Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco 1. “Meu Senhor, por sua graça, favoreceu tanto nossos negócios que terminei minha fortaleza e a coloquei em tal estado que penso ainda não ter visto uma outra tão fácil de guardar. Por isso, pude colocar em terra sessenta pessoas num forte de madeira que fiz à vista de meu castelo, ao alcance de minha artilharia, onde eles têm o cuidado de plantar e semear para viver de seu trabalho. Prendi uns quarenta escravos de uma aldeia de inimigos que destruí. Mandei visitar todas as nossas fronteiras depois da partida dos nossos navios e experimentar a vontade dos amigos de nossos vizinhos. Tive uma resposta muito boa. Eles me prometeram se rebelar e persegui-los quando eu quiser. Nossos selvagens preparam um exército de mais de três mil homens para vingar os danos que aqueles nossos vizinhos lhes fizeram no ano passado. Eu mandei um navio em boa ordem costear todo o nosso país até trinta e seis graus aproximando-se de nosso polo, onde tenho notícia de que os castelhanos vêm por terra do Peru, procurar metais. Espero que envieis notícias pelo primeiro de nossos navios. Eu vos suplico, mas que lhe apraza me socorrer com algum dinheiro para ajudar a trazer meus navios, e espero satisfazer o seu desejo, de sorte que não terá o socorro que lhe aprouver me conceder por mal empregado”. Fonte: “Carta de Villegaignon ao Duque de Guise, par de França, de 30 de novembro de 1557, da fortaleza de Coligny, na França Antártica”. In: Cartas por N. D. de Villegaignon e textos correlatos por Nicolas Barré e Jean Crespin. Coleção Franceses no Brasil, séculos XVI e XVII. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, vol. 1, pp.37-38. A despeito do relato otimista de Villegaignon sobre o futuro do empreendimento, dez anos após esta carta os franceses foram definitivamente expulsos da região meridional da América portuguesa. Cite um objetivo econômico e outro religioso que motivaram os franceses a invadir a Baía de Guanabara e ali fundar a “França Antártica”. 2. Sobre os Estados Nacionais Modernos, assinale o que for correto. 01) Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jean Bodin figuram entre os teóricos que construíram as concepções gerais nas quais se assentam os Estados Nacionais Modernos. 02) No caso do Estado inglês, o que mais o caracterizou durante sua criação foi a negação ao absolutismo e a sua proximidade com a Igreja Católica. 04) Na França, o Estado Nacional se formou, a partir do século XII, defendendo a República e combatendo os princípios monárquicos. 08) A reconquista da Península Ibérica, luta travada contra os muçulmanos que ocupavam aquela região desde a Idade Média, favoreceu ao processo de unificação e de formação do Estado Nacional espanhol. 16) Em termos gerais, a noção de cidadania, a divisão dos três poderes (executivo, legislativo, judiciário), dos direitos civis e da representatividade política estão presentes na gênese dos Estados Nacionais Modernos. 3. O minúsculo micróbio Rickettsia prowazekii é responsável por uma das doenças infecciosas mais arrasadoras que o mundo já viu: o tifo endêmico. Essa doença é frequente entre tropas acampadas e, nesse caso, é chamada “febre de guerra”. Durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), na Europa, o tifo, a peste e a fome atingiram cerca de 10 milhões de pessoas. Sobre essa guerra do século XVII, considere as afirmativas que se seguem: I. A Guerra dos Trinta Anos terminou com a paz de Vestfália em 1648, ocasião em que a Espanha reconheceu oficialmente a independência da Holanda. II. A política defendida pelo cardeal Richelieu, primeiro-ministro de Luís XIII, garantiu que a França apoiasse a Espanha católica contra os protestantes nessa guerra no Santo Império Romano Germânico. III. A participação da França na Guerra dos Trinta Anos fortaleceu o poderio francês no continente europeu no século XVII. a) Estão corretas somente as alternativas I e III. Página 1 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco b) Somente a alternativa I está incorreta. c) Somente a alternativa III está correta. d) Todas as alternativas estão incorretas. e) Todas as alternativas estão corretas. 