Ciências da Natureza e suas Tecnologias - Biologia Ensino Médio, 3ª Série Uso indevido de drogas, Gravidez na adolescência e Obesidade OBJETIVOS: discutir três tópicos importantes na formação dos jovens: drogas, gravidez na adolescência e cuidados com o corpo, gerando informações e construindo bases para uma prevenção e conscientização dos jovens cidadãos. CONTEÚDOS: •Uso indevido de drogas: • tipos de drogas; • efeitos e danos ao organismo. • Gravidez na adolescência: • índices mundiais e brasileiros; • riscos; • aborto. • Cuidados com o corpo: • obesidade; • bulimia; • anorexia. Uso indevido de drogas O que são drogas? “ Drogas são substâncias que produzem mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional das pessoas. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, da droga escolhida, da quantidade, frequência, expectativas e circunstâncias em que é consumida. “ (SENAD, 2004) (1) • O uso de drogas pode causar danos à saúde, inclusive cerebrais, deixam as pessoas vulneráveis a acidentes no trânsito ou a comportamentos de risco, como praticar sexo sem camisinha e compartilhamento de seringas. • A melhor prevenção contra as drogas é a informação! • A adolescência é um período crítico para o uso de drogas, além de questões fisiológicas, pois ainda é um corpo em formação e mudanças, existem as questões psicológicas. Segundo Marques e Cruz (2000), nesta etapa o jovem não aceita orientações, está mais afastado da família e sofre influência do grupo de jovens a que pertence, estando, então, mais vulnerável. (2) • Tipos de drogas: – Licitas: álcool, tabaco, Medicamentos (moderadores de apetite, remédios utilizados para reduzir a ansiedade etc.). Imagem: CERO / Public Domain – Ilícitas: maconha, cocaína, crack, oxi, LSD, heroína, solventes e inalantes (loló, lança-perfume). Imagem: Thoric / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/alcoolismo/efeitos.php • Efeitos e danos ao organismo - Álcool DOSE (g/l) EQUIVALENTE EFEITOS 0,2 a 0,3 1 copo cerveja, 1 cálice peq. de vinho, 1 dose uísque ou de outra bebida destilada As funções mentais começam a ficar comprometidas. A percepção da distância e da velocidade são prejudicadas. 0,31 a 0,5 2 copos cerveja, 1 cálice grande de vinho, 2 doses de bebida destilada O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando a sensação de calma e satisfação. 0,51 a 0,8 3 ou 4 copos de cerveja, 3 copos de vinho, 3 doses de uísque Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de luminosidade; superestimação das possibilidades e minimização de riscos; e tendência à agressividade. 0,81 a 1,5 grandes quantidades de bebida alcoólica Dificuldades de controlar automóveis; incapacidade de concentração e falhas de coordenação neuromuscular. 1,51 a 2 grandes quantidades de bebida alcoólica Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão. 2,1 a 5 grandes quantidades de bebida alcoólica Embriaguez profunda. >5 grandes quantidades de bebida alcoólica Coma alcoólico. (3) Tabela 1 – Prevalência do uso de bebidas alcoólicas por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em consideração os tipos de usos. Capitais Tipos de uso* Na vida No ano No mês freqüente pesado Aracaju 46,1 43,2 31,5 9,1 5,6 Belém 57,5 55,0 40,6 9,3 5,7 Belo Horizonte 67,8 66,5 48,3 14,2 7,9 Boa vista 62,9 60,4 41,5 10,6 6,5 Brasília 46,1 43,2 31,5 9,1 5,6 Campo Grande 68,7 67,5 46,4 11,4 6,4 Cuiabá 59,3 57,3 44,1 11,9 7,1 Curitiba 68,8 67,3 49,0 13,0 6,9 Florianópolis 64,9 63,4 59,3 41,2 10,3 Fortaleza 71,4 68,5 46,3 11,9 6,9 Goiânia 69,8 67,7 47,2 13,9 7,8 João Pessoa 64,3 63,4 41,9 11,4 6,9 Macapá 49,3 47,7 31,9 7,8 4,8 Maceió 67,4 64,9 47,3 13,6 8,7 Manaus 60,30 57,9 40,6 7,7 4,2 Natal 46,1 43,2 31,5 9,1 5,6 (4) Tabela 1 – Prevalência do uso