A EDUCAÇÃO NO BRASIL
Educação e colonização: As ideias pedagógicas no Brasil &
A educação Brasileira e a sua periodização
AS IDEIAS PEDAGÓGICAS NO
BRASIL
Dermeval Saviani
A EDUCAÇÃO BRASILEIRA E A SUA
PERIODIZAÇÃO
Laerte Ramos de Carvalho
•
R
A
Í
Z
Colonização deriva do verbo
latino “colo”, que significa:
1.
Cultivar
2.
Morar
3.
Cuidar
4.
Querer bem, a proteger
5.
Realizar
6.
Honrar, venerar
Colonização
Trabalho de formação humana
e cultivo de terra
Culto
E T I MO L ÓG I C A S
S
•
Em 1500 com a
chegada
dos
portugueses, o Brasil
entra na Historia da
chamada
“Civilização
ocidental e cristã”.
A EDUCAÇÃO COLONIAL NO BRASIL
COMPREENDE FASES DISTINTAS
1°
fase
2°
fase
3°
fase
4°
fase
1
ª
F
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S
E
“período heroico” (1549chegada dos
primeiros jesuítas e a morte do padre
Manuel de Nóbrega 1570)
Colonização
Educação
Catequese
•
Marcada
pelo
plano
de
instrução
elaborado por Nóbrega que se iniciava
com o aprendizado de português( para
indígenas) e prosseguia com a doutrina
cristã, a escola de ler e escrever e,
opcionalmente, canto orfeônico e musica
instrumental, culminando, de um lado, com
o aprendizado profissional e agrícola, e do
outro lado, com a gramática latina para
aqueles que se destinavam a realização de
estudos superiores na Europa (Universidade
de Coimbra).
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4
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5
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•
Os colégios se fundam a partir de doações de
terras e dotações reais
•
Ratio Studiorum
•
O ensino a serviço do estado
•
Foram expulsos em 1759, iniciando-se então
um processo de secularização do ensino de
acentuado feitio regalista
•
1549 O primeiro governador geral chegou no
Brasil, trazendo consigo os primeiros jesuítas,
constituído por quatro padres e dois irmão
chefiados por Manuel de Nóbrega.
•
A missão desses jesuítas era de converter os
gentios, de modo que eles fossem doutrinados e
ensinados nas coisas de nossa santa fé.
•
Os jesuítas criaram escolas e instituíram colégios
e seminários que foram se espalhando por
diversas regiões do território.
•
Portugal se atrasou do ponto de vista do
desenvolvimento capitalista, em relação
aos demais países Europeus, embora a
expansão ultramarina tenha enriquecido a
burguesia mercantil, seu controle estava
nas mãos da coroa que a financiou e
explorou através do monopólio.
•
Embora o Brasil tenha propiciado a Portugal
o monopólio da exportação mundial de
açúcar no século XVII, não foram
construídas refinarias em Portugal; elas
surgiram na Holanda, Inglaterra e França.
AS IDEIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL
NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO
• Simbiose
entre educação e catequese.
•O
eixo do trabalho catequético era de
caráter pedagógico.
• Formas,
alternativas de convencimento:
institucionais (escolas) e não institucionais
( exemplos).
• Educação
como um fenômeno de
aculturação tinha na catequese a sua
ideia-força,
que
fica
claramente
formulado no regime de D. João III
estatuído em 1549 e que continha as
diretrizes
a
serem
seguidas
e
implementadas na colônia brasileira pelo
primeiro governo-geral.
2
ª
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S
E
Marcada pela organização e
consolidação da educação jesuítica
centrada no Ratio Studiorum.
•
Seu plano era de caráter universalista e elitista.
Universalista porque se tratava de um plano adotado
indistintamente por todos os jesuítas e Elitista porque se
destinou aos filhos dos colonos e excluindo os indígenas.
•
O novo plano começava com o curso de Humanidades e
prosseguia com os cursos de Filosofia e Teologia eram
limitados à formação dos padres catequistas.
•
O que de fato se organizou no Brasil foi o curso de
Humanidades, com duração de seis anos e cujo conteúdo
reeditava o trivium da idade Media, isto é: a Gramática(4
series) com objetivo de assegurara a expressão clara e
precisa; a Dialética(1 serie) com o objetivo de assegurar a
expressão rica e elegante; e Retórica (1 serie) que
buscava garantir uma expressão poderosa e convincente.
