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XIX Congresso Nacional de Coloproctologia
Porto, 3 e 4 de Dezembro de 2009
Presidente de Honra
António Carlos Saraiva
Presidente
Miguel Mascarenhas Saraiva
Secretário
Pedro Correia da Silva
Comissão Organizadora
Américo Dias Pereira
Ana Maria Branco
Anabela Rocha
F. Castro Poças
Joaquim Costa Pereira
José Alexandre Sarmento
Raquel Gonçalves
Local
Hotel Ipanema Park
Secretariado
Skyros Congressos
Avª Dr. Antunes Guimarães, nº 554
4100-074 PORTO
Tel: 22 616 5450
Fax: 226189538
Email: [email protected]
Email do Secretariado científico: [email protected]
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Programa
Dia 3 de Dezembro de 2009
9h00m
Sessão de Comunicações livres
Presidente: J Ricardo Teixeira
Moderadores:
Pedro Amaro
António David Marques
Alexandre Monteiro
Ana Maria Branco
CO-01 ADALIMUMAB NA COLITE COLITE ULCEROSA – NOVAS
PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS. Ferreira F., Magro F, Macego G.
CO-02 QUALIDADE DE VIDA E GRAU DE CONTINÊNCIA ANAL EM DOENTES
COM PROCTOCOLECTOMIA RECONSTRUTIVA (PCR) POR COLITE ULCEROSA.
A. Manso, J. S. Leite, S. Martins, C. Carvalho, A. Monteiro, J. Oliveira, M. Martins, F.
Castro-Sousa
CO-03 DOENÇA DE CROHN PERIANAL FISTULIZANTE – EXPERIÊNCIA DA
CONSULTA DE PROCTOLOGIA
Catarina Graça Rodrigues, Leonel Ricardo, Alexandra Martins, Julieta Félix, Sara
F. Alberto, Eduardo Pires, João de Deus
CO-04 DOENÇA DE CROHN: EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES COM
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Elisabete Barbosa,
Herculano Moreira, Amadeu Pimenta
CO-05 ABCESSOS PERIANAIS – ESTUDO RETROSPECTIVO
Diva Silva, Américo Dias Pereira, Rosa Sousa, Vera Resende, Adriana Sousa, Gil
Gonçalves, Mário Nora
CO-06 DEFECOGRAFIA NA AVALIAÇÃO DO PROLAPSO RECTAL. AINDA UMA
FERRAMENTA ÚTIL ?
Miguel Mascarenhas Saraiva, Vera Costa Dias, F. Castro Poças
CO-07 RECONSTITUIÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL: CARACTERÍSTICAS E
MORBIMORTALIDADE
Fernanda Nogueira, Sandra Martins, Javier Lamelas, Mesquita Rodrigues
CO-08 ENCERRAMENTO DE ESTOMAS DERIVATIVOS – ESTUDO
RETROSPECTIVO
Diva Silva, Américo Dias Pereira, Rosa Sousa, Vera Resende, Gil Gonçalves, Mário
Nora
3
CO–09 TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA FISSURA ANAL – ANÁLISE
RETROSPECTIVA - Bruno Arroja, Manuela Canhoto, Cláudia Gonçalves, Filipe
Silva, Isabel Cotrim, Helena Vasconcelos
10h30m
Intervalo
11h00m
Mesa-Redonda: Tópicos em Doença Inflamatória Intestinal
Presidentes:
Araújo Teixeira
José Manuel Romãozinho
Moderadores:
João Pimentel
Fernando Magro
Indicações cirúrgicas na colite ulcerosa – João Gíria
Vigilância na DII – Francisco Portela
Os riscos da terapêutica biológica – Paula Lago
Cirurgia laparoscópica na DII – Anabela Rocha
Painel de Discussão:
Raquel Gonçalves
Marília Cravo
Alexandre Duarte
João Malaquias Leitão
12h30m
Sessão de Abertura
Presidente de Honra: António Carlos Saraiva
Entrega do prémio Decomed 2009
Apresentação do XIX Congresso Nacional de Coloproctologia /
Reunião Ibérica em Badajoz (2010)
13h00m
Almoço
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14h30m
Mesa-redonda: Unidade de Pavimento Pélvico
Presidentes:
Antonino Camacho
Júlio Leite
Moderadores:
Pedro Correia da Silva
F. Castro Poças
Participação da Urologia – Mário João Gomes
Participação da Ginecologia – Teresa Mascarenhas
Participação da Cirurgia – Vicent Roig (Valência)
Participação da Gastrenterologia –Miguel Minguez (Valência)
Painel de discussão:
Carla Cardoso
Irene Martins
Vieira Amândio
Pedro Moniz Pereira
16h00m
Intervalo
Visita à exposição de Comunicações em Poster:
Comunicações em Poster:
CP-01 TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES MÚLTIPLO DO CÓLON - João
Soares, Artur Machado, Aníbal Ferreira, Carla Rolanda e Raquel Gonçalves
CP-02 PLUG SURGISIS COMO TRATAMENTO DE FISTULA RECTOVAGINAL –
UM CASO CLÍNICO - Tiago Ferreira; Maria Rosa Sousa, Américo Dias Pereira,
António Soares
CP-03 CONDILOMAS PERIANAIS – UMA QUESTÃO ESTÉTICA - Tiago Ferreira;
Américo Dias Pereira, Maria Rosa Sousa, António Soares
CP-04 VOLVO DO CEGO: A PROPÓSITO DE 2 CASOS CLÍNICOS - João Pinho,
Filipa Santos, Raquel Dias, Isabel Borges, Alice Fonseca, Lucília Conceição, José
Cecílio, Amândio Matos, José Couceiro, Martinho Almeida, Max Melo, Costa
Serrão, Alberto Seabra
CP-05 PÓLIPO CLOACOGÉNICO INFLAMATÓRIO – UMA CAUSA INCOMUM DE
RECTORRAGIA - Joana Saiote, Cátia Quintela, M. João Bettencourt
CP-06 FÍSTULA URETRO-RECTAL APÓS PROSTATECTOMIA RADICAL – Caso
Clínico - T. Santos Silva, A. Duarte, J. Pimentel
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CP-07 CAUSA RARA DE COLITE ISQUÉMICA - Ana Nunes, Vítor Fernandes,
Cristina Fonseca, Henrique Santos, João Freitas
CP-08 CLOSTRIDIUM DIFFICILE E AGUDIZAÇÃO DA DOENÇA
INFLAMATÓRIA INTESTINAL - AVALIAÇÃO DE UM ANO DE
INTERNAMENTOS NUM SERVIÇO DE GASTRENTEROLOGIA - Joana Saiote,
Gonçalo Ramos, Liliana Santos, Teresinha Valente, Teresa Bentes, Jaime Ramos
CP-09 COLITE POR CMV E ABCESSO HEPÁTICO - Ferreira A, Soares J, Pereira P,
Pardal F, Falcão S, Gonçalves R, Macedo G
CP-10 CAUSA RARA DE OCLUSÃO INTESTINAL - Soraia Silva; Sofia Nunes;
Nuno Azenha; Mário Sérgio; José Pena; Fernando Martinho
CP-11 MASSA ABDOMINAL EM DOENTE TRATADA COM METOTREXATO CASO CLÍNICO - Ana Nunes, Paula Borralho, João Freitas
CP-12 GANGLIONEUROMATOSE INTESTINAL ESPORÁDICA NUM JOVEM
ADULTO - Teresa Moreira, Germano Villas-Boas , Olinda Lima
CP-13 ADENOCARCINOMA DO ILEON – UMA NEOPLASIA RARA - Hugo SantosSousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre, Elisabete Barbosa, Filomena
Barreto, Luís Malheiro, Pedro Correia-da-Silva, Amadeu Pimenta
CP-14 FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A APENDICITE AGUDA
PERFURADA - Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre,
Elisabete Barbosa, Renato Bessa-de-Melo, John Preto, Amadeu Pimenta
CP-15 FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A DIVERTICULITE AGUDA
PERFURADA - Tiago Bouça-Machado, Hugo Santos-Sousa, Luís Lencastre,
Renato Bessa-de-Melo, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Pedro
Correia-da-Silva, Amadeu Pimenta
CP-16 MEGACÓLON SECUNDÁRIO A IMPACTAÇÃO FECAL EM DOENTE
PSIQUIÁTRICO - Tiago Bouça-Machado, Hugo Santos-Sousa, Luís Lencastre,
Mariana Sacchetti, Elisabete Barbosa, Amadeu Pimenta
CP-17 TORÇÃO DO APÊNDICE: UMA ENTIDADE RARA - Luís Lencastre, Hugo
Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Herculano Moreira, Eduardo Lima-daCosta, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Amadeu Pimenta
CP-18 TUBERCULOSE APENDICULAR COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE
APENDICITE AGUDA - Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís
Lencastre, Catarina Eloy, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Amadeu
Pimenta
6
CP-19 VÓLVULO CECAL NO CONTEXTO DE PARALISIA CEREBRAL - Luís
Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Inês Romero, Elisabete
Barbosa, Herculano Moreira, Amadeu Pimenta
CP-20 DOENÇA DE CROHN - CAUSA DIRECTA RARA DE PANCREATITE Helena Marques; Sandra Martins; Javier Lamelas; Mesquita Rodrigues
CP-21 OCLUSÃO INTESTINAL ALTA - UM CASO RARO POR METÁSTASE DE
CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO - Helena Marques; Sandra Martins; Javier
Lamelas; Mesquita Rodrigues
CP-22 VOLVO DO CÓLON: CASUÍSTICA DO SERVIÇO DE CIRURGIA DO HDFF
NOS ÚLTIMOS 6 ANOS - Filipa Santos, João Pinho, Raquel Dias, Isabel Borges,
Alice Fonseca, Lucília Conceição, José Cecílio, Amândio Matos, José Couceiro,
Martinho Almeida, Max Melo, Costa Serrão, Alberto Seabra
CP-23 RESSECÇÃO INTERESFINCTÉRICA NO CANCRO DO RECTO: PODE
CONSIDERAR-SE UMA INTERVENÇÃO SEGURA? - J. S. Leite, A. Manso, S.
Martins, C. Carvalho, A. Monteiro, I. Portela, J. Oliveira, F. Castro-Sousa
CP-24 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE “HAEMACELL”
COM AZUL DE METILENO NAS MUCOSECTOMIAS PARA EXÉRESE DE
PÓLIPOS COLO-RECTAIS - Vera Costa Dias, Rolando Pinho, F. Castro Poças,
Miguel Mascarenhas Saraiva
CP-25 SCHISTOSSOMÍASE CRÓNICA: UMA ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
ALTERNATIVA - Ferreira A, Pereira P, Macedo G
16h30m
Conferencia: Estudo genético no cancro colo-rectal
Presidente: F. Tavarela Veloso
Palestrante: José Manuel Soares
17h00m
Sessão de Comunicações em vídeo
Presidente: Rocha Pires
Moderadores:
Nuno Paz
Helena Vasconcelos
Correia Neves
Mesquita Rodrigues
CV-01 ENTEROSCOPIA NA DOENÇA DE CROHN – Miguel Mascarenhas Saraiva,
Eduardo Oliveira, Rolando Pinho
7
CV-02 ILEOCOLECTOMIA LAPAROSCÓPICAMENTE ASSISTIDA POR DOENÇA
DE CROHN - Américo Dias Pereira; António Soares; Rute Cerqueira; Diva Silva;
Jorge Costa; Mário Nora
CV-03 HEMICOLECTOMIA DIREITA POR VIA (EXCLUSIVAMENTE)
LAPAROSCÓPICA. - F.Castro Sousa, J.Soares Leite, Mónica Martins, V.Almeida,
P.Moura
CV-04 RESSECÇÃO ANTERIOR DO RECTO LAPAROSCÓPICA – um exemplo de
grande evidência anatómica - Américo Dias Pereira; Adriana Sousa; Tânia
Teixeira; Jorge Costa; Diva Silva; António José Reis; Rosa Sousa; Gil Gonçalves;
Mário Nora
CV-05 HEMORROIDOPEXIA TRANSANAL MANUAL - Júlio S. Leite, Mónica
Martins
18h15m
Assembleia Geral da SPCP
20h30m
Jantar do Congresso
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4 de Dezembro
9h00m
Sessão de Comunicações Livres
Presidente – A Mascarenhas Saraiva
Moderadores:
José Alexandre Sarmento
Venâncio Mendes
Martins Barata
Jorge Maciel
CO-10 RISCO DE CANCRO COLO-RECTAL NOS DOENTES PORTADORES DE
MUTAÇÕES MYH BIALÉLICAS E MONOALÉLICAS - J. S. Leite, A. Manso, S.
Martins, C. Carvalho, P. Amaro, O. Albuquerque, A. Almeida Santos, F. CastroSousa
CO-11 MUTAÇÕES DO GENE CARD15 E CANCRO COLO-RECTAL NA
POPULAÇÃO PORTUGUESA - Paulo Freire, Francisco Portela, Maria Manuel
Donato, Pedro Figueiredo, Pedro Amaro, Manuela Ferreira, Anabela Sá, Paulo
Andrade, Hermano Gouveia, Carlos Sofia, M. C. Leitão
CO-12 FACTORES ANATÓMICOS PREDITIVOS DE COLONOSCOPIA
INCOMPLETA - Duque G., Freire P., Ferreira M., Amaro P., Gouveia H., Sofia C.,
Paulino C., Graça B., Alves F.
CO-13 PODEREMOS FICAR TRANQUILOS COM A NÃO DETECÇÃO DOS
MICROPÓLIPOS PELA COLONOGRAFIA POR TC? - Duque G., Freire P., Ameida
N., Leitão C., Figueiredo P., Ferreira M., Gouveia H., Sofia C.
CO-14 ABORDAGEM TERAPÊUTICA DO CARCINOMA COLORRECTAL
AVANÇADO NA APRESENTAÇÃO INICIAL - Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa,
Tiago Bouça-Machado, Miguel Barbosa, Isabel Carvalho, Pedro Correia-da-Silva,
Amadeu Pimenta
CO-15 A RESPOSTA À RÁDIO-QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE (RQTN)
COMO FACTOR PROGNÓSTICO NO CARCINOMA DO RECTO - Carlos Soares,
Elisabete Barbosa, João Pinto-de-Sousa, Cristina Sarmento, Margarida Lima,
Pedro Correia Silva, Amadeu Pimenta
CO-16 NOVA TÉCNICA DE ANASTOMOSE EM CIRURGIA LAPAROSCÓPICA DO
RECTO - Limbert Manuel, Mendes de Almeida JC
CO-17 OPERAÇÃO DE LONGO (PROCTOMUCOSECTOMIA COM
PROCTOMUCOSOPEXIA MECÂNICA): FUNDAMENTOS, INDICAÇÕES E
9
PORMENORES DA TÉCNICA PARA EVITAR COMPLICAÇÕES - João Vieira,
Rogélio Andrés Luna, Jesus Giraldo, Isabel Iria, Jorge Correia, H. de Vasconcelos
Dias, H.Bicha Castelo.
CO-18 OPERAÇÃO DE LONGO (PROCTOMUCOSECTOMIA COM
PROCTOMUCOSOPEXIA MECÂNICA): ANÁLISE CASUÍSTICA DA EXPERIENCIA
DA EQUIPA DE COLOPROCTOLOGIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA II (HOSPITAL
PULIDO VALENTE) DO C.H.L.N. - João Vieira, Rogélio Andrés Luna, Jesus
Giraldo, Isabel Iria, Jorge Correia, H. de Vasconcelos Dias, H. Bicha Castelo.