de bebidas alcoólicas por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em consideração os tipos de usos. Capitais Tipos de uso* Na vida No ano No mês freqüente pesado Palmas 58,2 56,7 39,6 10,3 6,0 Porto Alegre 69,0 68,2 47,8 14,8 7,1 Porto Velho 59,8 57,4 40,2 7,9 5,0 Recife 64,5 62,0 46,4 12,9 7,4 Rio Branco 55,3 53,9 35,7 6,2 3,5 Rio de Janeiro 68,9 67,1 47,8 12,9 7,6 Salvador 64,1 62,1 46,9 13,8 8,8 São Luís 65,2 62,9 43,2 10,9 5,8 São Paulo 69,8 68,4 47,5 12,2 6,9 Teresina 65,7 64,3 44,6 13,5 6,4 Vitória 67,6 64,6 45,4 10,0 6,3 (4) – Tabaco • Câncer de Pulmão: 87% das mortes por câncer de pulmão ocorrem entre os fumantes. • Doenças Cardíacas: os fumantes correm um risco de 70% maior de apresentarem doenças cardíacas • Câncer de Mama: as mulheres que fumam 40 ou mais cigarros por dia têm uma probabilidade 74% maior de morrerem de câncer de mama. • Deficiências Auditivas: os bebês de mulheres fumantes têm maiores dificuldades em processarem sons. • Complicações da Diabetes: os diabéticos que fumam ou que mascam tabaco correm maior risco de em graves complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais rápidas. • Câncer de Cólon: dois estudos com mais de 150.000 pessoas mostram uma relação clara entre o fumo e o câncer de cólon. • Asma: a fumaça pode piorar a asma em crianças . (5) • Predisposição ao Fumo: as filhas de mulheres que fumavam durante a gravidez têm quatro vezes mais probabilidade de fumar também. – Tabaco • Leucemia: suspeita-se que o fumo cause leucemia mielóide. • Contusões em Atividades Físicas: segundo um estudo do Exército dos Estados Unidos, os fumantes têm mais probabilidades de sofrerem contusões em atividades físicas. • Memória: doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental em tarefas complexas. • Depressão: psiquiatras estão investigando evidências de que há uma relação entre o fumo e a depressão profunda, além da esquizofrenia. • Suicídio: um estudo feito entre enfermeiras mostrou que a probabilidade de cometer suicídio era duas vezes maior entre as enfermeiras que fumavam. • Outros perigos a acrescentar à lista: câncer da boca, laringe, gargantas, esôfago, pâncreas, estômago, intestino delgado, bexiga, rins e colo do útero; derrame cerebral, ataque cardíaco, doenças pulmonares crônicas, distúrbios circulares, úlceras pépticas, diabetes, infertilidade, bebês abaixo do peso, osteoporose e infecções dos ouvidos. Pode-se acrescentar ainda o perigo de incêndios, já que o fumo é a principal causa de incêndios em residências, hotéis e hospitais. (6) Tabela 1 – Prevalência do uso de tabaco por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em consideração os tipos de usos. Capitais Na vida Tipos de uso* No ano No mês frequente pesado Aracaju 17,1 12,6 9,6 1,8 1,3 Belém 23,7 16,1 10,5 3,5 2,2 Belo Horizonte 24,6 15,3 10,1 4,9 3,6 Boa vista 29,5 19,6 13,4 5,0 3,6 Brasília 17,1 12,6 9,6 1,8 1,3 Campo Grande 24,2 14,2 8,9 3,7 2,2 Cuiabá 18,0 12,3 7,9 3,0 1,6 Curitiba 25,4 13,5 8,2 3,8 3,3 Florianópolis 23,1 12,5 11,1 6,9 2,1 Fortaleza 30,0 20,00 11,8 4,6 2,7 Goiânia 25,9 14,5 9,7 3,8 2,9 João Pessoa 23,0 13,2 8,1 3,7 2,8 Macapá 19,6 12,0 8,9 2,9 2,0 Maceió 24,3 15,8 11.0 4,5 3,6 Manaus 32,0 19,5 12,7 4,6 3,0 (7) Tabela 1 – Prevalência do uso de tabaco por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em consideração os tipos de usos. Capitais Na vida Tipos de uso* No ano No mês frequente pesado Natal 17,1 12,6 9,6 1,8 1,3 Palmas 16,4 10,2 5,3 1,5 1,1 Porto Alegre 33,5 22,4 14,2 7,2 4,8 Porto Velho 25,4 17,2 11,5 4,6 3,3 Recife 26,8 18,2 12,9 5,5 3,3 Rio Branco 27,9 18,0 10,0 2,6 1,7 Rio de Janeiro 27,2 17,3 10,8 4,0 3,2 Salvador 17,7 9,4 5,6 2,0 1,0 São Luís 25,2 15,2 9,1 2,2 1,5 São Paulo 26,2 17,0 10,8 4,2 2,9 Teresina 22,2 13,8 8,6 3,0 1,7 Vitória 22,6 13,4 7,4 3,1 2,4 (7) – Maconha 1 Cérebro Imagem: Oren neu dag / Creative Commons AttributionShare Alike 3.0 Unported Efeitos imediatos 1. Perda da noção de tempo e espaço, lentido 5 Membros de raciocínio, euforia. Pode provocar depressão e crises psicóticas. Em doses 4 Pulmões altas, alucinações. 