Pesquisa em saúde no mundo
Segundo dados do Global Forum for Health Research, em
1998 foram despendidos US$ 73,5 bilhões com pesquisa em
saúde no mundo. Mais de 90% destes, por países desenvolvidos
com vistas a atender suas demandas específicas.
•Públicos em países avançados e em transição – U S$ 34,5 bi
•Privados, em especial a indústria farmacêutica – US$ 30,5 bi
•Privados não lucrativos
- US$ 6,0 bi
•Públicos em países em desenvolvimento
- US$ 2,5 bi
Global Forum for Health Re searc h – Monitoring Finantial Flows for Health Rese arch, 2001.
Pesquisa em saúde no Brasil
Capacidade instalada em 2002
Grupos que atuam em Sa úde e total de grupos cad astrado s no Ce nso 2002
do Dire tório do s Grupos de Pesquisa, segundo a grande área do co nhec imento
predomina nte nas atividades do grupos.
Grupos que
Total de
Grande
atuam e m
grupos
área do
Saúde 2/
cadastrado s
conhecimento 1/
(S)
(T)
Ciências da Saúde
2.507
2.513
Ciências Biológ icas
1.129
2.126
Ciênci as Humanas
430
2.399
Ciências Exatas e da T erra
319
2.051
Ciências Agrárias
216
1.653
Engenharias e C. da Computação
199
2.243
Ciência s Sociais Aplicadas
91
1.429
Lingüísticas, Letras e Artes
23
744
Total
4.914
15.158
1/ Grande á re a do co nhe cime nto predomina nte na s ativida des dos gr upos de pe s quis a.
2/ Grupos com pelo menos uma linha de pesquisa rela ciona à grande ár ea Ciências da Saúde ou
ao setor de atividade S aúde Humana.
%
(S)/(T)
99,8
53,1
17,9
15,6
13,1
8,9
6,4
3,1
32,4
Número de grupos, linhas de pesquisa e pesquisadores que atuam em Saúde, segundo a
grande área do conhecimento predominante nas atividades dos grupos.
Grande
Grupos
Linhas de
PesquiDoutores
Pesqui- Doutores
área do
Pesquisa
sadores 2/
2/
sadores 3/
3/
conhecimento 1/
(G)
(L)
(P)
(D)
(P*)
(D*)
Ciências da Saúde
2.507
7.958
13.371
8.277
10.302
5.886
Ciências Biológicas
1.129
3.261
5.054
4.064
3.983
3.081
Ciências Humanas
430
864
2.003
1.113
1.825
979
Ciências Exatas e da Terra
319
544
1.210
957
1.142
896
Ciências Agrárias
216
479
1.025
710
725
463
Engenharias e C. da Computação
199
410
782
596
727
547
Ciências Sociais Aplicadas
91
131
352
175
339
165
Lingüísticas, Letras e Artes
23
41
110
58
108
56
To tal 4/
4.914
13.688
23.907
15.950
To das as grande s áre as , s e m dupla c ontag e m de pe s quis adore s :
19.151
12.073
17.773
10.938
Pesquisa em saúde no Brasil
Financiamento em 2001
Desembolsos estimados em 2001com atividades de pesquis a em saúde no setor público. Principais fontes
Fonte
Mi nistério da Saúd e 1/
Mi nistério da Ciência e Tecnolo gia
Tota l (mil R$)
100.674,00
156.917,00
Formação de pessoa l
(mil R$)
35.617,00
92.037,00
Apoio à pesquisa
Formação de
Apoio à
(mil R$)
Tota l (%) pessoal ( %) pesquisa (%)
65.057,00
20,3
13,2
28,6
64.880,00
31,7
34,2
28,6
2/ Finep
26.577,00
26.577,00
5,4
3/ CNPq
130.340,00
92.037,00
38.303,00
26,3
34,2
16,9
135.018,00
103.298,00
495.907,00
112.790,00
28.418,00
268.862,00
22.228,00
74.880,00
227.045,00
27,2
20,8
100,0
42,0
10,6
100,0
9,8
33,0
100,0
Mi nistério da Educação 4/
Estado de São Pa ulo (Fapesp) 5/
TOTAL
1/ D ecit/SPS/MS - Inv estime ntos em a çõe s de C &T e m saú de n o Min istér io da S aúd e em 20 01 . D ezem bro d e 20 02 2/ Le vanta mento Ad Hoc reali zad o na ca rteira d a Fine p
3/ AEI/DAD /CN Pq - Inve stimen tos do C NP q em Es ta dos e Ins tituiç ões e m 200 1. 20 02
4/ C apes /MEC - R ela tó rio d a Ca pes p ara a Tran siç ão. 20 02 .
