Saúde MINAS GERAIS QUARTA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2009 - 4 Ipsemg melhora atendimento ao servidor Beneficiário pode marcar consulta por telefone diretamente nas clínicas Os beneficiários do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) já podem marcar consultas e outros procedimentos de saúde diretamente com os profissionais e clínicas credenciados pelo Instituto, sem necessidade de se deslocarem até o Centro de Especialidades Médicas do Ipsemg, da rua Domingos Vieira, em Belo Horizonte. A medida está vigorando desde o último dia 2 e vale para credenciados da capital e do interior do Estado. Outra facilidade incluída nas ações do Governo de Minas de melhoria do atendimento à saúde do servidor e seus dependentes deve vigorar a partir de março, possibilitando a quem precisa agendar uma consulta no ambulatório do Centro de Especialidades Médicas, usar o telefone. Uma central telefônica (call center) está sendo adquirida para esta finalidade, segundo anunciou o gerente hospitalar do Hospital Governador Israel Pinheiro (Hgip/Ipsemg), médico Marco Aurélio Fagundes Angelo. O beneficiário do interior pode também agendar o procedimento nas 71 agências regionais do Instituto, as quais, usarão a intranet do Ipsemg, conferindo mais rapidez no processo e racionalizando na marcação de consultas e de outros procedimentos de saúde com profissionais localizados na região onde o beneficiário reside, evitando que ele se desloque até a capital. Endereço eletrônico A lista de credenciados do Ipsemg já está no site www.ipsemg.mg.gov.br. O Decreto nº 44980 (10/12/08) do Governo de Minas permitiu à direção do Ipsemg autorizar o credenciamento de médicos para prestação de serviços adicionais de atendimento em regime pró-labore nas unidades da autarquia. O agendamento via intranet pela agência regional do Ipsemg ou a marcação direta através do telefone vai racionalizar a procura direta que sobrecarrega o Centro de Especialidades Médicas, especialmente nos períodos de férias. O Ipsemg está também implementando a campanha de esclarecimento sobre a importância de o primeiro atendimento no ambulatório sempre ocorrer com um médico generalista. O gerente hospitalar Marco Aurélio Fagundes Angelo cita dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), lembrando que 80% dos problemas de saúde de um indivíduo podem ser resolvidos por médicos das áreas básicas da Medicina, sem necessidade da participação direta do especialista. Por isso, no Centro de Especialidades Médicas do Ipsemg, a primeira consulta é sempre marcada com um médico das seguintes áreas: Clínica Médica, Cirurgia Geral, Cardiologia, Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia Geral, Oftalmologia Geral, Otorrinolaringologia, Pediatria, Psiquiatria e Urologia. MARCELLA MARQUES A iniciativa nasceu em uma visita domiciliar dos agentes do setor Projeto Saúde com Arte beneficia a comunidade de Igreginha em JF Dona Georgina, 53 anos, comemora oito meses longe do cigarro. Depois de passar 35 anos fumando mais de dois maços por dia, a dona-de-casa aponta o que a ajudou ficar livre do vício: o projeto Saúde com Arte. “Sempre tentei parar de fumar, mas só quando comecei a dar aulas de costura, bordado e crochê no projeto é que ocupei minha mente com outras coisas e consegui. Agora não tenho tempo para o cigarro”, conta. A iniciativa ganhou o terceiro lugar no Prêmio Dario Tavares, entregue pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em dezembro de 2008. O Saúde com Arte foi implantado em 2005, na Unidade Básica de Saúde de Igrejinha, distrito de Juiz de Fora. Por meio do projeto, são oferecidas aos moradores da comunidade diversas oficinas de arte, como pintura, bordado, corte e costura e confecção de peças em bisqui. Cerca de 500 pessoas já ingressa- ram no projeto. Segundo a coordenadora do projeto e professora voluntária de pintura, Lúcia Helena Vieira Lobo, o Saúde com Arte contribui de forma decisiva para a melhoria da qualidade de vida da população local. “Estimulando o potencial criativo, promovemos a socialização e a valorização pessoal. Assim é possível fazer com que os indivíduos incorporem novos conceitos e hábitos de vida. Utilizamos a arte como atividade terapêutica e como instrumento fomentador de ações de educação em saúde”, explica. Os alunos, depois de atingirem certo nível técnico, têm a possibilidade de obter nova fonte de renda com a venda das peças produzidas. Algumas alunas têm telas vendidas por até R$ 80,00 através da Associação Saúde com Arte, que nasceu em conseqüência do projeto. “Fazemos exposições, vendemos em feiras e ganhamos não só reconhecimento, mas também retorno financeiro, mesmo que modesto”, completa Lúcia Lobo. Contexto O bairro Igrejinha vem sofrendo um processo de crescimento desordenado, o que tem gerado problemas sociais à população, predominantemente pobre e desempregada. Segundo avaliação da equipe da UBS local, composta por médico, enfermeira, dois auxiliares de enfermagem, seis agentes comunitários de saúde e uma ginecologista que atende uma vez por semana, as causas que geram a maioria das consultas da unidade têm em grande parte viés psicológico e social, que de fato levam o indivíduo a adoecer. “Percebemos que as receitas e orientações médicas não são suficientes no combate a essas enfermidades. O Saúde com Arte é um poderoso aliado na promoção à saúde aqui em Igrejinha”, afirma a enfermeira da UBS, Lúcia das Graças Silva. Oficina qualifica profissionais para Plano Diretor A 6ª Oficina de Implantação do Plano Diretor de Atenção Primária à Saúde (PDAPS), promovida no início da semana, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata mineira teve como objetivo organizar e fortalecer as redes de atenção à saúde, capacitando profissionais, gestores e cidadãos para enfrentar os problemas que afligem a população nos seus territórios de atuação. A iniciativa envolveu cerca de 500 profissionais, entre tutores e facilitadores, com a finalidade de qualificar aproximadamente 650 equipes de Saúde da Família, por meio da parceria entre a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), Secretaria de Estado de Saúde (SES), UFJF e Gerência Regional de Saúde (GRS). Segundo a subsecretária de Ações e Políticas de Saúde da SES, Helidéia de Lima, o encontro não visa discutir apenas a abordagem familiar. “Além do objetivo técnico, a oficina visa escutar as dificuldades levantadas pelos secretários municipais para que seja feito o diagnóstico de saúde e mostrar também o projeto da SES, afinal, toda a estrutura do programa e o fortalecimento da atenção primária são baseados na implantação do plano diretor”, explica. Ao falar do encontro, a diretora da ESP-MG, Tammy Claret Monteiro, explica que o Plano Diretor é um programa de extrema importância para a Escola. “A ESP-MG se configura como instituição formadora das oficinas de implantação do PDAPS. Essa iniciativa marca o papel da Escola como executora dos programas estruturados da carteira de projetos da SES, marcando assim a sua condição de Escola de Governo”, diz.