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Matérias:
•
Eram:
•
Latim
•
Autônomas
•
Grego
•
Isoladas
•
Retórica
•
Independentes umas
das outras, ou seja, não
havia
interdisciplinaridade)
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E
Período pombalino
Marquês de Pombal
• As
reformas pombalinas visam colocar
Portugal “a altura do século”, isto é, o
século
XVIII
caracterizado
pelo
iluminismo. As reformas pombalinas se
contrapõem ao predomínio das ideias
religiosas na versão dos jesuítas e, com
base nas ideias laicas inspiradas no
iluminismo, instituem o privilegio de
Estado como matéria de instrução.
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ª
F
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S
E
Iniciou com a chegada de D. João VI ao
Brasil ficou conhecida como fase
“Joanina”.
D. João VI
•
Teve inicio com a chegada de D. João VI ao
Brasil. Do ponto de vista educacional, a
transformação do Brasil em sede do império
português teve como resultado a criação de
cursos superiores, antes vetados pela policia
metropolitana. Surgiram assim, os cursos de
Engenharia da academia Real da Marinha (1808)
e da Academia Real Militar (1810), o Curso de
Cirurgia da Bahia (1808), de Cirurgia e Anatomia
de Rio de Janeiro (1808), de Medicina(1809),
também no Rio de Janeiro, de Economia (1808),
de Agricultura (1812), de Química (química
industrial, geologia e mineralogia), em 1817, e o
Curso de Desenho técnico (1818)
GILBERTO FREIRE EM CASA GRANDE
E SENZALA
Por parte dos nossos pardos desta cidade, diz o Rei se me propôs
aqui, que estando de posse há muitos anos de estudarem nas
Escolas públicas do Colégio dos Religiosos da Companhia,
novamente os excluíram e não querem admitir, sendo que nas
Escolas Évora e Coimbra, eram admitidos, sem que a cor de pardo
lhes servisse de impedimento. Pedindo-me mandasse que os tais
Religiosos os admitissem nas suas escolas desse Estado, como o são
nas outras do Reino. E parece-me ordenar-vos (como por esta o
faço) que, ouvindo aos Padres da Companhia, vos informeis se são
obrigados a ensinar nas escolas desse estado, e constando-vos que
assim é, os obrigueis a que não os excluam a este nossos
geralmente, só pela qualidade de pardos, porque as escolas de
ciências devem ser comuns a todo o gênero de pessoas sem
exceção alguma. (1938)
REVOLUÇÃO DE 1930
1931
• Ministério da
Educação
1930
• Reformas do
Ministro da
educação
• Manifesto dos
pioneiros da
Educação
Nova
1932
1934
• Fundação da
USP
• Criação da
Universidade
do Distrito
Federal
1935
LEI N. 1821 DE 1953
Art 1º Poderá matricular-se na primeira série do curso
clássico, ou do científico, o estudante que, satisfazendo
as demais condições legais, haja concluído um dos
seguintes cursos:
I - ginasial;
II - básico do ensino comercial, industrial ou agrícola;
III - normal regional, ou de nível correspondente;
IV - curso de formação de oficiais pelas polícias militares
das unidades federadas, em cinco anos letivos, pelo
menos, e com o mínimo de seis disciplinas do ciclo
ginasial.
Resumo
Texto: A Educação Brasileira e a sua Periodização
01. O desenvolvimento político-econômico brasileiro não caminhou em conjunto com o
desenvolvimento da educação.
OBS: Por isso nos diferenciamos também dos modelos de desenvolvimento
educacional de outros países.
02. Nosso modelo de educação era norteado pelo vinculo Igreja e Estado (história lusobrasileira)
03. Os jesuítas fundaram as escolas através de doações de terras e dotações reais,
portanto os colégios funcionavam a serviço do estado.
04. Ratio Studiorum: Teve sua versão definitiva publicada em 1599. A Ratio não é um
tratado de pedagogia, mas um código, um programa, uma lei orgânica que se ocupa do
conteúdo do ensino ministrado nos colégios e universidades da Companhia e que
impõe métodos e regras a serem observados pelos responsáveis e pelos professores
desses colégios e universidades.
