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Brasil e Mundialização no governo Fernando Henrique Cardoso
(1995-1998)
Introdução
Visamos contribuir para o debate a respeito da globalização e da inserção do Brasil neste processo, através da análise
de documentos que não foram estudados ou apresentados de forma ordenada: os discursos do presidente Fernando
Henrique Cardoso, que ocupou este cargo entre 1995 e 2002 – período amplamente reconhecido como fundamental
para a compreensão da inserção do país neste novo patamar de economia global.
Objetivo
Deslindar uma das facetas do sociólogo F. H. Cardoso – referência no debate sobre realidade
brasileira e latino-americana
Trazer elementos à discussão sobre a integração do Brasil na mundialização do capital.
Metodologia
Análise tem como centro os discursos de Fernando Henrique Cardoso, publicados com o título
“Palavra do presidente” – Vols. 1 ao 8 – afim de trazer à luz os conceitos com os quais o autor
trabalha, a identificação que faz do processo de integração do país na economia mundial e, a
partir daí, traçar o suas propostas como chefe de estado.
Resultados
No primeiro semestre de andamento da nossa pesquisa, realizamos uma seleção dos
discursos que serão estudados conforme a pertinência ao nosso trabalho. A partir
destes discursos, encetamos a análise buscando apreender os conceitos e as
mediações tratados por Cardoso.
Discussão
O AUTOR E SUA IMPORTÂNCIA NO CENÁRIO BRASILEIRO E LATINOAMERICANO:
Fernando Henrique Cardoso é um dos mais importantes sociólogos do país, que se
consagra já na década de 1960 como intérprete da realidade brasileira e latino-americana, com a teoria da
dependência que desenvolve em parceria com o sociólogo chileno Enzo Falleto. Após longa carreira política, é eleito
presidente em 1994, ainda no primeiro turno, tendo como carro-chefe de sua campanha o êxito do Plano Real no
combate à inflação e na estabilização da economia. Baseado em suas concepções teóricas, sua proposta é de
adequar o país para este novo momento do capitalismo mundial.
Conclusão
Na medida em que percorremos os discursos de F. H. Cardoso, vemos com clareza que, para ele, a globalização
muda substancialmente as relações entre os países, que deixam de ser matizadas pela clássica relação entre centro e
periferia da teoria leniniana do imperialismo, para dar lugar a um momento de maior interdependência entre as nações.
Neste novo momento, os países mais ou menos desenvolvidos interferem igualmente no processo de globalização,
bem como sofrem da mesma maneira com seus descaminhos.
No andamento da pesquisa, tratamos de mostrar algumas atualizações que Cardoso faz a seu pensamento, tomando
como base as alterações no próprio capitalismo global. Cardoso aponta as transformações nas concepções de
desenvolvimento, inserção internacional do Brasil, o papel do estado e a diferença de regime político (do autoritarismo
para a democracia). Todas essas novidades tem como pano de fundo histórico a globalização, a revolução tecnológica
promovida pela informática, e a emergência das questões globais, tais como o problema ambiental, os direitos
humanos e o esforço pela paz mundial.
Aluno: Gregory H. B. Monteiro
Orientadora: Lívia Cotrim
Colegiado de Ciências Sociais / FAFIL /CUFSA)
Participante do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica do CUFSA - PIIC - 2010
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