Estudo da variabilidade da freqüência cardíaca em indivíduos normais jovens Resumo Introdução: A variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) reflete a função autonômica cardiovascular e sua redução pode estar relacionada a um pior prognóstico em algumas doenças (infarto agudo do miocárdio, diabetes e DPOC). Não existe ainda, na literatura1, dados que possam quantificar a influência de sons externos no registro da VFC; se o tempo de registro menor do que três a cinco minutos pode ser suficiente para a análise da VFC2; se o aumento da freqüência respiratória realmente provoca redução da VFC3; se existem diferenças entre homens e mulheres4 e valores de referência. Objetivos: 1) avaliar a influência de fatores externos durante o registro do traçado dos intervalos RR em diferentes freqüências respiratórias (f); 2) avaliar qual o tempo, no intervalo de cinco minutos, é capaz de proporcionar uma adequada análise da VFC; 3) verificar os valores de normalidade da VFC em indivíduos saudáveis jovens em diferentes freqüências respiratórias. Casuística e métodos: O trabalho foi dividido em duas partes: no primeiro momento, o registro online da freqüência cardíaca com o Advantage Polar Interface foi estudado em 10 indivíduos normais (29,3 ± 3,1 anos), respirando 12 e 30 respirações por minuto (rpm) durante 5 minutos utilizando a medida do componente de alta freqüência (AF) e intervalos RR no eletrocardiograma em quatro diferentes situações: 1) comando visual para controle da freqüência respiratória em um ambiente silencioso; 2) mesmo comando anterior em um ambiente com barulho; 3) comando de voz gravado em um CD para controle da freqüência respiratória em um ambiente silencioso; 4) mesmo comando anterior em um ambiente com barulho. Após esta etapa, a VFC foi avaliada com registro online usando a interface Advantage Polar em 30 indivíduos saudáveis (15 de cada gênero) em repouso, média de idade de 28,4 ± 4 anos, respirando a 12, 15, 20 e 30 respirações por minuto (rpm) durante um minuto para a obtenção dos componentes de alta e baixa freqüências e média dos intervalos RR. Foram realizados ainda os testes de Valsalva e preensão de mão. Resultados: Fatores externos: não foram observadas diferenças entre as médias dos intervalos RR nas freqüências respiratórias 12 rpm (843,0 ± 101,5 ms) e 30 rpm (875,5 ± 91,45 ms) (p=0,031) em relação ao ruído ambiente. Tempo de registro: não foram encontradas diferenças no primeiro minuto de registro ao ser comparado com o segundo até o quinto minuto de registro no espectro do componente de alta freqüência (p=0,44) e nos Created by trial version, http://www.pdf-convert.com