Handbook para Gestão De Riscos Positivos Análise suas fonte de riscos como Fontes de Oportunidades Handbook para Gestão de Riscos Positivos Sumário Prefácio ........................................................................................................................ 4 1. Introdução ............................................................................................................... 9 2. Teoria de Riscos Positivos .................................................................................. 11 2.1 Riscos Positivos: O que são? .......................................................................................... 12 2.2 Riscos positivos: O que não são? ................................................................................... 14 2.3 Por que uma organização hoje não gere seus riscos positivos?...................................... 15 2.4 Existe de fato um problema real das organizações a ser resolvido com a gestão de riscos positivos? ............................................................................................................................. 17 2.5 Por que a gestão de riscos positivos é diferente de outros instrumentos de gestão atualmente utilizados? ......................................................................................................... 19 2.6 Quais seriam exemplos de práticas de gestão de risco positivos? .................................. 21 2.7 Quais são as principais limitações para o que está sendo proposto? ............................. 22 3. Framework de Gestão de Riscos Positivos ..................................................... 23 3.1 O Dicionário de Riscos Positivos .................................................................................... 23 3.2 Os componentes do Processo de Gestão de Risco Positivo ............................................ 24 3.3 O Modelo de Maturidade de Risco Positivo ................................................................... 25 3.3 Inventário de Práticas de Gestão de Risco Positivo ....................................................... 27 3.4 Síntese do Framework de Gestão de Risco Positivo ...................................................... 28 4. Roadmap ativação da gestão de riscos positivos ........................................... 31 4.1 Visão Geral do Método ................................................................................................... 31 Fase 1: Tradução da estratégia em risco positivos ............................................................... 33 Etapa 1.1: Levantamento inicial de oportunidades .............................................................. 34 Etapa 1.2 - Inventário de oportunidades priorizadas .......................................................... 35 Fase 2 – Análise da situação atual de gestão dos riscos positivos........................................ 40 Etapa - 2.1 Análise das incertezas e processos envolvidos em cada oportunidade ............. 40 Etapa 2.2 - Assessment das deficiências que limitam o aproveitamento das oportunidades 43 Fase 3 - Priorização das práticas de gestão de riscos positivo a serem implantadas ........... 46 Etapa 3.1 Definição das práticas e controles de risco positivo a serem implantados ........... 46 Etapa 3.2 - Validação do Framework de Riscos Positivos................................................... 48 5. Considerações Finais: Rumo a um Enterprise Risk and Oportunity Management.............................................................................................................. 50 6. Bibliografia ........................................................................................................... 53 7. Quem somos .......................................................................................................... 57 Anexo I – Dicionário de Eventos de Risco Positivo ........................................... 59 Anexo II – Matriz de Tradução da Estratégia ..................................................... 63 III – Template de Inventário de Oportunidades ................................................ 65 Anexo IV – Matriz de Análise de Fontes de Risco por Oportunidades ........... 67 Anexo V – Matriz de Análise de Processos por Oportunidades....................... 68 Anexo VI – Modelo de Maturidade de Risco Positivo........................................ 69 Anexo VII.a – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Identificação de Oportunidades) ........................................................................................................ 70 Anexo VII.b – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Avaliação de Oportunidades) ........................................................................................................ 71 © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 2 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VII.C – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Exploração de Oportunidades) ........................................................................................................ 72 Anexo VII.d – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Monitoração de Oportunidades) ........................................................................................................ 73 Anexo VII.e – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Comunicação de Oportunidades) ........................................................................................................ 74 Índice de figuras Figura 1-Síntese das idéias sobre risco positivo ........................................................... 16 Figura 2 – Desafios à inovação ..................................................................................... 20 Figura 3 – Dicionário de eventos de risco positivo ....................................................... 26 Figura 4 – Os 5 componentes da gestão de riscos positivos......................................... 27 Figura 5 – Modelo de Maturidade de Risco Positivo ..................................................... 28 Figura 6 – Inventário de práticas de risco positivo ........................................................ 29 Figura 7 – Framework de gestão de riscos positivos..................................................... 31 Figura 8 – Síntese do Roadmap ................................................................................... 34 Figura 9 – Visão detalhada do Roadmap ...................................................................... 35 Figura 10 – Matriz de Tradução da Estratégia .............................................................. 39 Figura 11 – Campos do Template de inventário de Oportunidade a serem preenchidos ao final da fase 1 .......................................................................................................... 41 Figura 12 – Matriz de Análise de Fonte de Risco por Oportunidade ............................. 44 Figura 13 – Matriz de Análise de Processos por Oportunidade ..................................... 45 Figura 14 – Campos do Template de Inventário de oportunidade a serem preenchidos ao final da fase 2 .......................................................................................................... 47 Figura 15 – Campos do Template de Inventário de oportunidade a serem preenchidos ao final da etapa 3.1 ..................................................................................................... 50 © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 3 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Prefácio Como a gestão de riscos operacionais agrega valor ao meu negócio? Tal pergunta, embora simples, vem tirando o sono de muitos e muitos profissionais, consultores e acadêmicos da disciplina de gestão de riscos operacionais. E, certamente, hoje há rumores de que a gestão de riscos operacionais está em cheque em suas diversas aplicações mundo a fora. Após 5 anos de investimentos de diversas organizações em projetos envolvendo SOX, Basiléia, COSO, CSA, Bases de perda, etc.. a gestão de riscos operacionais ainda não mostrou resultados tão expressivos e contundentes quanto o esperado. Para muitos, trata-se apenas do provimento de informações de perdas e vulnerabilidades para órgãos reguladores, conselhos e sociedade. Neste sentido, diversas áreas de negócio vêm recorrentemente questionando os ganhos efetivos trazidos pela gestão de risco operacional e se perguntando se o mesmo resultado não poderia ser obtido com um esforço significativamente menor em termos de reuniões e documentação. Por outro lado, os próprios gestores de risco operacional vêm demonstrando sinais de insatisfação com o distanciamento crescente da agenda estratégica da organização e com a imagem recém construída de “burocratizadores” de processos e “portadores” de más notícias. Embora consideremos que a gestão de risco operacional, quando bem aplicada, efetivamente traz ganhos para uma organização, não é foco desta publicação discutir como a implementação das ferramentas de gestão de risco operacional pode ser otimizada. O principal objetivo desta publicação é inverter a moeda da incerteza e propor uma nova reflexão às áreas de risco operacional que hoje se perguntam “Como a gestão de riscos operacionais agrega valor ao meu negócio?”. Para tal vamos usar a seguinte analogia adaptada da história original presente em Strategy as a Portfolio of Real Options. Imagine uma plantação de tomates. Diversas são as fontes de incerteza que podem influenciar no amadurecimento de suas sementes: o clima ao longo da © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 4 Handbook para Gestão de Riscos Positivos estação; as características internas de cada semente; a intensidade do sol; e o surgimento de ervas daninhas são alguns exemplos. Caminhe por esta plantação num certo dia e você logo perceberá que alguns destes tomates estarão maduros e perfeitos. Qualquer agricultor que passe por esta situação não teria dúvidas em afirmar que os tomates devem ser colhidos imediatamente. Da mesma forma, outros tomates estarão apodrecidos e nenhum agricultor se daria o trabalho de colhê-los. Tais situações são casos extremos em que decisões são facilmente tomadas por qualquer agricultor, independente de sua experiência no assunto. Contudo, a maioria dos tomates não está nem maduro nem apodrecido, e, nesta situação a incerteza poderá causar diferentes efeitos sobre eles. Um fruto que não esteja completamente maduro poderia ser beneficiado por um clima favorável aumentando seu valor no mercado. No entanto, um esquilo ou outro roedor pode atacar esse mesmo tomate, zerando seu valor para o plantador como se fosse um tomate apodrecido. Por outro lado, alguns tomates estão tão verdes que não faz sentido colhê-los agora, mesmo que sejam perdidos para os esquilos. A maioria dos agricultores consegue, num certo instante de tempo, mensurar o valor de um determinado tomate. Contudo, apenas agricultores experientes compreendem a incerteza envolvida em sua plantação, estando mais aptos a diagnosticarem como os tomates irão amadurecer ao longo do tempo. No começo da estação, poucos tomates estarão na situação extrema de colheita ou abandono. Entretanto, no final da estação, todos os tomates vão recair para um desses estes extremos, pois não haverá mais tempo para mudanças e incertezas. O grande questionamento resultante é: como um agricultor pode gerenciar ativamente a incerteza existente na plantação e influenciar positivamente o resultado final? Um agricultor passivo visita a plantação no último dia da estação, pega os tomates maduros e volta para casa. Um agricultor moderado visita a plantação freqüentemente, colhe os tomates mais maduros e, por vezes, reforça a proteção contras esquilos e ervas daninhas. Já o agricultor ativo não se limita a monitorar © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 5 Handbook para Gestão de Riscos Positivos periodicamente a plantação, mas, baseado em suas análises, atua efetivamente sobre ela. Um agricultor ativo observa o tempo restante para o fim da estação e avalia como otimizar os ganhos, considerando as incertezas que atuam sobre sua plantação. Podem, por exemplo, ser observados casos de tomates com uma aparência pouco promissora, que não deveriam ser colhidos com sucesso. Todavia, um tratamento preciso com sol, hidratação, fertilizantes, e até mesmo um pouco de sorte pode reverter esta situação. Logicamente, não se pode garantir que todas as decisões tomadas por um agricultor ativo para otimizar os ganhos da plantação serão bem sucedidas. Um tomate de qualidade razoável, deixado para amadurecer por mais uns dias pode acabar apodrecendo no sol, mais rápido do que previsto. Contudo, espera-se fortemente que um agricultor ativo obtenha ao longo de muitas estações um desempenho superior ao do agricultor passivo. Apresentada a idéia da plantação de tomates, podem-se feitas algumas analogias interessantes com o mundo dos negócios: um gestor (agricultor) está em contato contínuo com uma série oportunidades para alavancar seu negócio (tomates em nível de amadurecimento), que devem ser exploradas consciente e ativamente por meio de controles (visitas periódicas a plantação, regando, fertilizando, protegendo dos esquilos, etc..) que habilitam a maximização do retorno gerado ao acionista (quantidade de tomates maduros colhidos ao final da estação). Da mesma forma, é importante que os diversos gestores de risco operacional preocupados, hoje, em “como a gestão de riscos operacionais agrega valor ao meu negócio?” reflitam sobre como o agricultor ativo se comporta diante da incerteza que afeta os resultados de sua plantação: “como gerenciar a incerteza existente na plantação e influenciar positivamente o resultado final?” Ninguém pode questionar que a “moeda do risco” possui duas faces: © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 6 Handbook para Gestão de Riscos Positivos a face incertezas que se não mitigadas implicam em ameaças e perdas, e a face das incertezas que se bem exploradas, alavancam oportunidades com ganhos significativos para a organização. Contudo, o que pode e deve ser amplamente questionando é por que a gestão de riscos se concentra na face de prevenção de ameaças e perdas. A partir do momento que estes profissionais ampliem seu horizonte de atuação e concentrem esforços na gestão ativa das incertezas de seus negócios influenciando positivamente os resultados obtidos, o questionamento “como a gestão de riscos operacionais agregar valor ao negócio” irá possuir uma resposta clara, tangível e transparente. A dinamicidade e a incerteza do mundo atual são enormes e a tendência é seu crescimento em ritmo acelerado. Milhares de oportunidades “batem” e vão continuar “batendo” continuamente à porta das organizações. Quando a área de gestão de risco operacional conseguir desenvolver a capacidade de uma organização em reagir “oportunisticamente” às incertezas e às mudanças do ambiente interno e externo estará inquestionavelmente criando um diferencial competitivo de valor inestimável. E, analisando racionalmente, quem melhor do que a gestão de riscos para preparar uma organização para analisar fontes de riscos, avaliar oportunidades e implantar controles que maximizem usa probabilidade de ocorrência ou magnitude de ganhos resultantes? Não se pode esquecer os anos acumulados desta área de riscos operacionais entendendo as pessoas, processos e sistemas da organização e estudando ferramentas qualitativas e quantitativas para análise de incertezas. Contudo, é importante ressaltar que embora o termo risco positivo possa soar paradoxal, seu uso é intencional e reforça novo o paradigma a ser construído de que risco em sua essência é um evento ou situação incerta que pode ser materializado tanto como uma ameaça quanto como uma oportunidade.v Finalmente, aproveito para agradecer aos diversos profissionais, consultores e pesquisadores que vêm apresentando críticas, contribuições e reflexões de grande importância para este trabalho: Adalberto dos Reis (SERASA), Otavio © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 7 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Teixeira (CPTM), Elson Gouveia (Gerdau), Roberto Buscariolli (Risk Tech), Luca Tenzi (Prudential), Mauro Sotille (PMTech), Lucia Lobel (ONS), Geraldo Fonseca (ONS), Carlos Pinheiro (Thompson), Alberto Costa (Modulo), Antonio Cocurullo (Ernst Young), Marcelo Gherman (Modulo), Luis Carlos Faustioni (Itau), Adriano Proença (COPPE-UFRJ), Mauro Tavares (DNV), Sandra Picolli (Porto Seguro), Paulo Baraldi (Risk at Risk), Eurico Ribeiro Filho (CPTM), Heitor Caulliraux (COPPE-UFRJ), Rafael Clemente (COPPE-UFRJ), Jaime Frenkel (ELO), Daniel Karrer (ELO), Sergio Ricardo (UFF). “Como a gestão de riscos operacionais agrega valor ao meu negócio?” “A sorte favorece quem tem a mente preparada. A gestão de riscos positivos não vai trazer sorte para sua organização, mas vai deixála mais bem preparada para explorá-la.” (Adaptado de Louis Pasteur e Nalebuff) André Macieira Coordenador do GT 03/CEET/ABNT – Estudos e discussão sobre riscos positivos Sócio - Diretor - ELO Group – Consultoria especializada em Gestão de Processos e Riscos Professor de gestão de riscos e estratégia em cursos lato sensu (MBA) pelo GPI/COPPE-UFRJ Contato: [email protected] © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 8 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 1. Introdução A velocidade de um carro de formula 1 só é possível devido a um sistema avançado de frenagem, dentre diversos outros controles, que o habilitam a andar sempre no limite, dado um certo nível de segurança. Da mesma forma, personagens tidos como tomadores de risco como o navegador Amir Klink e o astronauta Marcos Pontes, só se engajam nestas “aventuras” após uma meticulosa análise dos riscos envolvidos e controles necessários. Desta forma, a visão da gestão de riscos enquanto teoria de gestão de incertezas, que viabiliza ações com grandes riscos inerentes e máximo desempenho, não vem sendo aplicada no mundo empresarial. Atualmente, a gestão de riscos adotada no ambiente empresarial é fortemente entendida enquanto um conjunto de mecanismos onerosos e burocratizadores de processos e sistemas visando à prevenção de perdas e atendimento a compliance. Contudo, o que vem sendo pouco debatido é que as mesmas fontes de incertezas, causadoras de novas ameaças e destruidoras de valor para acionistas, são também geradoras de uma vasta gama de oportunidades potenciais e opções de inovação para as organizações. Desta forma, aparentemente, há um desequilíbrio entre a atenção e esforços investidos em gestão de riscos para prevenção de ameaças em detrimento a gestão de riscos para exploração de oportunidades. A aplicação da gestão de riscos que aborda como uma organização deve explorar suas fontes de incerteza para otimizar a probabilidade e magnitude da ocorrência de oportunidades é, portanto, um dos grandes desafios para os próximos anos. Neste sentido, as organizações que tenham efetivamente interesse em atuar próativamente nas suas fontes de incerteza, alavancando, rapidamente, oportunidades lucrativas para os acionistas devem saber responder à seguinte pergunta: quais são nossas deficiências e vulnerabilidades em termos de pessoas, processos e sistemas que impedem que os ganhos de uma oportunidade potencial sejam explorados no limite? © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 9 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Materializando esta idéia, pode-se pensar nos métodos e ferramentas que a gestão de riscos positivos deveria aplicar para orientar uma organização a identificar e mitigar suas principais deficiências e vulnerabilidades no que tange a sua capacidade de aproveitar “oportunisticamente” as incertezas e mudanças do ambiente.. Alguns exemplos de vulnerabilidades podem estar associados a fontes de incerteza como pessoas (conhecimentos, habilidades, atitudes, ambiente de trabalho, etc.), processos (responsabilidade, design, fluxo de informação, etc..) e sistemas (aplicativos, redes, servidores, etc) Finalmente, com o objetivo final de responder o importante questionamento “quais são nossas deficiências e vulnerabilidades em termos de pessoas, processos e sistemas que impedem que os ganhos de uma oportunidade potencial sejam explorados no limite?”, o presente manual será detalhado da seguinte forma: Capitulo 2. Teoria de Riscos Positivos Definição dos principais conceitos e questionamentos referentes à temática de riscos positivos Capitulo 3. Framework de Riscos Positivos Apresentação do Framework de Riscos Positivos detalhando o: (1) Dicionário de Eventos de Risco Positivo; (2) Componentes do Processo de Gestão de Risco Positivo; (3) Modelo de Maturidade de Gestão de Risco Positivo; (4) Inventário de Práticas de Risco Positivo. Capítulo 4. Roadmap para ativação da gestão de riscos positivos Apresentação do método para ativação da gestão de risco positivo nas organizações abordando suas fases, atividades a serem realizadas, perfis a serem envolvidos, eventos, ferramentas e resultados esperados. 5. Considerações Finais: Rumo a um Enterprise Risk and Opportunity Management (EROM) Síntese das conclusões obtidas ao longo deste manual e insights para encaminhamento desta discussão © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 10 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 2. Teoria de Riscos Positivos A proposição de uma nova idéia ou abordagem é historicamente uma atividade de alto risco em que diversas questões devem ser cuidadosamente refletidas e debatidas de forma a minimizar retrabalhos e evitar decepções futuras. A discussão de riscos positivos vem sendo debatida na Comissão de Estudos Especiais Temporário da ABNT, especialmente em seu subgrupo de riscos positivos que possui o objetivo de estabelecer conceitos e métodos iniciais para uma reflexão mais aprofundada do que seria a gestão de riscos positivos, sua forma de aplicação e resultados práticos para organizações. Alem disto, reuniões e discussões semelhantes vêm sendo realizadas junto ao Grupo de Produção Integrada da COPPE/UFRJ de forma a entender qual a sinergia e impacto da gestão de riscos positivos com abordagens como gestão da inovação, estratégia empresarial, gestão de processos e gestão de projetos. Para fins deste manual, serão discutidos especificamente sete importantes questionamentos que visam legitimar a importância e coerência da idéia de se gerir riscos positivos. 