JAMB ISSN 0004-5233 JULHO/AGOSTO DE 2001 Julho/Agosto de 2001 Ano 42 Nº 1314 www.amb.org.br 1 MP 2177 A tentativa da ANS em oficializar a implantação do Managed Care no Brasil Páginas 2, 4 e 5 JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA Eleuses Vieira de Paiva Presidente Entidades repudiam Tabela SUS/ Fenam Saúde foi debatida em Simpósio em Brasília Cursos de Medicina da Unip: entidades são contra Página 3 Página 5 Página 7 ANS começa Aprovadas novas a discussão normas para sobre a Residência descredenciamento Médica Página 10 Página 11 JAMB 2 JULHO/AGOSTO DE 2001 EDITORIAL Lição democrátrica ELEUSES VIEIRA DE PAIVA Presidente da AMB importância dada pela mídia nacional à edição da Medida Provisória 4177-43, impondo novas regras aos usuários de planos e seguros-saúde, especialmente as críticas através de editoriais de respeitados jornais brasileiros – O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde e Diário Popular, também de São Paulo – demonstrou com clareza algo que só o governo não compreendeu, ou ainda não teve amadurecimento político para entender. O país é regido por um sistema democrático, no qual subentende-se discussão e participação da sociedade em tudo o que lhes diz respeito, não admitindo-se, portanto, decisões unilaterais, partidárias e, acima de tudo, despotismo. Se até a sua edição a legislação em vigência (9656/98), inchada com 43 medidas provisórias e mais de 140 adendos entre resoluções e portarias, já não era um exemplo do que se poderia chamar de respeito à cidadania, a aprovação da MP em questão seria um retrocesso e a implantação de uma verdadeira desordem no sistema privado de saúde do país, com nefastas e incontroláveis conseqüências. Através de uma nota lacônica, a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar afirmou que a análise e as críticas das entidades foram precipitadas, mal interpretadas e equivocadas. Vale dizer que não existiu nada de precipitado e muito menos mal interpretado, pois não havia na MP uma definição cristalina do que vinham a ser os planos de acesso. Só depois, suas implicações se tornaram conhecidas por meio da regulamentação, tornando evidente, por exemplo, a criação do médico triador. Também não houve equívoco, já que a medida era clara ao abrir caminho para a subsegmentação, oferta de planos diferenciados com diversos níveis de abrangência médica e até geográfica. A Medida Provisória, em sua infinidade de artigos, parágrafos e incisos, também pecava pela indiferença, crueldade e injustiça com que tratava o paciente. Abandonava o associado que não migrasse para os novos planos à própria sorte, obrigando-o a uma negociação individual contra as poderosíssimas operadoras de planos e seguros-saúde. Essa foi a avaliação unânime das principais entidades representativas da sociedade, como a Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Fórum Nacional de Acompanhamento da Regulamentação dos Planos de Saúde, Fórum de Entidades Nacionais de Defesa dos Portadores de Patologias e Deficiências, Procon, Idec Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público de São Paulo, que por considerá-la um afronto à sociedade, deram início à campanha contra a MP, divulgando à população um comunicado repudiando as novas regras. Por isso, preferimos entender que a ANS tenha subestimado a capacidade interpretativa das entidades ao argumento que tenha havido um equívoco de todas elas. Felizmente, esse movimento coeso e sensato das entidades conseguiu o apoio da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, e também da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, que exigiram a revogação da medida. Pressionado, o governo recuou, editou nova MP sem os pontos polêmicos e prometeu enviar ao Congresso um projeto de lei, agora com um amplo e democrático debate, ou seja, o que se esperava desde o início. Neste momento, a participação da sociedade passa a ser fundamental, evitando, assim, que o projeto de lei consagre pontos prejudiciais a todos os segmentos envolvidos. Quanto à Agência Nacional de Saúde Suplementar, espera-se que tenha aprendido a lição e, daqui em diante, tenha maior transparência em suas ações, a exemplo do que ocorre, e é imprescindível, em todos os sistemas democráticos. CIRCULAÇÃO: SETEMBRO/2001 C A RTAS MP 2177 Caro Dr. Eleuses, Em nome da diretoria da SBAO - Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia, parabenizamos as ações da AMB relacionadas à Medida Provisória 2177-43. A sua participação pessoal e de toda a diretoria da AMB merecem total apoio de toda a classe médica. Receba nossas congratulações. Virgílio Centurion Presidente da SBAO Hoje pela manhã (15/8) abri o Estadão, como sempre, com um pé atrás porque, ultimamente, ler o jornal logo cedo estraga o resto do meu dia. No entanto, ao abrir a primeira página, tive a grata surpresa e a enorme satisfação de ler uma matéria de editorial ressaltando o que tanto temos debatido acerca da situação da Saúde e da prática da medicina no Brasil. Não me lembro de ter visto uma matéria com o destaque que o jornal deu para a AMB e para as sua idéias. Nunca duvidei que você sabe o caminho pelo qual vamos ter que caminhar até que as mudanças que queremos ver implantadas aconteçam. Parabéns pela vitória representada pela presença da AMB nesta posição que hoje ela ocupa. Sei que o caminho a ser percorrido ainda será longo. Penso que não se deve temer a caminhada quando estamos juntos dos nossos. A classe médica deve a você um “Muito Obrigado”. Sergio Nicoletti Diretor do Departamento de Serviços Gerais da Associação Paulista de Medicina Honorários” lançada pela Federação Nacional dos Médicos. Na oportunidade, manifestamos nosso total apoio em relação às medidas tomadas por essas referidas entidades no sentido de resgatar a dignidade profissional dos médicos, lutando para a melhoria das condições de trabalho e remuneração dos mesmos. Wilde da Silva Neto Presidente do CRM-ES Roraima Admiração Registro com alegria a comunicação da reabertura da Associação Médica de Roraima. Parabenizo pela iniciativa, desejando êxito à entidade e coloco-me à disposição da diretoria. Acabei de participar, em Brasília, do I Fórum Nacional de Saúde Ocular, uma grande vitória para o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Registro aqui minha admiração pela postura, no Fórum, do presidente Eleuses. Um grande orador e um sério presidente de nossa classe, sofrida classe. Gostei muito das colocações do presidente, já que não o conhecia pessoalmente. A Associação Médica Brasileira está em boas mãos. Parabéns, presidente. Senador Morazildo Cavalcanti Brasília – DF Tabela Fenam Acusamos recebimento de correspondência acerca de esclarecimentos em relação a posição do Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira frente à “Tabela de Renzo Sansoni Uberlândia - MG DIRETORIA PRESIDENTE Eleuses Vieira de Paiva PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE Lincoln Marcelo Silveira Freire SEGUNDO VICE-PRESIDENTE Ronaldo da Rocha Loures Bueno VICE-PRESIDENTES Ronaldo da Rocha Loures Bueno, Remaclo Fischer Junior, Rui Haddad, Lincoln Marcelo Silveira Freire, Neri João Bottin, Samir Dahas Bittar, Jadelson Pinheiro de Andrade, Flavio Link Pabst, Lineu Ferreira Jucá, José Luiz Amorim de Carvalho. SECRETÁRIO-GERAL Aldemir Humberto Soares 1º SECRETÁRIO Amilcar Martins Giron 1º TESOUREIRO Edmund Chada Baracat 2º TESOUREIRO: José Alexandre de Souza Sittart DIRETORES: Cultural - Severino Dantas Filho; Relações Internacionais - David Miguel Cardoso Filho; Científico - Fabio Biscegli Jatene; Defesa Profissional - Eduardo da Silva Vaz; DAP - Martinho Alexandre R.A. da Silva; Economia Médica - Lúcio Antonio Prado Dias; Marketing - Paulo Roberto Davim; Saúde Pública - Mauro Chrysóstomo Ferreira; Atendimento ao Associado - Ricardo de Oliveira Bessa; Proteção ao Paciente - Elias F. Miziara; Acadêmico - Jurandir M.R. Filho; Jamb - Horácio José Ramalho. DIRETOR RESPONSÁVEL Horácio José Ramalho EDITOR EXECUTIVO César Teixeira (Mtb 12.315) COLABORAÇÃO Luciana Leitão DIAGRAMAÇÃO, EDITORAÇÃO E ARTE Cristhiani Paderes Gonçalves PUBLICIDADE Américo Moreira Publicações DEPARTAMENTO COMERCIAL Fone (11) 3266-6800 TIRAGEM: 60.000 exemplares PERIODICIDADE: Bimestral FOTOLITO: BUREAU RELEVO ARAÚJO IMPRESSÃO: Takano Editora Gráfica REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua São Carlos do Pinhal, 324 01333-903 – São Paulo – SP Fone (11) 3266-6800 Fax (11) 3266-9412 E-Mail: [email protected] ASSINATURA Fone (11) 3266-6800, ramal 137 Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00. As colaborações assinadas expressam unicamente a opinião de seus autores, não coincidindo necessariamente com as posições da AMB. JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 3 Osmar Bustos Científico repudia tabela SUS/Fenam urante a reunião do Conselho Científico, dia 28 de junho, em sua sede, a Associação Médica Brasileira, o Conselho Federal de Medicina e as Sociedades de Especialidade protestaram de forma veemente contra a atitude da Fenam – Federação Nacional dos Médicos em lançar uma tabela própria de honorários especialmente voltada ao SUS. “Esse trabalho foi apresentado como a tabela dos médicos, o que vem gerando muita confusão, pois não tem o aval da AMB, das Especialidades e, consequentemente do CFM”, afirmou Edson de Oliveira Andrade, presidente do CFM. O posicionamento das entidades em relação ao assunto ficou claramente representado no documento enviado à classe médica e reproduzido abaixo. O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) enviou carta ao presidente da Fenam, Heder Murari, condenando a tabela: “queremos deixar registrado que esta publicação é um desfile de incontáveis irregularidades e irresponsabilidades. Para espanto da comunidade radiológica, uma “tabela” foi criada sem qualquer tipo de participação ou consulta aos membros do CBR”, denuncia o documento. “O médico especialista em radiologia ou imaginologia não existe nesta publicação”, demonstra em outro trecho. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia(SBA) também encaminhou documento ao presidente da Fenam, denunciando que “manteve encontro com membros da diretoria da Fenam, mas em nenhum momento dessa reunião afirmamos que estávamos de acordo com a tabela”, Conselho Científico: protesto contra a tabela SUS/Fenam sentencia. Cita ainda trecho da ata da reunião: “decidido que a SBA durante a visita dos diretores da Fenam apenas tomará ciência de sua proposta, sem, entretanto, oferecer qualquer tipo de apoio”. Ao mesmo tempo, o Conselho Científico, atendendo a uma solicitação do Ministério da Saúde, aprovou a elaboração de um trabalho conjunto AMB/CFM/Sociedades de Especialidade no sentido de compatibilizar procedimentos e diagnósticos (CID-10) utilizados na rede do Sistema Único de Saúde. “Existem novos procedimentos que já estão sendo utilizados, porém ainda não são reconhecidos pelo SUS”, explica o presidente da AMB, Eleuses Paiva. “A idéia é realizar um trabalho compatibilizando esses procedimentos e diagnósticos”, completa. “Com a ajuda do Conselho Científico, pretendemos até o final do ano estar publicando uma portaria com os novos procedimentos”, afirmou Luís Antonio Coelho e Silva, representante do Ministério da Saúde na reunião. Comunicado Oficial ESCLARECIMENTO AOS MÉDICOS No final de 1999, a ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA, em conjunto com as Sociedades de Especialidade, e o CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA decidiram elaborar uma nova Lista de Procedimentos Médicos, com valores referenciais hierarquizados, autenticidade e legitimidade, com a finalidade de coibir a existência de centenas de tabelas e disciplinar códigos e nomenclaturas. Em Janeiro de 2001, iniciou-se o projeto AMB-CFM-FIPE, com instituição das Câmaras Técnicas por especialidade, visando pontuar e hierarquizar todos os procedimentos. A metodologia foi definida para valorizar o trabalho do médico, impedindo a perpetuação do aviltamento da sua remuneração. O projeto deverá ser concluído dentro do prazo previsto, em Outubro de 2001. Este ambicioso projeto conta com o apoio do Ministério da Saúde, conforme ficou acordado em reunião realizada na sede da AMB, em São Paulo, no dia 13 de março de 2000, com a presença do Dr. Renilson Rehem, Secretário de Assistência à Saúde, para a utilização desta lista de procedimentos no âmbito do SUS. Dissociados deste movimento, a Federação Nacional dos Médicos lança uma “tabela de honorários” voltada exclusivamente, para o SUS, com todos os vícios das tabelas anteriores e sem consultar nenhuma das Sociedades. Infelizmente, já na sua apresentação, falta com a verdade quando informa que acatou as decisões de algumas Sociedades de Especialidade. A AMB e o CFM não estão, e nunca estiveram presos dentro dos gabinetes e muito menos limitados pela retórica. Estão lutando ativamente para a melhoria das condições de trabalho e remuneração dos médicos de maneira séria e consistente. Os médicos brasileiros precisam e merecem uma única lista de procedimentos médicos, que possa ser utilizada em todo território nacional, tanto no setor público quanto no privado, e que resgate a sua dignidade profissional. São Paulo, 19 de julho de 2001. Associação Médica Brasileira - Dr. Eleuses Vieira de Paiva Conselho Federal de Medicina - Dr. Edson de Oliveira Andrade Soc. Bras. de Alergia e Imunopatologia – Dr. Nelson Figueiredo Mendes Soc. Brasileira de Anestesiologia – Dr. Renato Almeida Couto de Castro Soc.Bras.de Angiologia e Cirurgia Vascular–Drª Mª Elizabeth Rennó C.Castro Sociedade Brasileira de Colo-Proctologia – Dr. Eleodoro Carlos de Almeida Soc. Bras. de Cirurgia de Cabeça e Pescoço – Dr. Fernando Luiz Dias Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão – Dr. Osvandré Lech Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica – Dr. Núncio Vicente de Chiara Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Dr. Luiz Carlos Celi Garcia Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Dr. Roberto Saad Jr. Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Dr. Antonio Carlos Lopes Sociedade Brasileira de Dermatologia – Dr. Bernardo Gontijo Soc. Bras. de Endocrinologia e Metabologia – Dr. Amélio Fernando G. Matos Soc. Brasileira de Genética Clínica – Drª Antonia Paula Marques de Faria Soc. Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Drª Elizabete Viana de Freitas Fed. Bras. das Soc. de Ginecologia e Obstetrícia –Dr. Edmund Chada Baracat Sociedade Brasileira de Hansenologia – Drª Norma Tiraboschi Foss Soc.Bras. de Hematologia e Hemoterapia – Dr. Dante Mário Langhi Junior Ass. Médica Homeopática Brasileira – Dr. Heidwaldo Antonio Seleghini Sociedade Brasileira de Mastologia – Dr. Alfredo Carlos S. D. Barros Soc. Bras. de Medicina Física e Reabilitação – Dr. Cláudio Gomes Ass.Bras.de Acidentes e Medicina de Tráfego – Dr. Fábio Ford Feris Racy Sociedade Brasileira de Nefrologia – Dr. João Egídio Romão Junior Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica – Dr. Luiz Ataíde Junior Academia Brasileira de Neurologia – Dr. Luiz Alberto Bacheschi Associação Brasileira de Nutrologia – Dr. Durval Ribas Filho Conselho Brasileiro de Oftalmologia – Dr. Marcos Pereira Ávila Soc. Bras. de Ortopedia e Traumatologia – Dr. Roberto Attílio Lima Santin Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia – Dr. Luc Louis Maurice Weckx Sociedade Brasileira de Patologia – Dr. Marco Antônio Cardoso de Almeida Sociedade Brasileira de Pediatria – Dr. Lincoln Marcelo Silveira Freire Soc. Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva Colégio Brasileiro de Radiologia – Dr. Aldemir Humberto Soares Sociedade Brasileira de Urologia – Dr. Salvador Vilar Correia Lima Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura – Dr. Silvio Siqueira Harres Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica – Dr. Vicente Forte CETRUS 4 JAMB MP 2177 Pressionado, o governo recua união das entidades médicas e de defesa do consumidor contra a MP 2177-43, que alterava a regulamentação dos planos de saúde, trazendo enormes prejuízos ao consumidor, e que mereceu enorme destaque na imprensa (ao lado), acabou tendo o desfecho pretendido pela sociedade: o governo voltou atrás e reeditou nova medida provisória, agora sem os pontos polêmicos apontados pelas entidades. Além disso, o ministro da Saúde José Serra, após reuniões com representantes de todos os segmentos envolvidos no setor, também prometeu enviar ao Congresso um projeto de lei sobre o assunto, que antes será amplamente debatido com toda a sociedade. A nova MP (nº 2177-44) excluiu os pontos polêmicos, contestados pela AMB, CFM, Procon, Idec, OAB, entre outras entidades: cobertura limitada, geográfica, segmentação de planos, além da introdução do sistema Managed Care, através de um médico triador. Outro avanço, especialmente para a Associação Médica Brasileira, é que agora a entidade passa a integrar como membro titular a Câmara de Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e não apenas sob convite, como anteriormente. “O problema é que essa Câmara tem apenas poder consultivo e não deliberativo”, lamenta Samir Bittar, representante da Associação Médica Brasileira na entidade. “Não resta dúvida que houve um grande avanço por parte do governo ao retirar a MP”, sentenciou o presidente da AMB, Eleuses Paiva. “Não podíamos aceitar o retrocesso que a MP anterior infringia à regulamentação. Agora, com a participação de todos os segmentos, poderemos discutir e encontrar soluções para o bem de toda a sociedade”, avaliou. Para Edson Andrade, presidente do Conselho Federal de Medicina, a edição da MP foi um “descompasso estranho”, já que as entidades médicas vinham desenvolvendo parcerias efetivas com o governo. “Além de retirar dos Conselhos o poder fiscalizador sobre as operadoras, fragilizou ainda médicos e pacientes ao criar planos com mecanismos bloqueadores e cerceadores de direitos duramente alcançados”, garantiu. Lynn Silver, representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec, comemorou a decisão do governo, pois afirmou que não houve discussão pública antes da edição da medida. “Integramos a Câmara de Saúde Suplementar da ANS e em nenhum momento essas alterações foram colocadas em discussão”, desabafou. Para o senador Sebastião Rocha, da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, “esse setor é complexo e não pode ser objeto de medidas unilaterais. Ao retirar a MP, entendo que o governo aprendeu a lição. A trajetória natural, e que será seguida daqui em diante, é a de uma ampla discussão”, afirmou. O deputado Rafael Guerra, representante da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, defende a mesma linha de raciocínio e acrescenta; “a regulamentação deve abranger princípios que regem o Sistema Único de Saúde, ou sejam, da universalidade, integralidade e equidade. Sem eles não há garantias de um atendimento com qualidade à população”, garante. O ministro da Saúde, José Serra, afirmou durante o Simpósio de Regulamentação dos planos de saúde (matéria completa na página 5) que as propostas da MP anterior não foram compreendidas por todos e por isso foram retiradas. “Vamos aproveitar o Simpósio para discutir os pontos polêmicos para, então, elaborar um novo projeto de lei”, garantiu. SAO CAMILO JULHO/AGOSTO DE 2001 JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 5 Márcio Arruda “Um médico leva a outro...” Planos de Saúde: um amplo debate o dia seguinte à decisão do governo em reeditar uma nova Medida Provisória, retirando os pontos polêmicos contestados pela sociedade civil, representantes de todos os segmentos do setor deram início a um amplo debate, no sentido de discutir propostas para a elaboração do projeto de lei que deverá ser enviado ao Congresso sobre a regulamentação de planos e seguros-saúde. Além disso, o Simpósio de Regulamentação dos Planos de Saúde (fotos acima), promovido pelo Senado Federal, Câmara dos Deputados e Conselho Nacional de Saúde, realizado dias 28 e 29 de agosto, em Brasília, buscou também uma avaliação da saúde suplementar do país, após o três anos da aprovação da Lei 9656/98, que regulamenta o setor. No primeiro dia do evento, cuja abertura contou a participação do ministro da Saúde, José Serra, além de parlamentares envolvidos na área, três temas foram debatidos: Interface e articulação entre o sistema público e privado; Coberturas e modelos assistenciais; Fiscalização, defesa do consumidor e direito à saúde. Destes, dois tiveram a participação dos presidentes da AMB, Eleuses Paiva, e do CFM, Edson Andrade. O presidente da AMB, além de defender a participação de todos os segmentos do setor nas decisões referentes à regulamentação, apresentou também duas propostas: composição paritária das entidades representativas na Câmara Suplementar de Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a normatização da relação entre operadoras, usuários e médicos. “Nessa relação o médico foi ignorado. Houve preocupação básica somente com a integração entre operadoras e usuários”, afirmou. “É necessário rever essa situação, pois o médico desempenha um importante papel nesse relacionamento”, sentenciou. Na sua apresentação, logo em seguida, José Diniz de Oliveira, presidente do grupo Ciefas (Comitê Integrado de entidades Fechadas de Assistência à Saúde), responsabilizou os médicos pelos altos custos no tratamento dos pacientes, utilizando-se de uma frase do escritor Millôr Fernandes: “Um médico leva a outro”. A resposta veio em seguida, através de um veemente pronunciamento do presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade. “Os médicos são os responsáveis pelo progresso científico da Medicina. São profissionais comprometidos com o adequado atendimento à população e não podem levar a culpa dos vilões dos planos de saúde”, rebateu. Outros três temas foram reservados para o último dia do evento: Estrutura das operadoras, Regulação de preços, e Propostas de aprimoramento dos planos de saúde. O primeiro contou com a participação da ex-procuradora do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Lúcia Salgado. Ela foi relatora do caso envolvendo a AMB e o grupo Ciefas, que culminou com a proibição da tabela de honorários médicos da AMB. “Hoje, passados cinco anos, tenho dúvidas a respeito da sentença. Talvez o caminho não seja a elaboração de tabelas, mas a negociação coletiva através do poder de barganha que a AMB reconhecidamente possui como entidade de classe”, afirmou durante o debate com o plenário. Todas as propostas apresentadas durante o evento serão resumidas num documento, e posteriormente enviadas para análise e discussão de todos as entidades envolvidas no setor. Em seguida, serão encaminhadas ao governo como forma de colaboração ao projeto de lei que será encaminhado ao Congresso. “A idéia é criar também uma comissão permanente, integrada por todos os representantes do setor, que seria responsável pelo acompanhamento da evolução da regulamentação dos Planos de Saúde” informou Mário César Scheffer, representante do Conselho Nacional de Saúde. A frase é de Millôr Fernandes e foi repetida pelo presidente nacional do CIEFAS – Comitê de Integração das Entidades Fechadas de Assistência à Saúde, José Antonio Diniz de Oliveira, no Simpósio sobre Regulamentação dos Planos de Saúde, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Ministério da Saúde, ocorrido recentemente em Brasília. O evento tinha por objetivo reavaliar os três anos da Lei 9656, que regula o setor de saúde suplementar em nosso País. Poderia ter sido mais uma dessas frases de efeito se nela não tivesse contido, no bojo de sua conferência, todo o seu desprezo para com a classe médica brasileira e não fosse pronunciada por uma pessoa que comanda uma entidade que congrega inúmeras empresas ditas de auto-gestão. Querendo justificar suas dificuldades, o presidente do CIEFAS acusou a classe médica de ser a responsável pelo incremento de seus custos e o fez de forma provocativa, grosseira e deselegante, para uma platéia seleta, com parlamentares, profissionais de saúde, representantes de diversas entidades de defesa do consumidor, procuradores, gestores de saúde, entre outros. Sabemos que a saúde não tem preço, mas tem um custo e que múltiplos fatores estão relacionados com o progressivo aumento desses custos. Querer colocar o médico como o vilão dessa história é assumir postura equivocada do problema. Com efeito, até aí tudo poderia ser questionado, debatido e reavaliado, se o citado conferencista(?)não tivesse outras intenções. O que se viu, e a todos produziu constrangimento, foi uma seqüência de colocações indevidas e pejorativas dirigidas aos médicos. Ao comentar que o “mercado dita as regras”, saiu-se com a seguinte historinha: “O médico entra no restaurante, examina o cardápio, escolhe a comida e vai embora. Em seguida, entra o paciente, senta-se à mesa e come a refeição que ele não pediu e