enunciados da
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língua é explicitar as estruturas sintáticas e as relações e funções dos seus termos
constituintes.
Segundo Cunha e Pereira (2007) os primeiros passos em direção ao estudo
da sintaxe foram dados pelos gregos, começando por Aristóteles que dividiu a frase
em sujeitos e predicados. Daí pra cá vieram os complementos nominal e verbal, os
adjuntos, os predicativos dentre outras funções, que fazem parte da análise sintática
de uma frase ou período de uma oração. Análise sintática serve de ponto de partida
para o estudo global de um idioma, devendo ser usada como um meio e não como
um fim, enriquecendo os conhecimentos do aluno.
Enfim, como percebeu-se ao longo do texto, a importância maior de se
conhecer o significado das palavras e de conseguir analisar cada componente em
uma frase reside no fato de ajudar o falante ou escritor da língua a ser rico, coeso,
coerente em sua fala ou escrita. Para tanto, o professor como mediador do processo
de aprendizagem dominando a língua e utilizando de uma boa metodologia terá
muitas chances de ajudar seu aluno a enriquecer seu vocabulário para construção
textual.
3.1 Funções e análises sintáticas
As funções sintáticas podem ser de período simples ou composto, conforme
mostra o quadro abaixo:
Sintaxe de período simples












Sujeito
Predicado
Verbo de ligação
Complemento nominal
Verbo intransitivo
Verbo transitivo direto
Verbo transitivo indireto
Verbo transitivo direto e
indireto
Objeto direto
Aposto
Objeto indireto
Predicativo do sujeito
Sintaxe de período composto


Orações coordenadas
Orações subordinadas
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
Predicativo do objeto
Na análise sintática entram os seguintes conceitos terminológicos: sintagma,
frase, oração, período, estrutura de superfície, estrutura profunda, parataxe e
hipotaxe.
Dentre as utilizações da análise sintática tem-se que ela é capaz de tratar
corretamente de situações que implicam em identificação de gênero e número, como
no caso do artigo “the” em inglês, que deve ser traduzido de forma diferente em
português dependendo da palavra à qual se refere, ou dos pronomes
demonstrativos, possessivos, de quantificadores e de partículas introdutórias de
interrogações.
A análise semântica sempre acompanha a representação sintática, sejam
elas feitas paralelamente, de forma simultânea, ou a análise semântica após a
sintática (o peso ou a ênfase dada a cada uma delas pode variar, porém a maior
parte dos sistemas atualmente em uso baseiam-se fundamentalmente na sintaxe). A
análise semântica também pode ser realizada em vários níveis: de forma local,
fazendo uso de grupos de palavras ao longo da sentença; englobando toda a
sentença; ou experimentando fazer uma análise mais global, às vezes recorrendo a
bancos de dados externos ao texto a ser traduzido, que podem ser constituídos de
outros textos da área, sentenças prontas, modelos de estruturas, etc. (ALFARO,
1998).
Não só o professor de português como qualquer profissional que trabalhe com
línguas, cabe conhecer termos conceituais no momento de proceder uma análise de
frase, oração ou sentença nas mais diversas áreas. Especificamente sua
importância e aplicabilidade prática na área de educação – ensino fundamental e
médio, reside no fato de que o professor tendo esse domínio de conceitos, terá
maior segurança para ensinar e mostrar aos seus alunos a beleza de analisar e
interpretar os detalhes de sua língua.
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REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da Língua Portuguesa. 32
ed. São Paulo: Saraiva, 1983.
ALFARO,
Carolina.
Descobrindo,
Compreendendo
e
Analisando
a Tradução Automática. Rio de Janeiro: PUC, 1998. (Monografia de especialização
em Tradução Inglês/Português). Disponível em: <http://www.tecgraf.pucrio.br/~carolina/monografia/apresentacao.html> Acesso em: 13 jun. 2010.
BASÍLIO, Margarida. Teoria lexical. São Paulo: Ática, 1987.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/
Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CHOMSKY, Noam. Linguagem e pensamento. Rio de Janeiro: Vozes, 1971.
CUNHA, Antonio Sérgio Cavalcante da. A importância da contribuição da gramática
gerativa no ensino de morfologia derivacional. I Simpósio de Estudos Filológicos e
Linguísticos, promovido pelo CiFEFiL e realizado na FFP(UERJ), de 3 a 7 de março
de
2008.
Disponível
em:
<http://www.filologia.org.br/revista/40suple/a%20_importancia_da_contribuicao.pdf>
Acesso em: 12 jun. 2010.
CUNHA, Celso; PEREIRA, Cilene da Cunha.
contemporâneo. Porto Alegre: L & PM, 2007.
Gramática
do
português
DEUS, Dimar Silva de. O gênero dos nomes e a interface entre a morfologia e a
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