MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS D PLANO DE CULTURA IFG GOIÂNIA 2015 Pró-Reitoria de Extensão do Instituto Federal de Goiás Av. Assis Chateaubriand, nº 1.658, Setor Oeste. CEP: 74.130-012. Goiânia-GO Fone: (62) 3612-2250 1 1. DADOS CADASTRAIS 1.1 Instituição INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS Reitor: Jerônimo Rodrigues da Silva Endereço da Reitoria: Avenida Assis Chateaubriand, n° 1658, Setor Oeste, Goiânia- GO. 74130-012 Telefones: (62) 3612-2200 Email: [email protected] 1.2 Eixos Temáticos Eixos temáticos: 1( ) 2(X) 3( ) 4( X ) 5 ( X) 6( ) 7( X ) 8 ( ) 1.3 Coordenação COORDENADOR GERAL: Constantino Isidoro Filho – Pró-Reitoria de Extensão EQUIPE DE COORDENAÇÃO TÉCNICA E PRODUÇÃO CULTURAL: Vinícius Duarte Ferreira – Pró-Reitoria de Extensão Ivanillian Ferreira Paislandim – Pró-Reitoria de Extensão Marcelo Eterno Alves – Câmpus Goiânia Ronan Gil de Morais – Câmpus Goiânia Elza Gabriela Godinho Miranda – Câmpus Anápolis Elaine Izabel da Silva Cruz – Câmpus Anápolis Catarina Percinio – Câmpus Anápolis Fernando Martins de Castro Chaib – Câmpus Goiânia Maria Aparecida Rodrigues de Souza – Câmpus Inhumas Maria Aparecida de Castro – Câmpus Inhumas Kemuel Kesley Ferreira dos Santos – Câmpus Inhumas 2 Aline de Moraes Rocha – Câmpus Goiânia Oeste Maria Betânia Gondim da Costa – Câmpus Senador Canedo Alemar Moreira de Sousa – Câmpus Cidade de Goiás Benjamim Pereira Vilela – Câmpus Senador Canedo Rafael Alencar Rodrigues – Câmpus Senador Canedo Reinaldo de Lima Reis Júnior – Câmpus Luziânia Thatiane Marques Torquato – Câmpus Águas Lindas Murilo de Assis Silva – Câmpus Formosa Carlos Rangel Neves Otto – Câmpus Aparecida de Goiânia Ghunter Paulo Viajante – Câmpus Itumbiara André Luiz Silva Pereira – Câmpus Jataí Eleusa Maria Leão – Câmpus Uruaçu Alan Dumont Clemente – Câmpus Valparaíso E-MAIL: [email protected] TELEFONE PARA CONTATO FIXO: (62) 3251-5882 CELULAR: (62) 9374-4396 2. CARACTERIZAÇÃO DO PLANO DE CULTURA 2.1 Identificação Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Unidade Geral: Instituto Federal de Goiás (IFG) Unidade de Origem: Pró-Reitoria de Extensão Início Previsto: 01/06/2015 Término Previsto: 01/06/2017 Possui Recurso Financeiro: SIM Gestor da Instituição: Jerônimo Rodrigues da Silva 2.2 Características da Proposta 3 Abrangência: Estadual Município Abrangido: Goiânia; Luziânia; Águas Lindas de Goiás; Formosa; Cidade de Goiás; Uruaçu; Senador Canedo; Itumbiara; Anápolis; Inhumas; Formosa; Aparecida de Goiânia; Jataí. Período de Realização: Junho/2015 a Junho/2017 Público-alvo: Estudantes da rede estadual de ensino; estudantes das redes municipais de ensino; estudantes da rede federal; artistas; professores da educação básica; professores do ensino superior; agentes culturais; produtores culturais; comunidades tradicionais; comunidade geral. 2.3 Discriminar Público-alvo Público Interno da Universidade/Instituto Estudantes do ensino básico e tecnológico; estudantes do ensino superior; professores da educação básica e tecnológica; professores do ensino superior; servidores técnico-administrativos. Instituições Governamentais Federais Estudantes do ensino superior; professores do ensino superior; servidores técnico-administrativos. Instituições Governamentais Estaduais Estudantes da educação básica; estudantes do ensino superior; professores da Rede Estadual de Educação; professores do ensino superior; servidores técnicoadministrativos estaduais. Instituições Governamentais Municipais Estudantes do ensino fundamental; professores do ensino fundamental; servidores técnico-administrativos. Organizações de Iniciativa Privada Artistas; produtores culturais; empresas de gestão cultural; associações culturais. Movimentos Sociais Associações comunitárias; assentados da reforma agrária; comunidades indígenas; comunidades ciganas; comunidades tradicionais; comunidades quilombolas; tribos urbanas. Organizações Não-Governamentais Crianças e adolescentes; estudantes em geral; professores; 4 (ONGs/OSCIPSs) assistentes e colaboradores; comunidade em geral. Organizações Sindicais Sindicatos de professores do ensino básico e tecnológico; Sindicato dos Produtores Rurais; Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação; Sindicato dos professores da Rede Estadual de Educação. Grupos Comunitários Comunidades dos quilombos urbanos; grupo de idosos; grupos LGBT; grupos em defesa dos direitos humanos. Outros Comunidade em geral. 2.4 Parcerias Nome Espaço Cultural Vila Esperança Sigla ECVE Parceria O Espaço Cultural Vila Esperança possui equipe especializada na área de educação e cultura, sobretudo no desenvolvimento de projetos educacionais voltados para o tema da diversidade cultural brasileira. Nesse sentido, a parceria entre o Instituto Federal de Goiás e esta Instituição reunirá esforços conjuntos para a realização de vivências culturais com foco em políticas da igualdade de direitos e promoção das culturas tradicionais. Tipo de Associação cultural sem fins lucrativos. Instituição Histórico O Espaço Cultural Vila Esperança se localiza na periferia da Cidade de Goiás (GO). Foi criado por um pequeno grupo de educadores, em 1991, a partir da necessidade de despertar a consciência da população para participar ativamente nas mudanças sociais e na conquista da cidadania através da Educação, da Cultura e da Arte. Tem como finalidade valorizar a pessoa humana, a partir da valorização cultural de suas próprias origens e da arte. Busca promover a valorização e o respeito de si mesmo, do outro e do meio ambiente, das culturas africanas, afrobrasileira e indígenas; combatendo os preconceitos, no cumprimento das leis 10.639/03 e 11.465/08. Na condução de vários projetos voltados para a diversidade cultural brasileira, a Vila Esperança ganhou Prêmios e Editais: "Ideias Criativas para 20 de Novembro - Dia da Consciência Negra" Fundação Cultural Palmares em 2009; 5 Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do IPHAN/MinC, vencedor nacional da Categoria Educação Patrimonial em 2011; Prêmio Educar para a Igualdade Racial CEERT em 2010 e 2012; Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – IPHAN em 2014. A equipe é formada por educadores especializados (antropologia, história e pedagogia) com experiência na prática da vivência e oficinas. Os educadores participam de grupos de estudo, cursos de reciclagem, capacitação e formação continuada. Nome Sigla Parceria Secretaria Municipal de Cultura de Anápolis SEMUC Apoio às atividades culturais, divulgação e realização de eventos, empréstimos de espaços e equipamentos, financiamento de bolsas, passagens para ações de divulgação e pesquisa da cultura em Anápolis, circulação de produções artísticas, apoio a ações educativas de fruição artística, intercâmbio de recursos humanos na formação, capacitação, promoção de ações educativas em arte e cultura, cooperações técnicas, consultorias. Tipo de Instituição governamental municipal. instituição Histórico A Secretaria Municipal de Cultura de Anápolis foi criada pela lei complementar n°290, de 29 de junho de 2010. A lei atribui à SEMUC “competência e atribuições para proporcionar condições estruturais e políticas destinadas ao desenvolvimento da atividade cultural no município”. A secretaria é gerida pelo ocupante do cargo em comissão de nível superior de direção, Secretário Municipal, com os correspondentes cargos de nível de direção, chefia e assessoramento ao cargo de secretário. Desde sua criação, tem como secretário o professor Augusto César de Almeida. A sede se localiza no Palácio Ulisses Guimarães, prédio tombado pelo patrimônio histórico municipal, Praça Bom Jesus, s/n, centro, Anápolis-GO. A SEMUC realiza diversas ações e eventos de promoção, divulgação e descentralização da arte e da cultura no município. Nome Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Sigla IPHAN Parceria O IPHAN prestará cooperação técnica nos aspectos que tangem o patrimônio imaterial, bem como permitirá a utilização de sua metodologia e infraestrutura e demais equipamentos por ele geridos para as ações do Plano de Cultura IFG que 6 ocorrerão no Estado de Goiás. Tipo de Autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura. Instituição Histórico O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN foi criado em 13 de janeiro de 1937 pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas. Já em 1936, o então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do patrimônio cultural brasileiro, pediu a Mário de Andrade a elaboração de um anteprojeto de Lei para salvaguarda desses bens. Em seguida, confiou a Rodrigo Melo Franco de Andrade a tarefa de implantar o Serviço do Patrimônio. Posteriormente, em 30 de novembro de 1937, foi promulgado o Decreto-Lei nº 25, que organiza a “proteção do patrimônio histórico e artístico nacional”. O IPHAN está hoje vinculado ao Ministério da Cultura. A concepção de patrimônio cultural foi aprimorada e ampliada pelo artigo 216 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que a define a partir de suas formas de expressão; de seus modos de criar, fazer e viver; das criações científicas, artísticas e tecnológicas; das obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e dos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Nome Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte Sigla SEDUC Parceria Por intermédio da SEDUC, estabelecemos parceria com o Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, que é um espaço da SEDUC responsável pela formação contínua e continuada dos professores de artes, bem como em promover ações no campo da cultura junto às comunidades que compõe a Rede Estadual de Educação. Nesse sentido, a parceria estabelece cooperação técnica e cessão de equipamentos e infraestrutura entre o IFG e a SEDUC para o desenvolvimento de cursos para professores e de alunos vinculados à Rede Estadual de Educação. Tipo de Secretaria de Estado – órgão público. Instituição Histórico A Secretaria da Educação do Estado de Goiás é o órgão estadual que trata dos assuntos relativos à Rede de Educação do estado de Goiás. A Secretaria da Educação de Goiás se divide em 38 sub-secretarias, com o objetivo de facilitar o 7 trabalho regionalizado. Com isso é possível determinar metas diferenciadas para cada região do Estado. Tem o papel de executar a Política Estadual de Educação, responsabilizando-se pela Educação Básica nos níveis fundamental e médio. Dentre as ações promovidas pela SEDUC, está a criação do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, responsável pela formação contínua e continuada dos professores de arte. Sua criação foi oficializada, em 2005, sob a Lei nº 15.255, pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Nesta direção, tem como finalidades centrais de trabalho a elaboração e implementação de processos formativos para os professores que ministram a disciplina arte, a criação de grupos de produção artística, nas artes visuais, dança, teatro e música, em que os professores da rede podem cultivar suas práticas artísticas e promover a formação estética dos estudantes e da comunidade em geral por meio de apresentações artísticas e o fomento de pesquisas científicas como instrumento de conscientização e reflexão sobre a arte, a escola e suas experiências pedagógicas. Em 2006, teve expandido seu atendimento à rede estadual de ensino em todos os 246 municípios do Estado. Nome Secretaria Municipal de Cultura de Uruaçu Sigla SMC – Uruaçu Parceria Apoio às atividades culturais, divulgação e realização de eventos, empréstimos de espaços e equipamentos, circulação de produções artísticas, apoio a ações educativas de fruição artística, intercâmbio de recursos humanos na formação, capacitação, promoção de ações educativas em arte e cultura, cooperações técnicas e consultorias. Tipo de Secretaria municipal – órgão público. Instituição Histórico A Secretaria foi criada em 03/06/2013 pela Lei Municipal nº 1.755. Seu objetivo é zelar pelo patrimônio cultural e a memória, promover o desenvolvimento do município através da cultura. Visa, ainda, estimular a economia e as atividades, instituições e iniciativas artístico-culturais, bem como desenvolver o exercício da cidadania via promoção da cultura em seus aspectos coletivos. Nome Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Inhumas Sigla SMCT – Inhumas 8 Parceria Cooperação técnica e apoio às atividades culturais, divulgação e realização de eventos, empréstimos de espaços e equipamentos, circulação de produções artísticas, apoio a ações educativas de fruição artística, capacitação de servidores municipais, promoção de ações educativas em arte e cultura. Tipo de Secretaria municipal – órgão público Instituição Histórico A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Inhumas foi criada com o objetivo de acompanhar e orientar a política cultural no município, articular parcerias com outros órgãos municipais, estaduais e federais, incentivar o aperfeiçoamento e a valorização dos artistas e produtores culturais, e, de modo geral, promover o desenvolvimento local por meio da cultura. Dentre as ações marcantes para a Cultura no município de Inhumas, está a criação do Conselho Municipal de Cultura, Lei Municipal N°2.800 de 04 de janeiro de 2011, como resultado de esforço coletivo entre a administração municipal e a população inhumense, de caráter consultivo e deliberativo. Nome Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia Sigla SMC - Goiânia Parceria Cooperação técnica e apoio às atividades culturais, divulgação e realização de eventos, empréstimos de espaços e equipamentos, circulação de produções artísticas, apoio a ações educativas de fruição artística, capacitação de servidores municipais, promoção de ações educativas em arte e cultura. Tipo de Secretaria municipal – órgão público. Instituição Histórico A Secretaria Municipal de Goiânia é um órgão público criado com o objetivo de favorecer as ações culturais que ocorrem dentro da capital do estado de Goiás. O município de Goiânia conta com uma legislação cultural bastante avançada em relação a outras cidades brasileiras, o que justifica as inúmeras ações e iniciativas que são promovidas em prol do desenvolvimento social e dos movimentos artísticos locais. Nesses termos, os agentes de cultura municipais contam com a atuação do Conselho Municipal de Cultura, com o apoio da Lei Municipal de Incentivo e do Plano Municipal de Cultura, que contribuem para o debate, fomento e instituição de políticas culturais em Goiânia. 