10h30m
Intervalo
11h00m
Mesa redonda: Doença diverticular do Cólon revisitada
Presidentes:
Cruz Pinho
Santos Bessa
Moderadores:
Américo Dias Pereira
Paula Alexandrino
Abordagem do gastrenterologista: João Ramos Deus
Abordagem do imagiologista: Fernanda Reis
Cirurgia na diverticulite aguda: Celso Silva
Cirurgia electiva: Henrique Bicha Castelo
Painel de discussão:
Marisa Santos
Eduardo Pereira
Guilherme Tralhão
Vítor Fernandes
12h30m
Conferencia: Fistulas anais
Presidente: F. Castro Sousa
Palestrante: J. Vicent Roig
13h00m
Sessão de encerramento
Entrega de prémios às Comunicações
10
Júris dos Prémios
Prémio para Comunicação em vídeo
Presidente – Carlos Costa Almeida
Vogais
João Carvalho
Jaime Ramos
António Araújo Teixeira
Fernando Aldeia
Prémio para Comunicação oral
Presidente – João Leitão
Vogais
Manuela Ferreira
José Pedrosa
Susana Costa
Manuel Limbert
Prémio para Comunicação em poster
Presidente – Manuel Liberato
Vogais
António Banhudo
Joaquim Pinto de Matos
Adriano Paim
Manuel Tavares Magalhães
11
Resumos das comunicações
a) Comunicações
orais (CO)
b) Comunicações em
vídeo (CV)
c) Comunicações em
poster (CP)
12
a)
Comunicações Orais
CO-01 ADALIMUMAB NA COLITE COLITE ULCEROSA
PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS - Ferreira F., Magro F, Macego G.
–
NOVAS
CO-02 QUALIDADE DE VIDA E GRAU DE CONTINÊNCIA ANAL EM DOENTES
COM PROCTOCOLECTOMIA RECONSTRUTIVA (PCR) POR COLITE ULCEROSA.
A. Manso, J. S. Leite, S. Martins, C. Carvalho, A. Monteiro, J. Oliveira, M. Martins, F.
Castro-Sousa
CO-03 DOENÇA DE CROHN PERIANAL FISTULIZANTE – EXPERIÊNCIA DA
CONSULTA DE PROCTOLOGIA - Catarina Graça Rodrigues, Leonel Ricardo,
Alexandra Martins, Julieta Félix, Sara F. Alberto, Eduardo Pires, João de Deus
CO-04 DOENÇA DE CROHN: EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES COM
TRATAMENTO CIRÚRGICO - Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago BouçaMachado, Elisabete Barbosa, Herculano Moreira, Amadeu Pimenta
CO-05 ABCESSOS PERIANAIS – ESTUDO RETROSPECTIVO - Diva Silva,
Américo Dias Pereira, Rosa Sousa, Vera Resende, Adriana Sousa, Gil Gonçalves,
Mário Nora
CO-06 DEFECOGRAFIA NA AVALIAÇÃO DO PROLAPSO RECTAL. AINDA UMA
FERRAMENTA ÚTIL? - Miguel Mascarenhas Saraiva, Vera Costa Dias, F. Castro
Poças
CO-07 RECONSTITUIÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL: CARACTERÍSTICAS E
MORBIMORTALIDADE - Fernanda Nogueira, Sandra Martins, Javier Lamelas,
Mesquita Rodrigues
CO-08 ENCERRAMENTO DE ESTOMAS DERIVATIVOS – ESTUDO
RETROSPECTIVO - Diva Silva, Américo Dias Pereira, Rosa Sousa, Vera Resende,
Gil Gonçalves, Mário Nora
CO–09 TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA FISSURA ANAL – ANÁLISE
RETROSPECTIVA - Bruno Arroja, Manuela Canhoto, Cláudia Gonçalves, Filipe
Silva, Isabel Cotrim, Helena Vasconcelos
CO-10 RISCO DE CANCRO COLO-RECTAL NOS DOENTES PORTADORES DE
MUTAÇÕES MYH BIALÉLICAS E MONOALÉLICAS - J. S. Leite, A. Manso, S.
Martins, C. Carvalho, P. Amaro, O. Albuquerque, A. Almeida Santos, F. CastroSousa
CO-11 MUTAÇÕES DO GENE CARD15 E CANCRO COLO-RECTAL NA
POPULAÇÃO PORTUGUESA - Paulo Freire, Francisco Portela, Maria Manuel
Donato, Pedro Figueiredo, Pedro Amaro, Manuela Ferreira, Anabela Sá, Paulo
Andrade, Hermano Gouveia, Carlos Sofia, M. C. Leitão
13
CO-12 FACTORES
ANATÓMICOS
PREDITIVOS
DE
COLONOSCOPIA
INCOMPLETA - Duque G., Freire P., Ferreira M., Amaro P., Gouveia H., Sofia C.,
Paulino C., Graça B., Alves F.
CO-13 PODEREMOS FICAR TRANQUILOS COM A NÃO DETECÇÃO DOS
MICROPÓLIPOS PELA COLONOGRAFIA POR TC? - Duque G., Freire P., Ameida
N., Leitão C., Figueiredo P., Ferreira M., Gouveia H., Sofia C.
CO-14 ABORDAGEM TERAPÊUTICA DO CARCINOMA COLORRECTAL
AVANÇADO NA APRESENTAÇÃO INICIAL - Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa,
Tiago Bouça-Machado, Miguel Barbosa, Isabel Carvalho, Pedro Correia-da-Silva,
Amadeu Pimenta
CO-15 A RESPOSTA À RÁDIO-QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE (RQTN)
COMO FACTOR PROGNÓSTICO NO CARCINOMA DO RECTO - Carlos Soares,
Elisabete Barbosa, João Pinto-de-Sousa, Cristina Sarmento, Margarida Lima,
Pedro Correia Silva, Amadeu Pimenta
CO-16 NOVA TÉCNICA DE ANASTOMOSE EM CIRURGIA LAPAROSCÓPICA DO
RECTO - Limbert Manuel, Mendes de Almeida JC
CO-17 OPERAÇÃO
DE
LONGO
(PROCTOMUCOSECTOMIA
COM
PROCTOMUCOSOPEXIA MECÂNICA): FUNDAMENTOS, INDICAÇÕES E
PORMENORES DA TÉCNICA PARA EVITAR COMPLICAÇÕES - João Vieira,
Rogélio Andrés Luna, Jesus Giraldo, Isabel Iria, Jorge Correia, H. de Vasconcelos
Dias, H.Bicha Castelo.
CO-18 OPERAÇÃO
DE
LONGO
(PROCTOMUCOSECTOMIA
COM
PROCTOMUCOSOPEXIA MECÂNICA): ANÁLISE CASUÍSTICA DA EXPERIENCIA
DA EQUIPA DE COLOPROCTOLOGIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA II (HOSPITAL
PULIDO VALENTE) DO C.H.L.N. - João Vieira, Rogélio Andrés Luna, Jesus
Giraldo, Isabel Iria, Jorge Correia, H. de Vasconcelos Dias, H. Bicha Castelo.
CO-01
ADALIMUMAB NA COLITE ULCEROSA - NOVAS PERSPECTIVAS
TERAPÊUTICAS
Ferreira F., Magro F., Macedo G.
Serviço de Gastrenterologia, de Hospital de S. João
Introdução: O Infliximab é eficaz na indução e manutenção da remissão em
doentes com colite ulcerosa moderada a grave, porém, pode associar-se a
reacções infusionais agudas e tardias. O Adalimumab está indicado na doença de
Crohn, em doentes refractários ou intolerantes ao Infliximab; no entanto, na
Colite Ulcerosa a sua eficácia não está esclarecida.
14
Caso clínico 1: Homem de 20 anos, com pancolite ulcerosa com diagnóstico há 5
anos, corticodependente, medicado desde 2004 com azatioprina e 5-ASA. Em
Janeiro de 2006 inicia terapêutica biológica com Infliximab com boa resposta
clínica. Em Março de 2007, por persistência de artralgias, após consulta de
Reumatologia, auto-suspendeu o Infliximab.
Em Dezembro de 2008 por manter artalgias e doença crónica activa é reintroduzido o Infliximab. Durante a 2ª toma registou-se reacção aguda
caracterizada por urticária da face e membros e dispneia, sendo suspenso o
tratamento com Infliximab.
Como recusou ser submetido a colectomia total, efectuou Adalimumab, segundo
o esquema: 160 mg (semana 0), 80 mg (semana 2), e depois 40 mg em semanas
alternadas. O doente atingiu remissão clínica e endoscópica após a quarta
semana. Após um seguimento superior a 9 meses, verificou-se melhoria das
queixas osteo-articulares e descida da proteína C reactiva em relação ao valor
basal ( 27 para 2 mg/L).
Caso clínico 2: Mulher de 60 anos, com colite ulcerosa distal, com 21 anos de
evolução, corticodependente e imunossuprimida com azatioprina desde de 2002.
Em Maio de 2009 iniciou terapêutica biológica com Infliximab, durante a 2ª
toma observou-se reacção aguda caracterizada por hipotensão e dispneia.
Iniciou tratamento com Adalimumab em Outubro de 2009, segundo o mesmo
esquema, com melhoria clínica e endoscópica e diminuição da proteína C
reactiva (1,7 mg/L), logo após a indução.
Conclusão: Apesar do Adalimumab não estar aprovado para o tratamento da
colite ulcerosa, na literatura existem estudos recentes que demonstraram a sua
eficácia. Os casos aqui apresentados são mais uma constatação da sua eficácia no
tratamento da colite ulcerosa. Apesar de aparentemente promissor, são
necessários estudos clínicos randomizados, prospectivos e controlados para
melhor avaliação da utilização do Adalimumab nesta população de doentes.
CO-02
QUALIDADE DE VIDA E GRAU DE CONTINÊNCIA ANAL EM DOENTES COM
PROCTOCOLECTOMIA RECONSTRUTIVA (PCR) POR COLITE ULCEROSA
A. Manso, J. S. Leite, S. Martins, C. Carvalho, A. Monteiro, J. Oliveira, M. Martins, F.
Castro-Sousa
Serviço de Cirurgia III, Hospitais da Universidade de Coimbra
Introdução: A opção cirúrgica nos pacientes com colite ulcerosa moderada e
grave depende da resposta ao tratamento médico e da decisão partilhada entre
doente, gastrenterologista e cirurgião. O objectivo do estudo foi conhecer os
resultados clínicos da PCR.
Métodos: Enviaram-se 2 questionários de qualidade de vida a 33 doentes
operados de PCR entre 1986 e 2008: o SF-36 orientado para a componente física
e mental e o IBDQ (Inflammatory Bowel Disease Questionnaire) para sintomas
específicos da doença, ambos validados para a população portuguesa. Para
15
comparação dos resultados do SF-36 utilizou-se um grupo populacional de
controlo (n=1094). O score do IBDQ varia entre mau (32) e perfeito (224),
sabendo-se que os pacientes com remissão sintomática têm valores > 170.
Enviou-se também o inquérito de incontinência de Wexner (score de 0 a 20),
convencionando-se valores para resultados bons (score < 3), razoáveis (score 46) e fracos (score > 7). Utilizou-se o teste de Man-Whitney nas comparações
estatísticas.
Resultados: Responderam 30 doentes (9 mulheres) operados com um follow-up
médio de 4 anos (limites, 1-17), tendo a idade média de 45 anos (limites, 27-67).
Os resultados médios do SF-36 foram na componente física 76 e na componente
mental 75, não apresentando diferenças significativas com o grupo controlo. O
valor médio+DP do IBDQ foi 182+29. O valor médio+DP do score de Wexner foi
de 3,9+ 4,6, apresentando 7 doentes (23%) score fraco (> 7). Considerando este
grupo apenas 2 apresentavam SF-36 baixo (31 e 42) e associadamente IBDQ
baixo (102 e 113). Não se encontrou correlação estatística entre o score de
Wexner e os questionários SF-36 e IBDQ.
Conclusões: A qualidade de vida global dos doentes operados de PCR é idêntica
à da população de controlo e à dos doentes em remissão da doença. Existia
incontinência em 23% dos doentes, mas neste grupo apenas 2 (6,6% do total)
apresentavam alterações significativas no score da qualidade de vida global e
também no da doença inflamatória.
CO-03
DOENÇA DE CROHN PERIANAL FISTULIZANTE – EXPERIÊNCIA DA
CONSULTA DE PROCTOLOGIA
Catarina Graça Rodrigues, Leonel Ricardo, Alexandra Martins, Julieta Félix, Sara
F. Alberto, Eduardo Pires, João de Deus
Serviço de Gastrenterologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
O envolvimento perianal é relativamente comum na Doença de Crohn (DC),
contribui significativamente para a morbilidade associada à doença e
frequentemente influencia o seu tratamento. A sua abordagem, particularmente
das lesões fistulizantes, constitui um desafio.
São seguidos no nosso serviço 273 doentes com DC. Destes, 67 (24,5%)
apresentaram nalgum momento da evolução da doença um envolvimento
perianal fistulizante, comprovado clínica e/ou imagiologicamente; 36 (53,7%)
homens e 31 mulheres (46,3%). A doença perianal precedeu ou coincidiu com o
momento do diagnóstico da doença intestinal em 10,4% dos casos.
As fístulas perianais ocorreram em 10,3% dos doentes com doença ileal, 30,7%
dos doentes com doença ileo-cólica, 20,5% dos doentes com doença cólica e em
56,9% dos doentes com afectação rectal. Foram classificadas em simples
[17doentes (25,4%)] e complexas [50 doentes (74,6%)], segundo a classificação
16
proposta pela American Gastrointestinal Association. Fístulas recto-vaginais
estavam presentes em 6 doentes (9,0%).
A abordagem das fístulas simples foi exclusivamente médica em 76,5% dos
casos, e cirúrgica (Fistulotomia) em 23,5% dos casos, nos quais o tratamento
médico isolado falhou. Todos os doentes foram tratados com antibióticos
(Metronidazol ± Ciprofloxacina), 17,6% com Azatioprina e 11,8% com
Azatioprina + AntiTNF. O encerramento da fístula foi alcançado em 100% dos
casos, sem recidiva.
Quanto às fístulas complexas, pelo menos um procedimento cirúrgico
(Drenagem, Colocação de Seton, Dilatação de Estenose Anal, Reparação de
Fístulas Recto-Vaginais) foi requerido em determinada fase do tratamento em
todos os doentes, tendo sido necessário realizar protectomia num deles. Todos
os doentes receberam tratamento com antibióticos, 34% com Azatioprina, 4%
com AntiTNF e 34% com Azatioprina+AntiTNF, sequencialmente ou em
combinação. O Infliximab foi interrompido em 3 doentes, por ausência de
resposta (2) ou por reacção alérgica (1). Houve falha no controlo da drenagem da
fístula em 2% dos casos e remissão parcial em 4%. Um doente desenvolveu
adenocarcinoma anal. Verificou-se um caso de incontinência fecal após
tratamento cirúrgico.
Registaram-se 3 óbitos, um no contexto de sépsis com ponto de partida perianal,
e dois por causas não relacionadas com a DC.
De acordo com os dados desta casuística, ¼ dos doentes com DC desenvolve uma
fístula perianal ao longo do curso da sua doença. O risco é superior na doença
envolvendo o recto. As fístulas simples tendem a responder à terapêutica médica
e a seguir um curso benigno. As fístulas complexas requerem frequentemente
terapêutica médico-cirúrgica e tendem a persistir ou recorrer. Causam
morbilidade significativa e podem levar à morte.
CO-04
DOENÇA DE CROHN: EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES COM
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Elisabete Barbosa,
Herculano Moreira, Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
Objectivos: Estudo da evolução clínica dos pacientes com Doença de Crohn (DC)
submetidos a cirurgia.
Material e métodos: Revisão dos processos clínicos dos doentes do nosso
serviço submetidos a cirurgia por DC, entre Maio de 2006 e Janeiro de 2009.
17
Resumo dos resultados: 94 pacientes (57 M, 37 F) com idade mediana de 36
anos (17-74 anos). A idade média aquando do diagnóstico de DC foi de 28,5 anos
(12-71 anos).
De acordo com a Classificação de Vienna (CV), 68 doentes (72,3%) foram
classificados como A1 e 26 (27,7%) como A2; a localização da doença foi L1 em
55 pacientes (58,5%), L2 em 5 (5,3%), L3 em 28 (29,8%) e L4 em 6 (6,4%); o
comportamento da doença foi B1 em 2 doentes (2,1%), B2 em 38 (40,4%) e B3
em 54 (57,4%).
Cinquenta e um pacientes (54,3%) necessitaram de internamento no ano de
diagnóstico e em média cada doente necessitou de 3,82 internamentos (1-20
internamentos).