2. Dilatação dos vasos sanguíneos do globo ocular. 3. Taquicardia. 4. Dilatação dos brônquios. 5. Perda de coordenação motora. 6. Aumento de apetite Efeitos a longo prazo 1. Memória e capacidade de raciocínio podem ficar prejudicadas em fumantes pesados. 2. Pode provocar câncer 3. Ciclo menstrual desregulado nas mulheres. Fumar durante a gravidez prejudica o feto. 2 Olhos 3 Coração 6 Sistema Digestivo 7 Aparelho reprodutor Imagem: Gregory Maxwell / Public Domain (8) Tabela 1 – Prevalência do uso de tabaco por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em consideração os tipos de usos. Capitais Na vida Tipos de uso* No ano No mês frequente pesado Aracaju 5,5 3,8 3,9 0,3 0,1 Belém 4,1 3,2 2,5 0,7 0,4 Belo Horizonte 7,1 6,0 4,2 1,1 0,6 Boa vista 8,5 6,5 4,5 1,1 0,7 Brasília 5,5 3,0 3,9 0,3 0,1 Campo Grande 3,7 2,6 1,9 0,6 0,3 Cuiabá 3,7 2,6 1,8 0,2 0,1 Curitiba 7,7 5,7 3,7 0,8 0,6 Florianópolis 6,2 5,0 3,2 0,5 0,4 Fortaleza 7,0 5,0 3,1 0,8 0,4 Goiânia 7,2 5,4 3,8 0,8 0,6 João Pessoa 4,0 3,3 2,3 0,5 0,4 Macapá 3,0 2,5 1,8 0,3 0,0 Maceió 5,5 4,6 3,6 0,7 0,5 (7) Tabela 1 – Prevalência do uso de tabaco por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em consideração os tipos de usos. Capitais Na vida Tipos de uso* No ano No mês frequente pesado Manaus 7,7 5,7 4,1 0,5 0,5 Natal 5,5 3,8 3,9 0,3 0,1 Palmas 4,4 3,4 1,9 0,6 0,4 Porto Alegre 10,9 8,3 5,5 1,9 1,2 Porto Velho 5,8 4,2 2,8 0,4 0,3 Recife 6,6 5,1 3,5 1,0 0,8 Rio Branco 3,8 3,3 1,9 0,3 0,1 Rio de Janeiro 6,8 5,3 4,0 1,0 0,7 Salvador 3,4 2,8 2,0 0,4 0,3 São Luís 4,3 3,0 2,3 0,5 0,2 São Paulo 6,6 5,5 3,8 1,2 0,4 Teresina 4,0 2,8 2,2 0,4 0,3 Vitória 6,0 4,4 3,6 0,7 0,5 (7) – Crack Quantidades maiores levam o usuário a comportamentos violentos, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento de paranóia (“nóia”). Os efeitos duram até 5 minutos, e logo após vem sensações desagradáveis como cansaço e depressão, o que leva a nova vontade de fumar. 2 Outros efeitos: •Aumento das pupilas •Dor no peito •Contrações musculares •Convulsões •Coma •Elevação da pressão arterial •Taquicardia (9) 1 3 Imagem: Mikael Häggström / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication O crack é fumado por meio de um cachimbo, que leva a fumaça resultante da queima das pedras até os pulmões. No pulmão ocorre a absorção instantânea pela corrente sanguínea e chegada rápida ao cérebro (3 a 15 segundos) No cérebro são liberadas substâncias que dão sensação de prazer, euforia e poder, além de excitação, hiperatividade, insônia, perda de sensação de cansaço e falta de apetite. Tabela 1 – Prevalência do uso de crack por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em conta sexo e idade. Idade 13-15 16-18 Masc. Sexo Fem. N.I. 10-12 Aracaju 0,5 0,7 0,0 0,0 0,3 0,9 2,3 Belém 1,3 0,2* 0,0 0,0 0,9 1,1 0,7 Belo Horizonte 1,7 1,1 2,6 0,3 1,1 1,2 1,9 Boa vista 2,1 0,3* 0,0 0,1 1,1 0,9 4,5 Brasília 0,4 O,3 0,0 0,3 0,2 0,3 0,0 Campo Grande 1,1 0,4 0,0 0,7 0,6 1,0 0,6 Cuiabá 0,7 0,8 5,0 1,8 0,2 1,2 0,0 Curitiba 2,0 0,5* 0,7 0,0 0,3 2,0 8,6 Florianópolis 0,3 0,4 0,0 0,3 0,1 0,6 0,3 Fortaleza 2,0 0,3* 1,9 0,4 1,0 1,0 3,9 Goiânia 1,7 0,4* 2,8 0,6 1,4 1,0 0,3 João Pessoa 1,4 0,7* 0,0 0,6 1,3 0,9 0,7 Macapá 0,2 0,2 0,0 0,2 0,6 0,0 0,0 Maceió 0,8 0,4 0,0 0,0 0,3 1,1 0,9 Capitais Masc. Tabela 1 – Prevalência do uso de crack por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual dos estados brasileiros; dados