9 Nome Universidade Estadual de Goiás Sigla UEG Parceria Coordenação de pesquisas, cooperação técnica e apoio às atividades culturais, divulgação e realização de eventos, empréstimos de espaços e equipamentos, circulação de produções artísticas, apoio a ações educativas de fruição artística, capacitação de servidores municipais, promoção de ações educativas em arte e cultura. Tipo de Instituição estadual de ensino superior – órgão público. Instituição Histórico A criação da Universidade Estadual de Goiás em 1999, por força da Lei 13.456, de 16/04/1999, delineou uma nova e promissora realidade no Ensino Superior do Estado. Organizada como uma Universidade multicampi, sua sede central em Anápolis é resultado do processo de transformação da antiga Universidade Estadual de Anápolis (UNIANA) e da incorporação de outras 12 Instituições de Ensino Superior isoladas, mantidas pelo poder público. Inicialmente a Instituição foi vinculada organicamente à Secretaria Estadual de Educação, passando a ser jurisdicionada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Goiás a partir de 29 de dezembro de 1999, com a publicação do Decreto 5.158. A estruturação da UEG sempre foi uma das políticas para o desenvolvimento do estado de Goiás, garantindo a educação superior pública, com base nos princípios éticos e humanistas, de modo a estimular a justiça social e o pleno exercício da cidadania, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Nome Grupo Imagem – Associação Martins Leal Luccheze Sigla IMAGEM Parceria O grupo IMAGEM possui equipe especializada na área de teatro, mesclando com diversas linguagens artísticas e produção visual. Nesse sentido, a parceria entre o Instituto Federal de Goiás e o grupo reunirá esforços conjuntos para a realização de oficinas culturais, montagens de espetáculos, capacitação técnica de artistas regionais e coordenação de atividades artísticas, quando for o caso. Tipo de Associação privada. Instituição Histórico O grupo Imagem é um movimento artístico formado por atores, músicos, poetas, artistas visuais, pesquisadores e amantes da Arte, cuja proposta de trabalho 10 visa intercambiar as várias linguagens culturais, enlaçadas harmonicamente por eventos de natureza artística. A prática do grupo é pautada na política de produção e divulgação independente de artistas e técnicos e seu contato efetivo e direto com o público. Tal postura visa despertar novos apreciadores da Arte, bem como alimentar a necessidade latente de bens artísticos. Surgiu no ano de 2005, apenas como companhia de teatro, em um cenário onde o favoritismo da apreciação artística se firmava em produções vinculadas a meios massificados de divulgação, como a televisão e o radio, concentrados na região sudeste ou apenas nas capitais do restante do país. No interior, o teatro concorria com as telenovelas, com o desconhecimento da população e o consequente estranhamento do público frente às propostas artísticas. A resolução do problema surgiu com a descoberta de que, se não havia apreciadores de arte em outros meios, era porque essa mesma arte não era oferecida ao público. Então, a Cia. de Teatro Imagem passou a visitar palcos, escolas, festas, praças, creches com peças curtas itinerantes, pequenas esquetes e performances, voltadas aos mais variados públicos. Tratava-se de um trabalho bandeirante, onde o grupo formava novos admiradores da arte e novas possibilidades de levá-la às pessoas, espalhadas pelas centenas de municípios, que nutriam uma necessidade calada pela falta de opção. 2.5 Descrição do Plano de Cultura Ação Eixo(s) temático(s): Descrição do tipo de ações e perfil das atividades previstas no Plano de Cultura IFG de acordo com as linhas temáticas apresentadas no edital: Eixo 2 – Arte, Comunicação, Cultura das Mídias e Audiovisual: criação do Núcleo de Produção Digital e de Webtv voltados para a produção de conteúdo audiovisual; mapeamento, aprofundamento implementação e difusão de metodologias que promovam o diálogo entre arte, cultura e comunicação e que abordem a relação entre os saberes popular e acadêmico, potencializando o papel das experiências artísticas e culturais, via meios de comunicação; fomento a conteúdos audiovisuais educativos e fortalecimento de redes de trocas de conteúdo; Fomento ao desenvolvimento de aplicativos e jogos pedagógicos para dispositivos móveis em parceria com a Rede Estadual de Educação; Eixo 4 – Diversidade Artística-Cultural: ações de formação, gestão, sistematização, difusão e fruição cultural, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia de direitos culturais, com respeito e valorização das identidades da diversidade cultural brasileira, suas formas de organização e suas instituições; ampliação de componentes curriculares em benefício da diversidade cultural e a favor de pessoas em situação de 11 vulnerabilidade social, das crianças, jovens e adultos, das comunidades quilombolas, dos povos de terreiro, dos mestres da cultura popular, dos artistas e grupos artísticos, da população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), das comunidades tradicionais e minorias étnicas. Eixo 5 – Produção e Difusão das Artes e Linguagens: fomento à criação e integração na comunidade artístico-acadêmica de artistas oriundos de comunidades tradicionais e populares; criação de circuitos de produção artística interinstitucional, que articulem a integração de regiões e a produção de conhecimento local e promoção da cultura; manutenção de grupos artísticos com circulação dos trabalhos para apresentação pública no grupo social; criação de grupos artísticos para pesquisa de inovação de linguagem; realização de festivais, mostras, seminários e oficinas de artes; incentivo à presença de mestres dos saberes e fazeres populares e tradicionais para atuar e contribuir com os componentes curriculares dos cursos de artes; Eixo 7 – Arte e Cultura: Formação, Pesquisa, Extensão e Inovação: formação e inovação em Arte e Cultura, a fim de atender às demandas de desenvolvimento local e regional e fortalecimento territorial, visando à inclusão de agentes e instituições que integram as cadeias e setores criativos e produtivos da Arte e da Cultura; formação artística, cultural, cidadã e crítica que integrem a educação superior e a educação profissional e tecnológica, nas dimensões simbólicas, cidadã e econômica; qualificação dos recursos humanos da instituição em arte e cultura; desenvolvimento de pesquisas, metodologias e práticas inovadoras para a implementação de políticas públicas no campo da arte e da cultura, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Cultura (PNC); reconhecimento e promoção dos saberes tradicionais e populares, integrados às políticas de ensino, pesquisa e extensão, e que contribuam para a difusão, inovação, preservação, acessibilidade e circulação da produção acadêmica oriunda desses saberes e situadas no espaço da sociedade civil; criação de redes de cooperação entre processo e metodologias de ensino que são desenvolvidas na instituição e na sociedade, integrando conhecimento acadêmico com os conhecimentos populares; articulação entre a educação superior, a educação profissional e tecnológica, a educação básica e as áreas artísticas e culturais; desenvolvimento de pesquisa aplicada, inovação e tecnologia, com ênfase na área artística e cultural, para melhoramento de laboratórios de criação empreendedorismo e inovação. 12 RESUMO Resumo da Proposta: Por meio do Edital Mais Cultura nas Universidades pretendemos criar o programa Rede de Cultura IFG. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) conta, atualmente, com 14 câmpus estrategicamente distribuídos na capital, região metropolitana e interior do estado de Goiás. Dado a distância geográfica entre os câmpus, acredita-se que a criação dessa Rede de Cultura possa dar suporte ao planejamento necessário à consolidação da cultura enquanto eixo estratégico para o desenvolvimento social e da concepção pedagógica desta Instituição. Além disso, a criação dessa Rede está em consonância com os conceitos e estratégias que o IFG vem adotando no sentido de dar respostas à construção de sua estrutura multicâmpus. No âmbito do nosso sistema de ensino, a ideia de Rede se associa à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, da qual o IFG faz parte e é referência. Nesse sentido, temos procurado avançar nessa conceituação, certos de que a integração exige o esforço de interligar os papéis individuais/locais aos objetivos macrossociais. Nesse caso, a concepção de Rede define aquilo que é realizado por meio do entrelaçamento de fibras e fluxo de ações que formam uma teia consistente de relações sociais. A Rede de Cultura IFG, a ser estabelecida por meio das ações e metas previstas no Plano de Cultura IFG, pretende criar condições para que os agentes de cultura existentes nas comunidades onde estão sediados os câmpus do IFG (comunidades-sedes) possam potencializar e profissionalizar suas produções. O foco, portando, vai além dos alunos e servidores do Instituto Federal de Goiás. Acreditamos que o papel formativo da cultura deve ser articulado às dinâmicas de relações sociais de modo abrangente e colaborativo. A Rede de Cultura IFG será dividida em três grandes linhas de ações: Rede da Diversidade Cultural e Interações Artísticas, Rede da Inovação e Gestão Cultural e Rede da Difusão e Circulação Cultural. Cada linha de ação será responsável por conduzir projetos com o objetivo de promover o debate sobre a cultura, realizar ações formativas, desenvolver conceitos e técnicas de diversas linguagens das artes, além de fomentar e estruturar a produção artística em várias regiões do estado de Goiás. Para tanto, nossa metodologia de Rede pretende criar condições para que artistas, professores, grupos, produtores e gestores culturais possam estreitar relações com suas respectivas comunidades, articulando cultura e desenvolvimento social. A primeira linha de ação, Rede da Diversidade Cultural e Interações Artísticas, será responsável pelo desenvolvimento de processos artístico-pedagógicos que contemplem alternativas criativas e inovadoras de fruição e formação cultural para permitir o contato com múltiplas fases do fazer artístico incluindo seus bastidores e as formas de pensar e refletir o conhecimento das artes e suas articulações com a cultura e a sociedade contemporâneas. Tem como público alvo preferencial pessoas ou comunidades provenientes de locais com alto índice de vulnerabilidade social nas comunidades onde o IFG atua. As ações desta linha se constituirão como processos de aprendizagem do espectador, por meio de estratégias de sensibilização aos saberes artísticos e 13 culturais, integrando em sua ação a fruição de espetáculos com o conhecimento de seus códigos e linguagens constitutivas, visando à formação do gosto e do espírito crítico dos participantes. Esta linha agrega em seu escopo o desenvolvimento de atividades voltadas para questões sociais e direitos humanos. Serão realizadas oficinas artísticas e mostras culturais nas periferias das comunidades-sedes e, especialmente, em regiões carentes da área metropolitana de Goiânia. Além de promover ações de formação para a diversidade cultural, esta linha será responsável pelo fomento à criação de arte no IFG. Pretendemos dar apoio aos grupos artísticos da instituição, bem como estimular a criação de novos núcleos artísticos, envolvendo, obrigatoriamente, a comunidade externa e a incubação cultural de grupos artísticos. Nesse sentido, propomos o desenvolvimento de processos artísticos colaborativos com a finalidade de estimular o intercâmbio de saberes e a inserção de novos modelos criativos e inovadores de produção, gestão e difusão cultural. Tal dinâmica deve constituir-se como um processo de criação artística associado à capacitação profissional ocorrendo por meio do deslocamento de um artista ou coletivo de artistas para outra comunidade, ou desta para o IFG. Esta linha de ação constitui a base de estruturação das atividades culturais que serão desenvolvidas via Plano de Cultura IFG. Para tanto, serão desenvolvidos dois projetos: Projeto Em Tons – Formação Artística e o Projeto Movimente-se - Oficinas e Criação Artística. Estes projetos contam com o apoio direto dos professores de artes do Instituto Federal de Goiás, do GruLaPe (Grupo do Laboratório de Percussão/IFG), da Banda Nilo Peçanha/IFG e do Coro IFG. Para a Rede da Inovação e Gestão Cultural IFG, segunda linha de ação do programa, será dada a responsabilidade pelas ações de inovação no campo da cultura, focando a articulação entre cultura e desenvolvimento regional. Dentro da Rede de Cultura IFG, esta linha de ação está focada na formação, estruturação e organização de debates sobre a cultura e inovação. Não obstante, pretendemos organizar cursos, debates e eventos acadêmicos/artísticos que possam provocar