Quarenta e nove doentes (52,1%) necessitaram de corticoterapia (em média 2,8
anos após o diagnóstico, 28 no ano de diagnóstico); o tratamento
imunossupressor foi necessário em 51 (54,3%, em média 4,9 anos após o
diagnóstico, 8 no ano de diagnóstico) e o tratamento com anticorpos
monoclonais foi necessário em 16 (17%, em média 4,9 anos após o diagnóstico, 4
no ano de diagnóstico).
Trinta e oito pacientes (40,4%) foram submetidos a cirurgia no ano de
diagnóstico e 44 (45,4%) necessitaram de mais que uma cirurgia (em média 1,9
cirurgias por doente, 1-8 cirurgias).
Conclusões: A classificação dos doentes com DC de acordo com a CV é útil na
previsão da evolução clínica da doença. A cirurgia é uma opção importante nos
pacientes com complicações da doença e nos doentes com DC severa em que o
tratamento médico foi ineficaz.
E-mail autor: [email protected]
CO-05
ABCESSOS PERIANAIS – ESTUDO RETROSPECTIVO
Diva Silva, Américo Dias Pereira, Rosa Sousa, Vera Resende, Adriana Sousa, Gil
Gonçalves, Mário Nora
Serviço de Cirurgia, Hospital de São Sebastião, Vila da Feira
Introdução: O abcesso perianal é uma situação vulgar no Serviço de Urgência.
Trata-se de uma patologia potencialmente grave e cuja abordagem terapêutica
continua a ser alvo de debate, nomeadamente quanto á indicação para manobras
no sentido de encontrar eventuais trajectos fistulosos para a realização de
fistulotomia simultãnea, e dessa forma efectuar um potencial tratamento mais
definitivo desta situação mórbida, ou a drenagem simples.
Objectivos: Este estudo pretende avaliar a percentagem de doentes com abcesso
perianal que evoluíram para fístula e quais os que ficaram curados e, ainda, os
factores passíveis de influenciar essa taxas tais como: idade, sexo, comorbilidades, procedimentos perianais prévios, tipo de abcesso, tipo de
tratamento e o uso de antibioticoterapia pré e pós-operatória.
18
Materiais e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de 167 doentes do
Hospital São Sebastião submetidos a drenagem de abcesso perianal entre os anos
de 2002-2008,. Foram excluídos os doentes com fístulas prévias ou doentes que
não fizeram seguimento pós-operatório nessa instituição.
Resultados: Os doentes submetidos a drenagem de abcesso perianal
distribuíam-se maioritariamente entre os 30-60 anos de idade (64%). A maioria
(75%) eram do sexo masculino, ASA I (37%) e II ( 47%). Em 89% dos casos
foram medicados com antibiótico.
O tipo mais frequente de abcesso foi o da margem anal (79%).
O procedimento mais realizado foi a drenagem simples (90%).
De uma forma global, 71% (108 doentes) dos doentes evoluíram para
cicatrização completa e 24% (37 doentes) evoluíram para fístula perianal.
Conclusões: A doença séptica perianal continua a ser uma patologia frequente
em que o tratamento cirúrgico é mandatório. A procura do orifício interno e seu
tratamento parecem-nos desnecessários , podendo mesmo ser perigosos num
contexto de inflamação severa com distorção da anatomia.
CO-06
DEFECOGRAFIA NA AVALIAÇÃO DO PROLAPSO RECTAL. AINDA UMA
FERRAMENTA ÚTIL ?
Miguel Mascarenhas Saraiva, Vera Costa Dias, F. Castro Poças
ManopH – Laboratório de Endoscopia e Motilidade Digestiva, Porto
Introdução
A videodefecografia pode permitir o diagnóstico do prolapso rectal, que externo,
quer interno. A aquisição recente de novas técnicas, como a defecografia por
ressonância magnética, tem colocado em questão a utilidade clínica da
videodefecografia.
Objectivos
Revisão dos resultados da defecografia em 67 casos de suspeita de prolapso
rectal.
Material e métodos
Foram observados 67 doentes, recorrendo à utilização de um sistema “Office –
based” de defecografia, construído mediante a adaptação de um sistema de
fluoroscopia com arco em C, uma plataforma defecatória e ligação a um gravador
de vídeo e placa digitalizadora. Foi utilizado como contraste a pasta “Microtrast”,
ou uma pasta efectuada no momento, recorrendo à mistura de uma papa láctea
com “Micropaque”. Em todos os casos, procedeu-se, após a defecografia, a
inspecção, palpação e toque do canal anal, com o doente em posição sentado,
para confirmação e caracterização do prolapso observado na defecografia.
Resultados
19
A defecografia permitiu demonstrar a ocorrência de prolapso rectal completo em
30 (em 4, a defecografia por ressonância não tinha evidenciado o prolapso),
diagnosticou prolapso hemorroidário em 17, prolapso “oculto“ em 5 e ausência
de prolapso em 15.
Conclusões:
A defecografia pareceu-nos uma ferramenta útil no diagnóstico e caracterização
do prolapso rectal, sendo particularmente útil nos casos de suspeita não
confirmada pelo exame proctológico convencional, ou mesmo por outras
técnicas “mais sotisficadas”.
CO-07
RECONSTITUIÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL: CARACTERÍSTICAS E
MORBIMORTALIDADE
Fernanda Nogueira, Sandra Martins, Javier Lamelas, Mesquita Rodrigues
Serviço de Cirurgia – Hospital de Braga
Objectivos: Determinar as características demográficas, tipo de cirurgia e
complicações associadas à realização do estoma e à reconstituição do trânsito
intestinal subsequente.
Métodos: Consulta dos processos de doentes codificados como submetidos a
reconstituição do trânsito intestinal, no período entre 1 de Janeiro de 2000 a
Dezembro de 2008, no Hospital de Braga.
Resultados: Foram analisados 78 processos, com exclusão de 2 por informação
escassa.
Dos 76 doentes incluídos, 47% são mulheres e 53% homem, com idade média de
63 anos. A cirurgia de urgência, em 63% dos casos, foi a mais realizada e a
patologia oncológica é a principal indicação para a realização do estoma, em 49%
dos doentes, quando comparada com 33% das indicações benignas e 18% das
indicações por complicação cirúrgica. A colostomia esquerda é o tipo de estoma
mais vezes confeccionado ( 40%), seguida da ileostomia (36%),
transversostomia (12%) e sigmoidostomia (9%). A construção em ansa acontece
em 41% dos casos e terminal em 59%, com morbilidade de apenas 7%. 59% dos
doentes apresenta algum tipo de co-morbilidade, sendo a HTA a mais frequente
(64%), seguida da dislipidémia (16%) e diabetes mellittus (11%). O intervalo de
tempo entre a realização do estoma e a reconstituição do trânsito é de cerca de
10 meses, 46% dos doentes em menos de 6 meses. A média de dias de
internamento dos doentes submetidos a reconstituição intestinal é de 10 dias,
com 59% dos doentes internados entre 4 a 8 dias. A antibioprofilaxia é usada em
91% dos doentes, sendo a cefoxitina o antibiótico mais utilizado. A preparação
do cólon é feita em 53% dos doentes, geralmente anterógada (77%) ou em
associação com preparação retrógada (17%). A anestesia geral é utilizada em
88% dos doentes e 49% das cirurgias duram menos de 2 h. A anastomose
manual é feita em 38% das reconstituições e a mecânica em 59%. A morbilidade
surgiu em 38% das reconstituições, com as hérnias incisionais a surgirem em
20
28%, seguidas das do abcesso da parede (21%), deiscência da anastomose
(17%), fistula entero-cutânea (4%). A mortalidade associada correspondeu a 5%
dos doentes.
Conclusão: A reconstituição do trânsito intestinal não é uma cirurgia isenta de
riscos, e a sua morbimortalidade pode estar relacionada com aspectos
demográficos, indicação inical do estoma e do tipo de técnicas utilizadas.
CO-08
ENCERRAMENTO DE ESTOMAS DERIVATIVOS – ESTUDO RETROSPECTIVO
Diva Silva, Américo Dias Pereira, Rosa Sousa, Vera Resende, Gil Gonçalves, Mário
Nora
Serviço de Cirurgia, Hospital de São Sebastião, Vila da Feira
Introdução: A construção de estomas de protecção de anastomoses colo-rectais
ou colo-anais (derivativos) é um procedimento relativamente frequente e com
indicações razoávelmente definidas. Contudo, o restabelecimento da
continuidade do trânsito intestinal acarreta índices de morbi-mortalidade que
são frequentemente elevados o que pode questionar a indicação desses
procedimentos.
Objectivos: Este estudo pretende avaliar as taxas de morbi-mortalidade nos
doentes submetidos a reconstrução de trânsito intestinal ( colostomias e
ileostomias), bem como os factores que influenciaram essas taxas,
nomeadamente o tipo de estoma, o procedimento realizado na operação inicial, a
técnica utilizada no restabelecimento do trânsito intestinal, factores pré e pósoperatórios, como a utilização de antibioterapia e drenagem, e de factores
inerentes ao paciente.
Materiais e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de 51 doentes
operados entre os anos de 2002-2008 no Hospital São Sebastião. Desses doentes,
60,78% ( 31doentes) foram submetidos a encerramento de colostomias e
39,21% (20 doentes) ao encerramento de ileostomias.
Resultados: Os doentes submetidos a encerramento de colostomias,
apresentavam uma média de idades de 64,96, 67% eram do sexo masculino,
predominentemente ASA II/III, 74,19% haviam sido submetidos a colostomia
por patologia benigna e cerca de 80,64% em situação de urgência.
O encerramento foi em 96,77% dos casos uma anastomose termino-terminal e
em 87,09% realizada com avivamento dos bordos e sutura ( sem ressecção
intestinal). A taxa de complicações final foi de 22,58% (7 doentes), a principal foi
infecção da ferida operatória em 42,85%(3 doentes) dos casos.
Dos doentes submetidos a encerramento de Ileostomias, apresentavam uma
média de idades de 52,4%, 60% eram do sexo masculino, predominantemente
ASA II/III, 60%haviam sido submetidos a Ileostomia por patologia benigna e
cerca de 50% em situação de urgência.
21
O encerramento foi em 85% dos casos uma anastomose termino-terminal e em
85% dos casos realizada com avivamento dos bordos e sutura ( sem ressecção
intestinal). A taxa de complicações final foi de 30% ( 6 doentes), a principal foi
deiscência da anastomose em 50% (3 doentes) dos casos.
As taxas de mortalidade foram reduzidas no encerramento de ambos os estomas,
sendo de 3,22% no encerramento de colostomias e de 0% no encerramento de
ileostomias.
Conclusões: O encerramento de estomas continua a ser um procedimento com
elevada taxa de complicações. A principal complicação que obtivemos no
encerramento de colostomias e ileostomias foi de infecção da ferida operatória e
deiscência de anastomose respectivamente. Curiosamente a taxa de mortalidade
nos dois procedimentos foi baixa contrariamente ao descrito na literatura.
CO-09
TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA FISSURA ANAL – ANÁLISE
RETROSPECTIVA
Bruno Arroja, Manuela Canhoto, Cláudia Gonçalves , Filipe Silva , Isabel Cotrim,
Helena Vasconcelos
Serviço de Gastrenterologia, Hospital Santo André, Leiria EPE
Objectivo: caracterização dos doentes da consulta de proctologia de um serviço
de gastrenterologia, tratados com toxina botulínica (TB) no período
compreendido entre Janeiro de 2006 e Junho de 2009; avaliação da eficácia desta
terapêutica, definida como cicatrização completa aos 3 meses após injecção de
TB.
Material e métodos: identificação dos casos através de sistema de codificação
hospitalar referente a terapêutica com injecção anal de TB; inserção e análise
estatística das variáveis em estudo em folha de cálculo Excel.
Resultados: foram administradas injecções de TB (20U) em 93 doentes (sexo
feminino 54%) com idade média 47,4 anos; fissura anal da comissura posterior
(80%) ou anterior (20%). Referenciação à consulta pelo médico assistente
(56%), urgência geral hospitalar (16%), gastrenterologia (15%), cirurgia geral
(12%), medicina interna (1%). Sintomatologia: proctalgia (98%), hematoquézia
(74%), prurido anal (12%), corrimento (10%). Obstipação em 2/3 dos doentes.
Terapêutica prévia: pomada com nitroglicerina (68%), outras pomadas (52%),
AINEs (24%), cirurgia proctológica (5%), TB (1%). Terapêuticas combinadas em
57% dos doentes.
Eficácia da terapêutica em 47.3% dos casos; resposta parcial em 3%; tratamento
ineficaz em 37.6%; recidiva em 11%; 1 doente faltou a consulta de avaliação de
gastrenterologia aos 3 meses.
Não se registaram complicações.
Todos os doentes com fissura refractária/recidivante (n=45; 48.4%) foram
referenciados a consulta de cirurgia, tendo 22 deles sido intervencionados
cirurgicamente enquanto 5 aguardam intervenção. Do total de doentes
22
referenciados para cirurgia, 8 faltaram à consulta; 7 não necessitaram de
intervenção; 3 recusaram tratamento cirúrgico.
Conclusões: As fissuras anais da comissura posterior predominaram em relação
às da comissura anterior ainda que a eficácia do tratamento nas últimas seja
superior (63% Vs 43%). A maioria dos doentes (83%) efectuou terapêutica
previamente à injecção de TB, tendo a nitroglicerina sido o tratamento mais
utilizado.
A eficácia da TB aos 3 meses foi de 47% (n=44), sendo de acrescentar 7.5%
(n=7) de doentes que não chegaram a ser intervencionados cirurgicamente por
apresentarem cicatrização do leito fissural à data da consulta de cirurgia.
Salienta-se também que 10% (n=9) do total de doentes não tiveram follow-up a
longo prazo após TB, pelo que se desconhece a evolução nestes casos.
A TB constitui um tratamento eficaz, rápido, simples e praticamente isento de
complicações a oferecer aos doentes com fissura anal.
CO-10
RISCO DE CANCRO COLO-RECTAL NOS DOENTES PORTADORES DE
MUTAÇÕES MYH BIALÉLICAS E MONOALÉLICAS
J. S. Leite*, A. Manso*, S. Martins*, C. Carvalho*, P. Amaro**, O. Albuquerque***, A.
Almeida Santos***, F. Castro-Sousa*
Serviço de Cirurgia III*, Serviço de Gastrenterologia**, Grupo Interdisciplinar de
Tumores Hereditários dos HUC***, Hospitais da Universidade de Coimbra
Introdução: O objectivo deste estudo consistiu em avaliar o risco de cancro colorectal nos doentes portadores de mutações bialélicas e monoalélicas no gene
MYH.
Métodos: Foi efectuada pesquisa de mutações MYH nos doentes registados em
clínica de tumores hereditários por polipose adenomatosa típica e mutação APC
negativa, polipose atenuada (10-99 pólipos) ou cancro colo-rectal associado a
adenomas múltiplos. Estudaram-se as histórias familiares e registaram-se as
intervenções cirúrgicas efectuadas nos probandos das famílias.
Resultados: Foram identificados 22 pacientes (9 homens) com mutações
bialélicas pertencendo a famílias diferentes. Neste grupo, com a idade média de
48 anos (limites 30-71), três doentes apresentavam quadro de polipose típica (>
100 pólipos), 15 foram operados devido a cancro colo-rectal (dois T4; dez T3 e
três T1), e três associavam tumor síncrono. Um doente apresentava pólipos
duodenais. Foram efectuadas 17 intervenções cirúrgicas: 11 colectomias totais, 5
proctocolectomias reconstrutivas e uma hemicolectomia. Em sete famílias
encontraram-se dados fenotípicos sugestivos de transmissão vertical (em
ascendentes ou descendentes), com cancro cólico em quatro e polipose múltipla
em três. Nestes casos existiam mutações MYH monoalélicas.
Conclusão: Confirma-se o elevado risco de degenerescência nos portadores de
mutações bialélicas MYH (68,2%), a justificar a opção colectomia profiláctica se
não for possível a excisão endoscópica de todos os pólipos. Este estudo sugere
23
também existir risco moderado de cancro colo-rectal nos familiares de primeiro
grau portadores de mutações MYH monoalélicas, devendo recomendar-se
vigilância endoscópica periódica.