expressos em porcentagem, levando-se em conta sexo e idade. Idade 13-15 16-18 Masc. Sexo Fem. N.I. 10-12 Manaus 0,7 0,5 0,4 0,0 0,4 0,2 0,8 Natal 0,5 0,7 0,0 0,0 0,3 0,9 2,3 Palmas 0,9 0,8 0,0 0,0 0,5 4,5 1,7 Porto Alegre 2,3 0,7 2,4 0,2 0,9 2,5 9,3 Porto Velho 0,3 0,2 0,0 0,0 0,0 0,5 0,3 Recife 1,1 0,2 2,0 0,0 0,5 1,0 0,8 Rio Branco 0,2 0,2 0,0 0,0 0,2 0,3 0,0 Rio de Janeiro 0,9 0,2 3,4 0,1 0,5 1,1 0,0 Salvador 0,7 0,2 0,8 0,2 0,2 0,0 1,4 São Luís 0,5 0,7 0,0 0,0 0,3 0,9 2,3 São Paulo 0,3 0,3 0,0 0,1 0,1 0,3 0,0 Teresina 0,9 0,6 0,4 0,1 0,6 0,5 0,9 Vitória 2,3 1,4 2,1 0,9 0,6 3,1 0,8 Capitais Masc. Gravidez na adolescência • A adolescência é o momento também da descoberta sexual. Esta fase conturbada é rodeada de dúvidas, impulsos e atitudes inconsequentes. • A falta de planos para o futuro e imaturidade formam o conjunto perfeito para a ocorrência de gravidez em adolescentes. • Nos dias de hoje sabe-se que na maioria dos casos não é por falta de informação que as adolescentes engravidam. Imagem: Towle Neu / Creative Commons Attribution 2.5 Generic • Índices mundiais e no Brasil Número de nascimentos por cada 1000 mulheres entre os 15 e os 19 anos de idade. Fonte: UNICEF. (10) (11) Motivos atribuídos para o aumento da gravidez na adolescência: A responsabilidade da gravidez não deve ser apenas da menina, geralmente pais adolescentes são ausentes e cometem o mesmo erro mais de uma vez, gerando mais adolescentes grávidas. (12) • Riscos Quanto menor a idade da adolescente maiores os riscos, principalmente quando a diferença entre a gravidez e a menarca devido: • imaturidade da vascularização uterina, o que acarretaria o parto prematuro ou uma placenta insuficiente; • maior não aceitação da gestação; • maior postergação do início do pré-natal acarretando falta de orientação alimentar, tratamento de anemia, infecções urinárias ou vaginais, pré-eclampsia e também um trabalho psíquico-social. Imagem: Rensselaer Radiation Measurement and Dosimetry Group / Free Art License (13) • Riscos • O tipo de parto independe da idade (é errado acreditar que a adolescente não tem “passagem“ e que deve ter cesariana), salvo casos em que isso é indicado pelo obstetra. • A gravidez adolescente acarreta mais problemas de saúde aos recém nascidos, como prematuridade e baixo peso, as principais causas de morbi-mortalidade. • Há ainda problemas quanto a vacinação e amamentação, gerando crianças que adoecem mais. • Existem ainda os riscos psicossociais, em geral, as adolescentes param de estudar e trabalhar, têm sentimentos de diminuição de auto-estima, depressão e algumas vezes pensam até em suicídio. Imagem: Chris Schuring / Public Domain (14) • Aborto • Diante das dificuldades que as adolescentes sabem que encontrarão, muitas recorrem à medicamentos e chás abortivos, ou até mesmo clínicas clandestinas para provocarem o aborto. • O número de abortos realizados em adolescente é muito alto. • O aborto induzido ou provocado é proibido no Brasil, segundo o Código Penal Brasileiro é prevista pena de 1 a 4 anos, quando ocorre com o consentimento da mãe e de 3 a 10 anos sem o consentimento, não sendo considerado crime de caso de risco para a mãe, estupro e agora diagnóstico de anencefalia. Proporção de jovens de 18 a 24 anos de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador, de ambos os sexos, com experiência de gravidez em relação ao tipo de experiência de aborto. Tipo de experiência de aborto Feminino Masculino Total Aborto 17% 43% 31% Tentativa 20% 11% 15% Pensou 33% 22% 27% Não pensou 30% 24% 27% Total 100% 100% 100% O aborto é uma intervenção muito perigosa, mesmo as realizadas em hospitais regularizados. Em abortos ocorrem os seguintes percentuais de complicações e muitas vezes até a morte. 