que não tem intenção de pagar. Após terminar de comer, tendo gostado ou não, levanta-se e vai embora. Então entra o financiador e paga pela comida que ele não pediu nem comeu”. Ao analisar o “aparato tecnológico” colocado à disposição, fez a seguinte observação: “Quando o doutor escreve a receita, olha-nos uma última vez para ver se põe um remédio dos caros ou dos baratos”. Na sua ânsia em querer desmoralizar os médicos foi ainda mais longe ao exibir uma charge intitulada “Piratas do Tietê”, do humorista Laerte, que satiriza num só tempo médico e paciente (usuário). Isso mesmo, nem com o seu usuário ele teve respeito.Para o presidente nacional do CIEFAS, melhor seria que, para os planos de saúde que ele comanda, não existissem médicos nem pacientes. Em síntese, deixou bem claro para os presentes a real dimensão do seu pensamento.De uma entidade que formalizou denúncia ao CADE contra as entidades médicas ( e que ainda hoje sofremos com isso), de filiadas que descredenciam médicos de forma unilateral e arbitrária, que impõem tabelas de preços e protocolos, que driblam a ANS ao oferecer assistência a pessoas não vinculadas às empresas patrocinadoras, não poderia se esperar outra coisa. Cabe agora aos médicos brasileiros refletirem sobre este lamentável episódio que marcou negativamente um evento de extraordinária importância para o futuro do setor de assistência suplementar no Brasil Lúcio Antonio Prado Dias Diretor de Economia Médica da AMB Ciefas x médicos: rixa antiga Existem atualmente na SDE-Secretaria de Direito Econômico três representações de entidades médicas contra o grupo Ciefas. A mais recente é a do Colégio Brasileiro de Radiologia com uma denúncia por infração à ordem econômica com imposição de honorários. No ano passado, a Associação dos Médicos de Santos também recorreu à SDE contra o grupo para apuração de infração de adoção de conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes. Dois anos antes, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia também havia feito representação no sentido de coibir ajuste de preço em bloco praticado pelo Ciefas. Além dessas representações, ainda em processo de apreciação, outras duas, uma da própria SDE e outra da Associação dos Médicos de Hospitais Privados do Distrito Federal, também questionaram a entidade por infração à ordem econômica, e ambas foram encaminhadas ao Cade para julgamento. Por sua vez, o Ciefas, através de parecer do Cade, conseguiu impedir a implantação da Tabela de Honorários Médicos da AMB, em processo já julgado. “Não é aceitável que o Ciefas questione a tabela da AMB e, ao mesmo tempo, edite sua própria tabela com valores indignos para a classe médica”, reclama o presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, Aldemir Humberto Soares. JAMB 6 JULHO/AGOSTO DE 2001 Katiê Muller Michele Pifano Fórum de responsabilidade I Congresso de Acadêmicos civil, ética e penal APM/AMB AMB/CFM/Denem Fórum sobre Responsabilidade Civil, Ética e Penal do Médico, realizado dia 11 de agosto, no Hotel Maksud Plaza, em São Paulo, reuniu cerca de 800 pessoas, entre elas, profissionais e acadêmicos da área médica e jurídica, com objetivo principal de abrir um amplo canal de diálogo entre esses profissionais para a construção de um modelo sólido de justiça social e democrática. Para o presidente da AMB, Eleuses Paiva, “os modelos assistencial e de ensino possuem uma lógica comum que pode ser considerada totalmente mercantilista. Logo, a relação médico-paciente deteriora-se cada vez mais, agravando este conflito”, disse, na abertura do evento. “O direito e a Medicina possuem caminhos diferentes, mas que convergem para o mesmo destino. Ambos têm como meta o bem do ser humano”, comentou José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina. Os temas do evento, promovido pela AMB e APM, foram divididos em três mesas com duas palestras em cada. A primeira mesa foi coordenada por José Luiz Gomes de Amaral, Lincoln Freire, vice-presidente da AMB e Florisval Meinão, diretor-adjunto de defesa profissional da APM. ‘A avaliação do dano moral’ foi tema da palestra de Clayton Reis, juiz aposentado do Tribunal de Alçada Civil do Paraná. Sálvio de Figueiredo Teixeira, ministro do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral’, falou sobre ‘Reflexões sobre o Direito e Medicina’. Já a segunda mesa teve como coordenadores Regina Parizzi, presidente do CRM-SP e Jorge Curi, diretor de defesa profissional da APM. As palestras foram sobre ‘A responsabilidade Penal do Médico – O sigilo profissional e a requisição judicial do prontuário médico’, de Antônio Carlos Coltro, juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo; ‘A responsabilidade civil do médico – O médico frente ao Código de Defesa do Consumidor’, de Marcus Vinícius Andrade, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Eleuses Paiva e Eduardo Vaz, diretor de defesa profissional da AMB, coordenaram a terceira mesa, em que o presidente do CFM, Edson Andrade, palestrou sobre ‘Os princípios éticos profissionais do médico’, e o juiz vice-presidente do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, José Renato Nallini, falou sobre ‘A ética médica sob a ótica do judiciário’. ais de 700 inscritos, 13 temas principais, 43 subtemas, duas sessões com 18 temas livres. Assim pode ser resumido o I Congresso de Acadêmicos promovido pela AMB, CFM e Denen – Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina, realizado de 17 a 19 de agosto, na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba. “É muito importante essa aproximação das entidades médicas com os acadêmicos no sentido de estimular o espírito ético e associativo e também de orientá-los em relação ao futuro da profissão”, afirmou Jurandir Marcondes, presidente da Associação Médica do Paraná e diretor do Departamento de Acadêmicos da AMB, na abertura do evento que contou com a presença das lideranças médicas e representantes de entidades governamentais na área da saúde. “A realização desse evento era um grande sonho das entidades médicas. A participação e integração dos estudantes de medicina em suas entidades representativas é de fundamental importância”, completou o presidente da AMB, Eleuses Paiva. “Temos muito a compartilhar, ouvir e aprender com os estudantes. Esse é um momento importante, pois situa o amanhã da medicina brasileira”, garantiu Edson de Oliveira Andrade, presidente do Conselho Federal de Medicina. Para Humberto Torreão, presidente da Denem, a aproximação com as entidades médicas faz parte do movimento estudantil nacional. “É importante, pois temos oportunidade de discutir os principais assuntos da saúde no país”, afirmou. Nada menos que 56 temas, divididos em palestras e exposições, foram debatidos durante o evento. Todos eles relacionados ao desenvolvimento da profissão médica. No primeiro dia foram discutidos: a formação médica; Cinaem, e o uso racional do laboratório na prática médica. No segundo, a ética na medicina, a importância do associativismo na formação médica, residência médica e o sistema de saúde, drogas, o profissional do novo século, pós-graduação, avaliação do ensino médico, decisões clínicas e a realização das sessões de temas livres. Para o último dia ficaram reservados: terapêutica, a responsabilidade ética do acadêmico e a relação das especialidades médicas com a construção do SUS. Michele Pifano Katiê Muller Com a presença de representantes de todas as suas Federadas, a AMB apresentou, no mês de julho em São Paulo, o novo Clube Médico, que a partir de agora também passa a contar com a participação da Associação Paulista de Medicina. “O objetivo principal é apresentar as vantagens do Clube Médico e definir meios para sua melhor implementação em todos os estados”, afirmou o presidente do Clube Médico, José Luiz Gomes do Amaral, na abertura do evento. Visando redirecionar suas estratégias de atuação, a AMB contratou uma empresa especializada em consultoria, que sugeriu a segmentação dos produtos oferecidos aos médicos em quatro módulos: Aposentadoria ( Fundo Médico); Benefícios (Seguros de vida, acidentes profissionais, auxílio-doença); Bens (Seguros de autos, residência e clínicas) e a extensão do plano de saúde da Associação Paulista de Medicina aos demais estados. Além da vantagem de apresentar custos competitivos dentro do mercado, o Clube Médico ainda repassa percentuais às Federadas e suas regionais. Informações sobre produtos e serviços poderão ser obtidas pelo telefone Na abertura do evento, os estudantes de medicina tiveram a oportunidade de assistir ao show da cantora Sandra Ávila. Médica formada pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em oftalmologia, atualmente ela se divide entre as duas profissões. Além de praticar a medicina, atendendo diariamente em sua clínica particular, Sandra, que recentemente recebeu o prêmio Saul Trumpet como melhor cantora paranaense, também se prepara para o lançamento do seu segundo CD. “Estamos buscando patrocínio para esse novo CD, pois as dificuldades são muitas”, explica. A principal delas é a financeira, pois não esconde que já esgotou todas as suas reservas na construção do primeiro disco, “Veludo”, lançado no ano passado e que contou com a participação de Ivan Lins. “É muito gratificante ser reconhecida por esse trabalho artístico, mais ainda é constatar um bem sucedido pós-operatório”, avalia Sandra. Lançado o novo Clube Médico Dupla paixão: medicina e música JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 7 Ação contra novos cursos da Unip AMB, o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina-SP entraram dia 19 de julho com representação junto ao Ministério Público Federal pedindo a instauração de inquérito civil público para anulação da convocação do exame vestibular da Universidade Paulista (Unip) para a abertura de cursos de Medicina em suas várias unidades, sendo uma unidade na capital paulista, sete no interior, uma em Goiânia e outra em Brasília. O Ministério Público Federal em São Paulo acatou a representação das entidades médicas e já iniciou o processo de investigação, solicitando pareceres sobre os cursos da Unip ao MEC, Conselho Estadual de Educação e Conselho Nacional de Saúde. Além da publicação de um comunicado na imprensa, as entidades também encaminharam correspondência ao Conselho Nacional de Educação solicitando posicionamento do órgão em relação à abertura dos novos cursos. Apresentam argumentos contrários à abertura, além de destacar que no “Estado de São Paulo já existem 23 escolas médicas, formando cerca de 24.00 novos médicos por ano. Com as vagas pretendidas pela Unip, com mais oito cursos no Estado, esse número Audiência no MEC m Qu atr o as su nto s fiz era o niã reu da uta pa rte da pa as dic mé es ad tid en as qu e CF M) na cio na is (A MB e da tro nis mi o m co tiv era m to, no na Re ulo Pa ão aç uc Ed ília: a mês de agosto, em Bras ita is sp ho s do o sit ua çã a ís; pa un ive rsi tár ios do las co es s va no ab ert ura de o em mé dic as , gr ad ua çã prova l; su rco Medicina no Me gu a lín de cia iên de su fic os dic mé po rtu gu es a pa ra a m ere erc ex es tra ng eir os il. as Br no o profissã s, Quanto aos novos curso las pe a tad en res ap a posição e o en tid ad es é de qu úde Sa de l na Conselho Nacio tivo era lib de r de po ter passe a vo s no so bre a ab ert ura de ultrapassaria três mil por ano”. Além disso, aborda também a qualidade e a avaliação do ensino médico no Brasil: “os resultados do Provão do MEC e a avaliação Cinaem têm demonstrado a má qualidade do ensino em muitas escolas do país. Muitos cursos de Medicina, sobretudo privados, têm problemas sérios em relação à qualificação do corpo docente e faltam equipamentos adequados, como hospital-escola. Os alunos saem despreparados dessas escolas, sequer conseguem vagas nas Residências Médicas e partem para a prática médica totalmente despreparados”, conclui o documento. Cai veto do governador ao ensino médico em SP A Assembléia Legislativa derrubou o veto do governador do estado de São Paulo ao Projeto de Lei nº 283/2000 do deputado estadual Vanderlei Siraque (PT) que acaba com a indústria de ensino na área da saúde. Com a aprovação do projeto - que foi discutido com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicato dos Médicos e com a Federação dos Estudantes de Medicina - os pedidos de criação dos cursos de graduação na área da saúde, por universidades e demais instituições de educação superior, passam a ser