1. Riscos Positivos: O que são? 2. Riscos Positivos: O que não são? 3. Por que uma organização hoje não gere seus riscos positivos? 4. Existe de fato um problema real das organizações a ser resolvido com a gestão de riscos positivos? 5. Por que a gestão de riscos positivos é diferente de outros instrumentos de gestão atualmente utilizados? 6. Quais seriam exemplos de práticas de gestão de risco positivos? 7. Quais são as principais limitações para o que está sendo proposto? Finalmente, observa-se a existência do artigo original “Gestão de riscos positivos – A busca pela maximização de ganhos em adição à prevenção de perdas” pioneiro neste sentido e base conceitual para este manual. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 11 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 2.1 Riscos Positivos: O que são? Primeiramente, é fundamental ressaltar que não há nenhum impedimento teórico para um enfoque positivo da gestão de riscos. As principais normas para gestão de riscos como a AS/NZS 4360, a ISO 31000 e o COSO ERM são claras a respeito da existência de incertezas tanto para oportunidades quanto para ameaças. Na gestão de riscos negativos, uma organização analisa suas fontes de risco de forma a identificar eventos (ameaças) com conseqüências negativas (perdas) sobre os resultados da organização. Em oposição, na gestão de riscos positivos, as mesmas fontes de risco deverão ser analisadas. Mas, dessa vez, o foco deverá ser a busca de eventos (oportunidades) com conseqüências positivas (ganhos) que levem a organização a alcançar resultados superiores aos obtidos atualmente. Uma vez identificadas ameaças e oportunidades, a organização deverá então implementar controles. Na gestão de riscos negativos, esses controles são desenvolvidos com o objetivo de diminuir a probabilidade de concretização das ameaças e/ou diminuir suas conseqüências. A gestão de riscos positivos, em contrapartida, deverá implementar controles para tirar máximo proveito das oportunidades identificadas, elevando tanto sua probabilidade de ocorrência quanto a magnitude de suas conseqüências. A gestão de riscos negativos vê a incerteza como fonte de perda. Já para a gestão de riscos positivos, ela é uma fonte de ganhos. A distinção entre gestão de riscos negativos e positivos pode se tornar confusa caso a separação entre os conceitos de oportunidades (eventos relacionados aos riscos positivos) e ameaças (eventos relacionados aos riscos negativos) não seja clara e objetiva. Conforme já foi dito, a diferença entre gestão de riscos positivos e gestão de riscos negativos está no foco de aplicação dado pela organização. Neste sentido, a caracterização de um evento incerto como uma oportunidade ou uma ameaça é fortemente baseada na intenção da organização ao analisar as fontes de © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 12 Handbook para Gestão de Riscos Positivos incerteza (pessoas, processos, sistemas, eventos externos) e se comprometer financeiramente com uma série de controles para explorá-la ou mitigá-la. Caso a intenção seja encontrar “O que pode dar mais certo do que dá hoje”, então o evento deve ser formulado como uma oportunidade, e a implantação de controle busca aumentar a probabilidade ou a magnitude de seus ganhos resultantes; Caso a organização analise as fontes de risco com o propósito de encontrar “O que pode dar errado”, então os eventos levantados devem ser considerados ameaças, e seus controles redutores da probabilidade ou severidade de perdas com sua ocorrência; Não há dúvidas de que o conceito do propósito ou intenção da gestão de riscos é de caráter subjetivo na diferenciação entre uma oportunidades ou ameaças. Contudo, é inquestionável afirmar que a maneira como o gestor entende e descreve o evento incerto irá afetar significativamente o conjunto de controles propostos para seu tratamento e natureza dos ganhos resultantes. A figura 1.a ilustra esta discussão apresentando as abordagens tradicionalmente utilizadas desconsiderando a existência dos riscos positivos. E s trutura de g es tão de ris c o de da pr controle ob ab i li F ontes de ris co A meaças controle s everidade Diretriz es E s tratég ic as “T O NE ” G es tão de ris c os aplic ada a “O que pode dar errado? ” P ráticas , Métodos , F erramentas , P es s oas , C ompetências , C ultura O rganiz acional, R es pons abilidade e Autoridades , P rocedimentos , etc. P erdas (C ons eqüências neg ativas ) O bjetivos O rganiz acionais (R es ultados) Figura 1.a - Visão geral das abordagens tradicionais de gestão de risco © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 13 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Já a figura 1.b a seguir incorpora os elementos da gestão de risco positivo, sintetizando as principais idéias apresentadas até o presente momento. E s trutura de g es tão de ris c o controle P erdas (C ons eqüências G anhos (C ons eqüências neg ativas ) pos itivas ) O bjetivos O rganiz acionais (R es ultados) Figura 1.b - Visão geral da abordagem de gestão de riscos positivos 2.2 Riscos positivos: O que não são? Em primeiro lugar, eventos completamente inesperados que geram ganhos para a organização não podem ser confundidos com gestão de riscos positivos. Gerir riscos positivos significa tomar medidas conscientes e estruturadas para tirar proveito de incertezas. Apenas ter sorte não significa gerir riscos positivos. Em segundo lugar, não se deve confundir a excelência da gestão de riscos negativos com a gestão de riscos positivos. Contudo, quando uma organização minimiza drasticamente seus custos maximizando sua eficiência no tratamento de possíveis ameaças, a distinção entre riscos positivos e negativos pode se tornar tênue e controversa. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 14 Diretriz es E s tratég ic as “T ONE ” Oportunidades emergentes a partir de ameaças mag nitud e O portunidades G es tão d e ris c os ap lic ada a “O que pode d ar mais c erto? ” de da ob pr de s ev erid ad e da Ameaças emergentes a partir de oportunidades A meaças controle controle il i controle ab ab ili ob Diretriz es E s tratég ic as “T ONE ” F ontes de ris co pr G es tão de ris c os aplic ada a “O que pode dar errado? ” P ráticas , Métodos , F erramentas , P es s oas , C ompetências , C ultura O rganiz acional, R es pons abilidade e Autoridades , P rocedimentos , etc. Handbook para Gestão de Riscos Positivos Desta forma, quando uma organização olha para suas fontes de risco e avalia “qual é o menor custo possível para tratar o que pode dar errado”, podem ser criados argumentos que caracterizem esta ação enquanto de criação efetiva de valor para o acionista. Entretanto este tipo de conceito não é caracterizado como a gestão do risco positivo, pois atua na prevenção da erosão de valor (retomando a idéia de qual a intenção ou propósito da gestão de riscos) para o acionista. Também não se pode confundir a gestão de riscos positivos com a aplicação da gestão de riscos negativos nos processos estratégicos da organização. A gestão de riscos negativos, muitas vezes, envolve a coleta e report de uma grande quantidade de informação. Esta, muitas vezes, pode ser usada para apoiar o processo estratégico de uma organização. Isso, no entanto, consiste apenas em um uso mais nobre da gestão de riscos negativos. Finalmente, em alguns casos, uma gestão de riscos positivos ineficiente pode parecer uma gestão de riscos negativos. Se uma organização espera que determinado evento possa acontecer e gerar ganhos, ela deve implementar controles para aumentar a probabilidade de ocorrência ou para maximizar as conseqüências dessa oportunidade. No entanto, se o evento não ocorre, não se pode dizer que se tratou de um risco negativo. Retomando os conceitos discutidos anteriormente, a principal diferença entre um evento incerto - ameaça - e um evento incerto - oportunidade - está na maneira e na intenção como a organização analisa as fontes de risco e formula o evento. Da mesma forma, um investimento em oportunidades que não ocorreram se constitui uma gestão ineficaz de riscos positivos, não devendo ser confundida com a gestão de riscos negativos. 2.3 Por que uma organização hoje não gere seus riscos positivos? De forma recorrente, a gestão de riscos vem sendo aplicada com foco na prevenção e tratamento de eventos de perdas. Neste sentido, a prática revela de forma inquestionável que no que tange a gestão de riscos, as ameaças de perdas sempre receberam maior atenção do que as oportunidades de ganhos. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 15 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Um primeiro argumento que explica esta realidade é oriundo da natureza humana em atribuir maior importância, repercussão e accountability a uma perda ocorrida do que a um ganho não aproveitado. Em seu livro “A Vantagem Competitiva das Nações”, o economista Michael Porter afirmou que “o temor da perda freqüentemente é mais poderoso que a esperança da vitória”. O COSO ERM também chama a atenção para essa parcialidade. Durante a seção que trata o Risk Assessment, o documento cita a “Prospect Theory”, estudo que levou um de seus dois criadores, Daniel Kahneman, a receber o prêmio Nobel de economia de 2002. Segundo essa teoria, os seres humanos estariam propensos a tomar medidas mais drásticas quando confrontados com possibilidades de perdas do que com possibilidades de ganhos. Baseado neste argumento, pode-se entender por que são as ameaças de perda que levam as organizações a procurarem ferramentas de gestão para suas incertezas. Conseqüentemente, a gestão de riscos foca-se na mitigação de riscos de perdas (riscos negativos) em detrimento do aproveitamento dos riscos de ganhos (riscos positivos). Em suma, ao gerir seus riscos, as organizações se perguntam principalmente “O que pode dar errado?”. Esse enfoque as impede de perceber uma grande quantidade de oportunidades potenciais a serem exploradas. No entanto, a partir do momento em elas começam a questionar “O que pode dar mais certo do que ocorre hoje?”, essas oportunidades são identificadas, analisadas, exploradas e viabilizadas de forma consciente e estruturada. Além disto, observam-se outros argumentos interessantes que justificam a idéia de que um risco positivo não vem sendo gerido hoje pelas organizações: A getão de riscos positivos é uma questão essencialmente complexa, que de forma alguma está confinada a uma unidade organizacional, processo ou sistema. Neste sentido, um serviço diferenciado ao cliente é conseqüência de uma combinação de interconexões causais complexas e muitas vezes ocultas entre, por exemplo, um desenvolvimento de produto, treinamento da força de vendas, especificação do sistema de informação manual, etc. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 16 Handbook para Gestão de Riscos Positivos A maioria das organizações possui uma estrutura fortemente departamentalizada, levando à criação dos tradicionais silos funcionais. Tais silos acabam por desenvolver linguagens e ferramentas próprias, reduzindo a comunicação entre si e impedindo a construção de uma visão sistêmica e global do potencial de oportunidades existentes. Neste sentido, as unidades de uma organização historicamente atuam de forma independente, tratando oportunidades com decisões locais que por muitas vezes não possuem sinergia, podendo inclusive, criar riscos em outras áreas. Finalmente, observa-se a dificuldade histórica em se realizar a rotina operacional do dia-a-dia e, periodicamente, reavaliá-la e readaptá-la às mudanças ocorridas no ambiente interno e externo. Tal fato ocorre por diversos motivos como: indisponibilidade de tempo; dificuldade de patrocínio para mudanças; preferência a zona de conforto etc. Esta inércia organizacional se torna crítica uma vez que as organizações vivem num contexto de grande dinamicidade, em que a única certeza existente é que o ambiente vai continuar mudando de forma acelerada. 2.4 Existe de fato um problema real das organizações a ser resolvido com a gestão de riscos positivos? Para avaliar se as organizações realmente necessitam de uma área de gestão de riscos que atue ativamente nas incertezas do negócio, influenciando positivamente a probabilidade e magnitude de sucesso no aproveitamento de oportunidades algumas hipóteses e argumentos foram analisados. Primeiramente, foram analisados diversos estudos que apontam o risco estratégico (definição ou implantação inadequada da estratégia) como o grande destruidor de valor em relação ao risco operacional. Desta forma, observou-se um problema real de que a estratégia hoje definida (mesmo que informalmente) pelas organizações estaria com dificuldades para ser formulada, revisada e, principalmente, adaptada continuamente para otimizar o retorno do acionista no atual ambiente de incerteza e competição. Em segundo lugar, foram analisadas pesquisas que identificaram as seguintes dificuldades como principais limitantes de inovações em organizações: falta de © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 17 Handbook para Gestão de Riscos Positivos coordenação entre áreas; levantamento ineficiente de boas idéias; dificuldade de priorização de idéias; complexidade para mensuração de resultados, dentre outras. Desta forma, deve-se observar que a maioria dos problemas relatados são assuntos tradicionalmente discutidos e analisados em abordagens de gestão de risco, como demonstra a figura 2. Figura 12 – Desafios à inovação Um outro fator interessante a ser analisado é o aumento da velocidade e dinamicidade do mundo e, conseqüentemente, da necessidade que as organizações possuem em desenvolver mecanismos para identificar e absorver oportunidades de forma rápida e assertiva. Algumas frases bem interessantes que transmitem esta mensagem são: “O mundo dos negócios esta mudando rapidamente. Lembra-se de quando o futuro ficava a um ano de distancia, ou três – ou mesmo cinco? Não é mais assim.” (Lewis Platt) “Na sociedade pós-capitalista, é seguro supor que qualquer pessoa com qualquer tipo de conhecimento terá de adquirir novos conhecimentos a cada quatro ou cinco anos ou se tornará obsoleto” (Peter Drucker) "O capitalismo é, por natureza, uma forma ou método de mudança econômica que nunca é e nunca pode ser estacionário“ (Schumpeter) “Em dez anos, uma em cada três empresas não será mais independente – por causa de falência ou aquisição – e uma outra terá um core business completamente diferente do atual. Apenas uma delas vai lembrar o que é hoje. (Chris Zook) © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 18 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Desta forma, ressalta-se novamente o importante papel que a gestão de riscos desempenha para preparar uma organização parar reagir “oportunisticamente” às mudanças do ambiente. Como motivação adicional, pode-se identificar diversas organizações que vêm perseguindo oportunidades de forma pouco estruturada, desperdiçando quantias significativas de capital em apostas intuitivas e otimistas e, conseqüentemente, apresentado um retorno financeiro aquém do esperado. Neste sentido, grandes investimentos vêm sendo feitos em “resultados esperados incertos (alta variabilidade)”, sem a utilização de ferramentas adequadas para identificação da oportunidade, avaliação dos ganhos e, principalmente, monitoração dos resultados obtidos e comunicação aos envolvidos. Finalmente, observa-se a própria tendência natural do ser humano à sobrevivência e ao otimismo acerca das probabilidades de sucesso, ignorando por diversas vezes fatos concretos em detrimento das suas próprias crenças e preferências individuais. Conforme Kahneman e Lovallo: “olhamos para um projeto com 5% de chance de sucessos e achamos que as chances são de 30%”; 2.5 Por que a gestão de riscos positivos é diferente de outros instrumentos de gestão atualmente utilizados? Primeiramente, deve ficar claro que o fomento à gestão de riscos positivos não se constitui em um movimento desordenado de distribuição de recursos, tempo e autonomia para que todas as áreas e funcionários busquem continuamente melhorias e oportunidades em suas atividades. Neste sentido, o que está sendo sugerido é uma abordagem top-down em que a área de gestão de riscos se aproxima das áreas, comitês e processos de planejamento estratégico contribuindo ativamente para ações e decisões em que exista uma grande concentração de incertezas influenciando no resultado final esperado. Embora possa parecer redundante, deve-se ressaltar que o foco da gestão de riscos positivos está nas ações estratégicas (objetivos, indicadores, metas, © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 19 Handbook para Gestão de Riscos Positivos decisões, projetos, grupos de trabalho, etc) em que efetivamente existam fontes de incerteza relevantes, com potencial significativo de otimização do resultado final. Ainda, deve-se refletir se existiria outra área funcional mais bem preparada do que a gestão de riscos positivos para assumir este papel. Neste sentido deve-se levar em consideração que ao longo dos últimos anos as funções de riscos adquiriram grande expertise com modelos, ferramentas e práticas para tratamento das incertezas e acumularam um entendimento significativo dos processos, controles, áreas e outros ativos da organização. Finalmente, seguem abaixo os três grandes papéis definidos para a gestão de riscos positivos enquanto importante “braço direito” do planejamento estratégico em ações com grande incerteza e alto potencial de otimização dos resultados esperados: Identificação das principais incertezas presentes na estratégia adotada, analisando qual o grau de incerteza existente assim como sua natureza; Análise das vulnerabilidades e deficiências em termos de pessoas, processos e sistemas que restrinjam o aproveitamento de uma oportunidade no limite de seus ganhos potenciais; Definição dos controles e práticas necessárias para influenciar positivamente as incertezas que impactam no retorno esperado das ações estratégicas. O bom gestor de risco positivo, portanto, será quem melhor entender o nível de incerteza existente em cada oportunidade e definir, de forma mais assertiva e econômica, o conjunto de controles necessários para otimizar e explorar seus ganhos potenciais. Neste sentido, pode-se identificar alguns dos resultados esperados para este novo papel desempenhado pela gestão de riscos: Provimento de insights relevantes para a formulação da estratégia; Maximização do resultado esperado com a estratégia; © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 20 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Adaptação continua da estratégia às mudanças no ambiente interno e externo; Alerta da necessidade de possíveis mudanças na estratégia traçada. 2.6 Quais seriam exemplos de práticas de gestão de risco positivos? Para tornar mais tangível o que seria uma gestão de riscos positivos, seguem abaixo alguns exemplos de práticas que efetivamente habilitam a idéia da otimização dos resultados esperados de ações estratégicas marcadas por grande incerteza. Processos de monitoração e auditoria de melhorias e inovação para avaliar a efetividade da organização na identificação e aproveitamento de oportunidades; Implantação de controles estratégicos para maximizar a probabilidade ou a magnitude de evento com conseqüências positivas; Materialização do grau de indução à oportunidade de uma organização (em oposição ao apetite ao risco) e da flexibilidade (em oposição à tolerância) que um analista, coordenador ou gerente pode ter para identificar e investir em oportunidades; Capacidade de difusão de uma cultura de incentivo à maximização do retorno esperado por uma determinada estratégia e à otimização dos recursos alocados; Modelagem e mensuração do valor de flexibilidade e capacidade que uma organização possui para se adaptar a mudanças no ambiente interno e externo e melhorar seu desempenho alinhado à sua estratégia; Formalização da accountability de cada funcionário de uma organização para analisar as fontes de risco existentes e identificar o que pode dar mais certo do que vem dando hoje; © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 21 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Monitoração do “motor de geração” de resultados de uma organização, analisando quais oportunidades estão deixando de ser aproveitadas e difusão de aprendizado neste sentido para todos. 2.7 Quais são as principais limitações para o que está sendo proposto? Historicamente, a gestão empresarial suprime o efeito da incerteza na execução de seus processos e tomada de decisão, sob a prerrogativa de associar a imagem da atividade gerencial a um simples jogo de apostas na sorte ou azar. Desta forma, a maioria dos administradores, aceita uma visão binária da incerteza. Isto é, eles acreditam que não exista incerteza em algumas situações em que os prognósticos pontuais do caso podem ser feitos com facilidade. Para todas as outras situações, acredita-se na existência da incertezaque, nesse caso, é como uma parede de aço –impossível de ser penetrada e gerida. Neste âmbito está o grande paradigma a ser quebrado para viabilização prática do conceito da criação de valor com gestão de riscos e foco deste manual. Como a gestão de riscos pode convencer as áreas de negócio e áreas de suporte a resgatarem a importância da análise estruturada da incerteza para otimização dos retornos de uma estratégia? Como gerir eficientemente a flexibilidade e capacidade para absorção de oportunidades (em oposição à tolerância para prevenção de perdas) a ser distribuída em uma organização? Se uma área de negócios deseja escolher as melhores oportunidades diante da incerteza, então precisa entender a incerteza com que está se defrontando. Em vez de enterrarrá-las em prognósticos fundamentados em casos inexpressivos ou evitar a análise crítica de suas incertezas, é preciso convencê-la aceitar a incerteza, explorá-la, fatiá-la, jogar com ela, conhecê-la. (Adaptado de HOPE em Gestão Financeira Moderna). © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 22 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 3. Framework de Gestão de Riscos Positivos Uma vez apresentadas as bases conceituais, premissas e motivações resultantes da temática de risco positivo, este manual passa agora para o entendimento prático de como a gestão de riscos positivos pode ser ativada em uma organização. Neste sentido, foi desenvolvida uma primeira versão do Framework de Gestão de Riscos Positivos, fortemente baseado nas abordagens propostas no COSO ERM, AS-NZS 3480 e ISO 31000. Contudo, deve-se ressaltar que, por se tratar de uma versão inicial, o Framework proposto tende a simplificar algumas etapas e priorizar ações julgadas mais relevantes neste momento inicial. 