Linguagens – Língua Portuguesa
Ensino Médio, 2ª Série
A PRODUÇÃO POÉTICA DAS
“GERAÇÕES ROMÂNTICAS”
COMO CONSTRUIR
A IDENTIDADE
LITERÁRIA DE UM
PAÍS?
Que símbolos?
Inspirados pela
Nós não tivemos os
proclamação da
cavaleiros medievais da
Independência em
Europa!!
1822, jovens idealistas
começaram a buscar
símbolos
verdadeiramente
...Mas tivemos os índios e
brasileiros, que
uma beleza natural só
pudessem ser cantados
nossa!
em verso e prosa (1).
Serão nossos símbolos!
Canção do Exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.“
Coimbra – julho de 1843
DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas.
Um detalhe!
Vamos estabelecer a diferença entre ufanismo e patriotismo
• Patriotismo é o sentimento positivo que se manifesta em
atitudes construtivas e abnegadas, e não exclui tomadas de
posição críticas(ou será falso patriotismo);
• Ufanismo, embora possa ser considerado como uma forma
de patriotismo, é um sentimento ingênuo, parcial que
impede a visão crítica necessária à superação dos
problemas do país;
Estabelecida a diferença , podemos voltar ao poema e
responder à pergunta: o sentimento expresso pelo eu lírico
da “Canção do exílio”, deve ser classificado como
ufanismo ou patriotismo? Justifique com elementos do
texto.
(Emilia Amaral [et al]- Novas palavras)
• Tamanha é a importância do poema de Gonçalves
Dias que o nosso Hino Nacional tem uma estrofe
que cita parte dele. Qual é a estrofe? Deem uma
olhada atrás do livro didático e respondam.
• O poema é um dos mais parodiados. Como
atividade para casa, vocês irão pesquisar paródias
da “Canção do exílio” para comentarmos na
próxima aula.
Apesar da busca por uma literatura brasileira, o
índio brasileiro, na literatura romântica, é um
clone do cavaleiro medieval das novelas europeias
românticas encontradas, por exemplo, nas obras
de Walter Scott.
Como exemplo brasileiro, temos “I-Juca Pirama”, “o
título é tirado da língua tupi e significa, conforme
explica o próprio autor, “o que há de ser morto, e
que é digno de ser morto.” Embora nome próprio,
“I-Juca Pirama” não tem nada a ver com o nome
do índio aprisionado pelos Timbiras” (2).
“I-Juca Pirama” é a história do último guerreiro da
sobrepelos Timbiras, os
nação Tupi, queExercicio
é feito prisioneiro
quais pretendem devorá-lo numa cerimônia
antropofágica.
Ouça trecho do poema em que o índio Tupi pede
clemência e cita o pai cego. O gesto, que demonstra
nobreza e desprendimento por parte de um filho, é
interpretado como sinal de covardia. O chefe dos
timbiras decide, então, libertá-lo, porque não quer
“Com carne vil enfraquecer os fortes.”
Voz de Profº Flavio Pagliuca - trecho de IV- Juca Pirama, de Gonçalves Dias
Unip - Chácara Santo Antonio (Teatro) 13/05/2010.
Clique aqui para assistir o vídeo
Imagem: Autor Desconhecido / United
States Public Domain.
IV ato (I-Juca Pirama Gonçalves
Dias)
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Já vi cruas brigas,
De tribos imigas,
E as duras fadigas
Da guerra provei;
Nas ondas mendaces
Senti pelas faces
Os silvos fugaces
Dos ventos que amei.
O velho no entanto
Sofrendo já tanto
De fome e quebranto,
Só qu’ria morrer!
Não mais me contenho,
Nas matas me embrenho,
Das frechas que tenho
Me quero valer.
Andei longes terras
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras
Dos vis Aimoréis;
Vi lutas de bravos,
Vi fortes - escravos!
De estranhos ignavos
Calcados aos pés.
Aos golpes do imigo,
Meu último amigo,
Sem lar, sem abrigo
Caiu junto a mi!
Com plácido rosto,
Sereno e composto,
O acerbo desgosto
Comigo sofri.
