MINAS GERAIS QUINTA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2010 - 4 Saúde Minas terá mais 5 hospitais regionais Investimento de R$ 400 milhões será em BH, Divinópolis, JF, Sete Lagoas e Uberaba PRISCILLA FUJIWARA/SES MG ESP-MG apresenta projetos em encontro nacional Secretário Antônio Jorge de Souza Marques ao confirmar os investimentos, em seminário O Governo de Minas, através do secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, confirmou, na terça-feira, investimentos de R$ 400 milhões para a construção, até 2012, de novos hospitais regionais em cidades-polos de macrorregiões e que funcionam como referências de atenção terciária no Estado. Em Belo Horizonte serão investidos R$ 190 milhões no Hospital Regional do Barreiro; em Juiz de Fora, na Zona da Mata, serão R$ 42 milhões no Hospital Regional de Urgência e Emergência; em Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado, R$ 36 milhões; em Sete Lagoas, na região Central de Minas, serão R$ 37 milhões no Hospital Regional; e em Uberaba, no Triângulo Mineiro, R$ 20 milhões. O anúncio do secretário foi feito durante o I Seminário Estadual de Políticas e Ações Hospitalares - Expansão dos Hospitais Macrorregionais, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, evento com o objetivo de discutir a modelagem dos novos hospitais macrorregionais e aprimorar as ações de média a alta complexidade na rede. Participaram representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), gestores e profissionais de saúde de Belo Horizonte, Divinópolis, Sete Lagoas, Uberaba, Juiz de Fora e Uberlândia, cidades com as quais o Estado tem parceria para a expansão da rede hospitalar. Os principais temas debatidos no encontro foram: "Estratégias na Atenção Hospitalar", "Os Hospitais nas Redes de Atenção à Saúde", "Ações Inovadoras na Atenção Hospitalar" e "A Modelagem do Hospital moderno". O secretário Antônio Jorge enfatizou a gestão de qualidade e de resultados na assistência à saúde, que o ProHosp já vem incentivando com a certificação hospitalar. "Temos que promover a qualidade e incorporar novas práticas de governança, que é o eixo da atual política pública de saúde em Minas Gerais", afirmou. Para Souza Marques, os arranjos organizacionais influenciam o desempenho hospitalar, já que, de acordo com ele, no Brasil, 30% dos casos de internações poderiam ter sido tratados em ambulatórios. O secretário a importância da implementação adequada com a formatação de mecanismo de monitoramento e avaliação que promovam aprendizado, transparência e responsabilização. "O desafio é um novo papel do Estado, de uma nova gestão pública. Para fortalecer o monitoramento e o acompanhamento de contratos é preciso novos modelos de informação”, acrescentou. O secretário pontuou, ainda, a importância da profissionalização da gestão, o fortalecimento de estratégias de racionalização da oferta hospitalar, com a definição do perfil do hospital e a instalação de leitos resolutivos por meio do adensamento tecnológico. Maria Emi Yamazaki, consultora da SES, apresentou um roteiro para a modelagem na construção de um hospital. Alguns dos pontos levantados foram a importância do papel na rede de atenção, diagnóstico local, além de programação assistencial e de custeio. A subsecretária de Políticas e Ações de Saúde da SES, Helidéa de Oliveira Lima, alerta que o hospital não pode ser tratado de forma individualizada, mas como parte de uma rede. Em Minas Gerais, ainda segundo a subsecretária, foram beneficiados 127 hospitais pelo Pro-Hosp. São 36 unidades macrorregionais, referências de atenção terciária e 91 microrregionais. Uberlândia foi escolhida para a realização do seminário, pois irá inaugurar o Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro, construído com investimentos de R$ 20 milhões do Estado para a infraestrutura e R$ 15 milhões para os equipamentos. A unidade receberá também uma ajuda para custeio anual de R$ 18 milhões. A Escola de Saúde Pública do Estado (ESP-MG) teve seis trabalhos aprovados para o III Encontro Nacional de Educação à Distância para a Rede de Escolas de Governo. O evento, que neste ano traz o tema "A EAD como estratégia para a implementação de políticas públicas", acontece até amanhã (29), no Rio de Janeiro, com o objetivo de discutir o potencial da educação à distância. Segundo o coordenador do Núcleo de Educação a Distância (NTE) da ESP-MG, Adriano Lima, os trabalhos aprovados que serão apresentados no encontro visam demonstrar as duas primeiras experiências da ESP-MG no uso das tecnologias da informação aplicadas à educação e o potencial que a escola de saúde possui na aplicabilidade da Educação a Distância. "O curso de Qualificação Pedagógica em Educação Profissional na Saúde foi a primeira experiência da ESP-MG na educação a distância e, no mesmo ano, trouxemos o curso Nacional de Qualificação de Gestores do SUS, que fortaleceu ainda mais essa nova modalidade educacional em nossa instituição, principalmente pela parceria firmada como a ENSP", conta. Com o trabalho "Um enfoque investigativo na avaliação em educação a distância" o superintendente de educação da ESPMG, Thiago Campos Horta, acredita na perspectiva de construir ferramentas de avaliação em ensina a distância e avançar na gestão de avaliação em EAD. "Nós estamos vivendo notadamente uma expansão do ensino a distância. Porém, esse avanço não vem sendo acompanhado de instrumentos de avaliação para aferir qualidade, ou seja, é preciso avançar na qualidade da aplicação destas novas ferramentas", avalia. Os trabalhos aceitos no encontro foram: "Um enfoque investigativo na avaliação em educação a distância"; "Curso Nacional de Qualificação de Gestores do SUS em Minas Gerais"; "Experiência de curso a distância na ESP-MG"; "A ressignificação do saber e do fazer dos técnicos e docentes da ESPMG: O caso do curso de Qualificação Pedagógica em Educação na Saúde"; "Supervisão Pedagógica: A gestão pedagógica e as novas estratégias com uso das tecnologias educacionais inovadoras"; "Qualificação Pedagógica dos docentes dos cursos técnicos de nível médio da ESP-MG: a estratégia na educação a distância" A iniciativa do evento é da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.