FACULDADE DE MEDICINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA – PUC-Campinas DISCIPLINA DE BASES MORFOFISIOLÓGICAS DO SISTEMA NERVOSO, SENSORIAL E LOCOMOTOR BIOQUÍMICA A – TEMA 10 - 2012 Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes Objetivos: Descrever o metabolismo energético para as células neuronais. Caracterizar as vias metabólicas energéticas para os tecidos muscular e nervoso * Complementação do tema de enzimas Referências: • Princípios de bioquímica – Lehininger • bioquímica médica básica – Marks •Bioquímica Médica – Devlin •Bioquímica Ilustrada – Champe •Bioquímica – Voet •Bioquímica Stryer •Bioquímica – Campbell •Bioquímica Básica – Marzzooco e Torres Integração metabólica estado absortivo Cérebro e sistema nervoso requerem 150g de glicose por dia Referência – Bioquímica - Marks Referência – Bioquímica Médica – Smith et al Integração metabólica Jejum inicial Manutenção da glicose sanguínea Dependente de: 1. Glicogenólise hepática 2. Gliconeogênese à partir de lactato e aminoácidos Integração metabólica Jejum prolongado Manutenção da glicose sanguínea Dependente de Gliconeogênese à partir de lactato, glicerol e aminoácidos Manutenção de energia Ácidos graxos corpos cetônicos aminoácidos METABOLISMO DE CARBOIDRATOS (azul) E AMINOÁCIDOS (verde) NO TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO – ESTADO ABSORTIVO REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe METABOLISMO DE CARBOIDRATOS (azul), LIPÍDEOS (laranja) E AMINOÁCIDOS (verde) NO TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO – JEJUM REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe METABOLISMO DE CARBOIDRATOS (azul) NO ENCÉFALO – ESTADO ABSORTIVO REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe METABOLISMO DE CARBOIDRATOS (azul) E LIPÍDEOS (laranja) NO ENCÉFALO – JEJUM REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe Oxidação de substratos energéticos através do ciclo de krebs e cadeia transportadora de elétrons Corpos cetônicos Referência: Princípios de bioquímica - Lehninger GLICOGENÓLISE O Glicogênio é degradado por duas enzimas: Glicogênio fosforilase Enzima desramificadora Fosforilase do glicogênio Glicogênio fosforilase – separação de resíduos glicosil da extremidade da cadeia do glicogênio Atividade de transferase da enzima desramificadora Atividade -1,6 glicosidase da enzima desramificadora Enzima desramificadora - remoção dos resíduos próximos de uma ramificação e transferência de um bloco de 3 resíduos de glicose para uma sequência de glicose mais próxima e libera o resíduo de glicose da ligação -1,6. glicose Oxidação celular - energia Polímero ,1-4 desramificado, substrato para nova ação de fosforilase Referência – Bioquímica - Lehninger ENZIMAS REGULATÓRIAS MODULADAS COVALENTEMENTE Regulação da atividade da enzima fosforilase do glicogênio por modificação covalente da enzima. A remoção de grupos fosfatos dos resíduos de aminoácidos serina da molécula da enzima acarreta modificação estrutural para uma forma menos ativa. Grupos químicos (por exemplo o fosfato = P) são ligados covalentemente à enzima (ativa a enzima) ou removidos da enzima (inibe a atividade da enzima). A ligação dos diferentes grupos químicos são também catalisadas por outras enzimas. Princípios de Bioquímica – Lehninger Glicogênio (quando diminui a oxidação da glicose) Fermentação lática (ANAEROBIOSE) ou oxidação via ciclo de Krebs (AEROBIOSE) (para obtenção de mais energia) Oxidação de ácidos graxos: β-oxidação, ciclo de Krebs, cadeia mitocondrial de transporte de elétrons e síntese de ATP. Estágio 1 - A cadeia hidrocarbonada de ácidos graxos é oxidada de dois em dois carbonos, à partir da extremidade acetil, liberando acetil-CoA. Este processo é denominado de β-oxidação de ácidos graxos. Estágio 2 – Os grupos acetil são oxidados a CO2 através das reações do ciclo de Krebs. Estágio 3 – elétrons derivados de reações de oxidação nos estágios 1 e 2 são transportados para o O2 via cadeia transportadora de elétrons mitocondrial, liberando energia para síntese de ATP através do processo da fosforilação oxidativa. Referência – Bioquímica - Lehninger Síntese de corpos cetônicos no fígado e utilização nos tecidos periféricos - Em situação de jejum ou baixa concentração de glicose plasmática ocorre a síntese de corpos cetônicos no fígado, a partir do catabolismo de ácidos graxos e aminoácidos JEJUM – aminoácidos (aa) liberados das proteínas musculares entram diretamente no sangue ou são oxidados para produção de energia para o próprio músculo. Alanina e glutamina = formas de transporte do nitrogênio (N) dos aa oxidados. No fígado, o N é convertido em uréia e os carbonos dos aa são convetidos em glicose, corpos cetônicos e energia. RBC = células vermelhas do sangue fosfocreatina Referência – Bioquímica - Marks MECANISMOS PARA MANUTENÇÃO DO ATP INTRAMUSCULAR NECESSÁRIO PARA O CICLO DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO DO MÚSCULO Glicina + arginina (rim) guanidinoacetato Guanidinoacetato + adenosil metionina (fígado) fosfocreatina Creatinina + fosfato creatina Síntese e degradação da creatina fosfato – a creatina é sintetizada à partir dos precursores glicina, arginina e adenosil metionina. A fosforilação da creatina é catalisada pela enzima creatina-fosfoquinase (CK). A creatina fosfato é instável e sofre degradação lenta e espontânea em fosfato e creatinina, a forma anidro cíclica da creatina, que é secretada pelas células musculares no plasma e depois excretada na urina. glicogênio cérebro Referência – bioquímica – voet et al Bioquímica - Lehninger