encaminhados ao Conselho Estadual de Educação e submetidos à prévia avaliação do Conselho Estadual de Saúde. As instituições que estiverem em funcionamento também serão avaliadas pelos Conselhos. “Caso não estejam de acordo com os critérios estabelecidos e esgotado o prazo fixado para o saneamento, haverá reavaliação, que poderá resultar na suspensão temporária ou desativação dos cursos autorizados”, afirma Siraque. Estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina conclui que o número de médicos cresce em uma razão duas vezes maior que o crescimento populacional do país. Em São Paulo, a relação é de um médico para cada 479 habitantes, sendo que o número ideal, indicado pela Organização Mundial de Saúde é de um médico para cada mil habitantes. “Muitos médicos chegam despreparados ao mercado de trabalho em decorrência da existência de instituições caça-níqueis, que não têm nem hospitais universitários”, declara Siraque. O deputado entende que isso representa um sério risco para a saúde do paciente e para a sociedade. Márcio Arruda . Em cu rso s de me dic ina da m ite iro relação ao prime es sa om pr a e uv pa uta , ho co m o nto nju co em ra, pa novos Ministério da Saúde, se tor no tos en inv es tim infram, ge visando reaparelha bre a So . as orm ref estrutura e nais sio fis pro tre en ão raç integ m co é a eix qu do Mercosul, a de so es oc pr ao rel aç ão e se rec on he cim en to qu rado, ele ac o ritm encontra em vede mo nis ca me se es e que s vo no a ria se r su bm eti do . nto me ora rim ap es tud os e su fia e br so te, en alm Fin guesa, ciência de língua portu m que de ten en es ad as entid da no nta de ve ria se r im pla cíf ica pe es va pa ís um a pro loma. dip do ão aç lid va para a LIMBITROL JAMB 8 JULHO/AGOSTO DE 2001 Classificação de procedimentos. Previsão é para o final do ano classificação hierarquizada de procedimentos médicos da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina, que substituirá a Lista de Procedimentos Médicos – LPM, deverá estar concluída até o final do ano. A previsão é de que o relatório final elaborado pela FIPE seja apresentado durante o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina, de 23 a 26 de outubro, em Manaus. Pela primeira vez, os médicos brasileiros terão uma classificação de procedimentos editada pelas duas entidades médicas nacionais, fruto de um amplo debate com as Sociedades de Especialidade e assessorada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), com vistas à sua viabilização econômica. A primeira etapa do trabalho, que teve como base a classificação dos procedimentos e honorários, já foi finalizada, faltando apenas a Arquivo Hélio Zylberstajn ◗ ◗ ◗ ◗ ◗ ◗ ◗ ◗ Pesquisa Nacional Pesquisa de custos SADT Avaliação de resultados Discussão da minuta do relatório final Apresentação do relatório final Impressão e distribuição Implantação Revisão e atualização COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO ◗ ◗ ◗ Edson Oliveira Andrade realização de nova codificação e a chamada correção estatística, ou seja, a correção dos valores que em alguns atos encontram-se super ou subvalorados. Na avaliação da Fipe, o trabalho foi baseado numa “hierarquia de atos médicos”, explica o professor Hélio Zylberstajn, responsável pelo trabalho. “Foi preciso definir a O PROJETO PASSO A PASSO Presidência da AMB Diretoria de Economia Médica Diretoria Científica ◗ ◗ ◗ ◗ ◗ Arquivo importância relativa de cada procedimento e seus requisitos, como grau de dificuldade, tempo, etc. O resultado foi um trabalho ético, detalhado e, acima de tudo, fundamentado, que tem como grande apelo sua credibilidade”, resumiu. Além de contar com a participação da Fipe, buscando compa- Representação do sistema federativo Diretoria do CFM Conselho Científico – 3 representantes Fipe Ministério da Saúde COMISSÃO DE METODOLOGIA ◗ ◗ ◗ ◗ ◗ Diretoria de Economia Médica Diretoria Científica CFM Fipe Conselho Científico (Sociedades que aderiram o projeto) tibilizar os honorários médicos com as implicações econômicas atuais, garantindo, assim, maior credibilidade ao instrumento, o trabalho possui também a participação do Ministério da Saúde. “O respaldo do Ministério da Saúde é o primeiro passo para que o resultado desse esforço conjunto seja gradualmente adotado pelo SUS”, afirmou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade. A Associação Médica Brasileira pretende ainda submeter ao Conselho Superior o resultado final desse material. Esse Conselho Superior será formado por representantes das empresas operadoras de saúde, Cade, Procon, Idec, AMB, CFM e Sociedades de Especialidade. A idéia é colocar à disposição do Conselho os técnicos da Fipe para eliminar dúvidas, já que a nova classificação hierarquizada envolve cerca de 5 mil procedimentos. Somente depois da aprovação por parte deste Conselho é que o instrumento será publicado. “Já tivemos reuniões com representantes do grupo Ciefas, Unimed e Abramge que, além da disposição de estudar a nova classificação hierarquizada de procedimentos, também mostraramse interessados nas Diretrizes, outro projeto que está sendo desenvolvido pela Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e as Sociedades de Especialidade”, finalizou Eleuses Paiva. Metodologia A Fipe baseou seu trabalho na definição de atributos inerentes ao ato médico e sua importância relativa, escolha de atos-âncora (ou atos típicos) em cada uma das especialidades e a diferenciação entre atos puros e os que envolvam equipamentos e insumos. Após o confronto dos itens entre as áreas clínica, cirúrgica e de SADT, concluiu-se que no ato médico o tempo é o fator mais importante. Os demais atributos, como qualificação do profissional, complexidade, insalubridade, etc, também foram levados em consideração. Toda a metodologia concebida pela Fipe foi apresentada e discutida, passo a passo, em reuniões com as Comissões de Acompanhamento e Metodologia, nas quais estiveram representadas as diretorias da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Conselho Científico da AMB e Ministério da Saúde, além da própria Fipe. Aprovada a metodologia, cada uma das Sociedades se encarregou de entregar à Fipe a relação dos seus respectivos atos-âncora, além da listagem completa dos procedimentos da especialidade, limitados em 10% além dos constantes da LPM/99. A partir daí, a Fipe deu início à classificação hierarquizada propriamente dita dos procedimentos, aplicando seus conceitos metodológicos sobre cada um, numa minuciosa pesquisa junto às Especialidades. Ex-presidentes: homenagem no cinqüentenário da AMB Uma cerimônia em homenagem aos médicos, reunindo lideranças e representantes de entidades médicas, autoridades e ex-presidentes marcará, no mês de outubro, a comemoração dos 50 anos da Associação Médica Brasileira. Durante o evento, que será realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual de São Paulo, a entidade estará entregando a Medalha Jairo Ramos. A condecoração será confiada a um profissional de cada estado brasileiro, cujo nome será indicado pela Federada da Associação Médica Brasileira por sua contribuição em benefício da medicina e da classe médica. Todos os ex-presidentes da entidade também serão homenageados com a Medalha, além de diploma. “É uma homenagem àqueles que contribuem ou já contribuíram para o engrandecimento da medicina nacional”, afirma Paulo Davin, diretor de Marketing da AMB. Ainda como parte da comemoração do cinqüentenário da AMB, será lançado um concurso para sócios da entidade. O regulamento para participação ainda está sendo elaborado pela Diretoria de Marketing, porém o tema já foi definido: “AMB no novo milênio”. A premiação estará ocorrendo em janeiro de 2002, quando a AMB estará completando 51 anos. to ria ra nt e re un ião de di re HO M EN AG EM - Du asileira , a Associação Médica Br Executiva, no mês de julho arães im ex-presidente Nelson Gu prestou homenagem ao tên cia e rio es tad ua l de As sis Pr oe nç a, atu al se cr etá oureiro l. Na foto, o segundo tes Desenvolvimento Socia ento ao uma placa de agradecim Alexandre Sittart entrega prestou já sua carreira, Proença trabalho que, ao longo de nefício da classe médica. e vem realizando em be JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 Diretrizes: primeira fase já finalizada 9 Portaria favorece transplantes Márcio Arruda Projeto da AMB, CFM e Especialidades concluiu 40 Diretrizes para condutas médicas primeira fase do projeto Diretrizes, iniciada pela AMB e CFM em conjunto com as Sociedades de Especialidade no final de 2000, está finalizada. O trabalho será apresentado no dia 25 de outubro, em Manaus, durante o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina. Foram preparadas, nesta primeira etapa, 40 Diretrizes, sendo que outras 29 encontram-se em andamento, devendo ser incluídas em uma segunda etapa do projeto. “Muito mais importante que a grande quantidade de Diretrizes finalizadas neste curto espaço de tempo, é preciso ressaltar o excelente nível científico dos trabalhos, exatamente o que buscávamos”, explica o diretor científico da AMB, Fábio Jatene. “A segunda fase do projeto compreenderá a distribuição e implantação do projeto em nível nacional”, completa Eleuses Paiva, presidente da AMB. O projeto teve início em outubro do ano passado, mas foi somente a partir de uma reunião específica sobre Diretrizes, realizada em dezembro, na sede da AMB, é que os resultados começaram a surgir, com a entrega dos primeiros Jatene: “Excelente nível científico dos trabalhos” trabalhos. Das 56 Sociedades de Especialidade filiadas à AMB, 27 participaram do projeto, tendo algumas delas, como a Febrasgo, contribuído com até cinco Diretrizes. O projeto teve a coordenação de Raul Cutait, além de uma Comissão Técnica especialmente formada e composta pelos médicos Wanderley Marques Bernardo, Moacyr Roberto Cuce Nobre e José Eluf Neto, esse trabalho contou ainda com a participação de Antonio Vaz Carneiro, diretor do Instituto de Qualidade em Saúde, órgão governamental responsável pela elaboração das Diretrizes em Portugal. Ele foi convidado pela AMB e CFM especialmente para colaborar no trabalho desenvolvido pelas entidades. “Esse trabalho realizado pelas entidades pode ser comparado aos existentes em outros países”, avalia Wanderley Marques Bernardo, integrante da Comissão Técnica. “Com certeza, podemos afirmar que, pela metodologia e características empregadas na produção das nossas Diretrizes, estamos dentro dos padrões internacionais utilizados na atualidade por países como EUA, Canadá e Portugal, considerados vanguarda em trabalhos desse tipo”, conclui. O projeto Diretrizes tem como abrangência todo o território nacional, sendo totalmente baseado em orientação diagnóstica, terapêutica e preventiva, abordando temas de grande importância e relevância entre as especialidades. “As Sociedades tiveram total liberdade para a escolha dos temas, cujos resultados irão garantir a melhoria no nível de atendimento ao paciente, exatamente o nosso objetivo principal”, finalizou Fábio Jatene. Discussões sobre a tabela do SUS Representando o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira, o vicepresidente do CFM, Abdon Murad, participou, no mês de junho, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, de Audiência Pública, para discutir a tabela de procedimentos do SUS e a situação de endividamento dos hospitais conveniados. Durante a Audiência Pública, Abdon Murad mostrou que os médicos e os hospitais que trabalham para o SUS são muito mal remunerados, o que poderá inviabilizar o atendimento em pouco tempo. Participaram, também, da Audiência Pública a Federação Brasileira de Hospitais, a Federação Nacional dos Médicos e a Confederação Nacional de Saúde. Ficou decidido que os deputados que compõem a Comissão de Seguridade Social e Família trabalharão, de 15 em 15 dias com as entidades representativas dos médicos e dos hospitais, visando o mais rápido possível apresentar uma nova proposta de remuneração, baseada em tabelas elaboradas pelo CFM em parceria com a AMB e a Confederação Nacional de Saúde e em uma feita pela Federação Nacional dos Médicos. ANADOR Em uma reunião na sede do CFM, em Brasília, o ministro da Saúde, José Serra, anunciou a assinatura de uma portaria para estimular a captação e a retirada de órgãos, visando a ampliação do número de transplantes no país. O assunto mais importante do encontro, também integrante da pauta da reunião, foi a discussão sobre os