SENAP ASSESSORIA O USO DA COGERAÇÃO EM SHOPPING CENTERS Problemas, Vantagens e Benefícios Dezembro/2006 1 SENAP ASSESSORIA Introdução Os aumentos significativos no custo da energia elétrica e a manutenção desse quadro para os próximos anos favorecem a auto-produção de energia por parte dos Shoppings, quase todos tarifados como consumidores Cativo A4-HS Azul. O insumo Energia Elétrica chega a responder por cerca de 40 a 45% dos custos condominiais dos Shoppings. Dentre as opções para redução dos custos com energia está a Cogeração. 2 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 3 SENAP ASSESSORIA Problemas e Restrições Tendência das concessionárias dificultarem a renegociação dos contratos vigentes (redução de demanda) e a morosidade na aprovações dos projetos de paralelismo. Back-up - A contratação de Reserva de Capacidade que é atrativa do ponto de vista financeiro, mas operacionalmente inviável. Recorrentes atrasos no cronograma físico de implantação, seja pela demora na entrega dos equipamentos, pelos trâmites de importação dos mesmos ou pela demora na obtenção de licenças. Dificuldade de negociar, com os fornecedores, os limites de indisponibilidade das plantas. 4 SENAP ASSESSORIA Problemas e Restrições Novas oportunidades no mercado de Energia Elétrica com opção de contratação de Energia Alternativa ou Mercado Livre, cujos projetos apresentam economias significativas sem investimento inicial. Monopólio da distribuição Gás Natural. Há Casos que a planta ficou pronta e o Gás não chegou. Processos de aprovação (Aneel, Governo do Estado, Prefeitura e órgãos ambientais) às vezes longos e burocráticos. Restrição de espaço físico nos Shoppings. 5 SENAP ASSESSORIA Problemas e Restrições Investimento alto, muitas vezes atrelados ao Dólar. Dificuldades para obtenção de Linhas de Crédito, principalmente pelos Shoppings se tratarem de Condomínios. Aviltamento de preço das plantas por alguns fornecedores / instaladores. Insegurança com relação aos contratos de fornecimento do Gás Natural (Preço / Disponibilidade). 6 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 7 SENAP ASSESSORIA Vantagens e Benefícios Redução significativa do consumo total de energia do empreendimento. Diversificação da matriz energética do Shopping. Back-up elétrico, minimizando as consequências de apagões e racionamentos. Substituição do investimento na recuperação das Centrais de Água Gelada ou a compra de novos equipamentos, no Caso de Empreendimentos existentes. 8 SENAP ASSESSORIA Vantagens e Benefícios Melhor racionalização energética, levando a custos otimizados. Melhoria na qualidade da energia em relação a da rede da concessionária. Possibilidade de transformar a aquisição da planta em um negócio para o Empreendedor, opção que apresenta uma TIR bastante atrativa. Receita adicional para o Shopping com a possibilidade de comercialização da energia elétrica produzida. Ganho financeiro para o Shopping com os créditos de carbono. 9 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 10 SENAP ASSESSORIA Perspectivas Futuras POSITIVAS: Evolução do mercado de Shoppings com adesão de vários empreendimento, além do crescimento médio de 6% ao ano no número de unidades desde 2000. (Fonte: ABRASCE). Risco de déficit de Energia Elétrica para os próximos anos e a elevação dos custos com esse insumo; Crescimento interno da oferta de gás reduzindo a dependência externa. NEGATIVAS Indisponibilidade do Gás Natural, por conta de incertezas políticas (internas e externas). Aumento substancial no preço do combustível. 11 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 12 SENAP ASSESSORIA Custo da Planta Instalada (Turn-Key) A competição entre as várias alternativas de macro-soluções contribuiu para melhorar os preços da cogeração. Os preços muito elevados das plantas com altíssimas TIRs (Taxa de Retorno) inviabilizaram vários projetos de cogeração. Para dar uma indicação do custo de uma planta de cogeração criamos uma referência a capacidade total em MW, somando a capacidade de geração de energia em MW com a capacidade em potência elétrica da geração de frio. PGer. Elét. (MW) + PotênciaGer. Frio (MW = TR x 0,0007MW/TR) Para estabelecimento da curva de tendência a seguir, consideramos 5 exemplos reais. 