NOTíCIA NOTÍCIAS Informativo da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro • Edição N o 69 • Julho/Agosto de 2010 Mobilização, na Amaerj, abre campanha pela aprovação da PEC da aposentadoria Abaixo-assinado coletou, em uma hora, 161 assinaturas em favor da PEC 46/08; associações de magistrados de 22 estados prestigiaram, também,lançamento da candidatura de Gervásio Santos à presidência da AMB Fotos: Vanor Correia Presidente da Amaerj apresenta estudos Dirigentes de associações de magistrados de todo Brasil reunidos na Amaerj O auditório da Amaerj estava lotado de magistrados e pensionistas, que vieram, no dia 2 de agosto, prestigiar o lançamento da Mobilização pela Aposentadoria, com um abaixo-assinado pela aprovação da PEC 46/08, que restabelece a aposentadoria integral para os magistrados, integrantes do Ministério Público e da Defensoria Pública. Em cerca de uma hora, foram coletadas 161 assinaturas. Um ótimo começo para uma campanha que vai percorrer todo o Brasil e que permite a participação pela internet. Mas o evento organizado pela Amaerj e a Amatra -1 (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região) deu início, também, a uma outra mobilização: nesse caso, em torno da candidatura do juiz Gervásio Protásio dos Santos à presidência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O lançamento da chapa “AMB com você” contou com representantes de associações de magistrados de 22 estados, além do presidente da AMB, Mozart Valadares, e os ex-presidentes Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho e Claudio Baldino Maciel, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, que, mesmo não sendo magistrado, fez questão de assinar o abaixo-assinado pela PEC 46/08. Escolhido para ser o coordenador nacional da Mobilização pela Aposentadoria, o presidente da Amaerj, Antonio Cesar Siqueira, apresentou estudos encomendados a instituições financeiras provando que os magistrados, com suas contribuições ao longo da carreira, garantem, além da própria, cerca de duas aposentadorias integrais a mais. “Com essa Da esquerda: Gervásio Santos (candidato à pres. AMB), Mozart Valadares (pres. AMB), Luiz Zveiter (pres. TJ-RJ), Antonio Siqueira (pres. Amaerj) e Antônio José Azevedo Pinto (corregedor-geral do TJ-RJ) campanha, que estamos certos será exitosa, reafirmamos mais uma vez o compromisso da Magistratura com a independência do Judiciário, condição essencial para o bom funcionamento do Estado Democrático de Direito”, declarou ele. O atual presidente da Associação de Magistrados do Maranhão (Amma) e candidato a presidir a AMB fechou o evento com um pronunciamento. Nele, Gervásio afirmou que uma Magistratura forte e independente requer um associativismo com pensamentos coletivos. “Temos que praticar o associativismo que visa ao futuro, que está disposto a dialogar, mas que não hesitará em fazer enfrentamentos, quando necessário. É fundamental termos um associativismo proativo, capaz de travar todas as batalhas necessárias para assegurar as prerrogativas e direitos da Magistratura”, concluiu. Participe da Mobilização pela Aposentadoria É possível participar do abaixo-assinado pela PEC 46/08 pela internet, através deste endereço: http:// www.ambcomvoce.com.br/manifesto A Amaerj vai enviar para suas Regionais formulários para os associados do interior que prefiram assinar no papel. 2 Julho/Agosto de 2010 • Amaerj Notícias Decisão do TJ-RJ favorece magistrados Órgão reconhece o direito ao pagamento de correção monetária e juros do abono variável E m decisão publicada no dia 7 de julho, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Luiz Zveiter, reconheceu o direito dos magistrados de receberem a correção monetária pelo INPC e os juros moratórios incidentes, a partir da 25ª parcela, sobre o abono variável pago de forma diferida, no período compreen dido entre novembro de 2002 e outubro de 2006. O pagamento foi feito em julho, em parcela única, para magistrados ativos, inativos e pensionistas. Amaerj pede integralidade no pagamento de subsídios Requerimento da Amaerj pedindo integralidade no pagamento de subsídios é deferido O presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz Zveiter, deferiu, em 11 de agosto, o requerimento administrativo da Amaerj, de 20 de julho. O documento solicitava o pagamento de diferenças remuneratórias para os magistrados que, entre agosto de 2005 e setembro de 2009, receberam a verba de acumulação ou auxílio calculada sobre o percentual de 59,16% do subsídio e não com base na totalidade deste. Devido a uma determinação da administração do Tribunal, quando o auxílio foi implementado, em agosto de 2005, os valores devidos a título de acumulação – um terço - e auxílio – um sexto - passaram a ter como base de cálculo o percentual de 59,1628% do valor do subsídio. De acordo com a Amaerj, o fato gerou uma diferença remuneratória para os magistrados, tendo em vista que os valores pagos deveriam ter sido calculados sobre 100% do subsídio, que constitui a única verba remuneratória da Magistratura (Lei Federal nº 11.143/2005). Em comunicado aos associados, nesse mesmo dia, o desembargador Antonio Cesar Siqueira, presidente da Amaerj, informou sobre o deferimento do pedido e agradeceu à presidência do TJ-RJ. “A Amaerj mais uma vez em nome de todos os seus associados agradece a presidência deste E. Tribunal de Justiça pelo reconhecimento do direito bem como a sua incansável preocupação em