Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Lingüísticos do Sul UM MODO BRASILEIRO DE SE DIZER: estudo de representações Lilian do Rocio BORBA (PG UNICAMP) ABSTRACT: According to Gueunier (2003), the term representation, borrowed from social sciences denotes an every day form of knowledge, which contributes to a common reality vision. This paper analyses exctracts of ‘Casa Grande & Senzala’, where Gilberto Freyre (1933) explains the Brasilian Portuguese based on representations of social structures produced by slavery. KEYWORDS: sociolinguistics; atittudes; representations; Brazilian Portuguese 0. Introdução Conforme Schlieben-Lange (1993: 94), o fato de que as línguas são objeto de discursos cotidianos que podem ser tanto avaliativos quanto descritivos é reconhecido como campo central da pesquisa sociolingüística. Nosso foco de discussão são discursos do senso comum que se reportam à língua enquanto elemento constituinte da nação brasileira. Línguas assim como nações não são elementos/entidades naturais, mas convencionais. Sua criação é perpassada tanto por discursos de poder, quanto de ciência e também por discurso do senso comum. Além disso, considerando que a língua é, por um lado, um dos elementos constitutivos da nacionalidade e, por outro, a ferramenta através da qual discursivamente se constrói a nacionalidade de um Estado, interessa-nos verificar como a língua foi/é utilizada em enunciados como elemento da nacionalidade na construção da identidade nacional do Brasil. Neste trabalho, analisamos trechos de Casa Grande & Senzala (CG&S) de Gilberto Freyre (1933), tendo como conceitos teóricos as atitudes e representações lingüísticas. Temos, então, o fenômeno – discursos/saberes sobre a língua, o objeto de estudo – texto de Gilberto Freyre, e o aparato teórico – o quadro das atitudes e das representações lingüísticas. 1. Sobre as atitudes e as representações Como disciplina híbrida, a sociolingüística tem necessariamente ligação com outras áreas das ciências humanas, nosso trabalho está calcado nas discussões sobre atitudes lingüísticas e representações sociais - conceitos nascidos na filosofia e na psicologia social e que se encontram em obras de sociologia, antropologia e história. Seu interesse são as ideologias, os sistemas simbólicos, as atitudes que refletem as mentalidades, além do papel da linguagem nos fenômenos representativos (Jodelet, 1999). Segundo Gueunier (2003), o termo representação denota uma forma de conhecimento cotidiano, partilhado socialmente que contribui para uma visão de uma realidade comum para o grupo social. Pertence ao campo nocional de termos como crenças, preconceitos e ideologia, o que não significa que as representações sejam necessariamente falsas, elas são simplesmente de uma natureza diferente do conhecimento conceitualizado, formal, científico. A autora distingue as representações das atitudes – tão largamente discutidas na sociolingüística – basicamente, por dois traços. Primeiramente, a discursividade. Enquanto uma atitude pode diretamente motivar uma forma de comportamento, uma representação é apenas acessível através do discurso que a formula. Por exemplo, os pais preferirem que seus filhos estudem inglês como segunda língua, no lugar de espanhol ou de francês. Esta atitude pode ser medida/observada de acordo com sua escolha nos cursos de língua. Mas a(s) representação(ões) que motiva(m) essa atitude pode(m) ser descoberta(s)/encontrada(s) em enunciados do tipo : “O inglês é a língua dos negócios. É a língua mais usada internacionalmente, é importante se falar inglês para se ter um bom emprego.” O segundo traço que, segundo a autora, distingue atitudes e representações é a figuratividade. Segundo a autora, as atitudes são mensuráveis quantitativamente a partir das comparações de performances de um mesmo falante em situações comunicativas diferentes ou por meio de testes e questionários. O estudo das representações se dá através de técnicas para a obtenção de dados qualitativos que podem explicar diferenças de conteúdos entre formas de fala. Segundo a autora, do mesmo modo que a idéia de limpeza estaria associada - por metonímia, metáfora e simbolização - com a imagem de brancura; a idéia de padrão, em termos de língua, é tradicionalmente ligada a imagens de clareza e pureza . No presente estudo trataremos de imagens presentes em CG&S como abrandamento ou amolecimento1 do português do Brasil (PB) como resultado do abrandamento das relações sociais no período da escravidão. 