critérios utilizados na lista de espera para transplante de fígado. Entidades como AMB, CFM, Ordem dos Advogados do Brasil e ABTO – Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos defendem a manutenção da atual política de distribuição. “Entendemos que se os critérios ainda não são perfeitos pelo menos ainda é a forma mais transparente de distribuição dos órgãos para transplante”, afirma Renato Ferreira da Silva, professor adjunto da Faculdade de São José do Rio Preto e representante da AMB no encontro. ”Hoje o paciente sabe em que posição se encontra na lista e que ninguém será privilegiado”, avalia. Em relação à portaria (nº 1.117 de 2001), aumenta os valores de remuneração dos procedimentos de captação e retirada de todos os órgãos na tabela do Sistema Único de Saúde. No caso do fígado, o valor dos honorários médicos para a retirada do órgão passa de R$ 390,00 para R$ 1.170,00. O procedimento de localização e abordagem de possível doador também teve seu valor triplicado, passando de R$ 70,00 para R$ 210,00. Residência Médica Márcio Arruda Representantes da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Comissão Nacional de Residência Médica e Associação Nacional dos Médicos Residentes participaram no mês de agosto, em Brasília, da audiência pública que discutiu a atual crise que está comprometendo a Residência Médica no país. “A AMB entende que o sistema de Residência Médica nacional é de extrema importância para a formação do médico e, por isso, deve ser revisto e atualizado”, avalia o secretário-geral da AMB, Aldemir Humberto Soares, representante da entidade na audiência. No encontro com a deputada Angela Guadagnin (PT/SP), que presidiu a sessão, foram apresentadas várias sugestões para o setor. Entre elas uma revisão da legislação, através de um projeto do deputado Eduardo Jorge, elaborado em 1991, e que se encontra atualmente na Comissão de Constituição e Justiça. Outro ponto discutido foi em relação à fiscalização. A Comissão Nacional de Residência Médica não tem condições de fiscalizar todas Residências existentes, e como solução foi sugerido que essa tarefa passe a ser incumbência da AMB, através de suas Sociedades de Especialidade. As entidades deixaram o encontro com a promessa de que a deputada irá promover reuniões com o Ministério da Saúde e da Educação, com o objetivo de solucionar os problemas existentes. JAMB 10 JULHO/AGOSTO DE 2001 ANS discute descredenciamento A proposta é das entidades médicas e visa normatizar o setor de saúde Fotos: Osmar Bustos Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina apresentaram para discussão na Agência Nacional de Saúde Suplementar uma proposta para a elaboração de uma resolução que normatize o credenciamento e descredenciamento dos médicos por parte das empresas operadoras de planos e seguros-saúde. “O assunto foi discutido na última reunião da Câmara Suplementar, e como era de se esperar as operadoras de saúde tentaram minimizar a questão, relegando-a a um segundo plano”, explica Samir Bittar, representante da AMB e CFM na ANS. Embora a Câmara Suplementar tenha apenas poder consultivo, sendo que as deliberações são tomadas pela direção da ANS, é importante que haja consenso entre os segmentos da saúde. No entanto, Samir Bittar informou que existe um grande interesse por parte da ANS em regulamentar a questão, ao contrário da decisão dos representantes das empresas operadoras de saúde na Câmara Suplementar. “Há uma forte sinalização da direção da Agência na busca por um entendimento visando normatizar o assunto. Pude perceber que não será uma questão a ser deixada para segundo plano, pois interessa diretamente aos usuários”, continua Samir. Nas próximas reuniões da ANS, as entidades médicas deverão apresentar sugestões para a elaboração dessa norma. “Por isso, é muito importante a participação das Federadas e Sociedades de Especialidade neste processo com o envio de suas considerações”, explicou Samir. A Resolução 1616 do CFM, que proíbe o descredenciamento de médicos sem uma causa justa, será o ponto de partida para a confecção dessas normas. “Embora esteja sendo contestada judicialmente pelo grupo Ciefas, por entender que credenciamento ou descredenciamento não é ato médico e portanto não seria alçada do CFM normatizar o assunto, estamos solicitando que tanto as Federadas como as Especialidades utilizem o documento do Conselho como base para sua elaboração”, finaliza Samir. Honorários médicos Outro ponto de reivindicação das entidades médicas na ANS é com relação aos honorários médicos, sem reajuste há mais de sete anos por parte das empresas de saúde. Por interferência da própria Agência, as entidades médicas começaram a discutir o assunto com as operadoras de saúde, realizando algumas reuniões. Na pauta de discussões, que será aprofundada em outros encontros, além de remuneração e honorários médicos, também deverá ser incluído o projeto Diretrizes, que está sendo elaborado pela AMB/CFM e Sociedades de Especialidades e a responsabilidade e co-responsabilidade de profissionais e planos de saúde nas questões éticas, civis e penais. Alerta aos sócios O nome da Associação Médica Brasileira, Associação Médica de Minas Gerais e Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia, bem como do ex-presidente Charles K. Naspitz, está sendo usado ilegalmente por Ary Henn Júnior, que diz ser editorpresidente da empresa “Guanabara Koogan & Manole”, a fim de vender a assinatura do Journal of Allergy and Clinical Immunology, o que não é verdade. Portanto, qualquer sócio que tenha conhecimento sobre o assunto e que seja visitado por pessoas que se apresentem em nome da AMB ou que de alguma forma envolvam o nome de qualquer entidade, deverá entrar em contato telefônico com a sede da entidade para confirmar a autenticidade do procedimento. Vale lembrar que as únicas pessoas que atualmente têm autorização para oferecer seguros do Clube Médico aos médicos são os funcionários da seguradora Previdência do Sul. Reuniões das entidades médicas com o segmento das empresas de saúde: início das negociações sobre honorários médicos Pesquisa irá mapear operadoras de saúde Os abusos das operadoras de planos de saúde contra médicos e pacientes, que têm provocado grande número de reclamações junto ao Idec e ao Procon, além das seguidas denúncias de médicos sobre pressões para reduzir exames, internações e outros procedimentos, demonstram que a Saúde Privada do Brasil ainda está longe de encontrar uma solução para melhorar o atendimento. Com o objetivo de garantir a qualidade em todas as etapas do atendimento, bem como o livre exercício profissional de toda a classe, a Associação Paulista de Medicina acaba de disponibilizar em seu portal – www.apm.org.br - uma pesquisa para mapear o Sistema de Saúde Privado. Dirigida a médicos, associados ou não, a pesquisa visa detectar falhas, encaminhar ações e propostas para que os abusos de operadoras contra usuários e médicos sejam resolvidos. Esta pesquisa sobre o setor de planos de saúde marca uma nova etapa da campanha “Tem plano de saúde que enfia a faca em você - E tira o sangue dos médicos”, lançada em junho de 2000 pela Associação Paulista de Medicina, em conjunto com as entidades médicas (CFM, AMB, CREMESP, SIMESP) e Sociedades de Especialidade. Enfermeiros: prescrição proibida Foi suspensa a portaria do Ministério da Saúde que facultava aos enfermeiros o direito de prescrever medicamentos e tratar de portadores de DST/Aids em programas de saúde pública. Este foi o resultado da reunião, dia 13 de junho no Ministério da Saúde, entre o presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson Andrade, e o secretário Cláudio Duarte. Além da suspensão da portaria, ficou acertado também que será criada uma comissão, composta por membros da AMB, CFM e Ministério da Saúde, que terá a responsabilidade de definir uma norma orientadora sobre o assunto. A portaria que resguardava o direito aos enfermeiros foi repudiada por todas as entidades médicas, especialmente as Sociedades de Especialidade ligadas à AMB. A Sociedade Brasileira de Dermatologia, através do seu presidente, Bernardo Gontijo, encaminhou ofício à AMB, esclarecendo que “entende que o tratamento de qualquer doença é um processo complexo, que não pode ser banalizado com o argumento simplista de que os medicamentos têm indicações e dosagens padronizadas. Aqueles que se propõem a tratar tais entidades devem possuir sólidos conhecimentos sobre a doença, o doente e a droga. Este último item engloba os efeitos colaterais, muitos deles de localização cutâneo-mucosa, cujo diagnóstico implica em conhecimentos dermatológicos que não se adquirem aleatoriamente, nem mesmo com a supervisão de enfermeiros”. SAÚDE: AVALIAÇÃO DETALHADA- Com o objetivo de discutir o relacionamento entre médicos, entidades médicas e hospitais, além de uma abordagem sobre a estrutura atual dos hospitais brasileiros, a Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Brasileira de Hospitais realizaram, na sede da AMB, no mês de julho, um detalhado projeto de planejamento estratégico conjunto visando equacionar problemas existentes nesse relacionamento. A metodologia de trabalho foi a mesma empregada em planejamentos anteriores: dinâmicas de grupo, visualização móvel, objetivando a eliminação de discussões redundantes e priorizando o consenso. No encontro, decidiu-se também pela criação de um fórum permanente, composto pelas três entidades, que terá a missão de não somente conduzir todo o trabalho desenvolvido no planejamento estratégico como vigiar as questões relativas à área hospitalar e médica de forma permanente. Participaram da reunião os presidentes da Associação Médica Brasileira, Eleuses Vieira de Paiva, do Conselho Federal de Medicina, Edson Andrade, e da Federação Brasileira de Hospitais, Carlos Eduardo Ferreira. Também estiveram presentes os dirigentes da AMMG, José Guerra Lages, e do Conselho Regional de Medicina/MG, Francisco José Caldeira Reis, além de lideranças médicas de outros Estados. JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 Novo protesto de residentes Após uma paralisação nacional nos dias 3,4 e 5 de julho (foto), em 11 Estados brasileiros, com a intenção de lutar pela qualidade da residência e, consequentemente, pela qualidade do atendimento à população, já que a maior parte da mão de obra dos médicos no Sistema Único de Saúde são dos estudantes, os médicos residentes decidiram entrar em greve. O movimento é parte da Campanha Nacional de Valorização de Residência Médica, que teve início em junho do ano passado. No Estado de São Paulo, a paralização, que teve início no dia 14 de agosto, atingiu 50% dos residentes. Entre as reivindicações estão reajuste da bolsa, com aumento de 75%, correspondente à defasagem acumulada em sete anos; regulamentação do auxíliomoradia; capacitação e gratificação dos preceptores e folga pós-plantão. Além disso, eles lutam também pelo cumprimento dos direitos já garantidos em lei como carga horária máxima de 60 horas semanais, com no máximo 24 horas de plantão, moradia e alimentação, um dia de folga semanal, licença maternidade de 4 meses, supervisão contínua e carga horária mínima de 10% nas atividades teóricaspráticas. “A legislação vem sendo desOsmar Bustos respeitada com freqüência. Alguns estudantes chegam a trabalhar até 100 horas semanais. Isso é um absurdo”, desabafa Pedro Sampaio, diretor da Associação Nacional de Residentes Médicos. E completa. “O hospital que fornece residência é responsável por disponibilizar moradia, o que dificilmente acontece. Por isso, em muitos Estados, estamos conquistando este direito por meio de ações na justiça”. Apesar de tantos problemas, Pedro está otimista e acredita que conseguirá atingir os objetivos da Campanha. “Devido ao grau de organização do movimento, tenho confiança de que tudo será resolvido”, comenta. “Estamos aguardando uma posição do Ministério da Educação com relação a regulamentação e fiscalização da residência médica; e do Ministério da Saúde, que é responsável pela formação dos recursos humanos”. Reunião discute situação dos hospitais universitários Márcio Arruda O presidente da AMB, Eleuses Paiva, acompanhado de Edson de Oliveira Andrade, presidente do Conselho Federal de Medicina, além do diretor do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Curitiba, Luiz Carlos Sobânia, estiveram reunidos no dia 20 de junho, em Brasília, com o Secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, Renilson Rehem, para debater a situação dos hospitais universitários no Brasil. Durante a reunião, foi discutida a colaboração entre as diversas entidades para solucionar os graves problemas que os hospitais universitários vêm enfrentando. “É preciso criar uma política de subvenção visando aumentar a capacidade dos hospitais universitários”, explica Edson Andrade. “Isso, porém, depende da vontade política do Ministério da Saúde, liberando mais verbas para a recolocação de funcionários”, completa. 