assegurar o cumprimento das prerrogativas dos magistrados fluminenses”. Auxílio alimentação Amaerj apresentou ao TJ-RJ requerimento em que solicita o pagamento do auxílio-alimentação para os magistrados A Amaerj apresentou, no dia 13 de agosto, um novo requerimento ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) solicitando o pagamento do auxílio-alimentação para os magistrados, com o valor a ser regulamentado pela presidência do TJ-RJ. O requerimento está amparado no artigo 35, III, da Lei dos Fatos Funcionais, que determina que o auxílio é devido aos magistrados, observados os limites e condições estabelecidos na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj) Expediente Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro Av. Erasmo Braga, 115 - 4o andar - Bloco J Centro - Rio de Janeiro - 20020-000 Tel.: (21) 3133-2636 / 3133-2647 Telefax: (21) 2533-6456 [email protected] / www.amaerj.org.br Diretora do Departamento de Comunicação: Juíza Kátia Torres Editor: Marcelo Pinto (MTB 19936) Redação: Marcelo Pinto e Sarita Yara (estagiária) Conteúdo e responsabilidade editorial: Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação, empresa filiada à Aberj (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) Editora J&C Telefax: (21) 2240-0429 - [email protected] CTP, impressão e acabamento: Zit Gráfica e Editora Ltda. AMAERJ NOTÍCIAS é um informativo mensal da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, integralmente patrocinado pela Petrobras. É permitida a reprodução parcial ou total das matérias, desde que citada a fonte. Amaerj Notícias • Julho/Agosto de 2010 3 Pagamento de diárias aos magistrados Requerimento apresentado pela Amaerj baseia-se em artigo que estabelece “verba de caráter indenizatório” para magistrado que sai para atuar em outra comarca A Amaerj apresentou à presidência do Tribunal de Justiça, no dia 16 de agosto, requerimento administrat ivo visando o pagamento de diárias “juntamente e independentemente do pagamento das verbas de acumulação e auxílio”. A Associação também requereu o pagamento de even tuais diferenças remuneratórias pretéritas, devida mente corrigidas para os casos em que a diária não tenha sido observada nas hipóteses de acumulação e auxílio, que implicassem em deslocamento da resi dência do magistrado. O requerimento é baseado no artigo 30 da Lei Estadual do Rio de Janeiro nº 5.535/2009 que esta beleceu o pagamento de diária, como verba de caráter indenizatório, no valor da 90ª parte do subsídio, por dia útil de serviço, ao magistrado que sair da sua residência para atuar em outra comarca. Também consta do requerimento que o artigo n° 31 e parágrafo único da mesma lei, de 10 de setembro de 2009, declara o direito ao recebimento, em caráter indenizatório, das verbas devidas a título de acumulação e auxílio. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj) Restituição do Imposto de Renda S empre atenta aos direitos e prerrogativas dos seus associados a AMAERJ também apresentou no dia 16 de agosto requerimento administrativo objetivando a restituição dos valores retidos na fonte a título de imposto de renda incidente sobre o pagamento de férias e licença-prêmio não gozadas e ainda a conversão do 1/3 das férias em abono pecuniário (Art. 78, Lei 8.112/90). A pretensão é no sentido de obter a devolução de todos os valores descontados a esse título nos últimos cinco anos devidamente corrigidos pela taxa Selic. O requerimento baseado em parecer tributário elaborado pelo advogado Leonardo Pietro Antonelli apresenta uníssona jurisprudência do STJ no sentido de que a verba paga aos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro a título de férias e licença-prêmio não-gozadas e conversão de 1/3 das férias em abono pecuniário (Art. 78 da Lei 8.112/90) não se encaixa na definição do que seja renda, necessária para configurar o fato gerador da incidência do imposto. Não há que se falar em acréscimo de riqueza nova, uma vez que tais verbas visam indenizar os Magistrados pela não-fruição do direito às férias e do direito à licença-prêmio que lhes são garantidos pelo ordenamento jurídico pátrio, repondo seu patrimônio ao status quo ante. Neste diapasão, a Lei nº. 5.535/2009 do Estado do Rio de Janeiro acabou por positivar o entendimento acima esposado, dispondo em seus artigos 43, §§3º e 4º[1], e 49[2], parágrafo único, que as verbas recebidas a título de férias e licença-prêmio não gozadas são indenizatórias. Contribuição previdenciária de inativos perto do fim Ao completar 61 anos, servidor passará a pagar 80% da contribuição, com redução gradativa deste índice F oi aprovada em 14 de julho, pela comissão especial da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 555, de 2006, que revoga o art. 4º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, para acabar com a contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos. A AMB está engajada na aprovação desta proposta desde o início de sua tramitação e comemora mais este passo no resgate dos direitos dos servidores inativos. O texto foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que extingue gradativamente a cobrança: ao completar 61 anos de idade, o servidor passará a pagar 80% da contribuição. Esse índice será 20% menor a cada ano, até chegar à isenção completa aos 65 anos de idade. De acordo com o projeto, funcionários públicos que se aposentarem deixarão de contribuir com 11% para a previdência, com 20% a