Correção da Resistência não Drenada obtida a partir do Ensaio de Palheta de Campo em Argilas Moles do Recife e Rio de Janeiro Maria Isabela Marques da Cunha V. Bello & Roberto Quental Coutinho Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil RESUMO: O ensaio de palheta de campo (EPC) tem sido aplicado para a obtenção da resistência não drenada (Su) utilizada na análise de estabilidade de aterros sobre solos moles. Pesquisadores têm constatado a tendência deste ensaio em superestimar a resistência mobilizada na ruptura, e têm sugerido correções para serem aplicadas aos valores de Su. Este trabalho apresenta um estudo quanto à utilização da correção de Su obtida a partir do EPC, considerando as propostas de Bjerrum (1973) e Aas et al. (1986). Em Recife foram consideradas as Áreas de Pesquisa da UFPE (Clube Internacional e SESI-Ibura) estudadas por Coutinho et al. (1997; 1999), e o depósito estudado em Bello (2004). No Rio de Janeiro foram consideradas as áreas experimentais de Sarapuí-RJ estudada por Ortigão (1980). A proposta de AAS et al. (1986) para a correção da Su obtida através do EPC apresentou alguns resultados discrepantes do que os obtidos através da correção de Bjerrum (1973). PALAVRAS-CHAVE: Aterros, Solos Moles Fundação, Resistência não drenada, ensaio de palheta. 1 INTRODUÇÃO As características da resistência não drenada (Su) de argilas moles são importantes para a análise das alternativas de obtenção do parâmetro de resistência a adotar para um projeto de aterro. O aspecto a considerar é que não existe um único valor de resistência não drenada de uma argila. Seu valor depende do modo de ruptura, da velocidade de deformação, da anisotropia, da temperatura, da história de tensões e da estruturação da argila, entre outros fatores (Bjerrum 1973; Ladd et al. 1977). O valor de resistência mais representativo é aquele que confere um coeficiente de segurança igual a um, em análise por método bem definido, quando o aterro se encontra na situação de ruptura. 2 ENSAIO DE PALHETA DE CAMPO O ensaio de palheta de campo (EPC) tem sido aplicado para a obtenção da Su utilizada na análise de estabilidade de aterros sobre solos moles. São vários os trabalhos representativos ligados a esse tema, desenvolvidos no Brasil: (Collet 1978; Ortigão 1988; Ortigão e Collet 1988; Pinto 1992; Sandroni 1993; Nascimento 1998; Massad 1999; Coutinho et al. 2000; Oliveira 2000; Coutinho e Bello 2005); e em vários países do mundo. Dentre os principais fatores que influenciam as hipóteses consideradas para o cálculo de Su destacam-se: distribuição das tensões cisalhantes ao longo das superfícies de ruptura, efeito da inserção da palheta, efeito da velocidade de rotação da palheta, anisotropia dos solos quanto à resistência ao cisalhamento, ocorrência de ruptura progressiva, forma e dimensão da superfície de ruptura, efeito do comprimento da haste fina, efeito do número de lâminas e dimensões da palheta, efeito do atrito. 3 CORREÇÃO DA RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DE FUNDAÇÃO Vários pesquisadores têm constatado a tendência do EPC em superestimar a resistência mobilizada na ruptura no subsolo de aterro e fundação, e têm sugerido fatores de correção para serem aplicados aos valores de Su obtidos com estes ensaios. Hansbo identificou a necessidade de corrigir os valores do ensaio desde em 1957, sugerido fatores de correção em função do limite de liquidez. Pillot (1972) analisou a ruptura de aterros sobre silte de baixa 1 plasticidade, silte e argilas muito plásticos, normalmente adensadas com casos de préadensamento. O autor estabeleceu correlações para corrigir os valores de Su, superestimados devido ao efeito da anisotropia, ruptura progressiva e tempo de ruptura. Bjerrum (1972; 1973) verificou que FS maiores que 1 ocorriam nos aterros rompidos, sendo tanto maiores quanto maior o IP do solo. Através de uma abordagem empírica, sugeriu a aplicação de um fator de correção (µ=1/FS) aos valores de Su obtidos em EPC. Dascal e Tournier (1975) estudando a ruptura de um aterro com fundação em argila marinha mole, sensível, verificaram a necessidade de realizar também uma correção devido ao efeito da ruptura progressiva. Tavenas