09% Hemorragias 08% Infecções/febres altas 01% Útero perfurado 10% Trabalhos de parto longos e difíceis [posteriormente] 01% Laceração cervical 02% Esterilidade 08% Infertilidade 02% Choque/Coma 26% Dores violentas 02% PID - Abscesso nos ovários 03% Abortos incompletos 16% Desordens na menstruação 05% Parto prematuro (numa gravidez posterior). 14% Aborto espontâneo (numa gravidez "desejada" posteriormente) 20% Gravidez ectópica (numa gravidez "desejada" posteriormente) Fonte: http://www.juntospelavida.org/riscos2.html (15) Cuidados com o Corpo Nosso corpo é uma máquina magnífica, nossas células trabalham o tempo todo para garantir o nosso funcionamento. Como toda “máquina” nosso corpo precisa de cuidados, de uso adequado e de reparos. Para um bom funcionamento do corpo deve-se: Imagem: Pedro Simões / Creative Commons Attribution 2.0 Generic Imagem: Kristiaan / Creative Commons Attribution 2.0 Generic O adolescente passa por diversas mudanças corporais. Fatores genéticos, hormonais e principalmente psicológicos (como rejeição, depressão, ansiedade, medo e outros) podem desencadear distúrbios como obesidade, anorexia e bulimia. O culto ao corpo da nossa sociedade também é um fator importante a ser considerado na relação do adolescente com o seu corpo. (16) Imagem: Gabriel Moginot / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported. • Obesidade Acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não à distúrbios genéticos ou endócrino metabólicos. Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo. Obesidade: Diagnóstico e Tratamento da Criança e do Adolescente, 2005. Imagem: Nevit Dilmen / GNU Free Documentation License Sistema tegumentar: Dermatites, erispela, estrias Sistema respiratório: Apneia do sono, restrição ventilatória Alguns tipos de câncer: Como o de mama, útero, próstata, esôfago, estômago e intestino. Sistema osteoarticular: Osteoartrose, deformidades ósseas. Distúrbios psicossociais: Comportamento, humor, personalidade. Sistema cardiovascular: Hipertensão arterial, aterosclerose, acidente vascular cerebral, trombose sistêmica, tromboflebite superficial. Sistema endocrinometabólico: Resistência insulínica, diabetes tipo 2, gota, diminuição da fertilidade em homens e mulheres Sistema digestório: Refluxo gastro-esofágico, hérnia. Imagem: Autor desconhecido / Public Domain • Anorexia Doença de fundo psicológico caracterizada por um transtorno alimentar - a pessoa não se alimenta. Em geral, acomete mulheres adolescentes. Entre os sintomas estão a magreza excessiva e a ausência de menstruação. Em casos extremos, a pessoa pode morrer. Imagem: Lars Aronsson / Creative Commons ShareAlike 1.0 (17) Como a anorexia afeta seu corpo Cérebro e nervos Você não pensa direito, tem medo de ganhar peso, fica triste, irritável, tem falhas de memória, desmaios e mudanças químicas no cérebro. Cabelos Seus cabelos afinam e quebram facilmente. Coração Sua pressão fica baixa, os batimentos cardíacos tornam-se lentos e alternam com palpitações, o coração falha. Sangue Você fica anêmica e começa a ter outros problemas sanguíneos. Músculo e juntas Músculos fracos, juntas inchadas, fraturas e osteoporose. Rins Pedras nos rins aparecem e os rins começam a falhar. Fluídos do corpo Seus níveis de potássio e magnésio caem. Intestinos Prisão de ventre e inchaço começam a aparecer. Hormônios Você para de menstruar, passa a ter perda óssea, problemas de crescimento, dificuldade para engravidar. Se engravidar o risco de aborto é alto, e se o bebê nascer, terá peso baixo, e você, depressão pós parto. Pele Sua pele fica seca e amarelada, pêlos finos crescem por todo o corpo, você sente frio facilmente, suas unhas ficam quebradiças, e hematomas aparecem com facilidade. Imagem: Mikael