13 SENAP Custo da Planta Instalada (Turn-Key) ASSESSORIA CUSTO COGERAÇÃO POR KW EFETIVO (GERAÇÃO DE ENERGIA + FRIO) MR$/Mw 1.900 1.850 1.800 1.750 1.700 1.650 1.600 1.550 1.500 1.450 1.400 1,50 2,50 3,50 4,50 5,50 6,50 7,50 Mw Equivalente 14 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 15 SENAP Evolução do Custo com Energia ASSESSORIA As tarifas de energia, como citado anteriormente, vêm apresentando reajustes significativos, muito acima dos índices de inflação, conforme demonstrado abaixo (FONTE: Resoluções Light e site FGV): Variação Índices Econômicos e Energia (NOV/96 a OUT/06) EE IGP–M IPC GÁS INCC IGP – DI 330% 156% 89% 234% 126% 155% No gráfico a seguir está demonstrada a evolução do preço unitário da energia (R$/Mwh) para um Shopping enquadrado no sub-grupo A4 segmento horo-sazonal azul (c/ termo-acumulação) e potência de 5,3MW. 16 SENAP Evolução do Custo com Energia ASSESSORIA Evolução Preço Energia (R$ / Mwh) R$/Mwh 500 456 450 434 400 350 322 300 273 267 250 216 200 178 157 150 106 118 122 100 50 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 17 SENAP ASSESSORIA Evolução do Custo com Energia Evolução Acumulada (%) Gás x IGP (Jul/96 a Jan/06) % 250% 234% O aumento do gás no período foi 3,29% ao ano acima do IGP. 200% 205% 191% 147% 150% 130% 121% 108% 100% 93% 69% 49% 35% 50% 0% jul/96 151% 10% 3% 3% 0% jan/97 jul/97 jan/98 jul/98 62% 47% 12% 3% jan/99 jul/99 jan/00 Variação Gás jul/00 jan/01 jul/01 Ano jan/02 jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 Variação IGP 18 SENAP Energia x Índices de Inflação ASSESSORIA Variação Anual Acumulada dos Índices Variação 350% 330% 300% ENERGIA 250% 234% IGP-M IGP-DI 200% GÁS 156% 150% 100% 155% IPC 126% INCC 89% 50% 0% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 19 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 20 SENAP ASSESSORIA Caso 1 – Shopping A Compra Direta da Planta por parte do Empreendedor (Turn-Key): Investimento Total R$ 5.314.000 Alteração do perfil elétrico do Shopping pela cogeração: Descrição S/ Cogeração C/ Cogeração Redução Demanda na Ponta (Kw) 2.029 2.029 – Consumo na Ponta (Kwh) 119.757 119.757 – Demanda F. de Ponta (Kw) 3.144 2.611 533 Consumo F. de Ponta (Kwh) 1.092.304 917.684 174.620 21 SENAP ASSESSORIA Caso 1 – Shopping A Cativo A4 - 13,8 Kv - Tarifa Azul Prç. Unit. CUSTO MENSAL Unid. Qtde. Demanda Ponta Kw 2.029 x 68,54 = R$ 139.045 R$ 1.668.543 Consumo Ponta Kwh 119.757 x 0,3082 = R$ 36.906 R$ 442.874 R$ 175.951 R$ 2.111.417 (1) Sub-Total 3.144 CUSTO ANUAL Demanda Fora de Ponta Kw x 22,25 = R$ 69.967 R$ 839.608 Consumo Fora de Ponta Kwh 1.092.304 x 0,1837 = R$ 200.666 R$ 2.407.993 (2) Sub-Total R$ 270.633 R$ 3.247.602 TOTAL (1 + 2) R$ 446.585 Preços Unitários (R$/Kwh) Ponta R$1,469 Fora de Ponta R$0,248 Total R$0,368 R$ 5.359.019 a) Preço 100% administrado pelo Governo. b) Com a cogeração, apenas 50% passa a ser administrado pelo Governo. 22 SENAP ASSESSORIA Caso 1 – Shopping A Cogeração - 2.600 Kw + 636 Tr Unid. Qtde. Prç. Unit. Demanda Fora de Ponta Kw 1.920 x 22,25 = R$ 42.727 R$ 512.726 Cons. na Ponta - Backup* Kwh 13.173 x 1,420 = R$ 18.701 R$ 224.417 Cons. F. de Ponta - Backup* Kwh 201.161 x 0,1837 = R$ 36.955 R$ 443.460 R$ 98.384 R$ 1.180.603 (1) Sub-Total CUSTO MENSAL CUSTO ANUAL Gás (0,300 m³/Kwh) m³ 246.932 x 0,57 = R$ 141.433 R$ 1.697.199 Manutenção (R$/Kw) Mwh 823.107 x 0,042 = R$ 34.447 R$ 413.364 Manutenção Chiller R$ 6.000 R$ 72.000 (2) Sub-Total R$ 181.880 R$ 2.182.563 TOTAL (1 + 2) R$ 280.264 R$ 3.363.166 Mensal Preço Unitário Total (R$/Kwh) R$ 0,231 Economia R$ 166.321 Anual R$ 1.995.853 Percentual de Economia = 37,24% * No backup estão inclusos a indisponibilidade da usina, energia complementar e consumo noturno. 