transformações, críticas e problematizações com relação às concepções de cultura, identidade cultural e economia que operam na nossa sociedade. Trata-se, portanto, do núcleo reflexivo e formativo do nosso planejamento. Serão desenvolvidos dois projetos nessa linha: o Projeto Em Tons – Caravana Cultural, que cuidará da organização de atividades culturais e cursos de formação itinerantes, e o Projeto Movimente-se - Cultura e Cidadania, que organizará debates, fóruns e capacitação de agentes culturais nas comunidades-sedes. Por fim, a Rede da Difusão e Circulação Cultural IFG, terceira linha de ação prevista, será responsável por fomentar a produção e circulação cultural entre as comunidades-sedes. Para tanto, será realizado o levantamento dos espetáculos, grupos culturais, artistas e demais processos artísticos existentes, criando condições para que público e artistas possam se comunicar. A difusão da arte por meio da apreciação e vivências artísticas será o foco dessa linha que contará com dois projetos. O Projeto Em Tons: Produção e Circulação de Espetáculos promoverá o intercâmbio cultural dos grupos artísticos do IFG, e abrirá dois editais externos para produção e circulação cultural. O Projeto Movimente-se: Arte na Cidade será responsável por realizar a promoção e difusão de artistas visuais e artesãos que representam, em suas técnicas e expressividade, o diálogo entre o fazer artístico e a cidadania. Após mapeamento e cartografia dos movimentos artísticos 14 regionais, realizado pelo IFG, serão propostas exposições, catalogação e veiculação da arte regional por meio de webtv e montagem das tendas culturais em espaços públicos. No conjunto, as ações previstas para a consolidação da Rede de Cultura IFG adotarão estratégias diferentes e contarão com uma ampla equipe de apoio, entre servidores, artistas regionais, produtores culturais e demais parceiros. Contudo, como é possível perceber pela proximidade entre os títulos dos projetos, almejamos a unidade entre cada ação para que, dessa forma, seja possível solidificar uma rede de relações sociais que pressupõe a cultura enquanto elemento essencial para o desenvolvimento social no Brasil. Justificativa: O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), assim como os demais Institutos Federais criados pela Lei n° 11.892/2008 (BRASIL, 2008), possui como objetivo ofertar cursos em diversas modalidades de ensino, com foco no desenvolvimento de pesquisas, estímulo e apoio a processos educativos que favoreçam a geração de trabalho e renda, fortalecimento da política de educação voltada para a prática social emancipatória dos cidadãos e para a criação de condições objetivas que colaborem para a promoção do bem-estar social nas diversas regiões em que atua. Em linhas gerais, os diversos cursos oferecidos pelo IFG pretendem mediar, ampliar e aprofundar a formação integral de profissionais-cidadãos, capacitados a atuar e intervir no mundo do trabalho, na perspectiva da consolidação de uma sociedade democrática e justa, social e economicamente. Dentre os desafios colocados aos Institutos Federais, dado o seu contexto histórico de criação, está a promoção do desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico do país por meio das mediações possíveis entre o conhecimento científico e a sociedade em geral. Além disso, tal desafio pode ser representado pela missão historicamente atribuída à educação: apresentar soluções aos conflitos inerentes ao nosso quadro de desigualdade social. Sendo assim, o processo de interiorização da Rede Federal de Educação cumpre um importante papel social ao levar diferentes ações educativas às diversas regiões do país, antes desprovidas desse tipo de debate e participação. Embora não seja objetivo fazer uma avaliação aprofundada desse processo histórico, por ora, é possível observar uma constante transformação nos municípios goianos que possuem os câmpus do IFG: realização de eventos acadêmicos e culturais, com ampla participação da sociedade; melhoria na qualidade da educação; promoção de grupos artísticos e atividades culturais; oferta de cursos historicamente inacessíveis a estas comunidades; assessoramento no desenvolvimento de políticas públicas e desenvolvimento de projetos sociais, dentre outros. Somado a esses fatores, a própria estrutura dos câmpus tem dado suporte a diversos tipos de eventos e atividades formativas que ocorrem nesses municípios. Na certeza de que o acesso à educação de qualidade é essencial à sociedade, permanece a luta por sua democratização. No âmbito do IFG, a luta se concretiza em termos de ampliação do acesso 15 aos segmentos sociais historicamente dela excluídos, de efetiva participação dos segmentos internos na definição dos seus rumos, de ampliação da sua função social e de afirmação incontestável da sua autonomia institucional, bem como de sua preservação como espaço de realização de ações sociais, políticas e culturais. Nessa perspectiva, reafirmar-se-á sua identidade de instituição formadora de ideias, conhecimentos e cultura, bem como de sujeitos qualificados tecnicamente como profissionais e cidadãos. Tendo em vista a importância da democratização da educação, encontramo-nos desafiados a estabelecer ações que auxiliem na construção de uma instituição pública, assentada em relações democráticas e autônomas, na direção da formação “omnilateral”, ou seja, uma formação verdadeiramente integral dos estudantes e do desenvolvimento efetivamente democrático, soberano, sustentável e socialmente inclusivo do País e das suas regiões e localidades. Nesse sentido, o presente Plano de Cultura visa colaborar, construir e consolidar uma rede de cooperação na área da cultura que possa impactar no currículo proposto às comunidades nas quais o IFG atua. Essa proposta de inserção da cultura dentro do currículo das instituições de educação pode produzir um impacto transformador na formação dos novos profissionais. A interiorização dos Institutos Federais corresponde à consolidação de uma concepção de sociedade e cidadania inseridas a partir de projetos de expansão do direito à educação e do debate acerca das condições de igualdade social no Brasil. Desse modo, ao idealizarmos a implementação da Rede de Cultura IFG, estabelecemos metas que compreendem a dinâmica maior relativa ao papel de atuação que cada câmpus deve exercer, bem como destacamos o papel de formação que a cultura deve assumir dentro dos itinerários de ensino-aprendizagem que constituem o currículo acadêmico. Diante desses apontamentos, consideramos que as ações culturais previstas neste Plano de Cultura são essenciais à construção do debate sobre formação e currículo. Compreendemos que a formação do aluno não se justifica pelo mercado de trabalho, mas pela consolidação da perspectiva da formação cidadã e inserção na vida social. O conhecimento, do ponto de vista do favorecimento da formação geral do estudante, deve estar articulado com diversas necessidades inerentes ao trabalho humano, e não apenas às funções específicas de uma linha de produção e/ou atividades fins. O conhecimento deve, então, ser tratado enquanto uma plataforma de possibilidades que ofereça sustentação à prática de diversas atividades sociais. Dessa forma, justificamos a importância que o fortalecimento de uma formação cultural ampla possui em cada profissão. Quando pensamos o currículo, não vinculamos tão somente uma formação profissional às suas competências específicas. Antes disso, focamos a pessoa humana, em todas suas dimensões éticas e estéticas, que poderá transformar os conhecimentos apreendidos em outras formas de expressão ou, mais adiante, se tornar capaz de fazer críticas e propor soluções criativas aos desafios do processo de trabalho. Portanto, é preciso aprofundar nossa compreensão sobre o papel que o planejamento no campo da cultura exerce na formulação dos currículos e projeções das melhorias para a sociedade. Ao visualizarmos a ordem social constituída pelo capitalismo, tendo em vista a elaboração dos processos de trabalho, podemos notar como a relação entre currículo e cotidiano incide, de 16 modo geral, na constituição das relações sociais. Nos ambientes de trabalho, com poucas restrições, fazemos uso de conhecimentos específicos para a realização de determinada tarefa. Quando associamos a realização da tarefa ao ato de produzir a partir desta concepção de sociedade, na verdade, atribuímos um valor produtivo ao conhecimento. Esse sentido produtivo relativo ao conhecimento representa a apropriação dos conhecimentos humanos por uma pequena parcela da população. Historicamente, isso se tornou fator de reprodução de um sistema social com graus de valoração extremamente diferenciado entre uma atividade profissional e outra. Compreendemos que tal ordem social discrepante pode ser superada a partir do momento em que assumirmos a importância do papel formativo que a cultura exerce sobre o planejamento pedagógico das instituições de ensino. Justificamos, assim, que a formação do aluno deve se preocupar com questões além dos conhecimentos específicos de cada atuação profissional. Por outro lado, a formação da Rede de Cultura IFG ressalta, também, a necessidade de incorporarmos as concepções de cultura dos nossos parceiros e agentes de cultura locais que, de maneira contínua, participam da construção dos objetivos sociais do IFG. A partir das metas que estão propostas ao longo deste Plano de Cultura, realizaremos ações formativas concretas, tendo como foco o desenvolvimento cultural dos sujeitos sociais envolvidos. Não obstante, poderemos fomentar os agentes de cultura que são responsáveis pela produção, criação e manutenção do fazer artístico e modos de vida que constituem o patrimônio cultural de cada região. O estabelecimento da Rede se correlaciona à necessidade de ampliarmos e estruturarmos nossa inserção no campo da cultura e das artes. O IFG possui atuação no campo artístico que remete aos pilares da sua criação. De maneira pragmática, no que se refere às habilidades ensejadas pelos processos artísticos, a primeira idealização de educação estava voltada para artes e ofícios que contemplavam atividades como apresentações, concertos, saraus e espetáculos realizados por conjuntos criados no seio da Instituição. Posteriormente, com a inserção de outras abordagens artísticas e culturais, bem como a diversificação de eventos e produções, surgiram novas formas de expressão em meio aos alunos e professores que extrapolaram o universo da instituição e passaram a ocupar o protagonismo cultural no estado de Goiás. Como exemplo de atividades perenes, corais e bandas vêm atuando no Câmpus Goiânia desde a década de 1950, e são renovados a cada ano letivo. Essa tradição vem sendo fomentada em outras formas de expressão artística, com a formação de grupos de artes cênicas e dança, neste e em outros câmpus. Dentro do universo da música, é possível perceber a inserção de diversos artistas oriundos da instituição atuando no estado e em outras regiões do país, seja em orquestras, bandas ou corais. Desse modo, os câmpus do IFG tem se colocado como plataforma de criação artística e de produção cultural. Esse fato vem causando um movimento em torno da cultura e consolidando a criação de cursos nas áreas de música, dança, teatro e cinema. Todo esse movimento artístico contou com suporte físico, conceitual e financeiro estruturados na Instituição por meio de debates e deliberações colegiadas ao longo dos anos. Nessa perspectiva, o IFG conta com mais de 40 professores de artes, distribuídos por todos os câmpus. Esse quadro de professores atua por meio de diferentes ações que variam desde a sala de aula, pesquisa e projetos de extensão à formação dos 17 grupos artísticos institucionais. Nas diversas ações culturais que o IFG promove, reconhecemos a importância do protagonismo dos agentes de cultura dos municípios em que atuamos. Como exemplo disso, citamos dois eventos institucionais: o Festival de Artes e o Encontro de Culturas Negras. Com relação ao Festival de Artes, ao longo doze edições e uma história de quinze anos de existência, reafirmou-se o diálogo no âmbito da tradição cultural, da academia e da insurgência no contexto local e nacional, amadurecendo sua abordagem de forma que contemplasse uma intensa participação de artistas, pesquisadores, grupos culturais, professores, estudantes e a comunidade em geral, de diversas partes do País. Com a mesma finalidade de ampliar o diálogo com a comunidade em geral, o Encontro de Culturas Negras, que terá sua segunda edição em 2015, surgiu como forma de contribuir para o debate social em torno das tradições culturais e dos direitos humanos. Toda essa experiência na área da cultura que acumulamos a partir dos eventos institucionais constitui a concepção que aplicamos no presente planejamento. Por todos os motivos apontados, o Plano de Cultura IFG se justifica pelo nosso foco de atuação em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Cultura (PNC), do Plano Nacional de Educação (PNE), com o Marco de Referência da Educação Popular para Políticas Públicas (BRASIL, 2014a), bem como com a legislação educacional vigente. Focalizamos a ampliação da concepção de currículo como justificativa de um processo de elaboração da concepção de mundo e cidadania expressados por meio da interface entre educação, arte e cultura. Nesses termos, a política cultural que ora propomos vislumbra a consolidação de conexões sociais promotoras do desenvolvimento local e regional nos quais atuamos. Por fim, a presente proposta justifica-se por buscar a consolidação de ações que favorecem a integração entre as diversas localidades envolvidas, por meio de uma estrutura