O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO-GRÁFICOS Sonia Maria Reis Blanco1 Universidade do Estado do Pará – Docente: Assistente II Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Jarbas Passarinho” – Docente: Arte [email protected] Resumo: Esse trabalho2 consiste no registro e análise de uma manifestação cultural do Estado do Pará, denominada carimbo. A delimitação das vertentes desenvolvidas na pesquisa se encontraram norteadas pela seguinte questão: Quais as características do carimbó de Algodoal? Foram realizadas pesquisas bibliográfica e de campo relacionadas com essa temática. A coleta de dados foi feita na Ilha de Algodoal, distrito de Maracanã, no Estado do Pará. Nesse local, foram registrados os contatos estabelecidos com os carimbozeiros, grupos de carimbós existentes e demais moradores da ilha que nos passaram informações relacionadas ao carimbó e à região onde se dá essa manifestação. Mediante as transcrições dos carimbós do Francisco Paulo Monteiro Braga (Chico Braga) e do José Miguel Costa Teixeira (Zé Mingau), carimbozeiros de Algodoal, foram efetuadas a análise poética e musical do carimbó, baseada nos aspectos sócio-gráficos e suas interferências no carimbó dessa localidade a qual será enfatizada nesse momento. Palavras-chave: Carimbó. Manifestação Cultural. Aspectos Sócio-Gráficos. Abstract: That work consists in the record and analysis of a cultural manifestation of the State of Pará, denominated carimbó. The delimitation of the slopes developed in the research were direcionared by the following matter: Which are the characteristics of Algodoal Carimbó? They were accomplished bibliographical researches and of field related with this thematic. The data collection was made in Algodoal Island, district of Maracanã, in Pará State. In this local, they were registered the contacts established with carimbozeiros, carimbós existing and too much inhabitants groups of the island that passed us information related to carimbó and to the region where gives this manifestation. By means of the transcriptions of carimbós of Francisco Paulo Monteiro Braga (Chico Braga) and of the José Miguel Costa Teixeira (Zé Mingau), carimbozeiros of Algodoal, they were made the poetic and musical analysis of carimbó, based on partner-graphs aspects and her interferences in carimbó of this place which will be emphasized at this moment. Key words : Carimbó. Cultural manifestation. Partner-graphs aspects. 1 Mestre em Musicologia pela Escola de comunicações e Artes da Universidade de São Paulo/USP. Mestre em Educação pelo Instituto Latino Americano e Caribenho – Cuba/ IPLAC. Docente do Departamento de Artes do Centro de Ciências sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará. Professora de Artes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Jarbas Passarinho” – Belém/Pa. 2 Fruto da dissertação de Mestrado em Musicologia, desenvolvida na Universidade de São Paulo USP/ECA, tendo como orientador o Prof. Dr. Marcos Branda Lacerda. O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO-GRÁFICOS INTRODUÇÃO O local escolhido para estudo do carimbó, a Ilha de Algodoal, pertence ao Município de Maracanã, próximo ao Município de Marapanim considerado o centro do Carimbó. Os dados foram obtidos, na ilha de Algodoal, em 2002 e 2003. As entrevistas foram gravadas e desse modo ficou-se conhecendo as composições e o “modus vivendi” dos dois compositores e cantadores de carimbó mais conhecidos do local: Francisco Paulo Monteiro Braga - Chico Braga e José Miguel Costa Texeira - Zé Mingau. Também foram colhidas informações sobre os mesmos e outras peculiaridades do carimbó com os moradores da ilha. O CARIMBÓ Carimbó é uma das manifestações culturais presentes no Estado do Pará. Trata-se de grupo formado por homens e mulheres que dançam, cantam, tocam o carimbó. Segundo Cascudo (1980: 260) a palavra carimbó é fruto da junção das palavras: “curi (= madeira) e imbó (= ôca)”. Etimologicamente esta palavra designa o instrumento de percussão do carimbó como referência de origem da denominação dessa manifestação como um todo. Aplicando aqui um raciocínio de Almeida (1942), pode-se inferir que o vocábulo aplicado ao tambor teria passado para a dança. Salles diz sobre o carimbó: “SOB O MESMO NOME, assinalamos: a) o instrumento; b) a dança; c) a música” (1969: 276). O instrumental básico do carimbó são dois tambores em tamanhos diferentes, chamados de curimbó ou carimbó. Outros instrumentos são incluídos como: rabeca, violão, cavaquinho, banjo (cordas), flauta, clarineta, saxofone (sopro), pandeiro, maracas, matracas, caxixi, (percussão). A