05. A Ratio (pronuncia-se rácio) surgiu com a necessidade de unificar o procedimento
pedagógico dos jesuítas diante da explosão do número de colégios confiados
à Companhia de Jesus como base de uma expansão missionária. Constituiu-se numa
sistematização da pedagogia jesuítica contendo 467 regras cobrindo todas as
atividades dos agentes diretamente ligados ao ensino e recomendava que o professor
nunca se afastasse em matéria filosófica de Aristóteles, e teológica de Santo Tomás de
Aquino.
06. Jesuítas tinham o papel missão-colonização.
07. Foram expulsos em 1759 dando espaço ao período Pombalino, que tem acentuado
feitio regalista, ou seja, defende o direito de interferência do chefe de estado em
assuntos internos da Igreja Católica.
08. Separação do Estado e da Igreja em 1891.
09. Proclamação da República em 1889 não consegue modificar o modelo de ensino
colonial.
10. A república marcou a separação igreja e estado, e assim começam estruturações.
11. Mesmo com ideologias pedagógicas vindas de Portugal, França, Alemanha, e nos fins
do Império até mesmo a norte-americana nosso modelo continuou inalterado.
12. Surgem projetos com a intenção de criação de universidades, porém sem êxito
institucional.
13. Descentralismo federativo e sucessivas reformas geram um processo de organização
do sistema escolar brasileiro.
14. De 1889 a 1930 ensaiam-se reformas à procura de uma unidade que sirva de
fundamento para um sistema em formação:
Benjamin Constant (1890-92)
Epitácio Pessoa (Código do ensino, 1901)
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Rivadávia Corrêa (1911)
Carlos Maximiliano (1915)
João Luis Alves (reforma Rocha Vaz, 1925).
CAFÉ: Impulsiona no Sul e em São Paulo uma caminhada para o progresso educacional.
Ensino Superior = 6 escolas remanescentes do Império somam-se a 8 escolas livres de
direito, 3 de engenharia, 2 de agronomia, 1 de veterinária e 1 de química
Código Epitácio: inclui a lógica entre as matérias e retira a biologia, a sociologia e a
moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da científica. Ele facilitou a
multiplicação de escolas secundárias por todos os estados.
A república foi uma revolução, mas que não deixou realizar uma transformação radical
no sistema de ensino, a fim de gerar uma mudança intelectual das elites culturais e
políticas, necessárias às novas instituições democráticas.
Revolução de 1930: Marco do inicio do período de expansão e consolidação do
sistema escolar brasileiro.
Da origem a: Semana da Arte Moderna, Associação Brasileira de Educação, reformas
de ensino (educação nova).
1930 – Criação do Ministério da Educação
1931 – Reformas do Ministro Francisco Campos
1932 – Manifesto dos pioneiros da Educação Nova
1934 – Fundação da USP
1935 – Criação da Universidade do DF.
1937 – Retoma-se através do regime instituído o centralismo, característica do modelo
coimbrão.
Reforma do ensino secundário em dois ciclos: O ginasial e o colegial.
Lei n. 1821 de 1953 (Ler no slide)
Dualidade entre ensino secundário e ensino profissional.
LDB de 1961: Mantém a estrutura do ensino médio por ramos separados.
Em 1971 com a reforma do ensino de 1° e 2° grau, é que o ginásio reunido com o
ensino primário torna-se uma escola obrigatória e o colégio (escola de 2° grau) ganha
condições para efetiva integração, eliminando a dualidade existente.
O ensino Brasileiro se encontra em um presente processo de reformulação, iniciandose com a DB de 1961, este processo vem alcançando o ensino superior e as
universidades em decorrência principalmente das leis n°. 5.540 de 1968 e do decretolei n. 464, de 1969.
Durante dois séculos a Companhia de Jesus manteve com quase exclusividade o ensino
publico no Brasil.
Nos Regimentos entregues por D. João III a Tomé de Souza, em fevereiro de 1549,
recomendava-se expressamente a conversão dos indígenas a fé católica pela
catequese e pela instrução.
Foi sobretudo conquistando e convertendo meninos que se iniciou a catequese.