2. Sobre Gilberto Freyre e os anos 30 A década de 30 traz consigo sinais de uma certa positivação da idéia da mestiçagem. Gilberto Freyre é um dos porta-vozes dessa época. Nossa sociedade cuja cultura é atravessada por uma ambigüidade fundamental: a de sermos um povo de herança cultural européia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e africanas, nas explicações de Freyre figura de maneira idílica e contraditória. Segundo Antonio Candido (1976:119), essa ambigüidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização. O índio, por exemplo, era europeizado nos costumes; a mestiçagem, ignorada; a paisagem, amaneirada. Vem, então, o Modernismo (tido como movimento amplo de idéias, não só ligadas às artes) e rompe com esse estado de coisas. Nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades. Atribui-se significado construtivo, heróico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas de estudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Tudo isso considerado na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem. Esse período marca um movimento ao pensamento nacional, - é grande a tendência para a análise. Todos esquadrinham, tentam sínteses, procuram explicações. Para Candido (i dem), tratava-se de redefinir a nossa cultura à luz de uma avaliação nova dos seus fatores. Com relação aos estudos lingüísticos, nos anos 30 a discussão sobre o status da língua falada no Brasil passava pela consideração das contribuições indígenas e africanas, o que constitui uma construção de uma identidade lingüística e cultural do Brasil. Segundo Alkmim (1998). a impossibilidade de anular a relação genética inegável entre as variedades portuguesa e brasileira impôs a busca de argumentos que justificassem a distinção entre semelhantes. O exemplo brasileiro ilustra bem a natureza do que chamamos identidade cultural e uma construção social necessária a um momento político determinado. Só se exibe a identidade cultural quando se supõe que há alguma ameaça real ou fictícia, inventada mesmo. A identidade cultural não é algo em si, um fato social pronto e sempre igual, a ser mobilizado sempre que necessário, ao contrário, será sempre uma construção de “algo” que pode nos distinguir do ‘outro’, segundo o momento histórico vivido. Gilberto Freyre assinala essa expressão, na construção de uma identidade brasileira ao valorizar as contribuições dadas por outros povos ao PB, ele estende à questão lingüística sua lógica do enriquecimento da cultura mestiça e, através do seu luxo de antagonismos2 , explica a sociedade patriarcal brasileira. 3. Análise dos dados3 Para Hymes (1966, apud Saville -Troike, 1982), as diferenças na estrutura social podem ser simbolizadas através de diferenças lingüísticas. Pode-se acrescentar que não só as diferenças nas estruturas sociais como também a organização dessas estruturas são, muitas vezes, representadas através de diferenças 1 Freyre não foi o primeiro a caracterizar com esse tipo de imagem o português falado no Brasil. O Visconde de Pedra Branca em 1824, dissertando sobre o caráter das línguas como reflexo das sociedades, opõe o francês ao português e, a este, o idioma brasileiro, que considera um ramo transplantado para a América. Na tentativa de caracterizar esse idioma, Pedra Branca recorre aos campos fonológico e lexical, apontando naquele, como traço específico do Brasil, o falar mais doce, mais ameno; e, com relação ao léxico, algumas especificações semânticas, alguns empréstimos indígenas e de outras procedências imprecisamente definidas. Demarca, assim, a linha de reflexões que por muito tempo será a de quase a totalidade dos estudiosos do assunto. (Cf Edith Pimentel Pinto, 1978) 2 3 Expressão cunhada por Benzaquen de Araújo (1994) em sua análise da obra de Freyre. Os negritos salientam pontos que queremos ressaltar em nossa análise. lingüísticas, tanto quanto a organização social pode ser veiculada nos enunciados que dizem a língua. Freyre ilustra bem essa questão quando se refere ao que ele – assim como outros autores – classifica como abrandamento do PB. Sua hipótese é a de que as negras, as amas de leite amaciaram a língua usada no Brasil. Partindo de uma imagem presente na Retórica de Aristóteles4 , tem uma teoria para explicar diferença do PB, com relação à sua variante portuguesa: a mudança ocorreria na infância através das relações afetivas entre as crianças brancas com as amas de leite e com os escravos de brincadeiras. A linguagem infantil também aqui se amoleceu ao contato da criança com a ama negra. (...) A ama negra fez muitas vezes com as palavras o mesmo que com a comida: amolengou-as, machucou-as, tirou-lhes as espinhas, os ossos, as durezas, só deixando para a boca do menino branco as sílabas moles. Daí esse português de menino que no norte do Brasil, principalmente, é