dança de carimbó, diz respeito a reunião de pessoas em pares num círculo, que dançam soltos, evidenciando o cortejo, a conquista, onde o homem dança ao redor da mulher . A música do carimbó (Salles,1969: 280) entre outras características é andante, de ritmo binário simples, modo maior. A estrutura do canto é responsorial, acompanhado pelo instrumental. A poesia do carimbó contém versos curtos que são repetidos. A maioria dos versos dizem respeito ao cotidiano do povo, descrevem seus amores, trabalhos, locais onde vivem e suas lendas, expressam sua gente. A diferença do carimbó em cada região revela-se mediante ao tipo de trabalho, o mesmo é considerado como uma manifestação de lazer do canto de trabalho. Algumas expressões são específicas do carimbó. (Salles, 1969: 259, 266), “cantadeira ou cantador de carimbó” refere-se ao solista que canta o carimbó; “batedores de carimbó” diz respeito aos que tocam os tambores; “tiradores de carimbó” remete à pessoa que inicia o canto no carimbó. Menezes (1993: 347, 348) também utiliza algumas expressões, como “orquestras de pau e corda” para referir-se ao carimbó executado com o http://www.hist.puc.cl/historia/iaspmla.html 2 O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO -GRÁFICOS acompanhamento de percussão e voz; “dançadores de carimbó” para mencionar os dançarinos do carimbó. De acordo com o desenvolvimento social, econômico e de localização dessas regiões, vão surgir interferências no tipo de carimbó encontrado; daí o motivo de mudanças no carimbó quanto ao instrumental, coreografia, indumentária e organização de grupos. ASPECTOS SÓCIO-GRÁFICOS DA VILA DE ALGODOAL Algodoal é chamada também de Maiandeua, um termo tupi que quer dizer Mãe da Terra (Quaresma, 2000: 26). Possui 14 km de praia e apresenta um clima quente e úmido, predominância da natureza, Área de Proteção Ambiental com 752 km², distante da capital – Belém (capital do Pará) 147 km. Desde 1980 a ilha vive em torno do turismo e da pesca. A ilha de Algodoal é composta de quatro vilas: Algodoal, Fortalezinha, Camboinha e Mocooca (Quaresma, 2000). A investigação do carimbó, deteve-se na vila de Algodoal, devido ser a maior, a que apresenta mais destaque em termos de reconhecimento, estende-se até a praia da Princesa. Encontra-se dividida em dois setores de habitação que contrastam quanto ao formato, material de construção, tamanho. O primeiro é a vila propriamente dita, com muitas casas e crescimento desordenado, onde cada m² é disputado. O outro é a praia da princesa com poucas casas, possibilitando mais facilidade de contato com a natureza e diminuição da poluição sonora e visual. A economia da vila baseia-se no turismo, serviços públicos e na pesca que é a principal atividade, pois a população da vila é composta basicamente de pescadores. A atividade turística envolve pousadas, restaurantes, bares. Na ilha a energia elétrica, é feita por geradores a diesel. Esse sistema visa mais o entretenimento e o setor turístico. A cultura da ilha envolve os aspectos: educação, religião, carimbó e cultura de massa, esta última difundida em bares. A cultura religiosa de Algodoal envolve diversas denominações, como: o protestantismo, o catolicismo e a pajelança. Há também as crenças populares nos encantados que compõem os mitos e lendas da ilha. Encantados (Maués, 1995: 195, 196) são seres que não morreram, são invisíveis aos nossos olhos e habitam nos rios e igarapés. Essa cultura faz parte da vida em Algodoal e encontra reflexo nas poesias do carimbó local. A crença na lenda da Princesa é a mais relevante na ilha. A manifestação cultural tradicional e enfatizada na vila de Algodoal é o carimbó. Segundo depoimentos, essa manifestação regional vem atravessando gerações e se perpetuando no local. O que se observa na vila, de certa forma, é o enfoque dado ao carimbó como fonte de atração turística e de identidade do local. Considerando o distanciamento geográfico que a ilha de Algodoal apresenta em relação aos outros municípios paraenses, esse fato não é suficiente para isolá-la da cultura de massa. Apesar das dificuldades de transporte e energia elétrica, em certos períodos é comum a ilha, ser invadida 3 Anais do V Congresso Latinoamericano da Associação Internacional para o Estudo da Música Popular O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO-GRÁFICOS pela indústria fonográfica com seus equipamentos sonoros possantes, tocando as músicas em voga na mídia como: rap, rock, axé, pagode, entre outras músicas. Observa-se que Algodoal não se encontra tão isolada dos problemas sociais da modernidade e que apesar de assegurar