5/ R evista Fap esp , n º 79 , s etemb ro de 2 00 2, pp .2 0-2 3.
11,7
Gastos com pesquisa em saúde no setor produtivo
Não há estatísticas atuais confiáveis. A recente realização
da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), pelo
IBGE não publicou dados desagregados para o setor saúde.
No entanto, uma evidência indireta da precariedade da situação
é revelada pelo número de menos de 1000 técnicos com
titulação doutoral envolvidos com atividades de P&D nas
cerca de 70.000 empresas de todos os setores na amostra
expandida da pesquisa. Registre-se a existência de cerca de
35.000 pesquisadores com título doutoral em atividade no país.
Pesquisa em saúde no Brasil
Características atuais do fomento
As ações de fomento à pesquisa em saúde no Brasil
Características Gerais
•A qualidade e a transparência, em particular as realizadas pelas agências do MCT, a Capes
e as agências estaduais.
•A existência de uma tradição importante de institutos de pesquisa.
•Um modelo de fomento descentralizado e plural.
•A baixa capacidade de indução existente nas agências do MCT, na Capes e agências
estaduais.
•Ausência de coordenação de ações entre os principais atores, em particular o MS e o MCT.
•Baixa capacidade de articulação entre ações de fomento científico-tecnológico e a Política
Nacional de Saúde. Em conseqüência, baixa capacidade de transferir conhecimento para a
indústria, os serviços e a sociedade em geral.
Política Nacional de Saúde, Política Nacional de C&T e Política Nacional de
C&T em Saúde
Sistema Único de Saúde
Ministério da Saúde
Política Nacional de Saúde
Sistema Nacional de C&T
Ministério da Ciência e Tecnologia
Política Nacional de C&T
Ações de C&T em saúde.
Agências federais, estaduais, etc.
Cerca de R$ 100 milhões/ano,
Cerca de R$ 400 milhões/ano,
através de agências federais, estaduais, etc.
As ações de fomento à pesquisa em saúde no Brasil
Características Gerais
•A qualidade e a transparência, em particular as realizadas pelas agências do MCT, a Capes
e as agências estaduais.
•A existência de uma tradição importante de institutos de pesquisa.
•Um modelo de fomento descentralizado e plural.
•A baixa capacidade de indução existente nas agências do MCT, na Capes e agências
estaduais.
•Ausência de coordenação de ações entre os principais atores, em particular o MS e o MCT.
•Baixa capacidade de articulação entre ações de fomento científico-tecnológico e a Política
Nacional de Saúde. Em conseqüência, baixa capacidade de transferir conhecimento para a
indústria, os serviços e a sociedade em geral.
•Extensa e generalizada carência de atividades de P&D realizada nas empresas.
•Recursos financeiros insuficientes para a capacidade instalada de pesquisa e para as
necessidades de saúde.
Estim ativa de desem bolsos em 2001 com atividades de
pesquisa em saúde no setor público. Brasil, principais fontes
Desembolsos
Fonte
(m il R$)
Ministério da Saúde 1/
100.674,00
Ministério da Ciência e Tecnologia
156.917,00
Finep 2/
CNPq 3/
Ministério da Educação 4/
Estado de SP (Fapesp) 5/
Total
26.577,00
130.340,00
135.018,00
103.298,00
495.907,00
1/ Decit/SPS/MS - Investimentos em ações de C&T em saúde no MS em 2001.