de rede de cultura que tem como foco principal o incremento da cultura na educação e na sociedade de maneira colaborativa. Fundamentação Teórica: O conceito de cultura passa por alterações consensuais no que diz respeito aos significados atribuídos ao mesmo. Do ponto de vista de sua imersão acadêmica, a ideia de cultura se manteve, durante algum tempo, associada às manifestações artísticas, debates identitários e problemáticas vinculadas à antropologia. A concepção de cultura, considerando sua delimitação em contextos de políticas aplicadas, se vinculou a este microuniverso constituído por seus agentes históricos comuns. À medida que questões relacionadas ao cotidiano das sociedades humanas passaram a ocupar a centralidade em pesquisas e debates acadêmicos, o campo da cultura, alavancado pelas pesquisas sociológicas, historiográficas e antropológicas, expandiu-se para outras áreas do conhecimento (MOREIRA & CANDAU, 2003). Dadas as problemáticas apresentadas por tais estudos, sobretudo ao questionarem as dinâmicas sociais e psicossociais engendradas por processos como a acumulação flexível (HARVEY, 2005) e a globalização, o tema da cultura tornou-se um campo de 18 resistência e transformação social. Coube a determinados agentes sociais, defensores da cultura, a missão de alertar sobre determinados processos sociais e certos tipos de valores que foram sucumbidos pelas dinâmicas da tecnocracia (ROZKAC, 1972). Tal dinâmica, de acordo com Rozkac (1972), é a forma pela qual as sociedades industrializadas atingem o cume de sua integração organizativa. Ela não se configura estritamente ao espaço de trabalho e/ou linhas de produção. Na sociedade tecnocrática, a engenharia social influencia e condiciona todas as formas de comportamento humano. Esse modelo social desenvolvido pelas sociedades capitalistas, no qual podemos inserir a sociedade brasileira, condicionou o cotidiano do trabalho à lógica expropriatória típica do seu respectivo modo de produção. O trabalho capitalista, tal como afirma Marx (2006), alienou o conhecimento do homem, fazendo-o produzir algo que lhe é alheio, simplesmente um produto para fins de lucro. Portanto, ao homem moderno, resta-lhe apenas vender a sua força de trabalho. Seria inapropriado optarmos por aprofundar tal debate dentro da presente argumentação, isso nos exigiria um fôlego para além dos objetivos propostos. Entretanto, essa reflexão é necessária, pois como pontua o Marco de Referência para Políticas Públicas (Brasil, 2014a), a classe trabalhadora brasileira se fragmentou ao longo do tempo, e junto a essa fragmentação ocorreu um processo histórico que culminou na dificuldade de organização das lutas sociais e a consequente perda de identidade do trabalhador. O desafio, portanto, compreende a necessidade de construirmos políticas públicas capazes de estreitar os laços de comunicação entre as concepções de educação e a valorização dos conhecimentos populares, da humanização e da emancipação social (Brasil, 2014a, p.16). Por isso, consideramos que o presente Plano de Cultura atende a esta demanda ao propor a articulação entre diversos agentes de cultura enquanto estratégia para o desenvolvimento social. Esse processo vivido pela classe trabalhadora brasileira teve amplo impacto em nossa formação cultural e educacional, uma vez que as dinâmicas do trabalho são parte operante na constituição da vida coletiva. Partindo dessa forma de compreender a realidade social, nossa base legal referente à organização de políticas públicas vem apontando para a necessidade de superarmos dois grandes desafios referentes à educação popular: o conceitual e o político (Brasil, 2014a, p.18). Com relação ao desafio conceitual, a educação popular é caracterizada como um conceito polissêmico, uma vez que lhe foram atribuídos, historicamente, diferentes papéis sociais. Em linhas gerais, o conflito se localiza no modelo de educação ofertado à maior parte da população. No contexto destas lutas sociais, as bandeiras do movimento popular procuraram defender os interesses das classes trabalhadoras, em detrimento daquilo que Paulo Freire tão bem classificou como pedagogia do oprimido (FREIRE, 1981). Assim, em nível conceitual, o Marco de Referência para Políticas Públicas avança ao considerar que os desafios da educação popular não se reduzem ao espaço escolar. Antes disso, a consolidação de uma educação emancipatória se insere dentro de um contexto histórico de luta que envolveu e envolve diversos segmentos sociais em prol de uma proposta de sociedade alternativa em relação às expropriações provocadas pelo sistema capitalista 19 (Brasil, 2014a, p.17). Sobre o desafio político, corroboramos com o Marco ao considerar que a centralidade do movimento a favor da educação popular no Brasil está focada na defesa dos interesses das classes sociais mais empobrecidas e excluídas socialmente, e se pauta na defesa de um projeto democrático de nação que supere nossa condição de desigualdade social (Brasil, 2014a, p.18). Essa complexidade histórica que envolve a teia de relações que constituem a formação da nossa sociedade nos conduz a pensar um planejamento que possa produzir ações perenes e sensíveis em termos de interlocução com nossas comunidades escolares. Por isso, adotamos a nova dinâmica do papel social da cultura como elemento catalizador das metas e ações previstas na formação da Rede de Cultura IFG. Considerando as interlocuções possíveis entre cultura e educação, tal dinâmica incide sobre o desafio que atualmente se coloca aos sistemas de ensino no país: reestruturar seus currículos de forma a promover a interação entre os saberes populares e o conhecimento científico. Para tanto, existe a necessidade de dissolver esse abismo gerado entre estas duas instituições culturais tão importantes à sociedade, caminho que vem sendo debatido dentro do Instituto Federal de Goiás e que pretendemos enfrentar ao implementarmos este Plano de Cultura. Temos promovido ações culturais que em muito ampliaram a participação dos estudantes e da comunidade no debate sobre as temáticas da cultura, como, por exemplo, o Festival de Artes e o Encontro de Culturas Negras. Em ambos, tem sido notória a interferência dessas vivências na formação dos estudantes e, também, no fortalecimento das relações humanísticas nas comunidades em que atuamos. Os eventos culturais provocam a fruição de ideias, processos artísticos e acontecimentos que reverberam na formação cidadã e no senso estético e ético das comunidades. É preciso ter em vista que as relações no campo da cultura e da educação se consolidaram dentro de um espaço-tempo marcado pelos conflitos entre poder e saber (APPLE, 1989). No caso da nossa história da educação, saber e poder estiveram ligados à produção de uma dinâmica social responsável pelo acirramento das nossas desigualdades sociais. De acordo com os pressupostos da tecnocracia, os especialistas foram ocupando os espaços laborais privilegiados, em detrimento daqueles que mantiveram sua elaboração de saber próxima dos ofícios tradicionais e do conhecimento tácito, ou seja, sem formação acadêmica regular (ROSZAK, 1972). Nessa lógica de sociedade, a educação ocupou um espaço de poder, afinal, são as instituições de ensino que fornecem os registros necessários para que os especialistas possam ocupar as profissões disponíveis no mercado de trabalho (APPLE, 1989). Embora possamos considerar as proximidades existentes entre cultura e educação, cujos caminhos de inserção são similares e interdependentes, existem distinções que antecedem a compreensão do papel que ambas executam na nossa sociedade. A concepção de "mundo do trabalho" vai além da concepção de "mercado de trabalho", e se insere numa trama de relações próprias da vida que, portanto, exigem as aproximações que propomos entre o metabolismo cultural de uma sociedade e os itinerários formativos que elaboramos. 20 Por meio de um processo social de muitas conquistas, o acesso à educação tornou-se um direito civil. Enquanto direito civil, o direito à educação perpassa pela própria história do nosso sistema de educação, considerando suas lutas e disputas em torno da sua hegemonia e sua função no Estado: afinal, para que (ou quem) serve a escola? Mesmo que consideremos as divergentes correntes pedagógicas que atuaram na consolidação dos diversos sistemas de ensino existentes, podemos apontar um consenso entre elas no que diz respeito ao papel sócio-histórico atribuído à educação: a luta pelo direito à igualdade (SAVIANI, 1983). O imaginário social, sob o qual incidem as políticas educacionais, carrega o estigma de que mais educação é sinônimo de maiores oportunidades, consolidando, dessa forma, a condição de igualdade que sustenta o simulacro coletivo em torno da mobilidade social. Mesmo que passível de considerações quanto à distribuição de direitos sociais, essa realidade sustenta o nosso consenso social e legitima o papel do Estado (MÉSZÁROS, 2008). Os sistemas de ensino e também boa parte da educação social se consolidam por meio dos mecanismos de transferência de conhecimentos historicamente acumulados (APPLE, 1999). Tais conhecimentos são hierarquizados à medida que a tecnocracia vem ocupando espaço na organização dos currículos. Não obstante, a educação atua por meio de instrumentos culturais, que constituem as representações e valores de um povo. À medida que acionamos as relações entre cultura e educação, localizamos o desafio central ao promovermos uma política cultural associada à educação profissional, básica, científica e tecnológica: modificar e questionar determinadas concepções de mundo e realidade. Os itinerários formativos elaborados pelo Instituto Federal de Goiás tem reconhecido a importância de vincularmos o planejamento curricular ao universo amplo no qual se forjam os projetos pedagógicos, sobretudo aqueles associados ao ensino, pesquisa e extensão. Isso significa, em linhas gerais, que é preciso investigar e aprofundar nossas relações institucionais - órgãos colegiados, administração, departamentos e áreas acadêmicas - a partir da compreensão política e cultural das comunidades onde atuamos. Temos nos aproximado de horizontes distantes, do ponto de vista da história de luta pela educação popular. A universalização da educação básica, ora tão distante da realidade de muitos brasileiros, em tese, está garantida por lei (BRASIL, 1998a). Recentemente, o debate que visava o acesso de todos ao conhecimento científico e, consequentemente, à promoção da igualdade pela via da educação formal ainda estava em outro nível de construção social (PORTELLA, 1992). É preciso reconhecer que alguns desafios foram superados e que precisamos expô-los a fim de avançarmos em termos de condições objetivas. Mesmo que não se tenha garantido a qualidade na oferta desse modelo de educação, é necessário que estabeleçamos novos horizontes a trilhar, certos de que isso irá incidir sobre os atuais objetivos: unicidade entre universalização e qualidade. Dentre esses desafios que elencamos, podemos apontar o processo de interiorização promovido pelos Institutos Federais enquanto um fato histórico para a educação brasileira, transformador da nossa realidade social, no sentido de democratização de acesso ao conhecimento 21 científico e aos bens coletivos. Diante disso, procuramos destacar a abrangência de planejamentos como ao que nos propomos neste Plano de Cultura. Nossa proposta pretende fomentar ações que possam reestruturar a reflexão em torno do papel social da cultura sob a ótica do seu papel transformador. É nesse sentido que articulamos nossas metas às bases legais que fundamentam as políticas públicas e estabelecemos como prioridade a criação da Rede de Cultura IFG. As ações pedagógicas, culturais e formativas não se elaboram sob uma folha em branco, sem referências históricas. Podemos exemplificar esse argumento diante de um fato educativo elementar aos sistemas de ensino. A leitura pode ser representada por dois aspectos: o técnico e o valorativo. Do ponto de vista técnico, a ação escolar tem se preocupado em ensinar a alfabetização, a junção das sílabas, ou seja, os fundamentos da leitura. Ocorre que a capacidade de leitura deve se associar com as leituras de mundo possíveis. A construção crítica do conhecimento é um elemento indispensável à formação cidadã (PORTELLA, 1992). Daí a necessidade de articularmos a aprendizagem aos aspectos valorativos do papel político da educação. Ao se colocar os desafios da educação profissional, emerge-se o debate em torno da tecnocracia e de como ela pode imperar dentro da formulação dos currículos. Não podemos promover tal ambivalência como se uma coisa e outra se realizassem a partir de projetos distintos. Educação e Cultura estão entrelaçadas por circunstâncias diretamente alinhavadas à vida. Por outro viés, caso defendamos uma formação estritamente técnica, estaríamos corroborando com um projeto de formação que não promoverá a qualificação necessária, tampouco garantirá a empregabilidade, posto que ambas ideias constituem, por sua vez, uma discurso político descompromissado com a maior parte da nossa população. Não se trata desse tipo de questão. O papel formativo da cultura se relaciona à sua energia transformadora, ela opera dentro das concepções de mundo e consciência crítica que são essenciais ao combate à desigualdade social (HALL, 1997). Ao passo em que pensamos a intercomunicação entre Cultura e Educação, precisamos estabelecer estratégias que operem suas formas de contribuição mútua. Nesse sentido, os processos artísticos se estabelecem enquanto meio de efetivação dos espaços de cultura e suas respectivas contribuições em âmbito formativo. Num