“Escola de ler e escrever”
Aula de gramática latina para os mamelucos, ou seja, os mestiços.
As condições morais e econômicas criavam certos desconfortos. ( Citar: Em porto
Seguro, ao organizar uma confraria para meninos, os jesuítas que mandaram vir da
Bahia alguns órfãos portugueses defrontaram-se com uma situação imprevista: os
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órfãos foram assediados de tal forma pelas índias “que eles por falta de preparação
espiritual, não resistiram suficientemente”.
No Rio de Janeiro em 1573 no colégio do RJ os alunos tinham aula de
humanidades/teologia moral ou de casos de consciência.
As instituições da Companhia de Jesus viviam de doações, porém o Padre Manuel de
Nóbrega sabia que esse meio de subsistência não garantiria a continuidade do seu
trabalho de catequese, então se empenhou em adquirir muitas terras, gados e
escravos para que deles proviesse o sustento.
Mas, o Padre Luiz de Grã, que acabou se tornando seu superior, tinha ideais
franciscanos, portanto preferia a pobreza e também depender de caridade.
São então aprovadas algumas Constituições da Companhia de Jesus em 1556 e
também é afastado o padre Simão Rodrigues, o qual apoiava Nóbrega e sua política de
sustentar os colégios a partir de recursos adquiridos (terras, gados, escravos), assim
enfrentam grande oposição.
Em 1553 chegou a Luiz de Grã a noticia sobre a decisão de santo Inácio e da
Companhia de Jesus, aonde diziam não mais aceitar o encargo de sustentar as
Confrarias (Conjunto de pessoas que se associam como irmãos, tendo em vista
interesses e objetivos em comum).
Com as constituições novas disposições são geradas, como: O voto de pobreza e
também das instituições as quais também NÃO poderiam ter renda própria, a não ser
os colégios.
De 1549 a 1564 o cardeal D. Henrique fixou o padrão de redízima para o Colégio da
Bahia.
Após 50 anos da instalação dos inacianos, os jesuítas ganham forças e se espalham,
tornando-se muitos.
Os colégios, por receberem parte dos recursos da redízima e de outras formas,
forneciam recursos materiais indispensáveis grandes empreendimentos.
Por não depender do pagamento vindo dos alunos, a escola jesuítica adquire um
caráter publico e gratuito.
Os pardos em geral, eram rejeitados nos colégios não pela sua cor, mas sim pelos seus
maus costumes.
Assim nestes termos, gratuita e pública permaneceu a escola jesuíta até que os padres
e professores foram expulsos em 1759, de suas casas e colégios, pela vontade férrea
de um ministro regalista, Sebastião de Carvalho e Melo futuro, marquês de Pombal.
Texto: Educação e colonização: As ideias pedagógicas no Brasil
01. A palavra colonização deriva do verbo latino “colo”. Os dicionários registram os
seguintes significados para este verbo: (ver no slide).
02. Os dois primeiros significados deram origem à palavra colonização.
03. Já cuidar e querer bem, a proteger aplica-se ao cultivo de terra e ao trabalho de
formação humana.
04. A educação é um processo através do qual a humanidade elabora a si mesma em
todos os seus mais variados aspectos.
05. Realizar, honrar e venerar traz a questão do culto.
06. Neste caso mais especifico da catequese.
07. A palavra culto se origina do substantivo “cultus”, que além do sentido que já
conhecemos, significava também “o culto dos mortos”, a forma primordial de religião:
“o ser humano preso à terra e nela abrindo covas que o alimentam vivo e abrigam
morto”.
08. Religião busca estabelecer vínculos.
09. Deus: A origem de tudo.
10. A educação enquanto aculturação, isto é, a inculcação nos colonizados das práticas,
técnicas, símbolos, e valores próprios dos colonizadores; e a catequese.
11. Em 1500 com a chegada dos portugueses o Brasil entra na Historia da chamada
“Civilização ocidental e cristã”
12. Convenceu-se p rei de Portugal D.João III da necessidade de envolver monarquia na
nova terra, instituiu-se assim um governo geral no Brasil nomeando para esta função
Tomé de Souza.