CO-11
MUTAÇÕES DO GENE CARD15 E CANCRO COLO-RECTAL NA POPULAÇÃO
PORTUGUESA
Paulo Freire1, Francisco Portela1,Maria Manuel Donato2, Pedro Figueiredo1,
Pedro Amaro1, Manuela Ferreira1, Anabela Sá3, Paulo Andrade1, Hermano
Gouveia1, Carlos Sofia1, M. C. Leitão1
1- Serviço de Gastrenterologia – HUC; 2-Centro de Gastrentereologia – Faculdade
de Medicina de Coimbra; 3 - Hospital de Dia de Oncologia - HUC
Introdução
Múltiplos dados sugerem a existência duma associação entre inflamação crónica
e cancro. O risco aumentado de cancro colorectal (CCR) nos doentes com doença
inflamatória intestinal de longa evolução é um exemplo típico. Neste contexto, os
factores genéticos subjacentes à inflamação crónica na doença inflamatória
intestinal, nomeadamente as mutações do gene CARD15, poderão também,
eventualmente, predispor ao desenvolvimento de CCR.
Objectivo
Verificar se em Portugal, um país com elevadas incidência e mortalidade de CCR,
as mutações do gene CARD15 são um factor de risco para CCR esporádico; e
averiguar se existe alguma correlação entre o genótipo e o fenótipo nestes
doentes.
Material e Métodos
Estudo prospectivo envolvendo a pesquisa das três principais mutações do gene
CARD15 (R702W, G908R e 3020insC) em 91 doentes consecutivos com CCR e em
152 controlos. Efectuada caracterização demográfica e fenotípica dos doentes
com CCR. A análise estatística foi efectuada com o programa SPSS, considerando
significativo p<0,05.
Resultados
Detectaram-se mutações do gene CARD15 em 13 doentes (14,3%) e em 15
controlos (9,9%) (p = 0,157). Individualmente, a incidência da variante R702W
foi significativamente superior nos doentes com CCR do que nos controlos
(12,1% vs 5,3%, p = 0.049), enquanto a frequência genotípica das variantes
G908R (1.1% vs 3.3%) e 3020insC (1.1% vs 1.3%) não foi significativamente
diferente entre os dois grupos. Pelo menos uma mutação do gene CARD15 foi
detectada em 8 (29,6%) dos 27 doentes com CCR diagnosticado antes dos 60
anos e em 5 (7,8%) dos 64 doentes com ≥ 60 anos à data do diagnóstico de CCR
(p = 0.011). Relativamente ao género, a incidência de mutação do gene CARD15
foi significativamente maior nos doentes do sexo feminino (26,3% vs 5,7%, p =
0.007). Dos 9 doentes com história de CCR em pelo menos um familiar de
primeiro grau apenas um tinha mutação do gene CARD15 (11,1%) em oposição
aos 14,6% (12 doentes) de incidência da mutação nos 82 doentes sem essa
24
agregação familiar (p = 0,622). Não se detectaram associações significativas
entre a mutação do gene CARD15 e a ocorrência de manifestações clínicas nem
com o estadio, tamanho, diferenciação ou localização do CCR.
Conclusões
Os nossos resultados sugerem que a variante R702W do gene CARD15 é um
factor de risco para CCR esporádico na população portuguesa, em particular
antes dos 60 anos e no sexo feminino. Não obstante, as mutações do gene
CARD15 não têm influência na expressão clínico-patológica do CCR.
CO-12
FACTORES ANATÓMICOS PREDITIVOS DE COLONOSCOPIA INCOMPLETA
Duque G., Freire P., Ferreira M., Amaro P., Gouveia H., Sofia C., Paulino C.*, Graça
B.*, Alves F.*
Serviço Gastrenterologia, *Serviço Imagiologia, Hospitais da Universidade de
Coimbra
Introdução
A videocolonoscopia é um exame complementar de diagnóstico eficaz no estudo
do cólon. No entanto alguns exames são incompletos, não atingindo o cego.
Objectivos:
Comparar a colonografia por tomografia axial computorizada (CTC) em doentes
com videocolonoscopia completa versus videocolonoscopia incompleta, de
forma a identificar factores anatómicos preditivos de exame endoscópico não
total.
Material e métodos:
Foram revistos e comparados dados clínicos e da colonografia por CTC em 20
doentes com videocolonoscopia incompleta (casos) e em 20 doentes com
videocolonoscopia total (controlos) após colonografia por CTC. As imagens da
colonografia por CTC foram reconstruídas e revistas independentemente por 2
radiologistas, tendo-se avaliado o comprimento total, do sigmoide e transverso,
bem como o número de flexuras.
Resultados:
O grupo dos casos era constituído por 11 doentes do sexo feminino e 9 do sexo
masculino, cuja média de idades foi 64,4 anos ±14,1. No grupo controlo, 12 eram
do sexo masculino e 8 do sexo feminino, com média de idade 59,0 anos ± 16,0; O
nível atingido na colonoscopia incompleta foi: ângulo hepático - 25%, cólon
sigmoide - 25%, ângulo esplénico - 20%, cólon transverso - 20% e cólon
ascendente - 10%. As causas mais frequentemente citadas como responsáveis
pela interrupção do exame foram: dor - 90%, redundância cólica - 70% e
angulação - 30%. Foram identificadas diferenças com significado estatístico
entre o grupo de colonoscopias incompletas e o grupo controlo, no comprimento
total do cólon (média 187±23,6 vs 162 cm ±29,2, p 0.004), o comprimento do
cólon sigmoide (64 cm±13,2 vs 52 cm ± 14, p 0,042), cólon transverso (57
cm±13,5 vs 47 cm ±15,5, p 0,048) número de flexuras (média 10 vs 5, p <0,001).
25
A presença de doença diverticular avançada (50% vs 15%, p 0,020) e a
existência de cirurgia abdominal anterior entre os 2 grupos (55% vs 20%, p
0,024) também foi significativamente diferente entre os dois grupos.
Conclusão:
Alterações anatómicas preditivas de incapacidade em alcançar o cego na
videocolonoscopia são o alongamento cólico (cólon sigmoide, transverso e
comprimento total), a sua tortuosidade (traduzida pelo número de flexuras), a
presença de doença diverticular avançada e antecedentes de cirurgia abdominal
prévia.
CO-13
PODEREMOS FICAR TRANQUILOS COM A NÃO DETECÇÃO DOS
MICROPÓLIPOS PELA COLONOGRAFIA POR TC?
Duque G., Freire P., Ameida N., Leitão C., Figueiredo P., Ferreira M., Gouveia H.,
Sofia C.
Serviço Gastrenterologia, Hospitais da Universidade de Coimbra
Introdução
O cancro colo-rectal (CCR) tem geralmente origem em adenomas pré-existentes.
O risco de malignização destes adenomas está incrementado nos de maiores
dimensões (superiores a 1cm), de natureza vilosa e/ou com displasia de alto
grau. A sua detecção e ressecção precoces previnem o desenvolvimento do CCR e
é neste pressuposto que assentam as principais estratégias de rastreio.
A colonografia por tomografia computorizada (CTC) é uma das alternativas
usadas no rastreio do CCR. Neste exame, por limitações de sensibilidade para
pólipos pequenos, são reportados apenas pólipos ≥ 6 mm.
Objectivos:
Avaliar a natureza histológica dos pólipos removidos numa série consecutiva de
colonoscopias, com especial destaque relativamente aos micro-pólipos.
Material e métodos:
Estudo restrospectivo de 559 videocolonoscopias consecutivas com
polipectomia e respectiva recuperação para estudo histológico, realizadas
durante o período de 1 ano. Aplicado teste χ2 quadrado quando indicado.
Resultados:
Estudados 559 doentes, com média de idades de 61,6 ± 13 anos (373 do sexo
masculino). Foram polipectomizados 856 pólipos, tendo 359 (42%) dimensões ≤
5 mm. Dos pólipos ≤ 5 mm, 62,0% eram hiperplásicos, 34,3% adenomas (30,4%
adenomas tubulares, 2,5% adenomas vilosos e 1,4% adenomas tubulovilosos),
3,7% apresentavam outra natureza. Relativamente aos pólipos ≥ 6 mm, 17,2%
eram hiperplásicos, 45,6% adenomas tubulares, 7,8% adenomas vilosos, 18,6%
adenomas tubulovilosos e 10,8% apresentavam outra histologia. Os adenomas
são mais frequente nos pólipos ≥ 6 mm (p < 0,0001). Em 191 doentes, os
micropólipos (276 no total) apresentavam-se de forma isolada (sem coexistência
no mesmo doente de pólipos ≥ 6 mm), ou seja, não seriam identificados se o
26
estudo do cólon tivesse sido efectuado por CTC. Histologicamente este subgrupo
de pólipos revelou a seguinte composição: hiperplásicos 59%, adenomas
tubulares 33,3%, adenomas tubulovilosos 2,2%, adenomas vilosos 3% e 2,5%
apresentavam outra histologia.
Conclusão:
Embora a histologia adenomatosa seja mais comum nos pólipos ≥ 6 mm do que
nos micropólipos, na realidade mais de 1/3 destes últimos são adenomas, o que
lhes confere potencial de malignização similar aos primeiros. Por outro lado,
numa percentagem relevante de doentes, com os micropólipos não coexistem
pólipos de maiores dimensões pelo que a CTC seria, nestes casos, reportada
como normal.
CO-14
NOVA TÉCNICA DE ANASTOMOSE EM CIRURGIA LAPAROSCÓPICA DO RECTO
Limbert Manuel, Mendes de Almeida JC
Serviço de Cirurgia Geral, Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil
Introdução: Pretendemos apresentar uma nova técnica de anastomose
colorectal baixa, coloanal e bursoanal, por nós desenvolvida especificamente
para as ressecções laparoscópicas do recto e coloprotectomias totais, obviando a
por vezes difícil e onerosa seccção baixa do recto com endoGIAA.
Material e Métodos: Utilizamos esta técnica desde Setembro de 2007, num total
de 20 doentes. A técnica consiste na utilização dos princípios e instrumentos do
procedimento para prolapso hemorroidário (PPH), sendo a secção do
recto/linha pectínea, feita sob visão directa com ajuda do obturador fixado, bem
como do anuscópio. Seguidamente procedemos ao encerramento com “cerclage”
de ambos os topos, sendo o proximal retirado por via abdominal e preparado
com ogiva do stapler. A anastomose realiza-se com introdução do stapler pelo
obturador que permite depois uma excelente visualização da mesma
Resultados: Apesar de ser ainda curto o período de seguimento da maioria dos
doentes, estando uma parte destes com os seus estomas de protecção (EP) ainda
a funcionar por se encontrarem em programas de quimioterapia adjuvante,
relatamos apenas um caso de deiscência da anastomose (5,9%), diagnosticada ao
6º dia e controlada em ambulatório. Não tivemos até ao momento nenhuma
estenose da anastomose ou caso de incontinência por lesão esfincteriana
(mesmo os doentes com EP são regularmente avaliados em consulta com toque
rectal e “rectoscopia”.
Conclusão: Este tipo de anastomose que designamos “tipo PPH” já que utiliza os
instrumentos (obturador,dilatador, anuscópio) idealizados por Longo para a
nova técnica de hemorroidopexia, parece-nos ser uma excelente alternativa de
anastomose em cirurgia laparoscópica do recto, já que não necessita da
utilização do endoGIAA, por vezes bastante difícil, bem como se revela bastante
27
segura e de fácil execução. Não possuímos ainda dados sobre os seus resultados
funcionais a longo prazo.
CO-17
OPERAÇÃO DE LONGO (PROCTOMUCOSECTOMIA COM PROCTOMUCOSOPEXIA
MECÂNICA):FUNDAMENTOS, INDICAÇÕES E PORMENORES DA TÉCNICA
PARA EVITAR COMPLICAÇÕES
João Vieira, Rogélio Andrés Luna, Jesus Giraldo, Isabel Iria, Jorge Correia, H. de
Vasconcelos Dias e H.Bicha Castelo.
Serviço de Cirurgia II (Hospital Pulido Valente) do C.H.L.N.
Tendo iniciado esta técnica em 2000/2001 e baseados numa casuística de 685
operações efectuadas os A.A. apresentam as bases fisiopatológicas da “Técnica de
Longo” (Proctomucosectomia com Proctomucosopexia Mecânica) , as suas
indicações nas situações de prolapso hemorroidário, as possíveis complicações e
riscos do procedimento, bem como os pormenores da técnica que utilizam com a
finalidade de os minimizar. Referem-se ainda à evolução da sua atitude ao longo
desta experiência, no que se refere á preparação dos doentes, seguimento pós
operatório e estratégia terapêutica dos casos de insucesso (doença residual,
recorrência, recidiva).
CO-18
OPERAÇÃO DE LONGO (PROCTOMUCOSECTOMIA COM PROCTOMUCOSOPEXIA
MECÂNICA): ANÁLISE CASUÍSTICA DA EXPERIENCIA DA EQUIPA DE
COLOPROCTOLOGIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA II (HOSPITAL PULIDO
VALENTE) DO C.H.L.N.
João Vieira, Rogélio Andrés Luna, Jesus Giraldo, Isabel Iria, Jorge Correia, H. de
Vasconcelos Dias, H. Bicha Castelo.
Serviço de Cirurgia II (Hospital Pulido Valente) do C.H.L.N.
Tendo iniciado a prática da Técnica de Longo para o tratamento dos Prolapsos
Hemorroidários em 2000/2001 os A.A. analisam a evolução da sua experiência,
baseada em 636 doentes tratados por esta abordagem. Referem e comentam as
complicações:a Dor e a Hemorragia Pós Operatória que ocorreu em 19
doentes, sendo necessário, num caso reintervenção precoce para hemostase.
Analisam os resultados referindo e comentando as situações de Recidiva,
Recorrência ou Doença Residual que determinaram uma segunda intervenção
em 80 doente: Em 48 esta correspondeu a uma nova Operação de Longo e em 32
a uma Hemorroidectomia, tipo Millighan e Morgan, limitada a 1 ou 2 pedículos
residuais.
28
b)
Comunicações em Vídeo
CV-01 ENTEROSCOPIA NA DOENÇA DE CROHN – Miguel Mascarenhas Saraiva,
Eduardo Oliveira, Rolando Pinho
CV-02 ILEOCOLECTOMIA LAPAROSCÓPICAMENTE ASSISTIDA POR DOENÇA
DE CROHN - Américo Dias Pereira; António Soares; Rute Cerqueira; Diva Silva;
Jorge Costa; Mário Nora
CV-03 HEMICOLECTOMIA DIREITA POR VIA (EXCLUSIVAMENTE)
LAPAROSCÓPICA. - F.Castro Sousa, J.Soares Leite, Mónica Martins, V.Almeida,
P.Moura
CV-04 RESSECÇÃO ANTERIOR DO RECTO LAPAROSCÓPICA – um exemplo de
grande evidência anatómica - Américo Dias Pereira; Adriana Sousa; Tânia
Teixeira; Jorge Costa; Diva Silva; António José Reis; Rosa Sousa; Gil Gonçalves;
Mário Nora
CV-05 HEMORROIDOPEXIA TRANSANAL MANUAL - Júlio S. Leite, Mónica
Martins
CV-01
ENTEROSCOPIA NA DOENÇA DE CROHN
Miguel Mascarenhas Saraiva, Eduardo Oliveira, Rolando Pinho
Instituto CUF, ManopH, Porto
A visualização do intestino delgado é importante na avaliação da doença de
Crohn.
A enteroscopia por cápsula representou um avanço considerável, sobretudo na
caracterização dos casos precoces, mas está limitada pelos elevados riscos de
retenção da cápsula nesta doença, assim como pela impossibilidade de obtenção
de especimens para exame histológico.
As técnicas convencionais de enteroscopia (de pulsão) e de ileocolonoscopia
estavam limitadas pelo facto de permitir apenas a visualição de uma pequena
porção do intestino delgado.