cada ano, a partir dos 61 anos. Além disso, deixarão de contribuir os aposentados por invalidez permanente. A regra não é retroativa e valerá a partir da promulgação da PEC, que deverá ser votada em dois turnos pelo Plenário da Câmara e pelo Senado Federal. (Fonte: Assessoria de Comunicação da AMB) 4 Julho/Agosto de 2010 • Amaerj Notícias Marcelo Lima Buhatem ingressa como desembargador no TJ-RJ Experiência na área dos direitos sociais será uma das contribuições do novo desembargador para o segundo grau da Justiça fluminense Foto: Luiz Henrique Vicente T omou posse como desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no dia 19 de julho, o procurador de justiça Marcelo Lima Buhatem. O novo desembargador ocupará a vaga do quinto constitucional reservada ao Ministério Público. Buhatem assume a vaga aberta em decorrência da aposentadoria do desembargador Antônio Ricardo Binato de Castro. “Quero inicialmente agradecer ao governador Sérgio Cabral Filho pela confiança de que farei adequada e justa composição dos conflitos levados ao Judiciário; ao meu procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, irmão de primeira hora, incansável na implementação dos propósitos do Ministério Público; ao presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, e ao chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, amigo de longa data”, disse o novo desembargador ao ser nomeado pelo Governador no dia 6 de julho. Buhatem foi um dos seis indicados ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pelo Conselho Superior do Ministério Público, na 6ª Sessão Extraordinária, realizada no fim de maio para preenchimento de uma vaga de desembargador. No dia 21 de junho, foi escolhida pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a lista tríplice integrada também pelas procuradoras Mônica de Faria Sardas e Laise Ellen Silva Macedo. Marcelo Lima Buhatem durante posse como desembargador O Magistrado explicitou a contribuição que oferecerá ao segundo grau da Justiça fluminense. “Quero levar ao Tribunal de Justiça a minha experiência na área dos direitos sociais, obtida após vários anos trabalhando com as ações coletivas”, afirmou. (Com informações do Jornal do Commércio) Advogada Cláudia Telles de Menezes toma posse como desembargadora Especialista em propriedade intelectual, a desembargadora possui experiência de 22 anos na área jurídica Foto: Luiz Henrique Vicente O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Luiz Zveiter, deu posse, no dia 2 de agosto, à advogada Cláudia Telles de Menezes no cargo de desembargadora do TJRJ. Ela assumiu a vaga destinada ao quinto constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil, anteriormente ocupada pelo desembargador Joaquim Abílio Moreira Alves de Brito, que se aposentou. Ela foi escolhida pelo governador Sergio Cabral, em 19 de julho, após análise da lista tríplice integrada pelos advogados André Emílio Ribeiro Von Melentovytch e João Alberto Romeiro, eleitos pelo órgão especial com 93 votos cada. Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e exercendo a advocacia há 22 anos, Cláudia Telles de Menezes atuou durante 12 anos no Departamento A nova desembargadora Claudia Telles de Menezes Jurídico da Rede Globo, no cargo de gerente da área de contencioso cível. É especialista em propriedade intelectual, com pós-graduação pela Fundação Getulio Vargas e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. (Com informações do Jornal do Commércio) Amaerj Notícias • Julho/Agosto de 2010 5 Justiça do Rio elege três novos desembargadores Juízes Adolfo Correa de Andrade, José Roberto Lagranha Távora e Sebastião Rugier Bolelli Foto: Luiz Henrique Vicente O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio promoveu, no dia 5 de julho, os juízes José Roberto Lagranha Távora (merecimento), Sebastião Rugier Bolelli (antiguidade) e Adolfo Correa de Andrade (merecimento) ao cargo de desembargador. Eles passam a ocupar, respectivamente, as vagas decorrentes da aposentadoria dos desembar gadores Roberto de Almeida Ribeiro e Ernani Klausner e do falecimento da desembargadora Maria Raimunda Teixeira de Azevedo. Os novos desembargadores tomaram posse na mesma data, em sessão presidida pelo presidente do TJ-RJ, desem bargador Luiz Zveiter. Segundo ele, os três eleitos chegam por seus próprios méritos à 2ª instância do Judiciário fluminense e substituem num ciclo de existência outras três figuras ilustres que dedicaram sua vida ao Tribunal. Desembargadores Sebastião Rugier Boelli (esq.), Adolpho Correa de Andrade Mello Júnior e José Roberto Lagranha Távora Com a promoção dos magistrados foram abertas as vagas para o 8º Juizado Especial Criminal, 2ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes e 12ª Vara da Fazenda Pública, antes ocupadas pelos novos desembargadores. (Fonte: Assessoria de Imprensa do TJ-RJ) Nota da Amaerj em defesa da juíza Cláudia Nascimento Manifestação da Amaerj, provocada por acusações feitas pela mãe da menina Joanna (falecida no dia 13/8) em programa de TV, é divulgada na Folha Online e na TV Band E m nota enviada à imprensa no dia 18 de agosto, a Amaerj se posicionou sobre as acusações, que considerou “levianas”, feitas à juíza Cláudia Nascimento Vieira, da 1ª Vara de Família de Nova Iguaçu. O texto rendeu reportagens no Folha Online, na TV Band e no Gazeta do Povo online (Curitiba). “A Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj) se solidariza com a