11 Novas normas para Residência Médica plenária da Comissão Nacional de Residência Médica aprovou em sua última reunião, realizada no período de 20 a 23 de junho, em Brasília, uma importante resolução com relação ao prazo de realização de Residência Médica. A medida, que tem dois anos para ser implantada, uniformizou critérios e busca garantir melhor qualificação ao médico formado. A partir da nova resolução, a Residência Médica deverá ser realizada num prazo mínimo de dois anos e no máximo de cinco a seis anos (quadro abaixo). “É verdade que o médico vai demorar mais tempo para entrar no mercado de trabalho, porém quando isso ocorrer ele estará muito mais qualificado”, explica Juvêncio Duailibe, representante da AMB na Comissão Na- ESPECIALIDADES COM ACESSO DIRETO cional de Residência Médica. Algumas especialidades, como Radiologia e Oftalmologia, também tiveram seus prazos mínimos prorrogados para três anos, ao invés dos dois anteriormente previstos. As resoluções já foram redigidas e enviadas para a consultoria jurídica do Ministério da Educação e Cultura. Depois de aprovadas, serão publicadas, obtendo assim seu valor legal. DURAÇÃO UM ANO OPCIONAL 4 ANOS 3 ANOS 2 ANOS Patologia Clínica (Patologia Clín.e Med. Laboratorial) Oftalmologia Ortopedia e Traumatologia Otorrinolaringologia Doenças Infecto Parasitárias (Infectologia) Diagnóstico por Imagem (Radiologia) Med.Física e Reabilitação Psiquiatria Anestesiologia Anatomia Patológica (Patologia) Neurocirurgia X Med. G. Comunitária( Med. da Família e da Comunidade) ESPECIALIDADES COM PRÉ - REQUESITO COM DOIS ANOS DE CLÍNICA MÉDICA OU PEDIATRIA Cardiologia Dermatologia Endocrinologia Metabologia (Endocrinologia) Gastroenterologia Geriatria Pneumologia Nefrologia Oncologia ESPECIALIDADES COM PRÉ – REQUESITO DE ANOS DE CIRURGIA GERAL Cirurgia Torácica Cirur. Vasc. Periférica (Angiologia e Cirur. Vascular) Cirurgia Pediátrica Cirurgia Cardiovascular Urologia Cirurgia Plástica Proctologia (Coloproctologia) ESPECIALIDADES SEM PRÉ – REQUESITO (ÁREAS BÁSICAS) Clínica Médica Pediatria Obstetrícia e Ginecologia Cirurgia Geral (Cirurgia Básica) Medicina Preventiva e Social ESPECIALIDADES COM PRÉ-REQUESITO DE 2 ANOS EM CLÍNICA MÉDICA E 2 ANOS NA ESPECIALIDADE Neurologia Hemoterapia - Hematologia Reumatologia X X X X X X X X * * * * * * * X X * X X X X X X X X X X X * * X * * X X X X * X * X * * * X X X X X X X X X X X X X X X X X X DOIS ANOS NA ESPECIALIDADE X X X X X X GRUPO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Prof. Dr. A. Sergio Petrilli CRM 16.434 Drª Eliana M. Caran CRM 39.132 Drª Nasjla S. Silva CRM 42.988 Dr. Flávio Augusto Luisi CRM 46.240 Drª Maria Lúcia Lee CRM 60.209 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS LEUCEMIAS, LINFOMAS E TUMORES SÓLIDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE AV. REPÚBLICA DO LÍBANO, 264 - IBIRAPUERA SP - CEP 04502-000 - Tel.: (11) 3889-9266 Ind. e Com. de Produtos Gelatinosos Ltda. ULTRAGEL (para contato em ultra sonografia e Sonar Doppler) ELETROCARDIOGEL (para eletrocardiografia e miografias) FISIOGEL (para fisioterapia) OSTEOGEL (para osteossonometria) Rua Cap. Avelino Carneiro, 129 – 03603-010 – São Paulo – SP Fones (11) 6646-4142 / 6646-4102 – Fax (11) 6647-2399 12 esde 1981, quando foram registrados os primeiros casos de Aids no mundo, 22 milhões de pessoas já morreram. Só no Brasil foram mais de 150 mil. Hoje, 20 anos depois, graças as ações de novas drogas e a uma eficiente política de combate à epidemia, considerada um modelo exemplar em todo o mundo, a sobrevida dos brasileiros infectados é maior. A taxa de letalidade no país caiu 75% desde 1996, época em que o Ministério da Saúde começou a distribuir gratuitamente, através de sua rede pública, o coquetel de anti-retrovirais. São 12 medicamentos no total, atingindo cerca de 100 mil pacientes, ou seja, quase 100% dos casos notificados. Hoje o governo brasileiro gasta o equivalente a US$ 303 milhões com a compra de medicamentos, sendo que somente dois deles (nelfinavir e efavirenz), protegidos pela lei de patentes, consumiram 39% dos recursos. Dessas 12 drogas, oito são produzidas por laboratórios brasileiros, reduzindo o custo médio anual do tratamento para U$ 4.500 no Brasil contra US$ 12 mil nos EUA ou em países que dependem totalmente de drogas americanas. Esse foi o motivo do conflito entre Estados Unidos e o Brasil, iniciado no ano passado, quando o ministro José Serra ameaçou as multinacionais de licenciar suas patentes, JAMB caso o preço dos remédios que compõem o coquetel não fossem reduzidos. Todo esse esforço teve uma compensação: houve uma diminuição do número de mortes por Aids nos últimos cinco anos, numa média de 12,5% a cada ano. No período entre 1995 e 1999, o número de óbitos por Aids teve uma redução de 50% e as internações hospitalares caíram em 80%. O governo estima que 234 mil internações foram evitadas entre 1997 e 2000, possibilitando uma economia de US$677 milhões aos cofres públicos. O modelo brasileiro de combate à doença é apontado como padrão internacional e através de programas de cooperação já foram firmados acordos com países interessados na transferência de tecnologia para produção de medicamentos: Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola e Moçambique foram os primeiros. Apesar dessa ação eficiente, o Ministério da Saúde contabiliza hoje 203.353 casos de Aids notificados oficialmente, sendo que 113 mil pessoas já morreram. A estimativa, no entanto, é de que existam mais de 530 mil pessoas infectadas pelo vírus em nosso país. Somente no ano passado, na rede pública, foram realizados 2,9 milhões de exames para detecção de HIV. O Ministério da Saúde prepara agora, devendo lançar ainda este ano, uma campanha nacional de incentivo à realização do teste, com pretensões de aumentar para 5,2 milhões de exames por ano. Para João Silva de Mendonça, diretor do serviço de Infectologia do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo e membro consultor do Programa DST/Aids do Ministério da Saúde, a política brasileira de combate à Aids pode ser considerada a melhor do mundo. “Em termos ideais nenhum país possui uma política de combate ao vírus HIV. Já em termos reais, o Brasil é o país que mais se destaca. Acredito que estamos no caminho certo”, diz. De acordo com Mendonça, esta política pode ser analisada sob duas frentes: medicina curativa e preventiva. A primeira, do qual é especialista, é talvez o principal motivo de tanto destaque. O Brasil possui duas redes compostas por cerca de 70 laboratórios espalhados no país inteiro, capazes de determinar tanto linfócitos CD4 (a deficiência imunológica de quem possui o vírus HIV) quanto carga viral (a quantidade de vírus do infectado). Além disso, fornece gratuitamente os remédios ao longo do tratamento e possibilita testes sem identificação. “Esta é uma política corretíssima, por isso é tão invejável no mundo todo”, comenta. “Este sucesso só é possível porque há a possibilidade de comprar genéricos e não apenas remédios de multinacionais. Com isso, o Brasil economiza cerca de 500 milhões de dólares”. Já a segunda, pode ser alvo de alguma crítica simplesmente por ser bastante complexo aplicá-la devido à heterogeneidade da população brasileira. “Saber trabalhar com tantas diferenças é extremamente complicado”, ressalta. “Embora não houvesse uma política preventiva definida, atraente e produtiva até meados da década de 90, o Brasil acordou nos últimos seis anos, mas ainda temos que nos aperfeiçoar para atingir um modelo consistente”, avalia. H.PARDINI JULHO/AGOSTO DE 2001 Independente de ser preventiva ou curativa, um aspecto importante a ser destacado, na opinião do infectologista, é o fato do Brasil respeitar as convicções de cada indivíduo, sobretudo na escolha sexual. “A política oficial nunca se atreveu a se antepor se a pessoa tem preferência sexual de natureza A, B ou C; ou se é usuária de drogas, por exemplo. A política respeita os direitos humanos dos cidadãos, e é exemplar neste sentido”. Mendonça acredita também que a epidemia no Brasil vai dar muito trabalho devido a acelerada progressão em direção às classes menos favorecidas. “A Aids deixou de ser uma doença da classe média e está se alastrando nas classes mais pobres. E sua via de transmissão, ainda é predominantemente heterossexual. Este talvez seja o grande desafio do País”. APM DISCUTIU O ASSUNTO A Associação Paulista de Medicina realizou, dia 6 de agosto, na sede da entidade, a mesa-redonda ‘Aids: Aspectos Econômicos, Sociais e Políticos’. Coordenado por Hélio Vasconcelos Lopes, presidente do Departamento de Infectologia da entidade, o evento procurou discutir os avanços e entraves ao tratamento da doença no Brasil. Ricardo Diaz, diretor do Laboratório de Retrovirologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp, falou sobre ‘O laboratório de virologia: despesas ou investimento’. “O tratamento de um paciente infectado pelo vírus é extremamente caro. Estima-se que nos EUA gasta-se por ano cerca de 20 mil dólares apenas com remédios. Com um monitoramento adequado com testes de laboratório é possível minimizar este custo e, ainda, oferecer o que há de mais moderno para que o paciente se sinta cada vez melhor”, explica. Outro assunto em pauta foi o conflito com os Estados Unidos e certos laboratórios para garantir acesso aos medicamentos. O infectologista e gerente da indústria Avents Pasteur, Antonio Ganme, falou sobre ‘O papel da Indústria Farmacêutica: ciência, economia e política’. Segundo ele, o papel da indústria é importante porque investe em pesquisas, mas a Lei de Patentes brasileira é discutível. “Não é possível um país fabricar todos os medicamentos isoladamente. Apesar de todos visarem lucro, é preciso que haja mais honestidade e menos lobby nas relações do governo com as indústrias”. Já João Silva de Mendonça, diretor de doenças infecciosas do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo, palestrou sobre ‘Análise social, política e econômica do Programa Brasileiro’. JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 13 Minas discute atividade docente AGENDA DA DIRETORIA Junho Divulgação irigentes das escolas de Medicina em funcionamento em Minas Gerais estiveram reunidos, dia 8 de junho, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (foto) para debater a situação dos professores universitários. Um documento, preparado pela Comissão de Ensino Médico da AMMG, em conjunto com o Núcleo Regional da Associação Brasileira de Educação Médica e Associação Mineira de Educação Continuada, a partir das preocupações expostas pelos próprios representantes das escolas, numa reunião realizada em fevereiro deste ano, foi assinado por todos. Segundo o documento, os professores são menos valorizados pelas atividades de ensino que pela participação em pesquisas e publicação de trabalhos. Falta de espírito crítico, incapacidade de questionar o próprio conhecimento e até mesmo insensibilidade para acolher os pacientes estão entre as falhas mais graves – conclui o documento. Urezoma A União Regional da Zona da Mata, Urezoma, comemorou 300 reuniões científicas com um encontro no município de Leopoldina. A entidade representa os médicos de 11 cidades da região e está entre os grupos mais atuantes no interior do Estado. De acordo com o presidente da Urezoma, Vítor Artur Santos Galhardo, do município de Além Sergipe Uma parceria firmada entre a Sociedade Médica de Sergipe (Somese) e o Clube do Médico ampliará a rede de benefícios disponíveis aos associados. Entre eles estão a possibilidade de fazer um seguro de automóvel com isenção de franquia e assistência 24 horas e usufruir de uma renda mensal temporária por invalidez. “A satisfação do nosso colega é o que nos motiva a atuar na preservação da dignidade do exercício profissional e na ampliação das vantagens que integram a atividade corporativa”, ressaltou Henrique Batista e Silva, presidente da Somese. Os funcionários da Somese são os