uma das falas mais doces deste mundo. Sem rr nem ss, as sílabas finais moles; as palavras que só faltam desmanchar-se na boca da gente. (...) Amolecimento que se deveu em grande parte pela ação da ama negra junto à criança; do escravo preto junto ao filho do senhor branco. (...) E não só a linguagem infantil se abrandou desse jeito mas a linguagem em geral, a fala séria, solene da gente grande, toda ela sofreu no Brasil, ao contato do senhor com o escravo, um amolecimento de resultados às vezes delicioso para o ouvido. (p 386-7) É possível verificar como a percepção de uma estrutura social serve de instrumento para caracterizar/explicar fenômenos lingüísticos, ao mesmo tempo em que a língua se torna ‘depositária’, ou atua como ‘prova material’ das diferenças dessas estruturas. Junto com as explicações sobre língua e sociedade patriarcal, Freyre constrói uma identidade nacional que se mostra através da língua que usamos: Sucedeu, porém, que a língua portuguesa nem se entregou de todo à corrupção das senzalas, no sentido da maior espontaneidade de expressão, nem se conservou acalafetada nas salas de aulas das casas-grandes sob o olhar duro dos padres-mestres. A nossa língua nacional resulta da interpenetração das duas tendências. Devemo-la tanto às mães Bentas e às tias Rosas como aos padres Gamas e aos padres Pereiras. O português do Brasil, ligando as casas-grandes às senzalas, os escravos aos senhores, as mucamas aos sinhô-moços, enriqueceu-se de uma variedade de antagonismos que falta ao português da Europa. Um exemplo, e dos mais expressivos, que nos ocorre, é o caso dos pronomes. Temos no Brasil dois modos de colocar os pronomes, enquanto o português só admite um – o “mundo duro e imperativo”: diga-me, faça-me, espere-me. Sem desprezarmos o modo português, criamos um novo, inteiramente nosso, caracteristicamente brasileiro: me diga, me faça, me espere. (p 38990) Os antagonismos em equilíbrio que recheiam CG&S estão colocados na passagem acima no confronto tias Rosas e tias Bentas X padres Gamas e padres Pereiras ou, dito de outra forma, na representação da variedade não–padrão x norma-padrão. O normativismo é representado aqui através da igreja – nas figuras de padres Gamas e Pereiras - que era a instituição responsável pela educação formal e pela guarda e defesa do idioma. O não-padrão, representado pela fala da gente simples, das tias – tias Rosas, tias Bentas - pelo uso cotidiano. A variedade brasileira de português é caracterizada pelo ganho, pela mistura, pelo enriquecimento. Na passagem a seguir há outro exemplo que ilustra a idéia da Igreja como instituição normativa, como guardiã do ‘bem falar’: Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama era um dos que se indignavam quando ouviam “meninas galantes” dizerem “mandá”, “buscá”, “comê”, “mi espere”, “ti faço”, “mi deixe”, 4 Na sua Retórica, ao discorrer sobre o uso dos símiles, Aristóteles exemplifica: E também Demócrates comparou os oradores a amas que, metendo na boca os pedaços de pão, o dão a comer às crianças com a sua saliva. ( p 185) Este trecho foi recolhido em Aristóteles. Retórica. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda. Estudos gerais, Série Universitária. Tradução e notas Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto & Abel do Nascimento Pena. 1998. “muler”, “coler”, “lê pediu”, “cadê ele”, “vigie”, “espie”. E dissesse algum menino em sua presença “pru mode”, ou um “oxente”; veria o que era beliscão de frade zangado. (p 389) Ao mostrar como é ou deveria ser a língua utilizada pelos diferentes grupos sociais, Freyre constrói identidade não o faz não apenas entre os grupos sociais no Brasil, mas também entre Brasil e Portugal. A partir do léxico, caracteriza brasileiros e portugueses. Que brasileiro – pelo menos do Norte - sente exotismo nenhum em palavras como caçamba, canga, dengo, cafuné, lubambo, molambo, caçula, quitute, mandinga, moleque, camundongo, muganga, cafajeste, quibebe, quengo, batuque, banzo, mocambo, bangüê, bozó, mocotó, bunda, zumbi, vatapá, caruru, banzé, jiló, mucama, quindim, catinga, mugunzá, malungo, berimbau, tanga, cachimbo, candomblé? (p 389) Além da enumeração confronta usos de alguns vocábulos nos diferentes grupos: (...) Ou acha mais jeito em dizer “mau cheiro” do que catinga? Ou “garoto” de preferência a “muleque” ou “moleque”? Ou “trapo” em vez de “molambo”? São palavras que correspondem melhor que as portuguesas à nossa experiência, ao nosso paladar, aos nossos sentidos, às nossas emoções. (p 389) Nesse trabalho de caracterização ou explicação de língua nacional, a sociedade brasileira é representada através de um fenômeno sintático: a colocação de pronomes. Muito conhecidos o exemplo e a interpretação referidos por Freyre foram veiculados no ensaio de João Ribeiro A Língua Nacional, publicado em 1921. Os antagonismos da sociedade – não só brasileira – podem ser resumidos em: os que mandam e os que obedecem, até esse ponto nada de novo a não ser pela explicação de um fenômeno lingüístico que retrata a organização social ao mesmo tempo em que é explicado por ela : Sem desprezarmos o modo português, criamos um novo, inteiramente nosso, caracteristicamente brasileiro: me diga, me faça, me espere. Modo bom, doce, de pedido. E servimo-nos dos dois. Ora, esses dois modos antagônicos de expressão, conforme necessidade de mando ou cerimônia, por um lado, e de intimidade ou de súplica, por outro, parecem-nos bem típicos das relações psicológicas que se desenvolveram através da nossa formação patriarcal entre os senhores e os escravos; entre as sinhás-moças e as mucamas; entre os brancos e os pretos. “Faça-se” é o senhor falando; o pai; o patriarca; “me dê” é o escravo, o filho, a mucama. Parece-nos justo atribuir aos escravos, aliados aos meninos das casas-grandes, o modo brasileiro de colocar pronomes. Foi a maneira filial e meio dengosa que eles acharam de se dirigir ao pater famílias. Por outro lado o modo português adquiriu na boca de senhores certo ranço de ênfase hoje antipático: “faça-me isto”; “dê-me aquilo”. (p 390) A tese fundamental que permeia CG&S se encontra resumida no trecho a seguir, no qual o autor afirma nossa identidade –antagonicamente equilibrada – e acredita na potencialidade dessa cultura. O indício de que o Brasil enquanto país mestiço pode dar certo? A colocação pronominal. O mestre ilustre que é João Ribeiro, permita-nos acrescentar esta interpretação histórica ao seu exame psicológico da questão dos pronomes; e ao mesmo tempo fazermos nossas estas suas palavras: “Que interesse temos, pois, em reduzir duas fórmulas a uma única e em comprimir dois sentimentos diversos numa só expressão?” Interesse nenhum. A força ou antes a potencialidade da cultura brasileira parece-nos residir toda na riqueza dos antagonismos equilibrados; o caso dos pronomes que sirva de exemplo. Freyre todo o tempo concilia oposições, equilibra antagonismos, sustenta que a duplicidade da alma brasileira permite que o indivíduo possa suportar contradições. Pela miscigenação, o Brasil criou uma cultura híbrida. Apesar de seus pontos de vista fortemente criticáveis, de seu posicionamento conservador, Freyre conseguiu romper uma barreira importante para a época que eram as teorias racistas as quais não enxergavam um bom futuro para uma nação mestiça. Apesar de falar em língua corrompida pelos escravos, Freyre abandona os discursos sobre a pureza dos portugueses e valoriza nossa variedade lingüística como elemento que perpass a as relações sociais – também positivadas por ele. 4.Conclusão Os discursos do senso comum sobre as línguas são uma forma de saber a língua, são transmitidos ao longo de amplos períodos e revelam idealizações coletivas sobre a(s) língua(s) e seus usuários. Um elemento cuja presença é constante nos discursos sobre o português brasileiro é sua suavidade com relação ao português europeu. Esse elemento está presente na forma abrandamento, uma das características da nossa variedade. O processo que teria levado à mudança das variedades tem como agentes principais as amas negras e as crianças brancas, agentes de mudanças lingüísticas e de mudanças nas relações sociais. Fenômeno – lingüístico e social – marcado ou observável no emprego de pronomes. Essa forma de mostrar as estruturas sociais, marcando-as através de fenômenos lingüísticos, revela uma construção de identidade nacional que é caracterizada também através da distinção entre vocábulos não-europeus, que representariam os brasileiros suas emoções e necessidades. RESUMO: De acordo com Gueunier (2003), o termo representação, trazido das ciências sociais revela um conhecimento cotidiano, que contribui para uma visão da realidade comum. Este trabalho analisa passagens de Casa Grande & Senzala, em que Gilberto Freyre (1933) explica o português do Brasil baseado em representações da estrutura social produzidas pela escravidão. PALAVRAS-CHAVE: Sociolingüística; atitudes; representações; português do Brasil 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALKMIM, Tânia. Língua, nação e identidade cultural: algumas questões e reflexões UNESP/São José do Rio Preto Conferência XIII Semana de Letras (17 a 21 de maio de 2001), mimeo. ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. Guerra e paz. 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