dor da família de Joanna Cardoso, falecida na sexta-feira, dia 13, vítima de parada cardíaca, no Hospital Amiu, em Botafogo, onde estava internada desde o dia 19 de julho”, abre o texto. “É com pesar que esta Associação registra o fato de uma perda tão precoce – e traumática, pelas circunstâncias já noticiadas pela imprensa – ter motivado as insinuações feitas pela médica Cristiane Marcenal, através de um programa de TV, de que sua filha teria sido “vítima” de uma juíza, que, segundo ela, a tirou “de dentro de casa para ser entregue para ser morta”. A mensagem faz uma referência ao caso Bruno – acusado de ser o mandante do assassinato da jovem Eliza Samudio –, quando a juíza Ana Paula Delduque de Freitas foi acusada de ser “responsável” pelo crime por entidades feministas. “Outra vez a magistratura torna-se alvo de pesadas acusações que não se sustentam quando confrontadas com os fatos”, comenta. Ao repassar os fatos, o texto destaca que “estudos psicológicos realizados no processo de Joanna Cardoso concluíram pela necessidade de restabelecer com urgência o convívio da criança com o pai por curto período, sem a interferência da mãe. Vale dizer que nada contra-indicava a permanência da menina com o pai.” “A juíza Cláudia acrescenta que, durante todo o tempo de tramitação do processo, o pai encontrou dificuldades para exercer a visitação, diante dos obstáculos criados pela mãe de Joanna, o que provocou a expedição de diversos mandados de visitação e de busca e apreensão, culminando com a decisão que determinou a reversão da guarda provisória. Tal decisão foi objeto de recurso, mas a mesma foi mantida liminarmente pela 2ª Instância do Tribunal de Justiça do Rio”, informa. “Os ataques levianos recebidos pela juíza, a despeito das informações contidas no processo – segundo as quais, Joanna tomava remédio de uso controlado para administrar as recorrentes convulsões – parecem ecoar expressão tão banalizada quanto perigosa: ´A culpa é do juiz!`”. E conclui: “A Amaerj, em nome dos magistrados do estado do Rio de Janeiro, repudia essas afirmações que tentam colocar na conta do Judiciário a responsabilidade pelo desfecho de situações familiares que vão além do seu alcance.” 6 Julho/Agosto de 2010 • Amaerj Notícias Senado Federal aprova a PEC 89/2003 Presidente da Amaerj questiona o instrumento, que pune magistrados com demissão sumária O presidente da Amaerj, desembargador Antonio Cesar Siqueira, criticou a Proposta de Emenda à Constituição que prevê a demissão sumária de magistrados que cometerem faltas graves. Aprovada pelo Senado Federal em segundo turno (52 votos a zero), em 7 de julho, a PEC 89/2003 aguarda decisão da Câmara dos Deputados, que poderá referendá-la ou não. Para Siqueira, a medida depende de um processo judicial. Segundo ele, “se um juiz de um determinado tribunal for perseguido pelo grupo administrativo dominante, ele pode ser mandado embora por questões alheias à sua função. Por isso que se exige – e esta é uma garantia constitucional – que o juiz só seja demitido por meio de um processo judicial”. Aposentadoria De autoria da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), a PEC 89/2003 permite a perda de cargo do juiz ou membro do Ministério Público (MP), por decisão de dois terços dos membros do Tribunal ou Conselho ao qual estiver vinculado. A proposta também torna mais severa a pena máxima administrativa imposta a juízes e desembargadores pela Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que é a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Em sua justificação, Ideli afirma que a previsão, com caráter de sanção, da aposentadoria de magistrados por interesse público “revela-se um absurdo, já que, em lugar de servir como punição aos juízes que cometem graves irregularidades, funciona como verdadeiro prêmio.” A Senadora afirma que a vitaliciedade é condição para o exercício da jurisdição de uma forma regular e de acordo com as normas legais, não devendo ser um obstáculo à responsabilização de quem comete desvios funcionais ou crimes. O presidente da Amaerj considera equivocada a interpretação proposta pela PEC também em relação à aposentadoria. “As pessoas estão confundindo, como se a aposentadoria fosse um prêmio para o juiz, mas uma coisa é aposentadoria, outra é a atividade do juiz”. E completa: “Mesmo que o juiz perca o cargo, ele tem direito a receber o valor equivalente aos anos que contribuiu para a Previdência”. (Fontes: Assessoria de Comunicação da AMB e Jornal do Commércio) Amaerj na mídia: caso Bruno Em nota oficial, presidente da entidade repudia as acusações feitas à juíza Ana Paula Delduque de Freitas N o início de julho, a Amaerj passou por sua primeira prova de fogo no relacionamento com a mídia, em 2010. Ao tomar a defesa da juíza Ana Paula Delduque de Freitas, citada pelos jornais Extra e O Globo por ter encaminhado a uma Vara Criminal o pedido de “medida protetiva” para Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, a Associação recebeu diversos veículos de imprensa. Com o apoio do presidente Antonio Cesar Siqueira e da assessoria de imprensa, coordenada pela Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação, a juíza Ana Paula concedeu, em 13 de julho, entrevistas para os jornais Extra, O Globo, Folha de S. Paulo, O Dia e O Fluminense; a revista Época; a Rede Bandeirantes de Televisão; as rádios Bandeirantes e Tupi; e a revista eletrônica Consultor Jurídico. O jornal Extra