E os campos talados,
E os arcos quebrados,
E os piagas coitados
Já sem maracás;
E os meigos cantores,
Servindo a senhores,
Que vinham traidores,
Com mostras de paz.
Meu pai a meu lado
Já cego e quebrado,
De penas ralado,
Firmava-se em mi:
Nós ambos, mesquinhos,
Por ínvios caminhos,
Cobertos d’espinhos
Chegamos aqui!
Então, forasteiro,
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro
Com que me encontrei:
O cru dessossêgo
Do pai fraco e cego
Enquanto não chego
Qual seja, - dizei!
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava,
Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou.
Ao velho coitado
De penas ralado,
Já cego e quebrado,
Que resta? - Morrer.
Enquanto descreve
O giro tão breve
Da vida que teve,
Deixai-me viver!
Não vil, não ignavo,
Mas forte, mas bravo,
Serei vosso escravo:
Aqui virei ter.
Guerreiros, não coro
Do pranto que choro:
Se a vida deploro,
Também sei morrer (3).
Ele é solto e quando reencontra seu pai, é renegado
por ele, envergonhado pela covardia do filho, ele o amaldiçoa:
Vamos tentar uma leitura dramatizada?
"Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de via Aimorés.
"Não encontres doçura no dia,
Nem as cores da aurora te ameiguem,
E entre as larvas da noite sombria
Nunca possas descanso gozar:
Não encontres um tronco, uma pedra,
Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,
Padecendo os maiores tormentos,
Onde possas a fronte pousar.
"Possas tu, isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria vagando,
Rejeitado da morte na guerra,
Rejeitado dos homens na paz,
Ser das gentes o espectro execrado;
Não encontres amor nas mulheres,
Teus amigos, se amigos tiveres,
Tenham alma inconstante e falaz!
"Que a teus passos a relva se torre;
Murchem prados, a flor desfaleça,
E o regato que límpido corre,
Mais te acenda o vesano furor;
Suas águas depressa se tornem,
Ao contacto dos lábios sedentos,
Lago impuro de vermes nojentos,
Donde fujas com asco e terror (4)!
“Para se redimir, o tupi volta à tribo timbira e se entrega para
ser morto. É nesse ponto que fica claro o sentido do título do
poema “o que é digno de ser morto”. A bravura demonstrada
pelo índio o dignifica diante de seus inimigos, o chefe timbira
ordena que o soltem: pela coragem demonstrada o índio
merece viver.”[...]
Assim, força, honra, valentia e virtude passam a ser
interpretadas como características do povo indígena, do qual
descendem os brasileiros.”
ABAURRE, Maria Luíza M. Português: contexto, interlocução e sentido
Sobre os índios reais, nós temos:
“Mas nossos índios não comiam carne humana propriamente
para matar a fome. Faziam-no por vingança, incorporando a
alma dos vencidos (5).”
Os Cavaleiros da Távola Redonda,
segundo a lenda, foram os homens
premiados com a mais alta ordem da
Cavalaria, na corte do Rei Artur (6).
Malory descreve o Código dos
Cavaleiros como:
1 - Buscar a perfeição humana;
2 - Retidão nas ações;
3 - Respeito aos semelhantes;
4 - Amor pelos familiares;
5 - Piedade com os enfermos;
6 - Doçura com as crianças e
mulheres;
7 - Ser justo e valente na guerra e
leal na paz.
• Que índios são esses
descritos na poesia de
Gonçalves Dias?
• Quais as características
perceptíveis que estão
associadas aos cavaleiros
medievais?
Essa fase é chamada de 1ª geração romântica. Que
características ela teve? Vamos elaborar:
• Nacionalismo;
• Indianismo;
• Cor local.
Principais autores: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves
Dias e Porto-Alegre.
Obs.:Não confundir o romantismo entre casais, com o Romantismo,
escola literária.
Já vimos poesias de exaltação da natureza e dos índios,
que eram uma forma de fugir para as origens do Brasil,
como o europeu fugiu para o passado medieval em sua
literatura romântica, mas vamos às outras!