únicos credenciados a realizar os seguros e estão aptos a dar qualquer informação aos médicos sobre todas as vantagens de planos e serviços que melhor se adequarem às necessidades pessoais de cada profissional. Rio de Janeiro Informações sobre mais de 11 mil postos de atendimento, consultórios médicos, serviços ou clínicas já estão à disposição no novo site da Central de Convênios da Sociedade Médica do Rio de Janeiro pelo endereço www.centraldeconvenios.com.br. Nele é possível encontrar informações sobre o que é e como funciona o Convênio, além de histórico, objetivos e regimento interno. A home-page oferece, ainda, links para sites das entidades médicas e dos órgãos de defesa do consumidor. O Código de Ética e as leis e resoluções da área médica também podem ser acessados no site. Há também detalhes sobre o Livro Regional de Saúde, com sistema de busca capaz de localizar clínicas e médicos por nome ou especialidade. Congresso O presidente da AMB, Eleuses Paiva, dará palestra sobre ‘Momento Atual do Associativismo’ abrindo oficialmente o V Congresso da Sociedade Médica do Rio de Janeiro e do XXI Congresso da Associação Médica Fluminense (AMF), de 19 a 22 de setembro, na sede da AMF, em Niterói, RJ. A programação será multi-disciplinar, com temas da área clínica, mas de interesse geral, e a estimativa dos organizadores é que reúna dois mil participantes. Espírito Santo A Assembléia Legislativa do Espírito Santo aprovou legislação criando o Fundo de Assistência ao Médico do Estado do Espírito Santo e também do “Selo de Controle” para atestados médicos. O Fundo tem como objetivo principal prestar assistência e buscar recursos para todos os profissionais que se encontrem inválidos, enfermos ou em penúria, além de desenvolver atividades de educação para a saúde junto à comunidade. Já o Selo de Controle passa a ser obrigatório em todos os atestados médicos emitidos no Estado do Espírito Santo. De acordo com a lei aprovada, a Ames será a responsável pela emissão do selos e fiscalização de comercialização. Congresso A Associação Médica do Espírito Santo estará realizando em Vitória, de 17 a 20 de outubro, o XLII Congresso Médico Estadual da Ames. Além de temas científicos, o evento também abordará assuntos relacionados a remuneração do trabalho médico. Mais informações: (27) 324-1333 ou www.ames.org.br. Paraíba, a união das Associações Médicas na região tem desempenhado um papel importante na defesa dos interesses da classe, além de incentivar a reflexão sobre a responsabilidade profissional. O encontro de Leopoldina debateu os desafios que o médico já começa a enfrentar diante das rápidas mudanças no mercado de trabalho e da necessidade de recuperar valores éticos e humanos na relação com os pacientes. Santa Catarina A criação da Ordem dos Médicos de Santa Catarina foi uma das propostas aprovadas pelo Cosemesc (Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina), órgão representativo da união entre Associação Catarinense de Medicina, Conselho Regional de Medicina e Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, que esteve reunido no final de abril, em Blumenau. Outras deliberações: atuar junto à Unimed para o pagamento do trabalho médico conforme a LPM/AMB; refutar a exigência de transformação do médico em pessoa jurídica; viabilizar uma sede e também calendário únicos para as três entidades; realizar uma campanha para aumentar o número de sócios; avaliar a criação da Central de Convênios; protestar contra a falta de critérios homogêneos na criação do Plano de Saúde da Família, além de ações em defesa ao trabalho médico. Rio Grande do Sul Buscando estreitar a relação com seus associados, a Associação Médica do Rio Grande do Sul criou a Central de Serviços ao Associado. Os objetivos do novo departamento são: oferecer serviços aos sócios, evitando a perda de tempo com assuntos colaterais à profissão; auxiliar na sua atualização científica de modo ágil e criar locais de entretenimento sócio-cultural para aliviar as tensões advindas de exercício da medicina. A criação de serviços para cuidar das questões trabalhistas dos funcionários do consultório é um exemplo do que é oferecido pela Amrigs. Outro, já existente, é o uso da Internet para atualizar endereços e cadastrar novos associados. 1 Reunião do Conselho Deliberativo – Brasília Reunião no Conselho Federal de Medicina – Brasília – Eleuses Paiva, Horácio J. Ramalho, Lincoln Freire, Eduardo Vaz Posse da diretoria da Associação Brasileira Transplantes de Órgãos – S. PauloMário Abbud 2 Reunião de diretoria Plena – Brasília 4 Reunião com Samir Dahas Bittar – Goiânia – Eleuses Paiva 5 Reunião de diretoria Executiva – AMB 6 Reunião no Conselho Nacional de Saúde – Brasília – Eleuses Paiva 7 Participação no Congresso Brasileiro de Patologia – Salvador – Eleuses Paiva Reunião no Conselho Nacional de Saúde – Brasília – Eleuses Paiva 9 Palestra no Congresso Brasileiro de Patologia Clínica. – Salvador – Eleuses Paiva 12 Reunião de diretoria Executiva – AMB Participação no Congresso Brasileiro de Deficientes – S. Paulo – Eduardo Vaz 13 Participação no Congresso Brasileiro de Deficientes e Transplantados de Órgãos – S. Paulo – Eduardo Vaz 14 Congresso da Sociedade Médica de Sergipe – Aracaju – Eleuses Paiva Simpósio das Unimeds do Estado do Paraná – Maringá – Jurandir Marcondes 19 Reunião de diretoria Executiva – AMB 20 Reunião com Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília – Eleuses Paiva 26 Reunião de diretoria Executiva – AMB 27 Participação no Simpósio das Unimeds – Lindóia – Eleuses Paiva 28 Reunião com Câmara de Saúde Suplementar – Brasília – Samir Bittar Reunião sobre Educação Continuada – AMB – Eleuses Paiva, Edson Andrade, Aldemir Soares e Ricardo Bessa Reunião com Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia – Eleuses Paiva Reunião do Conselho Científico – AMB Participação no Congresso Pan-americano de Medicina Estética – Eleuses Paiva 29 Reunião da Comissão Nacional de Honorários Médicos – AMB Reunião com Associação Brasileira de Medicina de Grupo - AMB – Eleuses Paiva e Edson Oliveira 30 Palestra no Congresso da Sociedade Caipira de Oftalmologia – S. José do Rio Preto – Eleuses Paiva Julho 3 Reunião de diretoria Executiva Reunião com Conexão Médica – AMB – Ricardo Bessa, Fábio Jatene e Aldemir Soares Reunião com Clube Médico – AMB – Lincoln Freire, José Luiz Amaral, Osvalberto João Schachat Entrevista Águila Produção e Comunicação sobre ‘Prêmio Saúde Brasil’ – AMB – Eleuses Paiva 4 Reunião com Adib Jatene – AMB – Eleuses Paiva 6 Participação no Congresso Brasileiro de Administração em Oftalmologia – S.Paulo – Eleuses Paiva 9 Abertura do Congresso Brasileiro de Cirurgiões – S.Paulo – Eleuses Paiva 10 Reunião com Raul da Cruz Lima Neto da Conexão Médica Comunicação, Publicidade e Marketing – AMB – Eleuses Paiva Reunião de diretoria Executiva 11 Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde – Brasília – Samir Bittar e Neri Bottin Reunião com governador Geraldo Alckmim – S.Paulo – Eleuses Paiva Reunião com Agência Nacional de Vigilância Sanitária – AMB – Eleuses Paiva 17 Reunião de diretoria Executiva 18 Reunião com Associação Médica de Minas Gerais – S.Paulo – Eleuses Paiva 19 Reunião com Associação Brasileira de Medicina de Grupo – AMB – Eleuses Paiva Reunião com Sociedades Brasileiras de Otorrinolaringologia e Fonaudiologia – AMB – Eleuses Paiva Reunião com Ciefas e Abraspe – AMB – Eleuses Paiva 20 Fórum de Informática Médica, Internet e Telemedicina – R. de Janeiro – Eduardo Vaz Posse da diretoria da Academia Paranaense de Medicina – Curitiba – Jurandir Marcondes Filho Inauguração do Hospital Unimed – Araçatuba – Eleuses Paiva 24 Reunião de diretoria Executiva 27 Inauguração da sede administrativa da Unimed de Florianópolis – Florianópolis – Remaclo Fisher 31 Reunião de diretoria Executiva JAMB 14 JULHO/AGOSTO DE 2001 LIVROS Síndrome do Túnel do Carpo João Aris Kouyoumdjian www.sjp.terra. com.br/jaris/stc O que é? Quais são os sintomas mais comuns? A doença é progressiva? Em que lado ocorre o problema? Em qual idade aparecem os sintomas da doença? Qual o sexo mais acometido? Como é feito o diagnóstico desse problema? Após confirmado o problema o que deve ser feito? Como é feito o tratamento? A cirurgia é complicada? A doença é hereditária? Todas essas perguntas são respondidas no primeira livro brasileiro sobre o tema, a Síndrome do Túnel do Carpo, de autoria do prof. Dr. João Aris Kouyoumdjian, lançado recentemente durante o Congresso Paulista de Neurologia, em São José do Rio Preto. A obra, que é um pequeno roteiro de orientação para pacientes com a doença, colocada na forma de perguntas e respostas, foi baseada em dúvidas mais freqüentes observadas na prática diária do neurologista. A gastroenterologia no Brasil – subsídios para sua História até o ano 2000 Federação Brasileira de Gastroenterologia. Editora RevinteR Médicos brasileiros que vivenciaram a introdução e o desenvolvimento da especialidade em nosso país e sua evolução até os últimos dias do ano 2000 contam, em 417 páginas, a história da gastroenterologia no País. São 28 artigos escritos por 43 conceituados médicos da especialidade. Cada autor contou o que os seus olhos viram e relembrou o que a memória permitiu. A obra contém também um pouco da história da Federação Brasileira de Gastroenterologia. A inteligência hormonal da mulher Eliezer Berenstein Editora: Objetiva Neste livro, o autor afirma que o ciclo menstrual é o aliado número um da mulher, uma prova de que o organismo feminino está em sintonia com a natureza e fundamental para o seu equilíbrio físico e psicológico. Na obra, o autor explica que o cérebro feminino é inundado de hormônios ao longo do mês. Por isso, ao se interromper a menstruação, a harmonia do ciclo hormonal estará comprometida.O autor assinala, ainda, o risco das doses extras de testosterona - método para a interrupção do sangramento - aplicadas nas pacientes que desejam encerrar o ciclo menstrual. Rotinas em obstetrícia Fernando Freitas, Sérgio H. Martins Costa, José Geraldo Lopes Ramos e José Antônio Magalhães. Editora Artmed A obra, em sua quarta edição acrescidas de novos capítulos e novos colaboradores, aponta o que há de mais prático e atual na moderna ginecologia e obstetrícia e é analisada para o uso em um país onde as dificuldades de trabalho são uma constante. Os textos são um registro da experiência do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. O livro apresenta aspectos práticos dentro de uma visão acadêmica e serve para esclarecer as principais dúvidas do diaa-dia do consultório ou do plantão obstétrico. Tópicos em Neurocirurgia Carlos Umberto Pereira, Paulo Henrique Pires Aguiar e Ricardo Ramina Editora RevinteR O livro traz experiências de notáveis cirurgiões brasileiros e estrangeiros que procuram através da experiência diária transmitir seus conhecimentos. Ele visa atualizar os neurocirurgiões das patologias mais comuns da especialidade. Foram abordados tópicos referentes a traumatismo cranioencefálico, tumores cerebrais e processos inflamatórios. A medicina e nossos médicos Gilberto de Macedo Editora Catavento Para preencher a lacuna existente sobre a história da medicina e de outros médicos, o autor expõe de forma simples, porém completa, as diferentes etapas da evolução desta profissão. O livro, dividido em três partes, fala sobre a essência, a grandeza, a natureza, a estrutura, a ética, a cultura e a prática da medicina, além das principais mudanças ocorridas ao longo do tempo. Stress no Trabalho – Uma Abordagem Pessoal e Profissional Álvaro Cardoso Editora RevinteR A obra enfoca o stress em suas diferentes manifestações e consequências sobre o organismo e o ânimo dos atingidos. O livro, que é dividido em cinco capítulos, possui texto fácil e, inclusive, conta com historinhas gráficas que ilustram o tema. Durante a reunião da Comissão Nacional de Honorários Médicos (CNHM), realizada dia 29 de junho na sede da AMB, Hélio Zylberstajn fez um breve relato sobre a situação da elaboração da classificação hierarquizada de procedimentos AMB/CFM que vem sendo realizada pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Em nova reunião, dia 3 de agosto, a CNHM deu início ao trabalho de identificação das duplicidades existentes na relação e de uma nova codificação. “Procuramos definir as exclusões dos procedimentos que possuem interface com mais de uma especialidade”, explica o1º secretário da AMB, Amilcar Martins Giron. “Inclusive, existem