Marcos Antônio Ramos
“Mesmo com tantas construtoras e empreendimentos, há
espaço para a área da construção civil crescer na
Paraíba”
17/09/2014 | 15h10min
Diretor da Planc avalia a Capital paraibana como estratégica para a expansão imobiliária
no Nordeste
Foto: divulgação
João Pessoa continua a queridinha do Nordeste para as construtoras – especialmente para
residências de luxo, de alto padrão. Se grandes investidores da área estão vindo para a
Capital paraibana para expandir mercado, as pratas da casa, contudo, estão muito bem,
obrigado. É o caso da Planc Construtora, uma das maiores e mais importantes do mercado
local.
No lançamento Tarcila do Amaral, na última semana, o diretor comercial da empresa, Marcos
Antônio Ramos, conversou com exclusividade com o Paraíba Total para contar um pouco mais
sobre a empresa, os empreendimentos e o mercado como um todo. A Planc tem com sedes
em Campina Grande e em João Pessoa, além dos de Natal e Mossoró no Rio Grande do Norte,
São Luís no Maranhão, Caruaru em Pernambuco e Juazeiro no Ceará, focada em
empreendimentos residenciais, com obras baseadas em projetos que valorizam espaço, e que
possui atualmente 1.130 funcionários diretos. “É uma empresa que tem hoje 72 obras
prontas, 12 em construção, é uma empresa que está sempre crescendo, alavancando. Na
medida do possível estamos dando nossa contribuição direta e também indireta para o
desenvolvimento da Paraíba”, explicou.
Ao longo da entrevista, o diretor ainda destacou os desafios para desenvolver um bom
trabalho na Paraíba e definiu João Pessoa como a cidade mais viável para sua atuação. “João
Pessoa é uma cidade de um potencial muito grande no turismo e isso atrai muito o pessoal do
Sul e de outras regiões do país. Então, eu acredito que pelas suas belezas e potenciais tem
sido e continuará sendo esse atrativo para o mercado imobiliário”, frisou ele.
Confira trechos da conversa.
Conte-nos um pouco da história da Planc, uma das maiores construtoras do Estado da
Paraíba.
A Planc é uma empresa de 27 anos que atua nos mercados da Paraíba, Rio Grande do Norte,
Maranhão, Pernambuco e Ceará. Sempre foi uma empresa com foco de crescimento. Somos
três sócios, os engenheiros Clóvis Cavalcanti Filho e Costantino Cartaxo Júnior e eu, que sou
administrador das empresas. Ao todo, 90% do nosso mercado é voltado para o residencial, mas
também atuamos na área de condomínios horizontais e recentemente começamos a atuar nos
empreendimentos coorporativos, onde lançamos em João Pessoa o Due Corporate Towers
(DCT), que é um dos empreendimentos maiores do Nordeste e voltado para área
empresarial.Somos hoje uma empresa que temos 1.130 funcionários diretos, contribuímos
com uma geração de empregos de mais de 5 mil funcionários indiretos também , além da
contribuição de impostos. É uma empresa que tem hoje 72 obras prontas, 12 em construção,
é uma empresa que está sempre crescendo, alavancando. Na medida do possível estamos
dando nossa contribuição direta e também indireta para o desenvolvimento da Paraíba.
O mercado da construção civil tem movimentado, de forma expressiva, a economia do
Nordeste. Como o senhor avalia o comportamento desse setor na Paraíba?
É um setor muito importante. E o Nordeste tem crescido um pouco mais do que o Brasil. A
Paraíba não foi diferente. A gente realmente tem uma gama de construtores, de empresários
da construção civil da região, das várias cidades da Paraíba, que são grandes investidores e
que acreditam no potencial da cidade. Então, é importante estar sempre inovando, sempre
com lançamento de novidades. Mesmo com tantas construtoras e empreendimentos, acredito
que há espaço para a área da construção civil na Paraíba e em João Pessoa.
O que há de atrativo na Paraíba para o mercado imobiliário?
Primeiro, o Nordeste como um todo é um atrativo, e João Pessoa, que é uma cidade
litorânea, de uma orla muito bonita, embora ainda conte com um potencial turístico muito
aquém, pois tem muito a crescer se comparada a outras cidades como Natal e Recife. João
Pessoa começa a atrair o pessoal do Sul e de outras regiões do País. Então eu acredito que,
pelas suas belezas e potenciais, tem sido esse atrativo para o mercado imobiliário.
Para o lado do consumidor, há muitas particularidades regionais na busca de um imóvel. O
que busca o consumidor paraibano na hora de comprar uma casa ou apartamento?
Sempre que fazemos nossos empreendimentos, fazemos profunda pesquisa de mercado, e o
que vemos sempre é que o consumidor hoje procura muito a localização. Este tem sido um
ponto essencial na cidade de João Pessoa. As pessoas querem morar principalmente perto da
orla.