13. 1549 O primeiro governador geral chegou ao Brasil, trazendo com sigo os primeiros
jesuítas, constituído por quatro padres e dois irmãos chefiados por Manuel de
Nóbrega.
14. A missão desses jesuítas era de converter os gentios, de modo que eles fossem
doutrinados e ensinados nas coisas de nossa santa fé.
15. Os jesuítas criaram escolas e instituíram colégios e seminários que foram se
espalhando por diversas regiões do território.
16. 1549 considera-se que a Historia da Educação Brasileira se inicia com a chegada dos
Jesuítas
17. Inserção do Brasil no mundo ocidental deu se por um processo envolvendo três
aspectos: Colonização, A educação e a catequese.
Colonização e educação no Brasil
18. Portugal pode ter sido pioneiro na expansão ultramarina e ao mesmo tempo, ter se
atrasado no que respeitava ao desenvolvimento capitalista. Diferente de outros países
europeus era um país plenamente constituído, com fronteiras já definidas no século
XV.
19. D.João governou de 1481 a 1495, pode ser considerado o primeiro monarca absoluto
da Europa; Portugal contava com um poder centralizado.
20. Portugal se atrasou do ponto de vista do desenvolvimento capitalista, em relação aos
demais países Europeus, embora a expansão tenha enriquecido a burguesia mercantil,
seu controle estava nas mãos da coroa que a financiou e explorou através do
monopólio.
21. As conquistas ultramarinas reforçavam as posições econômicas e sociais da burguesia,
a burguesia reagiu a essa contradição reforçando a ordem feudal lançando mão da
inquisição como instrumento politicocuja introdução em Portugal se deu no reinado
de D.João III(1521-1557).
22. Embora o Brasil tenha propiciado a Portugal o monopólio da exportação mundial de
açúcar no século XVII, não foram construídas refinarias em Portugal; elas surgiram na
Holanda, Inglaterra e França.
As ideias pedagógicas no Brasil na época da colonização
23. Simbiose entre educação e catequese
24. Educação como um fenômeno de aculturação tinha na catequese a sua ideias-força
que fica claramente formulado no regime de D. João III estatuído em 1549 e que
continha as diretrizes a serem seguidas e implementadas na colônia brasileira pelo
primeiro governo-geral.
25. O eixo de trabalho catequético era de caráter pedagógico.
26. Os jesuítas consideravam que a primeira alternativa de conversão era o
convencimento que implicava praticas pedagógicas institucionais (escolas, que eram
mais visíveis) e não institucionais (o exemplo, formas muito mais eficazes).
A educação colonial no Brasil compreende fases distintas
27. Primeira fase corresponde ao “período heroico” e abrange de 1549, quando chegaram
os primeiros jesuítas, até a morte do Pe. Manuel de Nóbrega, em 1570.
28. Fase marcada pela instrução elaborada por Nóbrega que se iniciava da seguinte forma:
iniciava-se com o aprendizado do português (para indígenas) e prosseguia com a
doutrina cristã, a escola de ler e escrever e, opcionalmente, canto orfeônico e musica
instrumental, culminando, de um lado, com o aprendizado profissional e agrícola e, de
outro lado, com a gramática latina para aqueles que se destinavam à realização de
estudos superiores na Europa (Universidade de Coimbra).
29. A segunda fase (1570-1759) é marcada pela realização da educação jesuítica centrada
no Ratium Studiorum.
30. O plano contido no ratio era de caráter universalista e elitista.
31. Universalista porque era um plano adotado indistintamente por todos os jesuítas e
Elitistas porque acabou se destinando aos filhos dos colonos e excluindo os indígenas,
com colégios destinados a elite colonial.
32. O novo plano começava com: cursos humanidade e prosseguia com os cursos de
filosofia e teologia seguidos de viagens de estudos a Europa (na prática porem os
cursos de filosofia e teologia era limitado à formação de padres catequistas). O que de
fato se organizou no Brasil foi o curso de Humanidades, que tinha a duração de seis
anos e cujo conteúdo reeditava o Trivium da Idade Média, isto é, a gramática (quatro
series) com o objetivo de assegurar expressão clara e precisa; a Dialética (uma serie)
destinada a assegurar expressão rica e elegante; a retórica (uma serie) com o que se
buscava uma expressão poderosa e convincente.
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