Geral
Mara
Agi Pigini
[email protected]
Glaucoma:
uma doença silenciosa e traiçoeira
O
glaucoma representa a principal
causa de cegueira irreversível no mundo e afetará mais de 80
milhões de pessoas no
mundo até 2020, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Só no Brasil, estima-se que mais de um
milhão de pessoas sejam
portadoras da doença.
O glaucoma primário
de ângulo aberto, também denominado glaucoma crônico de ângulo aberto, é o tipo mais
prevalente de glaucoma,
sendo uma neuropatia
óptica multifatorial, com
atrofia característica do
disco óptico (SHIELDS
et. al., 2005a).
Glaucoma é definido
como uma neuropatia
óptica progressiva crônica, em que o único fator de risco sobre o qual
se pode intervir é a pressão intraocular elevada.
Idade acima de 40 anos,
história familiar positiva, diabetes, uso crônico
de corticóides e raça negra são fatores de risco
para a doença. Pesquisas
recentes indicam, ainda, outros fatores não-hereditários passiveis
de controle que podem
estar relacionados ao
glaucoma como o nível
socioeconômico, estado
nutricional, índice de
massa corporal (IMC),
obesidade, exercício físico e tabagismo.
O tratamento do glaucoma visa à preservação
da função visual, garantindo ao paciente a melhor qualidade de vida
possível. Atentar para
os potenciais fatores de
risco mencionados é
importante. Entretanto,
prevenir a progressão do
dano glaucomatoso através do controle adequado da pressão intra-ocular é o principal meio de
se atingir esse objetivo,
devendo ser iniciado
assim que a doença for
diagnosticada.
O uso de colírios para
redução da pressão intraocular é a primeira opção
de tratamento, existindo
hoje várias classes de
medicamentos para essa
finalidade. Define-se, assim, uma pressão-alvo,
ou seja, aquela em que
o risco de progressão é
minimizado. Entretanto,
em alguns casos ocorre progressão do dano
glaucomatoso
mesmo
com medicação máxima
ou ainda devido à falta
de adesão do paciente ao
tratamento clínico, sendo necessário optar por
uma intervenção cirúrgica para o controle ideal
da pressão intra-ocular
(Naveed ET AL., 2012).
O grande problema
em relação à prevenção das complicações
da doença está no fato
do diagnóstico ser feito
tardiamente. A falta de
informação é um dos
principais fatores que
contribui para tal. Por
não causar sintomas
como dor e por não afetar a visão em seus estágios iniciais, tem-se uma
falsa sensação de que
está tudo bem. Nos casos em que se chega aos
consultórios, poderemos
ter
acompanhamento
inadequado ou pouca
adesão ao tratamento,
o que compromete os
resultados e leva à progressão da doença.
O principal meio de
diagnosticar o glaucoma é o exame oftalmológico de rotina, em que
a pressão intraocular,
juntamente com o nervo
óptico são devidamente avaliados. Nos casos
suspeitos, uma investigação mais detalhada faz-se mandatória,
sendo preconizada pela
sociedade brasileira de
glaucoma uma série de
exames para a avaliação
estrutural e funcional do
disco óptico, fundamentais para o diagnóstico
adequado.
A avaliação da pressão intraocular deve ser
feita de forma personalizada já que pode ou não
estar elevada no glaucoma. Sabe-se que há muitos casos de pacientes
tratados e que na verdade não precisam de
tratamento, e de outros
casos não tratados que
necessitam urgentemente de intervenção. Sendo
assim, procurar um especialista é fundamental. Prevenção, assim
como em tudo que se relaciona à saúde, ainda é
o melhor remédio.
Dra.Mara Agi Pigini
É Oftalmologista; Chefe do Setor de Glaucoma do Hospital DOMA-Medicina
Avançada;
Mestre em Oftalmologia
pela Universidade Federal de Goiás; Membro da
Sociedade Brasileira de
Glaucoma
Cultura
Salão de Arte está com
inscrições abertas
Os interessados em participar do processo de seleção têm até 26 de junho
para se inscreverem. Haverá premiação para os melhores trabalhos
Da Redação
A
s inscrições para o
21º Salão Anapolino de Arte estão
abertas até o dia 26 de junho próximo. A partir desta edição, artistas de todo
Brasil podem participar do
processo seletivo, organizados nas categorias desenho,
escultura, fotografia, instalação, objeto, pintura, gravura, videoarte, performance e outra. A Comissão de
Seleção escolhe 20 trabalhos entre os inscritos, dos
quais quatro são premiados
e todos são expostos ao público, na Galeria Antônio
Sibasolly.O evento, uma
realização da Prefeitura,
via Secretaria Municipal
de Cultura, é uma dos mais
importantes espaços de ex-
O Salão de Artes de Anápolis da oportunidades a veteranos e novatos
posição das artes visuais do
Centro-Oeste e, também, o
de maior longevidade.
Os quatro melhores trabalhos, de acordo com a
Comissão de Seleção, recebem prêmio de aquisição
no valor de R$ 7,5. Como
definido em edital, um destes prêmios é destinado,
exclusivamente, a um artis-
ta anapolino. A abertura da
mostra, na qual são apresentados os 20 trabalhos
selecionados, acontece no
dia 30 de julho, e é uma das
atividades da programação
de aniversário de Anápolis.
O secretário municipal
de Cultura, Augusto César
de Almeida, afirma que o
Salão Anapolino de Arte,
a cada ano, se consolida
como um importante espaço de exposição de artes
plásticas do Centro-Oeste
brasileiro. Ele avalia que
isto se deve à regularidade
e a periodicidade de realização do Salão, mantidas
nas últimas edições, aliadas ao trabalho planejado
da curadoria. “Este conjunto de elementos garante uma nova dimensão ao
evento e o qualifica com
o prestígio que ele merece”, ressalta o secretário.
Segundo Augusto César, o
Salão Anapolino de Arte
tem alcançado uma repercussão que demonstra que
Anápolis, que já se destaca
como um importante polo
do desenvolvimento econômico nacional, desenvolve-se, também, na área
social e cultural.
Aná­po­lis, de 22 a 28 de maio de 2015
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Página 19 - Jornal Contexto