2/ Levantamento Ad-Hoc realizado na carteira da Finep.
3/ AEI/DAD/CNPq - Investimentos do CNPq em Estados e Instituiç ões em 2001.
4/ Capes/MEC - Relatório da Capes para a Transição, 2002.
5/ Revista Fapesp, nº 79, setembro de 2002.
Estim ativa de desem bolsos em 2001 com atividades de
pesquisa agropecuária no setor público. Brasil, principais
Desembolsos
Fonte
(m il R$)
Ministério da Agricultura (Embrapa) 1/
121.408,00
Ministério da Ciência e Tecnologia
77.923,00
Finep 2/
CNPq 3/
Ministério da Educação 3/
Estado de SP (Fapesp) 3/
Total
10.000,00
67.923,00
63.700,00
61.649,00
314.680,00
1/ Rela tório de Atividades 2001. Orçamento executado nos programas de P&D
2/ Execução do Fundo de Agronegócios (R$ 8,1 milhões) arredondado a R$ 10 milhões.
3/ Parcela do Orçamento executada nos programas da grande área de ciências agrárias
(13% do total do orçamento do CNPq).
Núme ro de linha s de pesquisa , pe squisadore s e grupos a ssociados aos setores
"a gricultura , pecuá ria , silvicultura , e xploração flore stal"e "sa úde huma na ". Brasil,
Setor
Grupos
Linha s Pesquisa dore s
Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal
2.641 7.133
10.955
Saúde humana
4.914 13.688
23.907
Pesquis ador/ano em saúde humana - R$ 20.743,00
Pesquis ador/ano em agropecuária - R$ 28.725,00
Para que o aporte de recurs os financeiros aos pesquisadores do setor saúde pudess e igualarse ao dos pesquis adores do setor agropecuário, o desembolso em saúde em 2001 deveria ter
sido de R$ 687 milhões (R$ 28.725,00 x 23.907). Em relaç ão ao que foi efetivamente
desembols ado, restam R$ 191 m ilhões .
Pesquisa em saúde no Brasil
Características gerais de uma nova política
Iª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde
(Brasília, 24 a 28 de outubro de 1994)
Princípio básico de uma política de C&T em saúde :
A POLÍTICA DE C&T EM SAÚDE É UM COMPONENTE
DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE.
As orientações gerais dessa política são:
1) No que respeita à saúde da população, a EQÜIDADE.
2) No que respeita ao processo de investigação, a ÉTICA.
3) No que respeita a estratégia de implantação,
a INTEGRAÇÃO DE ESFORÇOS.
4) No que respeita à linha de base das ações a serem
implementadas, a QUALIDADE.
Algumas Diretrizes da Política de Pesquisa em Saúde
1. Quanto ao fomento à pesquisa e à inovação.
1.1. A coordenação na utilização dos recursos (MS, MCT, MDIC, MA,
MMA, etc.)
1.2. A utilização de variadas formas de fomento (apoio financeiro,
utilização da capacidade de compra, outros incentivos)
1.3. A criação de novos recursos setoriais no campo do pré-investimento
(p.ex. setores produtores de grande dívida sanitária)
1.4. A atuação nos diversos componentes da cadeia do conhecimento,
desde a pesquisa acadêmica até o complexo industrial da saúde
2. Quanto à gestão do fomento.
2.1. A construção pactuada de uma agenda nacional de prioridades de
pesquisa em saúde, em consonância com a Política Nacional de Saúde.
2.2. A construção de uma instância de fomento à pesquisa em saúde
vinculada ao MS. O papel essencial dessa instância seria a articulação
horizontal (interministerial) e vertical (entre os níveis da Federação)
dos esforços de fomento à pesquisa, tendo como eixo a agenda de
prioridades.
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A Política de Pesquisa no Setor Saúde