4. Os impérios desenvolveram diferentes estratégias de inclusão. O império romano permitia a multiplicidade de crenças, desde que a lealdade política estivesse assegurada. Espanha e Portugal, entretanto, apesar de terem incorporado povos de línguas e culturas diversas sob seus governos, impuseram uma uniformidade legal e religiosa, praticando políticas de intolerância religiosa como caminho preferencial para assegurar a submissão e a lealdade de seus súditos. (Adaptado de Stuart B. Schwartz, Impérios intolerantes: unidade religiosa e perigo da tolerância nos impérios ibéricos da época moderna, em R. Vainfas & Rodrigo B. Monteiro (orgs.), Império de várias faces. São Paulo: Alameda, 2009, p. 26.) a) A partir do texto, diferencie o império Romano dos impérios ibéricos modernos. b) Quais as políticas praticadas pelas monarquias ibéricas na Era Moderna que caracterizam a intolerância religiosa? 5. Atualmente, o ataque de piratas africanos a navios comerciais é um grave desafio ao comércio internacional. Desde a antiguidade, piratas e corsários são presença permanente nos mares, desafiando potências e provocando insegurança nos navegantes. Em relação a esse fato, responda ao que se pede: a) Qual é a diferença entre piratas e corsários? b) Qual foi a motivação da rainha britânica Elisabeth I ao apoiar os saques de corsários ingleses? 6. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. d) neutralidade diante da condenação dos servos. e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 7. "A sociedade feudal era uma estrutura hierárquica: alguns eram senhores, outros, seus servidores. Numa peça teatral da época, um personagem indagava: - De quem és homem? - Sou um servidor, porém não tenho senhor ou cavaleiro. - Como pode ser isto?' Retrucava o personagem." Fonte: Adaptado de HILL, Christopher. "O mundo de ponta-cabeça". São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 55. No século XVI, a sociedade rural inglesa, até então relativamente estática, estava se desagregando. Apresente um processo sócio-econômico que tenha contribuído para essa desagregação. Página 2 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco 8. Durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), o atual território da Alemanha perdeu cerca de 40% de sua população, algo comparável, na Europa, apenas às perdas demográficas decorrentes das ondas de fome e de epidemias do século XIV. No século XVII, tal catástrofe populacional abarcou apenas a Europa Central. Para o historiador francês Emmanuel Le Roy Ladurie, isso se deveu ao fato de a Germânia desconhecer o fenômeno do Estado Moderno. Explique um aspecto político-militar, próprio do Estado Moderno, cuja ausência contribuiu para a catástrofe demográfica ocorrida na Germânia no século XVII. 9. "O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza." (Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.) "O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário." (Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Príncipe". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.) Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que: a) Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder. b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade. c) Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade. d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa. e) Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano. 10. O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais. ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987. Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é a) o palácio de Versalhes. b) o Museu Britânico. c) a catedral de Colônia. d) a Casa Branca. e) a pirâmide do faraó Quéops. Página 3 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco 11. Leia o fragmento a seguir. O regime dos Césares era muito diferente das monarquias que nos são familiares, a saber: a realeza medieval e moderna. Sob o Império Romano (40 a.C - 476 d.C), a palavra "República" nunca cessará de ser pronunciada. Sob o Absolutismo, todos estarão a serviço do Rei; um Imperador, ao contrário, estava a serviço da República: ele não reinava para a sua própria glória, à maneira de um Rei, mas para a glória dos Romanos. VEYNE, Paul. "L'Empire Gréco-Romain". Paris: Seuil, 2006. p. 15-41. [Adaptado]. O texto acima compara e distingue dois regimes políticos. Explique o que diferenciava a legitimidade do poder político de um imperador romano da legitimidade do poder político de um rei absolutista. 12. Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e falar deles com toda a honra, pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é a imagem na terra. BODIN, J. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. "História moderna através de textos". São Paulo: Contexto, 1999. p. 61-62. O documento citado refere-se a uma forma de governo existente na Europa na Idade Moderna. Sobre ela, responda: a) Qual era esta forma de governo? b) Como era justificada ideologicamente? 13. No século XVI, a Espanha oscilava entre períodos de extrema riqueza econômica e bancarrotas vertiginosas. Considere as afirmações a seguir acerca dessa oscilação. I - A rebelião dos Países Baixos, parte integrante dos domínios imperiais dos Habsburgos, durou oitenta anos, contribuindo para corroer as finanças espanholas. II - A política expansionista dos Habsburgos, que incluía planos de invasão da Inglaterra com a participação decisiva da "Invencível Armada", concorreu para as bancarrotas espanholas. III - A entrada de capital monetário era destinada quase totalmente à industrialização espanhola, gerando deficiências crônicas na manutenção do Império. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 14. "Aliás, o governo, embora seja hereditário numa família, e colocado nas mãos de um só, não é um particular, mas um bem público que, consequentemente, nunca pode ser tirado das mãos do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] Não é o Estado que pertence ao Príncipe, é o Príncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os povos a administrar os seus negócios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedecê- acordo com as leis." (DIDEROT, D. (1717-1784). "Verbetes políticos da Enciclopédia". São Paulo: Discurso, 2006.) Com base no texto, é correto afirmar: Página 4 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco a) Mesmo em monarquias absolutas, o soberano é responsável pelos seus súditos. b) Ao Príncipe são concedidos todos os poderes, inclusive contra o povo de seu reino. c) O governante é ungido pelo povo, podendo agir como bem lhe convier. d) O povo governa mediante representante eleito por sufrágio universal. e) Príncipes, junto com o povo, administram em prol do bem comum. 15. Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como a) burguês-despótico. b) nobiliárquico-constitucional. c) oligárquico-tirânico. d) aristocrático-absolutista. e) patrício-republicano. 16. A observação do trabalho dos mestres retratistas da aristocracia ajuda a compreender os cenários políticos e sociais de variados momentos históricos. Na primeira tela, referente aos primórdios do século XVI, um aristocrata europeu é apresentado como senhor da guerra. Na segunda, de 1798, o nobre, mesmo não abrindo mão de insígnias militares, surge como componente da elite política e administrativa, pois lida com documentos e livros. Explique duas mudanças ocorridas nos sistemas políticos das sociedades europeias entre os séculos XVI e XVIII. 17. Observe esta imagem: Página 5 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco Thomas Hobbes (1588-1679) ficou conhecido como um dos teóricos do Absolutismo. Nessa ilustração da sua obra, sintetiza-se a formação do Estado Absolutista. 1. CITE três características do Estado Absolutista. 2. EXPLIQUE a representação de poder expressa nessa imagem. 18. Na Idade Moderna, os intelectuais, sobrepujando a mentalidade medieval, criaram uma ideologia política típica do período, legitimando o absolutismo. (Cláudio Vicentino. "História Geral") Assinale entre as alternativas a seguir aquela que apresenta um dos pensadores que se destacaram na teoria política do período absolutista, bem como a obra em que trata do assunto. a) Thomas Morus, que escreveu "Utopia". b) John Locke, que escreveu "Segundo Tratado do Governo Civil". c) Charles Fourier, que escreveu "O Novo Mundo Industrial". d) Jacques Bossuet, autor da obra "Política Segundo a Sagrada Escritura". e) Barão de Montesquieu, autor da obra "O Espírito das Leis". 