Com a implementação da técnica de enteroscopia de duplo-balão, já foi possível a
exploração de uma porção consideravelmente superior do intestino delgado,
para esclarecimento dos achados encontrados pela cápsula endoscópica, para
obtenção de biopsias, retirada de cápsulas retidas, ou dilatação de estenoses.
29
Mais recentemente, a enteroscopia em espiral, também permite uma exploração
profunda do intestino delgado e apresenta vantagens na manipulação do
endoscópio para realização de terapêuticas.
Os autores demonstram a utilização das técnicas de enteroscopia de duplo-balão
e de espiral em casos de doença de Crohn.
CV-02
ILEOCOLECTOMIA LAPAROSCÓPICAMENTE ASSISTIDA POR DOENÇA DE
CROHN
Américo Dias Pereira; António Soares; Rute Cerqueira; Diva Silva; Jorge Costa;
Mário Nora
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital S. Sebastião – Santa Maria da Feira
O doente portador de doença de Crohn tem grande probabilidade ao longo da
sua vida de vir a ser submetido a várias intervenções cirúrgicas e estas poderão
ser efectuadas por laparoscopia com as vantagens já amplamente demonstradas
para esta via de abordagem.
Contudo, esta pode ser particularmente dificil nomeadamente por processos
aderenciais devidos aos fenómenos inflamatórios caracteristicos desta patologia.
Neste video os autores apresentam uma ileocolectomia efectuada numa doente
de 42 anos de idade com doença estenótica e fistulizante do cego e ileon terminal
e com um abcesso rebelde á drenagem percutãnea. Intra-operatóriamente
constataram-se aderências intensas entre este segmento do tubo digestivo e a
parede abdominal anterior tendo estas sido lisadas com sucesso, após o que se
efectou a mobilização do cego e ileon terminal para permitir a respectiva
exteriorização por uma incisão suprapúbica, de apoio, com cerca de 5 cm. A
secção e anastomose digestivas foram, então, efectuadas extracorpóreamente.
O pós-operatório imediato foi excelente, com reduzido consumo de analgésicos e
rápido restabelecimento do trânsito intestinal.
CV-03
HEMICOLECTOMIA DIREITA POR VIA (EXCLUSIVAMENTE) LAPAROSCÓPICA
F. Castro Sousa, J. Soares Leite, Mónica Martins, V. Almeida, P. Moura
Clínica Universitária de Cirurgia III da FMUC, Serviço de Cirurgia III dos Hospitais
da Universidade de Coimbra.
Num doente de 79 anos, com quadro de diarreia e rectorragias, com três meses
de evolução, foi diagnosticada, por colonoscopia, uma formação tumoral cecal, de
3 cm de diâmetro, cuja biópsia revelou neoplasia intra epitelial.
O paciente referia história de osteosarcoma do braço esquerdo, com amputação
pelo 1/3 superior do membro, seis anos antes.
Como se verá no vídeo, efectuou-se uma hemicolectomia direita por via
exclusivamente laparoscópica, com laqueação inicial dos pedículos vasculares e
30
anastomose intracorporal; após se ter realizado ecografia hepática
peroperatória. Não se registaram complicações no período pós-operatório
imediato.
CV-04
RESSECÇÃO ANTERIOR DO RECTO LAPAROSCÓPICA – UM EXEMPLO DE
GRANDE EVIDÊNCIA ANATÓMICA
Américo Dias Pereira; Adriana Sousa; Tânia Teixeira; Jorge Costa; Diva Silva;
António José Reis; Rosa Sousa; Gil Gonçalves; Mário Nora
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital S. Sebastião – Santa Maria da Feira
Actualmente permanece questionável a realização de cirurgia laparoscópica no
cancro do recto, particularmente nos seus terços médio e inferior onde é
aconselhável fazê-lo em ambiente de ensaio clínico/protocolo.
No terço superior do recto em que o cancro se comporta de forma semelhante ao
do cólon, e desde que limitado á parede rectal é mais consensual a realização de
cirurgia laparoscópica.
Neste vídeo os autores apresentam uma ressecção anterior do recto efectuada
por laparoscopia numa doente magra, com um fundo de saco de Douglas
particularmente baixo e com uma neoplasia maligna limitada á parede do recto
no seu terço superior.
Este caso é exemplar pela clarividência e facilidade de dissecção dos planos
anatómicos, pela ausência de sangramento e ainda pelo respeito dos princípios
da Cirurgia Oncológica.
CV-05
HEMORROIDOPEXIA TRANSANAL MANUAL
Júlio S. Leite, Mónica Martins
Serviço de Cirurgia III, Hospitais da Universidade de Coimbra
Nas hemorróidas de 3º grau, sem componente externo significativo, que não
respondem ao tratamento com anéis elásticos, as vantagens da hemorroidopexia
de Longo são contrariadas pelo seu elevado custo e pelo risco de complicações
associadas à falta de visualização dos tecidos ressecados.
Numa paciente de 64 anos, com hemorróidas de 3º grau, apresenta-se no vídeo
uma alternativa técnica, a hemorroidopexia transanal manual (Pakravan e col
2009) que consiste na utilização de quatro pontos em Z, a 4 cm da linha dentada,
associados a excisão parcial da mucosa rectal.
Com a utilização desta técnica admite-se obter os mesmos resultados, com
menor custo e menor risco de complicações.
31
c)
Comunicações em Poster
CP-01 TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES MÚLTIPLO DO CÓLON - João
Soares, Artur Machado, Aníbal Ferreira, Carla Rolanda e Raquel Gonçalves
CP-02 PLUG SURGISIS COMO TRATAMENTO DE FISTULA RECTOVAGINAL –
UM CASO CLÍNICO - Tiago Ferreira; Maria Rosa Sousa, Américo Dias Pereira,
António Soares
CP-03 CONDILOMAS PERIANAIS – UMA QUESTÃO ESTÉTICA - Tiago Ferreira;
Américo Dias Pereira, Maria Rosa Sousa, António Soares
CP-04 VOLVO DO CEGO: A PROPÓSITO DE 2 CASOS CLÍNICOS - João Pinho,
Filipa Santos, Raquel Dias, Isabel Borges, Alice Fonseca, Lucília Conceição, José
Cecílio, Amândio Matos, José Couceiro, Martinho Almeida, Max Melo, Costa
Serrão, Alberto Seabra
CP-05 PÓLIPO CLOACOGÉNICO INFLAMATÓRIO – UMA CAUSA INCOMUM DE
RECTORRAGIA - Joana Saiote, Cátia Quintela, M. João Bettencourt
CP-06 FÍSTULA URETRO-RECTAL APÓS PROSTATECTOMIA RADICAL – Caso
Clínico - T. Santos Silva, A. Duarte, J. Pimentel
CP-07 CAUSA RARA DE COLITE ISQUÉMICA - Ana Nunes, Vítor Fernandes,
Cristina Fonseca, Henrique Santos, João Freitas
CP-08 CLOSTRIDIUM
DIFFICILE
E
AGUDIZAÇÃO
DA
DOENÇA
INFLAMATÓRIA INTESTINAL - AVALIAÇÃO DE UM ANO DE
INTERNAMENTOS NUM SERVIÇO DE GASTRENTEROLOGIA - Joana Saiote,
Gonçalo Ramos, Liliana Santos, Teresinha Valente, Teresa Bentes, Jaime Ramos
CP-09 COLITE POR CMV E ABCESSO HEPÁTICO - Ferreira A, Soares J, Pereira P,
Pardal F, Falcão S, Gonçalves R, Macedo G
CP-10 CAUSA RARA DE OCLUSÃO INTESTINAL - Soraia Silva; Sofia Nunes;
Nuno Azenha; Mário Sérgio; José Pena; Fernando Martinho
CP-11 MASSA ABDOMINAL EM DOENTE TRATADA COM METOTREXATO CASO CLÍNICO - Ana Nunes, Paula Borralho, João Freitas
CP-12 GANGLIONEUROMATOSE INTESTINAL ESPORÁDICA NUM JOVEM
ADULTO - Teresa Moreira, Germano Villas-Boas , Olinda Lima
CP-13 ADENOCARCINOMA DO ILEON – UMA NEOPLASIA RARA - Hugo SantosSousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre, Elisabete Barbosa, Filomena
Barreto, Luís Malheiro, Pedro Correia-da-Silva, Amadeu Pimenta
32
CP-14 FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A APENDICITE AGUDA
PERFURADA - Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre,
Elisabete Barbosa, Renato Bessa-de-Melo, John Preto, Amadeu Pimenta
CP-15 FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A DIVERTICULITE AGUDA
PERFURADA - Tiago Bouça-Machado, Hugo Santos-Sousa, Luís Lencastre,
Renato Bessa-de-Melo, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Pedro
Correia-da-Silva, Amadeu Pimenta
CP-16 MEGACÓLON SECUNDÁRIO A IMPACTAÇÃO FECAL EM DOENTE
PSIQUIÁTRICO - Tiago Bouça-Machado, Hugo Santos-Sousa, Luís Lencastre,
Mariana Sacchetti, Elisabete Barbosa, Amadeu Pimenta
CP-17 TORÇÃO DO APÊNDICE: UMA ENTIDADE RARA - Luís Lencastre, Hugo
Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Herculano Moreira, Eduardo Lima-daCosta, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Amadeu Pimenta
CP-18 TUBERCULOSE APENDICULAR COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE
APENDICITE AGUDA - Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís
Lencastre, Catarina Eloy, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Amadeu
Pimenta
CP-19 VÓLVULO CECAL NO CONTEXTO DE PARALISIA CEREBRAL - Luís
Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Inês Romero, Elisabete
Barbosa, Herculano Moreira, Amadeu Pimenta
CP-20 DOENÇA DE CROHN - CAUSA DIRECTA RARA DE PANCREATITE Helena Marques; Sandra Martins; Javier Lamelas; Mesquita Rodrigues
CP-21 OCLUSÃO INTESTINAL ALTA - UM CASO RARO POR METÁSTASE DE
CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO - Helena Marques; Sandra Martins; Javier
Lamelas; Mesquita Rodrigues
CP-22 VOLVO DO CÓLON: CASUÍSTICA DO SERVIÇO DE CIRURGIA DO HDFF
NOS ÚLTIMOS 6 ANOS - Filipa Santos, João Pinho, Raquel Dias, Isabel Borges,
Alice Fonseca, Lucília Conceição, José Cecílio, Amândio Matos, José Couceiro,
Martinho Almeida, Max Melo, Costa Serrão, Alberto Seabra
CP-23 RESSECÇÃO INTERESFINCTÉRICA NO CANCRO DO RECTO: PODE
CONSIDERAR-SE UMA INTERVENÇÃO SEGURA? - J. S. Leite, A. Manso, S.
Martins, C. Carvalho, A. Monteiro, I. Portela, J. Oliveira, F. Castro-Sousa
CP-24 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE “HAEMACELL”
COM AZUL DE METILENO NAS MUCOSECTOMIAS PARA EXÉRESE DE
PÓLIPOS COLO-RECTAIS - Vera Costa Dias, Rolando Pinho, F. Castro Poças,
Miguel Mascarenhas Saraiva
33
CP-01
TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES MÚLTIPLO DO CÓLON
João Soares, Artur Machado, Aníbal Ferreira, Carla Rolanda e Raquel Gonçalves
Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Braga
JAGS, doente do sexo masculino, com 44 anos, previamente saudável, foi
referenciado à consulta de Vigilância e Risco em Junho/2007 na sequência de
colonoscopia total (Setembro/2006) mostrando pólipos sésseis de 6 e 5 mm, nos
ângulos hepático e esplénico, respectivamente, realizada por história familiar de
cancro colo-rectal (pai faleceu com cancro colo-rectal aos 58 anos).
Em Agosto/2007, realizou colonoscopia total mostrando: tumorações
submucosas no cego, ângulo hepático, transverso e descendente, cujas biopsias
revelaram apenas mucosa normal; pólipo semipediculado no transverso 12 mm
removido com ansa de polipectomia e cuja histologia revelou, na submucosa,
células com citoplasma granular e positividade para o marcador S100 - tumor de
células granulares; pólipo semipediculado no descendente 8 mm removido com
ansa de polipectomia e cuja histologia revelou adenoma tubular com displasia de
baixo grau.
Realizou endoscopia digestiva alta e enteroscopia por videocápsula que não
mostraram lesões adicionais compatíveis com tumor de células granulares. O
doente foi integrado num programa de vigilância anual.
Discute-se os aspectos clínicos, endoscópicos e histológicos deste caso de tumor
de células granulares do cólon.
CP-02
PLUG SURGISIS COMO TRATAMENTO DE FISTULA RECTOVAGINAL – UM
CASO CLÍNICO
Tiago Ferreira; Maria Rosa Sousa, Américo Dias Pereira, António Soares
Serviço de Cirurgia, Hospital de São Sebastião
Apesar de não ser uma patologia que põe em perigo a vida humana, a fístula
rectovaginal é responsável por sintomas que são traumáticos para a doente,
afectando aspectos da sua intimidade, relação social e bem estar. O tratamento
desta patologia deve ter em conta não só o problema anatómico assim como
estes aspectos.
A maioria das fístulas rectovaginais são resultantes de trauma obstétrico.
Este poster resume o caso clínico de uma mulher referenciada à consulta de
cirurgia por fistula rectovaginal após parto distócico com uso de fórceps.
Ao exame objectivo verificou-se a existência de trajecto fistuloso as 6H (JK
position) abaixo da linha pectínea.
34
Na primeira abordagem cirúrgica foi realizado um retalho de avanço. Por
recidiva do trajecto fistuloso foi efectuada colostomia derivativa. Apesar destas
medidas não se verificou encerramento do trajecto fistuloso, pelo que se decidiu
tratar o orifício fistuloso com Plug de Surgisis com sucesso clínico.
Existem várias abordagens terapêuticas no tratamento das fístulas rectovaginais
dependendo da sua etiologia e localização. Apesar de alguns estudos
demonstrarem uma taxa de recidiva inferior com a utilização de plugs biológicos
a verdade é que os resultados apresentados não são ainda consensuais. Novas
séries com mais doentes são necessárias para podermos chegar a uma solução de
consenso.
CP-03
CONDILOMAS PERIANAIS – UMA QUESTÃO ESTÉTICA
Tiago Ferreira; Américo Dias Pereira, Maria Rosa Sousa, António Soares
Serviço de Cirurgia, Hospital de São Sebastião
Numa altura em que a cultura do corpo é quase uma exigência social o cirurgião
deve ter em conta as consequências estéticas do seu trabalho e as possíveis
implicações que estas poderão ter no bem estar do seu paciente.
O objectivo deste poster é mostrar o resultado estético após electrofulguração de
uma lesão condilomatosa de grandes dimensões numa doente jovem.
CP-04
VOLVO DO CEGO: A PROPÓSITO DE 2 CASOS CLÍNICOS
João Pinho, Filipa Santos, Raquel Dias, Isabel Borges, Alice Fonseca, Lucília
Conceição, José Cecílio, Amândio Matos, José Couceiro, Martinho Almeida, Max
Melo, Costa Serrão, Alberto Seabra
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
O volvo do cego é uma causa incomum de oclusão intestinal, sendo responsável
por <1% de todos os casos nos Países Ocidentais.
No ano de 2008, curiosamente, registaram-se no Serviço de Cirurgia do HDFF
dois casos de volvo do cego, separados no tempo por apenas três meses e meio.
Tratava-se de dois indivíduos do sexo feminino, com idades de 33 e 84 anos,
respectivamente. O tratamento cirúrgico, diferente em ambos os casos (pexia do
cego versus hemicolectomia direita), não interferiu na evolução clínica das
doentes, que tiveram um pós-operatório sem complicações, com alta clínica ao
6º-7ºdia.
CP-05
PÓLIPO CLOACOGÉNICO INFLAMATÓRIO – UMA CAUSA INCOMUM DE
RECTORRAGIA
Joana Saiote, Cátia Quintela, M. João Bettencourt
35
Serviço de Gastrenterologia Hospital Santo António dos Capuchos – Director: A.
David Marques
Introdução: Os pólipos cloacogénicos inflamatórios são lesões pouco frequentes,
geralmente benignas, que têm origem no epitélio da zona de transição ano-rectal.