publicou, ainda, nota oficial emitida pela Amaerj. No texto, o presidente torna público “o repúdio às irresponsáveis acusações feitas à ilustre juíza Ana Paula Delduque Migueis Laviola de Freitas, ao insinuarem que a magistrada teria alguma responsabilidade na investigada morte de Eliza Samudio, que tem como investigado o desportista Bruno Fernandes.” A Amaerj concluía assim a mensagem: “A juíza, que responde pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Jacarepaguá, aplicando o entendimento amplamente majoritário, limitou-se a reconhecer que ela não tinha competência para o exame do pedido de aplicação de medida protetiva à vítima, indicando que a competência seria de uma das varas criminais comuns. Esclareça-se que, como não havia relacionamento estável ou duradouro entre as partes, não tem aplicação a chamada Lei Maria da Penha, que atribuiria competência à juíza para o deferimento ou não da medida. A Amaerj esclarece ainda que apoiará integralmente sua associada na tomada das medidas judiciais cabíveis contra seus detratores.” A nota também repercutiu em blogs de jornalistas, como o de Frederico Vasconcelos, da Folha de S. Paulo. Amaerj Notícias • Julho/Agosto de 2010 7 Amaerj de cara nova Após quatro meses de consultoria, Empresa Junior PUC-Rio apresenta nova estrutura de funcionamento a ser adotada pela sede central O presidente da Amaerj, desembargador Antonio Cesar Siqueira, apresentou para os colaboradores da Associação, no dia 17 de agosto, o resultado do trabalho desenvolvido pela Empresa Junior PUC-Rio. A empresa foi contratada para fazer uma avaliação da Associação, levantar o panorama atual e montar uma nova estrutura de funcionamento. O trabalho começou em março e durou quatro meses. Segundo o gerente do projeto, o estudante do 6º período de Engenharia de Produção da PUC-Rio, Guilherme Jardim, a função da empresa agora é fazer uma “consultoria de implementação”, para acompanhar o resultado das medidas tomadas. O objetivo do trabalho é tornar a prestação de serviço para os associados mais pró-ativa. Para o presidente da Associação, as mudanças refletirão em uma melhor prestação de serviço para os associados. “O meu objetivo é tornar a Amaerj a melhor associação do Brasil”, afirmou o Magistrado. Na reunião ele também enfatizou que pretende estimular e apoiar os funcionários da Amaerj, capacitando a equipe cada vez mais. Mudanças na sede praiana Com a finalização do trabalho na sede central a Empresa Junior da PUC já começou a estudar a situação da sede praiana, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. A previsão é que o resultado seja apresentado em outubro. Coluna “Justiça e Você” Amaerj inicia ação inovadora e orienta a população sobre questões da Justiça e do Direito J á começa a dar resultados a coluna “Justiça e Você”, cuja proposta é consolidar a entidade como referência, na imprensa, em informação jurídica para o grande público. Trata-se, na verdade, de um serviço de utilidade pública, de orientação aos cidadãos sobre questões importantes da Justiça e do Direito que causam dúvidas e costumam gerar problemas para indivíduos, famílias e empresas. Esta é uma das primeiras ações desenvolvidas pela Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação, contratada pela Amaerj para abrir novos espaços na mídia para as questões de interesse da Magistratura. Em 1º de julho, o jornal Aqui, de São Paulo, publicou a primeira coluna “Justiça e Você”, com notas curtas sobre “Vantagens da conciliação”, “Assistência jurídica gratuita”, “Recibos de quitação” e “Pacto pré-nupcial”. No alto, o jornal divulgava a “assinatura” desta associação: “Esta coluna é um serviço de utilidade pública da Amaerj (Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro) e do jornal Aqui”. Desde então, diversos outros jornais passaram também a publicar a coluna. Magistrados podem sugerir notas para a coluna “Justiça e Você” Prezado magistrado e magistrada, você pode colaborar com a coluna Justiça e Você, enviando suges tões de notas para o e-mail: [email protected]. Participe! Hotsite do Enaje já está no ar Programado para novembro, Encontro deve reunir mais de 800 magistrados O hotsite do Encontro Nacional de Juízes Estaduais (Enaje) já está disponível no portal da AMB. Juízes de todo o País poderão se inscrever, através do site (http://www.amb.com.br/enaje), para participar do Encontro. O evento reunirá, de 11 a 13 de novembro, em Aracaju (SE), mais de 800 magistrados para debater o tema “Justiça e Desenvolvimento Sustentável”. O Enaje é uma realização da AMB e conta com o apoio da Associação dos Magistrados do Sergipe (Amase). Para o último dia do evento está programado um debate entre os candidatos à presidência da AMB, a ser transmitido pelo site da Associação. (Fonte: Assessoria de Imprensa da AMB) 8 Julho/Agosto de 2010 • Amaerj Notícias Amaerj firma parceria com a VIVO Modem custará R$69,90 para os associados S empre buscando trazer os melhores benefícios aos associados, a Amaerj fechou mais um grande convênio, dessa vez com a operadora de telefonia móvel VIVO. O modem 3G disponível na conexão 2GB, em comodato para os interessados, terá o custo mensal de apenas R$69,90. Para solicitar o seu envie um e-mail para Amélia no endereço [email protected]. Conversão em pecúnia de 30 dias de licença Pedido pôde ser formulado através da Intranet do Tribunal de Justiça O s magistrados do Estado do Rio de Janeiro puderam converter em pecúnia