19. O sistema monárquico absolutista, que atingiu seu apogeu sob o reinado de Luís XIV, apresenta-se como o modelo de gestão política característico do período histórico moderno. Sobre esse sistema, é correto afirmar que ele ( ) não era arbitrário, pois o monarca não podia transgredir certas leis e costumes fundamentais do reino. ( ) foi responsável pelo desenvolvimento do conceito de cidadania, ao afirmar as liberdades individuais em contraposição ao sistema político medieval. ( ) apresentava, entre seus princípios teóricos, a noção de que a potência soberana do Estado emana do povo. ( ) foi enaltecido pelos iluministas, notadamente pelo filósofo Montesquieu, admirador da tripartição do poder político adotada pelo absolutismo. ( ) não foi bem-sucedido como forma de governo, pois desprezava a racionalização burocrática da máquina estatal. 20. "Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...] Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro Página 6 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e não ser odiado, ao mesmo tempo." MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). "O Príncipe". Lisboa: Europa-América, 1976. O documento embasa a) a organização de uma sociedade liberal, precursora dos ideais da Revolução Francesa. b) o direito divino dos reis, reforçando as estruturas políticas e religiosas medievais. c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de um escritor renascentista. d) a origem do Estado Moderno, através do Contrato Social. e) o republicanismo como regime político, apropriado para os Estados Modernos. Página 7 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco Gabarito: Resposta da questão 1: O candidato deverá citar os seguintes objetivos: a procura de riquezas nativas - a exemplo do pau-brasil - e as tensões religiosas entre católicos e protestantes levaram os Franceses Huguenotes a fundarem a França Antártica. Comentário: O texto faz referência à invasão do Brasil pelos franceses, na região que hoje pertence ao Rio de Janeiro, entre 1555 e 1567. Os franceses já exploravam a madeira e buscaram, naquele momento, estabelecer uma colônia na região, que poderia garantir a ampliação das riquezas e representava uma válvula de escape para as tensões sociais relacionadas ás guerras de religião, envolvendo católicos e protestantes huguenotes (calvinistas), estes últimos em minoria e perseguidos na França. Resposta 01+ 08 = 09 da questão 2: Durante a vigência do absolutismo no Estado Nacional inglês, com alguns reis das dinastias Tudor e Stuart, Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica, criando a Igreja nacional inglesa (Igreja Anglicana). O Estado Nacional francês da Idade Moderna tem suas origens na Baixa Idade Média no contexto da formação das monarquias nacionais européias na qual não se manifestaram ideais republicanos. Os Estados Nacionais Modernos caracterizaram-se pelo Absolutismo Monárquico, ou seja, todas as formas de poder eram concentradas nas mãos dos reis e os indivíduos em seus domínios eram considerados súditos, não dispondo de quaisquer direitos de cidadania. A noção de cidadania, a divisão dos três poderes (executivo, legislativo, judiciário), dos direitos civis e da representatividade política, que se opunham ao Absolutismo Monárquico, foram propagadas pelo iluminismo, movimento filosófico do século XVIII. Resposta [A] da questão 3: No contexto da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) o Cardeal Richelieu, primeiro-ministro do rei Luis XIII da França e arquiteto do absolutismo na França e da liderança francesa na Europa, desejando assegurar a tranquilidade da França nas fronteiras, se dispôs a combater os Habsburgos, católicos, que governavam a Espanha de um lado da fronteira e os Estados austríacos do outro. Assim, o cardeal se aliou a protestantes alemães que combatiam o poder imperial do Sacro Império Romano-Germânico pertencente à família dos Habsburgos. Resposta da questão 4: a) Desde a origem de Roma, os romanos já cultuavam vários deuses e ao longo dos séculos, assimilaram diversas influências religiosas. A expansão territorial e o advento do Império levaram à incorporação de cultos orientais, além daqueles de origem helenística. O cristianismo sofreu perseguições, pois os cristãos negavam o caráter divino do imperador. Quanto aos impérios ibéricos, durante sua formação, Portugal e Espanha eram leais à Igreja Católica e empenhavam-se no propósito cruzadista de expansão da fé católica impondo a religião aos povos de seus domínios. b) Nas áreas conquistadas e colonizadas pelos países ibéricos, o catolicismo foi imposto aos nativos por meio da catequese realizada por missionários, sobretudo os jesuítas. Também foram significativas a atuação da