A forma de apresentação mais comum é a rectorragia. Esta entidade deve ser
considerada no diagnóstico diferencial de outras lesões polipoides.
Caso clínico: Doente do sexo masculino, 84 anos, caucasiano, observado na
consulta de proctologia por episódios de rectorragias de sangue vivo após as
dejecções e prolapso, sem outra sintomatologia associada, nomeadamente
proctalgia, tenesmo, falsas vontades, alteração do padrão defecatório ou
alteração do estado geral. A referir antecedentes de HTA, dislipidémia,
(medicado com estatina e IECA). Sem antecedentes familiares de patologia colorectal.
O exame proctológico revelou lesão polipoide prolapsada na região perianal, com
cerca de 20 mm, erosionada, de consistencia dura, indolor. Na anuscopia
observou-se a base de implantação na região ano-rectal. Foi feita a excisão da
lesão. Realizou colonoscopia esquerda que não mostrou alterações.
O estudo histológico revelou tratar-se de um pólipo cloacogénico inflamatório.
Comentários: Os pólipos cloacogénicos inflamatórios foram descritos pela
primeira vez em 1981. Estão incluídos no espectro das alterações
histopatológicas descritas no síndrome do prolapso mucoso, conceito proposto
por du Boulay et al em 1983 para descrever entidades em que o prolapso da
mucosa é o mecanismo patogénico do seu desenvolvimento, incluindo a úlcera
rectal solitaria, o prolapso rectal, a intussuscepção e o rectocelo. No entanto, o
mecanismo patogénico subjacente não está totalmente estabelecido, embora a
isquémia secundária ao prolapso da mucosa pareça ser a causa mais provável.
Podem ocorrer em qualquer idade, no entanto 80% dos doentes têm menos de
50 anos, sem predomínio de género. Têm origem no epitélio da zona de transição
e apresentam-se como pólipos únicos ou múltiplos, maioritariamente sesseis,
podendo também ser pediculados, com dimensões entre 1 e 5 cm.
A rectorragia, tanto microscópica como visível, é o síntoma mais frequente; no
entanto cerca de 20% dos pacientes apresentam-se assintomáticos.
A polipectomia simples (por vía transanal) parece ser o tratamento de escolha.
CP-06
FÍSTULA URETRO-RECTAL APÓS PROSTATECTOMIA RADICAL – CASO
CLÍNICO
T. Santos Silva, A. Duarte, J. Pimentel
Serviço de Cirurgia I, Hospital da Universidade de Coimbra
As Fístulas Uretro-Rectais podem ser de etiologia congénita ou adquirida. Os
casos adquiridos são de origem inflamatória, neoplásica, traumática ou
36
iatrogénica. Aproximadamente 60% são causadas por lesões iatrogénicas
secundárias a procedimentos cirúrgicos.
As Fístulas Uretro-Rectais após prostatectomia radical são uma entidade rara,
mas potencialmente devastadora, aumentando as taxas de morbimortalidade e
diminuindo a qualidade de vida destes doentes.
O diagnóstico é sugerido pela história clínica e exame físico do doente e
confirmado por métodos radiológicos e/ou endoscópicos.
A abordagem terapêutica depende da etiologia da fístula, da condição clínica do
doente, da experiência do cirurgião e da presença de patologia rectal e/ou
urinária associada.
O tratamento cirúrgico objectiva o seu encerramento definitivo por via perineal,
transrectal, sagital posterior, transesfincteriana ou endoscópica.
Apresenta-se um caso clínico de homem de 55 anos com Fístula Uretro-Rectal
após Prostatectomia Radical, abordando-se os aspectos clínico-patológicos mais
relevantes, estudo complementar de diagnóstico e opção terapêutica –
Uretrorrafia + Retalho endorectal de deslizamento de parede total do recto, por
via transrectal - com cura completa da lesão.
Faz-se uma breve revisão da literatura, salientando-se a importância da opção
cirúrgica para a sua resolução definitiva.
CP-07
CAUSA RARA DE COLITE ISQUÉMICA
Ana Nunes, Vítor Fernandes, Cristina Fonseca, Henrique Santos, João Freitas
Serviço de Gastrenterologia – Hospital Garcia da Orta – Almada
A colite isquémica é uma doença frequente, sendo responsável por um elevado
número de internamentos em indivíduos idosos. Embora nesta população a
patologia cardiovascular, nomeadamente a aterosclerose, seja a causa subjacente
mais habitual, justifica-se a investigação de outras etiologias.
Apresenta-se o caso clínico de uma doente do sexo feminino, 72 anos de idade,
com antecedentes de osteoporose e fractura de compressiva de D12 e com dois
episódios de hematoquézias, na sequência dos quais é feito o diagnóstico
endoscópico de colite isquémica, confirmado por histologia.
Internada por novo episódio de hematoquézias com repercussão hemodinâmica,
associada a dispneia, cansaço fácil, astenia e anorexia. Do exame objectivo
salientava-se razoável estado geral, palidez mucocutânea, polipneia, fervores
crepitantes nas bases pulmonares e edemas dos membros inferiores.
Analiticamente apresentava anemia normocítica com discreta macrocitose e VS
elevada.
37
Durante o internamento constatou-se agravamento da anemia, hipoalbuminémia
marcada, sem hipergamaglobulinémia, e hipercalcémia. Tinha elevação do
Ca19.9 e do Ca125. A TAC abdominopélvica não mostrou outras lesões para além
do espessamento cólico e a cintigrafia óssea excluiu lesões líticas. Realizou
mielograma que estabeleceu o diagnóstico de mieloma múltiplo.
O mieloma múltiplo é uma causa pouco frequente de colite isquémica, mas deve
ter sido em conta quando a etiologia da isquémia não é evidente.
CP-08
CLOSTRIDIUM DIFFICILE E AGUDIZAÇÃO DA DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL - AVALIAÇÃO DE UM ANO DE INTERNAMENTOS NUM SERVIÇO
DE GASTRENTEROLOGIA
Joana Saiote, Gonçalo Ramos, Liliana Santos, Teresinha Valente, Teresa Bentes,
Jaime Ramos
Serviço de Gastrenterologia Hospital de Santo António dos Capuchos – Director: A.
David Marques
Introdução: A infecção a Clostridium difficile (C. difficile) na doença inflamatória
intestinal (DII) tem aumentado. Esta pode imitar, precipitar uma agudização ou
desencadear o surto inicial de DII. A doença associada a C. difficile (DACD) pode
ser difícil de distinguir da recaída da DII, devido à semelhança dos sintomas e
ausência endoscópica e histológica das alterações características. A associação
entre o C. difficile e DII pode ser devida a diversos de factores, incluindo o uso de
antibióticos, medicamentos imunossupressores e hospitalização frequente.
Objectivo: Procurou-se determinar a incidência DACD adquirida na comunidade
em pacientes hospitalizados com DII.
Material e métodos: Análise retrospectiva dos internamentos hospitalares, num
período de 12 meses (1 de Outubro de 2008 e 1 de Outubro de 2009), de doentes
(d.) com DII e diarreia à admissão. Foram avaliados factores predisponentes
(terapêutica imunossupressora, antibioterapia e internamento hospitalar nos 3
meses precedentes) e feita pesquisa de toxina A e B do C. difficile.
Resultados: No período compreendido, tiveram lugar 19 admissões por
agudização de DII manifestada com diarreia, correspondendo a 16 doentes,
sendo 10 mulheres (63%), com média de idades de 39 anos (mínimo 21, máximo
73). Tinham doença de Crohn 8 casos (n= 7 d.) (ileocólica: 2 d., cólica: 3 d.; ileocolica e peri-anal: 2 d.) e 11 colite ulcerosa (n= 9 d.) (pancolite 8 d., colite
esquerda: 1d.). Encontravam-se sob corticoterapia 9 casos (47%), 5-ASA em 7
(37%), azatioprina em 3 (16%) e terapêutica biológica em 7 (37%). Nos 3 meses
precedentes, tinham estado sob antibioterapia 6 doentes (32%) e em
internamento hospitalar 2 (11%).
A pesquisa da toxina A e B do C. difficile foi positiva em 1 doente (6%),
correspondendo a um surto inicial de DII (DC complicada de estenose), sem
terapêutica prévia ou internamento hospitalar nos 3 meses precedentes.
38
Comentário: A nossa amostra, embora pequena, mostrou uma incidência de 6%
de DACD à admissão. Sendo a DACD capaz de imitar ou precipitar uma
agudização de DII, é essencial a pesquisa sistemática nos doentes internados com
diarreia, para a identificar e tratar precocemente.
CP-09
COLITE POR CMV E ABCESSO HEPÁTICO
Ferreira A*, Soares J*, Pereira P*, Pardal F§, Falcão S†, Gonçalves R*, Macedo G*
Serviços de * Gastroenterologia, § Anatomia Patológica e † Cirurgia do Hospital
São Marcos, Braga
Doente de sexo feminino, 70 anos, com antecedentes de litíase biliar, pancreatite
aguda litiásica e colecistectomia, sem medicação habitual recorre ao serviço de
urgência por dor abdominal no hipocôndrio direito, anorexia, prostração e febre
com 4 dias de evolução. Referia ainda diarreia (4-5 episódios por dia), não
sanguinolenta desde há 2 semanas. Evidenciava-se ao exame físico: hipotensão,
temperatura axilar 38,5ºC, dor à palpação no hipocôndrio direito com bordo
hepático palpável 4 cm abaixo da grade costal.
Analiticamente: ureia 79 mg/dl, bilirrubina directa 1,20 mg/dl e total 1,37
mg/dl, TGO 67 U/L e TGP 70 U/L, amilase normal, prot. C-reactiva 196,70 mg/L,
lactatos 4,57 mmol/L, hemoglobina 11,3 g/dl, leucócitos 12,700x103/uL com
95.6% de neutrófilos e 97x103/uL plaquetas. TC abdominal revelou abcesso
hepático no lobo direito com 13 cm de maior diâmetro e derrame pleural direito.
Colonoscopia total demonstrou mucosa com úlceras longitudinais e friabilidade
desde o cólon transverso (60 cm) até ao cego, revelando o exame patológico
células com inclusões nucleares (Cowdry A) sugestivo de infecção por CMV
confirmada no estudo imunocitoquímico.
Procedeu-se a drenagem do abcesso hepático por via percutânea com apoio
ecográfico sendo identificados E. coli e S. anginosus, também isolados em
hemoculturas. Procedeu-se a internamento com antibioterapia dirigida e
ganciclovir para tratamento de colite por CMV durante 21 dias, mantendo-se
monitorização imagiológica. Houve boa resposta à terapêutica instituída com
resolução do abcesso hepático e remissão da sintomatologia.
Dois meses após resolução do quadro a doente foi readmitida por processo
suboclusivo resultante de formação de estenose no cólon ascendente e
transverso proximal. Procedeu-se a colectomia direita com anastomose ileocólica primária. O exame patológico da peça cirúrgica demonstrou alterações de
carácter cicatricial com fibrose extensa da parede cólica e infiltrado inflamatório
inespecífico. O estudo imunocitoquímico para CMV foi negativo. Actualmente a
doente encontra-se assintomática, mantendo seguimento em consulta de
cirurgia.
CP-10
CAUSA RARA DE OCLUSÃO INTESTINAL
39
Soraia Silva; Sofia Nunes; Nuno Azenha; Mário Sérgio; José Pena; Fernando
Martinho
Serviço de Cirurgia II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
Os autores descrevem o caso de um doente do sexo masculino, de 55 anos de
idade, que recorreu ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal e
diarreia arrastada. Ao exame apresentava um abdómen globalmente doloroso e
com defesa. O toque rectal foi inconclusivo por má colaboração do doente.
Realizou radigrafia do abdómen em pé, que mostrou níveis hidroaéreos e
imagens nodulares no trajecto do cólon e recto. Faz TAC abdominal para
esclarecimento diagnóstico, no entanto sem informação adicional. Realizado
esvaziamento manual da ampola rectal sob sedação, com saída de grande
quantidade de caroços de cereja. Ao 7º dia de internamento mantinha quadro
oclusivo com agravamento do estado geral, febre e abcesso perianal com fístula
escrotal. O doente é levado ao bloco operatório, feita laparotomia exploradora e
realizada colostomia lateral.
Evolução favorável, com alta para o domicílio no 23º dia de pós-operatório.
CP-11
MASSA ABDOMINAL EM DOENTE TRATADA COM METOTREXATO - CASO
CLÍNICO
Ana Nunes, Paula Borralho, João Freitas
Serviço de Gastrenterologia – Hospital Garcia da Orta – Almada
O contexto de imunossupressão na doença de Crohn obriga a considerar
hipóteses adicionais na marcha diagnóstica das complicações.
Caso Clínico: Mulher de 69 anos, com antecedentes de carcinoma do endométrio
operado e Artrite Reumatóide, medicada há vários anos com metotrexato e
prednisolona. Iniciou dor abdominal incaracterística, com astenia e
emagrecimento, acompanhada de anemia normocítica e normocrómica; a
colonoscopia total era normal e a endoscopia alta mostrava “duodenite”.
Apresentou-se na consulta com dor localizada na fossa ilíaca direita, sem
alterações do trânsito intestinal e com dor na palpação da fossa ilíaca direita.
Repetiu colonoscopia que mostrou ulcerações no cego e no íleon terminal, com
biópsias sugestivas de doença de Crohn. Manteve medicação com prednisolona e
metotrexato e iniciou 5ASA oral com melhoria sintomática nos meses seguintes.
Mais tarde, recorrem as queixas dolorosas com intensidade variável e detecta-se
massa palpável na fossa ilíaca direita. A RMN sugeriu processo inflamatório
sendo a massa interpretada como correspondendo a espessamento do íleon
distal. Um ano depois verifica-se agravamento importante, com vómitos e dois
episódios sugestivos de sub-oclusão. A perda ponderal e a astenia agravaram-se
e surgiu trombose venosa profunda do membro inferior direito. Por aumento do
volume da massa abdominal, fez-se entero-RMN que mostrou espessamento
marcado e assimétrico do íleon, colocando-se a hipótese de neoformação. A
colonoscopia foi repetida e mostrou grande úlcera no cólon transverso e
40
exuberante aspecto inflamatório estenosante no cego e ascendente. As biópsias
revelaram infiltração por linfoma não-Hodgkin B, difuso, de grandes células.
Não sendo o metotrexato um dos imunossupressores mais frequentemente
associados ao aparecimento de linfomas, o seu uso prolongado deve fazer incluir
essa possibilidade no diagnóstico diferencial.
CP-12
GANGLIONEUROMATOSE INTESTINAL ESPORÁDICA NUM JOVEM ADULTO
Teresa Moreira 1, Germano Villas-Boas 2, Olinda Lima 3
1 Serviço de Gastrenterologia, Hospital de Santo António; 2 Serviço de
Gastrenterologia, Hospital Pedro Hispano; 3 Serviço de Anatomia Patológica,
Hospital de Santo António
INTRODUÇÃO: A ganglioneuromatose intestinal é uma patologia rara do sistema
nervosa entérico, caraterizada por hiperplasia difusa nos plexos neuronais da
parede intestinal. Apresenta-se habitualmente num contexto sindrómico,
associada à síndrome de Neoplasias Endócrinas Múltiplas tipo 2b (NEM 2b) ou à
Neurofibromatose tipo 1 (NF1), podendo mais raramente apresentar-se de
forma esporádica. A maioria dos casos descritos surge em crianças, sendo um
achado raro em adultos.
CASO CLÍNICO: Doente do sexo masculino, de raça caucasiana, com 25 anos de
idade. Sem história pessoal ou familiar de patologia oncológica. Orientado para a
consulta externa de gastrenterologia por queixas de dor abdominal tipo cólica e
diarreia, com um ano de evolução. O exame físico e o estudo analítico inicial, não
apresentavam alterações relevantes. Foi realizada colonoscopia total que revelou
a presença de múltiplos pólipos (entre 50 a 100), de tamanhos entre os 2 e os 5
mm, por toda a mucosa cólica, em maior número no recto e sigmoide. Foram
obtidas biopsias de vários destes pólipos, observando-se ao exame histológico
uma proliferação no córion, de ninhos de células ganglionares, separadas por
feixes de células fusiformes. O estudo imunohistoquimico mostrou
imunorreactividade das células fusiformes e ganglionares para a proteina S100,
o que permitiu fazer o diagnóstico de ganglioneuromas do cólon.