23 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 24 SENAP Caso 2 – Shopping B ASSESSORIA Investimento Terceirizado (BOT): •A investidora garantiu a performance do seu equipamento para geração de frio, reduzindo o consumo global do Shopping a um preço fixo, minimizando os riscos próprios da auto-produção para o Empreendimento e garantiu uma economia da ordem de 26% em relação as despesas atuais com energia elétrica e geração de frio. Alteração do perfil elétrico do Shopping pela cogeração: Descrição S/ Cogeração C/ Cogeração Redução Demanda na Ponta (Kw) 2.699 2.598 101 Consumo na Ponta (Kwh) 152.059 144.459 7.600 Demanda F. de Ponta (Kw) 3.119 2.360 759 Consumo F. de Ponta (Kwh) 960.826 815.705 145.121 25 SENAP ASSESSORIA Caso 2 – Shopping B Cativo A4 - 13,8 Kv - Tarifa Azul Unid Qtde. Demanda Ponta Kw 2.699 Consumo Ponta Kwh Demanda Fora de Ponta Kw Consumo Fora de Ponta Kwh Prç. Unit. CUSTO MENSAL (R$) CUSTO ANUAL (R$) x 62,26 = 168.033 2.016.400 152.059 x 0,3058 = 46.495 557.937 x 19,60 = 61.115 733.377 960.826 x 0,1856 = 178.282 2.139.384 453.925 5.447.098 3.119 (1) Sub-Total Manutenção CAG´s R$ 1 x 24.000 = 24.000 288.000 Manutenção Fancoils R$ 1 x 3.000 = 3.000 36.000 Peças de Reposição R$ 1 x 2.500 = 2.500 30.000 29.500 354.000 483.425 5.801.098 (2) Sub-Total TOTAL (1 + 2) Preços Unitários (R$/Mwh) Ponta R$ 1,411 Fora de Ponta R$ 0,249 Total R$ 0,434 a) Preço 100% administrado pelo Governo. b) Continua 100% dependente de preços públicos, mas com 26% de desconto. 26 SENAP Caso 2 – Shopping B ASSESSORIA Cogeração - 2.600 Kw + 640 Tr Qtde. (1) Custo Investidora* R$ (2) Diferença Consumo Água m³ Prç. Unit. 960.163 x R$ = 355.260 4.263.125 1,39 = 840 10.078 356.100 4.273.203 Mensal Anual 127.325 1.527.895 Aluguel imbutido 102.000 1.224.000 Economia pós BOT 229.325 2.751.895 602 x Economia 0,320 CUSTO ANUAL (R$) 0,370 TOTAL (1 + 2) Preço Unitário (R$/Kwh) CUSTO MENSAL (R$) Economia em 10 anos 16.502.947 Percentual de Economia = 28,45% * Preço incluindo o gás, o backup de energia, a energia complementar, manutenção dos chiller por absorção, fancoils, geradores e os chillers elétricos existentes. 27 SENAP ASSESSORIA Agenda 1. Problemas e Restrições 2. Vantagens e Benefícios 3. Perspectivas Futuras 4. Custo da Planta Instalada (Turn – Key) 5. Evolução do Custo com Energia 6. Caso 1 – Shopping A 7. Caso 2 – Shopping B 8. Conclusões 28 SENAP ASSESSORIA Conclusões Os cenários do setor elétrico brasileiro apontam um aumento significativo nas tarifas de energia para o cliente Cativo, por conta do risco de desabastecimento, da necessidade de novos investimentos e do aumento da participação das Termos na matriz de geração de energia. A falta de energia provocará um aumento significativo no consumo do gás natural, que poderá ter suas tarifas majoradas. A economia, todavia, com o uso desse combustível em relação a energia elétrica da concessionária deverá ser mantida, ou até incrementada. A cogeração é portanto uma alternativa que deve ser considerada para a redução no custo e flexibilização da matriz energética para os Shoppings. 29 SENAP ASSESSORIA Percepções Estratégicas Forças Deficiências -Reduz o peso dos custos administrados pelo Governo. -Minimiza as consequências de racionamentos -Sensível economias nos custos com energia elétrica. -Melhora a qualidade da energia. -Incerteza com relação ao mercado de Gás Natural. -Fornecedores que tendem a superdimensionar as plantas e os orçamentos. Oportunidades Ameaças -Economia nos custos com -Abertura do mercado de Energia. Energia Elétrica. -Ações contra o ICMS sobre a -Criação de novos negócios para demanda. os Empreendedores. -Especulações sobre o preço e abastecimento do Gás. 30 SENAP ASSESSORIA OBRIGADO Antônio José de Andrade Consultor Tel: (81) 9203-6062 / (81) 3463-4653 E-mail: [email protected] 31