Passada a fase de grandes investimentos ligados ao programa Minha Casa, Minha Vida, que
fez muitas empresas apostarem forte em imóveis para a baixa renda, o segmento de alto
padrão está voltando a seduzir construtoras e incorporadoras de peso, além de novas
entrantes no mercado. Como a Planc tem se comportado nesse movimento?
A Planc decidiu não atuar no mercado do Minha Casa Minha Vida. Foi um mercado muito forte
e eu acho que atendeu outra demanda que não tinha opção certa. A outra demanda continua
a existir e continua a crescer. Portanto, o Minha Casa Minha Vida veio a somar e não tirou
cliente do mercado do padrão mais alto. E o certo é que tem espaço para todos e que para
ambos têm muito espaço para crescer em João Pessoa e na Paraíba, como disse
anteriormente.
Nos últimos anos, muitas construtoras de fora do Estado vieram investir aqui, inclusive
com propostas diferenciadas em condomínios verticais. O aumento na quantidade de
empresas no setor da construção civil tem gerado empreendimentos de mais qualidade?
Quais as vantagens dessa competitividade?
As vantagens são todas. Porque a competitividade é importante em qualquer segmento, e se
ela vem de uma forma de trazer qualidade, de mostrar mais qualidade, com isso nós só temos
a aprender. Pois, se aqui chega novidade, nós também temos que aderir, nos adequar. Mas a
cidade de João Pessoa tem um portfólio muito forte, temos muitas construtoras, e eu
acredito que a Paraíba tem sido o Estado que menos recebe construtoras de fora, se
compararmos com Rio Grande do Norte, Pernambuco, onde as grandes construtoras entram
forte no mercados.
A falta de mão-de-obra qualificada é um gargalo, segundo avaliação recente do SindusconJP. Qual a análise do senhor sobre o mercado de trabalho nessa área? Evoluiu?
Eu acho que evoluiu sim. A fase realmente muito difícil nós já passamos. Hoje em dia já
melhorou porque houve certa profissionalização, houve mais uma conscientização das
construtoras
nesse sentido, de qualificar seus
profissionais
e isso
tem avançado
gradativamente. Mas não deixa de ser uma coisa preocupante, pois na hora que a economia
crescer um pouco mais, a gente pode vir a sentir esse problema novamente. Contudo eu creio
que os construtores já estão se preparando para superar esse tipo de problema com mais
segurança.
Na opinião do senhor, as políticas públicas praticadas pelos governos são burocráticas para
o setor ou estão evoluindo para incentivar as construtoras?
Eu acho que elas permanecem na mesma. As políticas públicas no ramo da construção civil
não nos ajudaram em nada. A desoneração da folha não atinge as incorporadoras. Foram
medidas que, para a construção que emprega, como nos empregamos, tem um grande
percentual no PIB. E ela deveria sim ser melhor observada pelos governos.
Em linhas gerais, o que o setor da construção civil espera para o ano de 2015?
Esperamos, com certeza, um ano ainda melhor que 2014. Primeiro essa questão da política,
passado outubro próximo, aí saberemos também como será a política econômica do País, da
qual esperamos uma economia mais fortalecida, com um crescimento maior. Então, para isso,
esperamos e pensamos positivo, para que tudo de melhor aconteça.
Quais os destaques da Planc para o empreendimento Tarsila do Amaral, recém-lançado em
João Pessoa? Quais as expectativas para a boa aceitação do público consumidor?
Esse empreendimento Tarsila, já está sendo um grande sucesso, pois na sua pré-venda, nos
últimos dois meses, já conseguimos realizar a comercialização de 25 unidades das suas 114
unidades. É um empreendimento diferenciado, em uma área de 5 mil metros quadrados, onde
nós negociamos onze residências no seu terreno total. São duas torres maravilhosas, de 38
andares, com apartamentos de 220 metros e de 160 metros, três subsolos, três níveis de
garagem. Tivemos a preocupação também com a humanização, com a parte de paisagismo do
empreendimento. E nos cercamos de ótimos profissionais, pois sabemos da exigência do
mercado, da nossa clientela, que quer hoje um imóvel bom, com conforto e segurança. E por
isso podemos atestar que é um produto diferenciado tanto no macro como na topologia dos
apartamentos e seus detalhes. O início da obra se dará em outubro próximo e a entrega está
prevista em 42 meses. Cerca de 200 corretores já conheceram o nosso produto e já estão com
as nossas tabelas de comercialização.
Quais as próximas novidades da Planc para o final desse segundo semestre de 2014 e para
o ano de 2015?
Nós temos um empreendimento muito bacana para 2015, um empreendimento novo,
diferenciado, em uma grande área que nós adquirimos na Epitácio Pessoa. Só não podemos
ainda divulgar maiores detalhes, porque isso ainda está na fase de elaboração de projeto.
Mas, diante mão eu digo que será um diferencial na nossa avenida shopping, como chamamos
a Epitácio Pessoa.
Redação Paraíba Total
Adaucélia Palitot
Download

Site Paraíba Total entrevista Marcos Antônio Ramos