A avaliação do restante tubo digestivo com endoscopia digestiva alta e
enteroscopia por cápsula foi normal. A posterior avaliação clínica detalhada e
rastreio bioquímico não revelaram caracteristicas do síndrome NEM2b ou NF1, e
o estudo genético para detecção de mutações do proto-oncogene Ret foi
negativo. Foi oferecido ao doente follow-up clínico e endoscópico.
CONCLUSÕES: Este caso relata uma forma esporádica de ganglioneuromatose
isolada do cólon. Tratando-se duma entidade rara, são ainda desconhecidos
diversos aspectos relacionados com a patogenia e história natural da
ganglioneuromatose intestinal, nomeadamente a possível associação a um risco
aumentado de neoplasia.
41
CP-13
ADENOCARCINOMA DO ILEON – UMA NEOPLASIA RARA
Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre, Elisabete Barbosa,
Filomena Barreto, Luís Malheiro, Pedro Correia-da-Silva, Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
Introdução: Apesar do intestino delgado corresponder a 75% do comprimento e
90% da área absortiva do sistema gastro-intestinal, apenas 2% da incidência
anual de neoplasias do sistema digestivo ocorrem neste segmento.
Caso Clínico: Sexo feminino, 53 anos, antecedentes pessoais de osteoporose e
colecistectomia há 6 anos por litíase vesicular. Internada no serviço de
gastrenterologia por fadiga, perda de peso (10Kg) e anemia ferropénica grave,
com 1 ano de evolução. À data do internamento a doente negava perdas
hemáticas visíveis ou alterações do trânsito gastro-intestinal. Ao exame objectivo
apenas revelava palidez da pele e mucosas. Analiticamente destacava-se uma
anemia ferropénica. Realizou EDA e colonoscopia que foram normais. Realizou
videocápsula endoscópica que revelou um tumor ileal junto à válvula ileo-cecal.
Repetiu posteriormente colonoscopia com ileoscopia que mostrou uma
neoplasia do ileon terminal. Na TC abdomino-pélvica era evidente uma lesão
constituída por várias ansas ileais com fistulização entre elas, sem planos de
clivagem evidentes com o útero e a parede antero-superior da bexiga.
Em reunião de grupo oncológico colo-rectal, foi decidido intervenção cirúrgica.
Intra-operatóriamente constatou-se aglomerado de ansas ileais intimamente
aderentes entre si, com invasão da bexiga e da trompa direita. Procedeu-se a
uma ileo-colectomia segmentar com cistectomia parcial e salpingectomia direita.
No exame anatomo-patológico do segmento de intestino delgado indentificavamse 4 neoplasias úlcero-infiltrativas e perfuradas, que se situavam a 9cm, 23cm,
34cm e 39cm de um dos topos cirúrgicos. Tratava-se de adenocarcinomas
mucinosos pouco diferenciados síncronos (4), com metastases ganglionares
(2/19) pT4(4), N1, Mx, R0.
O pós-operatório decorreu sem intercorrências.
A doente foi novamente apresentada em reunião de grupo oncológico tendo-se
decidido fazer quimioterapia adjuvante.
Conclusão: Apesar da incidência de adenocarcinoma do ileon ser de
0,9:1.000.000 a sua existência deve ser considerada. A sincronicidade das lesões,
a idade da doente e as características anatomo-patológicas apontam para uma
neoplasia hereditária mesmo na ausência de história familiar. Estas neoplasias
não são, contudo, comuns no Sindroma de Lynch.
CP-14
FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A APENDICITE AGUDA PERFURADA
Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre, Elisabete Barbosa,
Renato Bessa-de-Melo, John Preto, Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
42
Introdução: A apendicite aguda é uma das emergências cirúrgicas mais
frequentes. O atraso no diagnóstico e no tratamento aumenta a probabilidade de
complicações, nomeadamente a perfuração.
Caso clínico: Doente do sexo feminino, 60 anos, antecedentes de carcinoma do
colo do útero submetida a quimio e radioterapia, recorreu ao serviço de urgência
por sinais inflamatórios na face interna da coxa direita com 2 dias de evolução.
Ao exame objectivo apresentava taquicardia e taquipneia. O estudo analítico
revelava aumento da proteína C reactiva e alteração da função renal. A
gasimetria arterial mostrava hipoxemia e hipocapnia. Foram realizados
ecodoppler e TC torácico que excluíram trombose venosa profunda e
tromboembolismo pulmonar. Foi iniciada antibioterapia dirigida para o
tratamento de erisipela. Devido ao agravamento do estado clínico da doente, foi
realizada ecografia abdominal que mostrou fasceíte necrotizante da parede
abdominal (flanco direito) e da coxa direita. Foi submetida a laparotomia
exploradora com desbridamento cirúrgico da fasceíte, tendo-se identificado
fístula enterocutânea com origem na base apendicular, pelo que foi realizada
ileocolectomia segmentar com ileostomia terminal.
Conclusão: A apendicite aguda complicada com fasceíte necrotizante é uma
entidade rara mas potencialmente letal, podendo ser confundida com celulite, o
que leva ao atraso no tratamento agressivo a que esta complicação obriga. Este
caso mostra a importância de considerar apendicite aguda como causa de
infecções necrotizantes dos tecidos moles da região abdominal e da coxa.
CP-15
FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A DIVERTICULITE AGUDA
PERFURADA
Tiago Bouça-Machado, Hugo Santos-Sousa, Luís Lencastre, Renato Bessa-deMelo, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Pedro Correia-da-Silva,
Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
Introdução: A diverticulite aguda é uma entidade comum, cujas complicações
levam a cirurgia em diversas ocasiões. A diverticulite aguda perfurada raramente
se apresenta como uma sépsis superficial.
Caso clínico: Doente do sexo masculino, 54 anos, antecedentes de depressão,
recorreu ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal no quadrante
inferior esquerdo (QIE) com 15 dias de evolução, astenia, anorexia e perda de
peso. Ao exame objectivo, apresentava sinais inflamatórios associados a edema
da parede abdominal no QIE. O estudo analítico mostrava leucocitose com
aumento da proteína C reactiva. Desenvolveu um quadro de cetoacidose
diabética. Realizou TC abdominal que confirmou a presença de fasceíte
necrotizante com abcesso associado. Foi submetido a cirurgia com
desbridamento e drenagem. Foi necessário novo desbridamento cirúrgico
43
às 48 horas. Ao sexto dia pós-operatório foi detectada contaminação fecal da
ferida operatória, pelo que foi realizada nova laparotomia exploradora com
identificação de uma massa inflamatória do cólon sigmóide adjacente ao orifício
externo da fístula. Foi realizada colectomia segmentar do sigmóide tipo
Hartmann. O exame histológico confirmou o diagnóstico de diverticulite
perfurada. No pós-operatório desenvolveu síndrome de resposta inflamatória
sistémica complicado por pneumonia necrotizante à direita, que necessitou de
múltiplos esquemas antibióticos e descorticação pulmonar. Faleceu ao 54º dia de
internamento.
Conclusão: A fasceíte necrotizante secundária a diverticulite perfurada é uma
entidade pouco comum, mas potencialmente letal, pelo que requer intervenção
cirúrgica imediata. Perante uma fasceíte necrotizante da parede abdominal, é
necessário um elevado índice de suspeição para a identificação de uma
diverticulite complicada com causa desta situação.
CP-16
MEGACÓLON SECUNDÁRIO A IMPACTAÇÃO FECAL EM DOENTE
PSIQUIÁTRICO
Tiago Bouça-Machado, Hugo Santos-Sousa, Luís Lencastre, Mariana Sacchetti,
Elisabete Barbosa, Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
Introdução: A impactação fecal é particularmente frequente nas crianças, nos
doentes idosos e nos doentes com certas patologias psiquiátricas ou patologias
médicas que predispõem para a obstipação.
Caso clínico: Doente do sexo masculino, 47 anos, antecedentes de esquizofrenia
e alcoolismo, internado no serviço de psiquiatria. Apresentava quadro de
obstipação com distensão abdominal, mas sem sinais de irritação peritoneal, com
7 dias de evolução. Foi realizado TC abdominal que mostrou distensão
exuberante do cólon sigmóide com 16 cm de maior diâmetro, sem causa
obstrutiva identificável para além de um fecaloma de grandes dimensões. Foi
tentado tratamento conservador com estimulação, mas devido ao agravamento
do estado clínico do doente, foi submetido a laparotomia exploradora que
revelou megacólon devido a impactação fecal com áreas de necrose da parede do
cólon ascendente, mas sem perfuração. Foi realizada colectomia total com
ileostomia terminal. O exame anatomopatológico revelou cólon com 30 cm de
maior diâmetro, sem identificação de qualquer lesão orgânica.
Conclusão: As doenças psiquiátricas e neurológicas estão frequentemente
associadas a alterações na motilidade intestinal. A cirurgia deverá ser reservada
para os casos de perfuração iminente ou evidente, ou nos casos em que o
tratamento médico foi ineficaz. Uma intervenção cirúrgica atempada nos casos
de impactação fecal prolongada pode evitar a perfuração intestinal que está
associada a elevada mortalidade nestes doentes.
44
CP-17
TORÇÃO DO APÊNDICE: UMA ENTIDADE RARA
Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Herculano Moreira,
Eduardo Lima-da-Costa, Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Amadeu
Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
Introdução: A torção do apêndice é uma entidade rara, que causa sintomas
abdominais idênticos aos da apendicite aguda, e é normalmente diagnosticada
durante a realização da cirurgia de urgência por suspeita de apendicite aguda.
Caso clínico: Doente do sexo masculino, 39 anos, sem antecedentes patológicos
relevantes. Recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal com 3 dias de
evolução, localizada inicialmente no epigastro e posteriormente na fossa ilíaca
direita (FID) e hipogastro, com anorexia e disúria associadas. Negava febre,
náuseas, vómitos, alterações do trânsito intestinal e polaquiúria. Ao exame
objectivo, apresentava-se apirético, hemodinamicamente estável, com abdómen
doloroso à palpação profunda da FID, com Blumberg e Rovsing positivos. O
estudo analítico apresentava um aumento dos marcadores inflamatórios
(leucocitose marcada e aumento ligeiro da proteína C reactiva), desidrogenase
láctica no limite superior do normal, mioglobina e creatinaquinase normais.
Realizou ecografia abdominal que revelou colecção cística na FID estendendo-se
para a escavação pélvica, com contéudo espesso heterogéneo na vertente
superior, medindo aproximadamente 9 por 4 cm, com Blumberg ecográfico
positivo, compatível com colecção peri-apendicular. Foi submetido a cirurgia de
urgência (incisão de McBurney), tendo-se constatado, intra-operatoriamente, a
presença de torção do apêndice com distensão (cerca de 12 cm), congestão e
necrose, associada a pequena quantidade de líquido livre serohemático. Foi
realizada apendicectomia após lavagem peritoneal e exploração da cavidade
pélvica. O exame anatomopatológico confirmou a presença de congestão
vascular e infiltração hemorrágica de todo o apêndice, achados consistentes com
as alterações isquémicas devidas à torsão. O pós- -operatório decorreu sem
complicações e o doente teve alta ao 3º dia de internamento.
Conclusão: É apresentado um caso de torção primária do apêndice, estando
apenas 25 casos descritos na literatura. Nestes casos, a dilatação e as alterações
isquémicas do apêndice deveram-se a uma torção sem qualquer lesão primária
associada.
CP-18
TUBERCULOSE APENDICULAR COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE
APENDICITE AGUDA
Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Luís Lencastre, Catarina Eloy,
Elisabete Barbosa, António Taveira-Gomes, Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
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Introdução: A tuberculose do apêndice é uma entidade rara, apesar da
incidência da tuberculose intestinal. Apresentamos um caso clínico compatível
com apendicite aguda submetida a cirurgia e cujo exame histológico revelou
tratar-se de tuberculose apendicular.
Caso clínico: Doente do sexo masculino, 20 anos, sem antecedentes pessoais,
recorreu ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal na fossa ilíaca
direita com uma semana de evolução. Ao exame objectivo apresentava sinal de
Blumberg positivo. O estudo analítico apresentava elevação da proteína C
reactiva. A ecografia abdominal revelou apêndice de 14mm de diâmetro com
espessamento do cego e presença de adenopatias. Foi submetido a cirurgia
(incisão de McBurney), tendo sido realizada hemicolectomia direita devido ao
aspecto macroscópico do apêndice associado a espessamento do cego e presença
de múltiplas adenopatias. O exame histopatológico revelou tuberculose
apendicular sem envolvimento de outros segmentos intestinais.
Conclusão: Apesar da região ileocecal ser o segmento intestinal mais atingido na
tuberculose intestinal, o envolvimento do apêndice é raro, ocorrendo apenas em
1,5 a 3% dos casos. A tuberculose do apêndice com apresentação clínica idêntica
à da apendicite aguda é uma entidade ainda mais rara.
CP-19
VÓLVULO CECAL NO CONTEXTO DE PARALISIA CEREBRAL
Luís Lencastre, Hugo Santos-Sousa, Tiago Bouça-Machado, Inês Romero,
Elisabete Barbosa, Herculano Moreira, Amadeu Pimenta
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto
Introdução: O vólvulo cecal é responsável apenas por 1 a 1,5% dos casos de
oclusão intestinal nos adultos, no entanto é uma causa frequente nos doentes
com paralisia cerebral. A cirurgia nestes doentes está associada a elevadas taxas
de morbilidade e mortalidade.
Caso clínico: Sexo feminino, 26 anos, antecedentes de paralisia cerebral
(acamada, sem comunicação verbal, dependente nas actividades da vida diária),
cifoescoliose grave e obstipação. Recorre ao SU por quadro de vómitos
alimentares pós-prandiais, recusa alimentar e obstipação. Ao exame objectivo,
apresentava-se hemodinamicamente estável, apirética, com abdómen
distendido, tenso, doloroso difusamente à palpação e com ausência de ruídos
hidroaéreos. O estudo analítico apresentava elevação dos marcadores
inflamatórios e hipocaliémica ligeira. Realizou Rx abdominal que mostrou
distensão cólica, mas sem níveis hidroaéreos evidentes. A ecografia abdominal
confirmou a presença de acentuada distensão gasosa intestinal, com várias ansas
paréticas. Efectuou endoscopia digestiva baixa sem lesões, com progressão
impossível a partir dos 60 cm por fezes. Foi internada com diagnóstico de
pseudo-oclusão intestinal. No primeiro dia de internamento, devido ao
agravamento do estado clínico da doente com aparecimento de sinais de
46
irritação peritoneal evidentes, foi submetida a laparotomia exploradora de
urgência, tendo-se constatado a presença de vólvulo do cego com isquemia a
montante e distensão do cólon transverso e descendente por impactação fecal.
Realizou-se colectomia subtotal com ileostomia e fístula mucosa de cólon
sigmóide.
Conclusão: O vólvulo cecal deve ser considerado nos diagnósticos diferenciais
de oclusão intestinal no caso dos doentes com paralisia cerebral. Por um lado, os
achados clínicos são idênticos aos da impactação fecal ou do íleo paralítico
secundário às infecções do tracto urinário que são frequentes nos doentes com
paralisia cerebral. Por outro, as alterações neurológicas destes doentes
mascaram os sintomas de abdómen agudo. Assim, um elevado índice de
suspeição, a realização precoce de cirurgia e um seguimento peri-operatório
cuidado são recomendados para reduzir a morbilidade e a mortalidade nestes
doentes.
CP-20
DOENÇA DE CROHN - CAUSA DIRECTA RARA DE PANCREATITE
Helena Marques; Sandra Martins; Javier Lamelas; Mesquita Rodrigues
Serviço de Cirurgia (Director: Dr. Mesquita Rodrigues). Hospital São Marcos BRAGA
A Doença de Crohn a nível gastro-duodenal é pouco frequente, ocorrendo em
0,5-4% dos pacientes com atingimento ileo-cólico associado, sendo ainda mais
rara como lesão isolada.