sentido antropológico, tais processos oferecem às comunidades instrumentos de análise diretamente associados à cultura e identidade, elementoschave para que a arte possa interferir na formação humana. Sendo assim, os processos artísticos podem ser compreendidos por diversos ângulos, passando pela elaboração estética e técnica, conceituação, socialização e apreciação. Sob esse pressuposto, avançamos com relação ao conceito de cultura que adotamos neste Plano de Cultura. A reflexão pela qual as culturas se resignificam dentro das sociedades são inerentes à atividade humana, são produtoras de signos e significados e dão sentido às nossas ações sociais. De acordo com HALL (1997): Os seres humanos são seres interpretativos, instituidores de sentido. A ação social é significativa tanto para aqueles que a praticam quanto para os que a 22 observam: não em si mesma mas em razão dos muitos e variados sistemas de significado que os seres humanos utilizam para definir o que significam as coisas e para codificar, organizar e regular sua conduta uns em relação aos outros. (HALL, 1997, p.15) As ações sociais, como pontua HALL (1997), devem ser compreendidas enquanto um comportamento que produz significados e estão inseridos na formatação de um sistema de códigos que nos colocam em situação de interação social. Tomados em conjunto, constituem nossas culturas (HALL, 1997, p.16). Ao compreendermos os seres humanos como “interpretativos”, nosso suporte conceitual nos auxilia a estabelecer como meta primordial a consolidação do papel da cultura enquanto espaço de democratização dos bens sociais. HALL (1997) analisa outro fator elucidativo ao abordarmos a questão da cultura: o processo de globalização. Segundo o autor, no século XX ocorreu uma revolução cultural no sentido subjetivo e objetivo desta palavra, e tal fenômeno ainda está em curso. A indústria cultural passou a ocupar espaço central nos processos de mediação que envolvem a produção, circulação e as trocas culturais. A esse fato, soma-se o poder e a velocidade com que os meios de tecnologia vêm operando a cena social em todas as regiões do mundo. Para HALL (1997), Estes são os novos sistemas nervosos que enredam numa teia sociedades com histórias distintas, diferentes modos de vida, em estágios diversos de desenvolvimento e situadas em diferentes fusos horários. É, especialmente, aqui, que as revoluções da cultura a nível global causam impacto sobre os modos de viver, sobre o sentido que as pessoas dão à vida, sobre suas aspirações para o futuro — sobre a cultura num sentido mais local. (HALL, 1997, p.16) Essa não é apenas uma situação em que devemos sumariamente atribuir à indústria cultural e seus mecanismos de atuação todos os percalços relacionados à cultura. Por outro lado, é essencial estabelecermos a mediação entre os processos culturais hegemônicos e os espaços sociais geradores da diversidade cultural, uma vez que, como nos alerta HALL (1997), o fenômeno da globalização opera no sentido de dirimi-la. Ao promover a vivência dos processos artísticos e educativos, é possível aproximar a comunidade do fazer cultural: produzir espetáculos, participar de oficinas artísticas e formativas, frequentar teatros e shows musicais, criar, desenhar, pintar, conhecer inovações tecnológicas e jogos interativos, frequentar exposições, discutir literatura e praticar leituras, enfim, uma infinidade de ações que podem transformar as realidades locais. Por meio do planejamento de atividades culturais é possível gerarmos um fenômeno criativo que atue no desenvolvimento das capacidades de aprendizado coletivo, num sentido estético ou mesmo crítico, intrínseco ao cotidiano e à constituição da identidade. Este último, certamente, compreende o maior desafio de todos, tendo em vista que a identidade vai além das discussões culturalistas em torno da diversidade étnica, estética, ética, de 23 gênero, ou outros temas comumente associados a esta temática. A identidade é um processo pelo qual o indivíduo assume responsabilidades sociais que incidem na sua constituição crítica e atuante, consolidando suas atitudes e formas de compreender a realidade, que podem, eventualmente, se associar às suas questões étnicas ou morais. De acordo com HALL (2001), a identidade não é algo acabado, mas um processo de identificação que opera junto às dinâmicas da vida, no qual o indivíduo está em constante transformação, a partir das interferências a que propomos e recebemos da realidade. Partindo desse pressuposto, a cultura corresponde aos mecanismos de mediações simbólicas que elaboram os processos de identificação e, consequentemente, as identidades. Desse modo, concordamos que identidade e cultura são conceitos interdependentes e podem ser pensados a partir de diversas formas de elaboração. Os processos artísticos, por exemplo, simbolizam um elemento catalizador da relação entre cultura e identidade, se configurando enquanto forma de expressão, comunicação e metamorfose das relações humanas. No mesmo sentido, ao incidir sobre os processos formativos e educacionais, estimula novas maneiras de interagir com o mundo do trabalho. Por meio do Plano de Cultura IFG pretendemos criar uma reflexão ampla no estado de Goiás através de intervenções artísticas, realização de cursos e oficinas, organização de encontros e debates sobre o Sistema Nacional de Cultura, e fomento a diversas ações e grupos culturais. A fruição da arte e da cultura no ambiente escolar é essencial para a formação integral do estudante e para estreitar os laços entre a comunidade e a Instituição. 2.6 Objetivos do Plano de Cultura Objetivos Gerais: Conceber, criar e coordenar a Rede de Cultura IFG cujo foco central será estruturar, fomentar e incentivar diversas produções artísticas nas comunidades-sedes dos câmpus IFG. Uma vez estabelecida, essa Rede pretende promover a centralidade da cultura enquanto elemento catalizador das mudanças necessárias à transformação social e combate à desigualdade social. Por isso, parte desse objetivo deve cumprir o papel de associarmos o programa proposto ao currículo praticado pelo Instituto Federal de Goiás, visto que a formação-cidadã exige que os estudantes compreendam as dinâmicas culturais amplas que permeiam a organização da sociedade e do trabalho. 24 Objetivos Específicos: Elaborar uma rede interinstitucional de relações no campo da cultura, articulada com os agentes culturais das comunidades-sedes do IFG; Ofertar gratuitamente diversas oficinas artísticas abertas à comunidade com o objetivo de divulgar diferentes linguagens artísticas; Contribuir para a formação artística, cultural, cidadã e crítica dos estudantes e das comunidades escolares que integram o Instituto Federal de Goiás; Realizar fóruns com vistas a promover o Sistema Nacional de Cultura; Promover o desenvolvimento regional tendo a cultura como eixo fundamental à introdução de novas dinâmicas sociais; Aproximar os alunos da Rede Federal de Educação Tecnológica e a comunidade escolar do universo das artes, despertando o gosto pela apreciação de espetáculos de teatro, dança, música e diversas outras linguagens; Incentivar a fruição estética na cena artística goiana, buscando os aspectos formativos da cultura por meio da associação entre produção artística e proposta pedagógica; Conceder bolsas de extensão aos alunos envolvidos em processos de criação artística, procurando valorizar a formação extracurricular e dar suporte financeiro aos mesmos; Integrar ações do Edital Mais Cultura nas Universidades com projetos que estão sendo desenvolvidos pelas redes municipal e estadual, sobretudo se articular às atividades do edital Mais Cultura nas Escolas; Pesquisar, catalogar e divulgar, por meio de aquisições e distribuição, obras literárias de escritores goianos, sobretudo com foco na educação básica; Divulgar as produções artísticas do Instituto Federal de Goiás para todas as comunidadessedes; Fomentar e estruturar os grupos artísticos da comunidade acadêmica do Instituto Federal de Goiás, incentivando a formação de novos grupos; Promover a democratização de acesso aos bens culturais a toda comunidade escolar e suas imediações; Desenvolver ações que valorizem a formação e o debate relacionado à diversidade cultural brasileira, dando ênfase ao diálogo com a cultura afro-brasileira; Evidenciar e valorizar a cultura e arte local, demonstrando a importância de 25 problematizarmos a relação cultura local/cultura global; Registrar as experiências e compartilhá-las na Rede de Cultura IFG e aos demais Institutos e escolas interessadas; Promover e fomentar o processo de criação e inovação artísticas no âmbito do Instituto Federal de Goiás; Fomentar a criação e integração da comunidade artístico-acadêmica e artistas oriundos de comunidades tradicionais e populares; Promover a presença de mestres visitantes: mestres dos saberes e fazeres populares e tradicionais atuando e contribuindo com os componentes curriculares dos cursos de arte; Promover o desenvolvimento social, cultural e tecnológico, a sustentabilidade, inclusão social e a inovação em atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão; Atender às demandas de desenvolvimento local e regional e fortalecimento territorial, visando à inclusão de agentes e instituições que integram as cadeias e setores criativos e produtivos em atividades de formação e inovação em Arte e Cultura; Incentivar a oferta e a descentralização de cursos e programas de qualificação profissional, cursos técnicos de nível médio e cursos de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão (presenciais e/ou à distância) nas áreas das linguagens artísticas, dos setores criativos e da formação de gestores públicos e empreendedores culturais; Desenvolver pesquisas, metodologias e práticas inovadoras para a implementação de políticas públicas no campo de arte e cultura, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Cultura; Criar redes de cooperação entre processos e metodologias de ensino que são desenvolvidas na Instituição e na sociedade, integrando conhecimento acadêmico com os conhecimentos populares; Capacitar os recursos humanos da área de audiovisual do IFG na criação, montagem e operação de recursos de iluminação, sonoplastia e audiovisuais, em parceria com outras instituições e agentes de cultura; Dar suporte à criação de Espaços Culturais dentro dos câmpus do IFG com foco na incubação de processos artísticos e culturais. 26 2.7 Metas do Plano de Cultura Metas 1- Criar a Rede de Cultura IFG conforme as metas, objetivos e ações definidas neste Plano de Cultura; 2- Criar e manter um site para divulgação das ações e eventos artístico-culturais promovidos pela Rede de Cultura IFG, promovendo a produção artística local e o diálogo com produtores de cultura e ações formais e não formais de ensino de artes; 3- Criar os Núcleos de Produção Cultural que serão responsáveis por coordenar as ações da Rede de Cultura IFG e fomentar ações culturais em cada câmpus; 4- Criar e fomentar quatorze grupos artísticos. Considerando as diversas linguagens artísticas, bem como a necessidade de atender demandas de todas as comunidades-sedes, esta meta prevê ações como imersões culturais com mestres artistas e da cultura popular, oficinas itinerantes em escolas públicas, oficinas para a comunidade, estudo e pesquisa para a criação e produção artísticas nas diversas linguagens, circulação de espetáculos próprios em escolas públicas e nos campus do IFG. 5- Publicar dois editais de produção artística com o objetivo de promover a elaboração estética nas diversas linguagens artísticas, a circulação de espetáculos e assessoramento de projetos artístico-culturais. Ao todo, serão atendidos quatro espetáculos de circulação, cinco de produção independente e quatorze de assessoramento; 6- Coordenar e oferecer sessenta oficinas de percussão afro-brasileira, distribuídas entre os câmpus IFG. Essas oficinas contarão com ações de confecção de instrumentos, formação e debates sobre cultura e performance instrumental; 7- Realizar quatorze concertos com grupos do IFG contribuindo para apreciação estética e formação artística, cultural e crítica tanto do público, quanto dos alunos-músicos. Ao todo, serão quatro concertos com o Grupo de Metais, três concertos com a Banda Nilo Peçanha, quatro concertos com o Côro de Câmara e três concertos o Coral do Curso Técnico de Música; 8- Realizar vinte e oito espetáculos de artes contando com uma programação eclética e pautada nas diretrizes do Plano Nacional de Cultura; 9- Subsidiar aos grupos artísticos existentes no âmbito do IFG por meio de aquisição materiais e bens – instrumentos musicais, figurinos e equipamentos – que possam garantir a excelência na performance dos mesmos; 10- Conceder vinte e duas bolsas de extensão para alunos dos cursos de Licenciatura em Música do IFG que integram de maneira voluntária os grupos artísticos da instituição, nomeadamente a Banda Nilo Peçanha, o Coro de Câmara IFG e o Grupo do Laboratório de 27 Percussão/IFG, com o objetivo de aumentar um fluxo maior de horas de ensaio e estudos (individuais e em grupo); 11- Registrar e elaborar material pedagógico que possam potencializar as ações previstas para a Rede de Cultura IFG; 12- Ofertar o curso de extensão Metodologia de Ensino de Bandas para capacitação dos professores da Rede Estadual de Educação de Goiás; 13- Realizar oito ações culturais por meio de intervenções em espaços públicos, prioritariamente praças, parques e áreas abertas. Para a realização dessas ações haverá préprodução de seleção de artistas para as intervenções urbanas. Espera-se atingir um público de cerca de setecentas e vinte pessoas com a realização de oficinas, mostras