alguma tradição e certa preservação ecológica, sofreu e sofre influências do mundo, daglobalização. A PRODUÇÃO DO CARIMBÓ EM ALGODOAL Na vila de Algodoal o local de referência do carimbó é o Bar chamado “Só Carimbó”. Pertence ao seu Télo, que é filho de carimboseiro e tem em sua esposa uma aliada dessa manifestação, ao qual outrora já dirigiu um grupo de carimbó. A apresentação do carimbó no bar não é utilizada só como local da manifestação regional, mas também como meio de subsistência. O carimbó nesse estabelecimento sempre é mostrado quando há visitantes na ilha, pois os turistas são referenciais de consumo, gerando lucro para o estabelecimento. Entre os compositores de carimbó citados nas entrevistas na vila de Algodoal, o Zé Mingau e o Chico Braga foram os mais citados e foram os que apresentaram disponibilidade em cooperar com a pesquisa Francisco Paulo Monteiro Braga Este compositor é conhecido como Chico Braga, nascido no ano de 1945, é natural de Magalhães Barata, distrito de Marapanim no Estado do Pará. Homem de vida singular, é pescador. Mora na Praia da Princesa, rodeado por gatos e cachorros, em duas choupanas. Seu entretenimento consiste em consumir cachaça, e cantar carimbó. Além das composições de carimbó, que segundo seu depoimento somam-se em mais de duzentas, compõe outros gêneros musicais demonstrados durante as entrevistas. Costuma dizer que suas composições estão gravadas e guardadas em sua memória. No carimbó Seu Chico é compositor, cantador, instrumentista de maraca e curimbó e é luthier. Fabrica curimbó, feito com “pau ôco do mangal, [coberto com] couros de boi, anta ou cobra”(informações verbais)3. Durante as entrevistas, Seu Chico referiu-se a algumas definições relacionadas com o carimbó como: cantor de carimbó, tonalidade, apresentação do carimbó, finalidade da composição no carimbó (“faz música para pegar”, isto é, são músicas facilmente reconhecidas e cantadas pelo povo). Como nenhum dos seus filhos é envolvido com o carimbó, Seu Chico declara que seus herdeiros são o Antônio Gato e o França, cantadores de carimbó, convocados por ele, para aprenderem e cantarem as suas composições. 3 Os informes verbais, dessa página, foram fornecidos por Chico Braga, em Algodoal/PA, em abril de 2002 e 2003. http://www.hist.puc.cl/historia/iaspmla.html 4 O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO -GRÁFICOS José Miguel Costa Teixeira Este compositor é conhecido na vila de Algodoal como Zé Mingau. Nasceu em 1970, mora na ilha de Algodoal desde seu nascimento. De sua avó herdou o gosto pelo carimbó; foi com ela que aprendeu a cantar, dançar e compor carimbó. Zé Mingau tem como profissão ser pescador; também é construtor de casas e barco. Possui a perspectiva do carimbó ser transmitido de geração em geração, gosta de preservar e aprofundar suas raízes nessa manifestação cultural, dando continuidade ao carimbó da vila com a sua esposa Lenita e com seu filho que toca curimbó. Possui um grupo de carimbó intitulado Praiano, que entre outras características apresenta cuidado com a conservação do carimbó antigo, “um carimbó capaz de arrastar os velhos, pois seu carimbó é mais poesia” (informações verbais) 4. No carimbó, Zé Mingau é compositor, cantador e toca curimbó. Atualmente se dedica ao aprendizado do violão e banjo. Em relação à composição de músicas de carimbó, o Zé Mingau diz que cria primeiro as letras e só depois pensa na melodia. Quando compõe, costuma pensar muito e sempre procura melhorar o que faz, algumas composições costuma fazer em parceria com sua esposa, sobretudo a melodia. Revela ser comum compartilhar da criação de carimbó com ela. Zé Mingau apresentou em seu depoimento algumas características do carimbó quanto ao significado de: cantor de carimbó, tonalidade, apresentação do carimbó, finalidade da composição no carimbó (“faz música para pegar”, são músicas que o povo logo aprende, são gravadas com facilidade). CONSIDERAÇÕES FINAIS Na pesquisa realizada, é possível refletir sobre a preservação dessa prática resultante do isolamento cultural da ilha, fomentado pela sua condição de patrimônio da humanidade. Pode-se afirmar que o relativo isolamento é o que ainda permite a transmissão de valores da tradição cultural da região, alimentada ao mesmo tempo pelas solicitações de alguns setores do turismo que vêem no carimbó um exótico atrativo. Constata-se que no carimbó em Algodoal os músicos desempenham múltiplas funções: são ao mesmo tempo compositores, instrumentistas, cantadores. O carimbó de Algodoal também evidencia a utilização de instrumental nativo. Ao intitularem carimbó “pau e corda”, é feito referência específica ao acompanhamento do carimbó na ilha que corresponde aos instrumentos de percussão fabricados neste local, pelos próprios participantes da manifestação, evidenciando ser um carimbó original. Convém destacar que os participantes, mais especificamente, os instrumentistas do carimbó, atribuem importância ao acompanhamento 4 Os Informes verbais, dessa e da próxima página, foram fornecidos por Zé Mingau, em Algodoal/PA, em abril de 2002 e 2003. 