alguns procedimentos iguais com custos diferentes. Por isso, fizemos uma revisão geral, analisando item por item”. Em relação à metodologia SADT, a Fipe informou que está coletando os custos para sua elaboração. Ele solicitou às especialidades que indiquem clínicas dispostas a participarem da pesquisa, que é altamente sigilosa. A Comissão também apreciou as seguintes consultas: Consulta: Em caso de apendicite aguda supurada com peritonite generalizada, cobrase apenas a apendicectomia ou pode-se associar o código de drenagem de abscesso intracavitário (43.08.018-9), uma vez que foi realizada a limpeza da cavidade? CNHM: Se foram realizados Apendicectomia (43.03.002-5) e Laparotomia para drenagem de abscessos (43.08.018-9), é correta a cobrança dos dois procedimentos, observando-se o disposto no item 4.1 das Instruções Gerais da LPM. Consulta: Nos casos de tumores malignos de próstata, a Postatavesiculectomia radical (56.07.004-7) cobre todo o procedimento ou é cabível a cobrança de Linfadenectomia pélvica (56.13.0003.1)? CNHM: Nestes casos, por se tratar de atos cirúrgicos distintos, devem ser cobrados os dois procedimentos, considerando-se contudo o disposto no item 4.1 das Instruções Gerais da LPM. Consulta: Como remunerar os exames estudo de três ou mais vasos com doppler pulsado contínuo convencional (33.01.023-4) e Doppler colorido de três ou mais vasos (33.01.035-8), quando for realizado o estudo do sistema venoso e do arterial? CNHM: Estes procedimentos devem ser remunerados por membro ou região examinada. Se forem realizados estudos do sistema arterial e venoso, a remuneração corresponderá a dois exames por membro examinado. CORREÇÃO Diferentemente do que foi publicado na matéria “Título de Especialista” (página 9, edição maio/junho de 2001), o valor da taxa de confecção para o Título é de R$ 60,00 e não R$ 40,00 como foi mencionado. Este último valor é referente à taxa de requerimento para os associados. Clínica David Erlich FUNDADA EM 1972 • ONCOLOGIA / QUIMIOTERAPIA • ATUALIZAÇÃO RÁPIDA E PERMANENTE PELO PROGRAMA DE COMPUTADOR ONCODISC, DOS ESTADOS UNIDOS. Clínica David Erlich Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 270 Fone (011) 570 4256 – Fax (011) 575-8523 INFORMAÇÕES E PROGRAMA DETALHADO: AL. Cel. Joaquim Bastos nº 243 - Setor Marista CEP 74.175.150 - Goiânia - GO - Fone/Fax: (062) 242-1931 Convocação Sociedade Paulista de Cirurgia Pediátrica A diretoria da Sociedade Paulista de Cirurgia Pediátrica convoca os sócios titulares para eleição de sua Diretoria para o biênio 2002/2003, que será realizada em Assembléia Geral Ordinária, no dia 10 de outubro de 2001, às 20h00, na sede da Associação Paulista de Medicina, Av. Brig. Luis Antonio, 278, auditório verde, São Paulo, SP. JAMB JULHO/AGOSTO DE 2001 Fórum da Radiologia eunindo aproximadamente 80 participantes de todos os estados brasileiros, o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), promoveu, nos dias 4 e 5 de agosto de 2001, no Hotel Deville, em São Paulo, o seu primeiro Fórum Nacional de Mobilização e Defesa Profissional. Estiveram presentes a diretoria do CBR, seus vice-presidentes, os representantes regionais de defesa profissional e os presidentes das sociedades federadas de radiologia. A iniciativa da entidade que congrega os profissionais da área radiológica representa a união da classe em prol da discussão democrática sobre os caminhos a seguir pela categoria. O Fórum foi dividido em três fases: palestras rápidas com a participação de especialistas em Economia, Direito, Administração Hospitalar; reunião em grupos distintos para o debate mais aprofundado dos assuntos pertinentes à profissão; e plenária final para a apresentação dos resultados obtidos. Além disso, o evento também contou com as presenças de Eleuses Vieira de Paiva, presidente da AMB e Marco Antonio Becker, representante do CFM, que debateram questões sobre defesa médica e conflitos éticos com os participantes. O resultado do evento é a valorização da especialidade e a criação de um manual de orientação para os membros do CBR. Pesquisa define perfil do pediatra A Pesquisa Perfil do Pediatra, que foi encomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocurz), mostra que 59,80% de 31.824 profissionais da especialidade são mulheres. Os pediatras hoje são jovens (84,91% têm menos de 50 anos) e mantém a concentração nas grandes capitais (65,9%) com predominância na região sudeste (58,14%), mais especificamente em São Paulo e Rio de Janeiro. Estes profissionais atuam, em média, em três atividades, combinando o setor público (80%), a atividade em consultório (70%) e o setor privado (50%). Quanto à renda em até três atividades, eles recebem em média R$ 4.300,00. Os que residem no interior ganham, em média, 10% a mais dos que vivem na capital. Em relação à formação, 70% são especialistas e 75% cursaram ou estão cursando algum Programa de Residência Médica. C u rt a s ✔ O Colégio Brasileiro e a Sociedade de Radiologia do Paraná estarão realizando de 11 a 14 de outubro, em Curitiba, no Paraná, o XXX Congresso Brasileiro de Radiologia. Paralelamente ocorrerão o VIII Congresso Brasileiro de Ultra-sonografia e X Jornada Paranaense de Radiologia. Inf. Tel. (41) 342.1247. ✔ A Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia está organizando o XXVIII Congresso Brasileiro, a ser realizado de 8 a 12 de novembro, em Maceió, Alagoas. Paralelamente estará sendo realizado o X Congreso Del Cone Sur. Informações pelo tel. (11) 5575-6888 ou [email protected]. ✔ No Minascentro, em Belo Horizonte, de 31 de outubro a 3 de novembro, estará acontecendo o 33º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia. Vários convidados internacionais da América do Sul, EUA e Europa já confirmaram presença. Informações: (31) 3227-8544 ou www.congressodeortopedia.com.br. ✔ Marcado para o período de 10 a 14 de novembro, em Florianópolis, o XVII Congresso Brasileiro de Perinatologia, promovido pelas Sociedades Brasileiras e Catarinense de Pediatria, pretende discutir os mais recentes avanços terapêuticos e de atenção ao feto e recémnascido. Outras informações no site do evento: www. acm.org.br/perinatologia ✔ O 56º Congresso Brasileiro de Dermatologia, que será realizado de 15 a 19 de setembro, em Goiânia, já conta com cerca de mil inscritos. O evento promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia- SBD ainda conta com vagas para cursos práticos, como Cirurgia Avançada, Cirurgia Básica e Criocirurgia. Informações sobre o evento poderão ser obtidas pelo telefone (62) 215-8887/8886 ou através do site da SBD (www.sbd.org.br). ✔ A Coreme – Comissão de Residência Médica do Hospital Heliópolis realizará de 19 a 30 de novembro o I Festival de Medicina do Hospital Heliópolis. Todas as áreas da medicina serão abordadas através de palestras de especialistas durante o evento. A inscrição aos mais de 5 mil residentes do estado de São Paulo é gratuita. Outras informações pelo e-mail [email protected]. ✔ Estão abertas as inscrições para o Prêmio Saúde Brasil, destinado a estudantes universitários de medicina e que visa o incentivo à realização de trabalhos sociais com interação da comunidade. O Prêmio Brasil conta com o apoio da Associação Paulista de Medicina, Diretoria Nacional dos Estudantes de Medicina e de várias Sociedades de Especialidade. Mais informações no site www.saudebrasilnet.com.br. 15 TÍTULO DE ESPECIALISTA Otorrinolaringologia A Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia informa que já se encontram abertas, estendendo-se até 15 de outubro, as inscrições para prova de Título de Especialista em Otorrinolaringologia. As provas estão marcadas para os dias 22 e 23 de fevereiro de 2002. Outras informações: tel. (11) 5052.9515/2370 ou [email protected]. Cancerologia Estão abertas as inscrições para Título de Especialista em Cancerologia, área de Oncologia Clínica, promovido pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. A prova acontecerá no dia 16 de setembro, durante a realização do 12º Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, em Florianópolis, SC. Mais informações: (71) 240.4868 ou socancer@ lognet.com.br. Acupuntura De 1 de agosto até 28 de setembro poderão ser feitas as inscrições para prova de Título de Especialista em Acupuntura, promovido pelo Colégio Médico de Acupuntura. A prova será realizada no dia 24 de novembro, nas cidades de Porto Alegre, S. Paulo, R. de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis e Fortaleza. Informações: (11) 3884.4447 ou (51) 3315.0149. Hematologia e Hemoterapia Estão abertas as inscrições para as provas de Título de Especialista em Hemoterapia e Hematologia promovidas pela SBHH. O concurso será realizado no dia 17 de setembro, em Fortaleza-CE. Informações: Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, tel. (21) 220.2299 ou www.sbhh.com.br. Alergia e Imunologia A Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia informa que estão abertas as inscrições para concurso de Título de Especialista em Alergia e Imunopatologia Clínica, cuja prova será realizada no dia 7 de novembro durante o XXVIII Congresso Brasileiro que será realizado em Maceió, Alagoas. Outras informações: tel. (11) 55756888/1204 ou www.sbai. org.br. Cirurgia Pediátrica Encontram-se abertas as inscrições para prova de Título de Especialista em Cirurgia Pediatria promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica. As provas acontecerão dias 12 e 13 de outubro e outras informações poderão ser obtidas pelo tel. (11) 3814.6947. Medicina de Tráfego A ABRAMET informa que até 20 de setembro estarão abertas as inscrições para prova de Título de Especialista em Medicina de Tráfego. A prova está marcada para 20 de outubro, em São Paulo. Outras informações pelo tel. (11) 5539.3700. As normas e o requerimento poderão ser obtidos no site www.abramet.org Febrasgo A Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia abriu inscrições para prova de Medicina da Unifesp completa 50 anos O Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), criado em 1951, por iniciativa de Jairo Ramos, está completando 50 anos. O Departamento de Medicina hoje é composto por 11 Disciplinas e três Setores (Medicina Laboratorial, Radioterapia e Oncologia Clínica). No ensino de graduação, suas atividades ocupam 26% da grade curricular do curso de Medicina, conduz 10 programas de pósgraduação (mestrado e doutorado), 13 programas de residência médica e cursos de especialização para médicos e não-médicos. Seus profissionais coordenam 61 ambulatórios e setores especializados de atendimento em dezenas de imóveis distribuídos pelo campus do Complexo Unifesp/SPDM. Nestes primeiros 50 anos chefiaram o Departamento de Medicina: Jairo Ramos, Horácio Kneese de Mello, Oswaldo Ramos, Octavio Ribeiro Ratto, Moacyr Padua Vilela, Josi Kerbauy, Horácio Ajzen, Dumlio Ramos Sustovich, Nestor Schor e atualmente Durval Rosa Borges. Título de Especialista em 4 áreas: Mamografia; Ultra-sonografia em Ginecologia e Obstetrícia; Densitometria óssea em Ginecologia e Obstetrícia; Laparoscopia e/ou Histeroscopia em Ginecologia e Obstetrícia. Informações: (21) 2487.6336 Endoscopia Digestiva Estão abertas as inscrições para prova de Título de Especialista em Endoscopia Digestiva, promovido pela SOBED. Inscrições até 01 de outubro. Mais informações: (11) 288.2037 Neurologia e Neurologia Pediátrica Até 15 de setembro a Academia Brasileira de Neurologia estará aceitando inscrições para prova de Título de Especialista em Neurologia e Neurologia Pediátrica. Inf.: tel. (11) 5084.9463 Cancerologia A Sociedade Brasileira de Cancerologia informa que encontram-se abertas as inscrições para prova de Título de Especialista em Cancerologia – área de cirurgia oncológica. A data limite é 27 de outubro e outras informações podem ser obtidas pelo tel. (71) 240.4868 Nutrição Parenteral e Enteral A Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral estará realizando, dia 21 de outubro, em Salvador, BA, prova para Título de Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral. Inf.: tel. (11) 3889-9909 ou www.sbnpe.com.br. Convocação Cirurgia da Mão A So cie da de Br asi lei ra de Cirurgia da Mão, atravé s do seu secretário-geral, Rames Mattar Jr, inf orm a qu e no dia 3 de novembro, às 16h00, no Minas Centro (Av. Augusto Lim a, 418, Be lo Ho riz on te, MG ) est ará rea liz an do As sem blé ia Ex tra ord iná ria , cu jo ass un to pri nc ipa l ser á a Re for ma do Estatuto da entidade.