artísticas e vivência cultural; 14- Aumentar o público leitor e conhecedor da literatura goiana, que retratam a cultura, as paisagens, as tradições e o passado histórico de Goiás. Por meio do foco na literatura regional, pretende-se gerar uma ferramenta para aguçar o senso crítico e valorizar a comunidade em que vivem os sujeitos leitores; 15- Realizar doze encontros culturais com escritores goianos que envolverão contação de histórias, apresentações teatrais, e mostras literárias; 16- Realizar oito eventos de formação para a diversidade cultural com vistas a atingir um público de mil e trezentas pessoas entre cursos, vivências culturais e palestras; 17- Dar suporte à criação de quatro grupos artísticos para o IFG/Câmpus Anápolis: o Grupo Gueto (Teatro), o Grupan (Grupo de Percussão de Anápolis), o Percebe (Grupo de Percepção Musical) e o Grudança (Grupo de Dança de Anápolis). Pretende-se, com a criação desses grupos, organizar um cronograma de atividades e apresentações durante o ano, que contemple a circulação de dez apresentações em outros câmpus do IFG, vinte apresentações nas escolas da Rede Pública Municipal de Anápolis e participação no Festival de Artes de Goiás/2016 e no Encontro de Culturas Negras/2015; 18- Implementar o Núcleo de Modelagem para Redes Móveis no IFG/Câmpus Anápolis, que será responsável em desenvolver tecnologia de modelagem para dispositivos móveis capaz de criar jogos interativos/pedagógicos que auxiliem no aprendizado dos alunos das escolas públicas; 19- Criar um canal de Webtv no Youtube para divulgação das atividades da Rede de Cultura IFG e demais produções institucionais. Pretende-se disseminar conhecimentos e notícias entre alunos, servidores e a comunidade em geral. Serão publicados, no mínimo, um (1) vídeo por mês; não há quantidades máximas pré-determinadas, a quantidade dependerá das demandas oriundas do andamento das atividades; 28 20- Realizar oito oficinas de confecção de instrumentos afro-brasileiros nas comunidades escolares dos câmpus IFG de forma associada aos Pontos de Cultura dessas localidades. As oficinas abordarão três perspectivas: história da cultura afro-brasileira, confecção de instrumentos e ritmos. Ao todo, espera-se atingir um público de seiscentas pessoas; 21- Incentivar e colaborar para a reativação e/ou reestruturação dos Pontos de Cultura que tem mantido a escola de samba no município de Inhumas-GO, recuperando essa tradição cultural em vias de extinção naquela cidade; 22- Promover ações extensionistas nos câmpus do IFG em consonância às diretrizes dos eventos institucionais, nomeadamente o Encontro de Culturas Negras e o Festival de Artes; 23- Desenvolver, no mínimo, dois Fóruns de Cultura em cada comunidade-sede, um em cada ano de vigência deste Plano, para que seja aprimorado o espírito crítico em torno da importância da cultura para o desenvolvimento social do país; 24- Estruturar um Espaço de Cultura no Câmpus Anápolis com o objetivo de permitir a realização de exposições, incubação de projetos, oficinas e cursos de extensão em diversas linguagens artísticas. Com vistas à indução de ações semelhantes nos outros câmpus do interior, pretendemos incentivar a formação de dez Espaços de Cultura em nossas sedes, articulados com os Pontos de Cultura locais; 25- Provocar o debate curricular relativo ao papel formativo da cultura, bem como destacar sua importância nas concepções de mundo do trabalho e formação para as etapas da vida. Em suma, esse debate será responsável por colocar as ações desse Plano de Cultura em consonância com o Plano Nacional de Educação e o Plano Nacional de Cultura. 2.8 Metodologia A coordenação geral do Programa Rede de Cultura IFG ficará sob a reponsabilidade da PróReitoria de Extensão do IFG, com apoio e supervisão dos professores de Artes, Diretores de Câmpus e Gerentes de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão de cada câmpus, conforme o cronograma físico de execução. Inicialmente, realizaremos o Fórum de Implementação da Rede de Cultura IFG. Isso ocorrerá mediante a organização do grupo de trabalho responsável pela execução do cronograma físico previsto neste documento. Esse grupo partirá de uma reunião ampliada entre a coordenação geral e os demais envolvidos nas atividades a serem realizadas. Após esse debate em torno das metas e objetivos aqui delineados, cada câmpus organizará sua respectiva etapa do Fórum, com o propósito de discutir com suas respectivas comunidades a melhor forma de iniciar as atividades que lhes 29 forem correspondentes. De acordo com a concepção de Rede que propomos, reforçaremos a ideia de que a comunicação e a relação instituição-comunidade são essenciais à sustentabilidade dos projetos. As três linhas de ações, quais sejam, a Rede da Diversidade Cultural e Interações Artísticas, Rede da Difusão e Circulação Cultural e Rede da Inovação e Gestão Cultural, ocorrerão de forma complementar e simultânea em boa parte do cronograma a ser realizado. Dado o nosso caráter multicâmpus, somado ao perfil de atuação dos professores de Artes, bem como as peculiaridades inerentes à cultura de cada região do estado, as atividades a serem realizadas não serão as mesmas em cada cidade. Entretanto, no contexto amplo da Rede, visualizamos a necessidade de integrar tais ações, criando um canal de intercomunicação entre as diferentes linguagens artísticas e promovendo o intercâmbio entre as comunidades-sedes. Outro aspecto que julgamos importante nesse processo de criação da Rede de Cultura corresponde à conceituação dos projetos de cada linha de ação. Durante a fase de elaboração do Plano de Cultura IFG, cada comunidade-sede ficou responsável por reunir seus agentes culturais e diagnosticar as demandas existentes na área de cultura. O resultado desse processo compõe o presente documento. Por outro lado, de acordo com o Edital Mais Cultura nas Universidades, existe o desafio de integrar diferentes demandas ao mesmo Plano de Cultura. Sendo assim, criamos duas séries de projetos que delineiam nossa metodologia de ação a partir do conceito de Rede, em consonância com a necessidade de estreitar os laços entre os agentes culturais e fortalecer o papel da cultura no estado de Goiás. A série Em Tons será responsável por conduzir o eixo de atividades destinadas a grupos e agentes culturais que já se encontram em processo de criação e elaboração de projetos culturais e de extensão. De outra forma, a série Movimente-se tem como proposta organizar trabalhos artísticos incipientes, promover ações formativas e interativas no campo da cultura e ampliar os canais de comunicação com as comunidades por meio de diversas ações em locais públicos. Dentro da primeira linha de ação, a Rede da Diversidade Cultural e Interações Artísticas, ocorrerão os projetos Em Tons: formação artística e o Projeto Movimente-se: Oficinas e Criação Artística. A intercomunicação entre ambos pretende abarcar boa parte das diversificadas demandas artísticas internas e externas. O primeiro projeto, Em tons: formação artística, será responsável por coordenar e dar suporte à estruturação dos grupos artísticos institucionais e de espaços culturais. Em muitos casos, esses grupos necessitam de maior tempo de dedicação dos alunos, o que pode ser viabilizado por meio do debate curricular e pela implementação de bolsas de extensão. Além disso, os espetáculos exigem investimentos em figurino, instrumentos musicais, sonorização, iluminação, equipe técnica e diversos complementos que estão fora do planejamento da Instituição. Para tanto, foi previsto um suporte orçamentário destinado à manutenção dos grupos, bem como um cronograma de preparação e pré-produção dos espetáculos uma vez que se trata de processos artísticos que se consolidaram através da excelência nas linguagens em que atuam. Não obstante, daremos suporte à criação de espaços de cultura destinados à manutenção de cursos de extensão na área de artes e de grupos 30 artísticos, organização de exposições com trabalhos de alunos e das comunidades, e manutenção de oficinas artísticas com mestres dos saberes e fazeres da cultura popular. No Projeto Movimente-se: Oficinas e Criação Artística as atividades estarão centradas na atuação direta dos câmpus IFG junto às comunidades locais. Contempla a articulação das metas e objetivos estreitamente alinhados às demandas sociais e à condução de uma política cultural diretiva em torno dos agentes culturais em Goiás. Para a condução desse projeto, serão organizados três subprojetos: Leitura em Movimento, Percussão Afro em Movimento e o Movimente-se para a Diversidade Cultural. O subprojeto Leitura em Movimento compreende duas fases de execução. Inicialmente, será realizada uma pesquisa pormenorizada de obras da literatura goiana, considerando-se, inclusive, autores mais desconhecidos. Buscaremos compor acervos e divulgar as obras por meio de processos criativos que envolvam teatro e literatura. Faremos a adaptação dos textos que serão apresentados dentro das atividades da Rede. O subprojeto Percussão Afro em Movimento pretende conduzir o debate em torno da cultura afro-brasileira, realizando pesquisas no campo da musicalidade e promovendo oficinas de confecção de instrumentos e ritmos à comunidade. Finalmente, o subprojeto Movimente-se para a Diversidade Cultural será responsável por organizar debates e cursos de extensão sobre a cultura afro-brasileira e demais questões associadas à diversidade cultural brasileira. O diferencial dessa iniciativa está em conduzir a discussão sobre a cultura por meio de vivências, explorando diversos planos de interação: paladar, visão, estética, música, cores, dentre outros. Dentro da segunda linha de ação, Rede da Difusão e Circulação Cultural, ocorrerão os projetos Em tons: produção e circulação de espetáculos e o Movimente-se: arte na cidade. Eles serão responsáveis por dar sequência às atividades da linha de ação anterior. Especificamente, com relação à criação e aperfeiçoamento de grupos artísticos e por gerar dinâmicas de interação dentro da Rede de Cultura IFG com foco na relação sociedade/artista. No primeiro projeto, Em tons: produção e circulação de espetáculos, ocorrerão quatro subprojetos: Série de Concertos no IFG, Série Performance em Percussão, Série Espetáculos de Artes e a Série Palco Ativo. Na Série Concertos no IFG realizaremos, ao todo, quatorze concertos com grupos do IFG, sendo três com a Banda Nilo Peçanha, quatro com o Coro de Câmara, quatro com o Grupo de Metais e três com o Coral do Curso Técnico de Música. Esses concertos serão direcionados para o público das cidades do interior goiano. O projeto pretende dar continuidade à capacitação dos alunos dos cursos de música do IFG por meio de intensificação de ensaios e preparação de espetáculos. Ao mesmo tempo, favorecerá a formação crítica e estética das comunidades que receberão as apresentações. A Série Performance em Percussão conta com vinte e uma apresentações do Grupo do Laboratório de Percussão do IFG (GruLaPe), distribuídas ao longo de dois anos. Ao todo, serão atendidas dezessete cidades com atividades artístico-pedagógicas que envolverão palestras e 31 apresentações desse grupo. O GruLaPe é um grupo de extensão com o objetivo de produzir pesquisa sobre o repertório musical para grupos de percussão e contribuir para a formação artísticopedagógica dos estudantes percussionistas do curso de Licenciatura em Música do IFG. Nesse sentido, a abordagem deste subprojeto auxiliará para a formação desses estudantes e promoverá a difusão dessa experiência à comunidade. Para possibilitar a extensão de ações que já acontecem no Câmpus Goiânia aos demais câmpus do interior e região metropolitana, propomos a criação da Série Espetáculos de Artes. Um exemplo dessas atividades é o projeto Quinta-justa, que oferece uma série de espetáculos semanais à comunidade goianiense no Teatro IFG/Goiânia. Procuraremos dar continuidade e expandir essa ação. Dessa forma, as apresentações artísticas agendadas para esse Teatro, obedecerão a um cronograma de contrapartida junto aos outros câmpus do IFG. Para esse conjunto de ações estão previstas vinte oito apresentações durante o projeto, as quais levarão centenas de pessoas a apreciar espetáculos, permitindo o contato subjetivo com a estética de cada obra de arte. Na Série Palco Ativo, organizaremos dois editais para fomento de espetáculos artísticos. Eles serão elaborados com base nos objetivos deste Plano de Cultura e com vistas a promover grupos culturais externos às nossas atividades pedagógicas. Um edital será responsável pela produção e circulação de grupos e artistas já contemplados com outras formas de fomento e que pretendem dar continuidade ao trabalho. Com isso, objetiva-se possibilitar o acesso das comunidades a espetáculos profissionais reconhecidos. O segundo edital será responsável por apoiar grupos na elaboração e produção de espetáculos, em diversas linguagens artísticas. Os grupos selecionados por este edital farão apresentações nos câmpus do IFG durante a mostra de circulação. Por outro lado, este edital visa incentivar a profissionalização de artistas e grupos e a realização de eventos culturais nas comunidades-sedes. Por meio desta ação, serão disponibilizados os equipamentos culturais dos câmpus à comunidade. O projeto Movimente-se: arte na cidade será responsável pela criação de espaços artísticos itinerantes, visando a promoção da sociabilidade por meio de intervenções culturais/artísticas. Para tanto, serão catalogados os espaços – praças, parques, áreas públicas – onde serão montadas as Tendas Culturais com diversas atrações e oficinas destinadas ao público em geral. Para organização dessa atividade, procuraremos