de 30 dias de licença especial, para pagamento no último mês de julho. O presidente da Amaerj, desembargador Antonio Cesar Siqueira, parabeniza a presidência do TJ-RJ, em nome dos magistrados, pela sensibilidade em reconhecer seus direitos e prerrogativas. O pedido pôde ser formulado através da intranet do Tribunal. Ao acessar o sistema informatizado, o magistrado tinha que escolher questionário denominado “Autorização de Venda de Licenças dos Magistrados”. STF envia projeto de aumento de salário para juízes Proposta prevê acréscimo de quase 15% nos salários dos magistrados O Supremo Tribunal Federal enviou, na segunda semana de agosto, ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, o projeto de lei que prevê o aumento dos salários da Magistratura. A proposta pretende corrigir os subsídios em 14,79% sob o argumento de recompor perdas decorrentes do processo inflacionário, com base no IPCA. Se o projeto for aprovado sem alterações, o subsídio mensal de um ministro do STF passará dos atuais R$26.723,00 para R$30.675,00, a partir de janeiro de 2011. O parecer baseia-se no artigo 95, inciso III, da Constituição, uma vez que busca efetivar o dispositivo constitucional que prevê a irredutibilidade salarial dos magistrados. O STF também propõe que seja implementado um sistema de revisão anual do valor do subsídio, de acordo com previsão de mecanismos e limites legais na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA). “Tal mecanismo terá lugar a partir de janeiro de 2012 e dispensará a necessidade de remessa anual de projetos de lei ao Congresso Nacional, o que tornará o processo legislativo mais célere. Terá por base índices anuais projetados pelo governo federal”, esclareceu o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, na justificativa que acompanha a proposta. Está prevista outra espécie de revisão que, a cada quatro anos, substituirá a correção anual, a partir do exercício financeiro de 2015, a ser enviada pelo STF ao Congresso Nacional. O mecanismo tem o objetivo de, além da correção de possíveis distorções na aplicação de índices no contexto da revisão anual, consolidar um mecanismo para manter o poder de compra da parcela única do subsídio pela simples reposição da variação inflacionária. (Fonte: Panorama Brasil – DCI – 16/08/2010) Amaerj acompanhou consulta feita pelo TJ-RJ Atuação teve o objetivo de prestar esclarecimento ao relator do processo A Amaerj acompanhou a tramitação da consulta feita pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro relativa à aplicação do quinto sucessivo às remoções. Atendendo ao pleito dos magistrados, e relator cumpriu sua promessa, colocando rapidamente o feito em pauta. Definiu-se que as regras de promoção, inclusive o quinto sucessivo, se aplicam a todos os processos de remoção. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj) Amaerj Notícias • Julho/Agosto de 2010 9 Desembargador Antonio Eduardo Duarte é homenageado na Alerj Primeiro vice-presidente do TJ-RJ é condecorado com Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro Foto: Luiz Henrique Vicente O 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Antonio Eduardo Ferreira Duarte, recebeu o Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, em 4 de agosto, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A condecoração foi entregue pelo deputado Gilberto Palmares, segundo vice-presidente da casa, o qual ressaltou a história profissional do desembargador Antonio Eduardo Duarte “marcada por uma trajetória jurídica de grande sucesso”. Compareceram à solenidade o presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz Zveiter, o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, Waldemar Zveiter, e o vicegovernador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, entre outras autoridades. Antonio Eduardo Ferreira Duarte formou-se na Faculdade de Direito Cândido Mendes em 1970 e ingressou no extinto Tribunal de Alçada Cível do Estado do Rio de Janeiro, pelo Quinto Constitucional, em março de 1995. Em dezembro de 1995, ele foi promovido Desembargador Antonio Eduardo Duarte recebe o título do vice-governador Luiz Pezão e do deputado Gilberto Palmares ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, compondo a 3ª Câmara Cível, onde exerceu a Presidência de 28 de setembro de 2000 a 2 de fevereiro de 2009. Amaerj e TRE-RJ publicam cartilhas para futuros eleitores Material será distribuído para alunos da rede pública de ensino do Rio de Janeiro Foto: Amaerj A Amaerj e o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro lançaram oficialmente no dia 12 de agosto, na sede do TRE-RJ, duas cartilhas dirigidas a estudantes do fundamental e médio, com orientações sobre o exercício da cidadania através do voto. As publicações serão distribuídas, pela Amaerj, entre as turmas da rede pública municipal selecionadas para participar do programa Juristur/Conhecendo o Judiciário. O TRE-RJ, através da Escola Judiciária Eleitoral, deverá divulgar o material em ações promovidas nas escolas do estado do Rio. Outro parceiro da iniciativa é o Ministério Público Federal. A impressão inicial das cartilhas é de 2 mil exemplares. Participaram do encontro, além do presidente da Amaerj, Antonio Cesar Siqueira, e do presidente do TRE-RJ, Nametala Machado Jorge, os juízes Antonio Augusto de Toledo Gaspar e Luís Marcio Victor Alves Pereira, respectivamente 2º vice-presidente e membro do departamento de Comunicação da Amaerj, e a procuradora do Ministério Público Eleitoral no Rio de Janeiro, Silvana Batini. “O objetivo das cartilhas é facilitar a vida desses futuros eleitores, mostrando a importância do voto e associando Juiz Antonio Augusto de Toledo Gaspar (2º vice-presidente Amaerj), des. Nametala Machado Jorge (pres. TRE-RJ), des. Antonio Cesar Siqueira (pres. Amaerj), procuradora do Ministério Público Eleitoral no Rio de Janeiro, Silvana Batini, e juiz Luís Marcio Victor Alves Pereira (Dep. Comunicação Amaerj) isso com o exercício da cidadania”, disse o presidente da Amaerj. Entusiasmados com o projeto, os presidentes das duas entidades vão buscar patrocínio para uma segunda edição das cartilhas. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj) 10 Julho/Agosto de 2010 • Amaerj Notícias Amaerj na mídia Veja os espaços ocupados na imprensa pela Associação entre 1º de julho e 19 de agosto Julho 33 veículos de comunicação: Revista Veja Folha de S. Paulo Extra Jornal Aqui (três vezes) Consultor Jurídico (três vezes) Jornal O Rebate (duas vezes) O Fluminense (duas vezes) Rádio MEC FM Rádio Justiça Rádio Band FM RádioTupi FM TV Band, foram as principais mídias. Agosto (até dia 19) 37 veículos. Entre os principais estão: Jornal do Commercio Brasil (cinco vezes) Correio Braziliense (três vezes) O Globo Folha Online O Fluminense Agência Brasil Jornal Aqui O Jornal Livre O Repórter (duas vezes) Consultor Jurídico. A solução para os juizados especiais Por Myriam Therezinha Simen Rangel Cury (juíza) V ivemos um momento de crise nos juizados especiais. O volume da demanda é enorme e crescente, caracterizando, assim, uma verdadeira demanda de massa, o que impende a busca de soluções novas para atendê-la de forma eficiente, célere e produtiva. A lei 9.099/95, embora bastante inovadora no momento de sua criação, já não mais atende à forte demanda dos juizados especiais nos dias atuais, o que requer uma prestação jurisdicional em volume compatível com a enorme quantidade de processos novos que são ajuizados a cada mês. A lei dos juizados especiais adotou expressamente o princípio da informalidade e com base nesse princípio devem ser adotadas práticas criativas, inovadoras, e até de certo modo ousadas, para que não ocorra o pior, ou seja, uma falência definitiva dos juizados especiais. Formalismos arcaicos são incompatíveis com uma demanda judicial de massa e tem gerado nos juizados um forte congestionamento, caracterizado pela formação de gargalos, fazendo com que as pautas de audiências estendam-se por mais de um ano, o que é incompatível com a necessária celeridade processual. Afinal, os juizados foram criados justamente para serem céleres, informais e descomplicados, prontos a atender a uma forte demanda, o que já era esperado, principalmente diante da democratização da justiça, consubstanciado na facilidade de acesso gerada pelos juizados, o que é altamente desejável em uma sociedade juridicamente evoluída. Ocorre que uma demanda de massa exige uma prestação jurisdicional também de massa, em grande quantidade, o que requer a adoção de medidas criativas e ousadas para solucionar o problema do forte congestionamento que assola os juizados especiais, como, por exemplo, a realização de várias audiências ao mesmo tempo, por servidores capacitados, sob a supervisão de um mesmo juiz, que só interviria quando fosse realmente necessário, como, por exemplo, para apreciar pedido de produção de provas, oitiva de testemunhas ou tomar alguma decisão realmente importante para o processo. Penso, assim, que deve se buscar uma maior desformalização, de modo a se tornar a prestação jurisdicional mais útil ao cidadão, deixando de lado formalismos arcaicos e inúteis, incompatíveis com uma justiça do século XXI. O Conselho Nacional de Justiça estabeleceu como meta que pelo menos cinquenta por cento dos juízes tenham formação em gestão judicial, e gestão significa administração com maior independência e liberdade de atuação, desde que o gestor se comprometa com o atingimento de metas preestabelecidas. No caso dos juizados especiais as metas são claras: proferir uma quantidade mensal de sentenças superior ao número de processo novos que entram a cada mês; consequentemente, aumentar o número de arquivamentos de processos antigos, desafogando os cartórios, e trazer a pauta de audiências para no máximo três meses. Se deixarmos de lado formalismos exacerbados, excessivos e inúteis, e adotarmos soluções inovadoras e criativas, dando liberdade de atuação aos magistrados para agirem como verdadeiros gestores judiciais, solucionaremos, com facilidade, o problema dos juizados especiais, e assim poderemos prestar uma jurisdição descomplicada, útil e célere, afinal, estamos no século XXI, e precisamos de uma justiça moderna e ágil, compatível com a modernidade do século em que vivemos. Amaerj Notícias • Julho/Agosto de 2010 11 Amaerj propõe convênio com plano odontológico Odontoprev/Bradesco Após os associados decidirem pelo fim do gabinete dentário, Amaerj faz enquete sobre possível convênio com plano odontológico. Consultados têm demonstrado interesse C onforme promessa feita antes do início da atual gestão, a Amaerj promoveu, entre os dias 19 e 27 de julho, consulta junto aos associados sobre a conduta a ser adotada em relação ao serviço dentário prestado pela Associação. Pela enquete, a maioria (50,45%) dos 111 magistrados participantes optou pela extinção do serviço do gabinete dentário