De acordo com alguns trabalhos publicados, o seu tratamento médico ou
cirúrgico é complexo e difícil.
A Pancreatite, no contexto da Doença de Crohn, é mais frequentemente causada
pelos fármacos usados no seu tratamento. Outras causas incluem o atingimento
duodenal da doença, litíase ou colangite esclerosante primária.
A pancreatite aguda relacionada com as lesões duodenais desta doença
inflamatória intestinal carece ainda de melhor compreensão.
Os autores reportam um caso clínico de pancreatite aguda secundário a
atingimento da ampola de Vater pela Doença de Crohn.
CP-21
OCLUSÃO INTESTINAL ALTA - UM CASO RARO POR METÁSTASE DE
CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO
Helena Marques; Sandra Martins; Javier Lamelas; Mesquita Rodrigues
Serviço de Cirurgia (Director: Dr. Mesquita Rodrigues). Hospital São Marcos BRAGA
47
O carcinoma do endométrio é a quarta neoplasia maligna mais comum no sexo
feminino.
Metastiza preferencialmente para o pulmão por via hematogénea, podendo
também ter disseminação linfática para gânglios extra-pélvicos e cavidade
peritoneal.
As metástases gastro-intestinais são raras.
Os autores apresentam o caso clínico de uma mulher admitida no Serviço de
Urgência por oclusão intestinal, com antecedente de carcinoma do endométrio.
Os exames complementares de diagnóstico evidenciaram uma lesão metastática
na segunda porção do duodeno.
A doente foi submetida a laparotomia exploradora tendo-se efectuado um
bypass gastro-jejunal.
CP-22
VOLVO DO CÓLON: CASUÍSTICA DO SERVIÇO DE CIRURGIA DO HDFF NOS
ÚLTIMOS 6 ANOS
Filipa Santos, João Pinho, Raquel Dias, Isabel Borges, Alice Fonseca, Lucília
Conceição, José Cecílio, Amândio Matos, José Couceiro, Martinho Almeida, Max
Melo, Costa Serrão, Alberto Seabra
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
O volvo do cólon é uma causa incomum de oclusão intestinal, sendo responsável
por 2-5% de todos os casos nos Países Ocidentais, sendo o cólon sigmóide o
segmento mais frequentemente envolvido, em cerca de 70% dos casos.
Nos últimos 6 anos (2004-2009), registaram-se no Serviço de Cirurgia do HDFF
12 casos de volvo do cólon, dos quais 2 envolvendo o cego, e os restantes, o
sigmóide.
Houve um ligeiro predomínio do sexo feminino nos casos registados (7 doentes,
contra 5 do sexo masculino), com idades que se distribuíram entre os 33 e os 93
anos, com uma média de idades de 68 anos.
O tratamento cirúrgico variou entre a cirurgia conservadora e a ressecção
intestinal, tendo-se registado diferentes tipos de evolução clínica, que variaram
desde a ausência de complicações, até à morte de 3 pacientes.
Com este trabalho, os Autores pretendem alertar para esta forma pouco comum
de oclusão intestinal que, curiosamente, no nosso Serviço tem vindo a surgir com
alguma frequência.
CP-23
RESSECÇÃO INTERESFINCTÉRICA NO CANCRO
CONSIDERAR-SE UMA INTERVENÇÃO SEGURA?
DO
RECTO:
PODE
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J. S. Leite, A. Manso, S. Martins, C. Carvalho, A. Monteiro, I. Portela, J. Oliveira, F.
Castro-Sousa
Serviço de Cirurgia III, Hospitais da Universidade de Coimbra
Introdução: Considera-se que a ressecção interesfinctérica é o último recurso da
cirurgia conservadora do esfíncter nos tumores baixos do recto. O objectivo
deste estudo consistiu na avaliação dos resultados funcionais e da segurança
oncológica desta intervenção.
Métodos: Foram analisados todos os processos dos doentes operados por tumor
rectal localizado 0-3 cm da linha dentada com ressecção intersesfinctérica, entre
1994 e 2008. Avaliou-se o exame histopatológico, a morbilidade, os resultados
funcionais com o score de incontinência de Wexner e a eventual recidiva local ou
à distância. Todos cumpriram o plano de consultas de revisão clínica periódica.
Resultados: Foram operados 15 doentes (8 homens), sendo a idade média de 61
anos (limites 38-76), verificando-se ter existido por tumor rectal localizado 0-3
cm da linha dentada ressecção intersesfinctérica parcial (n=12) ou total (n=3) do
esfíncter interno. Em 12 associou-se bolsa cólica em J e coloplastia em três. Doze
foram submetidos a radioquimioterapia pré-operatória, com regressão
histológica completa em dois. A margem de ressecção circunferencial média foi
de 8,1 mm (0-25 mm) e a margem de ressecção distal de 11 mm (2-20 mm). Dois
doentes tiveram fístula anastomótica com cicatrização espontânea. Em quatro
homens surgiu estenose da anastomose: dois ficaram com ileostomia
permanente e nos outros dois realizou-se plastia da estenose e dilatações
digitais. O score de Wexner foi de 3 (0-8). Com o follow-up médio de 58 meses
(7-150 meses) não surgiram recidivas locais; um doente teve metástase cerebral
aos 19 meses e outro metástases pulmonares aos 40 meses.
Conclusão: Os resultados preliminares deste estudo sugerem que a ressecção
interesfinctérica é oncologicamente segura, tendo existido contudo risco de
obstrução defecatória nos homens por estenose da anastomose.
CP-24
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE HAEMACELL COM AZUL
DE METILENO NAS MUCOSECTOMIAS PARA EXÉRESE DE PÓLIPOS COLORECTAIS
Vera Costa Dias, Rolando Pinho, F. Castro Poças, Miguel Mascarenhas Saraiva
ManopH, Instituto CUF, Porto
A infiltração submucosa com soro fisiológico é correntemente utilizada para a
realização de mucosectomias e para aumentar a segurança na remoção de
pólipos sésseis, com o objectivo de diminuir o risco de perfuração,
particularmente elevado no cólon.
Tem sido descrita a vantagem de uma melhor diferenciação dos tecidos
mediante a adição de um corante, como o azul de metileno, à solução usada para
49
esta finalidade. Também é descrita a vantagem da utilização de glicerol, ou de
colóides “substitutos do sangue”, como o Haemacell, volpex, com o objectivo de
diminuir a absorção do fluído injectado e, deste modo, perpetuar o efeito de
dissecção da submucosa obtido pela injecção.
Na nossa prática endoscópica, temos usado a técnica de injecção de solução de
Haemacell “tingida” com azul de metileno, nas mucosectomias e nas exéreses de
pólipos sésseis. Demonstra-se por iconografia a utilidade desta técnica.
CP-25
SCHISTOSSOMÍASE CRÓNICA: UMA ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
ALTERNATIVA
Ferreira A, Pereira P, Macedo G
Serviço de Gastroenterologia do Hospital de São Marcos, Braga
Doente de sexo masculino, 59 anos, com antecedentes de DM tipo 2 mal
controlada (HbA1c 15.8%), gastrite crónica associada a H.pylori e com história
de permanência em serviço militar na Guiné-bissau há cerca de 35 anos;
medicado habitualmente com metformina, omeprazol e glibenclamida, é enviado
para a consulta de hepatologia, pelo médico assistente, por alteração persistente
das provas de função hepática (GGT – 707 U/L, AST 81 U/L e ALT 205 U/L).
Referia diarreia (3-4 dejecções de fezes líquidas) com alguns anos de evolução,
episódica, alternando com períodos de obstipação. Ao exame físico evidenciavase acantose nigricans e aspecto emagrecido (IMC 17).
Analiticamente persistiam alterações das provas de função hepática e uma
ecografia abdominal mostrou vários focos ecogénicos, provavelmente
calcificações, no segmento VI do fígado. Serologias para VHA, VHB e VHC foram
negativas, não se verificaram mutações do gene HFE e o nível de alfa1antitripsina era normal, assim como a ceruloplasmina.
Foi realizada biopsia hepática percutânea que demonstrou fibrose dos espaços
porta e discreto infiltrado inflamatório mononucleado. Observava-se um
granuloma epitelióide com vários eosinófilos na periferia, e no centro do
granuloma identificava-se ovo de parasita. O exame parasitológico de fezes e
urina foi negativo. Devido às características morfológicas do ovo identificado foi
pedida serologia para Schistosoma mansoni que foi positiva. O restante estudo
serológico para parasitoses foi negativo. Foi efectuada endoscopia digestiva
baixa (padrão pseudo-polipóide do recto com infiltração inflamatória de
predomínio eosinófílico na lâmina própria e hiperplasia glandular). O doente foi
medicado com praziquantel e mantém seguimento em consulta de hepatologia,
encontrando-se assintomático.
A Schistossomíase é uma parasitose causada por tremátodes helmintas
(Schistosoma) que residem na rede venosa abdominal dos hospedeiros
vertebrados definitivos. Na Schistossomíase crónica as manifestações clínicas
resultam da resposta imune à deposição de ovos do parasita e formação de
granulomas provocada pela estimulação antigénica. A diarreia é comum e pode
alternar com obstipação. O diagnóstico serológico é útil e definitivo quando se
associa a uma história típica e ausência de isolamento de ovos de parasita nas
fezes.
50
Índice de Autores
Autor
Comunicação
Alberto, Sara F.
Albuquerque, O.
Almeida, J.C. Mendes
Almeida, Martinho
Almeida, N.
Almeida, V.
Alves, F.
Amaro, P.
Andrade, Paulo
Arroja, Bruno
Azenha, Nuno
Barbosa, Elisabete
Barbosa, Miguel
Barreto, Filomena
Bentes, Teresa
Bessa-de-Melo, Renato
Bettencourt, M. João
Borges, Isabel
Borralho, Paula
Bouça-Machado, Tiago
Canhoto, Manuela
Carvalho, C.
Carvalho, Isabel
Castelo, H. Bicha
Castro-Sousa, F.
Cecílio, José
Cerqueira, Rute
Conceição, Lucília
Correia, Jorge
Costa, Jorge
Cotrim, Isabel
Couceiro, José
Deus, João de
Dias, H. de Vasconcelos
Dias, Raquel
Dias, Vera Costa
Donato, Maria Manuel
Duarte, A.
Duque, Gabriela
Eloy, Catarina
Falcão, S.
Félix, Julieta
Fernandes, Vítor
Ferreira, Aníbal
Ferreira, F.
Ferreira, Manuela
Ferreira, Tiago
Figueiredo, Pedro
Fonseca, Alice
CO-03
CO-10
CO-16
CP-04, CP-22
CO-13
CV-03
CO-12
CO-10, CO-11, CO-12
CO-11
CO-09
CP-10
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CO-14
CP-13
CP-08
CP-14, CP-15
CP-05
CP-04, CP-22
CP-11
CO-04, CO-14, CP-13, CP-14, CP-15, CP-16, CP-17, CP-18, CP-19
CO-09
CO-02, CO-10, CP-23
CO-14
CO-17, CO-18
CO-02, CO-10, CP-23, CV-03
CP-04, CP-22
CV-02
CP-04, CP-22
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CV-02, CV-04
CO-09
CP-04, CP-22
CO-03
CO-17, CO-18
CP-04, CP-22
CO-06, CP-24
CO-11
CP-06
CO-12, CO-13
CP-18
CP-09
CO-03
CP-07
CP-01, CP-09, CP-25
CO-01
CO-11, CO-12, CO-13
CP-02, CP-03
CO-11, CO-13
CP-04, CP-22
51
Fonseca, Cristina
Freire, Paulo
Freitas, João
Giraldo, Jesus
Gonçalves, Cláudia
Gonçalves, Gil
Gonçalves, Raquel
Gouveia, Hermano
Graça, B.
Iria, Isabel
Lamelas, Javier
Leitão, M. C.
Leite, J. S.
Lencastre, Luís
Lima, Margarida
Lima, Olinda
Lima-da-Costa, Eduardo
Limbert, Manuel
Luna, Rogélio Andrés
Macedo, G.
Machado, Artur
Magro, F.
Malheiro, Luís
Manso, A
Marques, Helena
Martinho, Fernando
Martins, Alexandra
Martins, M.
Martins, S.
Martins, Sandra
Matos, Amândio
Melo, Max
Monteiro, A.
Moreira, Herculano
Moreira, Teresa
Moura, P.
Nogueira, Fernanda
Nora, Mário
Nunes, Ana
Nunes, Sofia
Oliveira, Eduardo
Oliveira, J.
Pardal, F.
Paulino, C.
Pena, José
Pereira, Américo Dias
Pereira, P.
Pimenta, Amadeu
Pimentel, João
Pinho, João
Pinho, Rolando
Pinto-de-Sousa, João
Pires, Eduardo
Poças, F. Castro
CP-07
CO-11, CO-12, CO-13
CP-07, CP-11
CO-17, CO-18
CO-09
CO-05, CO-08, CV-04
CP-01, CP-09
CO-11, CO-12, CO-13
CO-12
CO-17, CO-18
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CO-11, CO-13
CO-02, CO-10, CP-23, CV-03, CV-05
CO-04, CO-14, CP-13, CP-14, CP-15, CP-16, CP-17, CP-18, CP-19
CO-15
CP-12
CP-17
CO-16
CO-17, CO-18
CO-01, CP-09, CP-25
CP-01
CO-01
CP-13
CO-02, CO-10, CP-23
CP-20, CP-21
CP-10
CO-03
CO-02, CV-03, CV-05
CO-02, CO-10, CP-23
CO-07, CP-20, CP-21
CP-04, CP-22
CP-04, CP-22
CO-02, CP-23
CO-04, CP-17, CP-19
CP-12
CV-03
CO-07
CO-05, CO-08, CV-02, CV-04
CP-07, CP-11
CP-10
CV-01
CO-02, CP-23
CP-09
CO-12
CP-10
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CO-04, CO-14, CO-15, CP-13, CP-14, CP-15, CP-16, CP-17, CP-18, CP-19
CP-06
CP-04, CP-22
CP-24, CV-01
CO-15
CO-03
CO-06, CP-24
52
Portela, Francisco
Portela, I.
Preto, John
Quintela, Cátia
Ramos, Gonçalo
Ramos, Jaime
Reis, António José
Resende, Vera
Ricardo, Leonel
Rodrigues, Catarina Graça
Rodrigues, Mesquita
Rolanda, Carla
Romero, Inês
Sá, Anabela
Sacchetti, Mariana
Saiote, Joana
Santos, A. Almeida
Santos, Filipa
Santos, Henrique
Santos, Liliana
Santos-Sousa, Hugo
Saraiva, Miguel Mascarenhas
Sarmento, Cristina
Seabra, Alberto
Sérgio, Mário
Serrão, Costa
Silva, Diva
Silva, Filipe
Silva, Pedro Correia
Silva, Soraia
Silva, T. Santos
Soares, António
Soares, Carlos
Soares, J.
Soares, João
Sofia, Carlos
Sousa, Adriana
Sousa, Maria Rosa
Taveira-Gomes, António
Teixeira, Tânia
Valente, Teresinha
Vasconcelos, Helena
Vieira, João
Villas-Boas, Germano
CO-11
CP-23
CP-14
CP-05
CP-08
CP-08
CV-04
CO-05, CO-08
CO-03
CO-03
CO-07, CP-20, CP-21
CP-01
CP-19
CO-11
CP-16
CP-05, CP-08
CO-10
CP-04, CP-22
CP-07
CP-08
CO-04, CO-14, CP-13, CP-14, CP-15, CP-16, CP-17, CP-18, CP-19
CO-06, CP-24, CV-01
CO-15
CP-04, CP-22
CP-10
CP-04, CP-22
CO-05, CO-08, CV-02, CV-04
CO-09
CO-14, CO-15, CP-13, CP-15
CP-10
CP-06
CP-02, CP-03, CV-02
CO-15
CP-09
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CP-15, CP-17, CP-18
CV-04
CP-08
CO-09
CO-17, CO-18
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1 XIX Congresso Nacional de Coloproctologia Porto, 3 e 4 de