Vida Louca Vida – Cazuza
Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
Se ninguém olha quando você passa
Você logo acha "Eu tô carente"
"Eu sou manchete popular"
Tô cansado de tanta babaquice, tanta
caretice
Desta eterna falta do que falar Se ninguém
olha quando você passa
Você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual
Se ninguém olha quando você
passa
Você logo diz "Palhaço"
Você acha que não tá legal
Corre todos os perigos, perde os
sentidos
Você passa mal
Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
“Ainda sem cura, a doença, segundo o professor
Jean-François Delfraissy, da Agência de Pesquisa
sobre a AIDS, "foi a maior epidemia do século XX e é
a
maior
do
século
XXI”
(7).
No tempo em que Cazuza descobriu que tinha o vírus HIV, a
doença era considerada uma sentença de morte, porque os
remédios
não
eram
tão
eficazes.
Assim, morreram muitas pessoas e entre elas tinham muitos
artistas.
Imagem: Autor Desconhecido / United
States Public Domain.
Se eu morresse amanhã!
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Que sol! que céu azul! que dove n'alva
Se eu morresse amanhã!
Acorda a natureza mais loucã!
Não me batera tanto amor no peito
Quanta glória pressinto em meu futuro! Se eu morresse amanhã!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Mas essa dor da vida que devora
Se eu morresse amanhã!
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Álvares de Azevedo
(escrito um mês ates de sua morte)
Mais leitura!
• Que semelhanças há entre esse poema e a música de
Cazuza?
• Que trechos demonstram a presença da morte?
• Compare os trechos:
“A dor no peito emudecera ao menos
se eu morresse amanhã”
“Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve”
Nesse trechos, há racionalismo, escapismo, pessimismo?
• “Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã... (8)” Comente.
Além da morte, houve ainda outras formas
de fugir da realidade e entrar em seu mundo interior.
• O amor é sublimado
no sonho e na
fantasia. O amor ora é
a idealização de uma
virgem pura, ora é
uma ardente
sensualidade, com
subjetividade e
idealização da mulher.
Soneto (Álvares de Azevedo)
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada...
Era um anjo entre nuvens d'alvorada,
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos, as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo (9)!
Vamos caracterizar a poesia das 2ª geração romântica
Estamos em pleno mar...
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Imagem: "Navio negreiro" de Johann
Moritz Rugendas / Public Domain
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
Imagem: Christopher Hollis
for Wdwic Pictures / GNU Free
Documentation License.
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
•
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Imagens da esquerda para a direirta: (a)
Ilustração de Arch. Webb, para o livro
"Through Veld and Forest - An African
Story", de Harry Collingwood, 1898 /
United States Public Domain. (b)
Diferentes Nações Negras de escravos
no Brasil, cerca de 1830, de Jean
Baptiste Debret / Domínio Público.
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Imagens da esquerda para a direirta: (a)
David Berkowitz / Creative Commons
Attribution 2.0 Generic.. (b) Todd
Schaffer / Creative Commons
Attribution-Share Alike 3.0 Unported..
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Imagem: Odhiambo Atieno, E. S., Ouso, T. I. &
Williams, J. F. M. (1977). A History of East
Africa. London: Longman Group Ltd.. ISBN 0582-60886-4. Page 96, fig. 11.5a. /
United States Public Domain.
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Imagem: Governo Brasileiro /
Domínio Público
Imagem: Andrews, E. Benjamin. History of
the United States, volume V. Charles
Scribner's Sons, New York. 1912. / United
States Public Domain.
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares (11)!
Imagem: O Estado de São Paulo,
Publicado dia 4 de janeiro de 1881.
Imagem: O Estado de São Paulo,
14 de abril de 1880.
Vamos à leitura!
Ler é encontrar respostas e formular perguntas.
• Apesar de ser um rap, há, no poema, outro ritmo musicado, como
podemos observar no trecho:
“Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia
e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto
impuro de bacante fria!...”
Que ritmo é esse?
• A bandeira cobre “Tanta infâmia e cobardia”. Nesse contexto, o que
podemos considerar como infâmia?