Inquisição como instrumento de combate às eventuais Página 8 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco práticas consideradas heréticas e prática dos espanhóis de construírem igrejas sobre as ruínas de templos das civilizações pré-colombianas. Resposta da questão 5: a) Espera-se que o candidato possa apontar as seguintes diferenças: - Piratas são grupos autônomos de navegadores que buscam a riqueza por meio de saques de navios ou regiões. - Corsários são navegadores autorizados por meio de Missão de Governo ou Carta de Autorização a saquear navios de outra nação inimiga. b) Espera-se que o candidato aponte os seguintes interesses da Rainha Elisabeth I: - Enfraquecer militarmente e economicamente a Espanha, inimiga dos ingleses; - Combater o catolicismo; - Angariar as riquezas do Novo Mundo para a Coroa Britânica. Comentário: a) Normalmente essa diferença é percebida no estudo da História da Inglaterra, principalmente durante o reinado de Elizabeth I, época de grandes ações de corsários contra navios de outras nações, autorizadas pelo monarca. b) A política da rainha Elizabeth I procurou atingir, principalmente, navios espanhóis provenientes da América, os galeões carregados de riqueza mineral, mas também navios holandeses. Resposta [E] da questão 6: A moral política para Maquiavel é marcada pelo pragmatismo, ou seja, pela necessidade de atingir seus propósitos. O propósito do “príncipe” (do governante) é governar e manter a ordem social e para isso não deve se preocupar com a visão que possam formar sobre sua pessoa, com a reputação de cruel. Maquiavel foi o primeiro intelectual a teorizar e defender o modelo absolutista de Estado, com o poder concentrado nas mãos do governante, como representação máxima desse mesmo Estado. Resposta da questão 7: Entre outros processos temos: as transformações no campo como os cercamentos (expropriação dos camponeses tradicionais); o crescimento comercial e manufatureiro de Londres, atraindo populações rurais; a proliferação de seitas protestantes que procuravam se desvencilhar das tradicionais relações senhoriais. Resposta da questão 8: A centralidade da monarquia quanto à defesa militar (exércitos por ela recrutados) a legitima ao exercício da autoridade política suscetível de garantir a ordem pública e inclusive de dissuadir a presença de exércitos estrangeiros. Resposta [A] da Resposta [A] da questão questão 9: 10: Desde a antiguidade, os palácios foram símbolos do poder imperial ou real, e acabaram por expressar os valores artísticos da época em que foram construídos. No caso do Palácio de Versalhes, foi construído a mando do rei Luis XIV no século XVII, tornando-se um símbolo do Antigo Regime na França e uma obra que sintetiza a arquitetura do estilo rococó. Resposta da questão 11: Página 9 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco A legitimidade política de um Imperador Romano era oriunda da soberania popular: do poder que lhe era delegado pelo povo e pelo Senado. Ele não ocupava o trono na qualidade de seu proprietário, mas como mandatário da coletividade encarregado por ela de dirigir a República. Mesmo que um descendente substituísse ao pai imperador, essa substituição não era assegurada pelo princípio da sucessão dinástica, tal como veremos no Absolutismo. A legitimidade política de um rei absolutista, ao contrário, era oriunda do poder divino. Um rei era proprietário de um reino, que era seu patrimônio familiar legítimo. Esse poder era transmitido a um descendente que lhe sucedia pelo princípio da hereditariedade. Resposta a) Absolutismo monárquico. da questão 12: b) Os principais ideólogos do Absolutismo defendiam a soberania do Estado sobre o indivíduo, por meio de teses como a do "direito divino" e da "soberania do Estado". A primeira tese pressupunha que o poder do rei provinha diretamente de Deus e contestar o soberano significava opor-se à vontade divina. A segunda tese defendia que as leis de uma nação dependiam exclusivamente da vontade do rei, representante supremo do Estado. Resposta [C] da questão 13: Resposta [A] da questão 14: Resposta [D] da questão 15: Resposta da questão 16: O candidato deverá explicar duas mudanças, considerando os processos a seguir, entre outros: - A Europa ao longo do século XVI presenciou o definhamento da autoridade da tradicional aristocracia feudal. Esse fenômeno resultava, entre