do Fórum da Capital. Diante do resultado, como informou o presidente da Amaerj, Antonio Siqueira, em nota enviada por e-mail, buscou-se “uma solução que não trouxesse ônus aos associados”. Foi proposto, então, que os dentistas “continuassem o atendimento sem a participação da Amaerj, o que, em essência, não implicaria em desobediência à vontade da maioria”. Ele explica que, “por orientação dos advogados trabalhistas, isso só seria possível com a constituição, pelos dentistas, de uma pessoa jurídica, pois do contrário, poderia ser reconhecida a manutenção do vínculo laboral”. Os profissionais, porém, não demonstraram interesse na fórmula, o que precipitou o encerramento do serviço. Após pesquisar o mercado, a Amaerj propôs aos associados o convênio com o plano odontológico Odontoprev/Bradesco. Na enquete já iniciada, a maioria vem demonstrando interesse em participar. Mais informações podem ser obtidas com a funcionária Amélia (3133-2636). A questão envolvendo a manutenção dos serviços dentários foi instaurada após a desativação do gabinete dentário, em razão das obras de construção da Lâmina Central. A enquete, realizada por e-mail, tinha outras duas opções: A (“Conveniar os dentistas que hoje prestam serviços, em consultório por eles mantidos no Centro do Rio, com a Amaerj participando, junto com o associado, do custeio das consultas”), com 41,44% dos votos; e B (“A mesma sugestão anterior, com o associado arcando integralmente com o custeio”), com 3,6%. Outras opções, que não constavam da pesquisa, foram apresentadas por 6,3% dos participantes. A ideia da enquete surgiu na assembleia realizada com os associados no dia 19 de julho, quando foi debatido o destino do gabinete dentário. Custos Além das dificuldades decorrentes da perda do espaço, outros pontos pesavam em favor da extinção do serviço. Uma consulta custava para a Amaerj cerca de R$140,00, fora os custos com materiais e manutenção dos aparelhos, também pagos pela Associação, que já financiava espaço, equipamentos, telefone, secretária etc. Além do valor de R$200 mil anual gasto com pessoal, a Amaerj ainda arcou nesse período com cerca de R$105 mil em tratamentos, sem contar os pagamentos feitos diretamente pelos associados. Em um ano, foram realizadas 1530 consultas, em uma média diária de 6,3 consultas nos dois consultórios, com um movimento médio de apenas três pacientes por consultório ao dia. Nesse período, cerca de 25% das pessoas atendidas não eram associadas da Amaerj. Magistratura casca grossa Juiz Paulo Jangutta é campeão mundial de Jiu-Jitsu O juiz titular do 7º Juizado Espe cial Cível, Paulo Jangutta, conquistou o título de Campeão Mundial de Jiu-Jitsu, na categoria Super Pena, no Rio Open 2010, pela equipe Gordo-Evolve. O campeonato foi disputado em 25 de julho, no Tijuca Tênis Clube. O Magistrado, faixa-preta pela acade mia Gracie Barra, é adepto da luta desde 1976 e já foi campeão brasileiro, em 96, na categoria Meio Pesado, e vicecampeão brasileiro, em 2010. Casado com a desembargadora Kátia Jangutta, o Juiz passou o gosto pelo tatame para seus dois filhos: Júlia, 13 anos, faixa amarela de Jiu-Jitsu, e Pedro Paulo, 11 anos, faixa laranja de Jiu-Jitsu e amarela de Judô. Segundo o juiz, a família toda acompanha as lutas e torce junto. Arte Marcial Carioca Em 14 de junho deste ano o governador Sergio Cabral sancionou a Lei 5.747, que declara o JiuJitsu como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, a arte marcial trazida do Japão chegou ao Brasil em 1915 e foi difundida pela família Gracie. Ao modificar as regras internacionais do Jiu-Jitsu japonês nas lutas os Gracies iniciaram o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de Jiu-Jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão. 12 Julho/Agosto de 2010 • Amaerj Notícias Amaerj promove mais um “Justo Encontro” Evento realizado em Ipanema contou com a participação dos associados e um convidado especial: o candidato à presidência da AMB Gervásio Santos E m 23 de julho, a Amaerj promoveu a segunda edição do “Justo Encontro”, reunindo seus associados em um ambiente agradável, com clima descontraído, boa música e muitos amigos. O evento aconteceu no restaurante Clube Gourmet, em Ipanema, com a cozinha comandada pelo chef José Hugo Celidônio. O encontro recebeu um convidado de outro Estado, o atual presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão (Amma) e candidato à presidência da AMB, juiz Gervásio Santos. Ele confraternizou com os magistrados fluminenses ao som da banda Tokaia, que executava novos arranjos para canções de artistas festejados, como Jota Quest, Stevie Wonder, Coldplay, Lady Gaga, entre muitos outros. A nova diretoria reafirma com esses encontros seu compromisso de tornar a reunião dos magistrados um hábito, neste caso com uma boa pitada de informalidade e descontração. (Fonte: Assessoria de imprensa da Amaerj) Fotos: Marcelo Pinto Des. Siro Darlan e esposa Des. Antonio Cesar Siqueira, juízes André Fernandes Arruda (com esposa), Gervásio Santos e Márcia Cunha e des. Ricardo Couto de Castro Des. Carlos Santos de Oliveira e esposa Des. Antonio Siqueira, juíza Anna Eliza Duarte Diab Jorge (com marido) e juiz Mário Mazza Juizas Ana Lucia Mazza e Fernanda Galliza Editora Juízas Juliana Kalichsztein, Cristiane Buosi e Carla Corrêa Patrocínio Juiz Ricardo Starling (com namorada) e a médica Valéria Siqueira Juiza Marcia Cunha, desembargador Ricardo Couto e o juiz Gervásio Santos