3.1 O Dicionário de Riscos Positivos Inicialmente, observa-se que o Framework de Gestão de Riscos Positivos é suportado por um Dicionário de Eventos de Risco Positivo que define quais são as principais modalidades ou tipos de oportunidades existentes. O dicionário de risco positivo é separado em três níveis de detalhamento: o primeiro nível é composto de oito categorias agregadas de eventos de risco positivo, ou oportunidades (por exemplo: “Oportunidades de diferenciação do produto/serviço no mercado atual”). Neste primeiro nível, é provável que exista uma proximidade maior com a estratégia da empresa e com sua proposição de valor ao mercado. O segundo nível é composto de eventos de risco positivo, ou oportunidades, detalhadas das categorias anteriores (por exemplo: “Aumento da diferenciação do produto/serviço através de melhoria de suas características em termos de confiabilidade”). Este nível, portanto, associa a visão mais estratégica do primeiro nível a uma visão mais operacional, expressando a intenção estratégica em ações mais concretas e tangíveis. Por fim, no terceiro nível, para cada oportunidade do segundo nível existe um exemplo descrevendo um caso onde uma organização obteve grande sucesso ao aproveitá-la. A idéia do terceiro nível é oferecer alguns insights práticos que facilitem o entendimento da oportunidade pelo leitor. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 23 Handbook para Gestão de Riscos Positivos A figura 3 apresenta alguns exemplos de eventos de risco positivo presentes neste Dicionário, o qual é apresentado integralmente no anexo I deste documento. Nível 1 Nível 2 Exempo (Nível 3) A linha de produção criada por Henry Ford é um exemplo clássico de 1.1 Implantação de técnicas e método (por exemplo, reengenharia, melhoria que trouxe um enorme aumento de eficiência ao processo six sigma, etc...) para aumento da eficiência do processo produtivo produtivo 1. OPORTUNIDADE DE AUMENTO DA EFICIÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO Nível 1 1.2 Aluguel ou compartilhamento de recursos de infra-estrutura (maquinas, salas, equipamentos, etc..) com maior taxa de osciosidade para terceiros e parceiros Várias indústrias vendem o uso do tempo ocioso de suas máquinas para tercerios, compensando os custos fixos relacionados à manutenção dessas máquinas 1.3 Aumento da eficiência através do descontinuamento de produtos e serviços com baixa margem para a organização ou desalinhados com sua imagem Em seu processo de redefinição do portfolio de produtos, a Samsung descontinuou a produção de TVs de baixo custo, as quais até então apresentavam uma grande margem de valor para organização 1.4 Redução de custos através de um processo eficiente que explore os ganhos de sinergia em relação aos produtos/serviços desenvolvidos Na indústria farmacêutica, muitas vezes os custos de setup da produção podem ser diminuídos, se produtos de configurações semelhantes forem produzidos em sequência 1.5 Redução de custos através do aumento da escala de produção O custo de produção das TVs de plasma vem sendo reduzido na medida em que as suas vendas aumentam, elevando também a escala de produção Nível 2 Exempo (Nível 3) 4.1 Melhoria da velocidade e precisão da entrega do produto ou realização de serviço A pizzaria Domino's consegue um grande diferencial para o seu produto, ao garantir a sua entrega em, no máximo, 30 minutos 4.2 Aumento da disponibilidade do produto/serviço no mercado As máquinas de vendas de latas de refrigerante são uma forma de tornar esses produtos constantemente disponíveis em diversos locais, concretizando vendas que não aconteceriam de outra maneira 4. OPORTUNIDADE ASSOCIADA A 4.3 Melhoria do local onde ocorre a venda dos produtos/serviços VENDA E PÓS VENDA DO 4.4 Criação de facilidades associadas à venda dos PRODUTO/ produtos/serviços SERVIÇO 4.5 Melhora das atividades de pós venda relacionados ao produto/serviço vendido (suporte, garantia, manutenção, etc..) A AMAZON ao longo da década de 90 tentava recriar um ambiente de biblioteca do velho mundo em suas super lojas no EUA Atualmente, diversos restaurantes aceitam muitas opções de pagamento (como cartões de crédito e débito, cheques, etc.) conseguindo, assim, aumentar a quantidade de clientes dispostos a consumir os seus serviços Durante muito tempo, o diferencial das panelas tramontina era a garantia de reposição no caso de defeitos por um prazo de 20 anos após a sua compra Figura 13 – Dicionário de eventos de risco positivo 3.2 Os componentes do Processo de Gestão de Risco Positivo Para cada oportunidade presente no Dicionário apresentado, foram definidos os cinco componentes que compõe o Processo de Gestão de Risco Positivo. Neste sentido, deve-se entender que a capacidade que uma organização possui para gerir ativamente a incerteza de seus negócios é inversamente proporcional às deficiências e vulnerabilidades presentes em cada um dos cinco componentes do Processo de Gestão de Risco Positivo. A figura 4 apresenta esses cinco componentes: © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 24 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Nivel 1 Nivel 2 Im plantação de téc nicas e método (por exemplo, reengenharia, six sigma, etc...) para aumento da efic iência do processo produtivo Aluguel ou com partilhamento de recursos de infra-estrutura (maquinas, salas, OP ORTUNIDADE DE equipamentos, etc..) com maior taxa de osciosidade para terceiros e parceiros AUMENTO DA E FICIÊNCIA DO Aumento da eficiência através do descontinuam ento de produtos e serviços c om baixa PROCE SSO margem para a organização ou desalinhados a sua im agem P RODUTIVO Redução de custos através de um process o eficiente que explore os ganhos de sinergia em relação aos produtos/serviços desenvolvidos Redução de custos através do aumento da esc ala de produç ão Exempo (Nivel 3) A linha de produção criada por Henry Ford é um exemplo clássico de mel horia que trouxe um enorme aumento de eficiênci a ao processo p rodutivo Várias indústrias vendem o uso do tempo o ci oso de suas máquinas para te rcerios, compe nsando os custos fixos relacionados à manutenção dessas máqui nas Em seu processo de red efi nição do p ortfo lio d e produto s, a Samsung descontinuou a prod ução de TVs de baixo custo, as quais até então eram uma grande margem de valor da org anização Na indústria farmacêutica, muitas vezes os custos de setup da produção pode m se r dimi nuídos, se produtos de configuraçõe s semel hantes fore m pro duzidos em sequência O custo de produção das T Vs d e plasma ve m se nd o reduzi do na medida em que as suas vendas aumentam, elevando também a escala de produção Expansão da atuação na cadeia de suprimentos, atuando em atividades que antes eram Muitas empresas investem em uma fro ta própria p ara di stribuir seus produtos, conseguindo assim exec utadas por concorrentes (horizontalização) ou clientes, distribuidores e fornecedores me lho r confiabi lidade d e entrega e reduzindo os seus custos (vertic alização) Redução da atuaç ão na cadeia de suprimentos a partir da terceirização de atividades menos es tratégicos OP ORTUNIDADE DE ATUAÇÃO PRÓ-AT IVA Redução de custos aproveitando a concentração geográfic a dos clientes ou NA CADEIA DE fornecedores SUPRIMENTOS Aumento da m argem de luc ro atrav és de negociações de preço tirando proveito da diferença de informação (relativa a c ustos de produção ou preç os de concorrentes) Melhora de processo produtivo através de um planejamento e execução de atividades mais integrado e colaborativo com clientes e fornecedores. Nos EUA, a análise de diverso s exames médicos (raio X, ultrasonografia, etc..) é realizada por especialistas capacitad os na Irl anda, que retornam o diagnósti co por sistemas, email ou mecanismos mó veis co mo palms, celular, p ossi bilitando um serviço mais rápido e de meno r de custo A Toyota cri ou o conceito d e cidade Toyota, mantendo seus fornecedores a d istâncias predete rminadas e g arantindo agilidade e flexibil idade necessári as a produção dos tempos de ressuprimento e nívei s de quali dade de sej ad os, através de acordo s colaborativos Um vendedo r estará em posição vantajosa quando ne gociar sem que os seus custos de produção , bem como os preços praticados pel os seus concorrentes sejam conhecidos pel os seus compradores. Essa p osição pode ser usad a para asseg urar uma maior margem de lucro A Coca-Co la, p ara melhor controlar a sua pro dução, implantou um sistema de VMI (Vendor managed inve ntory) para ter uma maior visualização d a demanda do cli ente final, diminuindo assim seus gastos com a manutenção de e stoques No mercado de Câmeras fotográficas digitai s, as e mpresas vêm buscando a diferenciação de suas Aumento da diferenciação do produto/serviço através da melhoria de suas características marcas através de um aume nto do s pixels de resolução das mesmas, buscando ofere cer a maio r em termos de performanc e resolução de imagem po ssíve l para o cliente As emp resas d e te lecomunicações intere ssadas e m atuar no me rcado de voz por IP tiveram que Aumento da diferenciação do produto/serviço através de melhoria de suas características asseg urar a confiabilid ad e de seus serviços p ara conseguir a adesão de clientes que não estariam em termos de confiabilidade disposto s a ter suas co nversas e reuniões i nterro mpidas por falhas do novo sistema Aumento da diferenciação do produto/serviço adicionando func ionalidades já disponibilizadas por concorrentes OP ORTUNIDADE ASSOCIADAS A Aumento da diferenciação do produto/serviço melhorando a sua usabilidade, design ou DIFERE NCIAÇÃO DO interface com o usuário PRODUTO/SERVIÇO Aumento da diferenciação do produto/serviço desenvolvendo uma maior customização NO MERCADO ATUAL às preferências do us uário Depois que a Nokia lançou, co m grande sucesso, os cel ul ares com visores de cri stal líquido, di versas conco rrente s copiaram a funcionalidade, pod endo assim beneficiar-se desta inovação. A Apple, logo seguida p elo Microsoft, criou uma interface gráfica de forma a facilitar o uso de seus computadores, tornando-os mais atrativos para o mercado consumidor O Site da Amazon armazena i nformações sobre cada cliente de forma a ap resentar na tela as ofertas que estejam em me lhor acordo com o seu perfi l, aumentando a número d e compras realizadas Aumento da diferenciação do produto/serviço melhorando o relac ionamento com seus produtos/serviços c omplementares (aqueles produtos/serv iços vendidos, utilizado ou acessados em conjunto com o produto/serviço principal) O MC'Donald's vende junto aos se us hamburguere s diversos outros produtos de al ta marge m de lucro como batatas fritas, refri gerantes e até mesmo brinquedos, aproveitando a pré-dispo si ção de seus cliente a consumí-los em conjunto. Criação de diferenc iais com petitivos através de uma localização geográfica estratégica para a organizaç ão O Guaraná Jesus, p or estar localizado no Maranhão, consegue aumentar a sua competi tividade no me rcado local, e não ser ameaçad o pel as grandes marcas de refrigerante. Melhoria da velocidade e precisão da entrega do produto ou realiz ação de s erviço Aumento da disponibilidade do produto/s erviç o no mercado OP ORTUNIDADE ASS OCIADA A VE NDA Melhoria do local onde ocorre a venda dos produtos/serviços E PÓS VE NDA DO PRODUTO/SERVIÇO Criação de facilidades associadas à venda dos produtos/serviços Melhora das atividades de pós venda relacionados ao produto/s erviço vendido (s uporte, garantia, manutenção, etc..) Melhoria da reputação da organização OPORTUNIDADES DE Melhoria da reputação do s etor onde a organização atua ME LHORIA DA IMAGE M E RE PUT AÇÃO DA Aumento do reconhecimento da logom arca da organização EMPRES A OU PRODUTO/SERVIÇO Aumento do reconhecimento de um produto específico da organizaç ão A pizzaria Domino's consegue um grande diferenci al para o seu pro duto, ao garantir a sua entrega em, no máximo , 30 minutos As máquinas de ve nd as de l atas de refrigerante são uma forma de tornar esses produtos constantemente disponíveis em diversos locais, concretizando vendas que não aconteceriam de o utra maneira A AMAZON ao longo da década de 90 tentava recriar um ambiente de biblioteca do ve lho mundo em suas supe r lojas no EUA Atualmente, diversos restaurantes acei tam muitas opções d e pagamento (como cartões de crédito e débito, che ques, etc.) conseguindo, assim, aume ntar a quantidade de cl ientes d ispostos a consumir os seus serviços Durante mui to tempo, o di ferencial d as pane las tramontina era a garantia de reposição no caso de defeito s por um prazo de 20 anos após a sua comp ra A marca de Cigarros Free promoveu durante muito tempo o F ree Jazz F estival para melhorar a sua reputação frente à população em ge ral Produtores de vinho patrocinam p esquisas a respeito dos e fei tos be né ficos da bebi da, melhorando a image m do setor frente a população e , consequentemente, aumentando a demanda por seus produtos A Nike inve ste constantemente em sua marca, através de altos gastos em propaganda, patro ci nando eventos espo rtivos e criando uma identifi cação co m um estilo de vida espe cífico A Pepsi investiu muito para val ori zar marca do seu novo produto, a Pepsi T wist, incl usive usando os "personso nage ns limõ es" para cri ar uma ide ntidade pró pri a do prod uto Dicionário De Riscos Positivos A Danone passou a vender i ogurtes em pacotes unitários na região Nord este d o país, conseguindo Adequação das c aracterísticas do produto/s erviço possbilitando que mais compradores com que trabalhadores d e menor poder aquisitivo e que recebem salários semanais pudesse m tenham acess o ao produto consumir seus produtos regularmente . OP ORTUNIDADE DE A Avon desenvolveu um sistema d e distrib ui ção que lhe ermite realizar entrega a clientes que não ADEQUAÇÃO DO Adequação da forma de distribuição do produto/serviço possibilitando que mais possuem um endere ço formal, e reside m e m reg iões remotas do país. A d istribuição da Avon P RODUTO/SERVIÇO A compradores tenham aces so ao produto conse gue ati ng ir locais aonde as ruas não possue m nome, através de referências alternativas. NOV OS ME RCADOS Criação de condiç ões financeiras que aumentem a capacidade de compra dos clientes do As Casas Bahia consegue vender dive rsos p rod utos a cli entes de baixo po der aquisitivo através da conce ssão de g rande quantidade d e crédito . produto/serviço Em um momento o nd e a competitividade no mercado de telefones celulares rumava para uma guerra Desenv olvimento de produto/serv iço com func ionalidades inovadoras (significativam ente de preços, a Nokia inovou lançando o celular com vi sor de cristal líq ui do, conseg ui nd o diferenciar-se diferentes das existentes no mercado) do restante do me rcado. Desenv olvimento de produto/serv iço que contenha inovaç ão significativa no seu design ou plataforma (buscando elim inar momentanemente a concorrencia) OP ORTUNIDADE DE Lançamento de produto/serviç o direcionado para pes soas que atualmente não INOV AÇÃO consomem produtos/serviços similares ou que consomem produtos/serviços substitutos A disputa entre as p lataformas VHS e Betamax, assim co mo a disputa atual entre o HD-DVD e o Blueray são exemplos de op ortuni dades onde uma e mpresa procura eliminar a concorrência faze nd o com que sua pl atafo rma conquiste a preferência dos consumid ore s. Tanto a Go l quanto a Norte Americana Southwest conseguiram expandir a sua b ase de cli entes fazendo co m que pessoas que costumavam viajar de ônib us ou trem passasse m a vi aj ar d e avião. Oferta de produto/serviço através de um modelo de negócio inovador (diferente dos exis tentes no mercado) A Apple vêm comerci al izando músicas através da inte rnet, fazendo uso de mecani smos de distribuição digital, como seu so ftware iTunes, co nseguindo uma grande vantage m co mpetitiva em relação ao modelo ve nd as de CDs físicos uti lizado s pelas gravado ras trad ici onai s. Explorar regulamentaç ões favoráveis Diversas consultorias d a áre a de responsabilid ad e social, atuam junto ao s órgãos legi sl ado res para favorecer o desenvolvimento de le gislaçõ es relacionadas a sua área de atuação, ge rando assim, demanda por seus servi ço s. Comunicação de de Oportunidades Oportunidades Comunicação Identificação de de Identificação Oportunidades Oportunidades Avaliação de de Avaliação Oportunidades Oportunidades Exploração de de Exploração Oportunidades Oportunidades Monitoração de de Oportunidades Oportunidades Monitoração Figura 4 – Os 5 componentes da gestão de riscos positivos Além disto, é razoável afirmar que as principais deficiências e vulnerabilidades identificadas em cada um destes componentes vão ser significativamente diferentes de acordo com as incertezas e especificidades de cada uma das oportunidades a serem fomentadas pela a organização. Uma organização que deseje fomentar a oportunidade de “Redução da atuação na cadeia de suprimentos a partir da terceirização de atividades menos estratégicas” pode ter como deficiência sua capacidade em avaliar a relação custo benefício dos diversos serviços oferecidos pelo mercado. Em contra partida, uma organização avance no “Desenvolvimento de produto/serviço com funcionalidades inovadoras” enfrentaria outros desafios, como o de priorizar um conjunto diverso e heterogêneo de novas idéias. 3.3 O Modelo de Maturidade de Risco Positivo Dando seqüência ao Framework de Risco Positivo foram definidos cinco níveis de maturidade para cada componente, de modo que uma organização possa se localizar e ter um entendimento uniforme do que significa estar mais bem preparada para, por exemplo, avaliar ou explorar uma determinada oportunidade. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 25 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Além disto, a utilização dos níveis de maturidade por componente do Processo de Gestão de Riscos Positivos é de fundamental importância para análises comparativas entre oportunidades distintas e para identificação dos principais gaps a serem tratados. A figura 5 apresenta o Modelo de Maturidade de Risco Positivo, o qual é apresentado novamente em tamanho maior no anexo VI deste documento. 5 A organização define políticas e diretrizes (remuneração variável, pe.) incentivando a busca de oportunidade. Os recursos financeiros aportados são significativos A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da avaliação de oportunidades 4 A organização aporta recursos financeiros relevantes em capacitações, ações motivacionais, ferramentas, pesquisas, etc para viabilizar a identificação da oportunidade Existência de rotinas complexas, diretrizes quantitativas e competências avançadas para avaliação do retorno de uma oportunidade para a organização 3 Existência de procedimentos Existência de procedimentos A estratégia determina A estratégia determina A organização possui uma claramente a oportunidade a formais e método robustos para claramente a oportunidade a formais e método robustos para ser perseguida e os principais avaliação da oportunidades. A ser explorada e os principais monitoração da oportunidades. comunicação contínua entre as A avalição de oportunidade é áreas em relação a gestão de envolvidos. Contudo, os avalição de oportunidade é envolvidos. Contudo, os minimamente uniforme na oportunidades recursos são limitados e o apoio minimamente uniforme na recursos são limitados e o apoio estratégico é restrito. estratégico é restrito. organização organização 2 Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo a identificação de oportunidade a avaliação de oportunidade a exploração de oportunidade a monitoração de oportunidade a comunicação de oportunidade está isolada em silos funcionais. está isolada em silos funcionais. está isolada em silos funcionais. está isolada em silos funcionais. está isolada em silos funcionais. 1 A monitoração de A comunicação de A identificação de oportunidade A avaliação de oportunidade é A exploração de oportunidade é oportunidades é feita de forma oportunidades é feita de forma é fortemente dependente do fortemente dependente do fortemente dependente do intuitiva e dependente dos intuitiva e dependente dos interesse dos envolvidos interesse dos envolvidos interesse dos envolvidos interesses próprios dos interesses próprios dos envolvidos envolvidos Identificação de de Identificação Oportunidades Oportunidades Avaliação de de Avaliação Oportunidades Oportunidades A organização define políticas e A organização investe em diretrizes (remuneração tecnologia para aumentar a variável, pe.) incentivando a complexidade e precisão da exploração da oportunidade. Os recursos financeiros aportados monitoração de oportunidades são significativos A organização aporta recursos Existência de rotinas financeiros relevantes em complexas, diretrizes capacitações, ações quantitativas e competências motivacionais, ferramentas, avançadas para monitoração do pesquisas, etc para viabilizar a retorno das oportunidades para exploração da oportunidade a organização Exploração de de Exploração Oportunidades Oportunidades Monitoração de de Monitoração Oportunidades Oportunidades A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da comunicação de oportunidades A organização tem uma comunicação intensa entre as áreas identificando rapidamente sinergias. Comunicação de de Comunicação Oportunidades Oportunidades Figura 5 – Modelo de Maturidade de Risco Positivo Finalmente, é importante ressaltar que o nível de maturidade necessário para cada componente é inteiramente desdobrado da magnitude e natureza das incertezas às quais a oportunidade está associada. Adicionalmente, observa-se que mesmo para uma única oportunidade, não necessariamente é razoável estar no mesmo nível de maturidade para todos os componentes definidos. Em muitos casos, um nível de maturidade muito alto pode ser diagnosticado como um custo excessivo que a empresa está incorrendo. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 26 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 3.3 Inventário de Práticas de Gestão de Risco Positivo Apresentados o Dicionário de Eventos de Risco Positivo e o Modelo de Maturidade de Risco Positivo, o presente framework se completa com o Inventário de Práticas (ou controles) para Gestão dos Riscos Positivos. Estas práticas devem ser entendidas como controles a serem selecionados para a elaboração de planos de ação que mitiguem as vulnerabilidades existentes, levando a organização aos níveis de maturidade pretendidos. Adicionalmente, observa-se que o Inventário de Práticas também pode ser utilizado para formalizar as práticas atualmente utilizadas pela organização, uma vez que muitas destas devem ter sido adotadas sem a análise necessária ou, até mesmo, sem que a própria organização perceba sua deliberação. A figura 6 apresenta alguns exemplos de práticas para cada um dos componentes definidos. • Definição de diretriz com tempo obrigatório que os funcionários devem investir na identificação de novas oportunidades (10% do tempo total) • Formalização de accountabilities para identificacão de oportunidades • Realização de ação de mudança de atitude e conscientização (estado de alerta) fomentando a cultura de busca por oportunidades Identificação de de Identificação Oportunidades Oportunidades • Definição de diretriz para delegação de maior autonomia a empregados mais capacitados e experientes (empowerment) • Isolamento da equipe de trabalho em local adequado, fortalecendo a separação com o operacional • Definição de remuneração variável alinhada ao desempenho na exploração de oportunidades Avaliação de de Avaliação Oportunidades Oportunidades Exploração de de Exploração Oportunidades Oportunidades •- Capacitação em método para análise financeira do valor de uma oportunidade em ambiente de grande incerteza (pe: Opções reais) • Existência de checklist para apoiar a avaliação de oportunidades • Capacitação em métodos para analisar a reação de concorrentes e envolvidos a uma determinada oportunidade (pe: análise de sustentabilidade a imitação, substituição e apropriação de valor, teoria dos jogos) • Implantação de procedimento para definição de relatórios específicos para alimentar o processo de planejamento estratégico e o orçamentação •- Uso de tecnologia web 2.0 para facilitar a comunicação e colaboração •- Implantação de procedimento para criação de um registro de lições aprendidas e boas práticas da organização Monitoração de de Monitoração Oportunidades Oportunidades Comunicação de de Comunicação Oportunidades Oportunidades • Capacitação em método de control self assessment para avaliar potenciais vulnerabilidades na identificação, avaliação, exploração, monitoração e comunicação de oportunidades • Implantação de rotina de testes para verificar periodicamente se as oportunidades vem sendo adequadamente identificadas, avaliadas, exploradas, monitoradas e comunicadas (auditoria de inovação, por exemplo) • Implantação de rotina para registro e acompanhamento das oportunidades aproveitadas e perdidas (ex. base de perdas de risco positivo) Figura 6 – Inventário de práticas de risco positivo © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 27 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Finalmente, no anexo III deste documento está disponível o Inventário Completo de Práticas de Risco Positivo para cada um dos componentes identificados. Observa-se ainda que estas práticas foram classificadas em: Complexidade alta, complexidade intermediária, complexidade baixa Praticas ligadas a pessoas (capacitações, evento, métodos, responsabilidades, etc), processos (procedimentos, diretrizes, rotinas, etc..) e sistemas (aplicativos). Novamente, deve-se fazer a importante ressalva de que a gestão de riscos positivos ainda é uma abordagem muito recente e, conseqüentemente, o inventário apresentando deve ser continuamente revisado e completado de forma a garantir sua robustez. 3.4 Síntese do Framework de Gestão de Risco Positivo Finalmente, apresentados o Dicionário de Eventos de Risco Positivo, os componentes do Processo de Gestão de Risco Positivos, o Modelo de Maturidade de Risco Positivo e o Inventário de Práticas de Gestão de Risco Positivo tem-se abaixo uma visão completa do Framework de Risco Positivo que materializa e apóia a implantação desta temática no dia-a-dia das organizações. A Figura 7 ilustra de forma sintética o frame de gestãode riscos positivos © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 28 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Nivel 1 Nivel 2 Exempo (Nivel 3) A linha de produção criada por Henry For d é um exemplo clássico de melhoria que trouxe um enorme aumento de eficiência ao pr ocesso produtivo Implantação de técnicas e método (por exemplo, reengenharia, six sigma, etc...) para aumento da eficiência do processo produtivo Aluguel ou compartilhamento de recursos de inf ra-estrutura (maquinas, salas, OPORTUNIDADE DE equipamentos, etc..) com maior taxa de osciosidade para terceiros e parceiros AUMENTO DA EFICIÊNCIA DO Aumento da eficiência at ravés do descontinuamento de produt os e serviços com baixa PROCESSO margem para a organização ou desalinhados a sua imagem PRODUT IVO Redução de custos através de um processo eficiente que explore os ganhos de sinergia em relação aos produtos/serviços desenvolvidos Várias indústrias vendem o uso do tempo ocioso de suas máquinas para tercerios, compensando os custos f ixos r elacionados à manutenção dessas máquinas Em seu pr ocesso de r edefinição do portfolio de produtos, a Samsung descontinuou a pr odução de TVs de baixo custo, as quais até então er am uma grande margem de valor da organização Na indústr ia farmacêutica, muitas vezes os custos de setup da produção podem ser diminuídos, se produtos de configurações semelhantes forem produzidos em sequência O custo de pr odução das TVs de plasma vem sendo reduzido na medida em que as suas vendas aumentam, elevando também a escala de produção Redução de custos através do aumento da escala de produção Expansão da at uação na cadeia de suprimentos, atuando em atividades que antes eram Muitas empresas investem em uma frota própria para distribuir seus produtos, conseguindo assim executadas por concorrentes (horizontalização) ou client es, distribuidores e f ornecedores melhor confiabilidade de entr ega e r eduzindo os seus custos (vert icalização) Nos EUA, a análise de diversos exames médicos (raio X, ultr asonografia, etc..) é realizada por especialistas capacitados na Irlanda, que retor nam o diagnóstico por sistemas, email ou mecanismos móveis como palms, celular, possibilitando um serviço mais rápido e de menor de custo Redução da atuação na cadeia de supriment os a partir da terceirização de atividades menos estratégicos OPORTUNIDADE DE ATUAÇÃO PRÓ-AT IVA Redução de custos aproveitando a concentração geográfica dos clientes ou NA CADEIA DE f ornecedores SUPRIMENT OS A Toyota criou o conceito de cidade Toyota, mantendo seus fornecedores a distâncias predeterminadas e garantindo agilidade e flexibilidade necessárias a pr odução dos tempos de ressuprimento e níveis de qualidade desejados, através de acordos colabor ativos Um vendedor estará em posição vantajosa quando negociar sem que os seus custos de produção, bem como os preços praticados pelos seus concor rentes sejam conhecidos pelos seus compradores. Essa posição pode ser usada par a assegurar uma maior margem de lucro Aumento da margem de lucro at ravés de negociações de preço tirando proveito da dif erença de inf ormação (relativa a custos de produção ou preços de concorrentes) Melhora de processo produtivo at ravés de um planejamento e execução de at ividades mais int egrado e colaborativo com clientes e f ornecedores. A Coca-Cola, para melhor controlar a sua produção, implantou um sistema de VMI (Vendor managed inventory) para ter uma maior visualização da demanda do cliente final, diminuindo assim seus gastos com a manutenção de estoques No mercado de Câmeras fotográficas digitais, as empresas vêm buscando a diferenciação de suas Aumento da diferenciação do produto/ serviço através da melhoria de suas características marcas através de um aumento dos pixels de r esolução das mesmas, buscando of er ecer a maior em termos de performance resolução de imagem possível par a o cliente Modelo de Maturidade de Risco Positivo As empresas de telecomunicações interessadas em atuar no mercado de voz por IP tiveram que Aumento da diferenciação do produto/ serviço através de melhoria de suas características assegurar a confiabilidade de seus serviços para conseguir a adesão de clientes que não estar iam em termos de conf iabilidade dispostos a ter suas conversas e r euniões interrompidas por falhas do novo sistema Aumento da diferenciação do produto/ serviço adicionando f uncionalidades já disponibilizadas por concorrentes OPORT UNIDADE ASSOCIADAS A Aumento da diferenciação do produto/ serviço melhorando a sua usabilidade, design ou DIFERENCIAÇÃO DO interface com o usuário PRODUTO/SERVIÇO Aumento da diferenciação do produto/ serviço desenvolvendo uma maior customização NO MERCADO AT UAL às preferências do usuário Depois que a Nokia lançou, com grande sucesso, os celulares com visor es de cristal líquido, diversas concorrentes copiaram a funcionalidade, podendo assim beneficiar-se desta inovação. A Apple, logo seguida pelo Microsoft, criou uma interface gráfica de forma a facilitar o uso de seus computador es, tornando-os mais atrativos para o mer cado consumidor A organização define políticas e diretrizes (remuneração variável, pe.) incentivando a busca de oportunidade. Os recursos financeiros aportados são significativos O Site da Amazon ar mazena informações sobr e cada cliente de forma a apresentar na tela as ofertas que estejam em melhor acordo com o seu per fil, aumentando a número de compras realizadas Aumento da diferenciação do produto/ serviço melhorando o relacionament o com seus produtos/ serviços complementares (aqueles produtos/serviços vendidos, utilizado ou acessados em conjunto com o produto/ serviço principal) O MC' Donald's vende junto aos seus hambur gueres diversos outros pr odutos de alta margem de lucro como batatas fritas, refr igerantes e até mesmo brinquedos, aproveitando a pré-disposição de seus cliente a consumí-los em conjunto. Criação de dif erenciais competitivos através de uma localização geográfica estratégica para a organização O Guaraná Jesus, por estar localizado no Maranhão, consegue aumentar a sua competitividade no mercado local, e não ser ameaçado pelas grandes marcas de refrigerante. A pizzar ia Domino's consegue um grande dif er encial para o seu produto, ao garantir a sua entrega em, no máximo, 30 minutos Melhoria da velocidade e precisão da entrega do produto ou realização de serviço Aumento da disponibilidade do produto/serviço no mercado OPORT UNIDADE ASSOCIADA A VENDA Melhoria do local onde ocorre a venda dos produtos/serviços E PÓS VENDA DO PRODUTO/SERVIÇO Criação de f acilidades associadas à venda dos produtos/serviços Melhora das atividades de pós venda relacionados ao produt o/serviço vendido (suporte, garant ia, manut enção, etc..) As máquinas de vendas de latas de refr igerante são uma forma de tornar esses produtos constantemente disponíveis em diversos locais, concretizando vendas que não aconteceriam de outra maneira A AMAZON ao longo da década de 90 tentava recriar um ambiente de biblioteca do velho mundo em suas super lojas no EUA Atualmente, diversos r estaurantes aceitam muitas opções de pagamento (como cartões de crédito e débito, cheques, etc.) conseguindo, assim, aumentar a quantidade de clientes dispostos a consumir os seus serviços Durante muito tempo, o diferencial das panelas tramontina era a gar antia de reposição no caso de def eitos por um prazo de 20 anos após a sua compra A A marca de Cigarros F ree promoveu durante muito tempo o Free Jazz Festival para melhorar a sua reputação fr ente à população em geral Produtores de vinho patrocinam pesquisas a respeito dos ef eitos benéficos da bebida, melhorando a imagem do setor frente a população e, consequentemente, aumentando a demanda por seus produtos Melhoria da reputação da organização OPORTUNIDADES DE Melhoria da reputação do setor onde a organização atua MELHORIA DA IMAGEM E REPUT AÇÃO DA Aumento do reconhecimento da logomarca da organização EMPRESA OU PRODUTO/SERVIÇO A Nike investe constantemente em sua marca, através de altos gastos em pr opaganda, patrocinando eventos esportivos e criando uma identificação com um estilo de vida específ ico A organização define políticas e diretrizes (remuneração variável, pe.) incentivando a exploração da oportunidade. Os recursos financeiros aportados são significativos A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da avaliação de oportunidades A A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da monitoração de oportunidades A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da comunicação de oportunidades organização aporta recursos financeiros relevantes em capacitações, ações motivacionais, ferramentas, pesquisas, etc para viabilizar a identificação da oportunidade Existência de rotinas complexas, diretrizes quantitativas e competências avançadas para avaliação do retorno de uma oportunidade para a organização organização aporta recursos financeiros relevantes em capacitações, ações motivacionais, ferramentas, pesquisas, etc para viabilizar a exploração da oportunidade Existência de rotinas complexas, diretrizes quantitativas e competências avançadas para monitoração do retorno das oportunidades para a organização A organização tem uma comunicação intensa entre as áreas identificando rapidamente sinergias. A estratégia determina claramente a oportunidade a ser perseguida e os principais envolvidos. Contudo, os recursos são limitados e o apoio estratégico é restrito. Existência de procedimentos formais e método robustos para avaliação da oportunidades. A avalição de oportunidade é minimamente uniforme na organização A estratégia determina claramente a oportunidade a ser explorada e os principais envolvidos. Contudo, os recursos são limitados e o apoio estratégico é restrito. Existência de procedimentos formais e método robustos para monitoração da oportunidades. A avalição de oportunidade é minimamente uniforme na organização A organização possui uma comunicação contínua entre as áreas em relação a gestão de oportunidades Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo a identificação de oportunidade está isolada em silos funcionais. Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo a avaliação de oportunidade está isolada em silos funcionais. Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo a exploração de oportunidade está isolada em silos funcionais. Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo a monitoração de oportunidade está isolada em silos funcionais. Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo a comunicação de oportunidade está isolada em silos funcionais. A monitoração de oportunidades é feita de forma intuitiva e dependente dos interesses próprios dos envolvidos A comunicação de oportunidades é feita de forma intuitiva e dependente dos interesses próprios dos envolvidos 5 4 A Pepsi investiu muito para valorizar marca do seu novo produto, a Pepsi T wist, inclusive usando os "personsonagens limões" para criar uma identidade própria do produto Dicionário De Riscos Positivos A Danone passou a vender iogurtes em pacotes unitários na região Nordeste do país, conseguindo com que trabalhadores de menor poder aquisitivo e que recebem salários semanais pudessem consumir seus produtos regularmente . OPORTUNIDADE DE A Avon desenvolveu um sistema de distribuição que lhe ermite r ealizar entrega a clientes que não ADEQUAÇÃO DO Adequação da f orma de distribuição do produto/serviço possibilitando que mais possuem um endereço formal, e residem em regiões remotas do país. A distr ibuição da Avon PRODUT O/SERVIÇO A compradores tenham acesso ao produto consegue atingir locais aonde as ruas não possuem nome, através de referências alternativas. NOVOS MERCADOS Criação de condições f inanceiras que aumentem a capacidade de compra dos clientes do As Casas Bahia consegue vender diversos produtos a clientes de baixo poder aquisitivo através da concessão de grande quantidade de crédito. produto/serviço Em um momento onde a competitividade no mercado de telefones celular es rumava para uma guerra Desenvolvimento de produto/serviço com funcionalidades inovadoras (signif icativamente de preços, a Nokia inovou lançando o celular com visor de cristal líquido, conseguindo diferenciar-se dif erentes das existentes no mercado) do restante do mer cado. 3 A disputa entre as plataformas VHS e Betamax, assim como a disputa atual entre o HD-DVD e o Blueray são exemplos de oportunidades onde uma empresa procura eliminar a concorrência fazendo com que sua plataforma conquiste a preferência dos consumidores. Identificação de de Identificação Oportunidades Oportunidades - Implantação de procedimentos para mapeamento de ações de concorrentes (por exemplo, Environment Scan) - Capacitação BÁSICA em práticas para análise de oportunidades em - Definição de diretriz para aproximação estratégica de funcionários com PROCESSOS INTERNOS (pe: Qualidade, Reengenharia, modelagem de perfis e conhecimentos distintos em torno de uma determinada fluxogramas, etc..) oportunidade - Implantação de rotina para monitoramento de editais de fomento e financiamento - Formalização de accountabilities para identificacão de oportunidades - Existência de checklist de apoio ao processo de identificação de oportunidades C om p le xid a d e A lt a Processos - Contratação de pesquisas, análises e estudos detalhados para validação da oportunid ad e id entificada - Implantação de procedimento para aprovação gradativa de projetos - Capacitação AVANÇADA em método para análise financeira do valor de em estágios conforme resultados intermediários são obtidos uma oportunidad e em ambiente de grande incerteza (pe: Opções reais) - Capacitação em métodos para análisar a reação d e concorrentes e envolvidos a uma determinada oportunid ad e (pe: análise de sustentabilidade a imitação, substituição e apropriação d e valor, teoria - Implantação de procedimento para formalização do fluxo de dos jogos) aprovação de uma oportunidade a partir de sua identificação até sua aprovação final - Capacitação INTERMEDIÁRIA em método para análise financeira do valor de uma oportunidade em ambiente incerteza moderada (pe: Fluxo - Definição de critérios financeiros p ara aprovação ou rejeição de uma de caixa descontado, valuation) oportunidade para a org anização (pe: taxas mínimas de atratividad e, TIR, EVA, etc) - Capacitação em método para avaliar o grau de comprometimento e flexibilidade da organização com a oportunidade identificada (pe: - Integração d o método d e avaliação de oportunidades ao método de análise de lock-in; lock-out; lag e inercia; análise da curva S de indicadores (pe:, BSC) da org anização produtos) -Formação d e grupos multifuncionais com especialistas para aprovação da oportunidade - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de identificação de oportunidades na organização - Capacitação BÁSICA em práticas para análise de oportunidades em FORNECEDORES, CONCORRENTES, PARCEIROS E CLIENTES (pe: SWOT - Definição de diretriz para participação ativa junto a órgãos e 5 Forças de Portes) reguladores in fluenciando a criação de novos regulamentações - Capacitação em métodos estruturados para geração de idéias e obtenção de consenso (pe: brainstorming, DELPHI, etc) - Capacitação AVANÇADA em métodos para análise dinâmica e simulação das relação de causa e efeito de uma oportunidad e (pe: dinamica de sistemas, simulação computacional, otimizadores) Pessoas Capacitação BÁSICA em métod o para análise das relações de causa-e- - Uso de regras qualitativas e diretrizes simples para orientar efeito envolvidos na oportunid ad e (pe: diagrama de causa-e-efeito, trabalhadores na avaliação de uma oportunidade diagrama de Ishikawa, FMEA, FMECA, mapa sistemico) - Existência de checklist de apoio ao processo d e avaliação de - Capacitação BÁSICA em métod os para avaliar o valor de um recurso oportunidades (análise VRIN - Valiosos? Raro? Inimitável? Não substituível? p or exemplo) - Definição de critérios qualitativas para minimização do comprometimento com uma única oportunidad e através da - Formalização de accountabilities para avaliação de oportunidades diversificação das apostas (pe: aposta dupla) Sistemas - Uso de ferramenta p ara modelagem matematica da oportunidade (simulação computacional, otimizadores, por exemplo) - Utilização de redes de open innovation para acesso a competências fora das fronteiras da empresa (pe: contratos de licensiamento, transferência de tecnologia, compras de empresas de tecnologias emergentes, parcerias com universidades, etc) - Uso de ferramentas estruturadas de p lanejamento de longo prazo, seq uenciamento d e ações estratégicas e tomada de d ecisão em relacão a ações de resposta a oportunid ade (por exemplo, roadmaps) - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento d o p rocesso de avaliação de oportunid ad es na organização Processos - Capacitação INTERMEDIÁRI A em métodos de gestão de projetos em ambientes incertos que minimizem o grau de comprometim ento necessário enquanto a incerteza permanecer alta (pe: técnicas stagegate, gestão de portófilos, learn to burn rate) Monitoração de de Monitoração Oportunidades Oportunidades Pessoas Sistemas Processos - Uso de ferramentas avançadas para gestão quantitativa de riscos de projetos (Pertmaster, por exemplo) - Definição de políticas e procedimentos para gestão de patentes e propriedade intelectual para assegurar a apropriação do valor das oportunidades percebidas. - Uso de ferramentas para gestão de projetos (Ms Project, PRIMAVERA por exemplo) - Implantação de rotina de versionamento e faseamento de desenvolvimento de produto, lançando versões iniciais e incorporando o - Desenvolvimento de funcionalidades de - Realização de eventos para instaurar o senso de urgência necessário aprendizado com o mercado em versões subsequentes sistemas para automatizar rotinas para o aproveitamento de uma oportunidade, assegurando o patrocínio associadas ao amadurecimento do de áreas e pessoas-chave dentro da organização - Isolamento da equipe de trabalho em local adequado, fortalecendo a processo de exploração de oportunidades separação com o operacional da organização na organização - Realização de ação para mapeamento detalhado das ativid ades das áreas e pessoas envolvidas em uma determinada oportunidade - Definição de diretriz para delegação de maior autonomia a empregados mais capacitados e experientes para tomada de decisão mais rápida (empowerment) Sistemas - Realização de testes pilotos e provas de conceitos antes da implementação efetiva da oportunidade - Uso de métodos para cole ta e análise de - Implantação de rotina para registro e acompanhamento das dados não estruturados para monitoração oportunidades aproveitadas e perdidas (ex. base de perdas de risco das oportunidades interna e positivo) externamente a empresa (text mining, - Capacitação AVANÇADA em método para análise estatística do business inteligence, etc) comportamento de um conjunto de variáveis associados a oportunidade - Implantação de rotina de controle estatístico de processos (CEP) para (Exemplos, análise de correlação, ANOVA, stress test, VAR, etc..) avaliação de variações e dispersões em uma determinada operação - Uso de métodos para cole ta e análise de dados estruturados para monitoração das - Implantação de indicadores chave de oportunidades para monitoração oportunidades interna e externamente a das oportunidades investidas empresa (data mining, BAM, busin ess inteligence, etc) - Capacitação INTERMDIÁRI A em método para análise estatís tica do - Definição de hipóteses a serem verificacadas periodicamente para comportamento de um conjunto de variáveis associados a oportunidade monitorar de resultados obtidas com as oportunidades investidas (Exemplos, diagrama de tendência, histogramas, etc..) - Implantação de rotina de testes para verificar periodicamente se as - Capacitação em método de control self assessment para avaliar oportunidades vem sendo adequadamente identif icadas, avaliadas, potenciais vulnerabilidades na identificação, avaliação, exploração, exploradas, monitoradas e comunicadas (auditoria de in ovação, por monitoração e comunicação de oportunidades exemplo ) - Formalização de accountabilities para monitoração de oportunidades Processos - Implantação de procedimento para criação de um registro de lições aprendidas e boas práticas da organização - Uso de tecnologia para construção de bases de conhecimento colaborativas - Implantação de procedimento para disponibilização de relatórios compartilhando a informação de diversas específicos para alimentar o processo de planejamento estratégico e o áreas orçamentação - Definição de critérios específic os de stop-lo ss para se desvencilhar de produtos, processos, negocios que não vem dando certo - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatiz ar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de monitoração de oportunidades na organização - Definição de diretriz para rotação de funcionários entre atividades ou tarefas para difusão de certo conhecimentos específicos ou estratégicos - Implantação de procedimento para disponibilização de relatórios - Realiz ação de eventos para divulgação de oportunidades que tiveram internos de forma a favorecer a comunicação de assuntos referentes a sucesso reconhecendo os funcionários envolvid os uma determin ada oportunidade - Capacitação em ações de marketin g e comunicação de forma que os envolvidos possam valorizar e divulgar os reais ganhos obtidos com a oportunidade explorada - Exis tência de checklist de apoio ao processo de exploração de oportunidades - Existência de checklist de apoio ao processo de exploração de oportunidades - Implantação de procedimento formalizando o dicionário de oportunidades da organização - Construção de canal para promover a comunicação da organização entre seus funcio nários no que tange a gstão de oportunidades (email, site, caixininha de sugestões, por exemplo ) - Formalização de gatekeeps para coleta e divulgação de informação - Implantação de procedimento formalizando o glossário de oportunidades - Formalização de accountabilities para monitoração de oportunidades - Formalização da política de gestão de riscos positivos - Existência de checklist de apoio ao processo de comunic ação de oportunidades Inventário de Práticas de Risco Positivo Figura 7 – Framework de gestão de riscos positivos A seguir, coloca-se um síntese da aplicação deste frame: Partindo do planejamento estratégico, deve-se analisar o Dicionário de Risco Positivo e inventariar o conjunto de oportunidades a serem fomentadas na organização, que tenham grande incerteza envolvida e alto potencial de otimização dos resultados esperados a partir de uma gestão de incertezas mais estruturada e ativa; Posteriormente, deve-se analisar o nível e tipo de incerteza envolvida em cada oportunidade inventariada e definir, usando o Modelo de Maturidade de Risco Positivo, a maturidade atual e a maturidade necessária para cada um dos componentes do processo de gestão de riscos positivos; Finalmente, deve-se detalhar o entendimento dos gaps definidos no modelo de maturidade em vulnerabilidades e deficiências e identificar no Inventário de Práticas de Riscos Positivos os controles que devem ser www.elogroup.com.br - Uso de tecnologia web 2.0 para facilitar a comunicação e colaboração (blogs, collective in telligence, mashs-ups, peer-topeer network, RSS, social networks, wikis, - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do - Implantação de procedimento para criação da base de conhecimento processo de comunic ação de da organização reunindo artigos, apresentações, relatórios e outras oportunidades na organização informações relacionadas a uma determinada área do conhecimento ou nicho - Formalização de gatekeeps para coleta e divulgação de informação © Outubro 2007. ELO Group Sistemas - Definição de diretriz para gestão consciente de subculturas organizacionais (controle estratégico de divergência s positivas) - Uso de método para desdobramento da estratégia em in dicadores e metas para a organização (Balanced Scorecard, por exemplo) - Capacitação básica em gestão de projetos - Formalização de accountabilities para identificacão de oportunidades Comunicação de de Comunicação Oportunidades Oportunidades Pessoas - Definição de diretriz com tempo obrigatório que os funcionários devem investir no desenvolv im ento de novas oportunidades (20% do tempo total) - Definição de diretriz com metas que os funcionários devem alcançar - Capacitação em métodos AVANÇADOS de gestão quantitativa de risco em termos de oportunid ades implementadas (1 produtos por ano) em projetos - Definição de diretriz com remuneração variável alinhada a um bom desempenho na exploração de oportunid ades - Capacitação em técnicas estruturadas para otimização do desenvolvimento de novos produtos e diminuição do time to market - Implantação de rotinas na busca por competências externas as (pe: engenharia simultânea, parale lização de atividades, técnicas de protoipação rápid a). fronteiras da empresa de forma a otimizar o risco retorno de projetos (start-ups, spin-offs, referências em tecnologias emergentes) - Capacitação em métodos para assimilação rápida de novas tecnologias e in ovações promovidas por concorrentes (Ex:Técnicas de engenharia - Assegurar patrocínio do topo estratégico na exploração da reversa). oportunidade - Formação de times multifuncionais para desenvolvimento de novos produtos C o m p le x id a d e B a ix a - Uso de práticas para coleta de conhecimentos específicos junto a parceiros e fornecedores (pesquisas, concurso, gestão de contratos colaborativos, ect) - Capacitação INTERMEDIÁRIA em práticas para análise de oportunidades em PROCESSOS INTERNOS (pe: BPM, Six Sigma, Teoria - Uso de práticas para coleta de conhecimento específico junto a da Restrições, Pensamento Sistêmico, etc..) clientes (pesquisas, promoções colaborativas, concurso, testes de protótipos com usuários avançados, etc) - Realização de ação de mudança de atitude e conscientização (estado de alerta) fomentando a cultura de busca por oportunidades - Definição de diretriz com metas que os funcionários devem alcançar em termos de oportunidades por espaço de tempo (2 novos produtos - Realização de ação para entendimento e internalização da visão por ano) processual que atravessa as diversas áreas funcionais em uma determinada oportunidade - Adoção de modelo de referência para identif icação de oportunidades de melhoria (pe: CMMI, ITIL, COBIT, SCOR, VCOR, COPC, etc..) C o m p l e x i d a d e In te r m e d iá r i a - Capacitação INTERMEDIÁRIA em práticas para análise de oportunidades em FORNECEDORES, CONCORRENTES, PARCEIROS E CLIENTES (pe: estratégicas genéricas de Porter, cadeia de valor, rede de valo r, VBR e teoria dos jogos) Pessoas C o m p l e x i d a d e B a i x a- C o m p le x i d a d e A l t a C o m p le x id a d e I n te r m e d iá ria C o m ple x ida d e B a ix a Sistemas é Exploração de de Exploração Oportunidades Oportunidades Práticas para Gestão de Risco Positivo Processos - Capacitação AVANÇADA em práticas para análise de oportunidades em - Definição de diretriz com tempo obrigatório que os funcionários devem FORNECEDORES, CONCORRENTES, PARCEIROS E CLIENTES (pe: teoria - Uso de métodos para coleta e análise de investir na identificação de novas oportunidades (10% do tempo total) de capacitações dinamicas e teoria do dilema do inovador) dados não estruturados para identificação de oportunidades interna e externamente - Definição de diretriz com remuneração variável alinhada a um bom - Capacitação AVANÇADA em práticas para análise de oportunidades em a empresa (text mining, business desempenho na identificação de oportunidades inteligence, etc) PROCESSOS INTERNOS (pe:SOA, BPML, BPEL, UML, componentização, etc..) - Uso de benchmarking de práticas de mercado para identificação de - Uso de métodos para coleta e análise de pontos de melhoria em relação a empresas de ponta no mercado - Uso de método de mapeamento de competências para identificação de dados estruturados para identificação de (modelos de referência de melhores, pesquisas de benchmarking, etc) competências não utilizadas no quadro de funcionários e terceiros oportunidades interna e externamente a empresa (data mining, BAM, business - Assegurar patrocínio do topo estratégico na identificação da - Contratação de consultoria especializada para identificação de inteligence, etc) oportunidade oportunidades específicas exploração de oportunidade fortemente dependente do interesse dos envolvidos Avaliação de de Avaliação Oportunidades Oportunidades Práticas para Gestão de Risco Positivo Pessoas A C o m p le x i d a d e A l t a A avaliação de oportunidade é fortemente dependente do interesse dos envolvidos C o m p le x i d a d e I n t e r m e d i á r i a Oportunidade 1 a ser aproveitada identificação de oportunidade é fortemente dependente do interesse dos envolvidos C o m p le x id a d e B a ix a A C o m p l e x i d a d e A lt a Explorar regulamentações f avoráveis C o m p l e x id a d e I n t e r m e d i á r i a A Apple vêm comercializando músicas através da internet, fazendo uso de mecanismos de distribuição digital, como seu software iTunes, conseguindo uma grande vantagem competitiva em relação ao modelo vendas de CDs físicos utilizados pelas gr avadoras tradicionais. Diversas consultorias da área de responsabilidade social, atuam junto aos ór gãos legislador es para favor ecer o desenvolvimento de legislações relacionadas a sua área de atuação, gerando assim, demanda por seus serviços. C o m p le x id a d e B a ix a Tanto a Gol quanto a Norte Americana Southwest conseguiram expandir a sua base de clientes fazendo com que pessoas que costumavam viajar de ônibus ou trem passassem a viajar de avião. Of erta de produto/serviço através de um modelo de negócio inovador (dif erente dos existentes no mercado) C o m p le x i d a d e A lt a Desenvolvimento de produto/serviço que contenha inovação significativa no seu design ou plataf orma (buscando eliminar momentanemente a concorrencia) OPORTUNIDADE DE Lançament o de produto/ serviço direcionado para pessoas que atualmente não INOVAÇÃO consomem produtos/serviços similares ou que consomem produtos/serviços substitutos C o m p le x id a d e I n te rm e d iá ria Aumento do reconhecimento de um produt o específ ico da organização Adequação das características do produto/serviço possbilitando que mais compradores tenham acesso ao produto Página 29 2 1 Handbook para Gestão de Riscos Positivos implantados para que os ganhos destas oportunidades possam ser explorados no limite máximo . Finalmente, no próximo capítulo deste manual será apresentado o Roadmap de Risco Positivo que objetiva justamente implantar, de forma rápida e eficiente, o Framework de Riscos Positivos, detalhando as ações listadas acima. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 30 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 4. Roadmap ativação da gestão de riscos positivos O quarto capítulo presente neste manual consiste no método proposto para ativar a gestão de riscos positivos nas organizações de forma: Alinhada à estratégia da organização; Integrada à estrutura de gestão de riscos operacionais da organização (caso exista); Coordenada com as áreas de negócios e suporte, principais envolvidos e executores da gestão de risco positivo. Neste contexto, o Framework de Riscos Positivos, apresentado no capítulo anterior, deve ser entendido como um “canivete suíço”, contendo uma série de ferramentas e instrumentos a serem utilizados de acordo com as necessidades e especificidades da organização. O grande desafio é, portanto, identificar quais são as práticas de risco positivo necessárias e onde implantá-las para otimizar as ações estratégicas com alta taxa de incerteza e grande potencial de oportunidades. Finalmente, de forma a evitar confusões a posteriori, deve-se observar que as ferramentas de risco positivo (por exemplo, um Dicionário ou Modelo de Maturidade de risco positivo) são os instrumentos que este manual disponibiliza para apoiar a ativação da gestão de riscos positivos em uma organização. Quanto aos controles e práticas de risco positivo (por exemplo, a criação de uma base de oportunidade perdidas), estes se constituem nas mudanças e melhorias em pessoas, processos e sistemas que efetivamente serão implantados como resultado final da análise de cada oportunidade. 4.1 Visão Geral do Método O Roadmap proposto pode ser observado na figura 8: © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 31 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Figura 8 – Síntese do Roadmap O Roadmap de Risco Positivo é dividido em 3 fases, sendo cada uma delas constituída de duas etapas, a serem executadas sempre de forma seqüencial. A figura 8 ilustra ainda as principais ferramentas a serem utilizadas em cada etapa. Inicialmente, é importante ressaltar o desafio existente na identificação dos pontos específicos de alta alavancagem, no qual uma organização deve investir em controles e práticas para aumentar significativamente sua capacidade de aproveitamento de oportunidades resultantes das incertezas de suas estratégias. Neste sentido, o Roadmap pensado tem fortemente a premissa de acelerar e aumentar a assertividade de sua implementação através de ferramentas para estruturar a análise e coleta de informação (por exemplo, o Inventário de Práticas de Risco Positivo, apresentados anteriormente) e sessões intercaladas de entrevistas, questionários e workshops para acelerar seu fluxo decisório. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 32 Handbook para Gestão de Riscos Positivos A figura 9 apresenta o Roadmap detalhando suas atividades, ferramentas utilizadas, formas de condução das etapas, etc.. Nome I. Tradução da estratégia em riscos positivos II. Análise da Situação Atual de Gestão de Riscos Positivos III. Definição das práticas de gestão de riscos positivo a serem implantadas Ques tões Onde estão os riscos positivos? E tapas C omo 1.1 Levantamento inicial de oportunidades Survey - Dicionário de eventos de riscos positivos Inventário de R is c os P os itiv os - Cabeçalho - Classificação da oportunidade 1.2 Inventário das Workshop - Matriz de tradução da estratégia oportunidades priorizadas amplo - Matriz de tradução da estratégia 2.1 Análise das incertezas e processos envolvidos em cada oportunidade - Relacionamento com processos e fontes de risco Como os riscos positivos são 2.2 Assessment das geridos deficiências que limitam atualmente? o aproveitamento das oportunidades Como os riscos positivos devem ser geridos? F erramentas 3.1 Priorização das práticas de gestão de risco positivo a serem implantadas 3.2 Validação do framework de Risco positivo - Matriz de fontes de risco por Workshop oportunidades por - Matriz de processos por oportunid. oportunidades - Níveis de Maturidade (atual - Modelo de maturidade de gestão e desejado) Entrevistas - Deficiências para gestão de de oportunidades risco positivo Workshop – Inventário de práticas e por instrumentos de gestão de risco oportunid. positivo - Práticas de risco positivo selecionadas por componente Workshop - Inventario completo de riscos amplo positivos Figura 9 – Visão detalhada do Roadmap Fase 1: Tradução da estratégia em risco positivos O primeiro passo para implantação da gestão de riscos positivos é identificar as ações estratégicas materializadas em objetivos, indicadores, projetos, metas, diretrizes, etc. com grande potencial de criação de valor adicional devido a um melhor aproveitamento das incertezas do negócio. Neste sentido, deve-se entender de forma estruturada a estratégia da empresa e analisar as formas possíveis com que a gestão de riscos positivos pode se alinhar a ela. Uma determinada empresa de softwares procura diferenciar seus produtos da concorrência através de inovação constante, adicionando novas funcionalidades aos seus produtos. Assim, faz sentido que ela procure estimular a criatividade de seus funcionários, incentivando-os e provendo-lhes os mecanismos necessários (como horas de trabalho livres) para desenvolver novas idéias. Por outro lado, uma fábrica de parafusos, que se diferencia de seus concorrentes basicamente © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 33 Handbook para Gestão de Riscos Positivos em custo, simplesmente não teria porque investir em novos produtos, já que opera em um nicho onde os clientes exigem um alto grau de padronização nos produtos comercializados. Neste caso específico, a organização deve identificar alguns funcionários estratégicos e lhes atribuir esta importante missão de aumentar a eficiência do processo produtivo. Em suma, esta primeira fase deve responder a seguinte pergunta: “Onde está o risco positivo?”, de forma a priorizar as análises subseqüentes e assegurar um foco inicial a ser desenvolvido ao longo da aplicação deste Roadmap. Etapa 1.1: Levantamento inicial de oportunidades O primeiro passo para traduzir uma estratégia de forma estruturada e cognitiva é a coleta das informações disponíveis sobre a mesma. Essas informações podem ser encontradas em diversas fontes variando bastante de organização para organização. A fonte de informação de mais fácil acesso são os documentos e relatórios já existentes no âmbito da organização. Abaixo, é sugerida uma lista de documentos para análise inicial. Relatório anual ao acionista Carteira de projetos estratégicos BSC – ou mapa de indicadores semelhante Planejamento estratégico Missão, visão, valores, objetivos e metas Relatórios de projetos de consultoria Planejamento orçamentário Pesquisas sobre a indústria Relatório de ações estratégicas em andamento nas áreas Contudo, ressalta-se que esta lista não deve ser entendida como o conjunto de documentos que toda organização possui ou deveria possuir. Também é importante observar que diversas informações relevantes podem ser encontradas em outros documentos, principalmente, naqueles particulares e específicos de cada organização. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 34 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Uma segunda fonte de informação primordial para a gestão de riscos positivos são os próprios executivos e principais tomadores de decisão da empresa. Embora, exista o histórico problema da indisponibilidade de tempo para agendamento de reuniões, o envolvimento deste tipo perfil é fundamental para assegurar que a gestão de riscos positivos efetivamente complementa a estratégia deliberada na organização. Neste sentido, partindo do Dicionário de Eventos de Riscos Positivos (ver seção 3.1 e anexo I) deve-se customizar seu conteúdo na forma de um questionário simplificado para coleta de informações rápida e uniformizada. Esta customização deve considerar tanto as especificidades da indústria onde a organização atua, quanto as informações estratégicas levantadas nos documentos estudados. Como resultado, observa-se que novas oportunidades podem ser adicionadas, reescritas (para facilitar o seu entendimento) ou até mesmo retiradas. No entanto, deve-se tomar cuidado com oportunidades retiradas que, eventualmente, poderiam impedir que uma organização venha a explorar uma oportunidade sobre a qual ainda não tenha pensado. Pode-se também avaliar a necessidade de alterar os exemplos (nível 3 do Dicionário) para casos ocorridos no setor onde a empresa atua. Finalmente, sugere-se que o questionário seja testado em uma ou duas entrevistas piloto antes de sua circulação efetiva aos demais executivos e tomadores de decisão da organização. O resultado desta pesquisa será de grande importância para entender as ações estratégicas nas quais os principais responsáveis pela organização vislumbram grande potencial de oportunidades a partir de uma gestão ativa e estruturada de suas fontes de incerteza. Etapa 1.2 - Inventário de oportunidades priorizadas De posse das informações coletadas sobre a estratégia da empresa (documentos e resultados da pesquisa), deve-se avançar na priorização e deliberação das oportunidades a serem formalmente exploradas com a gestão de riscos positivos. Essa tarefa deve ser realizada através de workshop específico com a © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 35 Handbook para Gestão de Riscos Positivos participação de executivos, tomadores de decisões de grande relevância e formadores de opinião da organização. O principal objetivo deste workshop deve ser a priorização do escopo e foco de atuação da gestão de riscos positivos. Relembrando alguns conceitos, deve-se retomar a idéia da gestão de riscos atuando enquanto “braço direito” do planejamento estratégico da organização, visando otimizar os ganhos resultantes de uma melhor exploração das fontes de incertezas existentes nas ações estratégicas. Ao longo deste workshop de priorização, cada oportunidade deve ser posicionada na Matriz de Tradução da Estratégia. O eixo horizontal dessa matriz representa a importância estratégica dada à oportunidade pelos executivos (por exemplo, o nível 3 corresponderia a “A oportunidade pode influenciar levemente o desempenho da organização”). Já o eixo vertical reflete como a organização se compara com seus demais concorrentes no aproveitamento desta oportunidade (por exemplo, o nível 2 corresponderia a “A organização costuma conseguir um aproveitamento superior ao de seus concorrentes”) Para cada oportunidade priorizada deve-se definir sua trajetória de exploração: desde seu status atual até a situação futura de aproveitamento da oportunidade. De forma prática, a situação futura planejada para gestão de riscos positivos consiste na visão concreta de como a organização estaria aproveitando esta oportunidade no horizonte de tempo considerado. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 36 Handbook para Gestão de Riscos Positivos A Matriz de Tradução da Estratégias (ver anexo II) é apresentada na figura 10. Além disso, no anexo II também podem ser encontradas as tabelas com as descrições qualitativas de cada um dos níveis das escalas X (relevância estratégica) e Y (comparação com os concorrentes) apresentadas na matriz. Figura 10 – Matriz de Tradução da Estratégia – adaptada de Fensterseifer, J. E., et alli, Estratégia de Produção e Operações Um importante ponto de atenção neste momento corresponde à identificação das ações que vêm recebendo um foco excessivo dentro da organização. Neste caso, a gestão de riscos positivos, ao estruturar a forma como a organização irá fomentar estas oportunidades, poderá corrigir o excesso de esforço dedicado a determinadas oportunidades, reduzindo investimentos de baixo retorno ou alto risco associados. Outra definição importante consiste na identificação dos principais envolvidos no aproveitamento da oportunidade que idealmente deveriam contribuir, detalhar e dar continuidade ao resto da aplicação deste Roadmap. Além disso, © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 37 Handbook para Gestão de Riscos Positivos também deve-se formalizar neste momento o principal funcionário responsável por cada oportunidade. Após o workshop, cada uma das oportunidades identificadas e posicionadas na matriz de trajetória de oportunidade deverá ser registrada no Template de Inventário de Oportunidade (ver anexo III) a ser preenchido ao longo das fases e etapas deste roadmap. Finalmente, encerrando esta primeira fase sugerimos que o Template de Inventário de Oportunidade seja preenchido com as seguintes informações: O cabeçalho com informações gerais da oportunidade; A classificação da oportunidade em relação ao Dicionário de Eventos de Riscos Positivos (nível 1 e em nível 2); O posicionamento da oportunidade na Matriz de Tradução da Estratégia; O resultado da análise estratégica realizada com o corpo executivo; Os principais envolvidos (áreas da organização) no aproveitamento da oportunidade; A figura 11 apresenta os campos do Template de Inventário de Oportunidade a serem preenchidos ao final da fase 1. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 38 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Figura 11 – Campos do Template de inventário de Oportunidade a serem preenchidos ao final da fase 1 © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 39 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Fase 2 – Análise da situação atual de gestão dos riscos positivos Ao final da fase I, a organização deve ter identificado as oportunidades desobradas de sua estratégia com potencial significativo de ganhos com uma gestão ativa de suas fontes de incerteza. Ao formalizar estas oportunidades na Matriz de Tradução da Estratégia a organização se comprometeu com uma visão de futuro de como a gestão de riscos positivos pode otimizar sua estratégia maximizando seus resultados esperados. A segunda fase do Roadmap de Riscos Positivos tem por objetivo entender como cada oportunidade está relacionada aos processos e fontes de riscos da organização. Neste sentido, sugerimos na etapa 2.1 uma análise agregada para entendimento dos principais processos e incertezas que impactam e condicionam a forma como a oportunidade é gerida na organização. Passando para a etapa 2.2, objetiva-se detalhar em análises específicas os pontos de maior relevância na ligação entre processos e fontes de riscos. Neste momento, devem ser identificadas as principais deficiências e vulnerabilidades existentes nos processos, pessoas e sistemas da organização que limitam e restringem o aproveitamento da oportunidade definida. Finalmente, se na fase 1 as etapas tinham como motivação a reflexão sobre “onde estão os riscos positivos da organização?”, nesta segunda fase o questionamento central a ser difundido consiste em “como os riscos positivos são geridos atualmente?” Etapa - 2.1 Análise das incertezas e processos envolvidos em cada oportunidade Para iniciar esta segunda fase, devem ser realizados workshops (um por cada oportunidade priorizada ou conjunto de oportunidades com características semelhantes) de forma a construir um primeiro entendimento da magnitude e natureza das incertezas envolvidas em cada oportunidade. Para cada workshop é importante a convocação de pessoas com diferentes formações e experiência profissionais, assegurando que uma gama extensa de conhecimentos estará reunida para discutir as incertezas e processos envolvidos © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 40 Handbook para Gestão de Riscos Positivos em cada oportunidade. Dependendo da natureza da oportunidade, ou do contexto específico que a organização esteja vivenciando, pode ser interessante incluir pessoas externas à organização como clientes, fornecedores, parceiros ou até mesmo especialistas. Ressalta-se também a importância de que o(s) responsável(is) pela organização dos workshops tenha(m) a autoridade e influência necessárias para assegurar o comprometimento e foco de todos os participantes envolvidos. É de grande importância, por exemplo, que este responsável seja capaz de permitir que as visões dos diversos participantes, principalmente quando divergirem, venham à tona. A principal tarefa a ser realizada ao longo de cada workshop consiste na identificação, qualificação e ponderação dos processos e fontes de risco relevantes para a gestão ativa da oportunidade e condicionadores de seus resultados esperados. Desta forma, sugere-se o preenchimento de duas matrizes específicas para direcionar o workshop: A Matriz de Análise de Fontes de Risco por Oportunidade (ver anexo IV) consiste em uma listagem inicial de fontes de risco a serem avaliadas para obtenção de insights relevantes a respeito da natureza e perfil da oportunidade. Desta forma, espera-se que esta matriz apóie os membros do workshop a, rapidamente, identificarem quais são as fontes de risco que têm maior relevância para determinar a probabilidade e magnitude dos ganhos esperados com a oportunidade. A Matriz de Análise de Fontes de Risco por Oportunidade é apresentada na figura 12, a seguir: © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 41 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Figura 12 – Matriz de Análise de Fonte de Risco por Oportunidade A Matriz de Análise de Processos por Oportunidade (ver anexo V) tem um propósito análogo ao das fontes de riscos. Ou seja, espera-se entender quais são os principais processos responsáveis e determinantes do sucesso ou fracasso da oportunidade e como esta influência é estabelecida. A grande dificuldade neste momento é identificar qual o nível de detalhamento ideal balanceando o custo beneficio entre o uso macroprocessos, processos, subprocessos, ou até mesmo atividades. Ainda ressalta-se que, caso a organização não tenha inventariado seus processos, poder-se-ia usar inventários de processos genéricos como o consagrado APQC Process Framework Classification. A Matriz de Análisede Processos por Oportunidade é apresentada na figura 13. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 42 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Figura 13 – Matriz de Análise de Processos por Oportunidade Finalmente, é importante atentar para que a lista final de fontes de risco e processos seja escrita de forma a refletir o dia-a-dia e o vocabulário da organização, não se prendendo ao formato original das matrizes apresentadas. Também sugere-se o envio antecipado aos participantes do workshop do que exatamente consiste em cada oportunidade e como ela foi deliberada a partir da primeira fase deste Roadmap. Etapa 2.2 - Assessment das deficiências aproveitamento das oportunidades que limitam o Uma vez identificadas as fontes de risco e os processos com grande impacto no aproveitamento da oportunidade, deve-se detalhar o entendimento de como esta interação efetivamente ocorre. Para fins desta etapa, sugere-se a realização de uma série de entrevistas com os executores dos processos considerados relevantes, baseada em um roteiro padronizado e uniforme. A elaboração deste roteiro irá depender fortemente do tipo de organização onde o método está sendo aplicado, natureza do negócio executado, nível de instrução dos executores de cada processo e, obviamente, natureza das fontes de risco da oportunidade. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 43 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Para apoiar as entrevistas, foi desenvolvido o Modelo de maturidade de Risco Positivo (ver seção 3.2 e o anexo VI) que define os níveis de maturidade de riscos positivos para cada um dos componentes de riscos positivos: Identificação, Avaliação, Exploração, Monitoração e Comunicação. Com o uso deste Modelo de Maturidade a organização terá um referencial único e homogêneo para comparar a forma como cada oportunidade está sendo explorada. O uso do Modelo de Maturidade também permite aumentar a assertividade e agilidade da coleta de informações reduzindo o tempo de reunião com os entrevistados e assegurando o foco sobre os objetivos, processos e fontes de risco priorizadas até então. Para definir-se o conjunto de entrevistados por oportunidade, deve-se considerar os seguintes fatores: Quanto maior o número de entrevistados, maior a confiabilidade final dos dados, contudo, alocar o tempo de muitos entrevistados pode ser oneroso para a organização; Os entrevistados devem ter um conhecimento suficiente de como o processo que executam influencia os resultados obtidos pela organização. Do contrário ele não enxergará as relações entre a estratégia da organização, o processo executado, fontes de risco a serem exploradas e ganhos resultantes da oportunidade; Fontes de informação pouco confiáveis poderão “contaminar” os resultados finais, comprometendo seriamente a análise; Ao final desta etapa, a organização deve conseguir determinar o conjunto de vulnerabilidades existente em suas pessoas, processos e sistemas, que restringem sua capacidade de explorar ativamente as fontes de incertezas que condicionam a probabilidade e magnitude dos ganhos esperados com cada oportunidade definida. Ao final desta fase, deve-se registrar as novas informações levantadas no Template de Inventário de Oportunidades. Neste momento os seguintes campos devem ser preenchidos: © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 44 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Os processos considerados relevantes para o aproveitamento da oportunidade, agrupados pelas áreas que os executam. As fontes de risco consideradas relevantes agrupadas em quatro categorias: Pessoas, Processos, Sistemas e Ambiente Externo O gráfico dos níveis de maturidade, atual e futuro, preenchido de acordo com o Modelo de maturidade de Risco Positivo. A figura 14 mostra os campos do Template de Inventário de Oportunidades a serem preenchidos ao final da fase 2. Figura 14 – Campos do Template de Inventário de oportunidade a serem preenchidos ao final da fase 2 © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 45 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Fase 3 - Priorização das práticas de gestão de riscos positivo a serem implantadas Ao longo da primeira e segunda fases deste Roadmap, os riscos positivos foram inventariados, analisados e as principais deficiências e vulnerabilidades para seu aproveitamento foram identificadas. Nesta terceira e última fase, será definido um plano de ação por risco positivo que contemple as práticas e controles a serem implementados para que a organização consiga otimizar a exploração de seus ganhos. Este, portanto, é o momento chave do Roadmap de Risco Positivo, em que a organização deve formalizar o nível de maturidade necessário para cada componente do processo de risco positivo e, principalmente, o conjunto de controles e práticas a ser implantado. Desta forma, trata-se da fase crítica em em que a organização conscientemente compromete um conjunto de recursos visando atuar de forma pró-ativa nas incertezas existentes e influenciar positivamente o resultado esperado da oportunidade. Finalmente, como a fase 1 tinha como desafio identificar “onde estão os riscos positivos da organização?” e a fase 2, “como estes riscos positivos são geridos atualmente?”, esta terceira fase impulsiona a discussão de “como os riscos positivos devem ser geridos?”. Etapa 3.1 Definição das práticas e controles de risco positivo a serem implantados Ao final da etapa 2.2 espera-se que a organização tenha realizado uma série de entrevistas levantando informações suficientes para entender quais são as principais vulnerabilidades que limitam a exploração da oportunidade potencial. De forma a consolidar a visão geral destas vulnerabilidades e formalizar o conjunto de práticas necessárias para mitigá-las sugere-se a realização de um segundo workshop para cada oportunidade, reportando as informações levantadas e disseminando este entendimento. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 46 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Neste sentido, a maturidade de cada componente deve ser discutida em separado, gerando um consenso de seus status atual e da situação necessária para aproveitamento de cada oportunidade (o que pode exigir uma certa habilidade do facilitador do workshop). Posteriormente, deve-se definir os instrumentos e práticas de gestão de riscos positivos a serem implantados. Ao final deste processo um plano de ação, contendo todos os instrumentos e práticas de gestão de riscos positivos a serem implementados terá sido elaborado. Neste sentido, o Inventário de Práticas de Risco Positivo (vide seção 3.3 e os anexos VII.a até VII.e) deve ser usado para orientar a escolha das práticas, ou controles, mais apropriados. Conforme dito anteriormente, este inventário organiza as práticas de riscos de acordo com três parâmetros, de acordo com: Componente do processo de gestão de riscos positivos associado (identificação, avaliação, exploração, monitoração e comunicação), Grau de complexidade (baixa, intermediária ou alta) Tipos de ativo em que predomina o efeito da prática ou controle (pessoas, processos e sistemas). Ressalta-se, contudo, que estas categorias são apenas orientações gerais para entendimento da natureza da prática. Por exemplo, pode-se facilmente divergir se o uso de controle estatístico de processos deve ser classificado como processo, capacitação de pessoas e a implantação de sistemas. Os resultados do Workshop devem ser registrados no Template para Inventário de Oportunidades) nos campos: “maturidade dos componentes”; e “instrumentos e práticas selecionados por componente”. A figura 15 mostra os campos do Template de Inventário de Oportunidades a serem preenchidos ao final da etapa 3.1: © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 47 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Figura 15 – Campos do Template de Inventário de oportunidade a serem preenchidos ao final da etapa 3.1 Etapa 3.2 - Validação do Framework de Riscos Positivos A implantação da gestão de riscos positivos e de todos os planos de ação necessários certamente demandará um comprometimento de recursos humanos e financeiros por parte de toda a organização. Dessa maneira, é imprescindível que o mesmo seja aprovado pelo nível mais alto da organização. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 48 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Desta forma, sugere-se a realização de um último workshop, com os principais executivos da organização, para apresentação sintética das informações e controles propostos para cada uma das oportunidades priorizadas. Este resumo deve ser fortemente baseado no conteúdo do Inventário de Oportunidades gradativamente construído ao longo deste Roadmap. Ao final deste Workshop, os planos de ação devem ter sido validados e aprovados, possivelmente agregando alguns ajustes e alterações a serem incorporados no Template de Inventário da Oportunidade. Finalmente, a organização estará apta a iniciar a implantação e ativar a gestão de riscos positivos, preparando-se para atuar ativamente na incerteza e explorar no limite os ganhos potenciais das oportunidades priorizadas. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 49 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 5. Considerações Finais: Rumo a um Enterprise Risk and Oportunity Management De forma a encerrar esta manual, primeiramente serão retomadas e reforçadas as principais passagens e insights realizados ao longo do texto: Atualmente, existe uma grande preocupação quanto ao valor que a gestão de riscos operacionais está efetivamente agregando ao negócio. Um caminho interessante para a gestão de riscos operacionais aumentar seu valor seria expandir seu foco de atuação para o desenvolvimento da capacidade de uma organização em explorar as oportunidades resultantes das incertezas de seu negócio. Avançando neste sentido, a gestão de riscos operacionais deveria identificar quais são as principais deficiências existentes em pessoas, processos e sistemas que impedem que os ganhos de suas oportunidades potenciais sejam explorados no limite. Contudo, gerir riscos positivos não se trata de distribuir liberdade e autonomia para identificação de todo e qualquer tipo de oportunidade por todo e qualquer funcionário da organização. A gestão de riscos positivos deve ser, portanto, o “braço direito” da estratégia empresarial, extraindo o máximo valor possível das ações estratégicas de grande incerteza e oportunidades potenciais significativas. A implantação de controles de risco positivo é, desta forma, um ato consciente e deliberado em que uma organização se compromete intencionalmente com uma determinada prática visando aumentar a probabilidade e magnitude de ganhos com oportunidades potenciais referentes a ações estratégicas de alta incerteza. Atualmente, a maioria das organizações não gere seus riscos positivos de forma estruturada devido ao viés humano em atribuir maior importância a uma perda ocorrida em detrimento a uma oportunidade mal aproveitada. Em adição, deve-se refletir sobre a quantidade de oportunidades ocultas ou esquecidas devido ao histórico problema dos silos funcionais. Tais silos isolam a comunicação entre áreas distintas, e © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 50 Handbook para Gestão de Riscos Positivos dificultam a saída da rotina operacional para refletir sobre o que pode ser melhorado ou “reinventado”. Finalmente, sugere-se que as organizações adotem a gestão de riscos positivos para melhorar sua capacidade de reagir de forma “oportunística” às mudanças e incertezas do ambiente, assegurando que ganhos potenciais serão explorados de maneira alinhada a estratégia da organização . Além disso, diversos estudos analisados confirmam a idéia de que as organizações, hoje, apresentam (1) grande preocupação com seus riscos estratégicos (por vezes superior aos operacionais); (2) grande dificuldade para inovar em suas operações, (3) reclamações quanto à obtenção de retornos abaixo do esperado em projetos de melhoria. Passado esta síntese do conteúdo deste manual, é de grande relevância analisar a reflexão de Surowiecki em seu livro A Sabedoria da Multidões: “sob as circunstâncias corretas, os grupos são notavelmente mais inteligentes e, freqüentemente, mais espertos do que as pessoas mais espertas que os integram". Segundo o autor, é razoável supor que um gestor de altíssima competência isolado de sua organização tome piores decisões do que um gestor de competência média que possui uma comunicação contínua e estruturada (troca de opiniões, posicionamento, percepções, etc) com as diversas pessoas da envolvidas na decisão a ser tomada. Neste sentido, olhando de forma pragmática para a gestão de riscos positivos pode-se observar que o sucesso desta abordagem de riscos positivos é intrinsecamente dependente da: Formalização de um foco e escopo de atuação alinhado a ações estratégicas com ganhos potenciais significativos; Estabelecimento e coordenação de “comunidades de pessoas-chave”; permitindo a utilização de forma estruturada de conhecimentos e ações antes dispersas e sem foco na organização; © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 51 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Implantação de práticas mais adequadas para motivar, monitorar e coordenar a comunicação destas pessoas em torno do foco e escopo formalizados; Estas “comunidades” organizacionais, construídas por evento de risco positivo (oportunidade) se constituem, portanto, em um esforço de criação de um efeito de colaboração em massa coordenado, alinhado as reais necessidades e potenciais da empresa e, principalmente, suportados por mecanismos de motivação inequívocos. Certamente, já são inúmeros os exemplos de aplicações bem-sucedidas da idéia de colaboração em massa como por exemplo: o Projeto Genoma Humano, Linux, Yotube, Wikipedia, , o mecanismo de busca do Google, etc.. Neste sentido, se a colaboração em massa é viável e tem resultados surpreendentes no âmbito social, por que não voltá-la para o meio empresarial e visualizá-la como principal sintoma ou característica emergente de uma organização que efetivamente gere seus riscos positivos. Finalmente, ficamos com a imagem final do que seria uma organização que implanta efetivamente uma Enterprise Risk and Oportunity Manament (ampliando o conceito tradicional de ERM). Nesta organização, cruzando as diversas unidades funcionais e hierarquias estariam as diversas “comunidades de oportunidades” ou grupo de pessoas com práticas definidas de coordenação, motivação e alinhamento top-down com as ações estratégicas da organização de grande incerteza e, consequentemente, alto potencial de ganho. Monitorando e integrando estas oportunidades estaria a gestão de riscos desempenhando constantemente o papel de identificar incertezas com alta possibilidade de ganho e desenvolver capacidade dentro da organização para explorar esta incerteza ao máximo possível. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 52 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 6. Bibliografia ABERNATHY, W.; UTTERBACK, J.; 1978. Patterns of Industrial Innovation. IN Strategic Management of Technology and Innovation. Mac Grawth Hill-Irwin. Fourth Edition, New York, USA. AKKIZIDIS, J. & BOUCHEREAU, V., 2006, Guide to Optimal Operational Risk & Basel II BARNEY, J.; 1991. Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, 17, págs. BERNSTEIN, P., 1997, Desafio aos Deuses – A fascinante história do risco, Ed. Campus BESANKO, D., DRANOVE, D. & SHANLEY, M., 2000, Economics of Strategy. 2a Ed. Estados Unidos: John Willey & Sons, Inc. 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Campus ISO, 2007, Committee Draft of ISO 31000 Risk management — Guidelines on principles and implementation of risk management ISO, 2007, Committee Draft of ISO/IEC Guide 73 - Risk management Vocabulary KARRER, D., 2006, Modelo de referência para desenvolvimento de inovações tecnológicas sob a perspectiva de discussão das capacitações dinâmicas: uma proposição Projeto de Fim de Curso de Engenharia de Produção - Escola Politécnica UFRJ KOLLER, T., GOEDHART, M. & WESSELS, D., 2005, Valuation: Measuring and managing value of companies, 4a ed. MACIEIRA, A., 2005, .Introdução aos Estudos de Investimentos Estratégicos: Um Arcabouço para Modelagem Financeira de uma Decisão Estratégica Projeto de Fim de Curso de Engenharia de Produção - Escola Politécnica-UFRJ MACIEIRA, A., 2007, Proposta de Modelo Para Avaliação da Robustez Estratégica de uma Análise Financeira. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção - COPPE – UFRJ MACIEIRA, A., KARRER, D., & FRENKEL, J, 2007, Gestão de riscos positivos – A busca pela maximização de ganhos em adição à prevenção de perdas MINTZBERG, H.; QUINN, J.B.; 1998. The Strategy Process: Concepts, Contexts, Cases. Presntice Hall International, UK. NASSIN, T., 2004, Iludidos pelo acaso. Ed. Record NASSIN, T., 2007, Black Swan, Ed. Random House PALEPU, K., HEALEY, P. & BERNARD, V., 2004, Business Analysis & Valuation: Using Financial Statements, 3a ed. Thomson South-Western PAVLOU, P., 2004. IT-enabled Dynamic Capabilities in New Product development: Building a competitive advantage in turbulent Environments. Doctoral Thesis, University of California. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 55 Handbook para Gestão de Riscos Positivos PETERAF, M.; 1993. The Cornerstones of Competitive Advantage: a ResourceBased View. Strategic Management Journal, 14, pág. 179-191. PORTER, M., 1991, "Towards a Dynamic Theory of Strategy" In: Strategic Management Journal, Vol.12, pp.95-117. PROENÇA, A., 2003, “Capacitações dinâmicas e o dinamismo das capacitações: o enfoque centrado em capacitações e o processo estratégico”. In: I Encontro de Estudos Estratégicos – ANPAD. Curitiba. SCHWARTZ, E. S. & TRIGEORGIS, L. 2001, Real Options and Investment Under Uncertainty. Massachusetts: MIT Press. SLYWOTZKY, A., 2007, Do risco à oportunidade – The Upside, Ed. Elsevier SMIT, J. T. H. & TRIGEORGIS, L., 2004, Strategic Investment: Real Options and Games. Princetown: Princetown University Press. Standards Austratia/Standards, 2004, AS/NZS 4360 Risk management STOKER, B., 2006, Positive Risk, Ed. Jossey-Bass TRIGEORGIS, L., 1995, Real Options in Capital Investment. Praeger Publishers, WILLIAMS, A. & TAPSSCO, D., 2006, Wikinomics, Ed. Nova Fronteira YOUNG, S. & O’BYRNE, EVA® e Gestão Baseada em Valor: Guia prático para implantação, 2003, Porto Alegre, Bookman. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 56 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 7. Quem somos A ELO Group é uma empresa de consultoria com foco no desenvolvimento e implementação de soluções completas para a Gestão de Processos e Gestão de Risco com alto grau de conhecimento embarcado. A característica marcante do modelo de negócios da ELO Group é a busca constante pelo desenvolvimento de inovações que possam embarcar o estado da arte do conhecimento em ferramentas de simples adoção e utilização pelas empresas, permitindo com isso a larga difusão de boas práticas de mercado e alavancagem operacional significativa de seus clientes . Fundada em 2006, a ELO nasce como um spin-off do Grupo de Produção Integrada da COPPE/UFRJ - que há mais de 10 anos demonstra grande excelência em projetos de extensão e cursos de curta e longa duração em diversos temas ligados a gestão de negócios. O contato estreito com a Universidade habilita a ELO participar efetivamente das pesquisas e últimas descobertas nos campos de gestão de processos e gestão de riscos, incorporando rapidamente novidades aos seus serviços e produtos. Este caráter inovador de atuação integrando universidade e mercado garantiram a ELO a possibilidade de instalação de sua sede no Parque Tecnológico da COPPE/UFRJ um dos mais renomados e avançados Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da América Latina. Aliado a este sólido embasamento conceitual, a ELO Group por meio de seu corpo de sócios possui grande experiência prática liderando projetos de consultoria em diversos segmentos como: financeiro; seguros; telecomunicação; mineração; construção; manufatura; varejo; desenvolvimento de sistemas; petroquímica; biofarmacos; propaganda e mídia; petróleo e gás; governo, prefeituras e organizações públicas. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 57 Handbook para Gestão de Riscos Positivos São exemplos de cases de sucesso1: Andrade Gutierrez; ANP ; BNDES; BRDistribuidora; CENPES; CESAMA ; CODESC; DBA; Diário das Concorrências; Dril-Quip; EMBRATEL; FAPERJ; Fundação Coppetec; Fundação José Bonifácio; Governo do Estado do Rio de Janeiro; ONS; Nossa Caixa; PETROBRAS; Polibrasil; Prefeitura de Florianópolis; Prefeitura de Juiz de Fora; Prudential; Samarco; Sousa Cruz; Telemar e TRANSPETRO ; Para executar tais projeto a ELO dispõe de um corpo de profissionais com sólida formação acadêmica, mestrado, doutorado, MBAs e certificações associadas ao escopo de atuação da ELO. Alguns destes profissionais ainda atuam como professores em instituições como UFRJ e UERJ e em cursos de curta duração e pós-graduação (MBAs) da COPPE/UFRJ. Finalmente, é importante ressaltar que a ELO Group está em permanente contato com uma rede de excelência, com profissionais de diversas Universidades e Centros de Pesquisa do Brasil, além de acesso a universidades internacionais como Politécnico di Torino (Itália), L’Ecole Centrale de Pais (França); North Caroline State University e Carnegie Mellon University (Estados unidos). 11 Os clientes aqui citados incluem os clientes formais da ELO desde sua criação e clientes referentes à atuação de seus sócios por meio do Grupo de Produção Integrada da COPPE/UFRJ © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 58 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo I – Dicionário de Eventos de Risco Positivo Nível 1 Nível 2 Exemplo (Nível 3) 1.1 Implantação de técnicas e métodos (por exemplo, reengenharia, six sigma, etc...) para aumento da eficiência do processo produtivo A linha de produção criada por Henry Ford é um exemplo clássico de melhoria que trouxe um enorme aumento de eficiência ao processo produtivo 1.2 Aluguel ou compartilhamento de recursos de infra-estrutura (maquinas, salas, equipamentos, etc..) com maior taxa de ociosidade para terceiros e parceiros Várias indústrias vendem o uso do tempo ocioso de suas máquinas para terceiros, compensando os custos fixos relacionados à manutenção dessas máquinas 1. OPORTUNIDADE DE AUMENTO DA EFICIÊNCIA 1.3 Aumento da eficiência através do descontinuamento de produtos e serviços DO PROCESSO com baixa margem para a organização ou desalinhados com sua imagem PRODUTIVO 2. OPORTUNIDADE DE ATUAÇÃO PRÓ-ATIVA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Em seu processo de redefinição do portfólio de produtos, a Samsung descontinuou a produção de TVs de baixo custo, as quais até então representavam uma grande margem para a organização 1.4 Redução de custos através de um processo eficiente que explore os ganhos de sinergia em relação aos produtos/serviços desenvolvidos Na indústria farmacêutica, muitas vezes os custos de setup da produção podem ser diminuídos se produtos de configurações semelhantes forem produzidos em seqüência 1.5 Redução de custos através do aumento da escala de produção O custo de produção das TVs de plasma vem sendo reduzido na medida em que as suas vendas aumentam, elevando também a escala de produção 2.1 Expansão da atuação na cadeia de suprimentos, atuando em atividades que antes eram executadas por concorrentes (horizontalização) ou clientes, distribuidores e fornecedores (verticalização) Muitas empresas investem em uma frota própria para distribuir seus produtos, conseguindo assim melhor confiabilidade de entrega e reduzindo os seus custos 2.2 Redução da atuação na cadeia de suprimentos a partir da terceirização de atividades menos estratégicas Nos EUA, a análise de diversos exames médicos (raio X, ultrasonografia, etc..) é realizada por especialistas capacitados na Irlanda, que retornam o diagnóstico por sistemas, e-mail ou mecanismos móveis como palms\ e celulares, possibilitando um serviço mais rápido e de menor de custo 2.3 Redução de custos pelo aproveitamento da concentração geográfica dos clientes ou fornecedores A Toyota criou o conceito de cidade Toyota, mantendo seus fornecedores a distâncias pré-determinadas e garantindo a agilidade e flexibilidade necessárias à produção e tempos de ressuprimento e níveis de qualidade desejados, através de acordos colaborativos 2.4 Aumento da margem de lucro através de negociações de preço tirando proveito da diferença de informação (relativa a custos de produção ou preços de concorrentes) Um vendedor estará em posição vantajosa quando negociar sem que os seus custos de produção, bem como os preços praticados pelos seus concorrentes sejam conhecidos pelos seus compradores. Essa posição pode ser usada para assegurar uma maior margem de lucro © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 59 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 3. OPORTUNIDADE ASSOCIADAS À DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO/ SERVIÇO NO MERCADO ATUAL 4. OPORTUNIDADE ASSOCIADA A VENDA E PÓS-VENDA DO PRODUTO/ SERVIÇO 2.5 Melhora do processo produtivo através deplanejamento e execução de atividades mais integrados e colaborativos com clientes e fornecedores. A Coca-Cola, para melhor controlar a sua produção, implantou um sistema de VMI (Vendor Managed Inventory) para ter uma maior visualização da demanda do cliente final, diminuindo assim seus gastos com a manutenção de estoques 3.1 Aumento da diferenciação do produto/serviço através da melhoria de suas características em termos de performance No mercado de Câmeras fotográficas digitais, as empresas vêm buscando a diferenciação de suas marcas através de um aumento dos pixels de resolução das mesmas, buscando oferecer a maior resolução de imagem possível para o cliente 3.2 Aumento da diferenciação do produto/serviço através de melhoria de suas características em termos de confiabilidade As empresas de telecomunicações interessadas em atuar no mercado de voz por IP tiveram que assegurar a confiabilidade de seus serviços para conseguir a adesão de clientes que não estariam dispostos a ter suas conversas e reuniões interrompidas por falhas do novo sistema 3.3 Aumento da diferenciação do produto/serviço adicionando funcionalidades já disponibilizadas por concorrentes Depois que a Nokia lançou, com grande sucesso, os celulares com visores de cristal líquido, diversas concorrentes copiaram a funcionalidade, podendo assim beneficiar-se desta inovação 3.4 Aumento da diferenciação do produto/serviço melhorando a sua usabilidade, design ou interface com o usuário A Apple, logo seguida pela Microsoft, criou uma interface gráfica de forma a facilitar o uso de seus computadores, tornando-os mais atrativos para o mercado consumidor 3.5 Aumento da diferenciação do produto/serviço desenvolvendo uma maior customização às preferências do usuário O Site da Amazon armazena informações sobre cada cliente de forma a apresentar na tela as ofertas que estejam em melhor acordo com o seu perfil, aumentando o número de compras realizadas 3.6 Aumento da diferenciação do produto/serviço melhorando o relacionamento com seus produtos/serviços complementares (aqueles produtos/serviços vendidos, utilizado ou acessados em conjunto com o produto/serviço principal) O MC'Donald's vende junto aos seus hambúrgueres diversos outros produtos de alta margem de lucro como batatas fritas, refrigerantes e até mesmo brinquedos, aproveitando a pré-disposição de seus cliente a consumí-los em conjunto. 3.7 Criação de diferenciais competitivos através de uma localização geográfica estratégica para a organização O Guaraná Jesus, por estar localizado no Maranhão, consegue aumentar a sua competitividade no mercado local, e não ser ameaçado pelas grandes marcas de refrigerante. 4.1 Melhoria da velocidade e precisão da entrega do produto ou realização de serviço A pizzaria Domino's consegue um grande diferencial para o seu produto, ao garantir a sua entrega em, no máximo, 30 minutos 4.2 Aumento da disponibilidade do produto/serviço no mercado As máquinas de vendas de latas de refrigerante são uma forma de tornar esses produtos constantemente disponíveis em diversos locais, concretizando vendas que não aconteceriam de outra maneira 4.3 Melhoria do local onde ocorre a venda dos produtos/serviços A AMAZON ao longo da década de 90 tentava recriar um ambiente de biblioteca do velho mundo em suas super-lojas no EUA © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 60 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 5. OPORTUNIDADES DE MELHORIA DA IMAGEM E REPUTAÇÃO DA EMPRESA OU PRODUTO/ SERVIÇO 4.4 Criação de facilidades associadas à venda dos produtos/serviços Atualmente, diversos restaurantes aceitam muitas opções de pagamento (como cartões de crédito e débito, cheques, etc.) conseguindo, assim, aumentar a quantidade de clientes dispostos a consumir seus serviços 4.5 Melhora das atividades de pós-venda relacionadas ao produto/serviço vendido (suporte, garantia, manutenção, etc..) Durante muito tempo, o diferencial das panelas Tramontina era a garantia de reposição no caso de defeitos por um prazo de 20 anos após a sua compra 5.1 Melhoria da reputação da organização A marca de Cigarros Free promoveu durante muito tempo o Free Jazz Festival para melhorar a sua reputação frente à população em geral 5.2 Melhoria da reputação do setor onde a organização atua Produtores de vinho patrocinam pesquisas a respeito dos efeitos benéficos da bebida, melhorando a imagem do setor frente a população e, conseqüentemente, aumentando a demanda por seus produtos A Nike investe constantemente em sua marca, através de altos gastos em propaganda, patrocinando eventos esportivos e criando uma identificação com um estilo de vida específico A Pepsi investiu muito para valorizar a marca do seu novo produto, a Pepsi Twist, inclusive usando os "personagens limões" para criar uma identidade própria do produto 5.3 Aumento do reconhecimento da logomarca da organização 5.4 Aumento do reconhecimento de um produto específico da organização 6. OPORTUNIDADE DE ADEQUAÇÃO DO PRODUTO/ SERVIÇO A NOVOS MERCADOS 6.1 Adequação das características do produto/serviço possibilitando que mais compradores tenham acesso ao produto A Danone passou a vender iogurtes em pacotes unitários na região Nordeste do país, conseguindo com que trabalhadores de menor poder aquisitivo e que recebem salários semanais pudessem consumir seus produtos regularmente . 6.2 Adequação da forma de distribuição do produto/serviço possibilitando que mais compradores tenham acesso ao produto A Avon desenvolveu um sistema de distribuição que lhe permite realizar entrega a clientes que não possuem um endereço formal, e residem em regiões remotas do país. A distribuição da Avon consegue atingir locais aonde as ruas não possuem nome, através de referências alternativas. 6.3 Criação de condições financeiras que aumentem a capacidade de compra dos clientes do produto/serviço As Casas Bahia conseguem vender diversos produtos a clientes de baixo poder aquisitivo através da concessão de grandes quantias de crédito. 7.1 Desenvolvimento de produto/serviço com funcionalidades inovadoras (significativamente diferentes das existentes no mercado) Em um momento onde a competitividade no mercado de telefones celulares rumava para uma guerra de preços, a Nokia inovou lançando o celular com visor de cristal líquido, conseguindo diferenciar-se do restante do mercado. 7.2 Desenvolvimento de produto/serviço que contenha inovação significativa no seu design ou plataforma (buscando eliminar momentaneamente a concorrência) A disputa entre as plataformas VHS e Beta Max, assim como a disputa atual entre o HD-DVD e o Blu-ray são exemplos de oportunidades onde uma empresa procura eliminar a concorrência fazendo com que sua plataforma conquiste a preferência dos consumidores. 7. OPORTUNIDADE DE INOVAÇÃO © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 61 Handbook para Gestão de Riscos Positivos 7.3 Lançamento de produto/serviço direcionado para pessoas que atualmente não consomem produtos/serviços similares ou que consomem produtos/serviços substitutos Tanto a Gol quanto a Norte Americana Southwest conseguiram expandir a sua base de clientes fazendo com que pessoas que costumavam viajar de ônibus ou trem passassem a viajar de avião. 7.4 Oferta de produto/serviço através de um modelo de negócio inovador (diferente dos existentes no mercado) A Apple vêm comercializando músicas através da internet, fazendo uso de mecanismos de distribuição digital, como seu software iTunes, conseguindo uma grande vantagem competitiva em relação ao modelo vendas de CDs físicos utilizados pelas gravadoras tradicionais. 