outros fatores, da depressão agrária dos séculos XIV e XV, das revoltas camponesas, do crescimento das cidades e do maior fortalecimento do poder da monarquia (Absolutismo). - Em meio ao crescimento da autoridade do Estado e da crise do feudalismo, a antiga aristocracia fundiária e militar transformou-se, progressivamente, numa elite política ao serviço da Monarquia. Porém, em tal transformação, o grupo não abriu mão das suas insígnias militares, ou seja, da sua imagem de mandatária e de defensora da sociedade. - Na Inglaterra, principalmente depois da Revolução Gloriosa (1688), a aristocracia e a burguesia (grandes financistas, negociantes, donos de manufaturas e de empresas rurais) tenderam a compartilhar a autoridade política tendo por base a monarquia parlamentar. - Em finais do século XVIII tivemos a Revolução Francesa, marco no término do absolutismo e resultado de uma série de tensões sociais, entre as quais: as rebeliões camponesas e das camadas subalternas urbanas, a insatisfação da aristocracia diante da autoridade monárquica, as pretensões políticas e sociais da burguesia, além do ideário iluminista. Resposta da questão 17: 1 - A concentração de poderes nas mãos do monarca, a política econômica mercantilista e a a contemplação dos interesses da burguesia, da nobreza e do clero, que ao mesmo tempo que constituíam ordens sociais submissas aos monarcas, davam-lhes sustentação no poder. 2 - A imagem simboliza a noção de Estado como entidade detentora de todos os poderes e que deve estar acima dos cidadãos e de seus interesses particulares. Resposta [D] da questão 18: Página 10 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco Resposta [A] da questão 19: Resposta [C] da questão 20: Página 11 de 12 Curso Wellington – História – Absolutismo – Prof Hilton Franco Resumo das questões selecionadas nesta atividade Data de elaboração: Nome do arquivo: 16/10/2011 às 01:31 absolutismo Legenda: Q/Prova = número da questão na prova Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro® Q/prova Q/DB Matéria Fonte Tipo 1..................102765.............História...............Ufrj/2011.................................Analítica 2..................90711...............História...............Uepg/2010..............................Somatória 3..................91017...............História...............Pucpr/2010.............................Múltipla escolha 4..................92453...............História...............Unicamp/2010.........................Analítica 5..................99576...............História...............Ueg/2010................................Analítica 6..................100444.............História...............Enem/2010.............................Múltipla escolha 7..................85816...............História...............Ufrj/2009.................................Analítica 8..................85822...............História...............Ufrj/2009.................................Analítica 9..................85856...............História...............Unifesp/2009...........................Múltipla escolha 10................90401...............História...............Enem/2009.............................Múltipla escolha 11................83302...............História...............Ufg/2008.................................Analítica 12................83343...............História...............Ueg/2008................................Analítica 13................85571...............História...............Ufrgs/2008..............................Múltipla escolha 14................78673...............História...............Uel/2008.................................Múltipla escolha 15................79443...............História...............Unifesp/2008...........................Múltipla escolha 16................77707...............História...............Ufrj/2008.................................Analítica 17................82147...............História...............Ufmg/2007..............................Analítica 18................82234...............História...............Espm/2007..............................Múltipla escolha 19................74204...............História...............Ufrs/2007................................Verdadeiro/Falso 20................74620...............História...............Ufpel/2007..............................Múltipla escolha Página 12 de 12