e Leroueil (1980) comentam que embora a correlação proposta por Bjerrum (1973) represente uma média de todos estes dados, há uma grande dispersão, e que esta é provavelmente devido aos diferentes tipos de equipamentos e procedimentos de ensaios. Azzouz et al. (1983) realizaram análises tridimensionais, mostrando que a consideração da resistência lateral geralmente aumenta o FS em 5 a 10 %. Aas et al. (1986) sugeriram uma correção baseada na relação Supalheta/σ’V0, onde σ’V0 é a tensão vertical efetiva (Fig. 1). Os Figura 1. Diagramas para determinação da história de tensões e fator de correção (Aas et alentre 1986).µ e autores propuseram uma relação Supalheta/σ’V0 válida para as argilas normalmente adensadas e uma outra válida para as argilas verdadeiramente préadensadas, e recomendam o uso de µ=1 para argilas com Supalheta/σ’V0<0,2 e µ=0,25-0,30 para Supalheta/σ’V0>1. Segundo Aas et al. (1986) o fator de correção para o EPC pode diminuir com o aumento do OCR, em argilas verdadeiramente pré-adensadas. Chander (1988) propôs um fator de correção em função do IP e do tempo até a ruptura, considerando a velocidade de deformação. 4 EXPERIÊNCIA BRASILEIRA Ortigão et al. (1983) propôs, inicialmente, que EPC realizados no aterro experimental do IPR, na Baixada Fluminense não fossem corrigidos, considerando que o aterro rompeu ao ser atingida a altura de 2,8m. Os resultados mostraram que um FS próximo a 1 foi obtido quando a Su foi considerada igual à média dos valores do EPC, e a resistência do corpo do aterro foi reduzida para levar em conta a trinca ocorrida. Tal fato indicou que a correção de Bjerrum não se aplicava às condições ocorrentes no aterro (Pinto 1992). Almeida (1985) justifica a consideração da ruptura na altura de 2,5m, quando as primeiras trincas forem notadas, na qual o coeficiente de segurança passaria a 1,15, este valor ainda sendo baixo perante às análises de Bjerrum, podendo ser atribuível ao aumento da Su, que teria ocorrido durante o período de 1 mês de construção do aterro. Sandroni (1993) discute sobre a necessidade de se considerar, a participação da resistência lateral, nos solos moles propostos por Azzouz et al. (1983). Um FS3D = 1,43 mostrou-se satisfatório, indicando a necessidade de correção. Coutinho (1986), em estudos realizados no aterro experimental de Juturnaíba, conclui que a ruptura ocorreu quando a altura do aterro atingiu 6,85m. A melhor compatibilidade de parâmetros com a situação de ruptura foi conseguida com valores médios de resistência obtidos pelo EPC, sem nenhuma correção. Camadas com teores elevados de matéria orgânica apresentam permeabilidades elevadas, que podem ter provocado algum 2 adensamento adicional da fundação, em virtude do tempo de construção do aterro (35 dias). Os estudos parecem indicar que esta correção não deve ser aplicada em depósitos com predominância de argilas turfosas/solos orgânicos (Coutinho 1986b). Sandroni (1993) relata que na escavação experimental de Itaipu, Baixada Fluminense, foi realizada uma análise de ruptura em termos de tensões totais, a qual mostrou concordância para os valores de Su determinados com o EPC, sem correção. A solicitação foi unicamente descarregamento lateral, o qual corresponde aos mais altos valores de Su normalizada e depende pouco do índice de plasticidade. O autor comenta, que a fundação contém turfas, e Bjerrum (1973) não incluiu as turfas em seu universo de casos. O autor defende a aplicação da correção de Azzouz et al. (1983) e enfatiza que o valor do IP deve ser obtido em ensaios sem secagem prévia da amostra. Almeida (1998) apresenta um caso no qual foi utilizado para projeto, valores corrigidos de Su, utilizando correção de Azzouz et al. (1983). Durante a construção, a concentração de carga em um trecho do aterro provocou uma ruptura localizada. A análise da ruptura conduziu a um FS=1,03, sugerindo que o perfil de projeto adotado foi realístico. Almeida (1996) recomenda o uso da correção de Bjerrum (1973) nos resultados de Su obtidos a partir de EPC, para aplicação em projetos de aterros sobre solos moles. Massad (1999) apresenta um caso de ruptura na Baixada Santista de um aterro sobre uma camada de argila