7.5 Explorar regulamentações favoráveis Diversas consultorias a área de responsabilidade social atuam junto aos órgãos legisladores para favorecerem o desenvolvimento de legislações relacionadas à sua área de atuação, gerando assim, demanda por seus serviços. © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 62 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo II – Matriz de Tradução da Estratégia Interpretação qualitativa da escala de Relevância estratégica: 0A oportunidade não pode influenciar o desempenho da organização 1A oportunidade pode influenciar o desempenho da organização apenas de forma irrelevante 2A oportunidade pode influenciar o desempenho da organização de maneira muito discreta e de difícil mensuração 3A oportunidade pode influenciar levemente o desempenho da organização 4 A oportunidade pode influenciar razoavelmente o desempenho da organização 5A oportunidade pode influenciar de forma significativa o desempenho da organização 6A oportunidade deve ser ativamente perseguida para que a organização consiga um desempenho adequado 7Aproveitar a oportunidade é necessário para viabilizar o negócio da organização 8A organização deve buscar excelência no aproveitamento da oportunidade para viabilizar o seu negócio 9 A organização precisa ser líder no aproveitamento da oportunidade para viabilizar o seu negócio 10A organização precisa liderar com grande margem o aproveitamento da oportunidade para viabilizar o seu negócio © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 63 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Interpretação qualitativa da escala de comparação com os concorrentes: -5 Concorrentes sempre conseguem um aproveitamento muito superior ao da organização -4Concorrentes costumam conseguir um aproveitamento muito superior ao da organização -3Concorrentes sempre conseguem um aproveitamento superior ao da organização -2Concorrentes costumam conseguir um aproveitamento superior ao da organização -1Concorrentes costumam conseguir um aproveitamento levemente superior ao da organização 0O aproveitamento da organização costuma ser similar ao dos concorrentes 1A organização costuma conseguir um aproveitamento levemente superior ao de seus concorrentes 2 A organização costuma conseguir um aproveitamento superior ao de seus concorrentes 3 A organização sempre consegue um aproveitamento superior ao de seus concorrentes 4 A organização costuma conseguir um aproveitamento muito superior ao de seus concorrentes 5 A organização sempre consegue um aproveitamento muito superior ao de seus concorrentes © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 64 Handbook para Gestão de Riscos Positivos III – Template de Inventário de Oportunidades © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 65 Handbook para Gestão de Riscos Positivos © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 66 Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo IV – Matriz de Análise de Fontes de Risco por Oportunidades Pessoas Oportunidade 1 Oportunidade 2 Competências Experiência Atitudes Carga de trabalho Responsabilidades e autoridades Processos Fluxo de informação Métodos e técnicas utilizados Procedimentos e políticas Design do processo Infra-estrutura física Monitoração Sistemas Ambiente de trabalho Planilhas e documentos Aplicativos Servidores e banco de dados Redes de comunicação Ambiente Externo Validação entre sistemas Ambiente legal Ambiente político Ambiente econômico Ambiente natural Consumidores Concorrentes Fornecedores Parceiros © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 67 Oportunidade 3 Oportunidade N Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo V – Matriz de Análise de Processos por Oportunidades Oportunidade 1 Oportunidade 2 Definição da estratégia Desenvolvimento de produtos e serviços Comercialização de produtos e serviços Produção dos produtos e realização dos serviços Entrega dos produtos e prestação de serviços Gerenciamento de clientes Gestão de recursos humanos Gestão de tecnologia da informação Gestão financeira e contábil Gerenciamento de ativos físicos, inventário e patrimônio Gerenciamento de saúde do trabalhador e questões ambientais Gerenciamento de relação com terceiros, parceiros órgãos reg. e investidores Gestão do conhecimento e da mudança © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Página 68 Oportunidade 3 Oportunidade N Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VI – Modelo de Maturidade de Risco Positivo Componentes da Gestão de Risco Positivos Identificação de Oportunidades Avaliação de Oportunidades Exploração de Oportunidades Monitoração de Oportunidades Comunicação de Oportunidades 5 A organização define políticas e diretrizes (remuneração variável, pe.) incentivando a busca de oportunidades. Os recursos financeiros aportados são significativos A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da avaliação de oportunidades A organização define políticas e diretrizes (remuneração variável, pe.) incentivando a exploração de oportunidades. Os recursos financeiros aportados são significativos A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da monitoração de oportunidades A organização investe em tecnologia para aumentar a complexidade e precisão da comunicação de oportunidades 4 A organização aporta recursos financeiros relevantes em capacitações, ações motivacionais, ferramentas, pesquisas, etc. para viabilizar a identificação da oportunidade Existência de rotinas complexas, diretrizes quantitativas e competências avançadas para avaliação do retorno de uma oportunidade para a organização A organização aporta recursos financeiros relevantes em capacitações, ações motivacionais, ferramentas, pesquisas, etc. para viabilizar a exploração de oportunidades Existência de rotinas complexas, diretrizes quantitativas e competências avançadas para monitoração do retorno das oportunidades para a organização A organização tem uma comunicação intensa entre as áreas identificando rapidamente sinergias. 3 A estratégia determina claramente a oportunidade a ser perseguida e os principais envolvidos. Contudo, os recursos são limitados e o apoio estratégico é restrito. Existência de procedimentos formais e métodos robustos para avaliação da oportunidade. A avaliação de oportunidade é minimamente uniforme na organização A estratégia determina claramente a oportunidade a ser explorada e os principais envolvidos. Contudo, os recursos são limitados e o apoio estratégico é restrito. Existência de procedimentos formais e métodos robustos para monitoração da oportunidade. A avaliação de oportunidade é minimamente uniforme na organização A organização possui uma comunicação contínua entre as áreas em relação a gestão de oportunidades 2 Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, Existência de rotinas simples, diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e diretrizes qualitativas e competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo competências básicas. Contudo a identificação de oportunidade a avaliação de oportunidade a exploração de oportunidade a monitoração de oportunidade a comunicação de oportunidade está isolada em silos está isolada em silos está isolada em silos está isolada em silos está isolada em silos funcionais. funcionais. funcionais. funcionais. funcionais. 1 A identificação de oportunidade é fortemente dependente do interesse dos envolvidos © Outubro 2007. ELO Group A avaliação de oportunidade é fortemente dependente do interesse dos envolvidos www.elogroup.com.br A exploração de oportunidade é fortemente dependente do interesse dos envolvidos Página 69 A monitoração de oportunidades é feita de forma intuitiva e dependente dos interesses próprios dos envolvidos A comunicação de oportunidades é feita de forma intuitiva e dependente dos interesses próprios dos envolvidos Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VII.a – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Identificação de Oportunidades) Complexidade Baixa Complexidade Intermediária Complexidade Alta Pessoas Processos - Capacitação AVANÇADA em práticas para análise de oportunidades em - Definição de diretriz com tempo obrigatório que os funcionários devem investir FORNECEDORES, CONCORRENTES, PARCEIROS E CLIENTES (pe: teoria na identificação de novas oportunidades (por, exemplo, 10% do tempo total) de capacitações dinâmicas e teoria do dilema do inovador) - Definição de diretriz com remuneração variável alinhada a um bom - Capacitação AVANÇADA em práticas para análise de oportunidades em desempenho na identificação de oportunidades PROCESSOS INTERNOS (pe:SOA, BPML, BPEL, UML, componentização, .) - Uso de benchmarking de práticas de mercado para identificação de pontos de - Uso de método de mapeamento de competências para identificação de melhoria em relação a empresas de ponta no mercado (modelos de referência competências não utilizadas no quadro de funcionários e terceiros de melhores, pesquisas de benchmarking, etc.) - Contratação de consultoria especializada para identificação de oportunidades específicas - Capacitação INTERMEDIÁRIA em práticas para análise de oportunidades em FORNECEDORES, CONCORRENTES, PARCEIROS E CLIENTES (pe: estratégicas genéricas de Porter, cadeia de valor, rede de valor, VBR e teoria dos jogos) - Capacitação INTERMEDIÁRIA em práticas para análise de oportunidades em PROCESSOS INTERNOS (pe: BPM, Six Sigma, Teoria da Restrições, Pensamento Sistêmico, etc..) - Realização de ação de mudança de atitude e conscientização (estado de alerta) fomentando a cultura de busca por oportunidades - Realização de ação para entendimento e internalização da visão processual que atravessa as diversas áreas funcionais em uma determinada oportunidade - Capacitação BÁSICA em práticas para análise de oportunidades em FORNECEDORES, CONCORRENTES, PARCEIROS E CLIENTES (pe: SWOT e 5 Forças de Portes) - Capacitação BÁSICA em práticas para análise de oportunidades em PROCESSOS INTERNOS (pe: Qualidade, Reengenharia, modelagem de fluxogramas, etc..) - Assegurar patrocínio do topo estratégico na identificação da oportunidade - Uso de práticas para coleta de conhecimentos específicos junto a parceiros e fornecedores (pesquisas, concurso, gestão de contratos colaborativos, etc.) - Uso de práticas para coleta de conhecimento específico junto a clientes (pesquisas, promoções colaborativas, concurso, testes de protótipos com usuários avançados, etc.) - Definição de diretriz com metas que os funcionários devem alcançar em termos de oportunidades por espaço de tempo (2 novos produtos por ano) - Adoção de modelo de referência para identificação de oportunidades de melhoria (pe: CMMI, ITIL, COBIT, SCOR, VCOR, COPC, etc..) - Definição de diretriz para participação ativa junto a órgãos reguladores influenciando a criação de novos regulamentações - Definição de diretriz para aproximação estratégica de funcionários com perfis e conhecimentos distintos em torno de uma determinada oportunidade - Existência de checklist de apoio ao processo de identificação de oportunidades - Formalização de gatekeeps para coleta e divulgação de informação © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br - Uso de métodos para coleta e análise de dados não estruturados para identificação de oportunidades interna e externamente a empresa (text mining, business inteligence, etc.) - Uso de métodos para coleta e análise de dados estruturados para identificação de oportunidades interna e externamente a empresa (data mining, BAM, business inteligence, etc.) - Implantação de procedimentos para mapeamento de ações de concorrentes (por exemplo, Environment Scan) - Implantação de rotina para monitoramento de editais de fomento e - Capacitação em métodos estruturados para geração de idéias e obtenção de financiamento consenso (pe: brainstorming, DELPHI, etc.) - Formalização de accountabilities para identificação de oportunidades Sistemas Página 70 - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de identificação de oportunidades na organização Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VII.b – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Avaliação de Oportunidades) Complexidade Intermediária Complexidade Alta Pessoas Processos - Capacitação AVANÇADA em métodos para análise dinâmica e simulação das relações de causa e efeito de uma oportunidade (pe: dinâmica de sistemas, simulação computacional, otimizadores) - Capacitação AVANÇADA em método para análise financeira do valor de uma oportunidade em ambiente de grande incerteza (pe: Opções reais) - Capacitação em métodos para analisar a reação de concorrentes e envolvidos a uma determinada oportunidade (pe: análise de sustentabilidade a imitação, substituição e apropriação de valor, teoria dos jogos) - Capacitação INTERMEDIÁRIA em método para análise financeira do valor de uma oportunidade em ambiente incerteza moderada (pe: Fluxo de caixa descontado, valuation) - Contratação de pesquisas, análises e estudos detalhados para validação da oportunidade identificada - Uso de ferramenta para modelagem matemática da oportunidade (simulação computacional, otimizadores, por - Implantação de procedimento para aprovação gradativa de projetos em exemplo) estágios conforme resultados intermediários são obtidos - Implantação de procedimento para formalização do fluxo de aprovação de uma oportunidade a partir de sua identificação até sua aprovação final - Definição de critérios financeiros para aprovação ou rejeição de uma oportunidade para a organização (pe: taxas mínimas de atratividade, TIR, EVA, etc.) - Capacitação em método para avaliar o grau de comprometimento e flexibilidade da organização com a oportunidade identificada (pe: análise - Integração do método de avaliação de oportunidades ao método de de lock-in; lock-out; lag e inércia; análise da curva S de produtos) indicadores (pe:, BSC) da organização Complexidade Baixa -Formação de grupos multifuncionais com especialistas para aprovação da oportunidade - Capacitação BÁSICA em método para análise das relações de causae-efeito envolvidos na oportunidade (pe: diagrama de causa-e-efeito, diagrama de Ishikawa, FMEA, FMECA, mapa sistêmico) - Capacitação BÁSICA em métodos para avaliar o valor de um recurso (análise VRIN - Valiosos? Raro? Inimitável? Não substituível? por exemplo) - Formalização de accountabilities para avaliação de oportunidades © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br Sistemas - Uso de regras qualitativas e diretrizes simples para orientar trabalhadores na avaliação de uma oportunidade - Existência de checklist de apoio ao processo de avaliação de oportunidades - Definição de critérios qualitativas para minimização do comprometimento com uma única oportunidade através da diversificação das apostas (pe: aposta dupla) Página 71 - Uso de ferramentas estruturadas de planejamento de longo prazo, seqüenciamento de ações estratégicas e tomada de decisão em relação a ações de resposta a oportunidade (por exemplo, roadmaps) - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de avaliação de oportunidades na organização Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VII.C – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Exploração de Oportunidades) Complexidade Baixa Complexidade Intermediária Complexidade Alta Pessoas Processos - Utilização de redes de open innovation para acesso a competências fora das - Definição de diretriz com tempo obrigatório que os funcionários devem fronteiras da empresa (pe: contratos de licenciamento, transferência de investir no desenvolvimento de novas oportunidades (20% do tempo total) tecnologia, compras de empresas de tecnologias emergentes, parcerias com universidades, etc.) - Definição de diretriz com metas que os funcionários devem alcançar em termos de oportunidades implementadas (1 produtos por ano) - Capacitação em métodos AVANÇADOS de gestão quantitativa de risco em projetos - Definição de diretriz com remuneração variável alinhada a um bom desempenho na exploração de oportunidades - Capacitação em técnicas estruturadas para otimização do desenvolvimento de novos produtos e diminuição do time to market (pe: engenharia - Implantação de rotinas na busca por competências externas as fronteiras da simultânea, paralelização de atividades, técnicas de prototipação rápida). empresa de forma a otimizar o risco retorno de projetos (start-ups, spin-offs, referências em tecnologias emergentes) - Capacitação em métodos para assimilação rápida de novas tecnologias e inovações promovidas por concorrentes (Ex:Técnicas de engenharia reversa). - Assegurar patrocínio do topo estratégico na exploração da oportunidade - Definição de políticas e procedimentos para gestão de patentes e - Formação de times multifuncionais para desenvolvimento de novos produtos propriedade intelectual para assegurar a apropriação do valor das oportunidades percebidas. - Capacitação INTERMEDIÁRIA em métodos de gestão de projetos em ambientes incertos que minimizem o grau de comprometimento necessário enquanto a incerteza permanecer alta (pe: técnicas stage-gate, gestão de portfólio, learn to burn rate) - Realização de testes pilotos e provas de conceitos antes da implementação efetiva da oportunidade - Implantação de rotina de versionamento e faseamento de desenvolvimento - Realização de eventos para instaurar o senso de urgência necessário para o de produto, lançando versões iniciais e incorporando o aprendizado com o mercado em versões subseqüentes aproveitamento de uma oportunidade, assegurando o patrocínio de áreas e pessoas-chave dentro da organização - Isolamento da equipe de trabalho em local adequado, fortalecendo a - Realização de ação para mapeamento detalhado das atividades das áreas e separação com o operacional da organização pessoas envolvidas em uma determinada oportunidade - Capacitação básica em gestão de projetos - Formalização de accountabilities para identificação de oportunidades © Outubro 2007. ELO Group www.elogroup.com.br - Definição de diretriz para delegação de maior autonomia a empregados mais capacitados e experientes para tomada de decisão mais rápida (empowerment) - Existência de checklist de apoio ao processo de exploração de oportunidades Página 72 Sistemas - Uso de ferramentas avançadas para gestão quantitativa de riscos de projetos (Pertmaster, por exemplo) - Uso de ferramentas para gestão de projetos (Ms Project, PRIMAVERA por exemplo) - Desenvolvimento de funcionalidades de sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de exploração de oportunidades na organização Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VII.d – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Monitoração de Oportunidades) Complexidade Baixa Complexidade Intermediária Complexidade Alta Pessoas Processos - Implantação de rotina para registro e acompanhamento das oportunidades aproveitadas e perdidas (ex. base de perdas de risco positivo) - Capacitação AVANÇADA em método para análise estatística do comportamento de um conjunto de variáveis associados a oportunidade (Exemplos, análise de correlação, ANOVA, stress test, VAR, etc..) - Implantação de rotina de controle estatístico de processos (CEP) para avaliação de variações e dispersões em uma determinada operação - Implantação de indicadores chave de oportunidades para monitoração das oportunidades investidas - Capacitação INTERMDIÁRIA em método para análise estatística do comportamento de um conjunto de variáveis associados a oportunidade (Exemplos, diagrama de tendência, histogramas, etc..) - Capacitação em método de control self-assessment para avaliar potenciais vulnerabilidades na identificação, avaliação, exploração, monitoração e comunicação de oportunidades - Definição de hipóteses a serem verificadas periodicamente para monitorar resultados obtidos com as oportunidades investidas - Implantação de rotina de testes para verificar periodicamente se as oportunidades vêm sendo adequadamente identificadas, avaliadas, exploradas, monitoradas e comunicadas (auditoria de inovação, por exemplo) - Definição de critérios específicos de stop-loss para se desvencilhar de produtos, processos, negócios que não vêm dando certo - Formalização de accountabilities para monitoração de oportunidades © Outubro 2007. ELO Group - Existência de checklist de apoio ao processo de exploração de oportunidades www.elogroup.com.br Página 73 Sistemas - Uso de métodos para coleta e análise de dados não estruturados para monitoração das oportunidades interna e externamente a empresa (text mining, business inteligence, etc.) - Uso de métodos para coleta e análise de dados estruturados para monitoração das oportunidades interna e externamente a empresa (data mining, BAM, business inteligence, etc.) - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de monitoração de oportunidades na organização Handbook para Gestão de Riscos Positivos Anexo VII.e – Inventário de Práticas de Risco Positivo (Comunicação de Oportunidades) Pessoas Processos Sistemas Complexidade Baixa Complexidade Intermediária Complexidade Alta - Definição de diretrizes para gestão consciente de subculturas organizacionais (controle estratégico de divergências positivas) - Implantação de procedimento para criação de um registro de lições aprendidas e boas práticas da organização - Implantação de procedimento para disponibilização de relatórios específicos para alimentar o processo de planejamento estratégico e o orçamentação - Uso de método para desdobramento da estratégia em indicadores e metas para a organização (Balanced Scorecard, por exemplo) - Definição de diretriz para rotação de funcionários entre atividades ou tarefas para difusão de certo conhecimentos específicos ou estratégicos - Realização de eventos para divulgação de oportunidades que tiveram sucesso reconhecendo os funcionários envolvidos - Capacitação em ações de marketing e comunicação de forma que os envolvidos possam valorizar e divulgar os reais ganhos obtidos com a oportunidade explorada - Implantação de procedimento para disponibilização de relatórios internos de forma a favorecer a comunicação de assuntos referentes a uma determinada oportunidade - Implantação de procedimento formalizando o dicionário de oportunidades da organização - Implantação de procedimento para criação da base de conhecimento da organização reunindo artigos, apresentações, relatórios e outras informações relacionadas a uma determinada área do conhecimento ou nicho - Construção de canal para promover a comunicação da organização entre seus funcionários no que tange a gestão de oportunidades (email, site, caixinha de sugestões, por exemplo) - Formalização de gatekeeps para coleta e divulgação de informação - Implantação de procedimento formalizando o glossário de oportunidades - Formalização de accountabilities para monitoração de oportunidades © Outubro 2007. ELO Group - Formalização da política de gestão de riscos positivos - Existência de checklist de apoio ao processo de comunicação de oportunidades www.elogroup.com.br Página 74 - Uso de tecnologia para construção de bases de conhecimento colaborativas compartilhando a informação de diversas áreas - Uso de tecnologia web 2.0 para facilitar a comunicação e colaboração (blogs, collective intelligence, mashs-ups, peerto-peer network, RSS, social networks, wikis, etc. - Desenvolvimento de funcionalidades nos sistemas para automatizar rotinas associadas ao amadurecimento do processo de comunicação de oportunidades na organização