• Qual o povo que empresta a bandeira para cobrir a infâmia e
cobardia?
• O poema fala sobre a vida dos negros na África. De acordo com o
texto, como era deles?
• Esse o poema foi feito para ser dito em voz alta, de forma exaltada
ou lido com delicadeza? Vamos fazer o teste!
• Que temas sociais são abordados?
Vamos caracterizar a 3ª geração romântica
Pré realismo
Condoreirismo
• Temas sociais e políticos;
• Liberdade (o condor simboliza o alto voo da
imaginação a serviço da liberdade);
• Tom retórico e exaltado;
Principais autores: Fagundes Varela e Castro
Alves.
Atividade em grupo
Agrupar os alunos em três, de forma que fiquem assim separados:
1.poesia indianista 2.poesia ultrarromântica 3.poesia condoreira
Cada grupo irá gravar a leitura dramatizada de três poemas
escolhidos, iniciando a leitura pelo título e nome do poeta. Em
seguida, prepararão um slide com a voz gravada e imagens que
representem os poemas.
Gravem em um local silencioso, no celular ou outro meio. Utilizem o
powerpoint e no momento de inserir a voz salva, clicar em inserir
som. Vocês podem gravar diretamente no slide.
(Observem a carga de emoção em cada tipo de poesia).

O material será guardado na escola para consulta. Concordam?
Esforcem-se, vocês são capazes de fazer um trabalho perfeito!
Tabela de Imagens
Slide
Autoria / Licença
10 Autor Desconhecido / United States Public
Domain.
21 Autor Desconhecido / United States Public
Domain.
27 "Navio negreiro" de Johann Moritz Rugendas /
Public Domain.
30 Christopher Hollis for Wdwic Pictures / GNU
Free Documentation License.
31a Ilustração de Arch. Webb, para o livro "Through
Veld and Forest - An African Story", de Harry
Collingwood, 1898 / United States Public
Domain.
31b Diferentes Nações Negras de escravos no Brasil,
cerca de 1830, de Jean Baptiste Debret /
Domínio Público.
32a David Berkowitz / Creative Commons
Attribution 2.0 Generic.
32b Todd Schaffer / Creative Commons AttributionShare Alike 3.0 Unported.
Link da Fonte
Data do
Acesso
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gon%C
3%A7alves_dias.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:%C3%8
1lvares_de_Azevedo.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Navio_
negreiro_-_Rugendas.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sunset
_on_North_Beach_at_Fort_De_Soto_Park.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Zuluch
argegutt.jpg /
http://www.gutenberg.org/files/24602/24602h/24602-h.htm
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Debret
_-_Diferentes_Nacoes_Negras.jpg
01/03/2012
01/03/2012
02/03/2012
02/03/2012
02/03/2012
02/03/2012
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Maasai 02/03/2012
_People-3.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wasike 02/03/2012
_-_Maasai_Group.jpg
Tabela de Imagens
Slide
Autoria / Licença
Link da Fonte
Data do
Acesso
33 Odhiambo Atieno, E. S., Ouso, T. I. & Williams, J. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slaves_ 02/03/2012
F. M. (1977). A History of East Africa. London:
in_chains_(grayscale).png
Longman Group Ltd.. ISBN 0-582-60886-4. Page
96, fig. 11.5a. / United States Public Domain.
34 Governo Brasileiro / Domínio Público
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Flag_of 02/03/2012
_Brazil.svg
35 Andrews, E. Benjamin. History of the United
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:1893_ 02/03/2012
States, volume V. Charles Scribner's Sons, New Nina_Pinta_Santa_Maria_replicas.jpg
York. 1912. / United States Public Domain.
36a O Estado de São Paulo, Publicado dia 4 de
http://blogs.estadao.com.br/reclames-do02/03/2012
janeiro de 1881.
estadao/tag/escravo/
36b O Estado de São Paulo, 14 de abril de 1880.
http://blogs.estadao.com.br/reclames-do02/03/2012
estadao/tag/escravo/
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A producao poetica das geracoes romanticas