com cerca de 30m de espessura. A Su foi obtida através do EPC. Por meio de retroanálise da ruptura, o autor verificou que a correção de Su proposta por Bjerrum (1973) é indicada para este caso. Oliveira (2000) e Coutinho et al. (2000) concordam que os resultados obtidos através do EPC sejam corrigidos, e que, na ausência de uma correção local, seja utilizada a correção proposta por Bjerrum (1973), visto que há uma vasta experiência internacional em relação ao uso dessa correlação. Bello (2004) e Coutinho e Bello (2005) apresentam resultados do estudo da análise de estabilidade realizada em um depósito de solos moles do Recife. A conclusão obtida no estudo se enquadra nas recomendações de Bjerrum (1973). A Figura 2 apresenta os fatores de correção a partir de retroanálise de aterros rompidos. Verifica-se que a correção de Bjerrum (1973) permite encontrar o valor unitário do FS nas argilas moles do Recife. A resistência Su a ser adotada em projeto seria o valor obtido no EPC e corrigido segundo esta proposta. 5 RESISTÊNCIA NÃO DRENADA – CORREÇÃO 5.1 Depósito do Recife – Bello (2004) Este caso trata de um aterro sobre solos moles onde ocorreu uma ruptura geral. Para análise de estabilidade em tensões totais, foram testadas hipóteses considerando a resistência do aterro e fundação. Os valores de Su foram considerados como as médias de cada faixa de profundidade, sendo constantes por faixa, conforme permitido no programa de análise de estabilidade. Embora se tenha divido o perfil em subcamadas, a resistência admitida é apenas a média de alguns pontos. Isto faz com que a superfície de ruptura tenda a tangenciar o intervalo de menor resistência e não exatamente o ponto de menor resistência. Para correção da Su, utilizou-se a proposta de Figura 2. Fatores de correção a partir de retroanálise de aterros rompidos (Coutinho 2000; Sandroni 1993; Massad 1999; Bello 2004; Coutinho e Bello 2005). Bjerrum (1973) por ser a tradicionalmente utilizada na literatura. Foi utilizada também a correção proposta por Aas et al (1986). A Tabela 1 apresenta o resumo dos valores de parâmetros estimados (LL e IP), valores de 3 Su e comparação dos resultados de Sucorrig através das duas correções mencionadas. A Figura 3 apresenta o perfil de Sucorrig. através das duas propostas. Nota-se que o fator de correção de Aas et al. (1986) é menor do que o fator de correção de Bjerrum (1973), levando conseqüentemente a valores de Sucorrig também menores. Isto provavelmente se deve ao fato de que a correção proposta por Aas et al. (1986) considera as diferentes histórias de tensão de cada camada de argila. As maiores diferenças nos valores de Sucorrig estão nas primeiras e últimas camadas, definidas como pré-adensada. Espera-se que o FS calculado na análise de estabilidade seja menor (Tab. 2). Bello (2004) conclui que não parecer adequada a correção de Su do solo de fundação do aterro estudado através da proposta de Aas et al. (1986). A proposta de Bjerrum (1973), mostra-se como a mais indicada para as argilas moles do Recife já que permite a obtenção do FS igual a 1. 5.2 Depósitos de pesquisa de argilas moles da UFPE/DEC - Coutinho et al. (1997; 1999) Este estudo realizado por Bello (2004) tem como objetivo verificar a utilização das correções de Bjerrum (1973) e Aas et al. (1986), nas argilas moles do Recife. Os resultados de Su dos EPC foram os apresentados em Oliveira (2000) e Coutinho et al (2000), sendo utilizado a média das três campanhas realizadas em cada local. No Clube Internacional, para a camada 1 (6 a 16m de profundidade) o IP variou de 70±13% e para a camada 2 (16 a 26m) o IP variou de 33±5%. No SESI-Ibura, o IP variou de 96±15% para a camada 1 (4 a 11,5) e de 53±6% para a camada 2 (11,5 a 21m). A Figura 4 apresenta os valores de Sucorrig para os dois depósitos. No Clube Internacional, ocorreu coerência de resultados existe uma grande diferença nos resultados entre 5 e 6m de profundidade, não sendo esta Tabela 1. Valores corrigidos de Su determinados através de Bjerrum (1973) e Aas et (1986). (Bello 2004) Profundidade (m) IP (%) σ’vo 6 – 7,2 7,2-10 10-12,1 12,1-14 14-16 16-19,1 18 95 80 40 40 40 50,00 55,00 60,75 63,43 66,4 69,90 Su (kPa) o