5 Anais do V Congresso Latinoamericano da Associação Internacional para o Estudo da Música Popular O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO-GRÁFICOS harmônico nessa música. Como na ilha não há essa qualificação, o carimbó de Algodoal na maioria das vezes é apresentado sem o reforço harmônico, sendo feito segundo as possibilidades locais, que consistem no acompanhamento com instrumentos de percussão e voz. Outra inferência comprovada, diz respeito aos compositores possuirem padrão estético musical intuitivo, reforçando o que eles dizem: “só faço música para pegar”; ou seja, todas as características musicais do carimbó – simplicidade da forma, melodia, letra - facilitam a memorização dessa música. Esse é um dos exemplos em que se observa bem o fenômeno da presença de "formalidades" ou normas nas manifestações informais (Rios, 1995: 71). Sobre as diferenças entre as músicas dos compositores de carimbó pesquisados destaca-se a constância da espontaneidade na criação, relacionada a uma performance cujo comportamento ora é marcado pela espontaneidade, como no caso de Chico Braga; ora por uma postura que se aproxima de uma consciência profissional, que requer estudo, ensaio e mais tempo para aperfeiçoamento musical, como ocorre com o Zé Mingau. Observou-se que a poesia do carimbó de Algodoal envolve em seu processo criativo, aspectos que embora pareçam exprimir tão somente elementos daquele cotidiano, vão além e, revivem mitos construídos pelos antepassados Essa tradição mexe com a imaginação e favorece a compreensão da realidade imediata. É nesse sentido que carimbós de Algodoal revivem a mitologia em seus encantados. Em relação a poesia dos demais carimbós existentes no Estado do Pará, comparada a de Algodoal, pode-se verificar semelhanças na existência de versos curtos e repetitivos, fazendo alusão ao dia-a-dia e ao saber do povo local favorecendo a compreensão dessa realidade. Outro aspecto presente na manifestação do carimbó, que reforça a mutação necessária e inevitável da cultura, é a presença feminina num contexto sempre proclamado como território masculino. Este fato também ocorre na classificação de gênero no trabalho pesqueiro, onde somente o homem ocupa este papel. Alencar (1993: 69) ressalta a presença de dois modelos de divisão sexual do trabalho, entre eles o modelo calcado na realidade que desvenda a práxis do local, dando subsídios para a presença feminina no carimbó da ilha de Algodoal, que parece ser anunciada pela mitologia presente na ilha, envolvendo a figura feminina da “Princesa”, da “Mãe da Terra”, mas também por mulheres reais: avós, esposas, mães... Uma informação presente nos discursos dos entrevistados, aponta para o processo de transmissão oral do carimbó passado de pai para filho e, nesse âmbito, a forte presença da herança familiar que se estende de uma geração para outra. Como exemplo destaca-se a avó do Zé Mingau, figura proeminente do carimbó na ilha desde a década de 70, reforçando o aspecto de continuidade do carimbó por meio da tradição oral passada de pai/mãe para filhos. A oralidade evidenciada no carimbó é uma característica fortemente fundamentada em Algodoal e comprovada pelo depoimento dos compositores do gênero que dizem ter seus carimbós gravados em sua memória. http://www.hist.puc.cl/historia/iaspmla.html 6 O CARIMBÓ EM ALGODOAL E SEUS ASPECTOS SÓCIO -GRÁFICOS Apesar de ser um elemento de suma importância (memória) é passível de lapsos temporais, daí constituí-se a necessidade de procurar registrar da melhor forma possível a produção desse tempo, para que a produção do hoje não venha se esvair no amanhã. O registro do carimbó de Algodoal possibilitou evidenciar a presença e continuidade dessa manifestação cultural, bem como a existência de compositores nativos desse gênero musical. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Alencar, Edna. 1993. Gênero e trabalho nas sociedades pesqueiras. Povos das águas: Realidade e perspectivas na Amazônia / Org. Loudes Furtado. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. Almeida, Renato. 1942. 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