valorizar os agentes culturais locais, bem como o perfil de cada comunidade. Nas oficinas, serão tratados temas e técnicas pontuais, voltados para a iniciação artística e lazer cultural. Por outro lado, os artistas selecionados para cada Tenda Cultural deverão fazer uma proposta coletiva, sob a coordenação dos professores de Artes do IFG, com o objetivo de realizar intervenções urbanas em suas respectivas comunidades. O objetivo é de elaborar, dentro de cada Tenda Cultural, uma exposição-conceito que demonstre a maneira como a experiência estética com a arte pode influenciar a reflexão sobre o fenômeno urbano e a sociabilidade. Com isso, pretendemos criar uma situação orgânica entre o fazer-momentâneo e o fazer-constante, promovendo o intercâmbio entre agentes culturais e comunidade. A terceira linha de ação, Rede da Inovação e Gestão Cultural, será responsável pela condução dos projetos Em tons: Caravana Cultural e Movimente-se: Cultura e Cidadania. Tendo em vista o fortalecimento de ações no campo da cultura que já vem sendo desenvolvidas pelo IFG, o projeto 32 Em tons: Caravana Cultural visa à continuidade aos conceitos e iniciativas que promovemos a por meio dos eventos institucionais, o Festival de Artes de Goiás e Encontro de Culturas Negras – Povos do Cerrado. Ambos promovem debates, palestras, oficinas e mostras culturais no campo da cultura. Pretendemos inseri-los na Rede de Cultura IFG com objetivo de avançarmos em seus aspectos pedagógicos e ampliar a participação de todos os câmpus do IFG através de ações itinerantes. O projeto Movimente-se: Cultura e Cidadania será composto por ações formativas no campo da cultura, realização de fóruns sobre o Sistema Nacional de Cultura e pela elaboração de um inventário do patrimônio imaterial nos municípios envolvidos, em cooperação técnica com o IPHAN. Este mapeamento produzirá dados que atenderão aos objetivos da Rede de Cultura IFG e poderão conduzir a avaliação de continuidade desse programa. Além disso, desenvolveremos o subprojeto GAMES – Aprendizado Criativo, que será responsável por elaborar jogos pedagógicos para dispositivos móveis. Este subprojeto será conduzido em duas fases distintas. Primeiramente, será desenvolvida uma plataforma de Game educativo por meio da articulação do trabalho de professores e alunos da área de informática. Após a elaboração dessa tecnologia, os alunos envolvidos nesse projeto ficarão responsáveis por organizar cursos de criação de games junto aos alunos da Rede Estadual de Educação. Na conclusão dos trabalhos, organizaremos uma reunião para avaliação dos objetivos alcançados e elaboração do relatório final para a Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. Em seguida, serão disponibilizados à sociedade todo o material visual e demais arquivos produzidos no contexto das atividades da Rede de Cultura IFG. 2.9 Avaliação Para avaliar as ações desenvolvidas pela Rede de Cultura IFG pretende-se organizar reuniões trimestrais entre a Coordenação Geral e os representantes dos Núcleos de Produção Cultural de cada câmpus com o objetivo de efetivar o diagnóstico relativo ao andamento das atividades e a execução do cronograma físico correspondente ao Plano de Cultura IFG. Para tanto, os Núcleos de Produção Cultural serão responsáveis por elaborar uma dinâmica de produção de relatórios de atividade junto aos proponentes de cada atividade desenvolvida pelas linhas de ações da Rede de Cultura IFG. Tais relatórios deverão contar com informações referentes ao andamento das atividades, perfil e quantidade de pessoas envolvidas, resultados alcançados em cada etapa, bem como o grau de satisfação observado pelos participantes. É essencial que se avaliem todos os segmentos envolvidos: comunidade acadêmica, comunidade externa, parceiros e proponentes. A avaliação deve primar pela coerência entre o andamento das atividades em razão das metas e objetivos estabelecidos neste documento. Caso julgue necessário, a Coordenação Geral ficará responsável em discutir alterações na condução do cronograma físico que garantam o cumprimento dos objetivos e metas almejados por este Plano de Cultura. 33 3. CRONOGRAMA FÍSICO Cronograma/2015 ATIVIDADE J F M A MESES/2015 M J J A REDE DE CULTURA IFG 1. Coordenação dos trabalhos e início das X atividades do Plano de Cultura IFG 2. Fórum de Implementação da REDE DE X CULTURA IFG 3. Criação dos Núcleos de Produção Cultural X X 4. Elaboração do website da Rede de Cultura IFG X 5. Gestão e alimentação de conteúdos do website da Rede de Cultura IFG 6. Reunião para avaliação dos trabalhos – Coordenação Geral e Núcleos de Produção Cultural 7. Elaboração do Relatório de Gestão do Plano de Cultura IFG/2015 REDE DA DIVERSIDADE CULTURAL E INTERAÇÕES ARTÍSTICAS Projeto – Em Tons: formação artística 8. Ensaios GruLaPe X S O X X N D X X X X X X X 9. Produção dos Espetáculos da Banda Nilo Peçanha/ensaios X X X 10. Produção dos Espetáculos do Coral IFG/ ensaios X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 11. Produção dos Espetáculos do Grupo de Metais/ ensaios 12. Produção dos Espetáculos Coral do Curso Técnico de Música/ ensaios 13. Criação do Grupo Teatro Gueto 14. Criação do Grupo de Percussão de Anápolis 15. Criação do Grupo de Percepção Musical de Anápolis 16. Criação do Grupo de Dança de Anápolis 17. Início dos trabalhos de formação dos grupos artísticos nas comunidades-sedes 18. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo Gueto 19. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo de Percussão de Anápolis 20. Atividades do Grupo de Percepção Musical 21. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo de Dança de Anápolis 22. Coordenação dos trabalhos dos grupos artísticos nas comunidades-sedes 23. Ensaios e produção de espetáculos dos grupos artísticos das comunidades-sedes X X X X X X X X 34 24. Coordenação dos trabalhos de formação de espaços de cultura 25. Coordenação e estruturação do espaço de cultura no Câmpus Anápolis Projeto – Movimente-se: oficinas e criação artística 26. Coordenação dos trabalhos do subprojeto Leitura em Movimento 27. Coordenação dos trabalhos do subprojeto Percussão Afro em Movimento 28. Coordenação dos trabalhos do subprojeto Movimente-se para a diversidade cultural 29. Leitura em Movimento – pesquisa bibliográfica e catalogação de obras 30. Leitura em Movimento – formação do grupo artístico para adaptação dos textos literários 31. Leitura em Movimento – produção e ensaios dos grupos artísticos do projeto 32. Leitura em Movimento – realização do primeiro sarau do projeto 33. Percussão Afro em Movimento – pesquisa bibliográfica, elaboração do conteúdo pedagógico e aquisição dos materiais para as oficinas 34. Percussão Afro em Movimento – Oficinas do projeto 35. Movimente-se para a Diversidade Cultural – oficinas do projeto REDE DA DIFUSÃO E CIRCULAÇÃO CULTURAL Projeto – Em tons: produção e circulação de espetáculos 1. Concerto de abertura da circulação da Banda Nilo Peçanha 2. Concerto de abertura da circulação do Coro de Câmara IFG 3. Concerto de abertura da circulação do GruLaPe 4. Coordenação dos trabalhos, organização e seleção para a Série Espetáculos de Artes 5. Espetáculo de Abertura da Série Espetáculos de Artes 6. Elaboração e publicação dos editais de seleção da Série Palco Ativo 7. Publicação dos resultados de seleção da Série Palco Ativo 8. Ensaio e produção dos espetáculos selecionados pelo edital de fomento da Série Palco Ativo 9. Circulação de espetáculos selecionados pelo edital de circulação da Série Palco Ativo Projeto – Movimente-se: arte na cidade 10. Coordenação das atividades do projeto 11. Levantamento e deliberações relativas aos locais onde ocorrerão as atividades do projeto 12. Pesquisa e mapeamentos dos artistas para as X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 35 ações da intervenção urbana 13. Coordenação e elaboração das propostas de intervenção urbana REDE DA INOVAÇÃO E GESTÃO CULTURAL 1. Formação da equipe de elaboração dos conteúdos para o website 2. Criação do canal para a webTV/IFG Projeto – Em tons: caravana cultural 3. Integração da Rede de Cultura com as comissões do Festival de Artes e Encontro de Culturas Negras 4. Coordenação dos trabalhos do subprojeto Games: aprendizado criativo e criação do Núcleo de Modelagem para Redes Móveis 5. Games: aprendizado criativo – elaboração da plataforma para dispositivos móveis e formação da base de dados (casos de uso) Projeto – Movimente-se: cultura e cidadania 6. Coordenação dos trabalhos para elaboração do inventário cultural nas comunidades-sedes 7. Formação de equipe para elaboração dos Fóruns de Cultura da Rede. 8. Formação de equipe responsável pela capacitação dos servidores do IFG em produção artísticas 9. Formação de equipe para capacitação dos agentes culturais nas comunidades-sedes 10. Coordenação dos trabalhos para o curso de Metodologia do Ensino de Banda X X X X X X X X X X X X X X X X O N D X X X X X X X X X X X X X X Cronograma/2016 ATIVIDADE J F M A MESES/2016 M J J A REDE DE CULTURA IFG 1. Coordenação dos trabalhos e avaliação do X calendário e atividades para 2016 2. Reunião dos Núcleos de Produção Cultural X X com as comunidades locais 3. Gerenciamento dos conteúdos para o website X X da Rede de Cultura IFG 4. Gestão e alimentação de conteúdos do website X X X X X X da Rede de Cultura IFG 5. Reunião para avaliação dos trabalhos – Coordenação Geral e Núcleos de Produção X X Cultural 6. Elaboração do Relatório de Gestão do Plano de Cultura IFG/2016 REDE DA DIVERSIDADE CULTURAL E INTERAÇÕES ARTÍSTICAS Projeto – Em Tons: formação artística 1. Ensaios GruLaPe X X X X X X S X X X X X X X X X X X X X X X X X X 36 2. Produção dos Espetáculos da Banda Nilo Peçanha/ensaios X X X X X X X X X X X X 3. Produção dos IFG/ensaios X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Espetáculos do Coral 4. Produção dos Espetáculos do Grupo de Metais/ensaios 5. Produção dos Espetáculos do Coral do Curso Técnico de Música/ensaios 6. Produção e ensaios dos grupos artísticos nas X comunidades-sedes 7. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo X Gueto 8. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo de X Percussão de Anápolis 9. Atividades do Grupo de Percepção Musical X 10. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo de X Dança de Anápolis 11. Coordenação dos trabalhos dos grupos artísticos nas comunidades-sedes 12. Ensaios e produção de espetáculos dos grupos artísticos das comunidades-sedes 13. Estruturação e realização de cursos e exposições no Espaço de Cultura – Câmpus X Anápolis 14. Estruturação e realização de cursos e exposições nos Espaços de Cultura – todos Câmpus Projeto – Movimente-se: oficinas e criação artística 15. Leitura em Movimento – produção e ensaios X dos grupos artísticos do projeto 16. Leitura em Movimento – palestras com os escritores e saraus temáticos do projeto 17. Percussão Afro em Movimento – realização das oficinas de confecção de instrumentos 18. Movimente-se para a diversidade cultural – oficinas do projeto X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X REDE DA DIFUSÃO E CIRCULAÇÃO CULTURAL Projeto – Em tons: produção e circulação de espetáculos 1. Circulação de espetáculos da Banda Nilo Peçanha 2. Circulação de espetáculos do Coro de Câmara IFG 3. Circulação de espetáculos do Grupo de Metais X 4. Circulação de espetáculos do Coral do Curso Técnico de Música 5. Circulação de espetáculos do GruLaPe X 6. Circulação de espetáculos da Série X X Espetáculos de Artes 7. Ensaio, produção e circulação dos espetáculos X X selecionados pelo edital de fomento da Série Palco Ativo 8. Circulação dos espetáculos selecionados pelo X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 37 edital de circulação da Série Palco Ativo 9. Circulação de espetáculos – grupos artísticos das comunidades-sedes 10. Circulação de espetáculos – Grupo Gueto 11. Circulação de espetáculos – Grupo de Percussão de Anápolis 12. Circulação de espetáculos – Grupo de Dança de Anápolis 13. Mostra dos espetáculos das comunidades-sede 14. Circulação de espetáculos – grupos artísticos das comunidades-sedes Projeto – Movimente-se: arte na cidade 15. Realização das propostas de intervenção urbana 16. Coordenação e realização das propostas de criação dos espaços culturais, mostras artísticas e oficinas do projeto X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X REDE DA INOVAÇÃO E GESTÃO CULTURAL Projeto – Em tons: caravana cultural 1. Realização dos eventos culturais itinerantes Caravana Festival de Artes. 2. Realização dos eventos culturais itinerantes Caravana Encontro de Culturas Negras 3. Games: aprendizado criativo – elaboração da plataforma para dispositivos móveis 4. Games: aprendizado criativo – oficinas de criação de jogos pedagógicos com alunos da rede pública estadual Projeto – Movimente-se: cultura e cidadania 5. Realização dos Fóruns de Cultura da Rede 6. Capacitação dos servidores do IFG em produção artística 7. Capacitação dos agentes culturais nas comunidades-sedes 8. Curso de Metodologia do Ensino de Banda para professores da Rede Pública Estadual de Educação 9. Elaboração do inventário de cultura nas comunidades-sedes 10. Produção do relatório e organização da base de dados do inventário de cultura X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X MESES/2017 M J J A S O N D X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Cronograma 2017 ATIVIDADE J REDE DE CULTURA IFG 1. Coordenação dos trabalhos e avaliação do calendário e atividades para 2017 X F M A 38 2. Reunião dos Núcleos de Produção Cultural X X com as comunidades locais 3. Gerenciamento dos conteúdos para o website X da Rede de Cultura IFG 4. Gestão e alimentação de conteúdos do website X X X X X X da Rede de Cultura IFG 5. Reunião para avaliação dos trabalhos – Coordenação Geral e Núcleos de Produção X X Cultural 6. Elaboração do Relatório Final de Gestão do X Plano de Cultura IFG e prestação de contas 7. Finalização das atividades programadas, avaliação, e definição da proposta de X continuidade da Rede de Cultura IFG REDE DA DIVERSIDADE CULTURAL E INTERAÇÕES ARTÍSTICAS Projeto – Em Tons: formação artística 8. Ensaios GruLaPe X X X X X 9. Ensaios da Banda Nilo Peçanha 10. Ensaios do Coral IFG X X X X X X X X X X X X X X X X X 11. Ensaios do Grupo de Metais X 12. Ensaios do Coral do Curso Técnico de Música X 13. Produção e ensaios dos grupos artísticos nas X comunidades-sedes 14. Circulação de espetáculos – grupos artísticos X das comunidades-sedes 15. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo X Gueto 16. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo de X Percussão de Anápolis 17. Atividades do Grupo de Percepção Musical X 18. Ensaios e produção de espetáculo – Grupo de X Dança de Anápolis 19. Coordenação dos trabalhos dos grupos X artísticos nas comunidades-sedes 20. Ensaios e produção de espetáculos dos grupos X artísticos das comunidades-sedes 21. Oficinas e exposições nos Espaços de Cultura X – todos Câmpus Projeto – Movimente-se: oficinas e criação artística 22. Leitura em Movimento – produção e ensaios X dos grupos artísticos do projeto 23. Leitura em Movimento – palestras com os escritores e saraus temáticos do projeto 24. Percussão Afro em Movimento – realização das oficinas de confecção de instrumentos 25. Movimente-se para a diversidade – oficinas do projeto X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X REDE DA DIFUSÃO E CIRCULAÇÃO CULTURAL Projeto – Em tons: produção e circulação de espetáculos 1. Circulação de espetáculos da Banda Nilo X Peçanha X 39 2. Circulação de espetáculos do Coro de Câmara IFG 3. Circulação de espetáculos do Grupo de Metais 4. Circulação de espetáculos do Coral do Curso Técnico de Música 5. Circulação de espetáculos do GruLaPe 6. Circulação de espetáculos da Série Espetáculos de Artes 7. Ensaio, produção e circulação dos espetáculos selecionados pelo edital de fomento da Série Palco Ativo 8. Circulação dos espetáculos selecionados pelos editais de circulação da Série Palco Ativo 9. Circulação de espetáculos – grupos artísticos das comunidades-sedes 10. Circulação de espetáculos – Grupo Gueto 11. Circulação de espetáculos – Grupo de Percussão de Anápolis 12. Circulação de espetáculos – Grupo de Dança de Anápolis 13. Mostra dos espetáculos das comunidades-sede Projeto – Movimente-se: arte na cidade 14. Realização das propostas de intervenção urbana 15. Coordenação e realização das propostas de criação dos espaços culturais, mostras artísticas e oficinas do projeto X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X REDE DA INOVAÇÃO E GESTÃO CULTURAL Projeto – Em tons: caravana cultural 1. Realização dos eventos culturais itinerantes Caravana Festival de Artes. 2. Realização dos eventos culturais itinerantes Caravana Encontro de Culturas Negras 3. Jogos Movimento Criativo – disponibilização dos jogos para redes móveis e seminário de encerramento do projeto Projeto – Movimente-se: cultura e cidadania 4. Realização dos Fóruns de Cultura da Rede 5. Capacitação dos agentes culturais nas comunidades-sedes 6. Curso de Metodologia do Ensino de Banda para professores da Rede Pública Estadual de Educação 7. Fórum de Cultura da Rede – Etapa Estadual X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 40 3.1 Cronograma Financeiro ATIVIDADE 1º trimestre REDE DE CULTURA IFG Produção/Execução 43.850,75 Período 2015/2016 2º trimestre 3º trimestre 43.646,75 24.848,75 TOTAL 4º trimestre 22.648,75 TOTAL/ANUAL REDE DA DIVERSIDADE CULTURAL E INTERAÇÕES ARTÍSTICAS Em Tons: Formação Artística 63.955,00 63.955,00 Movimente-se: Oficinas e Criação Artística 18.714,00 18.712,00 71.585,00 16.212,00 78.955,00 16.212,00 TOTAL/ANUAL REDE DA DIFUSÃO E CIRCULAÇÃO CULTURAL Em Tons: Produção e Circulação de Espetáculos Movimente-se Arte na Cidade 15.450,00 32.033,50 15.450,00 22.567,00 15.450,00 21.500,00 15.450,00 12.033,50 TOTAL/ANUAL REDE DA INOVAÇÃO E GESTÃO CULTURAL Em Tons: Caravana Cultural Movimente-se: Cultura e Cidadania 11.682,00 14.975,00 ATIVIDADE 1º trimestre REDE DE CULTURA IFG Produção/Execução 43.850,75 21.491,00 14.975,00 21.571,00 14.975,00 TOTAL DO PERÍODO 779.454,00 34.848,75 TOTAL 4º trimestre 12.648,75 61.585,00 19.212,00 28.955,00 12.212,00 TOTAL/ANUAL REDE DA DIFUSÃO E CIRCULAÇÃO CULTURAL Em Tons: Produção e Circulação de Espetáculos Movimente-se Arte na Cidade 15.450,00 32.033,50 15.450,00 22.567,00 15.450,00 21.500,00 15.450,00 12.033,50 TOTAL/ANUAL REDE DA INOVAÇÃO E GESTÃO CULTURAL Em Tons: Caravana Cultural Movimente-se: Cultura e Cidadania 21.682,00 14.975,00 21.491,00 14.975,00 61.800,00 88.134,00 149.934,00 TOTAL/ANUAL TOTAL/ANUAL REDE DA DIVERSIDADE CULTURAL E INTERAÇÕES ARTÍSTICAS Em Tons: Formação Artística 63.955,00 63.955,00 Movimente-se: Oficinas e Criação Artística 18.714,00 19.712,00 278.450,00 69.850,00 348.300,00 86.365,00 59.900,00 146.265,00 Período 2016/2017 2º trimestre 3º trimestre 43.646,75 31.621,00 14.975,00 134.995,00 134.995,00 21.571,00 14.975,00 11.621,00 14.975,00 TOTAL/ANUAL TOTAL DO PERÍODO 134.995,00 134.995,00 218.450,00 69.850,00 288.300,00 61.800,00 88.134,00 149.934,00 86.365,00 59.900,00 146.265,00 719.454,00 RESUMO DO CRONOGRAMA Período 2015/2016 Período 2016/2017 779.454,00 719.454,00 TOTAL DO CRONOGRAMA 2015-2017 1.498.908,00 41 3.1.2 Planilha orçamentária DEVIDO À LIBERAÇÃO ORÇAMENTÁRIA SER INFERIOR AO VALOR SOLICITADO, NOSSA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA ESTÁ EM FASE DE READEQUAÇÃO. EM BREVE DISPONILIZAREMOS O ARQUIVO COM A PLANILHA CORRIGIDA. Sobre os recursos financeiros disponibilizados para o Plano de Cultura IFG Tendo em vista o cumprimento das metas e ações previstas neste Plano de Cultura, o Instituto Federal de Goiás se compromete a cobrir as despesas de diárias e passagens, os excedentes de transporte, prestação de contas, despesas complementares e assessoria técnica que não foram detalhados na Planilha Orçamentária. Tratam-se de despesas não-mensuráveis que, dentro da nossa experiência, podem inviabilizar a construção dos objetivos estabelecidos. Dessa forma, tais recursos estão previstos no planejamento orçamentário dos câmpus IFG e da Reitoria. 3.2 Envolvimento da comunidade na qual a Instituição está inserida A Rede de Cultura IFG pretende articular todas as atividades culturais a serem desenvolvidas juntamente com as comunidades na qual se inserem os câmpus do IFG. Por se tratar de um planejamento elaborado no contexto da extensão, o Plano de Cultura IFG se insere nas políticas inerentes às atividades institucionais desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Extensão, bem como pelas Gerências de Pesquisa, Pós-gradução e Extensão dos câmpus. No âmbito do Instituto Federal de Goiás, a extensão compõe a formação integral dos educandos, em sintonia com as realidades regionais e as políticas públicas de desenvolvimento social, econômico, artístico, cultural e ambiental. É o espaço em que a Instituição articula e integra o saber fazer em face da realidade social, econômica, cultural e ambiental da região na qual está inserido. Essa prática acadêmica, que articula o papel social com as demandas da população, concorre para a formação de um profissional-cidadão e para a consolidação dos câmpus do IFG como espaço de socialização do conhecimento na busca da superação das desigualdades sociais. Nesse sentido, desenvolveremos atividades de mapeamento das ações locais já desenvolvidas nas comunidades-sedes e seus arredores. Promoveremos cursos, oficinas e apresentações culturais abertos ao público. Além disso, fortaleceremos o desenvolvimento de ações de pesquisa com o público interno, promovendo a produção de conhecimentos em arte e cultura com a disponibilidade de bolsas para alunos. Tais ações, voltadas para as comunidades externa e interna, produzirão um impacto significante relativo ao papel da cultura nas localidades contempladas pelas ações previstas. 42 3.3 Envolvimento do Plano de Cultura com a população em situação de vulnerabilidade social Os projetos de implementação dos câmpus do Instituto Federal de Goiás consideram como critério de inserção de seus cursos e atividades a condição de atender às demandas sociais da população de baixa renda. Na maior parte dos casos, os câmpus estão localizados em regiões periféricas e/ou circundados por conjuntos habitacionais de casas populares e por um grande contingente de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por reconhecer essa realidade, as políticas desenvolvidas por esta Instituição estão pautadas em conceitos e concepção de que o serviço público deve contribuir para a superação do nosso quadro de desigualdade social. O envolvimento dessa população nas atividades artísticas, culturais e educacionais do Instituto Federal de Goiás é de extremo interesse e vem sendo buscada desde a implantação de projetos e programas como o Mulheres Mil, o Pronatec, Projeto FORMA, diversos programas de apoio a estudantes carentes e por meio dos eventos institucionais. Somado a essa realidade, as atividades extensionistas do IFG tem procurado articular projetos com o objetivo de assessorar comunidades rurais em situação de vulnerabilidade, especificamente, famílias que vivem da agricultura familiar e quilombolas. Partindo desses canais de intervenção já constituídos, a nossa rede de cultura envolverá essas comunidades na realização das atividades conjecturadas. Por meio da implementação da Rede de Cultura IFG, portanto, desenvolveremos ações integradoras entre a comunidade carente e as propostas deste Plano de Cultura. A abordagem proposta e os objetivos estabelecidos pretendem criar um ambiente de sustentação para que a produção cultural seja estimulada e represente uma abertura ao desenvolvimento social dos segmentos sociais em situação de vulnerabilidade social. 3.4 Envolvimento do Plano de Cultura com a diversidade cultural brasileira As ações propostas pela implementação da Rede de Cultura IFG, preveem o reconhecimento e valorização da cultura e da arte locais, ao envolver a comunidade e seus produtores na vida artística e cultural dos câmpus e suas intermediações. As tradições caipiras, a cultura de rua, o hip hop, a cultura cigana, cultura afro-brasileira, cultura indígena, cultura digital, a cultura LGBT e cultura de periferia são presentes nas representações coletivas e na arte das comunidades a serem abrangidas, sobretudo nas regiões mais populosas. Por meio deste Plano de Cultura, o IFG visa integrar-se ainda mais com esses produtores e agentes culturais, ao envolvê-los com a proposta de potencializar o papel transformador da cultura, associando o espaço educativo e a diversidade cultural que o rodeia, valorizando e reconhecendo todos os tipos de saberes. Este Plano de Cultura pretende contribuir para a formação de sujeitos abertos ao mundo, 43 compreensivos em seus valores e tolerantes com as diferenças e pluralidades sociais e culturais de nosso tempo. Dessa forma, espera-se contribuir para a articulação e promoção das interfaces entre educação, arte e cultura, assim como para a aplicação das Diretrizes Curriculares Nacionais, do Plano Nacional de Educação e do Plano Nacional de Cultura. As comunidades tradicionais existentes nas imediações dos câmpus IFG são de grande importância para o contexto regional no qual estão inseridas. Os saberes e fazeres dos indígenas e dos quilombolas, por exemplo, são responsáveis pela sustentabilidade do modo de vida que se consolidou no Cerrado goiano. Tal modo de vida está carregado de elementos cotidianos e tradicionais que, diferentemente da cultura globalizada dos grandes centros urbanos, possuem temporalidade e materialidade diferenciadas. Suas atividades produtivas, portanto, possuem valores simbólicos que serão reconhecidos e promovidos a partir das metas deste Plano de Cultura. Por fim, cabe ressaltar que os membros das comunidades tradicionais de Goiás, artistas, servidores e alunos do IFG, professores e alunos da rede pública estadual, professores e alunos das redes públicas municipais, serão envolvidos diretamente nas ações aqui delineadas. Não obstante, a diversidade cultural e regional inerente à realização das metas desse Plano de Cultura constituirá, por sua vez, parte do debate em torno da multiplicidade cultural brasileira. 44 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APPLE, Michel W. Educação e Poder. Artes Médicas: Porto Alegre, 1989. APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. São Paulo, Brasiliense, 1982. APPLE, M. W. (1994). Repensando ideologia e currículo. In: MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. (Org.). Currículo, Cultura e Sociedade. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995. APPLE, M. W. Conhecimento oficial: a educação democrática numa era conservadora. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999. BACZKO, Bronislaw. A imaginação social. In: Leach, Edmund et Alii. Anthropos-Homem. Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985. BRASIL. CNE/CEB (1998). Resolução N°3, de 26 de Junho de 1998, Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Recuperado www.portal.mec.gov.br, acesso em: 16/12/2014. BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Educação profissional: legislação básica. Brasília, DF: PROEP, 1998a. BRASIL. Decreto n. 2.208, de 17 de abril de 1997. 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