Su(palheta) (kPa) 0 10 20 30 40 50 60 70 Su/σ’v OCR 0,75 0,74 0,43 0,29 0,41 0,59 3,90 1,20 0,82 0,92 1,30 1,89 37,36 40,91 26,11 18,32 27,18 41,52 Sumédi o(kPa) 0 10 20 30 40 50 0,0 0,2 0,4 μ Bjerrum (1973) 0,95 0,65 0,70 0,85 0,85 0,85 Sucorrig (kPa) Bjerrum (1973) 35,49 26,59 18,63 15,58 23,01 35,29 µ 0,6 μ Aas et al. (1986) 0,38 0,40 0,70 0,80 0,72 0,45 Suco rr igi do (kPa) 0,8 1,0 0 10 20 30 40 OCR 50 0 0 1 2 3 4 0 EPC1 profundidade (m) Sucorrig(kPa) Aas et al. (1986) 14,19 16,36 18,28 14,65 19,57 18,68 EPC1 BJERRUM BJERRUM AAS AAS EPC1 5 5 10 10 15 15 20 20 Figura 3. Resultados de correção de Su: propostas de Aas et al (1986) e Bjerrum (1973). (Bello 2004) 4 Tabela 2. Comparação entre FS calculado admitindo as correções de Bjerrum (1973) e Aas et al. (1986). (Bello 2004) 1 X 2 3 X 4 5 6 50 % 100% sim não BJERRUM AAS X X BJERRUM AAS X X X X BJERRUM AAS X diferença aparentemente explicável. Nesta profundidade o OCR=1,5, indica camada préadensada, sendo da mesma maneira sua posição no gráfico de Aas et al. (1986). As causas prováveis desse pré-adensamento (ver Oliveira 2000) não indicam que o depósito seja verdadeiramente pré-adensado. No Clube Internacional, na faixa de 7,0 a 10,0m de profundidade, o OCR apresenta valores altos, variando de 1,50 a 2,25, porém o gráfico de Aas indica camada normalmente adensada. No SESI-Ibura, o fator de correção é bem menor nas primeiras camadas (Fig. 4). O valor de OCR na primeira camada (entre 6 a 7,2m) é de 3,9, indicando camada verdadeiramente pré-adensada. Na segunda camada (entre 7,2 a 10m) o OCR é igual a 1,2 (bem menor do que o OCR da camada anterior). Entretanto essas duas camadas por possuírem valores de Su/σ'vo bem próximos, serão tratadas na proposta igualmente como verdadeiramente pré-adensadas e terão fator de correção próximos. Na proposta de Aas et al. (1986), valores de Su/σ'vo> 0,5 conduzem a diferenças significativas entre as curvas correspondentes às situações normalmente e verdadeiramente pré-adensadas. 5.3 Depósito do Rio de Janeiro-– Ortigão (1980) A Área Experimental de Sarapuí constituiu-se num dos maiores investimentos em pesquisa tecnológica, no campo da geotecnia, realizado no país. Intensa campanha de ensaios precedeu a construção do aterro. A Figura 5 apresenta correção de Su obtida em ensaios de SUPERFÍCIE CIRCULAR ANÁLISE RETROANÁLISE BISHOP SPENCER BISHOP SPENCER 1,045 1,048 1,192 1,190 0,811 0,811 0,831 0,892 1,356 1,357 1,475 1,472 1,000 0,995 1,149 1,141 0,776 0,780 0,763 0,871 1,297 1,290 1,474 1,462 0,896 0,899 1,100 1,103 0,532 0,532 0,627 0,779 1,168 1,168 1,316 1,316 palheta de campo segundo as propostas de Bjerrum (1973) e Aas et al. (1986). Pode-se verificar que o perfil se Su corrigido segundo as duas propostas parece semelhantes, apenas com pequena diferença µ Su (kPa) 0 20 60 0 40 Sucorrig 0,5 1 0 10 20 0 30 40 50 BJERRUM BJERRUM AAS Su AAS 5 Profundidade (m) 0% Correção da Su 10 15 20 25 a) Clube Internacional Su(kPa) 0 µ 20 40 0 Su 0 Sucorrig 0,5 BJERRUM AAS 1 0 10 20 30 BJERRUM AAS 5 Profundidade (m) Fissuramento do aterro 10 15 20 b) SESIIbura Figura 4. Correções da resistência não drenada: Aas et al. (1986) e Bjerrum (1973). (Bello 2004) 5 nas primeiras profundidades até 4m (semelhante aos resultados de Bello (2004) e SESI-Ibura), onde o valor do índice de plasticidade calculado foi cerca de 86 %. µ (kPa) Su (médio) (kPa) Profundidade (m) 0 5 10 15 20 0 0.5 0 1 0 0 0 2 2 2 4 4 4 6 6 6 8 8 8 10 10 10 AAS AAS BJERRUM 12 12 Sucorrig (kPa) 5 10 BJERRUM 12 Figura 5. Resultados das correções da resistência não drenada (a partir de Ortigão (1980) 3 CONCLUSÃO A correção de Bjerrum (1973) nos resultados do EPC para a definição da Su a ser adotada em projeto, mostrou ser adequada para o uso em argilas moles do Recife, ampliando e confirmando a sua adequabilidade para uso nas argilas moles brasileiras. Quanto ao uso da proposta de Aas et al. (1986), os valores de Su obtidos foram relativamente baixos para o FS, principalmente nas primeiras camadas, não parecendo ser adequada sua utilização na análise de estabilidade dos casos analisados. REFERÊNCIAS Aas G., Lacasse, S. Lunne, T. e Hoeg K. 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