Häggström / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication (18) • Bulimia Envolve o consumo exagerado de grandes quantidades de alimentos (normalmente os que têm elevado valor calóricos) seguido de tentativas de compensar esse consumo, como passar fome ou mesmo induzir o vômitos. A bulimia trata-se do distúrbio mais comum, porém também é o mais difícil de detectar, uma vez que as pessoas não sofrem grandes alterações de peso. Boca cáries e corrosão dos dentes, sensibilidades a alimentos quentes ou frios. Imagem: Jeffrey Dorfman / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported. (19) Cérebro depressão, medo de ganhar peso, ansiedade, tonturas, vergonha, baixa auto-estima. Fluídos corporais desidratação, baixas taxas de potássio, magnésio e sódio. Maçãs do rosto sensibilidade, inchaço. Boca cáries e corrosão dos dentes, sensibilidades a alimentos quentes ou frios. Sangue anemia. Coração batimentos cardíacos irregulares, enfraquecimento do músculo cardíaco, parada cardíaca e baixa pressão sanguínea. Garganta e esôfago inflamação, irritação, podendo se rasgar e se romper, sangue misturado ao vômito. Estômago úlceras, dor, podendo se romper esvaziamento retardado. Intestinos prisão de ventre, movimentos peristálticos irregulares, inchaço, diarréia e cólicas abdominais. Músculos fadiga. Hormônios ciclo menstrual irregular ou ausente. Pele escoriações nos dedos, pele seca. Imagem: Mikael Häggström / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication Obrigado! Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte 6.a CERO / Public Domain 14/05/2012 6.b 14/05/2012 14 17 20 23 24 28.a 28.b http://commons.wikimedia.org/wiki/File:CERO_s moking_drinking.png Thoric / Creative Commons Attribution-Share http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pyscho Alike 2.5 Generic active_Drugs.jpg Gregory Maxwell / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Human. svg Mikael Häggström / Creative Commons CC0 1.0 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Man_sh Universal Public Domain Dedication adow_with_organs.png Towle Neu / Creative Commons Attribution 2.5 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pregna Generic ncy_-_belly.jpg Rensselaer Radiation Measurement and http://commons.wikimedia.org/wiki/File:BREP_P Dosimetry Group / Free Art License hantom_-_Pregnant_Female.jpg Chris Schuring / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Normal _Childbirth.jpg Pedro Simões / Creative Commons Attribution http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sleepin 2.0 Generic g_the_day_away_-_3087394718.jpg Kristiaan / Creative Commons Attribution 2.0 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Woman Generic _drinking_water.jpg Data do Acesso 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte 29 Gabriel Moginot / Creative Commons http://commons.wikimedia.org/wiki/File:CianeAttribution-Share Alike 3.0 Unported. ford-sceaux-gabriel-moginot.jpg 30 Nevit Dilmen / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Edinbur gh_1120569_nevit.jpg 31 Autor desconhecido / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Obesity -waist_circumference.PNG 32 Lars Aronsson / http://commons.wikimedia.org/wiki/File:LA2Creative Commons ShareAlike 1.0 vx06-konsthallen-skulptur.jpg 34 Jeffrey Dorfman / http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Oral_M Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 anifestation_of_Bulimia..jpg Unported. 33 e Mikael Häggström / Creative Commons CC0 1.0 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Female 35 Universal Public Domain Dedication _shadow_with_organs.png Data do Acesso 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 14/05/2012 05/06/2012 14/05/2012